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25 RELATÓRIO ESPECIAL Agosto de 2020 Os Cristãos perseguidos são “a elite da Igreja”. A expressão, do Pe. Werenfried van Straaten, fundador desta Obra de amor, sintetiza na perfeição a importância da missão da Fundação AIS junto da Igreja que sofre e é perseguida. Esta aventura de amor nasceu da coragem e ousadia do Pe. Werenfried que, no Natal de 1947, se indignou com a miséria e o sofrimento de milhões de refugiados alemães na Europa no final da II Guerra Mundial. A Fundação AIS é uma das mais importantes instituições de solidariedade da Igreja Católica. E Portugal, desde há 25 anos, faz parte também desta corrente de amor e oração que tem ajudado a secar as lágrimas de Deus na Terra. Graças à generosidade ímpar dos seus benfeitores e amigos, a Fundação AIS faz o que poucos fazem e vai a lugares onde muito poucos vão. Obrigado por fazer parte desta aventura de amor ao próximo! Missionárias de Jesus Verbo e Vítima levam a fé aos Cristãos em lugares recônditos no Peru, com o apoio da Fundação AIS. Anos de uma Aventura de amor

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Page 1: Agosto de 22 25Aventura de amor Anos³rio 25...amor”. A nossa ajuda de subsistência alimenta as chamas do amor. Em muitos lugares do mundo, as irmãs são a única presença visível

25RELATÓRIO ESPECIAL

Agosto de 2020

Os Cristãos perseguidos são “a elite da Igreja”. A expressão, do Pe. Werenfried van Straaten, fundador desta Obra de amor, sintetiza na perfeição a importância da missão da Fundação AIS junto da Igreja que sofre e é perseguida.

Esta aventura de amor nasceu da coragem e ousadia do Pe. Werenfried que, no Natal de 1947, se indignou com a miséria e o sofrimento de milhões de refugiados alemães na Europa no final da II Guerra Mundial.

A Fundação AIS é uma das mais importantes instituições de solidariedade da Igreja Católica.

E Portugal, desde há 25 anos, faz parte também desta corrente de amor e oração que tem ajudado a secar as lágrimas de Deus na Terra.

Graças à generosidade ímpar dos seus benfeitores e amigos, a Fundação AIS faz o que poucos fazem e vai a lugares onde muito poucos vão. Obrigado por fazer parte desta aventura de amor ao próximo!

Missionárias de Jesus Verbo e Vítima levam a fé aos Cristãos em lugares recônditos no Peru, com o apoio da Fundação AIS.

Anos de uma

Aventura de amor

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Queridos amigos,Este é um ano muito especial para a Fundação AIS… Celebramos 25 anos de existência em Portugal, 25 anos de amor ao próximo, 25 anos a transfor-mar a sua ajuda em esperança para mi-lhares de cristãos que tanto sofrem em todo o mundo! Demos graças!

E é com imensa alegria que partilho con-vosco a preciosa ajuda de todos quantos contribuíram, num esforço solidário, em 2019, para com as comunidades cristãs ví-timas de perseguição religiosa, violência e discriminação. A ajuda concreta de 11.693 benfeitores de Portugal traduziu-se em 35.562 donativos, num total de 3 milhões de euros. A nível internacional, através dos 23 secretariados, angariámos mais de 100 milhões de euros. Um enorme ‘bem-haja’!

Em 2019, apoiámos 5.230 projectos em 139 países. Foram mais 211 projectos face ao anterior, o que só foi possível graças à generosidade dos mais de 300 mil ben-feitores e amigos da instituição em todo o mundo. O número de pedidos de ajuda subiu para 7.154, mas infelizmente um em cada quatro teve de ser recusado por falta de meios.

Também no ano passado, África e Médio Oriente foram as principais regiões para as quais fluíram a maioria dos fundos.

No entanto, a principal ajuda no Médio Oriente passou do Iraque para a Síria.

No Iraque, após a reconstrução de casas para os cristãos que regressaram à sua terra natal, a infraestrutura da Igreja foi refeita. Foram restaurados conventos e igrejas, incluindo a Catedral Al Tahira, em Karakosh, a maior igreja cristã do Iraque. Na Síria, a questão principal continua a ser a ajuda de sobrevivência aos Cristãos devido à guerra que se manteve em 2019.

África foi, de novo, o continente em que mais se materializou a ajuda dos benfei-tores da AIS. Foram exactamente 1.766 projectos que ganharam vida em 2019. Infelizmente, na região do Sahel em geral, muitos missionários e catequistas pagam com a própria vida a sua entrega a Cristo.

Apesar da perseguição e das dificul-dades, sobretudo por causa do funda-mentalismo islâmico, a Igreja em Áfri-ca está a crescer mais depressa do que em qualquer outro lugar. Só na Nigéria, nos Camarões e no Burkina Faso apoiá-mos mais de 260 projectos.

O apoio à Venezuela também mereceu destaque. Este povo atravessa uma das mais profundas crises da sua história, com reflexo trágico na vida e sobrevivên-cia de milhões de pessoas.

A Igreja tem sido o único apoio para mui-tos. A situação é semelhante no Paquistão e na Índia, onde o fanatismo religioso islâ-mico e hindu ameaça os Cristãos.

Infelizmente, pudemos constatar que 2019 foi um ano de mártires! No entan-to, estas notícias não nos fazem desistir. Pelo contrário! Porque esta é a nossa missão há 25 anos em Portugal!

Agradeço a cada um de vós, em nome de todos os que foram consolados e encora-jados. Com o vosso gesto concreto de ge-nerosidade tornaram-se, assim, um sím-bolo vivo de esperança para milhares de cristãos perseguidos!

Obrigada por estarem sempre connosco! Com amizade,

P.S. Aproveito para partilhar que o valor rece-bido este ano, relativo aos 0,5% da consigna-ção do IRS (100.297€), reverteu na totalidade para apoiar o alojamento mensal de 300 famí-lias refugiadas em Damasco, na Síria. Muito obrigada a todos os que fizeram esta doação.

Catarina Martins de BettencourtDirectora da Fundação AIS Portugal

A sua generosidade transforma vidas...

Relatório Anual 2019 Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

Números gerais sobre o nosso trabalho nas diferentes áreas de actuação

PROJECTOS DE RELIGIOSAS RECEBERAM AJUDA

SEMINARISTAS RECEBERAM AJUDA

ESTIPÊNDIOS DE MISSA

MEIOS DE TRANSPORTEDesta forma foi possível

ajudar 1 em cada 10 padres dos 40.096 padres no mundo inteiro. Cerca de 38% dos estipêndios de Missa destinaram-se a África.

1.378.635 13.83212.206 1.315 663

Em todo o mundo, 1 em cada 7 seminaristas foi apoiado pela Fundação AIS. A maioria estava a preparar-se para o sacerdócio em África (8.039), na América Latina (3.061) e na Europa Oriental (3.254).

Em todo o mundo 1 em cada 47 religiosas foi apoiada pela Fundação AIS, na sua formação e/ou subsistência.

Cerca de 1/3 dos projectos de construção destinou-se ao Médio Oriente: reconstrução e restauro de igrejas, conventos e casas para os cristãos que regressaram à sua terra natal. A outra parte destinou-se maioritariamente a África.

São bicicletas, carros, motas e barcos. A maioria dos veículos ajudou padres, irmãs e catequistas no seu trabalho pastoral nos quatro cantos do mundo.

CONSTRUÇÃO

Obrigado!

Os 3 países mais ajudados em 2019

Síria 7.559.742€

Iraque 5.574.870€

Índia 5.246.706€

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“Manifestar misericórdia é uma caracte-rística essencial de Deus. É precisamente nisso que se revela a Sua omnipotência.” Estas palavras de São Tomás de Aquino con-firmam-se, ano após ano, na nossa obra pon-tifícia. Deus mostra-nos, sobretudo através da vossa generosidade, que não abandona os Seus filhos, a Sua Igreja. A Sua misericórdia é maior do que qualquer aflição. É com grande humildade que pode-

mos constatar que, com 5.230 projectos em 1.162 dioceses distribuídas pelo mundo, nos foi possível voltar a dar um pouco mais de apoio do que no ano anterior, possibilitando assim que a misericórdia de Deus operasse neste mundo. O número de donativos permaneceu eleva-do apesar das dificuldades económicas nos países onde temos secretariados nacionais.Mas não podemos olhar para trás com satis-fação e menos ainda com presunção, pois todos sabemos que as necessidades serão

ainda maiores este ano devido às conse-quências da pandemia do coronavírus. Ha-verá mais solicitações e pedidos de ajuda a essa misericórdia operante que caracteriza esta obra pontifícia e, assim, a Igreja. A Igreja e o mundo precisam, mais do que nunca, dos sinais da omnipotência de Deus. Nesta confiança em Deus e com grande gratidão, saúda-vos o vosso

Thomas Heine-Geldern, Presidente Executivo AIS Internacional

663

NÚMEROS E FACTOSSecretariados em 23 países

Mais de 330.000 benfeitores em todo o mundo106.309.350 € de donativos e heranças

Utilização em 2019 de 4,9 M€ de excedentes de anos anteriores

Parceiros de projecto em 139 países5.230 projectos apoiados em todo o mundo

80,4% dos donativos são para apoiar as missõesDespesas de comunicação de 11,5% com

benfeitores para angariação de fundos8,1% Custos administrativos

Nota: Os números apresentados foram auditados pela KPMG

* Confidencial - por motivos de segurança dos nossos parceiros de projecto

A VOSSA AJUDA EM 139 PAÍSESÁfrica 788.467 €

África do Sul 115.931 €

Albânia 140.693€

Argélia 37.094€

América Latina 246.283 €

Angola 83.422 €

Argentina 521.249 €

Ásia 179.246 €

Bangladesh 805.383 €

Benin 555.765 €

Bielorrúsia 526.202 €

Bolívia 466.175 €

Bósnia-Herzegovina 501.551 €

Brasil 1.945.387 €

Bulgária 36.043 €

Burkina Faso 687.902 €

Burundi 374.264 €

Camarões 949.176 €

Cazaquistão 440.944 €

Chade 277.199 €

Chile 653.491 €

China * Confidencial

Colômbia 560.880 €

Congo 539.787 €

Costa do Marfim 241.782 €

Cuba 1.037.863 €

Egipto 484.767 €

Equador 339.774 €

Etiópia 715.711 €

Europa 286.970 €

Filipinas 871.691 €

Gabão 35.364 €

Geórgia 73.298 €

Gana 393.484 €

Guatemala 164.000 €

Guiné-Bissau 104.746 €

Guiné-Conacri 130.486 €

Guiné Equatorial 23.382 €

Haiti 567.763 €

Honduras 109.754 €

Ilhas Salomão 55.335 €

Índia 5.265.373 €

Indonésia 231.637 €

Internacional 1.661.530 €

Iraque 5.574.870 €

Israel 245.390 €

Jordânia 47.846 €

Kosovo 31.204 €

Lesoto 36.093 €

Letónia 23.713 €

Líbano 2.214.105 €

Libéria 133.101 €

Lituânia 51.904 €

Macedónia do Norte 37.445 €

Madagáscar 1.202.397 €

Malaui 781.001 €

Mali 334.317 €

Marrocos 39.161 €

Mauritânia 46.421 €

México 317.452 €

Moldávia 28.640 €

Mongólia 43.922 €

Montenegro 78.634 €

Médio Oriente 237.413 €

Moçambique 596.328 €

Mianmar (Birmânia) 849.796 €

Nepal 25.962 €

Nicarágua 529.471 €

Níger 80.026 €

Nigéria 1.457.434 €

Paquistão 905.260 €

Panamá 88.455 €

Papua-Nova Guiné 577.262 €

Paraguai 205.482 €

Peru 841.328 €

Polónia 747.852 €

Quénia 658.354 €

Quirguistão 60.952 €

Rep. Centro-Africana 486.374 €

Rep. Checa 41.293 €

Rep. Dem. Congo 3.289.316 €

Rep. das Maurícias 26.003 €

Roménia 680.467 €

Rússia* Confidencial

Ruanda 422.040 €

Sara Ocidental 22.259 €

Salvador 67.491 €

Senegal 217.974 €

Sérvia 159.660 €

Serra Leoa 198.808 €

Eslováquia 194.402 €

Sudão 325.520 €

Sri Lanka 551.157 €

Sudão do Sul 946.849 €

Síria 7.559.742 €

Tanzânia 1.733.417 €

Timor-Leste 181.599 €

Togo 374.472 €

Tunísia 24.963 €

Uganda 1.226.836 €

Ucrânia 4.125.510 €

Uruguai 238.348 €

Venezuela 984.107 €

Vietname 1.287.056 €

Zâmbia 1.048.825 €

Zimbabué 469.171 €

Países < 22 000 244.793 €

Países doadores 1.201.672 €

TOTAL 75.942.821 €

DONATIVOS 20198102 9102 SÍAP ROP SOVITANOD

085.236.12 açnarF € 21.506.355 € 978.558.11 ahnamelA € 14.009.893 €

203.11 odinU onieR .720 € 12.448.136 €642.11 ahnapsE .624 € 10.724.284 €553.8 AUE .766 € 9.570.813 €737.6 açíuS .413 € 7.205.201 €233.4 ailátI .836 € 4.497.891 €513.4 adnaloH .548 € 3.775.480 €155.3 lisarB .795 € 3.536.520 €225.3 adnalrI .897 € 3.132.599 €810.3 lagutroP .501 € 2.982.614 €677.2 ailártsuA .367 € 2.694.914 €696.2 airtsuÁ .845 € 2.413.450 €

Bélgica / Luxemburgo 2.574.667 € 2.649.361 €034.2 ainóloP .045 € 2.163.241 €672.1 ádanaC .628 € 1.678.134 €610.1 elihC .292 € 1.353.915 €979 luS od aieroC .051 € 723.295 €445 ocixéM .055 € 699.796 €423 atlaM .439 € 294.515 €662 aiuqávolsE .219 € 251.923 €162 aibmôloC .424 € 141.943 €691 sanipiliF .426 € 63.274 €

Secretariado Internacional 1.094.333 € 1.810.370 € 053.903.601 LATOT € 110.327.918 €

ç

p

ç

gg

g / g

q

p

África

Médio OrienteÁsia e Oceânia

Europa de Leste

América Latina

OutrosLiteratura religiosa

Meios de comunicação

Ajuda de subsistência a religiosasMeios de transporte

Formação religiosa de leigos

Estipêndios de Missa

Formação de padres e religiosas

Ajuda de emergência

e a refugiados

Construção

A VOSSA AJUDA POR TIPO DE

PROJECTO

A VOSSA AJUDA POR ÁREA

GEOGRÁFICA

24%

17%

16%

16%

11%

6%5%

2%

17%

14%

4%

13%30%

22%

3%

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QUEM SOMOS

A Fundação AIS, Ajuda à Igreja Sofre, em Portugal, apoia há já 25 anos, a Igreja Católica onde mais sofre e necessita de ajuda.

> A nível internacional é conhecida como Aid to the Church in Need (ACN).

> Através dos secretariados em 23 países, entre eles Portugal desde 1995, realizamos campanhas de sensibilização, oração e ajuda e informamos de forma fidedigna sobre a realidade da Igreja que sofre.

> Para além da sua missão pastoral, ajuda os Cristãos perseguidos, refugiados ou ameaçados em todo o mundo por causa da sua fé.

COMO AJUDAMOS

1947No Natal deste ano, o Pe. Werenfried dá início à Obra Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), como resposta a um apelo do Papa Pio XII de reconciliação e solidariedade a favor dos refugiados alemães da II Guerra Mundial, os antigos inimigos. Foi um verdadeiro milagre: apesar da pobreza extrema, as pessoas davam até do que lhes faltava. Prin-cipalmente toucinho. A partir de então ficou conhecido como Pe. Toucinho.

1967O Pe. Werenfried sente que a AIS está intimamente ligada à mensagem de Nossa Senhora, ao apelo à paz, à reconcilia-ção e à urgência da solidariedade para com a Igreja perse-guida e consagra toda a Obra a Nossa Senhora de Fátima.

1984O Papa João Paulo II, grande amigo do Pe. Werenfried, confirma o reconhecimento jurídico da AIS e transforma--a numa associação pública de fiéis de carácter universal.

1995Inauguração da Fundação AIS em Portugal, nos dias 12 e 13 de Outubro, com a presença do Pe. Werenfried e de D. António Ribeiro, Cardeal-Patriarca de Lisboa, entre outras individualidades.

2011A Ajuda à Igreja que Sofre é elevada a Fundação Pontifícia pelo Papa Bento XVI.

2019Catarina Martins de Bettencourt, directora da Fundação AIS em Portugal, com o presidente executivo Internacional da Fundação AIS, Thomas Heine-Geldern, fez parte da restrita delegação que se encontrou com o Papa Francisco, no dia 15 de Agosto, no Vaticano, onde o Santo Padre manifestou o seu apoio à campanha da Síria.

2020 – 25 ANOSA Fundação AIS é reconhecida em todo o mundo pelo seu trabalho pastoral e de apoio aos Cristãos perse-guidos em todo o mundo.

1947

19691995

20162020

O NOME DA ACNmudanças com o passar do tempo

OSTPRIESTERHILFE(Ajuda aos Padres do

Leste, em Alemão)

v

Construção de igrejas

Subsistência de sacerdotes

Meios de transporte

Formação de padres e religiosas

Literatura religiosa

Subsistência de religiosas

Meios de comunicação

Ajuda de emergência

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Sempre que alguém perdoa, acontece um milagre de amor. Sempre que alguém estende a mão, acontece algo de extraordinário. A caridade é isso também. E é sempre gratuita.A Fundação AIS – que nasceu nos es-combros da II Guerra Mundial, quando era urgente ajudar milhões de cristãos que viam a sua liberdade sufocada nos países de Leste – está intimamente li-gada a Fátima, à Mensagem de Nossa Senhora, ao apelo à paz, à reconciliação e à urgência da solidariedade para com a Igreja perseguida. Foi uma ousadia o que fez o Pe. Werenfried van Straaten, fundador da AIS.

Hoje em dia, em tantos lugares do mun-do, se não fosse a generosidade de milha-res de benfeitores e amigos da AIS, milha-res – para não dizer milhões – de cristãos não conseguiriam sobreviver. Desde há 70 anos que a Fundação AIS procura secar as lágrimas de Deus na terra.

Sendo uma obra de caridade e de amor, a Fundação AIS transformou-se tam-bém num movimento espiritual global, inspirado na cruz de Cristo visível nos dias de hoje no sofrimento de tantos homens, mulheres e crianças.

A CRUZ ESCONDIDAA consagração da Fundação AIS a Nossa Senhora de Fátima aconteceu a 14 de Setembro de 1967, há preci-samente 53 anos. Na altura, o Pe. We-renfried compreendeu que esta ini-ciativa era uma resposta concreta à mensagem de Fátima. A rebelião to-tal contra Deus que culminou com a revolução de Outubro na Rússia, pre-cisamente em 1917, e que desenca-deou uma perseguição inimaginável contra a Igreja, ainda prossegue hoje em dia em tantos países do mundo.

Os ataques terroristas contra os Cris-tãos são a expressão desse ódio que parece não ter fim. Em alguns países, os Cristãos são presos e torturados apenas por terem na sua posse, por exemplo, uma Bíblia, uma cruz…

Em alguns países, são forçados a vi-ver a sua fé na clandestinidade. Em várias regiões do mundo, são expul-sos das suas casas, das suas terras, são forçados a fugir.

A Igreja que sofre são os Cristãos perse-guidos por seguirem Cristo. Mas é tam-bém cada um dos Cristãos que vive a sua fé no meio da pobreza material e às vezes espiritual, em tantas partes do mundo.

São os religiosos e religiosas que dedicam a sua vida ao serviço do Evangelho.

Precisam de nós e a nossa Igreja é mais rica também graças a eles.

SOLIDARIEDADEA nossa missão não pode parar. Com uma fé forte e parcerias sólidas no ter-reno, a Fundação AIS vai continuar a mover montanhas, espalhando o amor de Deus e criando um mundo melhor e mais digno para milhares de cristãos!

Todos os dias, em muitas regiões do mundo, acontecem verdadeiros mi-lagres de amor. Milagres que são a expressão do que a humanidade tem de melhor: o amor gratuito que nos aproxima de Deus quando nos aproxi-ma do outro. A solidariedade é isso. A Fundação AIS é isso.

Consigo, damos voz aos Cristãos perseguidos e mais necessitados em todo o mundo há 25 anos, em Portugal.

Obrigado a cada um de vós!

ao serviço da Igreja que sofre em silêncio

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O nome desta menina não dirá nada à esmagadora maioria dos Portugueses. E provavelmente não dirá muito mesmo no Paquistão, onde nasceu há 15 anos. A sua história traduz, em toda a sua mi-séria e violência, a miséria e violência em que vive grande parte da comunida-de cristã paquistanesa.

Huma Younus vivia em Zia Colony, um bairro da cidade de Karachi, no Paquis-tão, quando foi raptada em Outubro do ano passado. Foi raptada, violada, for-çada a converter-se ao Islão e a casar com o raptor. Infelizmente, são tantos os casos de raparigas cristãs e hindus – as duas principais minorias religiosas no Paquistão – raptadas todos os anos, que a sociedade já quase não se comove com estas histórias. Sobra a revolta e o cho-ro de impotência da família. Foi assim com Huma Younus. A família fez queixa do rapto da rapariga. Em Março, um juiz do tribunal de Sindh, na província de Ka-rachi, avaliou o caso. A família entregou documentos oficiais que atestam a data

Há esperança de que se faça justiça. Este caso foi entregue a um outro juiz, que declarou que a Huma é menor de idade e exige agora que tanto o raptor e os seus cúmplices, tal como ela, compareçam pe-rante o tribunal.

> Calcula-se que, todos os anos, pelo menos cerca de mil raparigas cris-tãs e hindus sejam raptadas, vio-ladas, forçadas a converter-se ao Islão e depois dadas em casamento a muçulmanos.

A discriminação religiosa no Paquis-tão é muito forte e muito grave. Os Cristãos nasceram para servir, para serem os criados de uma sociedade que os ignora, que os espezinha. Mes-mo que venha a ser libertada, Huma Younus nunca mais será a mesma. A história desta menina traduz, em toda a sua miséria e violência, a tragédia em que vive grande parte da comunidade cristã paquistanesa e outras em várias partes do mundo.

OS CRISTÃOS PERSEGUIDOS CONTAM COM A

NOSSA AJUDA E ORAÇÃO!

A Fundação AIS tem como missão ajudar os Cristãos perseguidos em todo o mundo e o Paquistão é um dos países onde a Igreja mais sofre e por isso precisa mais da nossa ajuda. Damos voz a quem não tem voz!

O Cristianismo é a religião mais perseguida no mundo.

VISÃO GERAL DA SITUAÇÃO

80% DAS PESSOASQue sofrem perseguição em

todo o mundo são cristãs

178 MILHÕES

De cristãos vivem em países onde existe discriminação religiosa

327 MILHÕES

De cristãos vivem em países onde sofrem perseguição religiosa

de ajuda aos Cristãos perseguidos

de nascimento da menina: 22 de Maio de 2005. Entre eles, está a certidão de bap-tismo emitido pela paróquia.

No entanto, o raptor fez chegar ao juiz um atestado médico em que se afirma que a jovem, Huma Younus, tem 17 anos. O tribunal ignorou os documen-tos da família e aceitou o relatório mé-dico. Nem viu a menina. Pior do que isso, não agiu em conformidade. É que, a ser verdade que Huma Younus teria 17 anos, então seria ainda, apesar disso, menor de idade e estar-se-ia perante um crime. Mas o tribunal nada fez em protecção da menina, é apenas uma ra-pariga cristã…

Infelizmente, sabe-se agora que Huma engravidou do seu agressor e permanece confinada num quar-to. Tabassum Yousaf, o advogado que representa os pais de Huma, disse à Fundação AIS que a menina informou os pais que engravidou após repetidas agressões sexuais. Durante a conversa por telefone, o seu pai perguntou se ela poderia sair da casa do raptor e voltar para casa.

“A minha filha disse ao pai que estava grávida e que não tinha permissão para sair de casa e que a sua vida se tornou ainda mais difícil, pois agora está presa dentro das paredes de um quarto”, contou a mãe de Huma.

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de 80.000 para 800.000. A maioria das pessoas deslocadas internamente, quase todas mulheres e crianças, são muito pobres.

O choque sofrido pelas crianças é tão profundo que as torna frias e apáticas devido à dor que sentem.

Na nossa recente visita ao Burkina Faso, recebemos este apelo do Cardeal Philippe Ouédraogo:

Desde Janeiro de 2019, a Igreja no Burkina Faso tem sido abalada por ter-ríveis ataques terroristas, que matam e expulsam todos os que se negam a con-verter-se ao Islão, transformando-se numa verdadeira ‘Igreja de mártires’!

A situação dos Cristãos é extrema-mente preocupante no Burkina Faso. Nesta região há um protagonista que sobressai: o Boko Haram. O seu ob-jectivo é eliminar todos os vestígios do Ocidente na região, isto é, educação, li-berdade religiosa e assim por diante… Este grupo islamista, que a comunidade internacional classifica como uma das mais sanguinárias organizações terro-ristas da actualidade, tem vindo a ga-nhar novos contornos, usando novas estratégias de horror, como por exem-plo, cortar as orelhas das mulheres de uma aldeia como punição por não te-rem obedecido à sua pregação.

> Centenas de cristãos foram mortos até ao momento. Das 800.000 pes-soas deslocadas, pelo menos 60.000 são nossos irmãos na fé. Entre eles também 13 padres e 193 catequis-tas. O simples facto de serem cate-quistas fez aumentar sobre eles a ameaça dos grupos jihadistas.

Num só ano, o número de pessoas for-çadas a deixar as suas aldeias passou

“Os ataques terroristas obrigaram cen-tenas de milhares de pessoas a fugir dos lugares onde viviam, sem trazer nada consigo. Elas são a nossa priori-dade. Por esta razão, estamos a pro-curar fomentar a solidariedade dentro do país, mas também somos pobres. É preciso que o mundo não seja indife-rente a tantas necessidades. Espera-mos o apoio das pessoas de boa vonta-de. Que Deus vos abençoe.”

A ajuda de emergência não pode esperar! Hoje existem cerca de 70 milhões de pessoas deslocadas no mundo, das quais cerca de 16 milhões apenas no Médio Oriente. O nosso compromisso é garantir a permanência do Cristianismo nesta região. Também em muitas outras partes do mundo apoiamos os Cristãos que são perseguidos e expulsos por causa da sua fé.

de ajuda aos refugiados

Ao longo dos últimos meses, temos ajudado a manter viva esta presença missionária da Igreja, desde a ajuda humanitária até à defesa das populações vítimas de perseguição religiosa.

No total iremos apoiar vários projectos no valor de 100.000€

VAMOS AJUDAR?

No ano passado apoiámos 99 projectos de ajuda de emergência e aos refugiados com quase 13 milhões de euros.

12,7 milhões de euros em ajuda

16,8%

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lica desempenha por isso também um papel crucial no apoio às populações mais desfavorecidas. Mas faltam meios humanos e materiais. Há poucos sacer-dotes e é extremamente difícil a deslo-cação pelo país, especialmente na épo-ca das chuvas. As estradas tornam-se inúteis e os carros obsoletos. Também por isso o Pe. Francis é tão estimado. Na sua simpatia e simplicidade, este sacer-dote nunca se importa de sujar as mãos de óleo para consertar mais um carro ou uma mota, para que alguém se pos-sa deslocar até alguma aldeia, alguma paróquia, alguma família.

> Os pedidos de ajuda para a aquisição de veículos chegam-nos de todos os continentes. Financiamos automó-veis, motas, bicicletas, barcos e até mulas em regiões montanhosas de difícil acesso.

Pe. Francis, o mecânico de Deus

Para muitos, faz autênticos milagres. Os carros chegam-lhe por vezes já mori-bundos, esfalfados de quilómetros em duras estradas de terra batida, mas ele devolve-lhes a energia. Quase se diria que os ressuscita. O mecânico Francis não é, porém, uma pessoa qualquer. Por ali, na Zâmbia, naquela oficina si-tuada junto à igreja, todos o conhecem. É que Francis também é sacerdote…

Há um vaivém constante junto à igreja. Numa espécie de alpendre, alguns car-ros amontoam-se quase em cima uns dos outros. Quase todos estão cheios de pó, de um pó castanho-avermelhado das estradas maltratadas da Zâmbia. São quase todos carros de padres ou de irmãs ou de catequistas. Todos aguar-dam pelo Pe. Francis. As mãos que abençoam os fiéis são as mesmas mãos que, sujas de óleo, rectificam correias, apertam parafusos, acertam válvulas e devolvem a vida aos automóveis. Uma vocação que aprendeu, ainda garoto, a espreitar como o pai trabalhava. A igreja onde hoje é sacerdote foi a igreja onde foi baptizado, onde fez a primeira co-munhão… Tudo.

Na Zâmbia, a Igreja debate-se com vá-rios problemas. A pobreza é, segura-mente, um dos principais. A Igreja Cató-

Levar a presença da Igreja a lugares onde muitas vezes não há esperança é fundamental. Os padres, as irmãs e os catequistas deslocam-se para esse trabalho missionário de carro, de mota ou de bicicleta, apesar dos diversos obstáculos que muitas vezes encontram pelo caminho…

a anunciar o Evangelho

A Diocese de Dinajpur no Bangladesh pediu-nos ajuda para adquirir 450 bicicletas

Com 150€ é possível oferecer 1 bicicleta para a missão.

VAMOS AJUDAR?

Literatura religiosaMais de 1,7 milhões de publica-ções religiosas. Desde 1979, só a Bíblia para Crianças já foi traduzi-da em 191 línguas.

Meios de comunicação2,4 milhões de euros para difundir o Evangelho

No ano passado ajudámos cen-tenas de comunidades a cum-prir a sua missão, chegando aos lugares mais recônditos. Para isso foram entregues carros, motas, bicicletas e barcos.

Mas o nosso trabalho de evange-lização é feito também através da ajuda aos meios de comuni-cação e de literatura religiosa.

663 veículos para a evangelização

5,8%

3,2%

2,3%

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> Para a catequista Nancy, elas são as “irmãs dos sorrisos”, pois a perse-verança e a alegria animam a procu-rar soluções sempre, apesar das cir-cunstâncias. Com a sua entrega, as irmãs dão às pessoas ânimo de viver e um exemplo de amor ao próximo!

Estas religiosas cuidam de todos os ne-cessitados em nome do Senhor: crian-ças e adultos, órfãos, doentes e desani-mados. As irmãs vêem Cristo nos pobres e os pobres vêem o rosto de Deus nos seus rostos sorridentes.

Em muitos dos países mais pobres do mundo há uma escassez muito grande de sacerdotes. Nesses casos, também a ajuda dos leigos é um elemento essen-cial para preservar a fé.

As Irmãs dos sorrisos

Em todo o lado, a Igreja enfrenta desafios extraordinários, especial-mente nos refúgios mais pobres do hemisfério sul. O serviço de amor que prestam é ajuda de sobrevivên-cia para muitos. E a ajuda de sub-sistência às irmãs torna visível esse amor de Deus.

A Igreja de Humahuaca, na Argentina, é um desses refúgios dos pobres. Aqui, dez irmãs de quatro comunidades lu-tam em muitas frentes pastorais e hu-manitárias. No campo e nas cidades. No internato feminino e na pastoral ju-venil. As irmãs claretianas trabalham em todo o lado. A ajuda dos benfeito-res da Fundação AIS dá-lhes coragem.

E é a confiança delas em Deus que tem um efeito contagiante. O cate-quista Hector, da Paróquia da Apre-sentação do Menino no Templo, descreve a Irmã Graciana com as palavras do fundador desta ordem, Santo António Maria Claret: “Senhor, ardamos de amor e inflamemos os nossos caminhos com essa chama de amor”. A nossa ajuda de subsistência alimenta as chamas do amor.

Em muitos lugares do mundo, as irmãs são a única presença visível da Igreja. Em muitas paróquias elas substituem até os próprios padres. Sem elas ninguém falaria de Jesus e em muitos lugares as religiosas das diversas congregações são também professoras, médicas, enfermeiras, educadoras, catequistas… Elas entregam-se aos outros de corpo e alma. Sem a ajuda delas, milhares de pessoas estariam abandonadas.

com as Religiosas

Pediram-nos ajuda para a sua subsistência no valor de 4.600€, que será sentida em lares de idosos, mulheres e órfãos.

Com 50€ ajuda à subsistência de 2 religiosas

VAMOS AJUDAR?

Formação de leigos24.428 catequistas e agentes da pastoral

Uma em cada 47 religiosas em todo o mundo é apoiada pela Fundação AIS e receberam a nossa ajuda para a sua subsis-tência e formação.

13.862 religiosas apoiadas

5%

11%

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O ano de 2013 revelar-se-ia particular-mente dramático, quando grupos jiha-distas invadiram o bairro onde a cate-dral está edificada e tentarem erradicar da zona todos os sinais do Cristianismo. Durante estes anos, as ruínas do templo foram como que a legenda da situação de violência e de perseguição que a co-munidade cristã tem sofrido na Síria.

“É sinal de que ainda estamos neste país”, diz D. Joseph Tobji, Arcebispo maronita de Alepo, em declarações à Fundação AIS. É sinal da presença cristã, “apesar do número decrescente” de fiéis na Síria. É sinal da resistência de uma comunida-de após tantos anos de sofrimento.

No entanto, para a comunidade maro-nita de Alepo, a catedral é mais do que

um símbolo. É a própria casa dos fiéis. Até porque não têm outra… É lá que tudo acontece, daí também a importân-cia desta reabertura. “Em termos práti-cos nós, maronitas, não temos outro lu-gar para nos reunir além desta catedral, e a decisão de restaurá-la foi como a de umafamília que queria renovar a sua única casa.” disse-nos D. Joseph Tobji.

Praticamente destruída durante a guerra, tendo sido atacada três vezes por mís-seis, a catedral maronita de Alepo reabriu ao culto no passado dia 20 de Julho, numa cerimónia carregada de significado, após reconstrução apoiada pelos benfeitores da Fundação AIS.

“Agradeço de todo o coração a ajuda da Fundação AIS que, através da generosida-de dos seus benfeitores em todo o mundo, permitiu a concretização deste sonho”.

D. Joseph Tobji, Arcebispo Maronita de Alepo

Em zonas de crise, templos e edifícios da Igreja são muitas vezes violentamente destruídos. Com a sua ajuda, apoiamos a reconstrução nessas áreas ou onde a pobreza não permite a sua edificação… porque é importante que as comunidades cristãs possam desenvolver a sua vida de fé em ambientes dignos com a presença física de Deus na Eucaristia.OBRIGADO!

a construir a fé

antes

depois

1.378.635 de Estipêndios de Missa

Os Estipêndios de Missa são muito mais que um pedido, porque não só são uma bênção para a pessoa que pede a sua celebração como também para os sacerdotes dos países mais pobres.

A cada 25 segundos é celebrada uma Missa em alguma parte do mundo pela intenção dos benfeitores da Fundação AIS.Com um donativo de 10€ pode pedir a um sacerdote da Igreja que sofre a celebração de uma Missa pelas suas intenções.

No ano passado os benfeitores da Fundação AIS tornaram possível a realização de 1.315 projectos de construção e reconstrução.

1.315 edifícios da Igreja

24%

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Suportou a dor intensa com um sorriso e ofereceu tudo pelas vocações sacerdotais e religiosas. “Só quero ser curado para me tornar padre”, disse. Mas o desejo da sua vida não foi cumprido, pois morreu pouco tempo depois, com apenas 23 anos, já se supondo a sua santidade…

Antes da sua morte, o jovem Jean-Thierry Ebogo tinha prometido legar a África uma verdadeira “chuva de vocações sa-cerdotais”. E parece ter cumprido a sua palavra, pois, de facto, os frades carme-litas descalços nos Camarões, e espe-cialmente na vizinha República Centro--Africana, devastada por crises, foram abençoados com numerosas vocações.

> Actualmente existem 29 jovens no-viços carmelitas da República Cen-tro-Africana e 17 dos Camarões que

Aos 5 anos, Jean-Thierry Ebogo, dos Camarões, já sabia que queria ser pa-dre. Para ele ser padre significava o mesmo que “ser Jesus”. Mas em 2004, apenas um ano depois de entrar na or-dem carmelita como noviço, foi desco-berto um tumor maligno na sua perna direita. Nem a amputação foi o sufi-ciente para a salvar.

Na festa da Imaculada Conceição, a 8 de Dezembro de 2005, com autorização es-pecial, foi-lhe permitido fazer os votos finais no seu quarto de hospital. A sua única preocupação era se ainda teria tempo para ser ordenado sacerdote.

Em muitas partes do mundo, os paroquianos são tão pobres que não podem apoiar os seus padres. Os Estipêndios de Missa costumam ser a sua única ajuda de subsistência.

Sem sacerdotes, sem bons pastores, qual seria o futuro da Igreja?

com os sacerdotes e seminaristas

Este ano, com um contributo de 28.000 €, para que estes 46 jovens religiosos possam seguir a sua vocação.

Com 250€ ajuda na formação de 1 seminarista durante 3 meses.

VAMOS AJUDAR?

passam agora pela sua formação religiosa nos vários centros de Ban-gui, Bouar e Yaoundé.

O Pe. Federico Trinchero, prior do mos-teiro carmelita em Bangui, onde alguns destes jovens estão em formação, es-creveu-nos recentemente:

“A Igreja da República Centro-Africa-na está a celebrar o 125º aniversário da sua primeira evangelização. Agra-decemos a vossa constante e gene-rosa ajuda na formação humana e espiritual sólida para estes jovens carmelitas, tanto na República Cen-tro-Africana, como nos Camarões. Num futuro não muito distante serão chamados a continuar o trabalho ini-ciado pelos missionários estrangei-ros. Fiquem com Deus.”

1 em cada 7 seminaristas no mundo recebe ajuda da AIS para sobreviver e estudar.

1 em cada 10 sacerdotes no mundo é apoiado pela Fundação AIS.

40.096 sacerdotes apoiados

16%v

Jean-Thierry com a mãe dias antes de morrer

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12 G200

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FICHA TÉCNICAPROPRIEDADEFundação AIS,R. Prof. Orlando Ribeiro,5-D, 1600-796 LisboaTel. 217 544 [email protected]

DIRECTORA AIS PORTUGAL:Catarina Martins de Bettencourt

EDIÇÃO E REDACÇÃO:Ana Vieira e Paulo Aido

Agosto 2020

DESIGN GRÁFICO E IMPRESSÃO:JSDesign e Artipol Artes Gráficas

TRANSFERÊNCIA BANCÁRIAIBAN: PT50 0269 0109 0020 0029 1608 8SWIFT/BIC: BKBKPTPL

Por favor, não deite fora este relatório. Partilhe-o com alguém,

deixe-o na sua paróquia ou noutro local. OBRIGADO.

Nas estações desta Via Sacra encontraremos 14 testemunhas e mártires da fé que, no séc. XXI, ofereceram heroicamente a sua vida a Deus e aos irmãos.

38 páginas

EDIÇÃO ESPECIAL 25 ANOSTerço com contas de vidro vermelho, que simboliza o sangue dos Cristãos.

O crucifixo e a medalha baseiam-se na citação de Tertuliano: “Sangue de mártires, semente de cristãos”. A semente da qual florescerão as raízes cristãs, plantadas no sangue dos mártires, representa o vínculo e a fé cristã, tudo sob o olhar de Maria.

Logótipo da AIS na parte de trás do crucifixo

Benzido pelo Papa Francisco

A cruz vermelha simboliza o sangue dos Cristãos.

Acendamos esta vela e rezemos pela paz e pelos nossos irmãos que são perseguidos.

Vela perfumada

Formato vela: 7,5 x 8,5 cm

Cód. DI136€ 5,90

Cód. TE031€ 10,00

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A Fundação AIS convida à oração pelos mais de 300 milhões de Cristãos perseguidos em todo o mundo. Que o seu exemplo nos inspire e nos dê coragem e força para levar a nossa cruz diária por amor a Cristo.

Cód. PR137€ 18,40€ 16,50

Cód. VS005€ 3,00€ 2,50

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