agosto 2011 • ano vi • nº 22 inditêxtil · cio de medidas de apoio ao investimento e,...
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inditêxtilsp
em notícia
AGOSTO 2011 • AnO VI • nº 22
Para têxteis ainda é necessário continuar trabalhando nos ajustes,
aprovação, implementação e aprofundamento das medidas
A desonerAção tributáriA pArA As confecções
é um dos principais destaques do plano “brasil Maior”,
que foi lançado pela presidente dilma rousseff, no iní-
cio de agosto. Além das desonerações para os setores
com mão de obra intensiva, o pacote de “bondades”
do governo federal também inclui estímulos à inovação
e financiamentos.
um bom começo“Brasil Maior”:Plano
Reuniões em Brasília 3
Indicadores
125
Perfil
continua na pág. 6
o finAl do priMeiro seMestre marcou um dos períodos mais difíceis pelos quais a indústria têxtil paulista e brasileira já pas-sou, após um ano de consumo aquecido como foi 2010. A abrupta e repentina alta do algodão que acabou contaminando os preços de todas as outras matérias primas, a alta contínua da taxa básica de juros, além das elevações de custos importantes como os salários e energia elétrica, a redução do consumo no varejo devido ao elevado nível de endividamento da população e, ainda, a desvalorização contínua do dólar criaram um ambiente totalmente adverso para nos-sa indústria, cuja produção encolheu mais de 12% neste semestre.
todos estes sintomas foram agravados pela recessão que atinge os principais mer-cados consumidores têxteis do mundo (es-tados unidos e europa), o que vem gerando excedentes exportáveis, principalmente na ásia. parte desta produção vem sendo dire-cionada para mercados que estão crescendo acima da média mundial - como é o caso do brasil, o que fez a importação têxtil total crescer mais de 30% comparado ao ano an-terior, com assustador crescimento de mais de 55% nas confecções e gerando um défi-cit de us$ 2,5 bilhões até junho, com previ-são de mais de us$ 5,5 bilhões para o ano.
A diretoria do sinditêxtil-sp, através de seus comitês, vem trabalhando ativamente, tanto no âmbito estadual quanto no fede-ral, em estreita cooperação com a Abit, para melhorar as condições de competitividade de nossa indústria e criar condições isonômicas perante os produtos importados. não foram poucas as reuniões com as secretarias de es-tado e com os Ministérios , além de deputa-dos e senadores, que nossas entidades pro-moveram e os resultados vem aparecendo, como nos ajustes no decreto de redução do icMs e no anuncio do plano “brasil Maior”.
este plano apesar de ainda não estar totalmente dissecado e depender ainda de aprovação no congresso e posterior regula-mentação pelo executivo foi um excelente “tiro de largada” pela disposição demons-trada pela nossa presidente, seus ministros Mantega, pimentel e Mercadante e o pre-sidente do bndes, luciano coutinho, em proteger os interesses do setor têxtil e de confecção e da produção nacional. tão importante quanto a redução da carga tri-
butária sobre a folha de salá-rios foi o anún-cio de medidas de apoio ao investimento e, principalmen-te, na área de defesa comer-cial, como a Margem de preferência de 25% nas licita-ções do governo para o produto nacional.
o nosso setor foi um dos privilegiados pelos governos graças ao discurso unido e coeso de nossas entidades representativas e da coerência e seriedade das propostas por nós apresentadas. ponto para o persistente trabalho de nosso superintendente fernan-do pimentel e sua equipe e pelo brilhante trabalho político conduzido pelo presiden-te da Abit , Aguinaldo diniz filho. talvez o principal ativo que o sinditêxtil-sp e a Abit têm hoje seja a união entre os diversos seg-mentos do setor e a integração que sendo fortalecida ao longo dos últimos anos.
É com base em todas estas medidas e mais a queda dos preços da maioria de nos-sas matérias primas, incluindo o algodão, que podemos projetar um inicio de recuperação neste segundo semestre. Além do mais, ficou patente tanto para o governo estadual quan-to para o federal, a importância de nosso setor principalmente na geração de empre-gos, notadamente de mão de obra feminina.
continuaremos trabalhando duro, princi-palmente no controle das importações desle-ais, já que o governo consegue vistoriar ape-nas 5% dos containers com produtos têxteis que chegam aos nossos portos. continuare-mos insistindo na centralização das importa-ções em somente seis portos mais uruguaia-na e foz do iguaçu, além de combater os incentivos estaduais concedidos por alguns estados brasileiros na importação, principal-mente o pró-emprego, de santa catarina.
esperamos que as informações contidas nesta edição possam devolver um pouco do ânimo e trazer um alento para a indústria têxtil paulista, que afinal segue moderna e pujante após os investimentos de mais de us$ 800 milhões realizados em 2010. o sinditêxtil-sp continuará atento e ativo na luta pelos interesses de nossa indústria.
Alfredo Emílio Bonduki, presidente
www. sinditextilsp.org.br
Sinditêxtil em notícia é uma publicação do sindicato das indústrias têxteis do estado de são paulo • Supervisão: ligia santos • Jornalista Res-
ponsável: roberto lima (Mtb 25.712) • Colaboração: felipe novo e sirlene farias • rua Marquês de itu, 968 - 01223-000 - sp/sp • Tel: (11) 3823-6100 •
e-mail: [email protected] • Projeto gráfico e editoração: Arbore comunicação empresarial e design • Tiragem: 3.000 exemplares
Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Sinditêxtil-SP, compromisso com o Meio Ambiente.
PresidenteAlfredo Emílio Bonduki
Presidentes EméritosPaulo Antonio SkafRafael Cervone Netto
1º Vice-PresidenteFrancisco José Ferraroli dos Santos
2º Vice-PresidenteAlessandro Pascolato
3º Vice-PresidenteRomeu Antonio Covolan
Diretor TesoureiroLuiz Arthur Pacheco de Castro
1º TesoureiroPaulo Vieira
2º TesoureiroReinaldo José Kroger
Diretor SecretárioOswaldo Oliveira Filho
DiretoresAdilson SarkisAntonio GrecoBenedito Antonio Yoshimassa KubagawaEurípedes de FreitasFernando Tanus NazarGeorge TomicGilmar Valera NabaneteJulio Maximiano Scudeler NetoLaerte Serrano AmadeoMarcos Alexandre DiniMario Roberto GalardoOrdiwal Wiezel JuniorRamiro Sanchez PalmaRicardo Antonio WeissRogério da Conceição de MeloRonaldo Daniel HeilbergSandro Zabani
Conselheiros FiscaisAdriano Chohfi NacifGregório de Nadai FilhoGuilherme Azevedo Soares Giorgi
Suplentes de Conselheiros FiscaisFernando José KairallaJair Antonio CovolanShigueru Taniguti Junior
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inditêxtil2
pAlAVrA dO preSIdenTe SIndITÊXTIl-Sp
da
Mantega recebe propostas
MDIC recebe representantes
e anuncia medidas
Indústria Têxtil
o Ministro dA fAzendA, Guido MAnteGA, afirmou que
o governo federal pretende desonerar a folha de pagamento
para a indústria intensiva em mão-de-obra no segundo se-
mestre de 2011. o anúncio aconteceu no dia 22 de junho
durante reunião no ministério, em brasília, com a participa-
ção do presidente do sinditêxtil-sp, Alfredo emílio bonduki,
juntamente com o presidente da Abit, Aguinaldo diniz filho,
além de representantes dos trabalhadores do setor, membros
do primeiro escalão do governo, deputados e senadores que
compõem a frente parlamentar “José Alencar”.
Ainda no encontro, Mantega instituiu de imediato a cria-
ção de um grupo técnico de discussão das propostas entre-
gues pelos representantes do setor. entre elas, o fortaleci-
mento da confecção, intensificar a fiscalização do comércio
desleal de importados e a criação de linhas de financiamen-
to específicas para o setor têxtil e de confecção. “o minis-
tro demonstrou pleno conhecimento sobre os desafios e as
oportunidades do setor. ele entende o senso de urgência das
propostas apresentadas e sinalizou positivamente aos nossos
pleitos. Além da desoneração, ele assegurou que o controle
às importações desleais terá grande destaque junto ao gover-
no”, declarou o presidente do sinditêxtil-sp.
A reunião faz parte de uma série de encontros que a
frente parlamentar tem agendado com representantes do
governo e que tiveram início na reunião realizada no Mdic,
no início de junho.
o Ministro do desenvolviMento, indústria e comércio
exterior, fernando pimentel, recebeu no dia 07 de junho, em
brasília (df), os membros da frente parlamentar Mista “José
Alencar” para o desenvolvimento da indústria têxtil e de
confecção. na audiência articulada pelo presidente da fren-
te, deputado federal Henrique fontana (pt-rs), foram dis-
cutidas as ações prioritárias para o fortalecimento do setor.
Alfredo emílio bonduki, presidente do sindicato das
indústrias de fiação e tecelagem do estado de são paulo
(sinditêxtil-sp), esteve presente na reunião e recordou que
as reivindicações são voltadas ao imediato reestabelecimen-
to da competitividade das indústrias nacionais do setor. Já o
presidente da Abit, Aguinaldo diniz filho, entregou ao mi-
nistro uma carta com a pauta repleta de solicitações e obser-
vou sobre a necessidade do fortalecimento das confecções
através da redução dos encargos incidentes sobre a folha de
pagamento, da proposta de um siMples ampliado e da in-
tensificação ao combate às importações desleais.
o ministro afirmou que entende o senso de urgência do
setor e garantiu que a presidente dilma rousseff lançará, em
do setor têxtil
Reunião com Guido Mantega
Pimentel recebe setor têxtil
breve, um conjunto de medidas para o desenvolvimento da
competitividade. “A preocupação do governo é enorme com
o setor e já temos muita coisa formatada, faltando apenas
bater o martelo”, destacou.
parlamentares que compõem a frente “José Alencar” tam-
bém estiveram presentes na audiência, além de empresários
e representantes de sindicatos do setor têxtil e de confecção.
3
BrASÍlIA
coM o obJetivo de estimular o desen-volvimento de estudos e propostas sobre diferentes temas que têm relação direta com o setor têxtil paulista e brasileiro, o pre sidente do sinditêxtil-sp, Alfredo emílio bonduki, criou diversos comitês de tra-balho. conheça quais são, os coordena-dores e os seus respectivos participantes:
TRIBUTÁRIOCoordenador: oswaldo oliveira filhoParticipantes: benedito Antonio Yoshimassa Kubagawa, eduardo cintra, laerte serrano Amadeo e luiz Arthur pacheco de castro
o sinditêxtil-sp reuniu empresários e entidades do setor têxtil e de confecção com o titular da coordenadoria da Admi-nistração tributária (cAt) da secretaria da fazenda do estado, José clóvis cabrera, para debater questões tributárias e possi-bilidades de criar um ambiente competiti-vo para empresas do setor em são paulo.
Alfredo emílio bonduki, presidente do sinditêxtil-sp, classificou o encontro como fundamental para abordar a im-portância do setor têxtil para a economia do es-tado e discutir medidas que proporcionem com-petitividade isonômica. “É interessante ressaltar que são paulo é um grande produtor têxtil, mas que vem perdendo força por conta dos importados
SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE Coordenadores: George tomic Participantes: Alessandro pascolato, eduardo san Martin e Mario roberto Galardo
COMÉRCIO EXTERIORCoordenador: Alessandro pascolatoParticipantes: eduardo cintra, ramiro sanchez palma e renato Jardim
PATRIMÔNIO Coordenador: fernando tanus nazar Participantes: luiz Arthur pacheco de castro e paulo vieira
SINDICAL E TRABALHISTA Coordenadores: Julio Maximiano scudeler neto e luiz Arthur pacheco de castro
e da guerra fiscal entre os estados. convidamos o dr. clovis cabrera para apresen-tar a ele as demandas urgentes a serem tomadas para que não haja maiores consequências, como uma reprimariza-ção econômica”, afirmou bonduki.
durante a palestra do coordenador da cAt foram expostas as perdas de são paulo com o alto volume de cré-dito de icMs e as ações possíveis com
Sinditêxtil-SP cria
Sindicato discute questõestributárias
Comitês de Trabalho
com a Fazenda
Participantes: Aldo pereira peixoto (coAts), fernando luis ceglio (pArAMount), Horst Miklautz (Austex), Marcos luis loreto (vicunHA), paulo e. rocco (rHodiA), roberto taira (coAts), vaine de Almeida (xeriuM), valdemir teixeira (tAvex) e vírgina de cássia laira (universAl).
EXPANSÃO, PRODUTOS E SERVIÇOS Coordenadora: Marielza MilaniParticipantes: ramiro sanchez palma e rogério da conceição de Melo
RESPONSABILIDADE SOCIAL Coordenador: rogério da conceição de Melo Participantes: Marcos Alexandre dini, Marielza Milani, ramiro sanchez palma e sylvio napoli
amparo legal que o estado vem buscan-do. “o governo está se apoiando em recentes decisões do supremo tribunal federal, que irá participar cada vez mais das reuniões do confAz”, alegou o coordenador da coordenadoria.
cabrera ainda ressaltou as propos-tas apresentadas por são paulo, na úl-tima reunião do confAz, para não se perder com a guerra fiscal. “propuse-mos a convalidação, analisando indivi-dualmente caso a caso de benefício, a imediata conversão em benefício neu-tro e critérios para novos benefícios”, informou ele.
o encontro seguiu com um debate entre empresários sobre renegociação de dívidas das empresas.
Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP, apresenta as demandas do setor para José Clóvis Cabrera, titular da CAT
Empresários e representantes de entidades têxteis participam da palestra sobre guerra fiscal
inditêxtil4
nOTÍCIAS
o eMpresário francisco José ferraroli
dos santos tem 59 anos. É formado em
engenharia Mecânica têxtil pela facul-
dade de engenharia industrial (turma
de 1973) e estudou Administração de
Marketing na fundação Getúlio vargas
- sp (1979). participou do programa de
Gestão Avançada da fundação dom
cabral / inseAd - turma 10 (1999) e
do programa de desenvolvimento de
conselheiros, na mesma instituição, em
2009. Atualmente, é diretor de Marke-
ting e vendas da rhodia fibras, onde
trabalha desde outubro de 1976. Já
foi diretor da rede de filiais comerciais
(oMc) rhône-poulenc (frança - 1988 a
1992) e diretor da divisão plásticos de
engenharia rhodia - 1996 a 2005. ocu-
pa a 1a vice-presidência do sinditêxtil-
sp na gestão (2011/2013) e foi diretor
do sindicato nas duas gestões ante-
riores. francisco ferraroli também foi
presidente da AbrAfAs (2008/2009) e
vice-presidente da Associação no biênio
anterior. o Sinditêxtil-SP em Notícia
conversou com ele para saber mais so-
bre a carreira e expectativas, entre ou-
tros assuntos.
Sn: Como e quando ingressou no
setor têxtil?
FF: dada minha formação, ingressei
ainda como estagiário de engenharia
têxtil, iniciando a carreira na empresa
filix do brasil ltda (já extinta e fruto
de “joint venture” entre a têxtil Ju-
dith s.A. e o grupo francês t.e.o. -
teintureries de l’est et de l’ouest, de
troyes, frança).
Sn: Que principais momentos des-
tacaria nessa trajetória?
FF: vários fatos marcaram minha carrei-
ra, a começar pela proposta de estágio
na frança, em janeiro de 1973, um ano
antes de minha formatura em enge-
nharia. o ingresso na rhodia, três anos
Sn: Qual o significado de integrar a
diretoria do Sinditêxtil-Sp na posi-
ção de vice-presidente?
FF: receber esse voto de confiança do
empresariado têxtil do estado de são
paulo traz uma enorme responsabili-
dade. os desafios são imensos e todos
nós sabemos que o esforço necessário
para remover ou atenuar os principais
obstáculos que sufocam nossa indústria
é enorme. no entanto, sou de natureza
otimista e confiante, além de ser tam-
bém muito persistente, e acredito na
nossa capacidade coletiva de mudar as
coisas, usando a abordagem e instru-
mentos corretos.
Sn: O que espera realizar nesse
mandato?
FF: pretendo participar, juntamente
com o presidente do sinditêxtil e da
diretoria, das atividades voltadas para
cumprimento da pauta que norteou
nossa candidatura. Além dos elemen-
tos de competitividade internacional já
mencionados, existe ainda a luta para
acabarmos com a guerra fiscal no front
interno. entre as distintas pautas, exis-
te uma que precede todas as demais: o
exercício da cidadania. lutar por um se-
tor formalizado, legalista, promotor de
justiça social e que privilegie a busca de
uma educação dos jovens brasileiros é o
elemento mais importante para que eu,
como indivíduo, tenha aceitado a mis-
são que acabamos de iniciar. A luta por
uma maior competitividade não pode
ser baseada no atraso de nosso povo,
nem de nosso país, e muito menos na
destruição de nosso tecido industrial.
o brasil e os brasileiros ainda precisam
muito de geração de empregos e de
empregos de qualidade. substituir a in-
dústria que herdamos e que ainda não
cumpriu plenamente seu papel, por
simples atividade de trading, é negar a
própria cidadania.
Francisco José Ferraroli dos Santos
Receber esse voto de
confiança do empresariado
têxtil do Estado de São
Paulo traz uma enorme
responsabilidade.
Os desafios são imensos
e todos nós sabemos
que o esforço necessário
para remover ou atenuar
os principais obstáculos
que sufocam nossa
indústria é enorme.
mais tarde, foi um passo de grande im-
portância, bem como minha indicação
para um posto na frança, em 1988.
o retorno ao têxtil em 2006, com um
mercado completamente transformado
pela abertura internacional e a forte
competição por parte dos países asiáti-
cos teve sabor de reinício.
Sn: na sua opinião, quais são os
maiores desafios desse setor?
FF: É a competição contra um mundo
que se tornou completamente perme-
ável, a partir de um brasil onde a le-
gislação trabalhista data de 1943 e o
governo mostra muito pouca sensibili-
dade em relação aos custos decorrentes
da carga tributária e da infraestrutura
altamente precária do país.
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perFIl
o setor têxtil e de confec-
ção está entre os que são mais
atingidos com a queda do dólar
e com a concorrência desleal de
importados. intensivo em mão de
obra, atualmente emprega mais
de 1,7 milhão de trabalhadores
em mais de 30 mil empresas es-
palhadas por todo o brasil. no en-
tanto, somente nos seis primeiros
meses deste ano, a entrada de
roupas feitas no exterior aumen-
tou 60% e cerca de mil funcio-
nários já foram demitidos. com o
intuito de amenizar perdas como
essas, desonerar a produção e
incentivar a indústria nacional, a
presidente dilma rousseff lançou,
no início de agosto, o plano “bra-
sil Maior” beneficiando o setor
de confecções, além de calçados,
móveis e softwares. o pacote
reduz a zero a alíquota de 20%
para o inss. em contrapartida,
será cobrada uma contribuição
sobre o faturamento da empresa
com alíquota a partir de 1,5% de
acordo com o setor.
o presidente do sinditêxtil-sp,
Alfredo emílio bonduki, considera
que as medidas anunciadas pelo
governo são positivas. “o governo
teve uma iniciativa corajosa e na
direção correta. o plano significa
mais competitividade, com uma
redução de quase 60% desses
encargos para algumas confec-
ções”, destaca. “comemoramos
que vários de nossos pleitos foram
de alguma forma contemplados
no pacote”, acrescenta bonduki.
A desoneração da folha de
pagamento para as confecções é
uma das principais medidas ado-
tadas pela nova política industrial
do país. entre outras importantes
ações que serão abrangidas pelo
pacote estão o relançamento do
revitaliza, linha de crédito do
bndes para investimentos, e o li-
vre acesso do inmetro ao sistema
alfandegário brasileiro, além da
regulamentação da lei de com-
pras Governamentais, passando
pelo fortalecimento da defesa
comercial e pela criação de regi-
mes especiais setoriais, com redu-
Dilma Rousseff discursa durante cerimônia de lançamento do Plano “Brasil Maior”
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um bom começo“Brasil Maior”:Plano
inditêxtil6
mATérIA dA CApA
ção de impostos. “o novo plano
é importante para as indústrias
do setor têxtil e de confecção de
são paulo e de todo o brasil. esta
medida é resultado de nosso tra-
balho em conjunto com outras
entidades”, afirmou Alfredo emí-
lio bonduki. “As confecções fo-
ram beneficiadas neste primeiro
momento, pois sempre pedimos
o fortalecimento deste elo para
alavancar a cadeia”, destacou ele.
empresários do setor têxtil
estão otimistas com as novas
medidas. “reconhecemos que é
um começo e isso é muito impor-
tante. A desoneração da folha,
por exemplo, era um dos nossos
principais pleitos e foi atendido.
Mas, mas por outro lado, reco-
nhecemos que também é preciso
intensificar a defesa comercial,
com a contratação de mais ana-
listas, uma vez que os nossos
processos ainda são muito len-
tos”, comenta reinaldo Kroeger,
da vicunha. “A nova política
é extremamente positiva pelo
fato do governo ter atendido
às reivindicações do setor. Mas,
ao mesmo tempo, ainda faltam
medidas mais efetivas como, por
exemplo, a desoneração definiti-
va de certos tributos”, comenta
oswaldo oliveira, da rosset.
o “brasil Maior”, cujo slogan
é “inovar para competir. compe-
tir para crescer” prevê desonera-
ção tributária de cerca de r$ 25
bilhões em dois anos, segundo
o Ministério do desenvolvimen-
to, indústria e comércio exterior
(Mdic). Mas o governo espera
compensar isso com aumento
dos empregos e das exportações
e uma Medida provisória vai ga-
rantir que o tesouro nacional ar-
que com a diferença para cobrir
a eventual perda de arrecadação
da previdência social. o pacote
funcionará como um projeto pilo-
to até dezembro de 2012, e seu
impacto será acompanhado por
uma comissão tripartite, formada
pelo governo, setor produtivo e
sociedade civil.
confira, a seguir, mais deta-
lhes sobre as principais medidas
que constam no plano “brasil
Maior”. durante a tramitação das
medidas provisórias (120 dias) no
congresso nacional, o executi-
vo negociará com o legislativo e
empresários do setor a aprovação
das medidas do plano.
Incentivo às exportações
criado por medida provisó-
ria, o reintegra (regime especial
de reintegração de valores tri-
butários para as empresas expor-
tadoras) vai devolver ao expor-
tador de bens industrializados
0,5% da receita da exportação,
nos mesmos moldes da restitui-
ção do imposto de renda. por
meio de decreto presidencial, a
presidente da república poderá
elevar esse percentual para até
4%. o valor em espécie será de-
positado na conta do exporta-
dor, mas quem desejar também
poderá usar os recursos para
quitar débitos existentes junto à
receita federal.
o objetivo do regime é de-
sonerar as exportações de bens
industrializados de tributos pagos
ao longo da cadeia de produção
que, hoje, não são desonerados
pelas sistemáticas vigentes, como
iss, iof e cide, entre outros. o
benefício é linear e está de acordo
com as normas da organização
Mundial do comércio.
o “brasil Maior” também criou
o fundo de financiamento à expor-
tação de MpMe – proex financia-
mento. fundo de natureza privada
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Presidente lança o Plano Brasil Maior, a nova política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior do país
O governo teve uma iniciativa corajosa e na direção correta.
O plano significa mais competitividade
com uma redução de quase 60%
desses encargos para algumas confecções. Comemoramos que
vários de nossos pleitos foram de alguma
forma contemplados no pacote.
Alfredo Bonduki
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logias da informação e comuni-
cação (tics). um dos exemplos de
aplicação da nova política poderá
vir com a preferência para o pro-
duto nacional em licitações do
Ministério da defesa para a com-
pra de fardas e coturnos.
Defesa comercial
A defesa comercial brasileira
também será reforçada. A princi-
pal medida é o aumento do núme-
ro de investigadores do Ministério
do desenvolvimento, indústria e
comércio exterior, que passará de
30 para 120. o prazo de investi-
gação para aplicação de medidas
antidumping será reduzido de 15
para 10 meses e, para aplicação
de direito provisório, cairá de 240
para 120 dias. também será ne-
gociada no âmbito do Mercosul
a flexibilização da administração
das alíquotas de importação.
serão reforçados, ainda, o
combate à circunvenção, por
meio da extensão do direito anti-
criado pelo banco do brasil para
empresas com faturamento até r$
60 milhões. outro destaque é que
o Ata-carnet entrará em vigor: fa-
cilitação da circulação dos bens em
regime de admissão temporária
(sem incidência de tributos).
Compras governamentais
para fortalecer a indústria bra-
sileira, o decreto de regulamenta-
ção da lei 12.349/2010, a lei de
compras Governamentais, estipu-
la uma margem de preferência de
até 25% nos processos de licita-
ção para produtos manufaturados
e serviços nacionais que atendam
às normas técnicas brasileiras.
essas margens serão defini-
das levando em consideração a
geração de emprego e renda e
o desenvolvimento e a inovação
tecnológica realizados no país. o
dispositivo será usado também
para fortalecer pequenos e mé-
dios negócios e será focado nas
áreas de defesa, saúde e tecno-
dumping ou de medidas compen-
satórias a importações que este-
jam tentando burlar o mecanismo
de defesa comercial, à falsa decla-
ração de origem, com o indeferi-
mento da licença de importação
quando constatada a prática, e ao
subfaturamento de preços. outra
medida prevê o aumento do nú-
mero de produtos sujeitos à certi-
ficação compulsória.
Modernização do Inmetro
para fazer frente à amplia-
ção do número de produtos cer-
tificados, o instituto nacional
de Metrologia, normalização e
Qualidade industrial (inmetro)
terá sua estrutura modernizada
e ampliada. passará a se chamar
instituto nacional de Metrologia,
Qualidade e tecnologia (inmetro)
e atuará em aeroportos e portos
para atestar a qualidade das mer-
cadorias importadas, que terão
de respeitar as mesmas normas
impostas aos produtos nacionais.
Confecções recebem incentivo do governo federal
inditêxtil8
mATérIA dA CApA continuação
para isso, a autarquia terá livre
acesso às alfândegas de portos e
aeroportos do país e será chama-
da a participar da formulação de
acordos de livre comércio quando
os temas forem “barreiras técni-
cas” e “harmonização de regula-
mentos”. o inmetro também terá
a função de autoridade notificado-
ra dos regulamentos técnicos fe-
derais ao comitê do Acordo sobre
barreiras técnicas da organização
Mundial do comércio (oMc). o
órgão vai, ainda, expandir suas ati-
vidades científicas e tecnológicas
para apoio à inovação da indústria
com a implantação de uma rede
de laboratórios em todo o país.
PIS-Cofins e desonerações
o brasil Maior também con-
templa pedido antigo do setor
produtivo, ao prever a devolução
imediata de créditos de pis-cofins
sobre bens de capital – o prazo já
havia sido reduzido de 48 meses
para 24 meses e, posteriormente,
para os atuais 12 meses.
o plano prevê o processa-
mento automático dos pedidos
de ressarcimento, e o pagamento
em 60 dias para empresas com
escrituração fiscal digital a partir
de outubro deste ano. A partir de
março de 2012, a escrituração di-
gital será obrigatória.
Ainda na área de desonera-
ções, estão previstos o atendi-
mento mais célere dos pedidos de
ressarcimento dos 116 maiores
exportadores, que somam r$ 13
bilhões, e a extensão, por mais
12 meses, da redução de ipi so-
bre bens de capital, material de
construção, caminhões e veículos
comerciais leves.
Inovação e financiamento
A política industrial reserva ao
banco nacional de desenvolvimen-
to econômico e social (bndes) pa-
pel de relevo no financiamento à
inovação e ao investimento. uma
das principais medidas nesta área
é a concessão de crédito de r$ 2
bilhões à financiadora de estudos
e projetos (finep), ligada ao Minis-
tério de ciência e tecnologia, para
ampliação da carteira de inovação
da instituição.
o programa de sustentação
do investimento (psi), com orça-
mento de r$ 75 bilhões, será es-
tendido até dezembro de 2012
e incluirá novos programas para
componentes e serviços técnicos
especializados; equipamentos de
tecnologias da informação comu-
nicação (tics) produzidos no país;
e ônibus híbridos, entre outros.
o bndes revitaliza, também
de financiamento ao investimen-
to, terá r$ 6,7 bilhões e incluirá
um novo setor: o de autopeças.
As taxas de juros para micro e pe-
quenas empresas serão de 6,5%
ao ano, e para grandes empresas
de 8,7% ao ano.
Conselho industrial
Mais medidas se somarão às
anunciadas hoje nos próximos
dias. outras serão construídas em
parceria com o setor privado ao
longo do período de vigência do
plano (2011-2014). As propostas
serão elaboradas no âmbito do
conselho nacional de desenvolvi-
mento industrial (cndi), que tem
a função de propor ao presidente
da república políticas nacionais e
medidas específicas destinadas a
promover o desenvolvimento in-
dustrial do país. o conselho tam-
bém vai estabelecer as orientações
estratégicas gerais do brasil Maior.
O benefício concedido às confecções poderá refletir em outros elos da cadeia
O novo plano é importante para as indústrias do setor
têxtil e de confecção de São Paulo e de todo o Brasil. Esta
medida é resultado de nosso trabalho em conjunto com
outras entidades. As confecções foram beneficiadas neste primeiro momento,
pois sempre pedimos o fortalecimento
deste elo para alavancar a cadeia.
Alfredo Bonduki
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Formaturas “vocês são o futuro do setor. A solução de muitos
problemas da cadeia têxtil passará pelas mãos de vo-cês. nunca deixem de sonhar, de estudar e de acredi-tar. o setor têxtil dá as boas-vindas a vocês”. com essa frase, Alfredo bonduki, presidente do sinditêxtil-sp, en-cerrou seu discurso na formatura de mais uma turma de técnicos têxteis do senAi francisco Matarazzo, no brás, em são paulo. bonduki foi convidado pelo ex-diretor Márcio Marinho e pelo atual, Marcelo costa, para ser o paraninfo da turma.
o presidente do sindicato também foi patrono da turma de engenharia industrial têxtil do senAi/cetiQt, no rio de Janeiro. “Muito mais do que a conclusão de um curso este momento representa uma conquista. o esforço pessoal e os sacrifícios que conduziram vocês, nos últimos anos, hoje os trazem a esta data tão especial. A partir de agora cada um seguirá seu próprio caminho. não deixem de sonhar e abracem com afinco a carreira que escolheram. busquem pelos seus ideais, sejam persistentes e suas rea lizações certamente virão”, discursou bonduki.
Ecosimple A ecosimple, empresa do grupo simpletex de Americana/sp foi a gran-
de vencedora do prêmio Greenbest 2011na categoria materiais inovadores. o Greenbest é o primeiro prêmio de consumo e iniciativas sustentáveis com abrangência nacional e que elege os vencedores de diversas áreas e setores que investem na sustentabilidade por meio de votação popular e de um júri es-pecializado, batizado de Academia Greenbest, que terá seus votos auditados pela ernst & Young terco.
o objetivo da premiação é ressaltar as melhores iniciativas, atuações e os melhores produtos e projetos para, assim, criar exemplos capazes
de guiar este mercado da sustentabilidade que vem crescendo e se aprimorando dia a dia. concorreram com a ecosimple produ-
Audiênciaso presidente Alfredo emílio bonduki esteve presente na primeira Audiên-
cia pública da frente parlamentar “José Alencar”, em brasília, como tem par-ticipado diariamente com a Abit das relações dos empresários com os parla-mentares. “É preciso dar suporte para que os deputados e senadores estejam alinhados com as necessidades urgentes do setor. Assim como fazemos com as autoridades de são paulo, sempre que possível vamos a brasília participar de reuniões”, explica bonduki .
A Audiência aconteceu no início de junho e reuniu mais de 150 partici-pantes entre empresários, trabalhadores e deputados federais. o sinditêxtil-sp também participou das duas reuniões itinerantes realizadas pela frente, sendo uma em curitiba (pr), em julho, e a outra em fortaleza (ce), no mês seguinte. neste último encontro, o presidente Alfredo bonduki solicitou que a próxima reunião fosse realizada em são paulo e já obteve a concordância da mesa que conduzia os trabalhos.
FEIduas formandas do curso de engenharia têx-
til do centro universitário da fei (fundação edu-cacional inaciana), em são bernardo do campo (sp), realizaram estudos que envolvem estrutura de construção e performance ao uso dos carpetes e as propriedades de transporte de umidade dos tecidos. os trabalhos foram apresentados na 30ª texpo (exposição dos projetos de formatura do curso de engenharia têxtil).
A estudante Amanda Marano Araujo, de 24 anos, avaliou resultados de testes de laboratório que simulam os efeitos de acordo com o ambien-te de instalação de carpetes.
de acordo com ela, os resultados indicam a poliamida como a matéria-prima mais adequada para locais onde há grande circulação de pessoas. outro estudo avaliou as propriedades de trans-porte de umidade em tecidos de malha produ-zidos com diferentes matérias-primas. “o tecido que possui a melhor capacidade de transporte/gerenciamento de umidade é aquele que tem boa capacidade de transporte de umidade do lado in-terno para o externo e absorve maior quantidade de água do lado externo”, conta a autora do es-tudo beatriz Gasparotto, de 22 anos.
Premiaçãoo presidente do
sinditêxtil-sp, Alfredo emílio bonduki, este-ve presente na pre-miação Italian Textile Technology Award, que tem o objetivo de reconhecer proje-tos em inovação téc-nica ou na aplicação de materiais para a indústria mecanotêxtil de alunos do centro uni-versitário da fei e da faculdade senAi/cetiQt. no total, seis estudantes foram contemplados.
os premiados receberam das entidades pro-motoras (ice - instituto italiano para o comércio exterior, Ministério italiano do desenvolvimento econômico e AciMit - Associação dos fabrican-tes italianos de Máquinas para a indústria têxtil) uma viagem de 15 dias à itália, incluindo visitas aos escritórios do ice em roma, AciMit em Mi-lão e às fábricas do setor, onde poderão conhe-cer as novas tecnologias que fazem dos italianos líderes mundiais no mercado têxtil, além de um curso com duração de uma semana no politécni-co de Milão. o concurso Italian Textile Technolo-gy Award, que neste ano chegou à sua segunda edição, visa favorecer o intercâmbio e a sinergia entre as universidades brasileiras e italianas.
Carolina Hattori, aluna da FEI, recebe prêmio de Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditextil-SP
Cerimônia no SENAI/CETIQT
SENAI Francisco Matarazzo, em São Paulo
curtas
SENAI A escola senai “professor João baptista salles da sil-
va”, em Americana (sp), tem vagas abertas para cursos de qualificação profissional da área têxtil. As inscrições po-dem ser feitas até o dia 25 de agosto na própria unidade.
os cursos, que são gratuitos, são de curta duração e preparam para as seguintes demandas: ajudante de manutenção em tecelagem plana, tecelão de tecidos pla-nos e tecnologia dos processos têxteis. os interessados em participar das aulas devem ter a idade mínima de 18 anos, ter concluído a 6ª série do ensino fundamental, es-tar desempregado e se inscrever pessoalmente na escola.
A data prevista para início dos cursos é a partir de 19 de agosto para tecelão de tecidos planos, 22 de agosto para ajudante de manutenção em tecelagem plana e 3 de setembro para tecnologia dos processos têxteis.
Confira, abaixo, alguns dos principais com-promissos do presidente do Sinditêxtil-Sp, Alfredo Bonduki, no bimestre junho/julho.
19/06 – participação na solenidade de abertura do salão Moda brasil 2011, em sp.
22/06 – reunião com o ministro da fazenda, Guido Mantega, em brasília.
29/06 – encontro com o secretário Municipal de cul-tura de são paulo, carlos Augusto calil, na capital.
20/07 – participa-ção na coletiva de imprensa de abertu-ra da première bra-sil, em são paulo.
21/07 – Apresen-tação do panorama da indústria têxtil para representantes dos trabalhadores do setor, na sede do sintrAtêxtil (sp).
tos de empresas de renome como tavex, dupont, Aracruz, braskem, vitopel, biomater, tinta solum e cbpak.
desde sua criação em 2009, a ecosimple vem conquis-tando lugar de destaque no setor têxtil com a produção de tecidos eco-friendly. em 2010 foi vencedora do prêmio pla-neta casa, da editora Abril, com sua linha de tecidos para decoração ecohouse. para o segundo semestre de 2011 a empresa já prepara o grande lançamento do seu mais novo produto: o tecido eco-blue&denim, uma linha de tecidos denim que está sendo produzido a partir dos resíduos, apa-ras e retalhos descartados pelas confecções de jeans.
os pArlAMentAres e re-presentAntes do estado de são paulo na câmara dos deputados, em brasília, e na Assembléia legislativa de são paulo, respectivamente, van-derlei Macris (psdb-sp), chico sardelli (pv) e Antonio Men-tor (pt) recentemente foram homenageados na cidade de Americana e região.
o deputado estadual chi-co sardelli recebeu homena-gem da câmara Municipal de Americana, em abril, que en-tregou a ele o “título de cida-dão emérito”. A sessão solene contou com a presença do presidente da câmara Munici-pal, Antonio carlos sacilotto, o vice-prefeito de Americana, seme calil canfour e o pre-feito de nova odessa, Manoel samartin, entre outros.
A câmara de Americana também prestou homenagem ao deputado federal vander-lei Macris que, em julho, re-cebeu o mesmo título em reconhecimento aos serviços prestados para a cidade. pelo setor têxtil, Macris integra a frente parlamentar Mista “José Alencar” pelo desen-volvimento da indústria têx-til e de confecção do brasil, sendo responsável pela coordenação da frente em são paulo.
o deputado estadual Antonio Mentor recebeu a homena-gem de cidadão honorário de sumaré, em junho, na câma-ra Municipal da cidade. cerca de 200 pessoas prestigiaram o evento. A solenidade contou com a presença do prefeito de sumaré, José Antonio bacchim. em abril, Antonio Mentor re-cebeu o título de cidadão americanense e, em fevereiro, de cidadão iracemapolense. o deputado também foi homenagea-do pelos municípios de nova odessa, Artur nogueira e cajobi.
de AmericanaParlamentares
recebem homenagens
Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP, Sérgio Marques, presidente do Sintratêxtil-SP e Alessandro Pascolato, vice- -presidente do Sinditêxtil-SP
Vereador Odair Dias e o presidente da Câmara, Sacilotto, entregam título ao deputado Chico Sardelli
Em Sumaré, o homenageado Antonio Mentor e a vereadora Rosa Rodrigues
Cauê Macris, Antonio Carlos Sacilotto, presidente da Câmara Municipal de Americana, Vanderlei Macris e Diego de Nadai, prefeito de Americana
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AGendA dO preSIdenTe
hOmenAGenS
os níveis de produção do setor têxtil e de confecção, nos primeiros cinco meses do ano de 2011, foram profundamen-te afetados pelo forte crescimento dos produtos importados, especialmente os confeccionados, pelos altos preços das ma-térias-primas e redução do crescimento das vendas no varejo. tanto no brasil, quanto no estado de são paulo, a indústria apresentou redução de produção enquanto o varejo registrou crescimento de vendas. o crescimento das vendas no varejo foi abastecido pelos produtos importados.
EMPrEgo
A queda observada na produção física do setor têxtil e de confecção refletiu no mercado de trabalho. Ainda assim, o saldo acumulado foi positivo tanto no brasil quanto exclu-sivamente em são paulo, isto a despeito de terem registrado
redução em sua ativida-de manufatureira, o que pode ser explicado pelos esforços dos empresários em manter seu quadro de pessoal mesmo em momentos difíceis, bem como uma expectativa de melhoria das atividades no segundo semestre.
evolução do emprego no setor Têxtil e de Confecção
período Brasil São paulo
Jan-Jun 2010 51.477 15.160
Jan-Jun 2011 17.166 5.637
no ano (2009) 11.844 -247
no ano (2010) 63.165 15.818
em 12 meses (Jun/2011) 24.269 5.213
font
e: ib
Ge
A inflação acumulada do vestuário nos primeiros meses de 2011 apresentou crescimento menor do que seria espe-rado considerando o aumento nas cotações das matérias primas têxteis, em especial do algodão. no caso do ipc (fipe-usp), que mede a variação de preços na cidade de são paulo, a variação de preços de vestuário foi inferior a maioria dos demais setores. tal comportamento pode ser explicado pelo esfriamento da demanda no varejo e pelo forte crescimento das importações de vestuário, além dos ganhos de produtivi-dade e cortes de custos decorrentes dos grandes volumes de investimentos realizados pelo setor.
ProDução FíSICA INDuStrIAl
diante das circunstâncias nacionais e internacio-nais, potencializadas pelo real excessivamente valo-rizado, o setor têxtil e de confecção do estado de são paulo deverá fechar a balança comercial de 2011 com um déficit de aproximadamente us$ 1,1 bilhão.
no primeiro semestre de 2011, as exportações de produtos têxteis e confeccionados (exceto fibra de algodão) de são paulo apresentaram aumento de 2% em valor se comparado ao mesmo período de 2010. destacaram-se: pastas e feltros artificiais e sintéticos (+90,7%); filamentos de poliamida (+57,2%) e tecidos impregnados artificiais e sin-téticos (+90,6%). Alguns segmentos apresenta-ram queda em suas exportações na comparação com o mesmo período de 2010: fibras de visco-se (-75,8%); fios de seda (-69,8%); roupas de cama, Mesa e banho de algodão (-51,7%).
são paulo mantém-se como principal estado exportador brasileiro responsável, no primeiro semestre de 2011, por 32,6% do total das ex-portações brasileiras do setor (exceto fibra de algodão), seguido por rio Grande do sul, santa catarina, paraná e bahia. As importações de pro-dutos têxteis e confeccionados (exceto fibra de al-godão) de sp apresentaram aumento de 40,3%, em valor, se comparadas ao mesmo período de 2010. destacaram-se: vestuário (+48,0%); fila-mentos de poliéster (+60,1%); tecidos de Algo-dão (+68,7%); roupas de cama, Mesa e banho (+45,3%); tapetes e carpetes (+46,4%) e fibra de poliéster (+50,4%). santa catarina, são pau-lo, espírito santo, Mato Grosso do sul e rio de Janeiro, pela ordem, são os cinco principais esta-dos importadores do setor no brasil.
3,76
%
0,71
%
3,11
%
6,20
%
4,34
%
4,38
%
5,10
%
4,33
%
3,66
%
2,99
%
4,36
%
6,29
%
7,45
%
3,15
%
3,88
%
3,20
%
3,20
%
2.37
%
Acumulado no período (variação %)
Brasil 2008 2009 2010 Jan-mai 2011
Últimos 12 meses
acumulado
ind. transformação 3,08 -7,33 10,27 1,73 4,29
ind. têxtil -1,89 -6,38 4,38 -11,93 -5,15
vestuário e acessórios 3,46 -7,86 7,21 -0,35 2,13
varejo (volume de vendas) 4,84 -2,72 10,62 6,86 8,89
São paulo 2008 2009 2010 Jan-mai 2011
Últimos 12 meses
acumulado
ind. transformação 5,24 -8,42 10,04 2,60 4,72
ind. têxtil -3,8 -4,7 5,64 -5,62 -1,51
vestuário e acessórios 4,17 -6,26 11,69 -2,07 2,53
varejo (volume de vendas) 10,02 -3,32 10,73 7,81 9,41
Balança Comercial do Setor Têxtil e de Confecção
US$ FOB em milhões
Brasilexportação Importação Saldo
Jan-Jun10
Jan-Jun11
Jan-Jun10
Jan-Jun11
Jan-Jun10
Jan-Jun11
Total (sem fibra) 674 706 2,253 2,967 (1,579) (2,261)
têxtil (sem fibra) 474 564 1,657 2,039 (1,183) (1,475)
confecção 200 142 596 928 (396) (786)
São pauloexportação Importação Saldo
Jan-Jun10
Jan-Jun11
Jan-Jun10
Jan-Jun11
Jan-Jun10
Jan-Jun11
Total (sem fibra) 226 230 535 708 (309) (478)
têxtil (sem fibra) 181 190 342 428 (161) (238)
confecção 45 40 193 280 (148) (240)
font
e: M
te/c
AG
ed
INFlAção
font
e: ib
Ge
e fi
pe-u
sp
Inflação Acumulada no Ano de 2011
Gás
n
atur
al
Alim
enta
ção
tran
spor
te
des
pesa
s pe
ssoa
is
vest
uário
educ
ação
Ger
al
ener
gia
elé
tric
a
saúd
e
Hab
itaçã
o
como resultado, o estado de são paulo apresentou déficit de us$ 478 milhões em sua balança comercial de produtos têxteis e confec-cionados (exceto fibra de algodão) no primeiro semestre de 2011.
font
e: A
lic
eWeb
/ M
dic
inditêxtil12
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