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Publicação da AGIR - Associação Goiana de Integralização e Reabilitação Organização Social Gestora do CRER, HDS e HUGOL

MicrocefaliaAumento dos casos, possivelmente associados ao Zika vírus, criou um alerta na saúde do Brasil

ANO

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CuidadosAmanda de Almeida e João Henrique. Amor e carinho somados ao

tratamento

CRERReferência em Goiás no atendimento às crianças

com microcefalia

MobilizaçãoSituação exige

envolvimento de toda a sociedade no combate

ao Zika

Revista

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EDITORIAL \\\

Estamos presenciando dias de intensas mudanças no Brasil sejam elas políticas, econômi-cas, sociais e, somando-se a tudo isso, percebemos também um panorama mundial marcado

por crises, conflitos e epidemias. Meio a tantas situações impactantes, em setembro do ano passado a sociedade brasileira foi tristemente surpreendida com a possibilidade de relação

entre o Zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, e o aumento significativo de recém-nascidos com microcefalia.

De lá para cá, o número de casos cresceu assustadoramente desencadeando em uma série de medidas adotadas por todas as esferas da sociedade: governo, instituições privadas e cida-

dãos comuns. Várias frentes de trabalho vêm sendo desenvolvidas - na área de pesquisa de con-trole da doença, de combate ao mosquito, bem como nas diretrizes para uma assistência mais

eficaz às crianças com microcefalia e suas famílias.

O CRER - Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, um dos hospitais administrados pela AGIR – Associação Goiana de Integralização e Reabilitação, é o hospital de

referência no estado de Goiás, segundo o Ministério da Saúde, no tratamento das crianças com microcefalia, com uma estrutura completa disponível que envolve especialidades médicas,

exames e terapias. Nossa matéria de capa traz tudo sobre o tema, com o depoimento de Aman-da Pereira de Almeida, cujo filho foi diagnosticado com a doença aos cinco meses de vida. Em

complemento, trazemos também um artigo assinado pelo médico neuropediatra do CRER, Helio Van Der Linden Junior, especialista em neurofisiologia.

Deixamos aqui nosso convite para que confiram também as outras matérias desta edição da Revista AGIR, que trazem um pouco das ações desenvolvidas nos hospitais CRER, HDS e

HUGOL. Um novo projeto gráfico foi desenvolvido especialmente para a nossa revista, que a partir de agora passa a ser quadrimestral. Tudo com o intuito de tornar a leitura mais prazero-

sa, contribuindo para que toda a sociedade tenha acesso de forma transparente às informações das unidades hospitalares geridas pela AGIR, bem como pelas ações da própria Associação.

Boa leitura!

Sérgio DaherSuperintendente Executivo AGIR

Editor-chefe

MicrocefaliaSociedade brasileira em sobressalto

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/// CANAL

Editor-chefeSuperintendência Executiva

Sérgio Daher

Supervisão GeralGerência Corporativa de Marketing

Anna Luiza Rucas

Edição / RevisãoJornalista

Mayra Paiva – JPGO / 01802

ComunicólogosCRER / HDS

Marianne CarrijoHUGOL

J. Antônio CirinoEstagiário

Crispiano Filho

FotografiaEduardo Castro

Edson Freitas

Contato ComercialAnalistas de Negócios

Cecília MartinsRodrigo RochaVinícius Basílio

Gerência Corporativa ComercialMaria Graça Silva

Analista de SistemasHugo Miranda

Projeto Gráfico Diagramação

Chafic Rebehy

ImpressãoCirgráfica

Tiragem5500 exemplares

Contatos62 3995-5431 / 5432

[email protected]

EndereçoAv. Olinda c/ Av. PL3, Nº 960,

Ed. Lozandes Corporate Design, 20º andar, Torre Business, Pq. Lozandes, CEP 74887-120

Esta sessão é dedicada a você, leitor!

Envie seu comentário sobre a Revista AGIR, ou mesmo sugestões para próximas edições, com nome completo, profissão e cidade, para o e-mail:

[email protected]

Receber o seu contato será uma alegria para a nossa equipe!

Para consultar edições anteriores, acesse o site:

www.agirgo.org.br

Revista AGIRé uma publicação quadrimestral da Associação Goiana de Integralização e Reabilitação, gestora do CRER, HDS e HUGOL.

EXPEDIENTE

facebook.com/agir.go twitter.com/Agir_GO

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ÍNDICE \\\

Pág. 6 à 9

Casos de microcefalia crescem no BrasilPaís se mobiliza em ações de prevenção e tratamento

11 a 16

Ações da AGIR frenteao CRER, HDS e HUGOL

/// AGINDO

27 a 31

HDS - Curso para cuidadores de pacientes com demência

/// REABILITAÇÃO

17 a 19

CRER - Sessão de Cinema Especial

/// HUMANIZA

32 e 33

Trauma de Face

/// ARTIGO

21 a 25

HUGOL - Acolhimentona Urgência e Emergência

/// URGÊNCIAS

34 a 36

Residências Médica e Multiprofissional

/// CED

JASPION CAETANO

Pág. 29

CRER utiliza a música como terapia na UTI

JASPION CAETANO

Pág. 18

HUGOL - Atuação além da assistência

EDSON FREITAS

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/// CAPA

Casos de microcefalia crescem no BrasilPaís se mobiliza em ações de prevenção e tratamentoMarianne Carrijo

O Brasil vem apresentando nos últimos meses um grande aumento do número de casos de microcefalia em recém-nas-

cidos, os quais segundo o Ministério da Saúde podem estar relacionados com o Zika vírus. Transmitido pela picada do mosquito Aedes ae-gypti, estudos apontam que a doença pode ser passada de outras quatro formas, pelo líquido amniótico (de mãe para filho ainda no útero), por leite materno, transfusão de sangue e por re-lação sexual. O vírus foi descoberto em 1947, em Uganda, África, e começou a circular no Brasil em 2014. A microcefalia é um quadro em que be-bês nascem com a cabeça e cérebro menores do que o esperado, na maioria dos casos ela pode vir associada a um atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor, déficit cogni-tivo, visual ou auditivo, sendo esses alguns dos problemas que podem ser ocasionados, depen-dendo do grau da malformação.

Para o acompanhamento dos bebês com mi-crocefalia, o Ministério da Saúde disponibilizou a todos os profissionais e gestores do país, as Di-retrizes de Estimulação Precoce para crianças de 0 a 3 anos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor decorrente de microcefalia. O documento foi desenvolvido em razão do cená-rio de urgência, dado pelo aumento de casos em todo o país, em decorrência de infecção pelo ví-rus Zika. Tais diretrizes são orientações aos pro-fissionais das equipes da Atenção Básica e Aten-ção Especializada para a estimulação precoce.

Elaboradas com apoio de pesquisadores, especialistas e profissionais de diversas institui-ções do país, com experiência e conhecimento sobre estimulação precoce, as diretrizes comple-mentam o Protocolo de Atenção à Saúde e Res-posta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo vírus Zika. Lançado em dezem-

bro, o protocolo orienta o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com microcefalia, em todo o País. Profissionais da equipe Infanto Juvenil do CRER (leia pág. 16) participaram ativamente na construção desse material.

As diretrizes abordam aspectos relacionados ao desenvolvimento neuropsicomotor da crian-ça, como a avaliação do desenvolvimento au-ditivo, visual, motor, cognitivo e da linguagem, a estimulação precoce, o uso de tecnologia as-sistiva, além de outros aspectos, como a impor-tância do brincar e a participação da família na estimulação precoce.

A estimulação precoce visa à maximização do potencial de cada criança, englobando o crescimento físico e a maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva, que poderão ser prejudicados pela microcefalia. Os nascidos com microcefalia recebem a estimula-ção precoce em serviços de reabilitação distribu-ídos em todo o País, nos Centros Especializados de Reabilitação (CER), como o CRER, Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Ambulató-rios de Seguimento de Recém-Nascidos.

Amanda Pereira de Almeida, 18 anos, na-tural da cidade de Pires do Rio (GO), tornou-se mãe pela primeira vez no ano de 2015. Após o nascimento do filho, ela recebeu um diagnós-tico inesperado, João Henrique nasceu com microcefalia. O bebê cresce cercado pelos cui-dados, atenção e amor dos familiares. Em de-poimento à Revista AGIR, Amanda conta como recebeu o diagnóstico da microcefalia e fala so-bre o acompanhamento do seu filho com profis-sionais do CRER.

Como foi sua gestação, você fez pré-natal? Nes-te período você teve Dengue ou Zika? Como foi o seu parto?

Minha gestação foi um pouco conturbada,

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fiquei gripada a gravidez toda. Na época, fiz vá-rios exames, não deu nada relacionado com Den-gue ou Zika. O pré-natal foi feito todo na mi-nha cidade, em Pires do Rio (GO). Ao longo da gestação fiz vários ultrassons para acompanhar o desenvolvimento do bebê. Entrando no oitavo mês, o médico que acompanhou o meu pré-natal verificou por meio dos exames que a criança esta-va com baixo peso. Logo, fui encaminhada para o Hospital Materno Infantil, em Goiânia, para fazer um exame de doppler, onde mostrou que a crian-ça estava entrando em sofrimento fetal e faltava oxigênio. Fui internada às pressas para fazer a ce-sariana. João Henrique nasceu prematuro de oito meses, com 1 quilo e 590 gramas. Os médicos falam que ele é bebê PIG – Pequeno para Idade Gestacional. No início ele não conseguia mamar, então foi encaminhado para o berçário para ga-nhar peso, onde permaneceu por 19 dias.

Qual é a emoção de ser mãe?A emoção de ser mãe é muito boa, não tem

explicação. É maravilhoso! Agradeço a Deus to-dos os dias! Para mim o meu filho é perfeito. Só de olhar para ele e ver que ele é saudável já me conforta. Eu falo para o meu esposo que o João Henrique é o meu pequeno guerreiro! Nasceu prematuro de peso, de 8 meses, e não precisou ir para incubadora. Já é um milagre de Deus.

Você já tinha ouvido falar sobre a microcefalia?Nunca tinha ouvido falar. Foi um assunto

novo para mim. Quando fiquei sabendo da mi-crocefalia, pesquisei na internet e assisti vários noticiários para ver o que realmente era.

A descoberta da microcefalia aconteceu ainda na gravidez ou depois do nascimento do seu filho?

Descobri a microcefalia com 5 meses depois do nascimento. Quando ele nasceu, o obste-tra notou que a cabeça dele, comparada as de

outras crianças, era um pouco menor, mas não falou nada sobre a microcefalia. No momento não demos tanta importância, ele nasceu muito saudável.

Depois que seu bebê nasceu, quais foram os pri-meiros sinais apresentados que fez você procurar a ajuda médica? Qual foi o caminho que você percorreu para que o seu filho fosse atendido?

Com 5 meses notei que ele tinha dificuldade para firmar a cabeça, mas o pediatra falava que era normal. Certo dia, fui levá-lo para vacinar e o pessoal da Secretaria Municipal de Saúde de Pires do Rio (GO) perguntou quantos meses ele tinha, e se eu tinha notado que a cabeça dele era um pouco menor. Respondi que sim. Então, a pro-fissional me perguntou se podia encaminhar ele para uma avaliação e eu disse que tudo bem.

O seu filho recebe acompanhamento de uma equipe multiprofissional no Centro de Reabilita-ção e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER). Você já conhecia o Hospital? Como tem sido este acompanhamento? Como foi o diagnóstico? E a reação com a notícia?

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Não conhecia o CRER. Chegando ao Hospi-tal, o meu filho foi avaliado pelo médico fisiatra, que pediu exames de sangue e tomografia, e em seguida, encaminharam para um neuropediatra. Quando saiu o resultado da tomografia, foi diag-nosticada a microcefalia. Desde então, meu filho participa do grupo de estimulação precoce no CRER. Ele recebe acompanhamento de fisiotera-peutas, fonoaudiólogas, psicólogas e terapeutas ocupacionais. Estou gostando muito do acom-panhamento no grupo. Aprendo a cuidar melhor dele e ele é assistido em todas as fases do de-senvolvimento. Depois que o João Henrique foi encaminhado para o CRER já melhorou bastante,

está mais espertinho. Segundo os médicos é uma microcefalia de nível leve. A suspeita é uma causa infecciosa na placenta. Quando recebi o diagnós-tico certo, fiquei perdida, me desesperei. Não sa-bia de fato o que era a microcefalia. O CRER aju-dou muito nesta fase de descoberta e aceitação.

Quais são os maiores desafios de ter uma crian-ça com microcefalia? O que você espera para o futuro do seu filho?

Para nós, ele é uma criança normal como to-das as outras. Esperamos que ele cresça saudável, brincando como toda criança, dando trabalho e soltando pipa.

O Brasil vive momentos difíceis da sua his-tória. Crise política grave, crise econômica, num ano de eleição e olimpíadas. O sistema de saúde pública passa por grandes dificuldades em várias cidades. E para piorar um cenário que já era desanimador, desde setembro de 2015 o país vive outro grave problema: o surto de microcefalia associado ao Zika vírus.

Inicialmente observado em Pernambuco por neuropediatras que identificaram um au-mento expressivo nos casos de recém-nascidos com microcefalia grave, logo outros estados passaram a registrar casos de aumento do nú-mero de nascimentos de crianças com o tama-

nho da cabeça menor que o normal. Durante as primeiras análises, logo constatou-se tratar de causa infecciosa, já que os exames de ima-gem mostravam lesões cerebrais sugestivas de sequela de processo infeccioso durante a gra-videz, como as calcificações cerebrais. Porém, na maioria dos casos, a investigação etiológica falhou em relacionar a ocorrência de microce-falia e lesões cerebrais com agentes classica-mente descritos como possíveis responsáveis, como a toxoplasmose, citomegalovirose, ru-béola, entre outros. A análise epidemiológica constatou que várias gestantes haviam tido uma espécie de infecção fugaz, com presença

Momento de mobilização

CAPA \\\

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de manchas vermelhas na pele, febre baixa e dores articulares. Foi então que cogitou-se a possibilidade de um novo agente etiológico para essa grave enfermidade, o Zika virus.

Em outubro de 2015, o Ministério da Saú-de do Brasil relatou um aumento incomum em casos de microcefalia no estado de Per-nambuco. Em 17 de novembro de 2015, o La-boratório de Flavivírus no Instituto Oswaldo Cruz indicou que o genoma do vírus Zika foi detectado através de RT-PCR em amostras de líquido amniótico de duas mulheres grávidas da Paraíba, cujos fetos foram diagnosticados com microcefalia por exames de ultrassom.

Em 28 de novembro de 2015, o Ministério da Saúde do Brasil estabeleceu a relação entre o aumento da ocorrência de microcefalia e in-fecção pelo vírus Zika, através da detecção do genoma do Zika vírus nas amostras de sangue e tecidos de um bebê, que nasceu com malfor-mação do sistema nervoso central e foi a óbito no estado de Ceará.

Em fevereiro de 2016, a Organização Mun-dial de Saúde declarou emergência em saúde pública internacional pela microcefalia e ou-tras anormalidades neurológicas relaciona-das ao Zika vírus.

Depois de vários estudos e pesquisa, com a contribuição de diversos profissionais en-volvidos na tarefa de elucidação da fisiopato-logia da doença, finalmente em abril de 2016 pesquisadores do Centro de Controle de Do-enças (CDC) de Atlanta, nos EUA, publicaram na renomada revista New England Journal Of Medicine, a confirmação da relação causal en-tre a microcefalia e demais lesões cerebrais e o vírus Zika.

O vírus Zika é um arbovírus que leva o nome de uma floresta perto de Kampala (Uganda, África). Ele foi identificado pela primeira vez em macacos em 1947, através de uma rede de vigilância da febre amarela silvestre no Ugan-da. Em 1952, foi isolado pela primeira vez em humanos, em Uganda e na Tanzânia. O Zika vírus é transmitido aos seres humanos por mosquitos infectados e tem sido isolado a par-tir de Aedes africanus, Aedes luteocephalus e Aedes aegypti. É um flavivírus que causa uma síndrome semelhante a dengue, com quadro de febre, dor de cabeça, mal-estar, artralgia, mialgia, erupções maculopapulares (erupções vermelhas na pele) e conjuntivite.

Por meio século, o vírus foi descrito como

causador de infecções humanas esporádicas na África e Ásia. Em 2013, uma grande epide-mia foi relatada na Polinésia Francesa. A cir-culação do vírus Zika nas Américas foi confir-mada pela primeira vez em fevereiro de 2014, na Ilha de Páscoa, com casos clínicos confir-mados em junho de 2014.

Apesar da maior concentração no nordeste brasileiro, vários estados do Brasil já confir-maram casos de microcefalia. No estado de Goiás vários casos de infecção pelo Zika já fo-ram confirmados e casos de microcefalia es-tão em investigação, a maioria aguardando a confirmação sorológica.

O Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER) iniciou em feve-reiro de 2016 um ambulatório voltado ao aten-dimento de crianças com suspeita de micro-cefalia. O ambulatório conta com uma equipe multiprofissional voltada ao atendimento prioritário destas crianças e seus familiares, com ênfase no diagnóstico e estimulação pre-coce nos casos confirmados de microcefalia, seja pelo Zika vírus ou por outro agente. Várias famílias já foram atendidas no ambulatório e vários casos já foram descartados, ou seja, não configuraram casos de microcefalia ou não havia indícios de lesão cerebral ou alteração do exame físico e neurológico das crianças. Outras crianças que confirmaram a ocorrên-cia de microcefalia, encontram-se em atendi-mento multiprofissional no CRER.

Neste momento, o importante é unir forças para que possamos evitar a proliferação e au-mento dos casos de microcefalia, através da conscientização da população e medidas de prevenção contra o mosquito vetor, pois ainda não há um tratamento eficaz contra o Zika ví-rus, nem ao dano causado no cérebro daque-les que o contraíram ainda no ventre materno. Porém, é possível oferecer a essas crianças e seus familiares todo apoio possível, por meio de uma estimulação precoce e adequada, no intuito de buscar ao máximo o potencial de recuperação de cada criança, além do suporte psicológico familiar, que possibilite minimi-zar os efeitos desta grave enfermidade.

Helio Van Der Linden JuniorMédico Neurologista Infantil com especialização em

neurofisiologia pelo Hospital das Clínicas da Faculda-de de Medicina da Universidade de São Paulo.

Médico neurologista infantil e neurofisiologista do CRER e do Instituto de Neurologia de Goiânia.

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Nova sede

Imposto de Renda

A AGIR – Associação Goiana de Integra-lização e Reabilitação, organização social gestora do CRER, HDS e HUGOL, desde o ano passado está em uma nova sede, lo-calizada na Avenida Olinda, nº 960, Ed. Lozandes Corporate Design, 20º andar, Torre Business, Parque Lozandes, em Goi-ânia. O espaço acomoda diversos setores da AGIR, que dão suporte aos processos que envolvem as unidades hospitalares, visando a promoção de ações assistenciais de atenção à saúde. Todos os atos de gestão são processualizados, garantindo a mora-lidade, impessoalidade e transparência, sendo também submetidos regularmente a auditorias internas e externas.

A estrutura organizacional da AGIR é composta pelos seguintes órgãos: Assem-bleia Geral, Conselho de Administração, Diretoria e Conselho Fiscal. Regularmente, são realizadas na sede reuniões de tais ór-gãos para deliberação sobre todos os assun-tos e definição das providências cabíveis, bem como para a autorização de despesas, apreciação da Prestação de Contas e apre-ciação de Balancete Anual.

Na Declaração do Imposto de Renda des-te ano, relativa a 2015, recebida pela Receita Federal até 29 de abril, passado, os contri-buintes puderam doar recursos a serem abatidos no Imposto a Restituir ou Impos-to a Pagar para a AGIR, através de encami-nhamento de doação ao Fundo da Criança e Adolescente de Goiânia.

Os declarantes do Imposto de Renda Pessoa Física, por meio de Formulário Com-pleto, que fizeram a doação, são restituídos do valor doado em sua totalidade.

Doar parte do imposto à AGIR contribui com ações sociais em atenção à comuni-dade, expansão dos serviços das unidades CRER, HUGOL e HDS, aquisição de equipa-mentos, desenvolvimento de eventos e pes-quisas na área da saúde.

SuperintendênciasSérgio DaherSuperintendente Executivo

João Alírio Teixeira da Silva JúniorSuperintendente Técnico

Claudemiro Euzébio DouradoSuperintendente Adm. e Financeiro

Divaina Alves BatistaSuperintendente Multiprofissional

Fause MusseSuperintendente de Relações Externas

DiretoriaDom Antônio Ribeiro de OliveiraDiretor-Presidente

José Alves FilhoVice-DiretorRuy Rocha de MacêdoDiretor-Tesoureiro

ConselheirosAlberto Borges de SouzaCésar HelouFernando Morais PinheiroHelca de Sousa NascimentoJosé Evaldo Balduíno LeitãoJosé Evaristo dos SantosJoaquim Caetano de Almeida NettoPaulo Afonso FerreiraPedro Daniel BittarVardeli Alves de MoraesConselho Fiscal – TitularesCyro Miranda Gifford JúniorMarley Antônio da RochaPaulo César Brandão Veiga JardimConselho Fiscal – SuplenteMarcos Pereira Ávila

Associados FundadoresAlcides Luís de SiqueiraDom Antônio Ribeiro de OliveiraElias Bufaiçal (in memorian)Lúcio Fiúza GouthierMaria Paula CuradoMilca Severino PereiraNabyh SalumPaulo Afonso Ferreira

Associados BeneméritosCyro Miranda Gifford JúniorGláucia Maria Teodoro ReisHelca de Sousa NascimentoJosé Alves FilhoMarley Antônio da RochaMarcos Pereira ÁvilaPaulo César da Veiga JardimRuy Rocha de MacedoValéria Jaime Peixoto PerilloValtercy de Melo (in memorian)

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA AGIR

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Exemplo de gestão

A gestão realizada pela AGIR – Associação Goiana de Integralização e Reabilitação, jun-to às unidades hospitalares CRER - Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, HDS – Hospital de Dermatologia Sa-nitária e Reabilitação Santa Marta e HUGOL – Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira, recebe da sociedade goia-na o reconhecimento e apoio pela eficiência e resolutividade na prestação de serviços de saúde qualificados, que priorizam o ser hu-mano, a transparência das ações e a plena responsabilidade na aplicação de recursos públicos.

Resultado também desse reconhecimen-to é o interesse de representantes de unida-des de saúde e de órgãos públicos além das fronteiras do estado, que vêm à Goiânia para conhecer de perto como funcionam no dia a dia as práticas de gestão adotadas pela AGIR.

Numa dessas visitas, o médico neurolo-gista e professor de neurologia e neuroimu-nologia do Hospital das Clínicas da Univer-sidade de São Paulo, Ribeirão Preto, Amilton Antunes Barreira, esteve em janeiro deste ano no HUGOL para discutir um projeto de pesquisa de cooperação mútua entre as ins-tituições.

Também em janeiro, o HUGOL foi visitado por uma comitiva do estado do Amazonas, composta pelo secretário de Gestão, Evandro Melo, coordenadora do Centro de Medicação da Secretaria da Saúde, Andrely de Córdova, coordenador de Atenção à Saúde, Wagner Willian de Souza, e o secretário-executivo da Secretaria da Fazenda do Amazonas, Jorge Jatahy.

Os visitantes conheceram os principais serviços e alas da unidade e o balanço feito por Evandro Melo foi que o HUGOL “demons-tra que é um hospital de primeira linha, pú-blico e bem gerido com resultados altamente positivos”.

Outra comitiva que esteve no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siquei-ra, essa no mês de fevereiro , foi do estado do Ceará. Participaram o governador, Camilo Santana, secretário da saúde, Henrique Javi,

Governador Camilo Santana (dir.) e equipe sendo re-cepcionados no HUGOL pelo superintendente execu-tivo da AGIR, Sérgio Daher (à esq.), e pelo secretário da Saúde de Goiás, Leonardo Vilela

Grupo de senhoras do Distrito Federal visitam o CRER para conhecer os serviços prestados à população

procurador geral de Justiça, Juvencio Viana, presidente do Tribunal de Contas, Edilberto Lima, e assessora especial da Governadoria, Janaína Farias. “Quero parabenizar a di-reção do hospital pela qualidade do atendi-mento à população. Um hospital moderno, um dos hospitais públicos de maior referên-cia hoje no Brasil, principalmente pelo mode-lo de gestão que tem estimulado que outros estados possam adotá-lo como forma de um atendimento eficiente”, declara o governador do Ceará, após a visita.

No Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, em março, um grupo de senhoras integrantes do Clube Interna-cional de Brasília conheceu os diversos se-tores da Instituição. “Estou encantada com o CRER, é um trabalho grandioso prestado a toda população. Nós estamos muito felizes com a visita e por presenciar um atendimen-to diferenciado realizado com tanto amor e carinho”, relatou a diretora social do Clube, Mércia Crema, integrante do grupo.

EDSON FREITAS

EDUARDO CASTRO

/// AGINDO

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/// AGINDO

Ações de humanizaçãoAs unidades administradas pela AGIR,

CRER, HUGOL e HDS, prestam serviços es-pecializados à sociedade, com profissionais competentes e comprometidos com o aprimo-ramento contínuo, amparados por estrutura física adequada e equipamentos de alta tecno-logia. Somando-se a isso, o que garante o gran-de diferencial dessas unidades hospitalares são as práticas de humanização adotadas, que respeitam a individualidade e as necessidades de cada paciente e seus familiares, ao criar no ambiente hospitalar uma atmosfera mais per-sonalizada, leve e otimista, que impactam po-sitivamente na recuperação das pessoas.

A atenção vai desde questões ambientais, com espaços agradáveis, em que se contem-plam projeto de jardinagem, luminosidade, se-gurança e higiene, passando por canais aber-tos de comunicação, que dão voz às pessoas, ações de entretenimento, com apresentações musicais e teatrais, e ações de cidadania como a prestação gratuita de serviços.

Valorizar o profissional, propiciando-lhe as ferramentas essenciais de trabalho, também é uma importante forma de contribuir para ga-rantir o bem-estar e a satisfação daqueles que estão diretamente envolvidos no serviço dis-ponibilizado à sociedade. Nas unidades CRER, HDS e HUGOL são inúmeras ações desenvol-vidas - atividades físicas, ginástica laboral, cuidados de beleza , orientação nutricional, apresentações e outras.

Ações com os colaboradores são desenvolvidas visan-do melhorar a qualidade de vida. No CRER pausa para uma atividade física reflete em bem-estar e satisfação no trabalho

Com brincadeiras e muita alegria, Grupo ProHumanos distribui carinho e afeto a pequenos pacientes do CRER

Lisiany Alves Men-donça Marques, durante internação no HUGOL , recebe a visita de seu filho Bernardo Mendonça, na ocasião em que completava apenas um mês de vida. A visita ocorreu em um dos jardins internos do hospital, espaço que auxilia na com-posição do cenário ideal para a humani-zação das visitas dos familiares.

EDUARDO CASTRO

EDUARDO CASTRO

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Acreditação ONA Depois de dois dias de visitas no CRER, em

março passado, a equipe de avaliadores do Instituto Qualisa de Gestão (IQG) identificou os requisitos necessários para a manutenção do certificado de Acreditado Pleno - Nível 2 da Organização Nacional de Acreditação – ONA, conquistado em 2014. Foram avaliados pelas auditoras do IQG, instituição acreditadora credenciada, pontos como unidade de inter-nação, cadeia medicamentosa e suprimentos, gestão do acesso, linha assistencial cirúrgica, atendimento ambulatorial, política de segu-rança do paciente, serviço de controle de in-fecção hospitalar, protocolos e resultados dos processos.

Antes da entrega do relatório final da audi-toria, as avaliadoras do IQG reconheceram e elogiaram as melhorias em vários processos da Instituição. “O CRER é um hospital dife-renciado, já consolidado na área de reabilita-ção e readaptação. Todo trabalho é realizado com muita excelência. Que vocês possam crescer cada dia mais dentro dos processos de qualidade”, ressaltou a auditora líder Fernan-

da Hernandes.O CRER foi o primeiro hospital de Goiás

a receber o certificado de Acreditação Plena concedido pela ONA, em dezembro de 2014. O Hospital agora se prepara para pleitear o certi-ficado de Acreditado com Excelência – Nível 3.

A ONA é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, que certifica a qualidade do serviço da saúde no Brasil, com foco na se-gurança do paciente. A organização tem por objetivo promover um processo constante de avaliação e aprimoramento nos serviços de saúde, tendo como foco a melhoria da quali-dade da assistência no País.

CED AGIRA AGIR, desde o início de suas atividades, a

partir da gestão do CRER, inaugurado em se-tembro de 2002, sempre contemplou a área de ensino e pesquisa, estimulando a formação e a qualificação profissional, por compreender a sua importância na prestação de serviços de qualidade. Além disso, ao longo do tempo recebeu solicitações de inúmeras instituições, incluindo de outros estados, no que concerne à consultoria, de forma a compartilhar infor-mações do seu modelo de gestão. Tendo a con-vicção da importância desse intercâmbio, ao tempo em que se valoriza a área de capacita-ção profissional, a AGIR criou o CED – Centro de Ensino e Desenvolvimento, com o objetivo

de implantar uma unidade de trabalho volta-da exclusivamente para o Ensino, Pesquisa, Assessoria e Consultoria, abrangendo as uni-dades CRER, HDS e HUGOL.

Sob a coordenação dos superintendentes da AGIR Divaina Alves Batista, Multiprofis-sional, e João Alírio Teixeira, Técnico, o CED – Centro de Ensino e Desenvolvimento tem por missão formar pessoas e desenvolver proces-sos com padrão de excelência, evidenciados pela produção de conhecimento específico, e melhores práticas e condições de ensino, pautadas pela ética e valorização das pessoas, trazendo reconhecimento para a sociedade goiana e alocando recursos à AGIR.

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/// AGINDO

DiretrizesO Ministério da Saúde lançou no início

deste ano as Diretrizes de Estimulação Preco-ce: Crianças de 0 a 3 anos com atraso no de-senvolvimento neuropsicomotor decorrente de microcefalia. A equipe infanto-juvenil do CRER e o gerente multiprofissional do HUGOL Dagoberto Barbosa estão entre os pesquisa-dores, especialistas e profissionais de diversas instituições do país, com experiência e conhe-cimento sobre estimulação precoce, que parti-ciparam na construção dessas diretrizes.

O documento foi desenvolvido dado o au-mento de casos de microcefalia em todo o país em decorrência de infecção pelo vírus Zika (leia pág. 6). São orientações aos profissionais das equipes da Atenção Básica e Atenção Es-pecializada para a estimulação precoce. O conteúdo é direcionado às crianças com mi-crocefalia, podendo se aplicar ainda a outras condições ou agravos de saúde que interfiram no desenvolvimento neuropsicomotor nesta fase. Quanto mais cedo essas crianças come-çarem a receber o atendimento especializado, melhor será o desenvolvimento de cada uma.

Hospitais de todo país se organizam com equipes preparadas para dar assistência às crianças com a microcefalia. Em Goiás, a uni-dade referência para o tratamento é o CRER, que dispõe de toda a estrutura necessária, ca-paz de atender a demanda de crianças com microcefalia dos municípios goianos, bem como de outros estados brasileiros.

ReconhecimentoO HUGOL recebeu um certificado em “re-

conhecimento aos relevantes serviços presta-dos em prol do desenvolvimento social e da solidariedade humana no Estado de Goiás”, conferido pela Assembleia Legislativa de Goi-ás, em solenidade proposta pelo presidente He-lio de Sousa em dezembro passado. À ocasião, com menos de seis meses de funcionamento, o hospital recebeu o certificado em homenagem ao Dia Internacional do Voluntariado. Em uma de suas visitas ao hospital, o deputado estadu-al Helio de Sousa disse que “o HUGOL é uma unidade hospitalar de referência, que deve se tornar modelo para o País”.

Sermos avaliados com uma média de 98% de satisfação pelos usuários do HUGOL é receber a maior honraria que podemos almejar: a certificação por parte do nosso paciente atendido com qualidade, humanização e segurança.

Andréa PrestesDiretora Administrativa

do HUGOL

Parágrafoùnico

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Sessão de cinema especial no CRERAuditório se transforma em sala de cinema para crianças

Marianne Carrijo

Andando pra lá e pra cá, dançando ou com os olhos vidrados no filme, cada um aproveitou à sua maneira. Nos úl-

timos meses, o auditório do Centro de Reabi-litação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER) tem se transformado em uma sala de cinema. Em toda primeira segunda-feira do mês, o CRER exibe uma sessão de Cinema Azul, voltada às crianças e adolescentes com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), acom-panhados de seus familiares. O TEA é um con-junto de manifestações que afetam o funcio-namento social, a capacidade de comunicação e implica em um padrão restrito de comporta-mento.

Para a sessão o ambiente é preparado, o volume do som é mais baixo e as luzes não ficam totalmente apagadas. Na tela, um cur-ta-metragem infantil, de aproximadamente 25 minutos, e diferente do cinema convencio-nal nada de trailers. “Para mim foi um pon-tapé inicial”, disse Marcelo Arruda, pai do Henrique Arruda, de 2 anos. Ele conta que na primeira e única vez que tentou levar o filho ao cinema a experiência não foi boa, porque o barulho incomodou e Henrique não ficava quieto. Marcelo acompanha o filho em todas as sessões de Cinema Azul, e reconhece que a experiência é fundamental. “O Henrique já evoluiu muito com as terapias no CRER. A sessão Cinema Azul proporciona integração, socialização, e trocas de experiências com ou-tros pais e profissionais da Instituição. Eu faço todo o esforço necessário para trazê-lo, ele se sente bem”, relatou Marcelo.

A diretora multiprofissional de reabilitação do CRER, Sônia Helena Adorno de Paiva, ex-plica que a escuridão, o som alto e a necessida-de de se manter sentado e em silêncio, duran-

te o período de exibição do filme, fazem com que muitas famílias não levem os filhos com autismo ao cinema tradicional, e que no CRER eles se sentem em casa e aproveitam a sessão especial. “O Cinema Azul funciona como um treino para quando os pais levarem seus filhos ao cinema, eles não se incomodem tanto com o barulho, a luz forte e as cadeiras enfileira-das”, destacou a diretora. O Cinema Azul, cor do autismo, já foi realizado em outros Estados, sendo que em Goiânia, o CRER é pioneiro na iniciativa. A sessão é aberta ao público e acon-tece toda primeira segunda-feira do mês, às 17h30, no auditório Valéria Perillo.

FOTOS: EDUARDO CASTRO

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/// HUMANIZA

Além da assistência:

conscientização e prevenção de traumas e doenças

J. Antônio Cirino

Por um longo período os hospitais foram vistos apenas como instituições voltadas ao tratamento de traumas e doenças, e

apesar dessa ainda ser sua essência primordial de atuação, o papel desses aparelhos tomaram nova perspectiva: a promoção da saúde, atra-vés da conscientização e prevenção.

Indo além da assistência aos pacientes de alta e média complexidade, o Hospital de Ur-gências Governador Otávio Lage de Siqueira – HUGOL se propôs, através de uma Comissão de Humanização composta por colaborado-res e gestores de diversas áreas da unidade, a realizar ações que pudessem interferir no ce-nário alarmante dos traumas, principalmen-te acidentes de trânsito e acidentes domés-ticos com crianças e idosos. Para isso foram desenvolvidos dois programas centrais, um intitulado “PARE – Prevenção de Acidentes e Reeducação no Trânsito” e o outro “HUGOL na Comunidade”.

PARE!O PARE! é um programa de prevenção,

conscientização e educação, desenvolvido para contemplar os públicos internos e externos do HUGOL. Com a mensagem principal da cam-panha: “Um PARE pela vida”, almeja-se cons-cientizar as pessoas através de alertas pedindo que: “PARE de beber e dirigir”; “PARE de fazer ultrapassagens arriscadas”; “PARE de dirigir em alta velocidade”; dentre outros temas que serão elencados conforme maior incidência de casos de pacientes atendidos na unidade.

Em 2015 foram 4.934 acidentes nas rodovias estaduais de Goiás, sendo 398 desses com víti-ma fatal e 2.319 com vítima não fatal, de acordo com o Comando de Policiamento Especializa-do. O HUGOL registrou, em feriados prolonga-

dos, um aumento percentual de 38% nos aten-dimentos a vítimas de acidentes de trânsito e de 20% nos atendimentos gerais na emergência da unidade.

Composto de várias frentes de trabalho, o PARE! alcança o Estado de Goiás, com foco na cidade de Goiânia e em municípios circunvizi-nhos. Sua primeira etapa consistiu na realiza-ção de blitz nas rodovias estaduais GO-060 e GO-070, no feriadão de Carnaval, com a orien-tação de mais de três mil motoristas. A segunda aconteceu véspera do feriado de Corpus Chris-ti e já estão planejadas mais duas blitz durante o ano (no aniversário de Goiânia e no fim do ano). Como o hospital é voltado ao atendimen-to de alta e média complexidade, com foco em traumatologia, as vítimas de acidentes de trân-sito estão entre os principais casos tratados na unidade, tornando-se um tema importante para conscientização da sociedade. As próxi-mas ações do PARE! consistirão na conscienti-zação e na reeducação para o trânsito, focando também o motorista que trafega na cidade e os pacientes que já foram vítimas de aciden-tes para reinseri-los no trânsito com uma nova perspectiva.

HUGOL NA COMUNIDADEEm uma linha mais ampla de orientações

de educação em saúde, o HUGOL na Comu-nidade é um programa que abarca todas as ações executadas diretamente com a comu-nidade. A primeira etapa consistiu na realiza-ção do “1º HUGOL na Comunidade”, evento homônimo que lançou a participação do hos-pital junto aos moradores da Região Noroes-te no dia 30 de abril, promovendo 1857 aten-dimentos. Para o médico e diretor geral da unidade, Hélio Ponciano, ao empreender um evento como esse, “o HUGOL está assumindo sua responsabilidade social para com a Região

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Noroeste, atuando não só na assistência, mas também na prevenção de doenças e traumas”.

Outra perspectiva é a do incentivo ao vo-luntariado. Todo o escopo do “HUGOL na Co-munidade” foi engendrado nesse sentido: os recursos foram advindos de doações de em-presas e instituições, os recursos humanos, cerca de 300 pessoas, essencialmente de vo-luntários acadêmicos de cursos superiores da saúde e colaboradores que doaram seu tempo e conhecimento para proporcionar um dia es-pecial para os moradores da comunidade, ser-vindo também como campo de ensino para os estudantes que tiveram a possibilidade de desenvolver a prática da saúde pública.

A população pôde participar de 30 ativida-des. Na educação em saúde, recebeu orienta-ções sobre: H1N1, combate ao Aedes aegypti (apoio da SES/GO), conscientização sobre HIV/aids, cálculo renal e saúde bucal, alei-tamento materno, uso adequado de medica-mentos, repelente e protetor solar, como fa-zer compras no supermercado, higienizar os alimentos e organizar a geladeira; avaliações: IMC – índice de massa corpórea, postura e prevenção de LER/DORT, pressão arterial e glicemia capilar (hipertensão e diabetes), ca-pacidade funcional e orientação para prática

de atividades físicas; além de temáticas dire-tamente ligadas ao atendimento da unidade, como noções de atendimento em situações de emergência, traumas na face, traumas pediá-tricos, funcionamento da classificação de ris-cos do HUGOL, coleta do Banco de Sangue e prevenção de acidentes de trânsito.

No que tange à cidadania, o evento ofere-ceu atendimentos do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), com orienta-ções, encaminhamento e acesso aos direitos de cidadania, transferência, inclusão e atu-alizações do CAD ÚNICO do Bolsa Família e atendimentos do Conselho Tutelar da Região Noroeste; e questões voltadas ao empreen-dedorismo, como um curso básico de mi-crocomputador para 20 jovens e orientações sobre como se portar em uma entrevista de emprego. Também foram ofertadas ativida-des de estética, que auxiliaram na melhoria da autoestima: cortes de cabelo e escova (com apoio do Instituto Embelleze).

Em breve o hospital passará a oferecer pa-lestras em reuniões e grupos diversos sobre os temas com maior necessidade para a região, proporcionando a constante participação do HUGOL na comunidade e marcando o grande evento como um marco desse elo.

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O acolhimento na Urgência e Emergência

Desafio em receber o paciente com eficiência e humanização

A meta do HUGOL é ser refe-rência no atendimento holís-tico desde o primeiro contato com o hospital. Estamos sendo audaciosos nessa perspectiva, mas é mais do que um desafio, é nossa razão de ser”.

J. Antônio Cirino

O acolhimento e a humanização no aten-dimento hospitalar geralmente são dis-cutidos no âmbito de enfermarias ou

na Unidade de Terapia Intensiva, em que há um maior tempo de internação, possibilitan-do um cuidado mais voltado aos pressupostos dessa perspectiva. E o atendimento na porta de entrada do hospital? É possível receber um paciente na Urgência e Emergência da unida-de de saúde com humanização? Esse tem se tornado um dos grandes desafios para o Hos-pital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira – HUGOL.

A Política Nacional de Humanização do SUS – Sistema Único de Saúde entende por humanização “a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde. Os valores que norteiam esta política são a autonomia e o protagonismo dos sujeitos, a co-responsabilidade entre eles, o estabeleci-mento de vínculos solidários, a participação coletiva no processo de gestão e a indissocia-bilidade entre atenção e gestão”.

O que comumente já foi tratado como “Pronto Socorro” e “Pronto Atendimento” deu lugar ao conceito de unidade de Urgência e Emergência. O que muda, de fato, não é so-mente o nome, mas toda a filosofia e a prática da assistência humanizada e segura para pa-cientes e familiares. De acordo com o médico e diretor geral do HUGOL, Hélio Ponciano, o grande desafio é fazer a diferença também na porta de entrada: tornar o atendimento da Urgência com o mesmo padrão de humani-zação das unidades de internação. “A meta do HUGOL é ser referência no atendimento holís-tico desde o primeiro contato com o hospital. Estamos sendo audaciosos nessa perspectiva, mas é mais do que um desafio, é nossa razão

de ser”, explica o médico, que dirige a unidade desde a abertura.

CLASSIFICAÇÃO DE RISCOUrgência e Emergência, no senso comum,

são aplicados para as mesmas situações, po-rém dentro do âmbito da saúde há uma divi-são muito clara entre eles: ambos devem ser atendidos de imediato, embora a Emergência possua uma maior necessidade de agilidade devido à ameaça iminente à vida, com possi-

bilidade de riscos de lesão permanente. A Ur-gência exige assistência rápida, mas com um prazo maior que a Emergência, sem risco imi-nente à vida.

Para garantir um acolhimento seguro, hu-manizado e com qualidade para os pacientes, o HUGOL adotou a Classificação de Risco do Humaniza SUS, possibilitando uma assistên-cia adequada para cada tipo de risco (emer-gência, muito urgente, pouco urgente, não urgente), com categorização por cores. O su-pervisor de enfermagem da Urgência do HU-GOL, Johny Carter, conta que o protocolo é: o usuário retira senha no tótem; é classificado pelo enfermeiro; segue para o preenchimen-to de cadastro na recepção; posteriormente é

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analisado pelo médico clínico geral, que indi-ca a necessidade das especialidades médicas e o plano terapêutico a ser seguido.

O escopo da Política de Humanização do HUGOL também privilegia a atenção aos fa-miliares do paciente. O período de espera por informações do quadro clínico de um parente, que está em atendimento em uma unidade de urgência, é extremamente estressante. Segun-do o gerente multiprofissional do HUGOL, Da-goberto Barbosa, “no pronto atendimento do hospital contamos com uma equipe especiali-zada de assistentes sociais e psicólogos que se ocupam de acolher pacientes e familiares, 24 horas por dia”.

A unidade de saúde também possui um projeto arquitetônico que auxilia na atenção adequada para cada perfil de paciente assis-tido: de um lado, há a entrada de pessoas in-conscientes, em choque, parada cardiorrespi-ratória, acidentes de trânsito ou em urgências clínicas, geralmente trazidas pelo Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e pelo Corpo de Bombeiros (SIATE), indo dire-tamente para os boxes da Emergência; e do ou-tro, uma porta para os procedimentos de aco-lhimento iniciais, triagem e consulta médica, dos pacientes deambulando e com bom nível

de consciência. Janine de Oliveira, gerente de enfermagem

do HUGOL, explica que a classificação de ris-co gera um benefício direto na assistência aos usuários da unidade, “pois estes ficam cien-tes do tempo para atendimento, bem como já recebem orientações primárias sobre sua condição de saúde, diminuindo a ansiedade e promovendo maior interação no processo terapêutico”. A gerente complementa que “a atuação do enfermeiro no acolhimento per-passa dos conhecimentos técnico-científicos à capacidade de liderança, ao mesmo tempo em que desenvolve o senso crítico para avaliar, ordenar e cuidar. No HUGOL, a atuação do enfermeiro envolve especificidades e articu-lações indispensáveis ao cuidado a pacientes com necessidades complexas, que requerem aprimoramento científico, manejo tecnológi-co e humanização extensivos aos familiares, pelo impacto inesperado de uma situação que coloca em risco a vida de um ente querido”.

PERFIL E ESTATÍSTICASDE ATENDIMENTOS

O HUGOL é uma unidade de saúde voltada para o atendimento de Urgência e Emergên-cia de média e alta complexidade, com foco

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43.143atendimentos já foram realizados

da inauguração até abril

em traumatologia, queimaduras e medicina intensiva. O hospital é um dos componentes da Rede de Urgência e Emergência do Estado de Goiás e o acesso ao seu atendimento é via regulação. Tem como missão oferecer serviços de excelência nas áreas de assistência em saú-de, ensino, pesquisa e extensão universitária.

Já possui 215 leitos em funcionamento, atendendo à população de Goiânia e do Estado de Goiás com humanização, qualidade e segu-rança. A abertura dos leitos, tanto de interna-ção comum quanto de UTI, será progressiva,

de acordo com a demanda de pacientes com o perfil do hospital, ou seja, pacientes de alta complexidade.

Desde a inauguração até abril de 2016 – dez meses de funcionamento do HUGOL – já fo-ram realizados 43.143 atendimentos, 10.456 cirurgias e 316.263 exames. A unidade recebeu maior demanda em procedimentos cirúrgicos nas áreas de ortopedia/traumatologia, cirur-gia plástica reparadora (queimados), urologia e cirurgia geral.

Hélio Ponciano alerta que é preciso dife-renciar atendimentos de baixa complexidade, que são pautados essencialmente por quan-titativos de pacientes/dia, e serviços como os oferecidos pelo HUGOL, de média e alta com-plexidade, que têm um perfil de atendimento diferenciado da maioria das unidades, em que o tempo de internação de um paciente é eleva-do devido à gravidade dos casos, com pessoas que chegam a ficar por meses em tratamentos

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/// Saiba maisu Assistência:EnfermeirosMédicosNutricionistasPsicólogosAssistente socialFisioterapeutasFonoaudiólogosTécnicos em enfermagemTécnicos em gessoBuco-maxilo-facial

Análises Clínicas (exame, laborató-rio e imagens)Farmácia (dispensação de medica-mentos)Nutrição (produção)

u Especialidades médicas:OrtopediaCirurgia geralVascularClínica médicaNeurocirurgia

Neuroclínica UrologiaPediatriaCirurgia plástica

u Apoio:RecepçãoMaqueirosHigienizaçãoCopeirosProcessamento de roupasVigilância

e recuperação. Como a maioria dos pacientes é composta por politraumatizados, os aten-dimentos envolvem profissionais médicos de várias especialidades, todos empenhados no restabelecimento da saúde das pessoas aten-didas.

Quando ocorre o recebimento de uma

... é preciso diferenciar atendimentos de

baixa complexidade, que são pautados es-

sencialmente por quan-titativos de pacientes/dia, e serviços como os oferecidos pelo HUGOL,

de média e alta com-plexidade, que têm um perfil de atendimento

diferenciado da maioria das unidades...

grande demanda de pacientes, diariamente se empreende a Gestão de Leitos, conforme protocolos usuais em unidades hospitalares de Urgência e Emergência, visando acomodar os pacientes nos leitos que são liberados ou até obter, via regulação, vagas na rede pública de saúde. Essa gestão leva em conta fatores como: prioridade clínica, gravidade do caso, necessi-dade iminente de cirurgia, necessidade de lei-to em enfermaria no perfil do atendimento e disponibilidade de leitos masculino/feminino.

MULTIDISCIPLINARIDADEUm dos grandes diferenciais do HUGOL

é a multidisciplinaridade no atendimento à Urgência e Emergência. São diversos profis-sionais da saúde, como médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, técnicos em enfermagem, técnicos em gesso, cirurgiões buco-maxilo-faciais, além das equipes de diagnóstico por imagem e laboratorial, a dis-pensação de medicamentos por farmacêuticos e as equipes de suporte (apoio e administrati-vo), recepção, higienização, processamento de roupas e vigilância. “Todos esses profissio-nais são habilitados, capacitados e treinados constantemente para oferecer a assistência no padrão merecido pela população atendida na unidade”, ressalta o médico Ponciano.

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/// SESSÃO REABILITAÇÃO \\\

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Projeto MoviMentena UTI do CRERMobilização precoce reduz perda funcional de pacientes

Marianne Carrijo

Mais que diagnosticar e tratar os pa-cientes, o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo

(CRER) busca oferecer um atendimento hu-manizado e investe na assistência com quali-dade. O Hospital conta com 20 leitos de Uni-dade de Terapia Intensiva (UTI) e 136 leitos de internação que são destinados ao atendimento de pacientes que requer assistência médica e de enfermagem integrais, contínuas e espe-cializadas. O cuidado humanizado também conta com uma equipe multidisciplinar com habilidades, domínios e procedimentos técni-cos para adoção de condutas específicas junto ao paciente.

Pessoas com permanências longas em lei-tos de internação apresentam perda de força, resistência muscular, acarretando a diminui-ção do movimento e da independência funcio-nal. Isto ocorre devido à imobilidade no leito. O treinamento físico tem sido cada vez mais re-conhecido como um importante componente no cuidado de pacientes internados. A fisiote-rapia é uma importante aliada na redução dos efeitos adversos da imobilidade, evitando-se principalmente os vícios posturais dos pacien-tes. Sabendo da importância de iniciar os exer-cícios de fortalecimento cada vez mais cedo, foi criado no CRER o projeto MoviMente, que prioriza a mobilização precoce dos pacientes no leito. A supervisora de fisioterapia na UTI do CRER, Mariana Machado, explica que com a mobilização precoce dos pacientes interna-dos foram incluídas atividades terapêuticas progressivas.

“Exercícios motores na cama, sedestação (ficar em pé) à beira do leito, ortostatismo (po-sição ereta do corpo) e transferência do leito para a poltrona, passam a fazer parte de um

protocolo de atividades de reabilitação dos pacientes na UTI. Essa mudança de hábito do paciente que está acamado reduz a fraque-za muscular, melhora o nível de consciência, aumenta a independência funcional e o bem--estar psicológico. Além disso, pode acelerar a recuperação, diminuindo o tempo de interna-ção hospitalar, promovendo maior qualidade de vida”.

JASPION CAETANO

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A terapia realizada no leito, seja na UTI ou na Internação, também atua como medi-da preventiva ou no tratamento de diversas doenças, como na diminuição dos riscos de complicações no quadro respiratório. O pro-fissional de fisioterapia utiliza-se de técnicas que garantem o exercício físico ideal para as diferentes fases do tratamento. “Com a mo-bilização precoce dos pacientes, é possível minimizar as perdas funcionais no período de internação. Quando o fisioterapeuta sen-ta e levanta o paciente, promove maior nível de alerta, ele fica mais desperto. Os exercícios são realizados de acordo com que o perfil do paciente permitir. Além do fisioterapeuta, o atendimento tem a integração dos profissio-nais da fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia”, relata Mariana.

Quando o paciente recebe alta da UTI e é encaminhado para a enfermaria do CRER, o atendimento da fisioterapia passa a ser reali-zado com a presença constante do cuidador, que também ajuda nos exercícios de fortale-cimento que melhoram a funcionalidade do paciente. “A participação do cuidador é muito importante, ele ajuda a mover o paciente, co-locá-lo sentado na poltrona, e até mesmo ficar

em pé. Ele recebe orientações dos profissionais para dar continuidade nos exercícios quando o paciente receber alta do Hospital”, diz Edu-ardo Carneiro, supervisor multiprofissional de Internação do CRER.

Wanderson Silvestre Fonseca (fotos), 17 anos, precisou ficar internado na UTI do CRER. O jovem foi diagnosticado com Guillain-Barré, uma síndrome neurológica com caráter au-toimune, que acomete os nervos impedindo--os de transmitir os sinais que vêm do sistema nervoso central. Devido à doença, o adoles-cente perdeu os movimentos do corpo e respi-ra com ajuda de aparelhos.

Ainda internado, Wanderson recebe os cui-dados da equipe multiprofissional, que realiza os exercícios de fortalecimento muscular. O fi-sioterapeuta Dhiogo da Cruz Pereira, um dos integrantes da equipe que atende o jovem, ex-plica que a terapia estimula os movimentos do corpo para que ele recupere a força muscular. “A mobilização precoce nesse perfil de pacien-tes é importante, pois trabalhamos o fortaleci-mento motor, de tronco e cervical. Além disso, melhora o quadro respiratório do paciente, ajudando-o a sair da ventilação mecânica”, ga-rante o profissional.

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CRER utiliza a música como terapia na UTIMusicoterapia auxilia no tratamento de pacientes

Marianne Carrijo

Quem nunca ficou feliz quando come-çou a tocar aquela canção preferida? Ou então, sentiu-se mais animado

depois que ouviu uma música alegre? Você já ouviu falar que a música faz bem para a alma? O interessante é descobrir que ela também faz bem para o corpo, ajudando inclusive no tra-tamento de várias doenças. Dependendo do ritmo da música, a respiração se torna mais calma ou mais ofegante, a pressão sanguínea aumenta ou diminui, os batimentos cardíacos se tornam mais fortes ou mais leves. E isso foi comprovado em estudos, como os divulgados pela American Music Therapy Association--AMTA, dos Estados Unidos.

O CRER oferece o serviço de musicoterapia em conjunto com os profissionais das áreas de psicologia, terapia ocupacional e fonoau-diologia. A atividade utiliza a música para es-timular os movimentos e o desenvolvimento neurológico dos pacientes. O serviço é ofereci-do pelo Hospital para os pacientes internados e em atendimento ambulatorial.

Com a busca constante de cada vez mais humanizar o tratamento, o CRER passa a ofe-recer a musicoterapia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Com intervenções no am-biente sonoro, o serviço contempla pacientes internados na UTI e profissionais que atuam no setor. O musicoterapeuta do CRER, Alexan-dre Ariza Gomes de Castro, mestre em músi-ca, professor e presidente da Associação Goia-na de Musicoterapia, explica que a música na UTI é utilizada como recurso terapêutico para o complemento ao tratamento dos pacientes, proporcionando bem-estar durante as etapas de reabilitação.

“A terapia melhora a qualidade de vida e eleva a autoestima de pacientes e colabora-

dores da UTI. Aqui, foram criados novos am-bientes sonoros, trocamos os barulhos dos equipamentos, por sons dos quais eles pos-suam alguma memória afetiva. As canções quando fazem sentido para quem as recebe, geram estímulos positivos potencializando o ciclo de recuperação”, relata o profissional.

Paulo Borges de Menezes, de 60 anos, ví-tima de um acidente de trânsito, precisou ser internado na UTI do CRER. O serviço de mu-sicoterapia foi muito importante para Paulo, no período de tratamento intensivo. Na UTI, ele cantava todas as canções, além de tocar instrumentos de percussão durante a terapia. Mesmo com dificuldade, ele fala do estilo mu-sical favorito. “Eu gosto de música sertaneja, as canções me fazem lembrar de casa, meu pensamento vai longe e por alguns minutos até esqueço que estou internado. Sempre fico emocionado! A sensação que sinto quando o Alexandre vem tocar é de gratidão. Sempre fico ansioso, esperando ele chegar”.

Para a diretora multiprofissional de rea-bilitação do CRER, Sônia Helena Adorno de Paiva, a musicoterapia na UTI atua também na humanização do atendimento da assistên-cia hospitalar. “Nós entendemos que oferecer um atendimento humanizado vai além do tratamento do paciente, e para isso é preciso observar todas as suas necessidades. Aplicar novas técnicas que propiciem elevados níveis de bem-estar para os pacientes e colaborado-res é visto sempre como uma prioridade na Instituição”.

PACIENTEA matéria com Paulo Borges de Menezes

(foto, no verso) foi feita no mês de abril, infe-lizmente, no dia 04 de maio, o paciente veio a óbito. A pedido da família, registramos esse caso e mantemos o relato. Paulo gostava mui-

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/// REABILITAÇÃO

to das sessões de musicoterapia, ele ficava muito feliz ao cantar e ouvir as melodias. A música trazia a ele sensações de bem-estar, era um momento prazeroso, onde ele sempre pedia para ouvir uma das canções prediletas: O Menino da Porteira, do cantor Sérgio Reis. “Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino. De longe eu avistava a figura de um me-nino. Que corria abrir a porteira e depois vi-nha me pedindo. Toque o berrante, seu moço, que é pra eu ficar ouvindo.”

Curso para cuidadores de pacientes com demênciasProfissionais do HDS orientam como cuidar melhor de um familiar com a síndromeMarianne Carrijo

O número de pessoas com idade acima de 60 anos, ao longo dos anos no Brasil, teve um crescimento elevado. Os avan-

ços na área da medicina têm possibilitado que cada vez mais pessoas consigam viver por um período mais prolongado, mesmo possuin-do algum tipo de incapacidade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil está no grupo dos dez países com mais idosos no mundo.

O médico geriatra Ricardo Borges da Sil-va, coordenador do Ambulatório de Demên-cias do Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS) e presidente da Seção Goiana da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, ressalta que a taxa de natalidade sofreu uma queda no Brasil e que a proporção de pessoas que nascem é menor, e que a sobrevida é cada vez maior. “Hoje, nós temos mais idosos do que crian-ças. A população envelhecida cresceu e com isso surgiram novos desafios e demandas di-ferentes no HDS”.

JASPION CAETANO

Há mais de um ano, com a implementação no HDS da atividade de Avaliação Geriátrica Global para Idosos, os pacientes nesta faixa etária, encaminhados pela Secretaria Munici-pal de Saúde, passam por uma avaliação com o médico geriatra, onde é feito uma triagem para se definir o tratamento mais adequado. A partir dessa avaliação são identificados idosos com demência senil, uma síndrome que pode ter diversas causas, caracterizada pela perda progressiva das capacidades cognitivas, como alterações de comportamento, memória e ra-ciocínio, confusão mental e perda da capaci-dade de executar tarefas diárias.

A diretora técnica do HDS, Mônica Ribei-ro Costa, médica infectologista, ressalta que existem vários tipos de demências: Alzhei-mer, Vascular, Corpos de Lewy, Frontotempo-ral, Parkinson, entre outras. “O Alzheimer é o tipo de demência mais conhecido e frequente. Responsável por 60 a 80% dos casos, ela afeta a memória, o raciocínio, provoca mudanças de comportamento, dificuldades para falar, en-golir e andar”, explica.

Com o grande crescimento dos atendi-

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mentos de pacientes com esses perfis, no mês de janeiro de 2016 o HDS criou o Ambulatório de Demência, específico para o tratamento de pessoas com mais de 60 anos com queixas de perda de memória ou de outras funções cognitivas. O atendimento é realizado pelo médico geriatra e por uma profissional de enfermagem, que aplicam testes de capaci-dade funcional, dentre outros. Nas fases mais avançadas da demência, quando o paciente se torna dependente, ele passa a precisar de um cuidador. Foi a partir dessa necessidade, de oferecer apoio e auxílio aos familiares e cui-dadores, que o HDS passou a realizar o Curso de Orientações aos Cuidadores de Pacientes com Demências.

As palestras são ministradas em cinco en-contros, por profissionais da equipe multidis-ciplinar formada por médico geriatra, enfer-meiro, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, odontólogo, farmacêutico e assistente social. A enfermeira Mirian Teixei-ra Cândido, especialista em gerontologia e coordenadora do Grupo de Apoio a Familia-res e Cuidadores de Pessoas com a Síndrome Demencial, explica que o curso oferece infor-

mações e orientações práticas que ajudam a compreender e conhecer melhor a síndrome. O curso aborda assuntos voltados aos cuida-dos com o paciente no domicílio e proporcio-na a troca de experiências entre profissionais e cuidadores.

Edivânia de Souza, 48 anos, cuida do seu pai Artur José de Souza, de 85 anos, diagnos-ticado com Doença de Parkinson. A síndrome acarreta o esquecimento, perda de capacida-des motoras, rigidez muscular e desequilíbrio. Edivânia foi encaminhada para participar do curso, onde recebeu todo acompanhamen-to e orientações de cuidados com o pai. “Se não fosse a atenção dos profissionais do HDS e as orientações de cuidados, ele não andava mais. Ele engasgava muito com a comida. As palestras são importantes, nos ensinaram a estimular a cognição, a deglutição, e a loco-moção do meu pai, trazendo maior qualidade de vida”, relatou.

O “Curso de Orientações aos Cuidadores de Pacientes com Demências” acontece toda segunda-feira, na Casa Viva no HDS, e é desti-nado aos cuidadores e familiares de pacientes do Hospital.

EDAURDO CASTRO

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/// ARTIGO

Trauma de Face:

A importância do Cirurgião Buco-Maxilo-Facial nos Hospitais de Urgência e Emergência

O tratamento do trauma craniofacial ou maxilofacial representa um desafio, uma vez que envolve o centro de con-

trole e comando do indivíduo, incluindo a sua face e o crânio, oferecendo risco de morte, pos-sibilidades de sequelas motoras e sensitivas na face, como,por exemplo, alterações de funções relacionadas à visão, fala, deglutição e respira-ção, além da estética facial.

Mesmo com o advento de diversos apara-tos de segurança, tais como cinto de seguran-ça, airbags e capacetes de proteção individu-al, os acidentes de trânsito ainda continuam sendo os principais agentes causadores de traumatismo maxilofacial. A aquisição dos veículos automotivos nos últimos tempos no Brasil foi favorecida em função do aqueci-mento e estimulação da economia para este setor através da facilitação de empréstimos e financiamentos. Esse aumento da frota de au-tomóveis e motocicletas, aliado à imprudência e aos desrespeitos às leis de trânsito, tais como a não utilização de cinto de segurança e de ca-pacetes fechados, excesso de velocidade, em-briaguez e ultrapassagens indevidas, continua sendo o motivo de severos prejuízos à saúde dos pacientes, bem como prejuízos aos cofres públicos e ao Sistema Único de Saúde, no Bra-sil. Embora os acidentes de trânsito sejam o principal agente causador de traumatismo fa-cial, outros fatores também estão associados a essa injúria, como violência interpessoal, feri-mentos causados por armas de fogo, acidentes esportivos e quedas de própria altura.

O tratamento do trauma maxilofacial, principalmente aquele que envolve fratura dos ossos da face, necessita de atendimento de ur-gência que é realizado em ambiente hospitalar pelo cirurgião buco-maxilo-facial. As fraturas dos ossos da face necessitam de abordagem cirúrgica sob anestesia geral, onde se pode

realizar o reposicionamento e a fixação dos mesmos. A presença do cirurgião buco-maxi-lo-facial nos centros de urgência e emergência é fundamental para que o pronto atendimento seja realizado de forma adequada, minimi-zando os riscos de sequelas e oferecendo me-lhor qualidade de vida aos pacientes.

As campanhas de prevenção e educação no trânsito são medidas que precisam ser incen-tivadas pela administração pública no sentido de minimizar os riscos de acidentes, preser-vando a integridade física da população e ofe-recendo menos prejuízos à sua saúde.

Maiolino Thomaz Fonseca OliveiraCirurgião Buco-Maxilo-Facial do Hospital

de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira - HUGOL

Especialista e Membro Titular pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial

Mestre e Ph.D Student em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial

pela Universidade Federal de Uberlândia

FOTOS: EDSON FREITAS

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/// CED

Primeira turma de residentes do HUGOL Cerimônia de aula inaugural

acolhe 15 profissionais

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J. Antônio Cirino

O Hospital de Urgências Governador Otá-vio Lage de Siqueira (HUGOL) acolheu no início do mês de maio a primeira

turma do Programa de Residência Médica na cerimônia da aula inaugural ocorrida no Au-ditório Francisco Ludovico, com a presença do secretário de Estado Extraordinário, Antônio Faleiros, representando o Governo do Estado de Goiás; a superintendente de Educação em Saúde e Trabalho (SEST/SUS), Irani Ribeiro de Moura, representando a Secretaria Estadual de Saúde; a coordenadora de Pós-graduação da SEST/SUS, Glaucimeire Marquês; o presi-dente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (CREMEGO), Aldair Novato Silva; além de superintendentes da AGIR e da diretoria do HUGOL.

A cerimônia foi iniciada com um café da manhã, recepcionando os residentes médicos e as autoridades, seguida da composição da mesa diretiva e da aula inaugural ministrada pelo médico Paulo Vêncio, coordenador da Comissão de Residência Médica do HUGOL, abordando o contexto histórico, as principais atribuições e a postura esperada dos residen-tes, além de apresentar os supervisores médi-cos que acompanharão a atuação dos profis-sionais em especialização.

O diretor geral do HUGOL, Hélio Poncia-no, destacou que “oferecer a residência traz benefícios mútuos, tanto para os residentes que poderão aprender com os melhores pro-fissionais em suas áreas de atuação dentro

do maior hospital do centro-norte do país; como para a unidade, que é presenteada com a oportunidade de formar especialistas volta-dos para um atendimento humanizado, segu-ro e de qualidade para os usuários do Sistema Único de Saúde”.

Reafirmando o compromisso que os resi-dentes devem assumir com o atendimento hu-manizado, Ponciano afirmou que, “apesar de toda evolução na assistência médica, o contato e o olho no olho são essenciais, o que nos mo-tiva a buscar a medicina na raiz da sua concep-ção, pois seu princípio não foi alterado: aten-

O HUGOL é uma unidade de assistência, ensino, pesquisa e extensão

universitária. Iniciou o Programa de Residên-cia Médica com 15 resi-dentes para atuar nas áreas/especialidades

de Clínica Médica, Cirur-gia Geral, Ortopedia e Traumatologia e Cirur-

gia Plástica.

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CRER recebe segunda turma da Residência MultiprofissionalMarianne Carrijo

O Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER) desde a sua fundação, possui um forte compro-

misso com a capacitação profissional, atesta-do em sua missão de oferecer excelência no atendimento à pessoa com deficiência, fun-damentado no ensino e pesquisa. Hospital de Ensino, certificado em 2014 pelos Ministérios da Saúde e Educação, o CRER já conta com programas de Residência Médica em Aneste-siologia, Diagnóstico por Imagem, Medicina Física e Reabilitação (Fisiatria), Otorrinolarin-gologia e Radiologia.

Em 2015, o CRER passou a oferecer tam-bém, em parceria com a Secretaria de Esta-do da Saúde de Goiás (SES-GO), a Residência Multiprofissional em Saúde Funcional e Re-abilitação, nas áreas de Enfermagem, Fisio-terapia, Fonoaudiologia, Psicologia e Terapia Ocupacional.

A Residência Multiprofissional constitui-se em modalidade de ensino de pós-graduação

der bem, acolhendo as pessoas atendidas”.O HUGOL é uma unidade de assistência,

ensino, pesquisa e extensão universitária. Ini-ciou o Programa de Residência Médica com 15 residentes para atuar nas áreas/especialidades de Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ortopedia e

Traumatologia e Cirurgia Plástica. As residên-cias constituem uma modalidade de ensino de pós-graduação, sob a forma de curso de es-pecialização, funcionando em Instituições de Saúde, sob a orientação de profissionais de ele-vada qualificação ética e profissional.

Aqui, todos os profissionais, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, psi-cólogos e terapeutas ocupa-cionais trabalham em conjunto, de forma interdisciplinar. É bas-tante ampla a atuação do re-sidente de psicologia no CRER, desde a acolhida do paciente, fornecendo informações so-bre a internação, reabilitação e readaptação, oferece supor-te emocional ao paciente e ao cuidador, para que ele consiga aderir ao tratamento e às tera-pias. O acompanhamento e as orientações são realizados até o término do tratamento”.

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/// CED

lato sensu, destinada às profissões que se rela-cionam com a saúde, sob a forma de curso de especialização caracterizado por ensino em serviço, com carga horária de 60 horas sema-nais e duração mínima de dois anos.

Em março de 2016, o CRER recebeu a se-gunda turma de residentes da área multipro-fissional em saúde funcional e reabilitação. A residente de psicologia Emislene Meira da Costa Ataídes conta que sempre teve o dese-jo de fazer residência no Centro de Reabilita-ção. “Para mim foi uma ótima oportunidade, já conhecia o CRER e sempre tive o desejo de um dia atuar na área de psicologia em hospi-tal. Tenho certeza que com a residência vou aprender muito e crescer profissionalmente. Em poucos meses de estágio estou encantada com o tratamento humanizado dispensado aos pacientes. É notável o cuidado, a atenção de cada profissional que realiza o trabalho com muita ética e dedicação”.

Os residentes são acompanhados e orien-tados por tutores e preceptores. Natália Gra-ziani Silva, psicóloga do Serviço de Interna-ção do CRER, uma das preceptoras da área de psicologia, ressalta que durante a Residência Multiprofissional os residentes têm a oportu-nidade de adquirir conhecimentos teóricos e práticos e ter contato com profissionais de ou-tras áreas. “Aqui, todos os profissionais, enfer-meiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, mé-dicos, psicólogos e terapeutas ocupacionais trabalham em conjunto, de forma interdisci-plinar. É bastante ampla a atuação do residen-te de psicologia no CRER, desde a acolhida do paciente, fornecendo informações sobre a in-ternação, reabilitação e readaptação, oferece suporte emocional ao paciente e ao cuidador, para que ele consiga aderir ao tratamento e às terapias. O acompanhamento e as orientações são realizados até o término do tratamento do paciente”, explica a psicóloga.

A psicóloga Emislene Ataídes está entre os profissionais da segunda turma da Residência Multiprofissional em Saúde Funcional e Reabilitação do CRER

EDUARDO CASTRO

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AGENDA \\\

/// Programe-se

XXVIII Congresso Brasileiro de Genética Médica I Congresso Latino-Americano de Genética Humana

Tema: “Avanços, desafios e perspectivas da genética médica no Brasil e na América Latina”

Data: 15 a 18 de junho de 2016Local: Hangar Centro de Convenções,

Av. Dr. Freitas, S/N, Marco / Belém - PAInformações: www.geneticamedicabelem2016.com.br

I Jornada Científica do HUGOLTema: “Assistência Multidisciplinar na Urgência e Emergência”

Data: 07 e 08 de julho de 2016Local: Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira – HUGOL,

Avenida Anhanguera, 14527, Setor Santos Dumont / Goiânia – GOInformações: www.agirgo.org.br / (62) 3270-6300

III Jornada Científica do HDSTema: “Cuidado Humanizado em Geriatria e Gerontologia”

Data: 25 e 26 de agosto de 2016Local: Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta – HDS,

GO 403, Km 08, Colônia Santa Marta / Goiânia - GOInformações: [email protected] / (62) 3201-6404

XIX Congresso Nacional de Paralisia CerebralXIV Jornada Científica do CRERIV Simpósio Internacional em Linguagem e Motricidade

Tema: “Atualização em Múltiplas Deficiências”Data: 27 a 29 de outubro de 2016

Local: Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo – CRER, Av. Ver. José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima / Goiânia – GOInformações: [email protected] / (62) 3232-3082 / (62) 3232-3115

Obs.: Inscrições para trabalhos científicos até o dia 28 de agosto de 2016

XV Congresso Brasileiro de Informática em Saúde - CBIS 2016

Tema: "A Informática Transformando a Saúde"Data: 27 a 30 de novembro de 2016

Local: Centro de Convenções / Goiânia - GOInformações: www.sbis.org.br/cbis2016

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/// PARCERIAS

ABRAPRAXIA – Associação Brasileira

de Apraxia de Fala na Infância

Academia Su Beauty de Cabeleireiros

Arroz Cristal

Aviamentos Brasil Ltda

Baiano Folhagens

Blue Tree Premium Goiânia Hotel

Camila das Neves – Bailarina

Castro´s Park Hotel

Catral

Central de Transplantes do Estado de Goiás

Centro Goiano de Voluntários (CGV)

Cical

Colégio Estadual Ismael Silva de Jesus

Conselho Regional de Enfermagem de Goiás - CORENGO

Conselho Tutelar da Região Noroeste

Corrente do Bem

Creme Mel Sorvetes

Dámom Farias - Tenor

DETRAN / GO

DL Distribuição de Nutrição Clínica

Drogaria Genérica Ltda

Elen Lara - Musicista e pianista

ESEFFEGO/UEG

Faculdade SENAI

Faculdades ALFA

Fórum Goiano de Inclusão no Mercado de Trabalho das

Pessoas com Deficiência e dos Reabilitados pelo INSS

(FIMTPODER)

Grafopel Gráfica e Editora

Grupo “Três em Um”

Grupo Ensinando Abraçar

Grupo Imperial

Grupo ProHumanos

Grupo Querer Bem

Hering

Hospital Ver Excelência em Oftalmologia Ltda

Hotel Go Inn Estação Goiânia

Instituto Embelezze

IQG - Instituto Qualisa de Gestão

Irmãos Soares

Jaepel – Papéis e embalagens

Jaspion Caetano Photo

Karam Ind. e Com. de Prod. Alimentícios Ltda

Kleo Dibah & Rafael – Dupla sertaneja

Mary Kay

MEDCOMERCE – Com. de Medicamentos e Produtos

Hospitalares Ltda

Mil Esportes

Oltec do Brasil Ltda

Organização das Voluntárias de Goiás (OVG)

Panificadora Moreira

Paróquia Santo Antônio de Pádua

Paz Universal

Piracanjuba - Laticínios Bela Vista Ltda

Refrescos Bandeirantes

Restaurante Caminho da Roça

Restaurante Costelão Gaúcho

Restaurante Maná

Roche Diagnóstica

Safelab Transportes Ltda

Saga France - Citroën

SANEAGO

São Salvador Alimentos S/A - Super Frango

SEBRAE Goiás

Secretaria Estadual de Educação - Goiás

Secretaria Estadual de Saúde / SES - Goiás

Secretária Municipal de Saúde / SMS -Goiânia

SESI

SETE Linhas Aéreas

Sicmol – Móveis, acessórios e revestimentos

Sociedade Brasileira de Informática em Saúde – SBIS

Tecidos TITA

Textil Med Prod. e Serviços Hospitalares Ltda

Toni Marmo - Humorista

Trapy Zomba

Unicom – Shopping da Saúde

Unimed Goiânia

Via Nut Nutrição Clínica e Produtos Hospitalares Ltda

Viação Paraúna

Zema Portas e Janelas

Zezé de Souza – Palestrante

A todas essas parcerias, a AGIR agradece a confiança e o apoio que tanto contribuempara a sua gestão junto ao CRER, HDS e HUGOL. A soma de esforços resulta no bem-estar coletivo!

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