agentes anticolinesterásicos irreversíveis. o centro ativo da ache ligação da ach com os sítios...
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Agentes Anticolinesterásicos Irreversíveis
O CENTRO ATIVO DA AChE
Ligação da ACh com os sítios ativos da enzima AChE. São indicados os locais de forças atrativas.
Mecanismo de Hidrólise da ACh pela AChE
O||
H3CCOCH2CH2 N+(CH3)3
COO-HON
N
COO-HON
N
COO- ON
NO||
H3CCOCH2CH2 N+(CH3)3
O||CCH3
HOCH2CH2 N+(CH3)3
Acetato +
Colina
Hidroliserápida
Sítioaniônico
Sítioesterásico
Transferência do grupo acetil parao -OH da serina
Mecanismo de Ação dos Anticolinesterásicos
COO-HON
N
COO-HON
N
COO- ON
N
COO- ON
N
COO- ON
N
Enzima Ativa
N+
O
ON
N=O
Transferência do Carbamilpara o –OH da serina
Neostigmina OPr |HO -P – OPr
OPr |HO -P – OPr
Organofosforados
Pralidoxina
Transferência do FosfatoPara a Pralidoxina
Carbamil-serinaHidrólise lenta
Reativação da enzimaPralidoxima
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
• Estimulação dos receptores muscarínicos levando à resposta parasimpática nos órgãos efetores.
• Estimulação, seguida de depresão ou paralisia de todos os gânglios autônomicos e da musculaturasesquelética (receptores nicotínicos).
• Estimulação, com subsequente depressão ocasional dos receptores colinérgicos no SNC.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Órgãos Propriedade Farmacológicas Indicação OLHOS Miose e inibição do reflexo de
acomodaçãoGlaucoma
TGI Aumento do tônus e do peristalismo.Aumento das secreções
Atonia do TGI
TGU Contração do músculo detrussor e relax trígono e esfincter
Atonia vesical
JNM Aumento da Ach na fenda; prolonga a duração do PPM; fasciculação muscular
Miastenia graveReversão do BNM
GlândulasSecretórias
Aumento da secreção salivar, lacrimar, sudorípara, gástrica, brônquica
SCV Altas doses: bradicardia e hipotensão
SNC Excitação, seguida de inibição no centro vasomotor e cardíaco.A hipoxemia contribui com a depressão do SNC.
INDICAÇÕES CLÍNICAS Atonia da musculatura lisa do TGI e da bexiga Reversão do bloqueio neuromuscular. Intoxicação por drogas antagonistas muscarínicos (Atropina, antihistamínicos, antidepressivos tricíclicos e fenotiazídicos) Miastenia Grave Glaucoma (timolol, pilocarpina, fisostigmina). Doença de Alzheimer ( Donepezil, Rivastigmina – Galantamina)
MIASTENIA GRAVE
Sintomas: fraqueza na musculatura dos olhos (ptosis) e diplopia.Fraqueza muscular generalizada
Doença de Alzheimer
Objetivos do tratamento: retardar a evolução, tratar os sintomas e as alterações de comportamentoTerapia colinérgica: Tacrina (1986; Cognex) – hepatotoxicidade; donepesil (1996; Aricept) , rivastigmina (1988; Exelon), e galantemina (2001).Antagonista NMDA: Memantina (1993)Perpectivas: fármacos com propriedades antiamilóides (clioquinol;NC-531; Alzhemed®; Imunoterapia (anticorpo monoclonal anti-β-amilóide (AAB-001)
Uso Terapêutico e Duração de Ação de Alguns
AnticolinesterásicosFÁRMACOS USO DURAÇÃO AÇÃOÁLCOOL:EDROFÔNIO Diagnóstico da Miastenia 2-15 min
CARBAMATOS:NEOSTIGMINA Miastenia e íleo
paralítico0,5-2 h
PIRIDOSTIGMINA Miastenia 3 – 6 h
FISOSTIGMINA Glaucoma 0,5 – 2 h
AMBENÔNIO Miastenia 4 – 8 h
DEMECÁRIO Glaucoma 4 – 6 h
ORGANOFOSFORADOS:ECOTIOFATO Glaucoma 100 h
TOXICIDADE COM Anti-AChEINSETICIDAS AGRÍCOLAS - RATICIDAS - SUICÍDIO
-Olhos: Miose, dor ocular, congestão conjuntival, redução da acomodação visual.-Trato respiratório: rinorréia, hiperemia, aumento das secreções, broncoconstricção-TGI: anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal e diarréia.- Defecação e urinação; ereção peniana, hipotensão, bradicardia (intoxicação severa)-Glândulas: salivação, sudorese, lacrimejamento.-Ações nicotínicas: faciculações musculares Paralisia muscular-SNC: confusão, ataxia, fala arastada, perda dos reflexos, depressão respiratória, convulsão, coma e paralisia respiratória.
Causas de Morte: Depressão respiratória e/ou cardiovascular (coma)
TRATAMENTO DAS INTOXICAÇÕES COM ORGANOFOSFORADOS
ATROPINA
PRALIDOXIMA
MEDIDAS DE SUPORTE:1. Evitar ou reduzir a absorção: remover roupas contaminadas, lavar a pele exposta com água e sabão; lavagem gástrica se ingerido;2. Respiração artificial se necessário; anticonvulsivante (5-10 mg IV) e tratamento do choque.TRATAMENTO FARMACOLÓGICO:
A atropina antagoniza (1-4 mg IM ou IV; BPM = 100; 1-2 dias) a salivação, secreção brônquica, broncoconsticção, mas não influi na paralisia muscular esquelética, nem a respiratória.
A aplicação imediata da pralidoxima (1-2 g infusão lenta 30 min) regenera a enzima na periferia (não atravessa BHE), reduzindo o bloqueio da placa mioneural.
Exemplos de especialidades farmacêuticas anticolinesterásicas
FÁRMACOS USOBrometo de Demecário (Mumorsol) Sol 0,125 e
0,25%Oftálmico
Cloreto de Edrofônio ((Humorsol) Ampola IM ou IV
Brometo de Neostigmina (Prostigmina Roche)
Compr 15 mgAmpola 0,5 gSol e pomada
OralIM ou IVTópico
Salicilato de fisostigmina (Eserine) AmpolaSol e pomada
IM ou IVTópico
Brometo de piridostigmina (Mestinom Roche)
Compr 60 mgSolução
OralIM ou IV
Isofluorfato (Florpryl) Pomada Oftalmico
FIM!
ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOSATROPINA – Atropa belladonna e Datura stramoniumESCOPOLAMINA (hioscina) – Hyoscyamus niger
Estrutura da Escopolamina[1] ausência de Oxigênio – AtropinaHomatropina – substituição do grupo hidrometil [2] por –OH.
AMINAS 4árias:AMINAS 3árias:
propantelina
Não atravessam a BHE – efeitos periféricos sem efeitos SNC
MECANISMO DE AÇÃO
Antagonistas competitivos reversíveis dos receptores muscarínicos
ACh ACh + Antagonista muscarínico100 %
50 %
ED50agonista
ED50agonista + antag.competitivo
Log [Agonista]
% d
a Re
spos
ta
Classificação ALCALÓIDES NATURAIS:ATROPINA (antespasmódico, midriático, bradicardia vagal)ESCOPOLAMINA (anti-espasmódico, anticinetose)
Aminas quaternárias com aplicações GI (úlceras pépticas e hipermotilidade)
PROPANTELINA GLICOPIROLATOAminas terciárias com aplicações periféricas:
PIRENZEPINA (úlceras) DICICLOMINA (úlcera, hipermotilidade)TROPICAMIDA (midriático, cicloplegia)
Aminas quaternárias para uso na asma E DPOC:IPRATROPIO TIOTRÓPIO
Aminas terciárias para o tratamento do Parkinson:BENZTROPINA
FARMACOCINÉTICAAminas 3árias
Absorção oral
Aminas 4árias
Boa absorção Pobre absorção10-30%
Absorção oral
Aminas 3árias
Amplamente distribuída
Efeitos Centrais Efeitos Periféricos
Aminas 4árias
Isento de Ef. SNC
Atropina – T1/2 = 2h Excreção: 60% renal não-modificada + produtos de hidrólise e conjugação
Efeitos Dose-dependente da Atropina
DOSE EFEITOS0,5 mg Pequena redução da frequência cardíaca, pouca
xerostomia e inibição da sudorese.
1 mg Xerostomia acentuada, sede, taquicardia, dilatação moderada da pupila.
2 mg Taquicardia, palpitação, xerostomia severa, midríase, visão borrada.
5 mg Todos os sintomas são acentuados.; dificuldade na fala e deglutição, cefaléia; pele seca e ruborizada, dificuldade na micção, hipomotilidade intestinal.
>10 mg Todos os sintomas acima acentuados. Pulso rápido e fraco, visão muito borrada, midríase intensa, ataxia, fadiga e excitação; halucinação, delírio; coma.
FARMACODINÂMICAEFEITOS DOS ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS NOS TECIDOS
1. SISTEMA NERVOSO CENTRALAtropina
doses terapêuticas
0,5-1 mg
Bloqueia receptores muscarínicos - Tremor e rigidez do Parkinson- Sedação
Escopolamina (mais efeitos SNC)
DEPRESSÃO DO SNC:-SONOLÊNCIA –FADIGA - AMNÉSIA- EFEITO ANTI-CINETOSE
Intoxicação: Efeitos excitatórios no SNC-Irritabilidade, agitação, alucinação e coma
2. EFEITOS OCULARESA) Dilatação da pupila (midríase)B) Cicloplegia (relaxamento do musculo cilar) – perda da capaci-dade de acomodação
para visão próxima.C) Redução da secreção lacrimal
Efeitos da escopolamina (gotas oculares) no diâmetro da pupila (mm) e acomodação visual no olho humano normal.
Antagonistas Muscarínicos na Oftalmologia
Fármaco Duração do efeito
Concentração usual (%)
ATROPINA 7-10 d 0,5 -1 %ESCOPOLAMINA 3- 7 d 0,25%HOMATROPINA 1-3 d 2-5%
GLICOPENTOLATO 1 d 0,5-2%TROPICAMIDA 0,25 d 0,5-1 %
Efeitos CardiovascularesATROPINA 0,4-0,6 mg
BRADICARDIA4-8 bpm
ATROPINA > 1 mg
TAQUICARDIA35-40 bpm
Baixas Doses:Bloq. Receptores pré-sinápticos aumenta a
exocitose da Ach (bradicardia)
Doses maiores:Bloq. Receptores pós-
sinápticos do nodo sinusal (taquicardia)
3. SISTEMA CARDIOVASCULARA) Nodo Sinusal: Bradicardia inicial –-TaquicardiaB) Nodo Atrio-ventricular: Facilita a condução AV – Encurta o P. Refratário e pode
aumentar a frequencia ventricular em pacientes com fibrilação/flutter atrial.
4. Glândulas salivares
4. Glândulas sudoríparasO bloqueio dos receptores muscarínicos pela atropina inibe a sudorese,
o principal mecanismo dissipador de calor; provocando FEBRE ATROPÍNICA.
FEBRE ATROPÍNICAEm adultos a febre atropínica só ocorre com doses altas
Neonatos e Crianças – pode ocorrer “febre atropínica” em doses terapêuticas.
6. TRATO GASTRO-INTESTINAL Redução da secreção gástrica (PIRENZEPINA)Redução da motilidade do TGI : Relaxamento da M. lisa TGI (efeito anti-espasmódico); redução do tônus e dos movimentos peristálticos. prolonga o esvaziamento gástrico e o tempo de trânsito intestinal (constipação)
5. SISTEMA RESPIRATÓRIO Broncodilatação Redução da secreção brônquica
7. TRATO GENITO-URINÁRIO Relaxamento do ML do ureter e da parede da bexiga e lentifica o esvaziamento (retenção)
EFEITOS DA ADMINISTRAÇÃO SUBCUTÂNEA DE ATROPINA
Indicações Clínicas:• No tratamento da D. de Parkinson - (L-DOPA + ATROPINA)• Enjôo de Viagem (cinetose) – Distúrbios
vestibulares pode ser tratado com anti-histamínicos oral – difenidramina - ou escopolamina oral, transdêrmica, parenteral), mas geralmente provoca sonolência e xerostalmia.
• Oflamolmogia: - Facilitar a medida da refratariedade em
pacientes que não colaboram - Induzem cicloplegia (paralisia do músculo ciliar)
- Exame da retina – facilitado pela midríase – Substituída por agonistas -adrenérgicos
Indicações Clínicas:• Bradicardia e redução da velocidade de condução nodal por
descarga vagal pós-IAM.
• Asma Brônquica e DPOC (Ipratrópio; tiotrópio)• Redução da secreção brônquica induzida por anestésicos gerais.
• Para reduzir a hipermotilidade intestinal (antiespasmódico)• Ùlceras pépticas (pirenzepina)
• Para aliviar espasmos da bexiga após prostatectomia (Oxibutina)• Para reduzir a incontinência urinária em pacientes com D.
neurológicas. Oxibutina – Darifenacina, Solifenacina e Tolterodina (> seletividade M3), propiverina, imipramina.
• Urolitíase – para aliviar a dor do espasmo da musc. Lisa ureteral causada pela passagem do cálculo renal (uso discutido).
• INTOXICAÇÃO COLINÉRGICA (Agonitas colinérgicos e IAChE)
Efeitos da Atropina na reversão dos sintomas da intoxicação
colinérgicaIntoxicação com cogumelos
(Amanita muscaria, Inocybe genus); IAChE
Sintomas da intoxicação:- Náuseas – Vômitos – Diarréia- Vasodilatação – hipotensão- Taquicardia reflexa - Sudorese – Salivação- Broncoconstricção
Sintomas revertidos pela
ATROPINA(1-2mg iv)
EFEITOS ADVERSOS Midríase e cicloplegia – quando usado para reduzir a secreção e a motilidade GI Boca seca (xerostomia)Redução da motilidade GI e das secreções.Retenção urinária
INTOXICAÇÃO- INIBIÇÃO DA SUDORESE (FEBRE ATROPÍNICA)-MIDRÍASE – TAQUICARDIA- PELE QUENTE E RUBOR- AGITAÇÃO – DELÍRIO - CONVULSÃO - COMA
Tratamento da Intoxicação Atropínica
-Lavagem gástrica
-Tratamento de suporte respiratório e circulatório, controle da hipertermia e anticonvulsivante (se necessário)
-Anticolinesterásico (somente se for necessário )fisostigmina injeção iv lenta (1-4 mg adulto ou 0,5-1 mg criança)
CONTRA-INDICAÇÕESAs contra-indicações aos usos dos antago-
nistas muscarínicos são RELATIVAS E NÃO ABSOLUTAS
GLAUCOMA
FLUTTER/FIBRILAÇÃO ATRIAL
PACIENTES IDOSOS COM HIPERPLASIA PROSTÁTICA(tendência para retenção urinária)
antagonistas muscarínicos usados nas desordens GI e genito-urinária
AMINAS QUATERNÁRIASFármacos Doses usuaisAnisotropinaGlicopirolatoIsopropamidaMepenzolatoMetantelinaPropantelina
50 mg (3xd)1mg (2-3xd)5 mg (2xd)25-50 mg (4xd)50-100mg (4xd)15 mg (4xd)
AMINAS TERCIÁRIASFármacos Doses usuaisAtropinaEscopolaminaDiciclominaOxibutinaPropiverinaTolterodina
0,4mg (3-4xd)0,4mg (3xd)10-20mg (4xd)5 mg (3xd)15mg (2-3xd)2 mg (2xd)