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Exmo. Sr. Relator DD. Ministro Dr. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO TSE - Tribunal Superior Eleitoral Brasília SP. Proc. nº 1052.77.2015.6.26.0000 CLASSE 37 EDUARDO DUARTE DO NASCIMENTO, qualificada nestes autos de Recurso Especial, e consequente Ação de Investigação Judicial eleitoral a este originária, a qual foi as principio por si interposta em desfavor a JOSÉ ABELARDO GUIMARAES CAMARINHA, ora em tramite junto a esta corte e as mãos deste r. relator, vem via do presente, ora representado pelo subscritor desta peça, para na melhor forma de direito e dentro do tríduo legal, vem via deste. escorado nos argumentos abaixo delineados, ofertar-se competente; AGRAVO REGIMENTAL O qual é ofertado com arrimo nos argumentos fáticos e direito a seguir expendidos, e por tal vejamos; 1) Porquanto ao acima, vale salientar que este é ofertado com espeque em permissivo legal e regimental

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Exmo. Sr. Relator

DD. Ministro Dr. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

TSE - Tribunal Superior Eleitoral

Brasília – SP.

Proc. – nº 1052.77.2015.6.26.0000 – CLASSE 37

EDUARDO DUARTE DO

NASCIMENTO, já qualificada nestes autos de Recurso Especial, e

consequente Ação de Investigação Judicial eleitoral a este originária, a qual foi

as principio por si interposta em desfavor a JOSÉ ABELARDO GUIMARAES

CAMARINHA, ora em tramite junto a esta corte e as mãos deste r. relator, vem

via do presente, ora representado pelo subscritor desta peça, para na melhor

forma de direito e dentro do tríduo legal, vem via deste. escorado nos

argumentos abaixo delineados, ofertar-se competente;

AGRAVO REGIMENTAL

O qual é ofertado com arrimo nos

argumentos fáticos e direito a seguir expendidos, e por tal vejamos;

1) – Porquanto ao acima, vale

salientar que este é ofertado com espeque em permissivo legal e regimental

desta corte, para assim, o ofertar, de maneira a levar, que este próprio relator,

reveja o vosso despacho e decisão monocrática, e assim, a reforme, e ou por

efeito, em se mantendo a decisão intacta, remeta o presente, junto ao processo

em comento, ao competente colegiado, ao qual caberia conhecer o recurso em

questão e ele apreciar, eis, que se verifica, tenha esse r. relator dado

entendimento diverso ao que instruíram e fundamentaram outros julgados

proferidos junto a esta superior corte, ademais, verificou-se tenha V.

Excelência, tenha tecido entendimento, o qual conflita e não coaduna com

outros entendimentos proferidos junto a esta corte, no que tange a questão

atinente ao uso dos meios de comunicação social, como também, no que tange

a teoria da aparência em relação a sociedade comercial e empresarial, eis, que

as provas carreadas aos autos, levam a conclusão visível, que o requerido, ora

recorrido, seria um dos proprietários dos órgãos de comunicação, os quais

tenham dado azo aos acontecimentos e abusos noticiados nestes autos, assim,

aproveitando-se o ensejo, traz-se em anexo documentos extraídos de processo

de ação penal em tramite junto ao TRF-3, de São Paulo, no qual o Ministério

Publico Federal, ingressou com ações penais, contra o recorrido, JOSÉ

ABELARDO GUIMARAES CAMARINHA, e contra seu filho, ex-prefeito de

Marília, VINICIUS ALMEIDA CAMARINHA, apontado eles serem os

verdadeiros proprietários de referidos órgãos de comunicação social em

comento, ressaltando que de referido processo de ação penal se extraiu cópia

de DELAÇÃO PREMIADA homologada pelo TRF-3/SP, onde a aqui

requerida, SANDRA MARA NORBIATO, ali confessa ser LARANJA dos aqui

requerido/representado JOSÉ ABELARDO GUIMARAES CAMARINHA,

portanto, inquestionável, que em sendo questão complementar a prova, e estar

já provada com homologação pelo Egrégio Tribunal Regional Federal de São

Paulo, leva conclusivamente que estaria se provando em definitivo os

argumentos já esp3ezinhados nos autos originários e reiterados em sede do

Recurso especial, desta feita, ressaltados, em sede de demonstração efetiva

da realidade fática e probatória dos argumentos fáticos consignados nos autos,

situação,que leva conclusivamente a demonstrar que de forma inequívoca

houve o ABUSO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, por parte do

requerido, e este, sendo proprietário tipo sócio oculto de referidas empresas,

forçosamente leva concluir, que resta de vez provado a pratica dos atos

nocivos a lisura e atentaria ao pleito eleitoral, aliás, como já noticiados e

avivado em todas as peças e nuances destes autos.

Portanto, a vista dos fundamentos e

situações acima elencadas é que este se maneja, para melhor aquilatação do

processo e consequente recurso junto a essa corte, em especial, visa buscar a

aplicação da boa norma legal e dos entendimentos reiterados deitados junto a

esta corte, aliás, como esposado na fundamentação e confronto analítico de

julgados, tal como delineados nas peças recursais manejadas, eis, que se

busca via deste, se busque sempre a preservação das instituições

democráticas e destas afastar-se abusos e consequentemente maus políticos,

por isso, a tal turno, acreditando que em sendo analisado amiúde, e nos

moldes contemporâneos da legalidade, atentando-se pelos princípios da

moralidade, daí, evitando que seja mantido em cargos públicos, e ou os direitos

políticos, daquele que já comprovadamente tenham abusado extensivamente

das regras democráticas, tal como ocorrido ao caso e ao representado no

presente processo e consequente Recurso Especial em comento, e neste

reportado, para isso levar a que seja dado escoramento lógico e

jurisprudencial, daí, passar-se ao a seguir, vejamos;

DO ENTENDIMENTO TECIDO NA FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO MONOCRATICA VIA DESTE AGRAVADA E O COMPARATIVO AO QUE RESTOU CONSIGNADO NO ACORDÃO RECORRIDO – Tem-se que pelo teor do consignado na decisão monocrática, via deste agravada, dela se depreende que a fundamentação e indicativo do que fora apreciado na corte paulista, via do Respe recorrida, não expressa a realidade processual, daí, trazer o que restou consignado no acordão proferido na corte paulista, e a fundamentação e entendimento tecido na decisão monocrática debatida, e por tal vejamos; PARTES DA FUNDAMENTAÇÃO CONTIDA NA DECISÃO AGRAVADA

A) - NO QUE TANGE EM RELAÇÃO AO AUTOR EDUARDO DUARTE DO NASCIMENTO EM RELAÇÃO AO REQUERIDO/RECORRIDO JOSÉ ABELARDO GUIMARAES CAMARINHA

DA INTEMPESTIVIDADE DA PROPOSITURA DA AÇÃO

32. – “No caso, ocorrida a diplomação , impõe-se a extinção do processo ajuizado por Eduardo Duarte do Nascimento com fundamento no inciso II do art. 487 do CPC. Confira-se, nesse sentido, o seguinte julgado: RECURSO ORDINARIO. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL (AVE) COM BASE NO ART. 22 DA LEI COMPLEMENTAR 64/90 (ABUSO DE PODERECONÔMICO)E ART. 30-A DA LEI 9.504/97 (IRREGULARIDADESNA ARRECADAÇÃO E GASTOSDE RECURSOSDE CAMPANHA). CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. PRECLUSÃO. PRAZO PARA O AJUIZAMENTO. PRAZO DECADENCIAL. INEXISTÊNCIA. FIM DO

MANDATO. PERDA DO INTERESSE DE AGIR. MÊRITO. DOAÇÃO ESTIMAVEL EM DINHEIRO. AUSÊNCIA DE DECLARAÇÃO E RECIBO ELEITORAL. SANÇÃO APLICÁVEL. NEGATIVA DE OUTORGADO DIPLOMA OU A CASSAÇÃO.ART. 30-A, § 20. ABUSO DE PODER ECONÔMICO. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. RECURSOPARCIALMENTE PROVIDO. (...). 3. Orito previsto no art. 22 da Lei Complementar 64/90 não estabelece prazo decadencial para o ajuizamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral. Por construção jurisprudencial, no âmbito desta c. Corte Superior, entende-se que as Ações de Investigação Judicial Eleitoral que tratam de abuso de poder econômico e político podem ser propostas até a data da diplomação porque, após esta data, restaria, ainda, o ajuizamento da Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) e do Recurso Contra Expedição do Diploma (RCED). (REspe 12.531/SP, ReI. Min. Ilmar Galvão, DJ 10.9.1995 RO 401/ES, Rei. Min. Fernando Neves, DJ 10.9.2000, RP 628/DF, Rei. Min. Sálvio de Figueiredo, DJ 17.12.2002). O mesmo argumento é utilizado nas ações de investigação fundadas no art. 41-A da Lei 9.504/97, em que também se assentou que o interesse de agir persiste até a data da diplomação (REspe 25.269/ SP, ReI. Min. Caputo Bastos, DJ 20. 11.2006). Já no que diz respeito às condutas vedadas (art. 73 da Lei 9.504/97), para se evitar o denominado armazenamento tático de indícios, estabeleceu-se que o interesse de agir persiste até a data das eleições, contando-se o prazo de ajuizamento da ciência inequívoca da prática da conduta. (QO no RO 748/PA, ReI. Min. Carlos Madeira, DJ 26.8.2005; REspe 25.935/SC, Rei. Min. José Delgado Rel. designado Ministro Cezar Peluso, DJ 20-06.2006). (...). 5. Não houve a criação aleatória de prazo decadencial para o ajuizamento das Ações de Investigação ou Representações da Lei 9.504/97, mas sim o reconhecimento da presença do interesse de agir. Tais marcos, contudo, não possuem equivalência que justifique aplicação semelhante às hipóteses de incidência do art. 30-A da Lei 9.504/97. Esta equiparação estimularia os candidatos não eleitos, que por ventura cometeram deslizes na arrecadação de recursos ou nos gastos de campanha, a não prestarem as contas. Desconsideraria, ainda, que embora em caráter excepcional, a legislação eleitoral permite a arrecadação de recursos após as eleições (art. 19, Resolução- TSE 22.250/06). Além disso, diferentemente do que ocorre com a apuração de abuso de poder e captação ilícita de sufrágio não há outros instrumentos processuais, além da Ação de Investigação Judicial e Representação, que possibilitem a apuração de irregularidade nos gastos ou arrecadação de recursos de campanha (art. 30-A da Lei 9.504/97). Assim, tendo sido a ação ajuizada em 5.1.2007, não procede a pretensão do recorrente de ver reconhecida a carência de ação do Ministério Público Eleitoral em propor a representação com substrato no art. 30-A da Lei 9.504/97. Tendo em vista que a sanção prevista pela violação do mencionado dispositivo encerra apenas a perda do mandato, sua extinção é que

revela o termo a partir do qual não mais se verifica o interesse processual no ajuizamento da ação. (...). 8. Quanto à imputação de abuso de poder, reconhece-se a ausência do interesse de agir do representante neste particular, uma vez que a AIJE foi proposta após a diplomação. 9. Recurso Ordinário parcialmente provido para afastar a inelegibilidade do candidato, uma vez que a AIJE foi proposta após a diplomação, mantendo, contudo, a cassação do diploma do suplente pela violação ao art. 30-A da Lei 9.504/97 (RO 1.453 [31766-24]/PA, ReI. Min. FELIX FISCHER,DJe 5.4.2010). 33. Extinta a AIJE proposta por EDUARDO DUARTE DO NASCIMENTO...”

B) - NO QUE TANGE EM RELAÇÃO AO AUTOR MINISTÉRIO PUBLICO ELEITORAL EM RELAÇÃO AO REQUERIDO/RECORRIDO JOSÉ ABELARDO GUIMARAES CAMARINHA

DO MÉRITO 43. – “Quanto à matéria de fundo, cinge-se a controvérsia a saber se ficaram comprovados nos autos fatos que evidenciem abuso dos meios de comunicação, em virtude de publicações, no jornal Diário de Marília, de matérias favoráveis a JOSÉ ABELARDO GUIMARÃES CAMARINHA,beneficiando este candidato na disputa para o cargo de Deputado Estadual nas eleições de 2014. 44. Da análise do conjunto probatório, constata-se que os jornais citados nesta ação, dentro de sua liberdade de imprensa, veicularam algumas matérias favoráveis ao então candidato a Deputado Estadual em 2014, sendo as provas dos autos insuficientes para caracterizar o pretendido abuso decorrente do uso indevido dos meios de comunicação na forma prevista no inciso XIV do art. 22 da LC64/90. 45. Com efeito, a legislação eleitoral, com a finalidade de proteger a normalidade e a legitimidade das eleições, veda o uso indevido dos meios de comunicação (inciso XIV do art. 22 da LC 64/90). Sob esse aspecto, a jurisprudência deste Tribunal Superior tem entendido que a utilização indevida daqueles se dá no momento em que há um desequilíbrio de forças decorrente da exposição massiva de um candidato nos meios de comunicação em detrimento de outros (REspe 4709-68/RN, reI. Min. NANCY ANDRIGHI, DJe 20.6.2012). 46. Por outro lado, a lei passou a exigir, também, para configuração do ato, a avaliação da gravidade das circunstancias que o caracterizam, devendo ser levado em conta se, ante as circunstancias do caso concreto, os fatos narrados são suficientes para gerar desequilíbrio na disputa eleitoral ou se evidente prejuízo potencial à lisura do pleito. No ponto, a exigência trazida com a alteração pela LC 135/10, na nova redação do inciso XIV do art. 22

da LC64/90, norteia a atuação da Justiça Eleitoral acerca dos casos de abuso e do uso indevido dos meios de comunicação. 47. No presente caso, o Tribunal Regional considerou suficiente para a aplicação, ao recorrente, das sanções de cassação do diploma e de inelegibilidade o mero beneficio decorrente da publicação das matérias. Confiram-se, a propósito, excertos do voto condutor do decisum recorrido, no que interessa: Nesse ponto, não socorre o representado José Abelardo Guimarães Camarinha a alegação de que não possui vínculo com os mencionados semanários. Ainda que não faça parte do quadro societário das empresas responsáveis por sua edição e publicação, tal circunstância não o isenta, por si só, do ilícito aqui apontado. Além disso, é evidente sua proximidade com os periódicos, haja vista a forma como é retratado, as diversas entrevistas dadas e a simpatia que lhe é dirigida. Também é irrelevante argumentar não ter sido responsável pelas matérias veiculadas. A sanção eventualmente imposta recai sobre o candidato beneficiado pelo ato praticado em desrespeito à Lei Complementar 64/90, independentemente de sua participação (fls. 1.066-1.067). 48. No entanto, esta Corte Superior firmou o entendimento de que, desde que a matéria não seja paga, os jornais e os demais veículos impressos de comunicação podem assumir posição favorável em relação a determinada candidatura, devendo ser coibidos e punidos os eventuais abusos. Confira-se, a respeito, o seguinte julgado: RECURSO ESPECIAL ELEITORAL. ELEIÇÕES 2012. PREFEITO. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL. USO INDEVIDODOS MEIOS DE COMUNICAÇÃOSOCIAL. ABUSO DO PODER POLITICO. NÃO CONFIGURAÇÃO.PROVIMENTO. 1. Os veículos impressos de comunicação podem assumir posição favorável em relação à determinada candidatura inclusive divulgando atos de campanha e atividades parlamentares,. sem que isso caracterize por si só uso indevido dos meios de comunicação social, devendo ser punidos pela Justiça Eleitoral os eventuais excessos. Ausência de ilicitude no caso dos autos. 2. Ofato de se possibilitar às emissoras de rádio e televisão veicular opinião no contexto da disputa eleitoral não implica permissão para encamparem ou atacarem determinada candidatura em detrimento de outras. Na espécie, a despeito da ilicitude, a conduta não possuiu gravidade suficiente a ensejar as sanções previstas no art. 22, XIV da LC 64/90. 3. O abuso do poder político caracteriza-se quando o agente público, valendo-se de sua condição funcional e em manifesto desvio de finalidade, compromete a igualdade da disputa e a legitimidade do pleito em beneficio de sua candidatura ou de terceiros, o que não se verificou no caso. 4. Recursos Especiais Eleitorais providos (REspe 468-22jRJ, ReI. Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, DJe 16.6.2014).

49. Nesse contexto, em conformidade com o entendimento deste Tribunal Superior, para haver condenação pelo abuso descrito no inciso XIV do art. 22 da LC 64/90, no âmbito de Ação de investigação Judicial Eleitoral, é essencial a analise de todas as circunstâncias relevantes que evidenciem a gravidade da conduta, para que fique configurado o uso indevido dos meios de comunicação social. Nesse sentido: REspe 822-03/PR, ReI. Min. HENRIQUE NEVES DA SILVA, DJe 4.2.2015. 50. Assim, no presente caso, foram analisadas as matérias veiculadas pelo jornal Diário de Marília, juntadas pelo MPE por ocasião da propositura da AIJE (fls. 427-462), inclusive na versão on-line, para verificar se ficou configurado o abuso dos meios de comunicação, para fins de aplicação das severas sanções previstas na LC64/90. 51. Inicialmente, constata-se que o MPE juntou aos autos amostra de 30 edições do jornal Diário de Marília, que possui circulação diária e de forma não gratuita, o que representa uma amostragem correspondente a menos de 20% do período de 186 dias (de 4 de abril a 5 de outubro de 2014). 52. Desses 30 exemplares, encartados com a inicial da AIJE proposta pelo MPE, 9 foram publicados no domingo, nenhum às segundas feiras, 6 na terça, 4 na quarta, 4 na quinta e 2 na sexta, informação relevante para a análise de eventual prática de abuso pelos meios de comunicação ao se considerar que, segundo matéria veicula pelo Governo Federal em 20141, ano da conduta apurada nestes autos, menos de 21% dos brasileiros leem jornal ao menos uma vez por semana, apenas 7% dos entrevistados leem jornal diariamente e quase metade dos leitores de jornais o fazem às segundas-feiras (48%). 53. Ademais, a análise percuciente das provas dos autos revela que as matérias veiculadas pelos jornais Correio Mariliense e Diário de Marília, com comentários favoráveis sobre a atuação parlamentar do recorrente, então Deputado Federal, não demonstraram gravidade para macular a legitimidade e a normalidade das eleições no Estado de São Paulo em 2014 para o cargo de Deputado Estadual. Nesse sentido: AgR-REspe 18-09jCE, ReI. Min. HENRIQUE NEVES DA SILVA, DJe 13.10.2015. A propósito, na mesma linha, cita-se o seguinte precedente: AGRA VO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL. USO INDEVIDO DE MEIO DE COMUNICAÇÃOSOCIAL. IMPRENSA ESCRITA. 1. Não viola o dever de fundamentação dos provimentos jurisdicionais (art. 93, IX da Constituição Federal e art. 489, § 10. do Código de Processo Civil/15) a decisão que analisa os fatos e argumentos contemplados nos acórdãos recorridos. 2. No julgamento do Recurso Especial Eleitoral, a análise da matéria é delimitada pelo quadro fático delineado pelas instâncias ordinárias. Preliminar de nulidade rejeitada

3. Esta Corte Superior, ao analisar a diferença de regimes jurídicos entre os meios de comunicação social, assentou que a diversidade de regimes constitucionais aos quais submetidos, de um lado, a imprensa escrita - cuja atividade independe de licença ou autorização (CF, art. 220, § 60.), e, de outro, o rádio e a televisão - sujeitos á concessão do poder público - se reflete na diferença marcante entre a série de restrições a que estão validamente submetidos os últimos, por força da legislação eleitoral, de modo evitar-lhes a interferência nos pleitos, e a quase total liberdade dos veículos de comunicação escrita (AC 12-41, reI. Min. Sepúlveda Pertence, DJe 3.2.2006). 4. É pacífico na jurisprudência do Tribunal Eleitoral que os veículos impressos de comunicação podem assumir posição favorável em relação a determinada candidatura, inclusive divulgando atos de campanha e atividades parlamentares, sem que isso caracterize por si s6 uso indevido dos meios de comunicação social, devendo ser punidos pela Justiça Eleitoral os eventuais excessos. Ausência de ilicitude no caso dos autos (REspe 468-22, Rei. Min. João Otávio de Noronha, DJe 16.6.2014). 5. Igualmente, é assente que o abuso do poder econômico não pode ser presumido, reclamando, para sua configuração, a comprovação da gravidade das circunstâncias do caso concreto que caracterizam a prática abusiva, de forma a macular a lisura da disputa eleitoral, nos termos do art. 22, VI da LC 64/90 (AgR-REspe 349-15/TO, Rei. Min. Dias Toffoli, DJe 27.3.2014 e REspe 130-68/RS, Rei. Min. Henrique Neves, DJe 4.9.2013). Agravos Regimentais aos quais se nega provimento (AgR-Respe 567-29jSP, ReI. Min. HENRIQUE NEVES DA SILVA, DJe 7.6.2016). 54. Além disso, no que se refere à veiculação de charges e notícias que seriam desfavoráveis a outro candidato, também não ficou caracterizado o abuso de forma que transcendesse a liberdade de informação jornalística, pois esta Corte já decidiu que a imprensa escrita tem garantida ampla liberdade de informação e de opinião, no entanto, pode, conforme as circunstâncias do caso concreto, vir a caracterizar a utilização abusiva de meio de comunicaçâo social (MC 1241/DF. Min. SEPÚLVEDAPERTENCE, DJ 3.2.2006). Confira-se, por relevante para o deslinde do caso, a ementa do referido julgado: I - Justiça Eleitoral: incompetência para impor restrições ou proibições à liberdade de informação e à opinião da imprensa escrita, salvo, unicamente, às relativas à publicidade paga e à garantia do direito de resposta: inadmissibilidade da aplicação analógica aos veículos impressos de comunicação do art. 53, § 20. da Lei 9.504/97. 11- A diversidade de regimes constitucionais aos quais submetidos, de um lado, a imprensa escrita - cuja atividade independe de licença ou autorização (CF, art. 220, § 60.) - e, de outro, o rádio e a televisão - sujeitos à concessão do poder público - se reflete na diferença marcante entre a série de restrições a que estão validamente submetidos os últimos, por força da legislação eleitoral, de modo a evitar-lhes a interferência nos pleitos, e a quase total liberdade dos veículos de comunicação escrita.

111- Sindicato: substituição processual: plausível afirmação de sua legitimação para intervir, no interesse dos seus filiados, em processo no qual está em causa a liberdade de sua atividade profissional. 55. Mesmo que se considere comprovada a conduta irregular, conforme mencionado no acórdão regional, é preciso demonstrar com provas robustas que o fato seria suficiente para influenciar na normalidade ou na legitimidade do pleito, de forma a ensejar a aplicação de sanções. Nesse sentido, cita-se o seguinte julgado: ELEIÇÔES 2010. RECURSO ORDINARIO. Ação DE INVESTIGAÇAO JUDICIAL ELEITORAL. CANDIDATOS A GOVERNADOR DE ESTADO, A VICE-GOVERNADOR, A SENADOR DA REPÚBLICA E A SUPLENTES DE SENADORES. ABUSO DO PODER POLITICO ECONÔMICO E USO INDEVIDO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. UTILIZAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS EM CAMPANHA. Coação SOBRE EMPRESARIOS DO ESTADO PARA FAZEREM DOAÇÃO A CAMPANHA DOS RECORRIDOS. ARREGIMENTAÇAO E TRANSPORTE DE FUNCIONARIOS DE EMPRESAS PRIVADAS E DE COOPERATIVAS PARA PARTICIPAREM DE ATO DE CAMPANHA. USO INDEVIDOS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA DA IMPRENSA ESCRITA EM RELAÇÃO AO ESTADO DO ACRE. ALINHAMENTO POLITICODE JORNAIS PARA BENEFICIAR DETERMINADA CAMPANHA 1. Com base na compreensão da reserva legal proporcional a cassação de diploma de detentor de mandato eletivo exige a comprovação, mediante provas robustas admitidas em direito, de abuso de poder grave o suficiente a ensejar essa severa sanção, sob pena de a Justiça Eleitoral substituir-se à vontade do eleitor. Compreensão jurídica que, com a edição da LC 135/10, merece maior atenção e reflexão por todos os órgãos da Justiça Eleitoral, pois o reconhecimento do abuso de poder, além de ensejar a grave sanção de cassação de diploma, afasta o político das disputas eleitorais pelo longo prazo de oito anos (art. 10., inciso 1, alínea d da LC 64/90), o que pode representar sua exclusão das disputas eleitorais. 2. Abuso do poder político na utilização de servidores públicos em campanha: competia ao Ministério Público Eleitoral provar que os servidores públicos ou estavam trabalhando em campanha eleitoral no horário de expediente ou não estavam de férias no período em que se engajaram em determinada campanha. O recorrente não se desincumbiu de comprovar o fato caracterizador do ilícito eleitoral, nem demonstrou, com base na relação com o horário de expediente de servidores, que estariam trabalhando em período vedado, tampouco pleiteou a oitiva dos servidores que supostamente estariam envolvidos ou que comprovariam os ilícitos. A prova emprestada somente é admissível quando formada sob o crivo do contraditório dos envolvidos, possibilitando à parte contrária impugnar o seu conteúdo, bem como produzir a contraprova, com base nos meios de provas admitidos em direito.

Não configura ilícito eleitoral o fato de uma jornalista, também servidora da assessoria de comunicação de município, opinar favoravelmente ou criticar determinado candidato em jornal privado, pois, na lição do Ministro Sepúlveda Pertence, a imprensa escrita tem a quase total liberdade (MC 1.241/DF, julgado em 25.10.2002), mas o transbordamento poderá ensejar direito de resposta ao ofendido (art. 58 da Lei 9.504/97), medida cujo manejo pelos adversários dos recorridos não foi noticiado pelo Ministério Público Eleitoral. 3. Abuso do poder político e econômico na coação sobre empresários do Estado para fazerem doação à campanha dos recorridos: impossibilidade de se analisarem interceptações telefônicas declaradas ilícitas pela Justiça Eleitoral. O modelo constitucional de financiamento de disputa de mandatos eletivos, seja pelo sistema proporcional, seja pelo sistema majoritário, não veda a utilização do poder econômico nas campanhas eleitorais; coíbe-se tão somente, em respeito à normalidade à legitimidade do pleito, o uso excessivo ou abusivo de recursos privados no certame eleitoral, o que não ficou demonstrado pelo Ministério Público Eleitoral, a quem competia provar a alegada ilicitude. O fato de determinada empresa privada possuir contrato com o poder público não impede a pessoa jurídica de participar do processo eleitoral na condição de doadora, salvo se concessionário ou permissionário de serviço público, nos termos do art. 24, inciso III da Lei 9.504/97, tampouco autoriza concluir necessariamente que as doações foram fruto de coação ou troca de favores. 4. Abuso do poder político e econômico na arregimentação e transporte de funcionários de empresas privadas e de cooperativas para participarem de ato de campanha dos recorridos: a configuração do abuso de poder, com a consequente imposição da grave sanção de cassação de diploma daquele que foi escolhido pelo povo afastamento, portanto, da soberania popular, necessita de prova robusta da prática do ilícito eleitoral, exigindo-se que a conduta ilícita, devidamente comprovada, seja grave o suficiente a ensejar a aplicação dessa severa sanção, nos termos do art. 22, inciso XVI da LC 64/90, segundo o qual, para a configuração do ato abusivo, não será considerada a potencialidade de o fato alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam. Requisitos ausentes no caso concreto. 5. Uso indevido dos meios de comunicação: dependência econômica da imprensa escrita em relação ao Estado do Acre e alinhamento político de jornais para beneficiar os recorridos. Não há provas nos autos acerca da dependência financeira dos veículos de comunicação em relação ao Estado do Acre, tampouco há ilicitude no fato de candidatos ou coligação contratarem para a campanha empresa de publicidade que tem contrato com o Executivo. A liberdade de informação jornalística, segundo a qual, nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço ã plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 50., Iv, V; X, XIII e XW (art. 220, § 10. da CF/88), permite, na seara eleitoral, não apenas a critica ã

determinada candidatura, mas também a adoção de posição favorável a certo candidato, salvo evidentes excessos, que serão analisados em eventual direito de resposta ou na perspectiva do abuso no uso indevido dos meios de comunicação. Não há prova nos autos que demonstrem o uso indevido dos meios de comunicação, mas matérias favoráveis aos candidatos da situação e da oposição ao Governo Estadual. 6. Uso indevido dos meios de comunicação: utilização de emissora pública de TV em beneficio dos recorridos e enaltecimento das obras do governo do Estado pela referida emissora: o Supremo tribunal Federal suspendeu a eficácia da expressão ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação, a seus órgãos ou representantes constante do art. 45, inciso m da Lei 9.504/97, afirmando que apenas se estará diante de uma conduta vedada quando a critica ou matérias jornalísticas venham a descambar para a propaganda política, passando nitidamente a favorecer uma das partes na disputa eleitoral. Hipótese a ser avaliada em cada caso concreto (ADI 4451 MC-REF/DF, Rei. Min. Carlos Ayres Britto, julgado em 2.9.2010). Não há vedação legal a que as emissoras de rádio e de televisão, mesmo no período eleitoral, noticiem e comentem fatos e atos de governo que ocorram no curso das disputas eleitorais, mas coíbe-se o abuso, inexistente no caso concreto. Não configura abuso no uso dos meios de comunicação o Chefe do Executivo não candidato à reeleição conceder a jornalista entrevista sem conotação eleitoral. Precedentes. Não configura abuso no uso dos meios de comunicação social reportagem que se encontra nos limites da informação jornalística, demonstrando a trajetória e os desafios de uma grande obra, o que não autoriza concluir que os eleitores associaram aquela reportagem à necessária continuidade dos candidatos apoiados pelo então Governador, mormente quando se sabe que se trata de obra do Governo Federal iniciada em governos anteriores, sem vinculação a pleito ou candidatos, ainda que deforma subliminar. Não configuram abuso no uso dos meios de comunicação social, entendido como grave quebra da igualdade de chances, as notícias de telejornais que, apesar de se excederem em alguns momentos, não significam, no caso concreto, automática transferência eleitoral aos candidatos, sobretudo quando se verifica que, nem de forma dissimulada, há sugestão de disputa eleitoral, ou referência, ainda que indireta, a candidatura, ou slogan de campanha, nem mesmo o Ministério Público Eleitoral noticiou alguma circunstância que revelasse isso. 7. Recurso Ordinário desprovido (RO 1919-42 j AC, ReI. Min. GILMARMENDES,DJe 8.10.2014). 56. De fato, não há nos autos qualquer apontamento que demonstre ser caso de notícias inverídicas, visto que, em nenhum momento o Parquet Eleitoral levantou a hipótese de as matérias referirem-se a conteúdo tendente a ludibriar a população local, com o intuito de supostamente, favorecer o recorrente, considerando-se que a

divulgação de atos atinentes aos acontecimentos sociais e políticos das localidades envolvidas não podem ser taxadas de abusivas, uma vez que são matéria de notório interesse social. 57. Com efeito, matérias que, objetivamente, reproduzem fatos que dizem respeito ao município e regiões próximas não podem ser interpretadas de forma subjetiva tão somente pela menção ao nome de determinado agente público no corpo do texto, como pretendeu o MPE por ocasião da propositura da AIJE. Nesse sentido: RO 2.356jSP, ReI. Min. MARCELORIBEIRO, DJe 18.9.2009. Sobre o ponto, confira-se, ainda, o seguinte julgado recente desta Corte Superior sobre o tema: ELEIÇÕES 2012. AÇAo DE INVESTIGAÇAO JUDICIAL ELEITORAL. RECURSOS ESPECIAIS ELEITORAIS. PREFEITO, VICEPREFEITO E VEREADOR. SUPOSTO ABUSO NA UTILIZAÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇAOSOCIAL. IMPRENSA ESCRITA. RECURSOS PROVIDOS. 1. Com base na compreensão da reserva legal proporcional, a cassação de diploma de detentor de mandato eletivo exige a comprovação, mediante provas robustas admitidas em direito, de abuso grave o suficiente a ensejar essa severa sanção, sob pena de a Justiça Eleitoral substituir-se à vontade do eleitor. Compreensão jurídica que, com a edição da LC 135/10, merece maior atenção e reflexão por todos os órgãos da Justiça Eleitoral, pois o reconhecimento do abuso de poder, além de ensejar a grave sanção de cassação de diploma, afasta o político das disputas eleitorais pelo longo prazo de oito anos (art. 10., inciso I, alínea d da LC 64/90). 2. Na lição do Ministro Sepúlveda Pertence, a imprensa escrita tem quase total liberdade (MC 1.241/DF, julgada em 25.10.2002), sendo que o transbordamento, com repercussão eleitoral, exige conduta absolutamente grave, marcada pela numerosa reiteração do ilícito, da capacidade de convencimento do veículo, entre outros: requisitos, o que não se imagina quando o alegado ilícito fora veiculado em duas ou, quando muito, cinco edições de um jornal, sendo certo que alguns trechos das matérias veiculadas, transcritas na moldura fática do acórdão regional, sequer revelam uma conduta tendenciosa, mas apenas uma constatação de um acontecimento político ocorrido no Município. 3. Conforme ressaltado no julgamento do RO 725/GO redator para o acórdão Min. Caputo Bastos, em 12.4.2005,a imprensa escrita atinge um contingente muito menor de eleitores do que outros meios de comunicação, como a televisão e o rádio. Especialmente em se tratando de certos jornais de que a sociedade em geral é destinatária distribuídos e lançados durante a madrugada nas residências, sabe-se da atenção devotada a essas publicações, r=ão pela qual imaginar que eles atingiram e influenciaram um número considerável de eleitores revela um otimismo bastante grande, mormente quando veiculados em poucas edições e para um eleitorado bastante expressivo para eleições municipais - aproximadamente 160 mil eleitores. 4. Recursos providos (REspe 600-61jSP, ReI. Designado Min. GILMAR MENDES, DJe 21.3.2016).

58. Ademais, tendo em vista a maior liberdade que a imprensa escrita possui, este Tribunal Superior tem entendido que, ainda que haja menções às qualidades pessoais de potencial candidato ou críticas a governos, não se afigura razoável caracterizar esses fatos como uso indevido dos meios de comunicação social: RO 1.807jSP, ReI. Min. MARCELORIBEIRO, DJe 18.9.2009; RO 1919-42jAC, ReI. Min. GILMAR MENDES, DJe 8.10.2014; e AgR-AI 599-42jMG, ReI. Min. LUCIANA LOSSIO, DJe 24.10.2014. Esse último julgado foi assim ementado: ELEIÇÔES 2012. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO. AIJE. NEGATWA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NÃO CONFIGURAÇÃO. JORNAL. OPINIÃO. COOPTAÇÃO ECONÔMICA. REEXAME DE PROVAS. IMPRENSA ESCRITA. MATÉRIA GRATUITA. USO INDEVIDO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL. NÃO CONFIGURAÇÃO. DESPROVIMENTO. 1. Tendo o acórdão embargado enfrentado de forma suficiente e fundamentada todos os pontos essenciais para o deslinde da controvérsia, não se verifica violação ao art. 275 do CE. 2. Rever a conclusão do Tribunal a quo sobre a falta de evidências de cooptação ou de controle econômico do periódico impresso pelo candidato recorrido demandaria o reexame dos fatos e das,provas dos autos, procedimento vedado pelas Súmulas 7/STJ e 279/ STF. 3. Não caracteriza propaganda eleitoral a divulgação de opinião favorável a candidato, a partido político ou a coligação pela imprensa escrita, desde que não seja matéria paga 4. Agravo Regimental ao qual se nega provimento. 59. Esta Corte Superior, com efeito, permite que haja intervenção judicial na imprensa escrita tão somente quando evidenciado nefasto abuso ou excesso nesse específico meio de comunicação social, de forma que se afigura desarrazoado considerar que um jornal com a maior tiragem de 15.000 exemplares, aos domingos, tenha força suficiente para desequilibrar as eleições de um Estado com mais de 44 milhões de habitantes e que recebe igualmente influência de outros jornais, além de variados sinais televisivos e ondas de rádio. 60. Acresça-se a isso o fato de o número de votos válidos destinados aos candidatos ao cargo de Deputado Estadual no Estado de São Paulo ter alcançado, nas eleições de 2014, o quantitativo de 20.869.4832. 61. As características do caso acima expostas constituem um norte para a presente análise, a fim de se perquirir se há perfeita subsunção dos fatos narrados ao disposto no inciso XIVdo art. 22 da LC64/90, com o objetivo de configurar ou não a prática de abuso de poder consistente no uso indevido dos meios de comunicação. 62. Como mencionado, o recorrente logrou êxito em ser eleito Deputado Estadual com 79.325 votos em um universo de 20.869.483 de votos válidos ao referido cargo. 63. Diante desses fatos, não há como considerar grave a situação narrada nos autos, mormente por serem a pena de cassação do

diploma e a cominação de inelegibilidade sanções extremamente excepcionais, só devendo incidir em casos em que, notoriamente, haja gravidade suficiente para macular a higidez do processo eleitoral, o que ocorreu na espécie. 64. O contexto fático-probatório delineado nos autos demonstra que as reportagens e notícias veiculadas pelos jornais, ainda que façam referência ao recorrente e ao seu partido, não apresentam caráter abusivo, não configuram ilícito eleitoral nem revelam gravidade suficiente para desequilibrar a disputa entre os candidatos, mormente pelos meios de comunicação social impressos possuírem menor alcance que o rádio e a televisão. Confira-se, a propósito, o seguinte precedente: RECURSO ESPECIAL. USO INDEVIDO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL. GRAVIDADE DAS CIRCUNSTÃNCIAS. AUSÊNCIA DE CONFIGURAÇÃO. 1. Não há que se falar em omissão no julgamento, porquanto o Tribunal a quo se pronunciou de forma clara e suficiente, ainda que sucintamente, quando utilizou de forma remissiva o dispositivo de Lei para responder à alegação deduzida em Embargos. 2. É possível, como jã entendeu esta ego Corte, em âmbito de Recurso Especial, conferir nova qualificação jurídica dos fatos reconhecidos pelo Tribunal a quo, de modo que incida a regra jurídica adequada. 3. Hipótese em que a conduta não possui gravidade suficiente para acarretar a aplicação das sanções previstas no art. 22, inciso XVI da Lei Complementar 64/90, com as alterações da LC 135/10, tendo em vista que os meios de comunicação social impressos possuem menor alcance que o rádio e a televisão. 4. Recurso Especial conhecido e provido (REspe 316-66jSP, ReI. Min. MARIATHEREZA DE ASSIS MOURA, DJe 21.10.2015).

C) - NO QUE TANGE EM RELAÇÃO AO AUTOR MINISTÉRIO PUBLICO ELEITORAL EM RELAÇÃO AO REQUERIDO/RECORRIDO JOSÉ ABELARDO GUIMARAES CAMARINHA

DA CONTAGEM DE VOTOS EM FAVOR AO PARTIDO DO REQUERIDO

65. Quanto ao cômputo dos votos, mesmo que a controvérsia se tome inócua diante do provimento do recurso, para esclarecer, consigna-se que o entendimento deste Tribunal Superior é de que serão computados a favor da legenda os votos recebidos pelo candidato cujo registro encontrava-se deferido no dia do pleito, quando a decisão que declara a inelegibilidade e cassa o diploma do candidato é proferida depois de realizada a eleição. A propósito, cita-se o seguinte julgado:

ELEIÇÕES 2012. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL ELEITORAL. RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. CAUSA DE INELEGIBILIDADE. ART. 14, § 60. DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ELEIÇÕES PROPORCIONAIS. PRIMEIRO SUPLENTE. COLIGAÇÃO. PEDIDODE ASSISTÊNCIA SIMPLES. DEFERIDO. (...). ELEIÇÕES 2012. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL ELEITORAL. RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. CAUSA DE INELEGIBILIDADE. ART. 14, § 60. DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. CÕMPUTO DOS VOTOS. ELEIÇÕES PROPORCIONAIS. VEREADOR. ART. 175, § 40. DO CÕDIOO ELEITORAL. APLICABILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A incidência do disposto no parágrafo único do art. 16-A da Lei 9.504/97 pressupõe que o registro de candidatura esteja sub judice, enquanto o art. 175, § 40. do Código Eleitoral possibilita o cancelamento ou a cassação do registro ou diploma em ação autônoma. Precedente. 2. Este Tribunal Superior tem assentado que o disposto no art. 16-A da Lei 9.504/97 não afastou a aplicação do art. 175, § 40. Do Código Eleitoral, e sim inseriu na legislação eleitoral um entendimento que já havia sido adotado pela jurisprudência da Corte em julgados anteriores à vigência do referido dispositivo (ED-MS 4243-32/BA, rei. Min. LUCIANA LÕSSIO, DJe 6.11.2014). 3. Na espécie, a decisão do Tribunal Regional está em consonância com o entendimento desta Corte de que a regra do § 40. Do art. 175 do Código Eleitoral não foi afastada pelo art. 16-A da Lei 9.504/97 e, portanto, nas eleições proporcionais, os votos dados a candidato cujo Registro encontra-se deferido na data da eleição – como na hipótese destes autos - devem ser computados para a legenda. Precedentes. 4. Agravo Regimental do PARTIDO TRABALHISTA CRISTÃO desprovido (AgR - REspe 1068-86/PR, ReI. Min. MARIA THERESA DE ASSIS MOURA, DJe 10.7.2015). 66. Assim, considerando que o candidato JOSÉ ABELARDO GUIMARÃES CAMARINHA estava com o registro deferido no dia do pleito, ainda que subsistisse sua condenação como beneficiário do uso indevido dos meios de comunicação, não haveria que se falar em nulidade dos votos a ele atribuídos nem em retotalização do pleito proporcional.

D) - NO QUE TANGE EM RELAÇÃO AO AUTOR MINISTÉRIO PUBLICO ELEITORAL EM RELAÇÃO AOS REQUERIDOS/RECORRIDOS EDNALDO PERÃO E SANDRA MARA NORBIATO

DO RECURSO ORDINÁRIO INTERPOSTO POR EDINALDO ROBERTO PERÃOE SANDRAMARANORBIATO 67. Os recorrentes sustentam, em preliminar, a extemporaneidade e a inépcia da inicial proposta por EDUARDODUARTE DO NASCIMENTO.Além disso, alegam que são partes ilegítimas para figurar na presente ação, visto que apenas atuavam na parte empresarial do jornal, não exercendo quaisquer atividades jornalísticas, além de que o sistema eleitoral não prevê a responsabilidade objetiva. 68. No mérito, EDINALDO ROBERTO PERÃO e SANDRA MARANORBIATO, ressaltam que as matérias jornalísticas divulgadas pelo periódico não configuraram qualquer abuso, pois os textos publicados são de interesse público, no âmbito de atuação da liberdade de imprensa, não configurando ilícito eleitoral o destaque dado ao então candidato JOSÉ ABELARDO GUIMARÃES CAMARINHA, que, na época das eleições, era o único parlamentar da região com destaque nacional. 69. No que concerne à extemporaneidade da ação ajuizada por EDUARDO DUARTE DO NASCIMENTO,a matéria já foi examinada no Recurso Ordinário interposto por JOSÉ ABELARDO GUIMARÃES CAMARINHA.Contudo, extinta a AIJE proposta por EDUARDO,subsiste a ação proposta pelo MPE. 70. No que se refere à alegada ilegitimidade passiva razão não assiste aos recorrentes. Com efeito, nos termos do inciso XIV do a t. 22 da LC 64/90, julgada procedente a Representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, o Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuídos para a prática do ato 71. Assim, uma vez proposta AIJE para apurar eventual abuso dos meios de comunicação, devem figurar no polo passivo todos aqueles que têm controle sobre o teor das matérias e podem interromper a veiculação das publicações que interferem na legitimidade e na normalidade das eleições, considerando que as pessoas jurídicas são partes ilegítimas para figurar no polo passivo dessas demandas. A rigor, a legitimidade passiva se apura em função do pedido do autor, conforme preceitua o Código de Processo Civil. 72. No mérito, adotam-se os mesmos fundamentos consignados em relação ao recurso interposto por JOSÉ ABELARDO GUIMARÃES CAMARINHA,de que os elementos probatórios colacionados aos autos não demonstram que as matérias veiculadas pelos jornais Correio Mariliense e Diário de Marília, tecendo comentários a respeito da atuação de então Deputado Federal e candidato a Deputado Estadual, possuíam gravidade suficiente para macular a

legitimidade e a normalidade das eleições no Estado de São Paulo em 2014.

E) - NO QUE TANGE EM RELAÇÃO AO TERCEIRO INTERESSADO – RECORRENTE AIRTON GARCIA FERREIRA

DO RECURSO ORDINÁRIO INTERPOSTO POR AIRTON GARCIA FERREIRA

73. AIRTON GARCIA FERREIRA sustenta, por sua vez, se confirmada a cassação de JOSÉ ABELARDO GUIMARÃES CAMARINHA, sejam os votos atribuídos a ele computados para a legenda do PSB, e não anulados ou retotalizados os votos do pleito proporcional. 74. Com efeito, o entendimento deste Tribunal Superior ê de que serão computados a favor da legenda os votos recebidos pelo candidato cujo registro encontrava-se deferido no dia do pleito, quando a decisão que declara a inelegibilidade e cassa o diploma do candidato ê proferida depois de realizada a eleição. Nesse sentido: AgR-REspe 1068-86jPR, Rel. Min. MARIATHEREZADE ASSIS MOURA, DJe 10.7.2015. 75. Assim, considerando que o candidato JOSÉ ABELARDO GUIMARÃES CAMARINHAestava com o registro deferido no dia do pleito, ainda que subsistisse sua condenação como beneficiário do uso indevido dos meios de comunicação, não haveria que se falar em nulidade dos votos a ele atribuídos nem em retotalização do pleito proporcional. 76. Entretanto, com o provimento do Recurso Ordinário de JOSÉ ABELARDOGUIMARÃESCAMARINHA,fica prejudicado, por perda de objeto, o recurso de AIRTONGARCIAFERREIRA.

F) - NO QUE TANGE A DECISÃO FINAL DO JULGADO ORA DEMANDADO.

77. Diante do exposto, com fundamento no § 70. do art. 36 do Regimento Interno do Tribunal Superior Eleitoral, dá-se provimento aos Recursos Ordinários interpostos por JOSÉ ABELARDO GUIMARÃES CAMARINHA e por EDINALDO ROBERTO PERÃO e

SANDRA MARA NORBIATO,para julgar improcedente a Representação ajuizada pelo MPE, afastando, por consequência, as sanções impostas; e, com fundamento no § 60. do art. 36 do RITSE, nega-se seguimento ao recurso interposto por AIRTONGARCIAFERREIRA.

Portanto, arraigado nos argumentos e fundamentações acima copiadas, as quais extraídas da decisão proferida junto a esta corte, vinda de forma monocrática, dela se depreende o desacerto do r. relator, desta superior corte, e assim, monocraticamente acatar o Recurso Especial manejado pelo requerido, ora recorrido, daí, em digressão, como dito, aponta-se o equivoco da decisão, eis, que pelo teor da própria fundamentação esposada junto a esta corte, por si só, em aplicando tanto a legislação pertinente, como também farta jurisprudência desta superior corte, com certeza outro seria o final, e assim, com certeza, improvido integralmente o Recurso Especial manejado pelo ora recorrido, JOSÉ ABELARDO GUIMARÃES CAMARINHA, eis, que verifica-se a inconsistência da fundamentação, pois escorada em entendimento errôneo, o qual foi dado de forma contraria ao contido expressamente nas decisões paradigmas invocadas e que tiveram na decisão copiada suas ementas, tal como nesta peça delineadas, em especial, a que se refere-se a INTEMPESTIVIDADE DA PROPOSITURA DA AIJE EM QUESTÃO, pelo ora recorrente EDUARDO DUARTE DO NASCIMENTO, o qual, seguindo a legislação especifica, e jurisprudência pátria, em especial vinda desta superior corte, no que tange a que se possa ajuizar a ação de investigação eleitoral até o dia da diplomação, a qual, de forma clara, não especifica horário, muito menos a jurisprudência pátria aduz que se deva respeitar horário da diplomação, ao contrário, tal como é pacificado nesta corte superior eleitoral, é de se considerar somente o dia, nunca o horário da diplomação, assim, forçosamente concluir que não tenha sido ajuizado a representação a destempo, quando ajuizada no mesmo dia da diplomação, situação a qual por si só afasta a intempestividade, assim, para demonstrar o equivoco, o apontará de forma clara, em confronto analítico de julgados, vindo desta corte o equivoco havido. Por outro lado, no que tange a questão de mérito, forçoso se faz concluir, que o ilustre julgador, afastou questão de relevo e provas cabais contidas no processo, as quais leva forçosamente a que seja desta feita, em sede deste regimental, apreciadas, pois desconsideradas, no que tange a ser o recorrido, JOSÉ ABELARDO GUIMARAES CAMARINHA, junto a seu filho VINICUS ALMEIDA CAMARINHA, os proprietários de referidos veículos De comunicação, situação, essa como desprezada, leva conclusivamente a entendimento diverso da realidade, onde além de configurar abuso dos meios de comunicação social, configura-se ainda, abuso de poder econômico, além de abuso de poder político, daí, desta feita, reavivar neste regimental seja a questão apreciada por este r. colegiado, via do qual se socorre, para do regimental conhecer e lhe dar provimento, para fins de reformar a decisão proferida, eis, que vinda de forma tanversa ao contido nos autos.

Ademais, no que tange aos demais requeridos, esses, por serem os dirigentes dos órgãos de imprensa, mesmo que na condição de !”laranjas”, tal como colacionado no bojo da demanda, estes por força de lei e de entne3dimentos reiterados nesta corte, em especial, no que foi invo0cado pelo ilustre relator, no bojo de sua decisão, estes devem estarem incluídos na lide, e serem responsabilizados igualmente ao beneficiário, alais, como pleiteado e visualizado nestes autos. E por derradeiro, visível também o equivoco a que chegou o ilustre relator, no que tange aos votos atribuídos ao candidato requerido, o qual, em sendo cassado sua candidatura e ou diploma, os votos a si atribuídos, deve ser objeto de recontagem do pleito, alias, como reconhecido unto a corte paulista, e que teve enrtew9dmento diverso ao teor do voto monocrático do relator, assim, necessariamente deve ser revisto e reformada tal decisão, para então ser os votos recontados no pleito, e este revisto. 2) – DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO INTERPOSTO POR EDUARDO DUARTE DO NASCIMENTO - Porquanto ao acima, como dito, verificou-se o equivoco perpetrado pelo ilustre relator, quando consignou ser intempestiva a representação formulada por EDUARDO DUARTE DO NASCIMENTO, por ter este ajuizada somente no dia da diplomação, porém, dentro do expediente, pouco importando o horário em que houvera a diplomação, o que deve prevalecer é o binômio dia e diplomação, que ao caso foi observado, ademais, forçoso se faz concluir o equivoco havido, eis, que o insigne relator, considerou que havida a diplomação, em hora antes ao protocolamento, já retiraria a possibilidade de ajuizamento da ação em comento, quando na verdade o é possível, eis, que ajuizada no dia da diplomação, pouco importando o horário, eis, que a lei, não prescreve horário e sim somente o dia, daí, para afastar tal decisão, e assim, apagar de vez o entendimento errôneo, traz entendimento tecido pelo ilustre Ministro Fernando Neves da Silva, o qual, já de longa data, junto aos demais pares tinha o entendimento esposado pelo ora recorrente, e assim, forçosamente concluir que deva se afastar o entendimento errôneo havido na decisão via deste demandada, e por tal vejamos;

RECURSO ORDINÁRIO N° 401 - CLASSE 27A - ESPÍRITO SANTO (29A ZONA - MANTENÓPOLIS). - RELATOR: MINISTRO FERNANDO NEVES. – DATADO DE 08 DE AGOSTO DE 2.000 – Recorrente: Procuradoria Regional Eleitoral/ES. Recorrido: Edvaldo Ricatto. Advogado: Dr. Carlos Sérgio Machado. Representação - Abuso do poder político - Art. 22 da LC 64/90 - Ajuizamento após a diplomação dos candidatos - Impossibilidade - Precedentes: Acórdãos no s 11.994 e 12.531. Extinção do processo - Art. 269 do Código de Processo Civil.

DO ENTENDIMENTO CONSIGNADO NA DECISÃO INVOCADA COMO ARESTO PARADIGMA, VEJAMOS;

O SENHOR MINISTRO FERNANDO NEVES (relator): Sr. Presidente, a representação foi proposta em 8.1.99, enquanto que a diplomação dos eleitos ocorreu em 15.12.98. A jurisprudência da Corte é no sentido de que a representação do art. 22 da LC n° 64/90 pode ser ajuizada até a data da diplomação dos candidatos eleitos. Cito como precedentes os Acórdãos no s 11.994 e 12.531, in verbis: "1. Representação por abuso de poder econômico (Lei Comp. 64/90, art. 22): pode ser ajuizada até a data da diplomação dos candidatos eleitos. Precedentes: Rec. 12.531, rei. Min. Galvão, DJU 01.09.95; Rec. 12.603, rei. Min. Andrada, DJU 08.09.95. 2. Recurso Especial conhecido e provido para desconstituir o acórdão tanto no que tange à representação ajuizada após a diplomação, quanto no que decidido nos recursos contra a diplomação (art. 262, I, Cód. El.) que a tomaram

Portanto, nessa linha de entendimentos, constata-se pois o equivoco havido, pois é cediço que possa se ajuizar a representação até o dia da diplomação, e foi justamente isso que ocorreu ao caso, não havendo sequer menção de que seja exigido o atendimento do horário em que tenha havido a diplomação, quando se reconhece ser a data da diplomação o dia final para exercer o direito de representação, alias, como ocorrido ao caso em comento, assim, inconteste que seja o presente provido, para reconhecer-se a tempestividade da representação ajuizada opor Eduardo Duarte do nascimento, por isso se trouxe o entendimento dessa corte, já de longeva data, o apontado comoa resto paradigma, o RO – 401/ES- de relatoria do eminente Ministro Fernando Neves da Silva, e assim, constata-se pois o equívoco havido na decisão via deste recorrida e que merece reforma, E É O QUE SE PLEITEIA DESDE LOGO. 3) – No que tange a questão de mérito, onde o ilustre julgador, proferi decisão ao contrário do estatui o dispositivo legal insculpido no artigo 22, inciso XVI da lei complementar 64/90, o qual traz a seguir copiado, vejamos;

Artigo 22, inciso XVI da LC 64/90 – “para a configuração do ato abusivo, não será considerada a potencialidade de o fato alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam.

Porquanto ao consignado em referido dispositivo, constata-se pois, que desnecessário a potencialidade do ato abusivo, e sim a sua pratica, a qual, ao teor dos próprios argumentos tecidos pelo ilustre julgador, os quais foram acima copiados, e ao teor dos argumentos aduzidos nas Contra Razões ao Recurso Ordinário manejado, bem como no consignado na decisão proferida junto a corte paulista, visível o erro havido na decisão monocrática, via deste demandada. Por outro lado, invoca-se todos os argumentos consignados na peça de contra razões, as quais apontam de forma diversa, que o requerido, ora recorrido, José Abelardo Guimarães Camarinha, incorreu em toda sorte de abusos, associado ainda, que como arguido na peça inicial da representação e documentos nela encartados, inclusive escritura publica, onde antigo “sócio laranja”, MARCEL AUGUSTO CERTAIN, confessa ser laranja de JOSÉ ABELARDO GUIMARAES CAMARINHA e de sue filho VINICIUS ALMEIDA CAMARINHA, situação, agora mais esclarecida, em sede

de DELAÇÃO PREMIADA, a qual extraída do site do STJ- em sede de

Habeas Corpus, e ainda, copia de pagina do site do TRF-3/SP., no qual tramita ação penal, movida pelo Ministério Público Federal, via do qual, o Ministério Publico aciona o aqui representado, sobre situação de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e ocultação de bens, inclusive do jornal e rádios, estes que fizeram toda a parafernália de propaganda irregular, tal como noticiada neste feito de representação. Portanto, a vista do já contido nos autos, e documentos novos que ora se traz, estes extraídos de ações penais, como dito acima, levam de forma clara, a demonstrar que além do abuso dos meios de comunicação social, o representado também abusou do poder econômico, além de burlar toda a lisura do pleito. Por outro lado, é de ressaltar, que a contas que o ilustre relator promoveu, para dizer sobre a quantidade de votos havido em todo estado, esqueceu ele de dosar deforma correta o que consta dos autos, que o representado teve em torno de 70% (setenta porcento) de seus votos na cidade de Marília, onde se circulou os jornais inquinados de favorecimento ao candidato, enquanto que se dependesse de outras cidades, não teria ele sido eleito, assim, concluir,q eu teve ele sim favorecimento ilícito. Portanto, a vista dos próprios argumentos tecidos na decisão, elas se apreciado ao teor da lei e da realidade do processo, com certeza o desiderato real seria outro, ou seja, MANTIDO A

CASSAÇÃO DO REPRESENTADO E JULGADO IMPROVIDO O SEU RECURSO. Isso é o que se visualiza nestes autos, e REQUER-SE seja tal fato conhecido por este r. colegiado e LEVE A REFORMA DA DECISÃO MONOCRÁTICA ORA RECORRIDA, PARA ENTÃO MANTER-SE A CASSAÇÃO DO RECORRIDO, JOSÉ ABELARDO GUIMARÃES CAMARINHA, NA FORMA COMO PROFERIDO PELA CORTE PAULISTA.

DO ENTENDIMENTO E FUNDAMENTAÇÃO TRAZIDA NO ARESTO PRADIGMA O QUAL ORA SE INVOCA, E TRAZ COPAIDO SUA EMENTA E PARTE DE SUE JUGLAD, VEJAMOS; Portanto, a vista do que veio na fundamentação consignada na decisão ora demanda, a qual, em consonância a real fundamentação consignada na decisão proferida junto a corte paulista, verifica-se que a decisão final aduzida na decisão monocrática em verificação, se deu de forma contraria a legislação pertinente, como também diverge da jurisprudência desta superior corte, daí, isso apontar e requerer-se a reforma int4egral da decisão monocrática, via os argumentos acima expostos e outros já colacionados nas cutina razões recursais e na decisão proferida junto a corte paulista. Porquanto ao que se encontra estatuído no mencionado artigo acima copiado, e demais argumentos acima espezinhados, desde logo se verifica o desacerto da decisão ora guerreada, como também o acerto da decisão proferida na corte paulista, eis, que na decisão monocrática considerou-se a falta de suposta potencialidade, quando essa desnecessária para aquilatar o dano, eis, que esse visível ao caso, a despeito de reconhecer que o JORNAL DIARIO DE MARILIA, teria durante o período eleitoral, e o que o antecedeu, quando o fizeram publicar em suas paginas, elogios ao recorrido, e denegrir-se as pessoas dos demais candidatos opositores ao beneficiário, via deste feito e recurso demandado, assim, verifica-se, que em sede de VALORAÇÃO DAS PROVAS, o que é permitido em direito, seja isso verificado e com certeza se constatará junto a esta corte o abusivo havido, assim, forçoso se faz indicar, que apesar de reconhecer-se havido o abuso, a ele deu-se pouca importância, e tentou-se tarja-lo como direito de imprensa, o que é inaceitável, daí, para demonstrar que junto a esta r. corte superior, o entendimento sobre tal fato, tem sido coibido de forma veemente, além de se dar sempre outro desiderato, ou seja, dar-se sempre pela cassação do diploma e ou do mandato, com aplicação das penas subsidiárias ao candidato que tenha abusado e ou se beneficiado de tais médios de comunicação, com o ocorrido ao caso, e de forma fraudulenta e abusiva, dai, trazer-se jurisprudência a respeito, vejamos;

RECURSO ORDINÁRIO N° 9383-24.2010.6.26.0000 - CLASSE 37

– SÃO PAULO - SÃO PAULO - RELATORA: MINISTRA NANCY ANDRIGHI – DATADO DE 31 DE MAIO DE 2.011 – Recorrente: Ministério Público Eleitoral Recorrido: Eduardo Paiva de Souza Lima Advogados: Eduardo Paiva de Souza Lima e outro EMENTA RECURSO ORDINÁRIO. ELEIÇÕES 2010. DEPUTADO ESTADUAL. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL (AIJE). ART. 22 DA LC 64190. USO INDEVIDO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL. CONFIGURAÇÃO. POTENCIALIDADE LESIVA. INAPLICABILIDADE DA LC 13512010. PARCIAL PROVIMENTO. 1. A representação por propaganda eleitoral antecipada e a AIJE constituem ações autônomas, com causas de pedir e sanções próprias. Assim, a procedência ou improcedência de uma não é oponível à outra. 2. Fatos anteriores ao registro de candidatura podem configurar uso indevido dos meios de comunicação social, visto que compete à Justiça Eleitoral zelar pela lisura das eleições. Precedentes. 3. O uso indevido dos meios de comunicação caracteriza-se, na espécie, pela veiculação de nove edições do Jornal Correio do Vale, no período de março a julho de 2010, nos formatos impresso e eletrônico, com propaganda eleitoral negativa e graves ofensas pessoais a Sebastião Pereira Nascimento e Carlos Eduardo Vilela, candidatos aos cargos de deputados estadual e federal nas Eleições 2010, em benefício do recorrido – único editor da publicação e candidato a deputado estadual no referido pleito. 4. Na espécie, a potencialidade lesiva da conduta evidencia-se pelas graves e reiteradas ofensas veiculadas no Jornal Correio do Vale contra os autores da AIJE, pelo crescente número de exemplares distribuídos gratuitamente à medida que o período eleitoral se aproximava e pelo extenso período de divulgação da publicação (5 meses). 5. A procedência da AIJE enseja a inelegibilidade para as eleições que forem realizadas nos 3 (três) anos subsequentes ao pleito em que ocorreu o ato abusivo, nos termos da redação originária do art. 22, XIV, da LC 64/90. 6. Recurso ordinário parcialmente provido

E EM MESMO SENTIDO, PORÉM, MAIS CONTUNDENTE ONDE PELA SIMPLES CONDIÇÃO DE BENEFICIÁRIO É IMPUTADA A CASSAÇÃO

RECURSO ORDINÁRIO N° 4064-92.2010.6.11.0000 - CLASSE 37 - CUIABÁ - MATO GROSSO - RELATORA: MINISTRA LAURITA VEZ – DATADO DE 03 DE DEAEMBRO DE 2.013

Recorrente: Ministério Público Eleitoral Recorrente: Roberto Angelo de Farias Advogados: Anthony de Souza Soares e outro Assistente do recorrente: Partido Social Democrático (PSD) - Estadual Advogada: Deborah de Oliveira Figueiredo Recorrido: Cândido Teles de Araújo e Advogados: Mauricio José Camargo Castilho Soares e outros Recorrido: Roberto Angelo de Farias Advogados: Anthony de Souza Soares e outro EMENTA ELEIÇÕES 2010. RECURSOS ORDINARIOS, USO INDEVIDO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL. INELEGIBILIDADE. INCIDÊNCIA. LC N° 13512010.

1.- Em AIJE foi julgado procedente o pedido para cassar o diploma do primeiro Recorrente e decretar sua inelegibilidade. No período de disputa eleitoral, quando apenas era permitida propaganda eleitoral gratuita em rádio e TV, foram concedidas entrevistas pelo candidato e por terceiro em seu beneficio e veiculada campanha promovida pela TV Serra Azul. 2. - É desnecessário, em AIJE, atribuir ao réu a prática de uma conduta ilegal, sendo suficiente o mero benefício eleitoral angariado com o ato abusivo e a demonstração da gravidade da conduta. Precedente. 3. - Na compreensão desta Corte fica afastado o pleito de majoração da sanção de inelegibilidade de três para oito anos, considerada decisão do Supremo Tribunal Federal.

4.Recursos desprovidos.

Portanto, a vista do entendimento tecido nos arestos paradigmas acima invocados e copiados suas ementas,. verifica-se que encontrada o beneficio ao candidato, alias, com o ocorrido ao caso, neste recurso versado, de rigor se faz seja cassado o diploma, tal como se busca no preambulo da peça inicial, daí, levar que seja tal entendimento utilizado para aplicar-se ao caso em questão, do qual divergiu o ilustre relator por isso este se oferta, para que este r. colegiado conheça do fato, e assim,. Reveja a decisão monocrática e a reforme por inteiro. Ademais, vale ressaltar, que pela decisão e pela corte paulista, consideraram que os benefícios carreados ao recorrido, quer seja, via elogios e divulgação de seus trabalhos como deputados em plena campanha, seriam típica publicação política, o que, associado a charges publicadas denegrindo a pessoa dos demais candidatos, estas que seriam ofensivas e não meras obras de arte, leva-se a concluir as raias da inconsequência, quando sabidamente, se verifica sua ofensividade durante a campanha em relação aos demais candidatos, quando ao contrario, estas sempre trataram de forma diversa o recorrido, e o beneficiaram de forma abusiva, assim, com tais ângulos de visão sobre o fato, aplicando-se o principio da VALORAÇÃO DA PROVA, forçosamente é de se concluir deva ser julgado provido o recurso, para assim, inverter-se o resultado do julgado, e levar a cassação do recorrido, e com aplicação das pena subsidiárias que a lei o determina. Mediante a tal entendimento, verifica-se que junto a corte paulista, constataram a excessiva publicações de matérias, porém, entenderam que seria o caso de aplicarem ser a tendência do jornal, porém, ao teor da legislação atual, tal como copiada acima e insculpida ano artigo 22, inciso XVI , da lei complementar federal nº 64/90, isso não é possível, pois verifica-se o beneficio explicito ao recorrido, alais, devendo-se aplicar o caso o mesmo entendimento utilizado no aresto paradigma acima invocado e que teve copiada sua ementa, a que ver o RECURSO ORDINÁRIO

N° 4064-92.2010.6.11.0000 - JULGADO JUNTO A ESTA CORTE SUPERIOR ELEITORAL, DAÍ, IMPOSSIVEL A MANTENÇA DO JULGADO RECORRIDO, COMO DA DECISÃO MONOCRATICA, VIA DESTE DEMANDADA, ENSEJANDO POIS, A REFORMA INTEGRAL.

Por conseguinte, por quaisquer vértices que se visualize a decisão via deste demandada, constata-se pois, esta deitada ao arrepio do contido nos autos, por isso se manejar este regimental, para que seja a decisão revista, reformada a moto próprio em sede de juízo de retratação, e ou, seja então enviada para conhecimento do colendo colegiado competente, ao qual, desde logo se requer-se deste conheça e o proveja, para fins de reformar-se a decisão integralmente.

SOBRE A PROPRIEDADE DO ÓRGÃO DE COMUNCIAÇÃO SOCIAL – JORNAL DIARIO DE MARILIA – fato sequer apreciado pelo ilustre relator, assim, invoca-lo para que desta feita, seja este apreciado, em especial, agora com a ajuda juntando-se copai de DELAÇÃO PREMIADA, FIRMADA E HOMOLOGADA JUNTO AO TRF3, pela requerida SANDRA MARA NORBIATO,.

. Mediante ao acima, verifica-se que junto a esta corte tem sido aplicado aos casos semelhantes a teoria da aparência, ou seja, em se verificando a proximidade extrema entre os candidatos e o órgão de imprensa que o beneficiou, quer seja por serem sócios e ou extrema amizade, é de se considera grave a conduta, e assim, imputar-se as penalidades, aliás, como buscadas no caso em questão, ademais, vale ressaltar, sobre a quantidade de exemplares veiculados, cujo valor e mensuração o própria relator assim consignou em sua decisão. E a trouxe acima copiada. Por conseguinte, a vista do acima, e pelo que mais consta deste agravo regimental, forçoso se faz concluir, que a quantidade diária de um jornal, ao caso, considerados 15.000 – (quinze) mil exemplares, multiplicado pelo numero de edições, tais como se constata dos autos e nele encartadas, aumenta a potencialidade, apesar dessa não ser necessário, mas, a tal turno, torna a questão tipicamente abusiva, e por isso, e a tal turno, leva que seja assim, nesta corte, visualizado o caso, e lhe dado A VALORAÇÃO ADEQUADA DA PROVA LEVANTADA PELA CORTE RECORRIDA, TAL COMO ACIMA E NESTA PEÇA INDICADAS E DEMONSTRADAS, , para fins de coibir tais praticas, e levar a reforma integral da decisão via deste demanda. Por demais, necessário se torna, em especial como se vê estampado nos noticiários diuturnamente, dias atuais se tem buscado aprimorar as instituições democráticas e assim extirpar da vida publica os maus políticos, e aqueles que de alguma forma tenham abusado de seus direitos, ofendendo em demasia a lisura dos pleitos eleitorais, como ocorrido ao caso, leva forçosamente a concluir, que seja os arrestos paradigmas invocados e legislações pertinentes, nesta invada e copiada, aplicáveis ao caso, assim, invocar-se seja desta feita, e pleitear-se, seja este conhecido e provido para fins de reformar-se integralmente a decisão guerreada. 4) – Mediante ao acima, forçoso se faz concluir, que deva ser reformada a decisão, tanto para manter a decisão da corte paulista em sua integra, inclusive na mantença de todos os requeridos na lide, bem como seja recontados os votos que venham a ser cancelados com a cassação do requerido, e assim, atribuído o voto ao partido que venha a ser beneficiado com a recontagem, como também, rejeitado o

recurso de Airton Garcia Ferreira, pois este incompatível ao versado neste feito. Por demais, necessário desde logo apontar, que seja mantida a decisão da corte paulista e reformada a decisão monocrática proferida, eis, que proferida ao arrepio das normas pertinentes, isso é o que se constata dos autos e do que na ação interposta se visualiza, para então reconhecer-se todos atos perniciosos e ofensivo a lisura do pleito perpetrada por José Abelardo Guimarães Camarinha, quando utilizando meios nebulosos e ardis, colocou seus órgãos de imprensa e de comunicação social em nome de terceiros e utilizou em seu favor e em sua campanha, em detrimento a lisura do pleito eleitoral em comento, e em desvio de conduta e abuso do poder econômico e abuso dos meios de comunicação social, escorados em ilegalidades, sonegação fiscal, sonegação de bens, e lavagem de dinheiro, aliás, do qual é réu, em ação penal em tramite junto a corte paulista, de cujo processo se trouxe peças, para isso demonstrar e corroborar com todos os argumentos consignados no bojo da ação em questão, e comprovar todo o na ação em questão alegado. 5) - Mediante aos argumentos acima expedidos, e associado ao arestos paradigmas acima invocados, os quais desde logo os traz em anexo e os junta a este processo, cujos arestos PARADIGMA INVOCADOS E TRAZIDOS EM COPIA E EM ANEXO, OS DECLARA FIEIS AOS ORIGINAIS, e extraídos do site do TSE –Tribunal Superior Eleitoral, via de sua Revista Eletrônica de Jurisprudência, e assim, REQUER-SE ainda a juntada de copia de peças extraídas de Habeas corpus em tramite junto ao STJ – Superior Tribunal de Justiça e pagina do site do TRF3, cujos documentos comprovam a propriedade dos órgãos de comunicação social, pelo representado José Abelardo Guimarães Camarinha de seu filho Vinicius Almeida Camarinha, e por demais, REQUER-SE seja por esta r. relator revisto a decisão, e assim, em sede de juízo de retratação reformada, para dar provimento a este regimental, e consequentemente ai prover o recurso ordinário interposto pelo ora recorrido, e representado, e assim, manter a decisão proferida junto a corte paulista, e inverter-se a decisão monocrática via deste recorrida, porém, se mantida a decisão monocrática como proferida, REQUER-SE seja este processo remetido ao competente colegiado, ,para que deste regimental e consequente recurso conheça e ao final, este se proveja para fins de reforma da decisão via deste demandada, é o que se requer de forma reiterada e leve a mantença da decisão na forma tal como deitada pela corte paulista. E por tais motivos P.i. Deferimento Marília p/ Brasília, junho de 2.017 Ademir Souza e Silva – oab/sp. 77.291