agradecimentos: gonÇalo pratas (constroisons) … · vamos. tÃo pouco sei e para alÉm disso É...

6

Upload: phungdiep

Post on 09-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

AGRADECIMENTOS: GONÇALO PRATAS (CONSTROISONS) PELA GRANDE COLABORAÇÃO • PATRÍCIA MARQUES POR TUDO • ANA MENDES PELA AMIZADE E GRANDE APOIO • MANUEL DOMINGUES PELA CEDÊNCIA DA FAIXA AO VIVO “SENHORA DO ALMORTÃO” SEBASTIÃO ANTUNES E MARIEN HASSAN AO VIVO NA FESTA DO AVANTE 2013.

MAL O SOL NASCE EM DIRECÇÃO AO FUTURO COMEÇAM AS VONTADES A ACORDAR NA ÂNSIA DE QUE OS SENTIDOS AS LEVEM A ALGUM LUGAR. AS CANTIGAS DESTA VEZ SOLTAS POR UMA RAZÃO QUE DESCONHEÇO TRATAM DE SE IR JUNTANDO COMO UM GRUPO DE COMPANHEIROS QUE SE ENCONTRA PARA DAR INÍCIO A UMA VIAGEM QUALQUER. À HORA MARCADA, LÁ COMEÇAM A CHEGAR OS SONHOS, OS DESEJOS, AS MUITAS IMAGENS DOS CAMPOS ACOMPANHADAS POR AMIGAS DA CIDADE QUE QUISERAM EMBARCAR NESTA AVENTURA, COM A TRADIÇÃO SEMPRE COMO PROTECTORA VÃO TAMBÉM CHEGANDO AS LEMBRANÇAS, OS DESTINOS E AQUELES CANTINHOS DE NÓS QUE TENTAM SEMPRE PASSAR ESCONDIDOS SEJA POR QUE CAMINHO FOR. NINGUÉM SE ESQUECEU DE CONVIDAR O DIVERTIMENTO E O PRAZER. O AMOR QUE APESAR DAS SUAS VICISSITUDES COMPARECE SEMPRE PARA BEM DE NÓS. A CRÍTICA CHEGA DE MÃO DADA COM O DESENCANTO, JUNTA-SE O SORRISO E POR FIM CHEGA A FUSÃO QUE JUNTA SEMPRE AS COISAS DA MINHA TERRA E DA MINHA GENTE COM O AMOR QUE ME FICOU ESPALHADO PELAS AREIAS DO DESERTO DO SAARA. É ENTÃO QUE SE JUNTAM A LIBERDADE E A CORAGEM TRAZIDAS POR MARIEM HASSAN NUM REGISTO AO VIVO COM EMOÇÕES DEFINITIVAMENTE DIFÍCEIS DE EXPLICAR. UM BRINDE AO AMOR E DÁ-SE INÍCIO À CAMINHADA PARA ONDE VAMOS. TÃO POUCO SEI E PARA ALÉM DISSO É PROIBIDO ADIVINHAR. DEDICO ESTE DISCO AO AMOR, À MINHA FAMÍLIA, AOS MEUS AVÓS ADELAIDE, JÚLIO, SEBASTIÃO E MATILDE, AO MEU AMOR, AOS MEUS AMIGOS E A TODOS AQUELES QUE ACREDITAM NA MÚSICA PORTUGUESA, UM GRANDE BEM-HAJA PELA MOTIVAÇÃO.

SEBASTIÃO ANTUNES

FICHA TÉCNICA: SEBASTIÃO ANTUNES • VOZ • GUITARRAS • N´GONI LUÍS PEIXOTO • BANDOLIM • CAVAQUINHO • BOUZUKI • SANFONA • PROGRAMAÇÃO ELECTRÓNICA • MARTA BARBERO • VIOLINO • HUGO GANHÃO • BAIXO • CARLOS LOPES • ACORDEÃO • RICARDO MINGATOS • PERCUSSÕES • QUINÉ • PERCUSSÕES SAMPLADAS EM PROIBIDO ADIVINHAR E SÃO JOÃO.

CONVIDADOS: O COMBOIO DOS ATRASOS - CARLOS GUERREIRO • VOZ • SARRONCA• RECO-RECO • AS FILHAS DA ROSA - ORLANDO MURTEIRA • BANDOLA • AS FILHAS DA ROSA E NO DIA EM QUE O MUNDO MUDOU - MIGUEL QUITÉRIO • GAITA-DE-FOLES IRLANDESA

VOZES EM FILHAS DA ROSA • ANA ALENTEJANA • SOFIA ADRIANA PORTUGAL • TÂNIA CARDOSO • DIANA HENRIQUES • ANA MENDES • RITA SANTOS • PATRÍCIA MARQUES • RAQUEL ESTEVES

VOZES EM SETE E PICO • GONÇALO PRATAS • LUÍS PEIXOTO • MIKE SIMÕES • MIGUEL QUITÉRIO

PRODUÇÃO: LUÍS PEIXOTO • CO-PRODUÇÃO: SEBASTIÃO ANTUNES • GRAVADO E MISTURADO: LUÍS PEIXOTO NOS ESTÚDIOS CONSTROISONS E ESTÚDIOS GROOVE PUNCH • DESIGN: ANTÓNIO FARIA • PRODUÇÃO EXECUTIVA: ALAIN VACHIER

LETRAS E MUSICAS SEBASTIÃO ANTUNES EXCETO SETE E PICO ORIGINAL DO CONJUNTO ANTÓNIO MAFRA, A NOSSA SINCERA ADMIRAÇÃO E HOMENAGENS.

TRADICIONAIS: FILHAS DA ROSA E SÃO JOÃOSENHORA DO ALMORTÃO TRADICIONAL PORTUGUÊS EM HARMONIA COM UM MAWAL DO SAARA OCIDENTAL CANTADO POR MARIEN HASSAN PELA LIBERDADE E UNIÃO DOS POVOS.

O comboio dos atrasos

No comboio dos atrasos vai gente que a gente esquece

Logo pela madrugada vai o sinal de um bocejoVai a noite acordada vai a lembrança de um beijoVai quem perdeu quase tudo e quem não tem nada a perderVai alguém com um ar sisudo por não ter nada a dizerVai uma lágrima solta num olhar desamparadoUm bilhete de ida e volta que nunca foi usadoUm caso de amor secreto com perfume de abandonoVais um olhar indiscreto e por resposta um olhar de sono

No comboio dos atrasos vai gente que a gente esqueceVai quem nunca chega a horas e às vezes nem apareceDevagar devagarinho eu conheço tantos casosDe quem passa a vida inteira não comboios dos atrasos

Logo pela madrugada vai quem já vai atrasadoQuem nem se quer deu por nada e vai dar ao destino erradoVai quem quer andar no centro e do centro nunca saiVai quem não quer ir lá dentro mas não sabe onde vai

Faz-me um favorUma prenda para a fazer sorrirPara ela descobrirE quem sabe assumirMas eu sei bemÉ fácil não saberO que é bom para dizerEu vou ter de aprenderPois é o medo de arriscarReceio de falharNão dá coisa com coisa e talMelhor é deixar de pensarE ser só natural Faz-me um favor não digas a ninguémEu sinto assim um não sei quêE vou dizer-te por quemFaz-me um favor não digas a ninguémO que eu sinto é pela filha da senhora tua mãe

No outro dia fui à repartiçãoBuscar uma certidãoE ela atrás do balcãoNem fui capazDe por um ar audazVergonha lá para trás Mostrar como se fazPois é o amor por preencherUma certidão qualquerÉ sempre a mesma coisa e talMelhor é deixar de hesitar e ser só natural

Proibido Adivinhar

Laptop na mão a mala no chãoUm futuro adiado é futuro ou solidãoÉ cedo para ter saudades tarde para voltar atrásE ninguém a quem mostrar aquilo de que sou capazCurriculum vitae, competências, passaporteUm perfil adequado e pouco mais que lhes importeO hostel não é mau a vida não é tão ingrataAqui perto há um bar que tem cerveja barata

Já não dá para adiar proibido adivinhar

Às vezes ficar sozinho é uma dor que não se escreveQuase toda a gente teme mesmo quando não se temeFez-se o que havia a fazer a gente dá o que temUm diploma na mão aprende-se a acreditar Mas existe qualquer coisa que me está a faltarA vida só faz sentido colorida de paixãoOntem deram-me um sorriso é amor sim ou não

O D. José de VicenteQue é de S. Pedro da CovaPra mostrar que ainda é valenteFoi dançar a Bossa novaEscorregou no soalhoCaiu, foi pro hospitalEram pr’aí sete e picoOito e coisa nove e talEram pr’aí sete e picoOito e coisa nove e tal

Quando o serviço abundanteNo baile se iniciouO D. Grilo num instanteA alface devorouDiz-lhe a Locas ao ouvidoPareces um animalEram pr’aí sete e picoOito e coisa nove e talEram pr’aí sete e picoOito e coisa nove e tal

A D. Inês sequiosaNão resistiu ao WiskiE pra se tornar famosaQuis ir dançar o twistAo dar um jeito partiu-seA coluna vertebralEram pr’aí sete e picoOito e coisa nove e talEram pr’aí sete e picoOito e coisa nove e tal

Faltou a luz e gerou-seA confusão naturalE a Locas encontrou-seNos braços do AmaralLogo esta grita aflita:Acendam o castiçal!Eram pr’aí sete e picoOito e coisa nove e talEram pr’aí sete e picoOito e coisa nove e tal

Sete e PicoLetra e música: António Mafra

No Baile da D. EsterFeito a semana passadaForam dar com o ChauferA dançar com a criadaDizia-lhe ela baixinhoNa prise és bestialEram pr’aí sete e picoOito e coisa nove e talEram pr’aí sete e picoOito e coisa nove e tal

Chegou altura da valsa,Exibiu-se o Osório.De repente cai-lhe a calça,Rebentou-lhe o suspensório.Aflito, com a mão na cinta,Perante o riso geral.Eram pr’aí sete e picoOito e coisa nove e talEram pr’aí sete e picoOito e coisa nove e tal

Cantam as filhas da Rosa

Cantam nas filhas da Rosa Cantam nas filhas da Rosa Respondem lá do jardim Olaré quem canta, canta assim

E a minha fala não é A mesma que era algum dia Quem ouvia a minha fala E o meu nome conhocia

E o cantar parece bem E é uma prenda bonita Não empobrece ninguém Assim como não enrica

Se eu soubesse cantar bem Nunca estaria calado Mesmo assim cantando mal Não vivo desmarginado

Não julgues por eu cantar Que a vida alegre me correEu sou como o passarinhoTanto canta até que morre

Assunto encerrado

A vida refaz-se devagarinhoSe calhar há-de haver ninhoHá-de haver onde ficarÉ como a luaQue vem quando lhe apeteceNão precisa GPSSabe sempre onde parar A norte fica um Pólo mais discretoHá-de haver onde ficarEnquanto a sulFica tudo a céu abertoEntre o gelo e o desertoO importante é caminhar

Então alinho o meu discurso Pelo de quem ficou caladoDou o dito por não dito E está o caso arrumadoE ponho na contaQue quem contaContou malE assunto encerrado

Aceito o abrandar das avenidasVou jogando às escondidasPara me deixar apanharE nem quero saber nada do futuroNão tenho um porto seguroNem sei se o quero encontrarE se algum dia Eu for dar a qualquer ladoE vir que estou enganadoEu vou-me rir a valerE nem me importoSe me falam dos perigosSe até a onça tem amigosPorque não os hei-de eu ter

No dia em que o mundo mudou

Preocupada entre a vontade e o medoQuase guardava um segredoQuase ganhava razãoPreocupado entre o medo e a vontadeQuem dera seja verdadeNão me deixes dizer nãoFaz frio lá fora e é tão bom estar contigo Não faças caso a nada do que eu digo É hora de sair mas não consigo, e amanhã?

A manhã chegou devagarinhoFez de conta que nem se quer reparouJá é dia, ousadia, aconteceu um diaNo dia em que o mundo mudou

Preocupada entre o passado e o futuroNinguém acerta no escuroNem sei se quer acertarPreocupado entre o futuro e o passadoO medo é tempo adiado á espera de clarear

Et toi? Est ce que tu voisCe qu’il ce passe par láDes fois comme ci De fois comme çáDis-moiEt toi?Est ce que tu voisCe qu’il ce passe par láQue moi je ne comprend pás

O fado é como um choroAprès la fêteA manhã vai chegar e ninguém a vêE enquanto o tempo passaA estrela sobe à GraçaE vai de Bologne a Sait Germain dês Prés

São João

Se fôreis ao São JoãoAí traguei-me um São JoãozinhoSe não pudéreis com um grandeAi traguei-me um mais picanino

São João casai as moçasAi as que vos fazem fogueirasAquelas que não as fazemAi deixai-as ficar solteiras

Eu hei-de ir ao São JoãoAi o meu marido não querDeixai-o vós abalarAi eu farei o que eu quiser

Do São João ao São PedroAi quatro dias cinco sãoMoças que andais à soldadaAi aligrai o coração

Email para Paris

A noite deslizou pela cidadeConvite para jantarÉ sempre assimO vinho sabe a luaQual é a tua ruaSerá que ainda te vais lembrar de mimO tempo foge entre a mão e o beijoAmor de fim de noite Sim ou não

De Montmartre a PigalleDa Lapa ao Príncipe RealSó não nos abandona a solidãoE o Bairro Alto engole os viajantesGuiados pela vertigem e pelo assombroAcordo no teu quartoNão sei quando é que partoMas gosto do perfume do teu ombro

Senhora do Almortão

Senhora do AlmortãoÓh minha linda raianaVirai costas a Castela Não queirais ser Castelhana´

Senhora do AlmortãoA vossa capela cheiraCheira a cravos cheira a rosasCheira a flor de laranjeira

Senhora do Almortão Eu para o ano não prometoQue me morreu um amoriAndo vestido de preto