agenda juniti saito: ‘É uma honra representar a comunidade nikkei’ · 2018-03-18 · a ressaca...

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ANO 10 Nº 2228 / 2100 SÃO PAULO, 24 DE FEVEREIRO A 02 DE MARÇO DE 2007 R$ 2,00 AGENDA O HORÁRIO DE VERÃO acaba à zero hora de amanhã. De sábado (24) para domingo, os brasileiros que moram nos estados onde há horário de verão deverão atrasar seus relógios em uma hora. A mu- dança no horário abrange as regiões Sul, Sudeste e Centro- Oeste. O horário de verão co- meçou no dia 5 de novembro e o principal objetivo da alte- ração do horário é aproveitar melhor a luz natural ao entardecer, que é mais intensa em algumas regiões do Brasil durante o verão, diminuindo o gasto de energia. Além do Dis- trito Federal, a medida abran- ge outros 10 estados. A MISSA DE 49º DIA da pro- dutora cultural Natsumi Akiba Kusuno acontece no dia 28 de fevereiro, a partir das 20 ho- ras, no templo budista Nikkyoji. Morta no dia 11 de janeiro vítima de complicações pulmonares, Natsumi, que ti- nha 54 anos, era uma das vo- zes ativas dentro da comuni- dade. Casada com o fotógrafo Yuji Kusuno, ela instalou-se no Brasil em meados da década de 80 e desde então viajava cons- tantemente entre os dois países. Aos amigos e familiares, o tem- plo localiza-se na rua Ibaragui Nissui, 166, Vila Mariana, São Paulo. Mais informações pelo tel 11/5531-7040. A IKEMORI E KOGA Con- sultoria e Assessoria realiza na terça-feira (27) uma palestra especial para dekasseguis. Abordando conceitos do coti- diano japonês para trabalhado- res brasileiros, bem como a difícil volta ao Brasil, o encon- tro contará com especialistas e consultores para tirar dúvi- das e incertezas dos participan- tes. Com entrada gratuita, a palestra começa às 10 horas na sede da empresa (rua da Glória, 279, 8º andar, Liberda- de, São Paulo). Mais informa- ções e confirmações pelo tel 11/3275-1464. A ACESJT (Associação Cul- tural e Esportiva São Judas Tadeu) realiza amanhã (25) a 23ª Festa do Sorvete, das 12h às 18h, na Associação Shizuo- ka Kenjin do Brasil. No local, o público poderá consumir uma grande variedade de sabores de sorvetes, produzidos espe- cialmente para a ocasião. Além da iguaria, haverá ainda diversas opções de comidas e bebidas, bingo, brincadeiras e uma balada com direito a apre- sentação de street dance. O preço do ingresso antecipado é de R$ 10 e dá direito ao con- sumo ilimitado dos sorvetes. Endereço: Rua Vergueiro, 193, Liberdade, São Paulo. A RESSACA DE CARNA- VAL acontece hoje (24) em São Paulo. Realizado nas de- pendências do Anhangüera Nikkei Clube, o evento tem iní- cio às 23 horas e contará com a animação da Banda 2000. Para chamar um público mai- or, as mulheres que chegarem antes da meia-noite entram de graça, bem como as 200 pri- meiras pessoas acima de 30 anos. Os convites antecipados custam R$ 20,00 e, na porta, o preço sobe para R$ 25,00. Local: rua Tenente Landy, 410, Lapa, São Paulo. Mais informações pelo tel 11/3611- 6036. Campo Limpo Paulista dá início ao maior projeto de inclusão digital do Brasil REPRODUÇÃO A prefeitura de Campo Lim- po Paulista, cidade localiza- da no interior de São Paulo, dá início ao maior projeto de inclusão digital do País. Com capacidade de atender cerca de 3,5 mil pessoas, os Cen- tros Municipais de Tecnolo- gia (CMI’s) foram inaugura- dos no começo do mês pelo prefeito Armando Hashimoto. Animado, o nikkei explica que o principal objeto dos centros é formar mão-de-obra quali- ficada na área de informática. ––—–––—––——–––—––——–––—––———–––—––——–––—––——–– | pág 5 Juniti Saito: ‘É uma honra representar a comunidade nikkei’ WILSON DIAS/ABR O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou no dia 21 o decreto que nomeia os três novos comandantes das For- ças Armadas: o almirante Jú- lio Soares de Moura Neto, da Marinha; o brigadeiro-do-ar Juniti Saito, da Aeronáutica; e o general Enzo Martins Peri, do Exército. Saito, de 64 anos, toma posse no próximo dia 28 em um momento par- ticularmente atribulado da avi- ação. A pedido do Jornal Nikkei – ele concederá en- trevistas após a posse – o novo comandante da Aero- náutica emitiu um comunica- do no qual afirma sentir-se honrado por assumir o posto mais elevado da Aeronáutica. “É uma honra assim como é uma honra representar a co- munidade nikkei, da qual sin- to orgulho em pertencer e que tem dado apoio e carinho ao longo da minha carreira”. —–––—–––——–– | pág 4 Nikkei acusado de crime no Japão é preso no Brasil Após a primeira abertura de processo contra um dekasse- gui brasileiro (Milton Noboru Higaki), mais uma vitória da justiça japonesa e brasileira. Na semana passada, o nikkei Humberto José Hagime Alva- renga, acusado de assassina- to e tentativa de incêndio no Japão, foi preso em Rio Cas- ca, Minas Gerais, após ação conjunta da Polícia Federal ja- ponesa, do Ministério Público Estadual e da Polícia Militar. Segundo o promotor do caso, Joaquim José Miranda Júnior, a justiça espera agora por do- cumentos do Japão. —————–—— | pág 4 Encontro em Jacareí discute segurança para a área rural Assustados com a morte do issei Kanroku Yoshida, assas- sinado por criminosos no úl- timo dia 12, um grupo de agri- cultores e moradores da zona rural de Jacareí, no interior paulista, discutiu alguns parâ- metros para aumentar a segu- rança e coibir a criminalidade da região. O encontro, lide- rado pelos presidentes do Nipo Jacareí e Sindicato Ru- ral, Carlos Amagai e Paulo Turci, respectivamente, foi positivo de acordo com os presentes, pois contou com a participação de militares e re- presentantes do Conseg. —————–—— | pág 5 Infertilidade causa preocupação entre nikkeis Ser mãe parece ser uma vontade natural de toda mulher. No entanto, muitas pessoas se deparam com alguns empeci- lhos no momento de concreti- zar o tal sonho. Segundo o mé- dico especialista em reprodu- ção humana, Joji Ueno, em tor- no de 15 a 20% dos casais apresentam dificuldade na hora de ter filhos. Esse diag- nóstico é observado após um ano de tentativa. “Aparente- mente eu não tinha nada, nem meu marido. Mas estávamos tentando desde 2002 e eu não conseguia engravidar”, lembra a comerciante Sandra Chibana, de 34 anos, e que está no sex- to mês de gravidez após trata- mento. —————–—— | pág 11 Jum Nakao apresenta conceitos de moda na Fundação Japão DIVULGAÇÃO Conceituado dentro do mun- do da moda no Brasil, o es- tilista Jum Nakao realiza uma apresentação multimídia no Espaço Cultural da Fun- dação Japão, em conjunto com o músico Paulo Beto. Denominada “A Costura In- visível), a palestra propõe uma jornada rumo ao pro- cesso criativo. Através de imagens e sons, as inquieta- ções próprias dos criadores são trazidas à tona, condu- zindo o espectador ao mer- gulho para desvendar o que não se vê sem o pensamen- to. ––—–––—––——–––—––——–––—––——–– | pág 7 Paranaenses ganham apoio para Centenário; em SP, clima é ‘tenso’ DIVULGAÇÃO Uma comitiva de lideranças paranaenses conseguiu uma força a mais paras as comemorações do Centenário, após encontro com o ministro do Tursimo e dos Esportes, Orlando Silva. En- quanto isso, em São Paulo o clima é mais turbulento. “Pai” do projeto no Sambódromo do Anhembi, o arquiteto Iossuke Tanaka pede demissão e desabafa: “Não há mais clima”. ––—–––—––——–––—––——–––—––——–– | pág 3

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Page 1: AGENDA Juniti Saito: ‘É uma honra representar a comunidade nikkei’ · 2018-03-18 · A RESSACA DE CARNA-VAL acontece hoje (24) em São Paulo. Realizado nas de-pendências do

ANO 10 – Nº 2228 / 2100 – SÃO PAULO, 24 DE FEVEREIRO A 02 DE MARÇO DE 2007 – R$ 2,00

AGENDA

O HORÁRIO DE VERÃOacaba à zero hora de amanhã.De sábado (24) para domingo,os brasileiros que moram nosestados onde há horário deverão deverão atrasar seusrelógios em uma hora. A mu-dança no horário abrange asregiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O horário de verão co-meçou no dia 5 de novembroe o principal objetivo da alte-ração do horário é aproveitarmelhor a luz natural aoentardecer, que é mais intensaem algumas regiões do Brasildurante o verão, diminuindo ogasto de energia. Além do Dis-trito Federal, a medida abran-ge outros 10 estados.

A MISSA DE 49º DIA da pro-dutora cultural Natsumi AkibaKusuno acontece no dia 28 defevereiro, a partir das 20 ho-ras, no templo budistaNikkyoji. Morta no dia 11 dejaneiro vítima de complicaçõespulmonares, Natsumi, que ti-nha 54 anos, era uma das vo-zes ativas dentro da comuni-dade. Casada com o fotógrafoYuji Kusuno, ela instalou-se noBrasil em meados da década de80 e desde então viajava cons-tantemente entre os dois países.Aos amigos e familiares, o tem-plo localiza-se na rua IbaraguiNissui, 166, Vila Mariana, SãoPaulo. Mais informações pelotel 11/5531-7040.

A IKEMORI E KOGA Con-sultoria e Assessoria realiza naterça-feira (27) uma palestraespecial para dekasseguis.Abordando conceitos do coti-diano japonês para trabalhado-res brasileiros, bem como adifícil volta ao Brasil, o encon-tro contará com especialistase consultores para tirar dúvi-das e incertezas dos participan-tes. Com entrada gratuita, apalestra começa às 10 horasna sede da empresa (rua daGlória, 279, 8º andar, Liberda-de, São Paulo). Mais informa-ções e confirmações pelo tel11/3275-1464.

A ACESJT (Associação Cul-tural e Esportiva São JudasTadeu) realiza amanhã (25) a23ª Festa do Sorvete, das 12hàs 18h, na Associação Shizuo-ka Kenjin do Brasil. No local,o público poderá consumir umagrande variedade de saboresde sorvetes, produzidos espe-cialmente para a ocasião.Além da iguaria, haverá aindadiversas opções de comidas ebebidas, bingo, brincadeiras euma balada com direito a apre-sentação de street dance. Opreço do ingresso antecipadoé de R$ 10 e dá direito ao con-sumo ilimitado dos sorvetes.Endereço: Rua Vergueiro, 193,Liberdade, São Paulo.

A RESSACA DE CARNA-VAL acontece hoje (24) emSão Paulo. Realizado nas de-pendências do AnhangüeraNikkei Clube, o evento tem iní-cio às 23 horas e contará coma animação da Banda 2000.Para chamar um público mai-or, as mulheres que chegaremantes da meia-noite entram degraça, bem como as 200 pri-meiras pessoas acima de 30anos. Os convites antecipadoscustam R$ 20,00 e, na porta,o preço sobe para R$ 25,00.Local: rua Tenente Landy,410, Lapa, São Paulo. Maisinformações pelo tel 11/3611-6036.

Campo Limpo Paulista dá início ao maiorprojeto de inclusão digital do Brasil

REPRODUÇÃO

A prefeitura de Campo Lim-po Paulista, cidade localiza-da no interior de São Paulo,dá início ao maior projeto deinclusão digital do País. Comcapacidade de atender cercade 3,5 mil pessoas, os Cen-tros Municipais de Tecnolo-gia (CMI’s) foram inaugura-dos no começo do mês peloprefeito Armando Hashimoto.Animado, o nikkei explica queo principal objeto dos centrosé formar mão-de-obra quali-ficada na área de informática.

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Juniti Saito: ‘É uma honrarepresentar a comunidade nikkei’

WILSON DIAS/ABR

O presidente Luiz Inácio Lulada Silva assinou no dia 21 odecreto que nomeia os trêsnovos comandantes das For-ças Armadas: o almirante Jú-lio Soares de Moura Neto, daMarinha; o brigadeiro-do-arJuniti Saito, da Aeronáutica;e o general Enzo Martins Peri,do Exército. Saito, de 64anos, toma posse no próximodia 28 em um momento par-ticularmente atribulado da avi-ação. A pedido do JornalNikkei – ele concederá en-trevistas após a posse – onovo comandante da Aero-náutica emitiu um comunica-do no qual afirma sentir-sehonrado por assumir o postomais elevado da Aeronáutica.“É uma honra assim como éuma honra representar a co-munidade nikkei, da qual sin-to orgulho em pertencer e quetem dado apoio e carinho aolongo da minha carreira”.—–––—–––——–– | pág 4

Nikkei acusado decrime no Japão épreso no BrasilApós a primeira abertura deprocesso contra um dekasse-gui brasileiro (Milton NoboruHigaki), mais uma vitória dajustiça japonesa e brasileira.Na semana passada, o nikkeiHumberto José Hagime Alva-renga, acusado de assassina-to e tentativa de incêndio noJapão, foi preso em Rio Cas-ca, Minas Gerais, após açãoconjunta da Polícia Federal ja-ponesa, do Ministério PúblicoEstadual e da Polícia Militar.Segundo o promotor do caso,Joaquim José Miranda Júnior,a justiça espera agora por do-cumentos do Japão.

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Encontro em Jacareídiscute segurançapara a área ruralAssustados com a morte doissei Kanroku Yoshida, assas-sinado por criminosos no úl-timo dia 12, um grupo de agri-cultores e moradores da zonarural de Jacareí, no interiorpaulista, discutiu alguns parâ-metros para aumentar a segu-rança e coibir a criminalidadeda região. O encontro, lide-rado pelos presidentes doNipo Jacareí e Sindicato Ru-ral, Carlos Amagai e PauloTurci, respectivamente, foipositivo de acordo com ospresentes, pois contou com aparticipação de militares e re-presentantes do Conseg.

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Infertilidade causapreocupação entrenikkeis

Ser mãe parece ser umavontade natural de toda mulher.No entanto, muitas pessoas sedeparam com alguns empeci-lhos no momento de concreti-zar o tal sonho. Segundo o mé-dico especialista em reprodu-ção humana, Joji Ueno, em tor-no de 15 a 20% dos casaisapresentam dificuldade nahora de ter filhos. Esse diag-nóstico é observado após umano de tentativa. “Aparente-mente eu não tinha nada, nemmeu marido. Mas estávamostentando desde 2002 e eu nãoconseguia engravidar”, lembraa comerciante Sandra Chibana,de 34 anos, e que está no sex-to mês de gravidez após trata-mento.

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Jum Nakao apresenta conceitosde moda na Fundação Japão

DIVULGAÇÃO

Conceituado dentro do mun-do da moda no Brasil, o es-tilista Jum Nakao realizauma apresentação multimídiano Espaço Cultural da Fun-dação Japão, em conjuntocom o músico Paulo Beto.Denominada “A Costura In-visível), a palestra propõeuma jornada rumo ao pro-cesso criativo. Através deimagens e sons, as inquieta-ções próprias dos criadoressão trazidas à tona, condu-zindo o espectador ao mer-gulho para desvendar o quenão se vê sem o pensamen-to.

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Paranaenses ganham apoio paraCentenário; em SP, clima é ‘tenso’

DIVULGAÇÃO

Uma comitiva de lideranças paranaenses conseguiu uma forçaa mais paras as comemorações do Centenário, após encontrocom o ministro do Tursimo e dos Esportes, Orlando Silva. En-quanto isso, em São Paulo o clima é mais turbulento. “Pai” doprojeto no Sambódromo do Anhembi, o arquiteto IossukeTanaka pede demissão e desabafa: “Não há mais clima”.––—–––—––——–––—––——–––—––——–– | pág 3

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2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 24 de fevereiro de 2007

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 32085521

E-mail:[email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Rodrigo Meikaru, Luciana Kulba,

Cibele Hasegawa, Aline Inokuchi e Gilson YoshiokaFotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka

Publicidade:

Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: semanal

Assinatura semestral: R$ 60,00

[email protected] ou [email protected]

[email protected]

Nas entrelinhas...

Dias 13, 14 e 15 de abril acontece em Mogi das Cruzes o

Aki Matsuri, no Bunkyo local.

Dia 27/02 acontece a palestra de Reuniões Eficazes a partir

das 19h30 no Hotel Nikkey, ministrada por Lucília Satomi e

com entrada gratuita.

A ACESJT – Associação Cultural e Esportiva São Judas

Tadeu realizará no dia 25 de fevereiro, a edição da 23ª FES-

TA DO SORVETE, das 12 às 18 horas, nas dependências da

Associação Shizuoka Ken-Jin do Brasil- Rua Vergueiro, 193,

no bairro da Liberdade, próxima à estação do metrô São Jo-

aquim.

O Chef Shin Koike abre seu novo restaurante, o Aizomê.

A abertura oficial acontece no dia 26, porém o chef está rece-

bendo amigos para desgustações especiais. O restaurante tem

como especialidade o “omakase” que consiste no menu es-

pecial do chef de 8 a 10 pratos, e que muda diariamente de

acordo com os melhores ingredientes do dia. Atende somente

com reservas e no jantar. End: Al. Fernão Cardim, 39 – Jar-

dim Paulista- Tel: 11/ 3251-5157.

O cantor Joe Hirata encontrou-se com amigos no Karaokê Canarinho no último dia 15, para esquentar a sua voz de olho naturnê 2007, que começa no dia 11 de março em Ribeirão Pires. O cantor promete também uma turnê no Japão, mas ainda nãotem data confirmada.

Joe Hirata, Newton Hirayama, Edson Mizuguchi, Célia e FernandoTakata

Rosely MutaiJoe Hirata, Luciana Nishikawa, Newton Hirayama e Kiko Hiramatsu

Kiko Hiramatsu, Minoru Koike, Joe Hirata, Hideyuki Tanimura eRoberto Suzuki

A X9 Paulistana saiu com o bloco das nações, que contou com a participação de japoneses, árabes e ciganos. Com o sambaenredo muito animado, a escola levantou a avenida. Segunda a se apresentar no desfile da sexta-feira (16), a escola levou 60integrantes nikkeis.

Integrantes do Ishin Yosakoi Soran Group

Na concetração: Reimy ( Mie Ken) , Ryuko (Kagawa ken) , Marcos(Hokkaido kyokai) , Kaori e Maya (Yosakoi Ishin)

Reimy ( Mie Ken) , Ryuko (Kagawa ken) , Marcos (Hokkaidokyokai) na concentração com integrantes da Ala Estrela

Reimy ( Mie Ken) , Ryuko (Kagawa ken) , Marcos (Hokkaidokyokai) na concentração com a ala das Baianas

Fotos do geral do Carnaval

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São Paulo, 24 de fevereiro de 2007 JORNAL NIKKEI 3

espeitamos o Es-tado de São Pau-lo por concentrar

o maior contingente de nikkeisdo País, mas o Paraná, comoa segunda maior comunidadetem o direito de fazer a suafesta, com cerimônias, calen-dário e eventos próprios”. Adeclaração é do deputado es-tadual do Paraná, Luiz Nishi-mori, que esteve recentemen-te em Brasília para tratar deassuntos referentes às come-morações dos 100 anos de imi-gração japonesa no Brasil noEstado.

Formada pelo presidente daComissão Paranaense do Imin100, Luiz Carlos Adati; o de-putado federal Alex Canzianie o próprio Nishimori, a comi-tiva paranaense contou com o“reforço” do empresário AlainBaldacci, diretor do SindicatoNacional de Parques Temáti-cos e Atrações Turísticas(Sindepat) e sócio da empresaTorres & Baldacci, especializa-da há 30 anos no investimentode complexos turísticos e par-ques temáticos.

Eles participaram de reuni-ões com o ministro do Turis-mo, Walfrido Mares Guia, como ministro dos Esportes,Orlando Silva e com a direto-ria internacional da Caixa Eco-nômica Federal.

“Foi mais um encontro in-formal no sentido de reforçarnossas reivindicações porquetanto o ministro do Turismocomo o ministro dos Esportessabem da existência do Cen-tenário e estão sensibilizadosem nos ajudar”, explicou Ni-shimori, acrescentando que“fomos muito bem recebidos”.

“Aproveitamos os encon-

CENTENÁRIO/PARANÁ

Comissão do Imin 100 recebe apoio dos ministrosdo Turismo e dos Esportes para comemoração

tros para apresentar os proje-tos relacionados ao Paraná, emespecial o Projeto Yumê, queprevê a construção de umgrande parque temático emRolândia, e o Parque do Japão,que será construído em Marin-gá”, observou Nishimori, ga-rantindo que “todas as autori-dades nos deram o ok paraagilizarmos nossos projetos”.

Segundo parlamentar nikkei,o ministro do Turismo se mos-trou empenhado em ajudar aComissão do Imin 100 a captaro recurso aprovado através daintervenção do deputado fede-ral Alex Canziani, que liderou aemenda parlamentar de R$ 10milhões solicitada à bancada doParaná para o Projeto Yumê.“Emenda é emenda, não passade um papel. Nossa briga ago-ra é para liberar a verba”, co-

mentou o deputado, afirmandoque “se o dinheiro sair melhor,mas temos que buscar outrosrecursos porque o projeto devecustar muito mais que os R$ 10milhões inicialmente previstos”.“Estamos calculando algo emtorno de R$ 20 milhões oumais”, revelou.

Parque temático – O vídeosobre o projeto Yumê,intitulado de Imin 100 anos deCultura, História e Tecnologia,que prevê a revitalização deuma área de cerca de 16alqueires onde fica a sede daLiga Desportiva e CulturalParanaense e da Aliança Cul-tural Brasil-Japão do Paraná,foi apresentado por Adati. Emtrês pavilhões, o Parque iráreconstituir o período, os acon-tecimentos e os sentimentos

que ilustram a história dos ja-poneses no Brasil. No local, jáexiste um museu da imigraçãojaponesa, um jardim japonês eum campo de gatebol.

“A idéia de construir umparque temático surgiu em fun-ção da necessidade de atrair-mos o interesse das novas ge-rações para a preservação dahistória e dos costumes japo-neses”, ressaltou Nishimori,afirmando que o objetivo é ini-ciar a construção no segundosemestre deste ano. “A cons-trução dos pavilhões é relati-vamente fácil. O mais compli-cado deve ser a revitalizaçãodo terreno”, garantiu. “Quan-to ao Parque do Japão, queserá construído em Maringá,houve um grande avanço por-que resolvemos a questão daescritura, uma pendência que

Comitiva formada por lideranças paranaenses voltaram animadas de encontro em Brasília

DIVULGAÇÃO

estava atrapalhando o projeto”,afirmou, lembrando que Lon-drina, com a construção deuma Universidade Federal, eCuritiba, com a construção deum parque, também estão mo-bilizadas para o Centenário.

Luiz Carlos Adati destacoua importância da presença doempresário Alain Baldacci nareunião. “Sendo ex-presiden-te da Associação internacionaldos Parques Temáticos e comtoda sua experiência no setorde turismo, Baldacci irá, comcerteza, acrescentar novasidéias ao projeto, ampliando agrandeza das comemoraçõesno Paraná”.

Segundo o deputado fede-ral Alex Canziani, as reuniõesforam muito válidas. “Sentimosque os ministros do Esporte edo Turismo ficaram muito en-tusiasmados com o projetoapresentado para a comemo-ração do Paraná. Temos boasperspectivas de que o projetose torne realidade. Inclusive,ainda neste mês, técnicos doministério do Turismo farãouma visita no local de constru-ção do Parque em Rolândiapara avaliar e discutir sobre asobras previstas”.

Durante a reunião com oministro dos Esportes, Canzi-ani relata que a Comissão con-versou sobre as atividades es-portivas que deverão ser rea-lizadas em parceria com o mi-nistério e que farão parte docalendário das comemoraçõesdo Imin 100. “Além de cam-peonatos em diversas modali-dades, o ministro Orlando Sil-va sugeriu um jogo entre aequipe brasileira de futebol ea seleção japonesa, até mes-mo como uma preparação

para a próxima Copa do Mun-do”, conta.

Atividades esportivas – Se-gundo o deputado estadualLuiz Nishimori, atividades es-portivas também já estão con-firmadas. “Teremos a vinda daseleção de softbol japonesa ede três equipes importantes debeisebol do Japão: a seleçãoColegial e as seleções das Uni-versidades de Keio e Waseda.Na programação também jáestão previstos um Mundialitode Tênis de Mesa no Paranáe um Campeonato Brasileiroda mesma modalidade em Cu-ritiba. Além de torneio de gol-fe, campeonato de judô,gatebol, atletas de outras mo-dalidades esportivas como okendô e sumô também estãosendo convidados”.

“Rolândia vai concentrar asprincipais comemorações por-que vem sediando os grandeseventos desse tipo, como ascomemorações dos 90 anos deimigração, quando reunimos 35mil pessoas. Em 2008, nossameta é reunir mais de 50 milnikkeis em Rolândia”, anteci-pou

Entre os compromissos emBrasília, a Comissão tambémcompareceu à reunião com adiretoria internacional da Cai-xa Econômica Federal, agen-dada pelo superintendente re-gional da CEF-Londrina, Ro-berto Luiz Bachmann. No en-contro, foi apresentado o Pro-jeto Yumê, em busca de apoioda instituição. No mesmo diada visita (8), a Caixa Econô-mica inaugurara o Escritório deRepresentação na cidade deHamamatsu, no Japão.

(Aldo Shiguti)

“R

Ele foi o responsável pelaelaboração por grande partedos festejos dos 100 anos. Foi,também, um dos que mais lu-taram para viabilizar a idéia delevar a comemoração ao Sam-bódromo que, em seus cálcu-los, reunirá cerca de 40 milpessoas no dia 21 de junho de2008. Contudo, percalços nocaminho levaram IossukeTanaka a “abandonar o barco”a pouco mais de um ano doevento. Ou melhor, a pedir de-missão da Associação paraComemoração do Centenárioda Imigração no Brasil, por “in-compatibilidade de idéias” comos demais dirigentes da enti-dade. O futuro? Segundo opróprio Tanaka, “não há comoprever, pois estão reformu-lando todos os projetos paraaprovação. Sinceramente, es-pero que a Associação consi-ga dar seqüência aos planos”.

Em entrevista ao JornalNikkei, o arquiteto confirmaque pediu demissão há cercade um mês para o presidenteda Associação. Oficialmente,o pedido de afastamento deu-se por problemas de saúde,ocasionados principalmentepela sobrecarga de trabalho.Apaixonado pela idéia de le-var a história da imigração ja-ponesa através de um desfile,com direito até a carros ale-góricos, Tanaka viu seus pla-nos ruírem quando líderes daAssociação decidiram cortaralguns dos itens básicoslistados por ele nas comemo-rações no Sambódromo. “Nãohavia mais clima nem saúdepara tocar o projeto”, afirma.

Mas, o que muitos pergun-tam, é o que o levou a tomaruma atitude tão drástica. Se-ria somente a intromissão de

CENTENÁRIO

‘Pai’ do projeto no Sambódromo, Iossuke Tanaka pededemissão de Associação e teme pelo futuro dos festejos

pessoas que queriam a qual-quer custo colocar o dedo emseu projeto? Ou, de forma maisgenérica, alguma tomada dedecisão que o deixou de “mãosatadas”? Segundo ele, uma sé-rie de fatores contribuírampara sua saída.

“Foi uma somatória de mui-tos acontecimentos. Mas, separtirmos desde o princípio, euacho que a Associação, bemcomo a sociedade nipo-brasi-leira em geral, não tem uma li-derança efetiva. Nas décadasde 70 e 80, os nikkeis erammais unidos por causa dosisseis, que promoviam açõesconcretas. Hoje a comunida-de tornou-se confusa por cau-sa de ideais diferentes deisseis, nisseis e sanseis. No fi-nal, há muitas opiniões e pou-ca objetividade. E isso é ogrande mal do Centenário. Lá,temos um grupo de burocra-tas e não de pessoas que exe-cutam as tarefas. A ‘gotad’água’ foi o corte de orça-mento no Anhembi. Ora, fiqueiquase dois anos estudando

tudo para chegar a um orça-mento e, de um dia para o ou-tro e prestes a entregar o rela-tório ao Japão, me pedem paraabaixar de US$ 4,2 milhões

para US$ 3 milhões? Queriamcortar parte do planejamentosem refazer um reestudo. Nãoaceitei”, afirma o nissei de 74anos.

Além desse diagnóstico so-bre a infra-estrutura da entida-de, Tanaka confirma que a or-ganização e distribuição de ta-refas eram, por vezes, “inade-quadas” principalmente porquealguns dos membros delegavamtarefas em demasia a outros, oque provocava uma sobrecar-ga de atividades. Entre os pon-tos que o arquiteto destaca, es-tão o de traduzir documentos eelaborar relatórios que eram deresponsabilidades de outras co-missões. “Por exemplo, paraapresentar um novo orçamen-to ao Japão, eu e mais duaspessoas que não éramos dasFinanças tivemos de correr con-tra o tempo para preparar o ma-

terial. Também tínhamos de tra-duzir documentos e escreve-losem japonês. Não era de nossaresponsabilidade, mas tínhamosde fazer porque não havia nin-guém competente para tal ta-refa. E isso acabou me enfra-quecendo cada vez mais, a pon-to de chegar um dia e não con-seguir sequer subir do estacio-namento para o escritório. Fi-quei três horas descansando nocarro, passando mal”, descre-ve, acrescentando ainda quecríticas feitas por um jornal dacomunidade, “sem nenhum tipode argumentação”, também odeixaram irritado. “E o pior éque não houve sequer uma ma-nifestação contrária dos diri-gentes.”

Futuro – Hoje fora do Cente-nário e aposentado da carrei-ra, Iossuke Tanaka confirma

que pretende descansar nospróximos meses. Sem citar apalavra “mágoa”, o nikkei con-firma que sai sem a sensaçãode dever cumprido, principal-mente por ter de largar o pro-jeto no Sambódromo no meio.“É muito triste, pois desde queassumi essa responsabilidadeeu trabalhei arduamente”, diz.

Mesmo afastado da Asso-ciação, ele garante que poderiavir a trabalhar com a entidadenovamente caso alguns parâ-metros fossem solucionados,especialmente o de organizarmelhor as idéias e delegar ta-refas de forma mais justa.

O descanso, contudo, dura-rá pouco. Tanaka confirmaque a intenção é voltar a tra-balhar com a comunidade, re-tomando a idéia original de fil-mar três documentários sobrea imigração. Para tanto, quercontar com a ajuda dos jovense de pessoas interessadas empesquisas e estudos relaciona-dos aos assuntos. “São trêsdocumentários que podem sairdo papel sim. Aliás, estou aber-to a sugestões e parcerias”,cita ele, adiantando que, casoo “Carnaval do Centenário”saia mesmo do papel, pode atéir ao Sambódromo do Anhem-bi para conferir ao vivo. “Des-de que tenha o mínimo de or-ganização. Gostaria de ver aspessoas mais idosas sentadase confortáveis. E justamenteisso que eles cortaram, pois asampliações das arquibancadasseriam para acomodar 40 milpessoas e não 20 mil. Agora,ver todo o pessoal de pé e semdescanso, vindas do interior eaté de outras cidades, seriamuito doloroso. Que eles sai-bam ponderar tal questão.”

(Rodrigo Meikaru)

Se depender dos líderesda Associação para Come-moração do Centenário daImigração Japonesa no Bra-sil, Iossuke Tanaka ainda con-tinua no cargo de coordena-dor da comissão de Festivi-dades. Segundo o presidentedo Comitê Executivo, Ossa-mu Matsuo, oficialmente oarquiteto “não está fora daentidade”.

“Prefiro não entrar muitoneste assunto, até para nãocausar confusão. Ele entregouuma carta de demissão parao presidente da Associação,Kokei Uehara, pedindo demis-são. Mas, até o momento, nãohouve nenhuma manifestaçãodo presidente a respeito. Por-

tanto, oficialmente ele está nocargo sim. Só não está compa-recendo Às reuniões e ao es-critório”, explica Matsuo.

O caso só será soluciona-do, pelos cálculos do presidentedo Comitê, dentro de algumassemanas. Até lá, acredita, os

trabalhos seguem normal-mente, mesmo sem terTanaka na comissão. “Ago-ra, caso o presidente aceite opedido, teremos de rever al-guns conceitos e remanejar otrabalho”, diz.

Apesar de não constarnada oficial, Matsuo já prevêcomo será trabalhar sem o ar-quiteto. Na sua concepção,caso venha mesmo a perderTanaka, a comissão terá dedividir as responsabilidades econtar com a ajuda de todosos dirigentes. “Vamos orga-nizar tudo e delegar as tare-fas. Mas, como nem mesmosabemos o que acontecerá,vamos esperar para saber oque faremos”.

Para Associação, Tanaka ainda ocupa cargoJORNAL NIKKEI

Tanaka: pedido de demissão

Idéia é levar cerca de 40 mil pessoas para o Sambódromo

ARQUIVO/JN

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4 JORNAL NIKKEI São Paulo, 24 de fevereiro de 2007

WILSON DIAS/ABR

Os novos comandantes militares: o brigadeiro-do-ar Juniti Saito, daAeronáutica; o general Enzo Martinsa Peri, do Exército; e o almiranteGuimarães Carvalho, da Marinha

FORÇAS ARMADAS

Juniti Saito é o novocomandante da Aeronáutica

O presidente Luiz InácioLula da Silva assinou na quar-ta-feira (21) o decreto que no-meia os três novos comandan-tes das Forças Armadas. Sãoeles: o almirante Júlio Soares deMoura Neto, da Marinha; o bri-gadeiro-do-ar Juniti Saito, daAeronáutica; e o general EnzoMartins Peri, do Exército.

O anúncio foi feito pelo mi-nistro da Defesa, Waldir Pires,após reunião com o presiden-te. O ministro estava acompa-nhado dos três atuais coman-dantes: almirante Roberto Gui-marães Carvalho, da Marinha;general Francisco Albuquer-que, do Exército; e o brigadei-ro Luiz Carlos Bueno, da Ae-ronáutica.

“O presidente esteve abso-lutamente dedicado a agrade-cer aos comandantes que es-tão saindo, a colaboração queprestaram, a agradecer o tra-balho que realizaram e dese-jar aos novos comandantesêxito e sucesso, para que nóstenhamos Forças Armadascada vez mais fortalecidas”,disse o ministro, ao apresentaros novos nomes.

O critério de escolha, se-gundo o Ministério da Defesae a Presidência da República,foi o de antigüidade, ou seja,os militares mais antigos dasmaiores patentes foram nome-ados comandantes.

A posse do brigadeiro JunitiSaito, no Comando da Aero-náutica, está marcada para odia 28; a de Moura Neto, noda Marinha, para o dia 1º demarço; e a do general Peri, noComando do Exército, a serconfirmada para o dia 8 ou 9de março, acrescentou o mi-nistro.

Homenagem – Juniti Saitoassume o topo da Aeronáuticaàs vésperas das comemora-ções do Centenário da Imigra-ção Japonesa no Brasil. Curio-samente, foi em fevereiro doano passado que 33 entidadesnipo-brasileiras organizaramuma homenagem ao tenente-brigadeiro-do-ar pelo cargo dechefe do Estado-Maior da Ae-ronáutica, o segundo posto maisimportante na Força Aérea bra-sileira. A solenidade, realizadano Bunkyo (Sociedade Brasi-leira de Cultura Japonesa e deAssistência Social), em SãoPaulo, contou com as presen-ças de personalidades e autori-dades nikkeis.

Na ocasião, Saito lembroua importância dos pais, IwataroSaito (emigrante da cidade deHirosaki – província de Aomori)e Toshiko Tamaoki Saito(Ookawa-gun - Kagawa), que“lutaram, enfrentaram os desa-fios e edificaram uma famíliabaseada na solidez dos valores

éticos e no culto ao trabalho.Sou-lhes imensamente grato,pois souberam oferecer-me oexemplo de perseverança, pos-sibilitando uma ascensão socialfundamentada na importânciada educação e da integridade”.“Tenho certeza absoluta que semeus pais vivos fossem, estari-am orgulhosos de verem seusfilhos vitoriosos e sendo home-nageados por uma comunida-de tão representativa”.

Em seu discurso, lembrouque “nas fileiras da Força Aé-rea Brasileira, cruzando estescéus, aprendi a conhecer estaimensa Nação e a dimensionarsua presença no cenário inter-nacional”. “Constatei a exis-tência de uma verdade ideal –a luta por um Brasil melhor –compartilhada por civis e mili-tares, ao perceberem a gran-deza de nossa História e a res-ponsabilidade com as futurasgerações”, destacou.

Currículo – Natural dePompéia (SP), Juniti Saito tem64 anos de idade. Casado comVera Regina, tem três filhos(Adriana, Carlos Augusto eJuliana) e cinco netos.

Saito iniciou sua carreiramilitar em 1960, na Escola Pre-paratória de Cadetes do Ar, emBarbacena (MG), sendo no-meado para o posto de tenen-te-coronel em dezembro de1965 e, de tenente-brigadeiro-do-ar em 31 de março de 2003.

Entre os principais cargos,foi comandante da Base Aé-rea de Canoas (SC), Chefe deOperações do Grupo de Avia-ção em Santa Maria (RS), ins-trutor da Escola de Comandoe Estado-Maior da Aeronáuti-ca, adido aeronáutico junto àEmbaixada do Brasil na Ingla-terra e creditado junto aos go-vernos da Suécia e Noruega.

Também atuou como che-fe do Estado-Maior do Co-mando-Geral de Ar, comandan-te do Comando Aéreo de Trei-namento, comandante-geral deApoio e comandante-geral deOperações Aéreas.

Saito, chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, possui6 mil horas de vôo e pilotou,entre outras aeronaves, os ca-ças F-5, Tiger II, F-103 eMirage III. Dentre as inúme-ras condecorações como Or-dem do Mérito Aeronáutico –grau de Grã-Cruz, Ordem doMérito Naval – grau de Gran-de Oficial, Ordem do MéritoMilitar – grau de Comendador,Ordem do Mérito das ForçasArmadas – grau de Comenda-dor, Ordem do Mérito da De-fesa – grau de Grande Oficial,Ordem do Mérito JudiciárioMilitar – Alta Distinção, entreoutras honrarias.

(Aldo Shiguti)

Em meio ao clima de elei-ção que já predomina noBunkyo (Sociedade

Brasileira de Cultura Japone-sa e de Assistência Social), adiretoria da entidade resolveuaprovar mais alguns projetos eações para os próximos anos,de olho na já tão discutida mo-dernização e maior envergadu-ra da entidade frente à comu-nidade e população em geral.

Em reunião realizada no úl-timo dia 15, diretores marca-ram presença para, além dediscutir novas ações, aprovaro balancete econômico do mêsde dezembro de 2006. A car-go do tesoureiro geral EijiDenda, o documento – quemostra um déficit de R$114.365,45 entre os meses dejaneiro e dezembro do ano pas-sado – fora discutido entre ospresentes e aprovado.

Na parte de aprovação deprojetos, Victor Kobayashi su-geriu – e conseguiu a aprova-ção – de uma sala de inclusãodigital, a ser instalada pelo Ins-tituto Paulo Kobayashi no hallde entrada do Bunkyo. Com 15computadores, o local contarácom cursos e oficinas para aterceira idade, além de servircomo base para a realizaçãode consultas por parte de alu-nos de escolas públicas. “Aidéia é criar uma sala comequipamentos tecnologica-

mente modernos. Com isso,serviria para mostrar os traba-lhos do Bunkyo, bem como di-vulgar um trabalho de assistên-cia social”, explicou Kobaya-shi. Com a aprovação, os pla-nos são de colocar em funcio-namento já no fim de março.

Na parte de preservação dopatrimônio, o Museu Históricoda Imigração Japonesa noBrasil terá um tratamento es-pecial nos próximos meses.Durante o encontro das lide-ranças, a diretoria deu sinalverde para a descupinizaçãodo Museu, além de aprovar acontratação de um estudantede História da USP (Universi-dade de São Paulo).

Nas comissões, as novida-des foram na de Assistência

BUNKYO

Novos projetos são aprovados eprometem mais modernização

Social, a cargo de Kyoko Na-kagawa; e na de Jovens, ago-ra sob comando de CláudioKurita. Na primeira, a psicó-loga – que toca o “Projeto daHora”, na qual atividades só-cio-educativas são realizadas– sugeriu o aluguel de um imó-vel para a realização das ações,que incluem reciclagem, leitu-ra, atividades físicas e brinca-deiras, pedido prontamenteaceito pela diretoria. Já a se-gunda comissão apenas solici-tou o apoio dos dirigentes paraa concretização de idéias. Umadelas é de agregar jovens tan-to do Bunkyo quanto da Asso-ciação para Comemoração doCentenário da Imigração Japo-nesa no Brasil para trabalhosem conjunto.

Cancelamento – Prestes ase completar os 100 anos deimigração, o Bunkyo tem delidar com uma situação nãotão confortável: os pedidos decancelamento de associados.Somente no ano passado, 54associados pediram cancela-mento. Segundo o presiden-te da comissão de RecursosHumanos, Elzo Sigueta, ou-tros dois associados solicita-ram pedidos de alteração declasse contribuinte, bemcomo um pedido de isençãopor ter 75 anos de idade e 20anos de contribuição. Poroutro lado, durante a reuniãonão foram informados o nú-mero de novos sócios queentraram na entidade em2006.

Kokei Uehara (em pé) pediu empenho e dedicação aos membros do colegiado do Bunkyo

JORNAL NIKKEI

Celebrar e desejar às ga-rotas um crescimento saudá-vel e feliz. Com esse intuito queacontece, no próximo fim desemana (03 e 04 de março), oHinamatsuri, Festival das Me-ninas, no Pavilhão Japonês doParque do Ibirapuera. Umapromoção conjunta entre oConsulado Geral do Japão emSão Paulo, a Sociedade Brasi-leira de Cultura Japonesa eAssistência Social, o Bunkyo,e a JETAA Brasil.

Um evento para divertir cri-anças e adultos com apresen-tações de taikô e o especial“Mukashi – Contos do Japão”,teatro exclusivo para a data.Serão cinco histórias baseadasem narrativas nipônicas: oTanabata Matsuri (Festival daEstrelas), Issunboshi (O peque-no polegar japonês), Urashima-taro (Urashimataro, o pesca-dor), Kasajizou (O chapéu depalha do Jizou), Hagoromo (Ha-goromo, o véu encantado).

Segundo uma das organiza-doras, Yukimi Tabata, as crian-ças terão a oportunidade de tercontato com a cultura japone-sa através da brincadeira. A in-tenção era promover algo dife-rente relacionado a tradição etambém propagar o JetProgramme, programa de di-vulgação da cultura brasileira noexterior.

EVENTO

Hinamatsuri é opção de diversão no Pavilhão Japonês

Entretanto, não são apenasos espetáculos que tomam con-ta da festa. A organização pre-para também uma programa-ção interativa aos visitantes.Na ocasião, monitores irãocoordenar atividades e oficinasartísticas para a molecada detodas as idades.

Origami, brinquedos tradici-onais nipônicos estarão dispo-

níveis para manuseio e brinca-deiras tais como: cinco marias,desafio Daruma, balões de pa-pel, bilboquês, piões, entre ou-tros, e explicação sobre culturajaponesa por meio de peças emexposição fazem parte da pro-gramação. Haverá também o“cantinho do kimono”, umaoportunidade para vestir ohappi (kimono curto) ou oyukata (kimono de verão) e ti-rar uma foto. Por isso a organi-zação recomenda levar câmerafotográfica e registrar a cena.

LOCAL: PAVILHÃO JAPONÊS DO PARQUE

DO IBIRAPUERA - PORTÃO 10DIA: 3 E 4 DE MARÇO DE 2007HORÁRIO: 10H~12H E 13H~17H

PREÇO: ADULTOS – R$3,00 E CRIANÇAS

(5 A 12 ANOS) – R$2,00ESPECIAL: “MUKASHI - CONTOS DO

JAPÃO”SOLICITAÇÃO DE INGRESSOS GRATUITOS

ANTECIPADOS:[email protected] OU

3254-0100

Tradições japonesas serão apresentados em peça teatral

DIVULGAÇÃO

Na sexta-feira da semanapassada (16), foi preso o ex-dekassegui Humberto JoséHagime Alvarenga, acusado deassassinar o comerciante japo-nês Kaname Mikami e de ten-tativa de incendiar seu estabe-lecimento, em Hamamatsu (Shi-zuoka), no mês de novembro de2005. Alvarenga é o primeirodekassegui foragido a ser pre-so no Brasil, após trabalho con-junto da Polícia Federal japone-sa, do Ministério Público Esta-dual e da Polícia Militar. Encon-trado na casa dos pais em RioCasca, Minas Gerais, o nikkeinão ofereceu resistência, masplanejava uma fuga após sernotificado de que a documen-tação do Japão havia chegadoao Ministério Público, segundoo promotor do caso JoaquimJosé Miranda Júnior.

“Populares confidenciaramque Alvarenga já tinha vendi-do o seu lava jato e preparava

CRIME NO JAPÃO

Primeiro dekassegui foragido no Brasil épreso em Belo Horizonte

para viajar para São Paulo du-rante o Carnaval, apesar deter declarado que aguardavacontato da Justiça brasileira.Ele já foi transferido para opara o DI [Departamento deInvestigação] de Belo Hori-zonte e agora aguardamos orestante da documentação dapolícia japonesa”, afirmaMiranda em entrevista ao Jor-nal Nikkei.

As autoridades policiais doJapão acusam o brasileiro deenforcar Mikami, o então pro-prietário de 57 anos do restau-rante, roubar 41.200 ienes eainda tentar incendiar o esta-belecimento. Cinco dias apóso crime, Alvarenga voltou parao Brasil e adquiriu um lava ajato em Rio Casca. Na épocado crime, o brasileiro estavadesempregado no Japão.

“O trabalho da perícia ja-ponesa foi excelente, com exa-mes de DNA, gráficos técni-

cos, fotografias, além de con-tar com o depoimento de di-versas testemunhas. As evi-dências são muito fortes e, porisso, a defesa do réu dificil-mente reverterá a situação”,explica Miranda.

Sobre a possibilidade de ex-tradição, Miranda frisa que aspossibilidades são remotas.“Sempre que acontece um cri-me no exterior, há abaixo-assi-nados e outros movimentospara que o réu seja julgado noexterior. Mas as chances sãomínimas, porque tal ato seriainconstitucional. Já existe oprincípio de extraterritorialida-de, que permite o julgamento noBrasil de criminosos que voltampara o País”. Ele coloca, po-rém, que “um simples pedidodas autoridades estrangeiras éa mola mestra para iniciar qual-quer processo criminal.”

Segundo Miranda, umamedida que poderia contribuir

para a diminuição de delitosseria a reforma judicial. “Mui-tos criminosos sabem que apena por aqui é mais branda, eacabam voltando. Uma açãofrente ao Congresso Brasilei-ro para que as leis fossemmais rigorosas deveria ser fei-ta. Isso desestimularia a fugados infratores.”

Alvarenga deverá ser jul-gado no Brasil e, se condena-do, poderá receber pena de 20a 30 anos de prisão. Ele foi osegundo nikkei indiciado pelapolícia brasileira após pedido dogoverno japonês. O primeirofoi Milton Noboru Higaki, acu-sado de atropelar a estudanteMayumi Ochiai em Hamama-tsu, em 1999. A parceria entreo Ministério Público Estaduale a polícia japonesa auxiliarátambém na solução de even-tuais crimes praticados porbrasileiros no Japão.

(Gílson Yoshioka)

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São Paulo, 24 de fevereiro de 2007 JORNAL NIKKEI 5

CIDADES/CAMPO LIMPO PAULISTA

Prefeitura inaugura maior projetode inclusão digital do Brasil

Formar mão-de-obra qua-lificada na área de infor-mática e, com isso, atra-

ir empresas de tecnologia parao município. Esse é o objetivodos Centros Municipais deTecnologia de Campo LimpoPaulista, inaugurados pela pre-feitura no início do mês. Comcapacidade para atender cer-ca de 3.500 alunos, os CMIs,como já são conhecidos, ofe-recerão cursos gratuitos de in-formática com certificação daMicrosoft. Além da parceriacom a maior empresa de in-formática do mundo, a NEC,a Smart e a PUC-SP aderiramà iniciativa do prefeito nikkeiArmando Hashimoto (PSDB).

“Campo Limpo Paulistapassa a oferecer o maior pro-jeto de inclusão digital do Bra-sil”, afirma o prefeito em en-trevista ao Jornal Nikkei. Acidade passa a ser a primeirada América Latina a utilizar in-tegralmente o pacote de edu-cação oferecido pela Micro-soft. Dessa forma, serão ofe-recidos formação básica e cur-sos especializados de certifica-ção internacional, como admi-nistradores de rede, programa-ção e engenharia de sistemas,entre outros.

Segundo Hashimoto, alémde proporcionar a capacitaçãopara os alunos do ensino mé-dio, até 2008, 100% dos alu-nos do ensino fundamental te-rão a formação básica ofere-cida pela Prefeitura. Indaga-do sobre a colocação no mer-cado de trabalho, o prefeitoexplicou que São Paulo e osgrandes centros serão os lo-cais com mais alternativas deemprego, uma vez que a ins-talação de empresas na cida-de levará mais tempo.

“O investimento é a longoprazo. Vamos preparar a cida-de com cuidados para a che-gada das empresas, mas nadaimpede que os novos talentosformados pelo programa sejamdescobertos por uma delas.Precisamos educar seguindoos moldes de países como oJapão, a Coréia e a Índia”,complementa.

No total, são cerca de 300computadores distribuídos em11 laboratórios. As salas detreinamento vão contar comequipamentos modernos,como a lousa digital, que per-mite o acesso à internet, alémde desenhar e gravar todo oconteúdo escrito. O projeto de

inclusão digital teve início em2004, com a compra de 500microcomputadores para asescolas municipais.

Formação restrita – Além daformação em informática, aPrefeitura oferece opções emoutras áreas, num total de 15bolsas de estudo e 80 vagas emescolas técnicas. Para con-correr às vagas é preciso terse formado em escola públicae ter renda per capita familiarde até dois salários mínimos.Sobre a possibilidade do de-senvolvimento de projetos vol-tados para áreas de humanase biológicas, Hashimoto afirma

ainda não ter planos e ainda co-mentou o programa Escola daFamília.

“Esse projeto [Escola daFamília] não dá qualificaçãoprofissional, é mais voltadopara o lazer. Assim, não cons-trói a ponte entre pobres e ri-cos porque não proporciona odiploma, que faz a diferençana carreira e no mundo. Pro-gramas assistenciais e de ge-ração de renda não vão resol-ver os problemas sociais”,pondera.

O Escola da Família é umprograma que une profissionaisda educação, estudantes uni-versitários e voluntários para

desenvolver potencialidadesjunto às crianças e interessa-dos. Nos finais de semana, cer-ca de seis mil escolas da redeestadual de São Paulo ofere-cem atividades voltadas às áre-as cultural, esportiva, de saú-de e de qualificação para o tra-balho.

Capacitação dos professo-res – Professores e dirigen-tes também receberão cursospara aprimoramento profissio-nal. Estão previstos cursos depós-graduação, liderança eneurolingüística, além de van-tagens salariais para os docen-tes que aumentarem a cargahorária e passarem pelos cur-sos de especialização. O cen-tro também será usado pelaPUC-SP para ministrar o cur-so Gestores de Tecnologia,voltado para secretários e di-rigentes de Educação.

“A neurolinguística é umaferramenta usada por execu-tivos que auxiliará o profes-sor a se impor na sala de aula.Apesar do bom desempenhodos alunos no provão do ensi-no fundamental, precisamosinvestir também nos educado-res, que terão oportunidade defazer pós-graduacão”, con-clui.

(Gílson Yoshioka)

CIDADES/JACAREÍ

Moradores e agricultores reivindicamsegurança para a área rural

A morte do imigrante japo-nês octagenário Kanroku Yo-shida no último dia 12, além dechocar a população da cidadede Jacareí (SP), mobilizou au-toridades da área de seguran-ça pública e, principalmente, apopulação da área rural da ci-dade. Yoshida era muito conhe-cido na região, onde plantavaflores, frutas e uma pequenacriação de gado para diversasfinalidades.

Ele foi surpreendido porassaltantes, na madrugada dodia 12, que invadiram sua pro-priedade no bairro de Itapeva,o balearam pelas costas e de-pois fugiram. A policia conti-nua investigando o caso, masainda não tem pistas dos auto-res do crime.

Solidário ao movimento,Luciano Fujinawa, tambémplantador de flores local, disseque é muito comum pequenosfurtos na zona rural. “Lá emcasa já cansamos de substituirfios roubados, mas desta vezos bandidos passaram dos li-mites”, desabafou, lembrando

que Yoshida era muito de seupai, Carlos Kenji.”

Após o assassinato de Yo-shida, os presidentes CarlosAmagai, do Nipo de Jacareí, ePaulo Turci, do Sindicato Ru-ral da cidade, convocaram apopulação rural para uma reu-nião especialmente para discu-tir e solucionar o caso de se-gurança da área rural junto aoConseg (Conselho Comunitá-rio de Segurança) de Jacareí,que reuniu as presenças deautoridades da segurança pú-blica de Jacarei, no dia 15, na

DIVULGAÇÃO

Reunião discutiu caso de imigrante japonês assassinado

Delegacia do Ciesp Centro daIndústria do Estado de SãoPaulo, no Auditório de Jacareí.

A mesa de autoridades foicomposta por Capitão PM Otto,Comandante da 1ªCia. deJacareí; coronel da Reserva,Belini, Secretaria da Seguran-ça Pública da cidade; Pedro deFátima Silva, delegado do 2ºDP; coronel da ReservaNorberto Vieira Lima, presiden-te do Conseg Jacarei; 1º tenen-te João Batista, Comandanteda 2ªCia.; e sargento Jessé, do3º Pelotão da PM Ambiental.

*KUNIEI KANEKO

O Banco Mundial está pa-trocinando uma pesquisa sobrea comunidade nipo-brasileiracomo parte dos projetos dascomemorações do Centenárioda Imigração Japonesa noBrasil. Nos dias 5 e 7 de feve-reiro, a funcionária da SensusPesquisa e Consultoria, Solan-ge Mítico Yoshijima, empresacontratada pelo Banco Mun-dial esteve em Registro (SP)com o intuito decolher materialpara a pesquisa,que tem comoobjetivo compre-ender a comuni-dade nikkei,mais precisa-mente os mem-bros da comuni-dade nipo-brasi-leira no Brasil eno Japão, nos as-pectos relacio-nados à sua qua-lidade de vida eimigração. Esta

pesquisa faz parte de um Pro-jeto Internacional do BancoMundial, dada a importânciacrescente dos movimentos mi-gratórios e das remessas pri-vadas como fonte de divisasnos países em desenvolvimen-to.

Badminton – Os jovens doDepartamento de Seinen (jo-vens) do Bunkyo de Registroestão entusiasmados em apren-der badminton, esporte pouco

praticado no País. O interessesurgiu quando se depararamcom as raquetes e as petecasde badminton no meio dosmateriais doados pala Jica doJapão a pedido da professoraMasae Matsumoto, que voltouao Japão no mês passado.

Ficaram sabendo que osjovens da Acenbo (AssociaçãoCultural e Esportiva Nipo-Bra-sileira de Osasco) praticam oesporte e organizaram umacaravana no dia 20 de janeiropara visitá-los. Rubens Shimi-zu e Satoru Sassaki, respecti-vamente, presidente vice doBunkyo, acompanharam os 13jovens registrenses. Após re-ceber as explicações e treinar,o gosto pela modalidade cres-ceu ainda mais.

Como parte do intercâmbio,no dia 11 de fevereiro 20 jovensda Acenbo estiveram em Re-gistro para ensinar este espor-te para 30 jovens locais no Gi-násio de Esportes do RBBC.

*Kuniei Kaneko é diretor de Divul-gação do Bunkyo de Registro

CIDADES/REGISTRO

Banco Mundial patrocina pesquisa sobre acomunidade nipo-brasileira

DIVULGAÇÃO

Centros de Tecnologia formarão mão-de-obra especializada em informática na cidade

Prefeito Hashimoto acredita em novos investimentos de empresas

Mitico Yoshijima esteve em Registro

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*PAULO MAEDA

INTERCÂMBIOBRASIL-JAPÃOA Aliança Cultural Brasil-Ja-pão do Paraná está receben-do inscrições de pessoas inte-ressadas e que tenham o cur-so superior (3º grau), para par-ticiparem do intercâmbio entrea Aliança e a Universidade deMeio, (Okinawa-Japão), numperíodo de 12 meses. Oscandidatos(as) devem arcarsomente com as despesas depassagens, ter conhecimentobásico da língua japonesa.Demais informações poderãoser obtidas pelo tel. (43) 3324-6418) ou na Rua Paranaguá,1782 em Londrina. As pesso-as interessadas deverão apre-sentar currículo.

KARAOKÊA Associação Cultural Bene-ficente Nipo-Brasileira Cen-tral-Rubiácea de Londrina pro-move amanhã (25) umkaraokê de confraternizaçãoentre seus associados a partirdas 9h, em sua sede social,próximo ao Ceasa, saída paraIbiporã.

TONARI GUMI TAIKAIA Associação Cultural e Es-portiva de Londrina promoveo seu 16º Concurso de Kara-

okê Tonari Gumi Taikai a par-tir das 9h, em sua sede social,em Londrina.

CURSO RÁPIDO DEJAPONÊS, PORTUGUÊSA Escola Modelo já está rece-bendo inscrições e matrículaspara cursos rápidos de japonês,e de português para japoneses.Inscrições abertas tambémpara o curso normal de japo-nês para novas turmas de cri-anças e adultos.

CURSO DE CHINÊSEm parceria com o professorHanpan estamos destinandouma sala para os interessadosem um curso de chinês(mandarin). Mais informa-ções com Márian pelo tel. (43)3324-6418.

VEREADOR NOVAMENTEO presidente da AssociaçãoCultural e Esportiva de Apu-carana, Satio Kayukawa dei-xou a Secretaria Administrati-va da Câmara Municipal deApucarana e como primeirosuplente do PFL, assumiucomo vereador no lugar deJoão Carlos de Oliveira queassumiu a Secretaria de Finan-ças da Prefeitura. Kayukawaestá na sua 7ª legislatura àfrente da Câmara Municipal deApucarana.

Informativo da Aliança Cultural Brasil-Japão doParaná e da Liga Desportiva e Cultural Paranaense

O presidente do Grupo MN,Nori Hito Matsuda, visitou noúltimo dia 16 o prefeito de Mogidas Cruzes, Junji Abe, paraapresentar seus novos produ-tos: o Hakkon – primeiro Sochugenuinamente brasileiro, produ-zido com mandioca orgânica, eo licor Umê-Shû. Os produtos,voltados tanto para exportaçãoquanto para abastecer o con-sumo interno, demonstram aevolução do grupo, que inclui asempresas MN Própolis, CetalS/C – Centro Tecnológico deAnálise de Alimentos e a MNShotyu, responsável pelas be-bidas.

“A gente fica extremamen-te feliz e orgulhoso com o su-cesso desta empresa, que ini-ciou suas atividades em Mogino ano de 2001, junto com nos-sa administração, e tem se des-tacado no mercado com pro-dutos de alto padrão e quali-dade certificada, inclusive ob-tendo sucesso no exterior”,destacou o prefeito.

Na avaliação de Junji, oGrupo MN pode ser apontadocomo um exemplo claro do

sucesso da política arrojada deatração de novas empresas einvestimentos, adotada pelaPrefeitura de Mogi desde oinício da atual gestão: “Apesarde Mogi ter restrições ambi-entais que impedem a instala-ção de indústrias em pratica-mente 97% de seu território,temos obtidos resultados espe-taculares, como recordes nacriação de empregos e nocrescimento da cidade. Isso dedeve ao esforço e comprome-timento de nossos empresári-os e ao trabalho incessante denossa Secretaria de Desenvol-vimento, que vasculha todos osquadrantes de nosso municípioà procura de oportunidades,com total dinamismo”.

Além de apresentar os no-vos produtos, o empresárioMatsuda informou ao prefeitoque a empresa planeja adqui-rir uma área ao lado da atualfábrica, que possui de 4 milmetros quadrados construídosna Vila Industrial, incluindo umlaboratório de análises físico-químicas com 1,6 mil metrosquadrados.

CIDADES/MOGI DAS CRUZES

MN apresenta novos produtosfabricados em Mogi

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6 JORNAL NIKKEI São Paulo, 24 de fevereiro de 2007

GRAVIDEZ

Infertilidade: um problema queaumenta de acordo com a idade

Ser mãe parece ser umavontade natural de toda mulher.Ver a barriga crescer, escolhero nome, montar o enxoval, fa-zer planos. Tudo isso faz partequando um casal decide trazerum herdeiro à família. No en-tanto, muitas pessoas se depa-ram com alguns empecilhos nomomento de concretizar o talsonho.

Segundo o médico especi-alista em reprodução humana,Joji Ueno, em torno de 15 a20% dos casais apresentamdificuldade na hora de ter fi-lhos. Esse diagnóstico é obser-vado após um ano de tentati-va. “Aparentemente eu não ti-nha nada, nem meu marido.Mas estávamos tentando des-de 2002 e eu não conseguiaengravidar”, lembra a comer-ciante Sandra Chibana, de 34anos.

Em vista da impossibilida-de de gestação, a nikkei pro-curou ajuda médica. Em seusexames foi constatado queuma das trompas estavaobstruídas, mas o que a impe-dia de engravidar eram ospólipos existentes em seu úte-ro. Sendo assim, a nikkei fez acirurgia, chamada de videola-paroscopia, para retirar ospólipos e então, conseqüente-mente, ela conseguiria criaruma vida dentro de si.

Entretanto, somente duran-te a operação, foi descobertoque os dois canais estavam in-terrompidos. “Quando soubefique chateada. Chorei bastan-te”, lembra. Sua vontade erade poder curtir a maternidadedesde o começo, fato que nun-ca realizou mesmo já sendomãe. Isso porque seu maridoé viúvo e tem três filhos, asquais ela cuida desde peque-nos.

Por outro lado, o consolo foio avanço da medicina. As no-vas tecnologias mostram resul-tados eficazes aos casos deinfertilidade até mesmo emmulheres com 35 anos ou mais,idade considerada de riscopara se ter um filho. E, semperder tempo, Chibana iniciouo tratamento. “Esse ano faço35 anos e não quisemos espe-rar”, explica.

Tamanho era o desejo deum bebê, que ao realizar a fer-tilização, o casal optou por fe-cundar dois óvulos, já que senão desse certo, teriam queesperar um tempo para tentarnovamente. E o resultado é

uma menina com o nome deVitória, prevista para alegrar acasa em abril deste ano.“Quando recebi a notícia, eunão sabia se ria ou se chora-va. Felicidade total”, emocio-na-se.

Nova realidade - São diver-sos os motivos de casos deinfertilidade. Principalmentenos dias atuais, em que asmulheres criaram outras prio-ridades à frente do casamentoe do desejo de ser mãe. A es-tabilidade financeira e a pro-fissão são um dos motivos quelevam a adiar a gravidez, ain-da mais com o apoio de méto-dos anticoncepcionais que fa-cilitam a decisão do momentomais oportuno de ter um bebê.

Com isso, a dificuldade emter filhos aumenta com o pas-sar dos anos. De acordo comUeno, que também é doutor naFaculdade de Medicina daUSP, aos 35 anos 33% dasmulheres são inférteis; e, aos40, o número aumenta para87%. Além disso, “após os 35é mais difícil engravidar por-que a mulher tem menos óvu-los e é menos fértil”, explica.

A decisão de adiar a ma-ternidade também é reflexo doaumento da expectativa devida do brasileiro, que já vive,em média, 71,3 anos. Segundodados do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE)o número de mães com maisde 40 anos no Brasil cresceu27%, entre 1991 e 2000.

Dados da Fundação Seade,Sistema Estadual de Análisede Dados, no Estado de SãoPaulo, indicam que em um pe-ríodo de 10 anos (1995-2005)houve um aumento de 2,3%em relação ao número de fi-lhos (nascidos vivos) de mãesdos 35 aos 39 anos. Ou seja,em 1995, de um total de680.643 bebês (de mães detodas as idades), 44.891 foramde mães desta faixa etária, oque representa 6,6%. Já em2005, o número de nascidoscaiu para 619.137, porém, maismulheres dos 35 aos 39 anosengravidaram e o número debebês aumentou para 55.152(8,9%).

As chances de gestaçãodiminuem com a idade, emdecorrência de vários proble-mas ginecológicos como cis-

tos, miomas, infecções eendometriose, além da diminui-ção da reserva e da qualidadedos óvulos, fatores estes de-correntes da idade que é umadas causas da infertilidade.

Por conta disso, o que fa-zer para ter filhos? O médicoexplica que aos casais que ten-tam há um ano e não conse-guem, o recomendado é pro-curar um especialista para di-agnosticar o problema. Segun-do ele, o correto é fazer reali-zar primeiramente examespara identificar o problema eentão escolher o tratamentomais indicado, desde fertiliza-ção in vitro, como no caso deChibana, bebê de proveta oucirurgias de correção.

Uma das técnicas de repro-dução assistida mais simples,utilizada quando a mulher nãoovula regularmente, consisteem administrar hormônios parasuperestimular os ovários.Normalmente, a mulher pro-duz um óvulo por ciclo mens-trual. Com o medicamento, elapode formar diversos folículose liberar muitos óvulos.

Entretanto, não é recomen-dável realizar a inseminaçãointra-uterina quando há mais quetrês folículos, devido ao risco deuma gravidez múltipla. O mé-todo funciona em 10% dos ca-sos indicados. Casos mais deli-cados exigem a inseminaçãoartificial. Os espermatozóidesdo marido ou de um doador sãorecolhidos, assim como os óvu-los, e a fecundação é feita “ar-tificialmente”, fora do corpo. “Achance de sucesso é de 30%,dependendo da paciente. Após,no máximo, três tentativas, aprobabilidade de gravidez parauma mulher de 35 anos podeaumentar em até 50%”, infor-ma o especialista em reprodu-ção humana.

(Cibele Hasegawa)

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Aos 34 anos, Sandra Chibana encontrava dificuldade para engravidar

ARQUIVO PESSOAL

Em seu 12º evento anual, aZeladoria do Planeta do Brasil(ZPB) promove, hoje (24) eamanhã (25), um grande atode cidadania e amor pela ci-dade, com a participação de 8delegados vindos do Japão ecerca de mil pessoas confir-mados para o evento.

Hoje, a partir das 9h, osbanheiros da Escola EstadualRodrigues Alves, na AvenidaPaulista, serão lavados pelosdelegados japoneses que virãoa São Paulo exclusivamentepara esta ação, do MovimentoInternacional Zeladoria do Pla-neta. A concentração ocorre-rá às 8h, no próprio local.

Hideaki Iijima, fundador doSoho Cabeleireiros e um dosresponsáveis pela introdução doMovimento Zeladoria do Pla-neta no Brasil, afirma que cui-dados com a cidade, como var-rer ruas e lavar os banheirospúblicos, só demonstram cari-nho por São Paulo e pelo mun-do. “Precisamos desenvolver aconsciência de que somos ze-ladores do planeta, estamosaqui de passagem e é nossaobrigação preservar as condi-ções de vida para as gerações

futuras”, completa Iijima.

Cartão-postal – Amanhã (25),um mutirão de limpeza varreráa sujeira de um dos mais im-portantes cartões-postais deSão Paulo: a Avenida Paulista.Cerca de mil pessoas se dividi-rão ao longo da Avenida, comvassoura nas mãos, dispostas alimpar as duas calçadas da Ave-nida Paulista, do Paraíso até aConsolação.

“Varrer ruas e limpar banhei-ros é um gesto de humildade ede consciência da nossa respon-

sabilidade com o planeta. Cons-truir um mundo melhor é papelde cada um”, afirma Iijima.

A varrição das ruas e lim-peza dos banheiros contarácom a participação da Uniãodos Escoteiros do Brasil,Seicho-no-Iê e Soho Cabelei-reiros. A concentração dosvoluntários está marcada paraas 7h30, diante do Club Homs,na Avenida Paulista, com pre-visão de encerramento às 11horas. A participação é aber-ta a voluntários: basta levar avassoura.

Zeladoria – O Movimento Ze-ladoria do Planeta nasceu em1992, inspirado no Nihon-no-Soji-ni-Manabu-Kai (Encontro doJapão Aprendendo Através daLimpeza), uma organização quepromove o desenvolvimento dacidadania através da limpeza delugares públicos.

O movimento tem dois prin-cípios básicos: o respeito pelanatureza começa pela limpe-za, pela educação ambiental e,o outro, essa conduta tambémajuda a limpar não só o mun-do, mas a alma. O movimentoque nasceu com a limpeza deum banheiro de escritório eextrapolou para os parques eáreas públicas, tem feito adep-tos no Japão, onde possui atu-almente cerca de 40 núcleos,e no mundo inteiro.

A sede brasileira fica emSão Paulo, na Av. BrigadeiroLuiz Antonio , 2367, 19º andar.“Nossa missão é zelar pelobem estar e a integridade doplaneta, lapidando o espírito pormeio da limpeza. É dessa for-ma que crescemos e nos de-senvolvemos como seres hu-manos”, ensina Iijima

CIDADANIA

São Paulo recebe limpeza da Zeladoria do Planeta

Programa contará com voluntários para a limpeza de ruas

DIVULGAÇÃO

INTERCÂMBIO

Universitárias japonesascolhem informações no Brasil

Um grupo formado por qua-tro estudantes japonesas aca-ba de chegar ao Brasil paraincrementarem seus estudos noJapão. Estudantes de Multicul-turalismo com ênfase em idio-mas na Konan Womens Uni-versity, as universitárias farãoum tour por algumas das me-trópoles brasileiras, com o in-tuito de levar para a sala deaula informações para a con-clusão do curso.

Comandadas pela professo-ra Lílian Terumi Hatano, o gru-po passará por São Paulo, Re-cife, Rio de Janeiro, Manaus eFoz do Iguaçu. Em cada umdos lugares o grupo visitarácentros históricos e conversarcom pessoas para a realizaçãode estudos. “Como as estu-dantes já têm contato com acultura brasileira em sala deaula, é importante que tenhamtambém a vivência”, afirma aprofessora.

Já em sua terceira vinda aoPaís para acompanhar gruposde estudos, a especialista con-ta que a vinda para o Brasil trazum outro tipo de conhecimen-to, que vai muito além dos li-vros. Principalmente quandose fala das festas tradicionais– caso do Carnaval – e dosantagonismos dentro do con-ceito social.

“Vamos visitar desde fave-las até festas típicas. Temos

contado ainda com a ajuda deum cantor, que nos guiará poralguns lugares típicos do Nor-deste. Além disso, as estudan-tes ficarão também dois diasem casa de família para con-viverem com a cultura dosnikkeis”, adianta Hatano, queestá no Japão há muitos anos,sempre mostrando as caracte-rísticas do Brasil aos japone-ses. “Mas é totalmente dife-rente. Não dá para dar umanoção exata sem, pelo menos,visitar uma vez o Brasil.”

Para a estudante KeikoTaniguchi, de 20 anos, a visitaproporcionará uma outra visãodo Brasil, principalmente nasquestões até então desconhe-cidas pela maioria dos jovensjaponeses: a imigração. “Éuma forma de estudar o fenô-meno da imigração, que atéentão não são aprofundadasnos livros japoneses”, destacaela. Já a professora Hatano vaialém, pois, para ela, o Japão nãoprocura explicar os motivos dosjaponeses virem ao Brasil noperíodo da guerra. “Eu sempreprocuro informar os alunos so-bre o que ocorreu, contar umpouco da história. Muitos estu-dantes ficam assustados, alémde demonstrarem muito inte-resse. Inclusive, um dos assun-tos a serem abordados em salaé o Centenário da Imigração”,garante.

JORNAL NIKKEI

Lílian Hatano (à esq.) acompanha estudantes japonesas no Brasil

GERVÁSIO BAPTISTA/ABR

AÇAÍ – Patente da fruta açaí foi recuperada pelo país.Registro era explorado por japoneses.Na foto, açaí na tigela em bar da capital federal.

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São Paulo, 24 de fevereiro de 2007 JORNAL NIKKEI 7

A culinária ni-pônica se populari-zou e restaurantesjaponeses não pa-ram de ser inaugu-rados pela cidade.A comida orientalvirou sinônimo deuma alimentaçãosaudável e con-quistou o paladardos brasileiros.

Mas será queos pratos que pro-vamos são iguaisao tradicionalmen-te servidos no ar-quipélago? Apai-xonado pela gas-tronomia japonesa,Sergio NevilleHolzmann propôsresgatar a comida original dopaís e mostrar o que a tal daculinária contemporânea - quevirou moda no Brasil - tem pri-vado aos ocidentais.

Em Sushi: Sabor Milenar,o autor oferece aos leitores ummanual sobre o alimento, eaborda desde a história do pra-to ao rito de degustação. “Osushi é vítima do seu grandesucesso. Hoje, pode ser encon-trado em qualquer lugar domundo e com isso começou asofrer uma deturpação e umapopularização exagerada”, ex-plica Holzmann.

A idéia surgiu com umabrincadeira entre amigos. Fã egrande conhecedor da culiná-ria nipônica, ele marcava, comfreqüência, encontros em res-taurantes japoneses e deixavaos colegas com inveja ao pe-dir partos que os demais nãoconseguiam encontrar no car-dápio. “Pensei: vou escreverum guia para meus amigos!”.

Autor de dois romancespublicados, Holzmann achouque o material tinha potencialpara ser mais um livro. A obranão tem receitas e traz aos in-teressados as lendas sobre osushi, como a apresentaçãovaria de acordo com a esta-ção do ano e as bebidas queacompanham o alimento a eti-queta na mesa.

Pedaço de goiabada – Ape-sar de se dizer apaixonado pelagastronomia japonesa,Holzmann não é um grandeapreciador de peixes “tradici-onais”. Ele experimentou pelaprimeira vez um peixe cru hámais de 30 anos e desde entãoa comida ganhou a preferên-cia.

“Eu trabalhava no Rio deJaneiro na época e fui almo-çar com meu estagiário, queera nissei. Fomos num restau-rante que servia comida chi-

nesa, mas que tinha alguns pra-tos japoneses. Ele então per-guntou se teria algum proble-ma para mim se ele pedissepeixe cru. Olha só como eranaquela época! Eram raros osrestaurantes japoneses e co-mer peixe cru não era bem vis-to”, recorda.

Holzmann não impediu opedido, mas ficou imaginandoo aspecto do alimento, o quenão lhe agradava muito. “Es-tava curioso para ver o aspec-to porque imaginava um peda-ço de peixe cheio de escamase com cheiro forte. Foi quan-do a garçonete trouxe um pra-to totalmente diferente do queeu pensava. Fiquei olhando eachei lindo, parecia um peda-ço de goiabada”, brinca.

O autor não se contentouapenas em olhar. Ele experi-mentou e, em seguida, pediuoutro prato. Profissional daárea de tecnologia, Holzmannpassou cerca de 12 anos forado País. Entre os destinos es-tava o Japão, onde aproveitoupara provar de tudo.

Apesar de grandedegustador, ele não preparasushi em casa. “Eu frustromuito. Tentei várias vezes echeguei a conclusão de quefaz muita sujeira, não fica tãogostoso como no restaurantee sai mais caro”. Dos locaispelos quais passou, o autorafirma que o melhor sushi queexperimentou fora do Japãofoi em Hong Kong. “Para fa-lar a verdade, em São Paulosó existem meia-dúzia de res-taurantes japoneses. O resto,apenas serve comida japone-sa”.

Sushi: Sabor Milenar(R$ 34,90) é uma publicaçãoda Publifolha e pode ser ad-quirido nas principais livrarias,pelo telefone 0800-140090 oupelo site http://publifolha.folha.com.br.

CULINÁRIA

Sushi: Sabor Milenar é manual paraquem quer conhecer as tradições

Livro propõe resgatar a comida originaljaponesa

DIVULGAÇÃO

Uma viagem surpreen-dente pelo caleidoscó-pio artístico de um

grande criador. O estilista JumNakao e o músico Paulo Betorealizam a palestra “A Costu-ra do Invisível”, no EspaçoCultural da Fundação Japão. Oevento tem entrada gratuita, eacontece no dia 02 de março.A palestra propõe uma jorna-da rumo ao processo criativo.Através de imagens e sons, asinquietações próprias dos cri-adores são trazidas à tona, con-duzindo o espectador ao mer-gulho para desvendar o quenão se vê sem o pensamento.

Em 17 de junho de 2004,diante de uma platéia de 1200pessoas da São Paulo FashionWeek, o estilista Jum Nakaochocou e encantou o públicoao realizar uma performanceousada. No final do desfile, asmodelos rasgaram elaboradís-simas roupas de papel vege-tal, construídas em mais de 700horas de trabalho. O públicoacaba tornando-se cúmplicede toda jornada, desde a pri-meira reunião da equipe de tra-balho, seguida pela confecçãodas delicadas roupas de papel(que seguiram referências es-téticas do final do século XIX),até o dia do desfile, e seus es-perados imprevistos.

A transparência dos papéisrendados, o aspecto artesanale a fragilidade das formas re-metem aos monges da EraHeian (742-1192) e aossamurais do período Kamakura(1192-1333), que se protegiamdo frio com roupas de papelcosturadas com fios de seda,

consideradas sublimes,símbolizando uma vida simples,humilde e efêmera. Na EraEdo (1616-1868), as roupas depapel se popularizaram, prin-cipalmente no inverno.

O destaque da palestra sãoas imagens do processo dedesenvolvimento dessa cole-ção de papel, considerada pelaSPFW como o desfile da dé-cada de moda no Brasil, e umdos mais importantes desfilesdo século, pelo Museu de

Moda de Paris.

Arte e tecnologia – JumNakao é estilista e diretor decriação, brasileiro e neto dejaponeses. O artista percebeuna moda a possibilidade deaproximação com a tecnologia,iniciando sua formação em1984 através do CIT – Coor-denação Industrial Têxtil.

Em 1988 cursa licenciatu-ra em Artes Plásticas na Fa-culdade Armando Álvares

MODA

Costura invisível de Jum Nakaoé destaque na Fundação Japão

Penteado e em 1989 faz ex-tensão universitária em Histó-ria da Vestimenta no Institutode Museologia de São Paulo eHistória da Moda no SENAC.Em 1996 foi considerado agrande revelação da 6a Ediçãodo Phytoervas Fashion e as-sumiu a diretoria de Estilo daZoomp, onde permaneceu porseis anos.

Em 2005, a convite do di-retor Luiz Fernando Carvalho,o estilista participou damicrossérie Hoje é Dia deMaria , da TV Globo, respon-dendo pela concepção e cria-ção de uma corte real. Nomesmo ano, Jum lança o livroe documentário A Costura doInvisível, realizados a partir dereferências do desfile de ve-rão 2004, editado pelas Edito-ras SENAC.

Foi convidado em janeiro de2006 pela curadora internacio-nal Anne Zazzo, do Galliera(Fashion Museum of Paris), paraparticipar da Mostra Internaci-onal dos mais representativostrabalhos de moda de todo o sé-culo 20 até hoje. Em julho de2006 lança a coleção OXTO –JUM NAKAO. Realiza em2006 a direção criativa da ópe-ra Kseni, de Jocy de Oliveira.Dissecando o mundo, JumNakao costura o imprevisível.

Parceria musical – Músico,compositor e produtor de mú-sica eletrônica desde 1988,Paulo Beto trabalha na produ-tora de animação Lobo, ondeproduz sound-design para co-merciais, abertura de progra-mas de televisão, vinhetas paracanais a cabo, sites, clipes eprojetos especiais para o mer-cado nacional e internacional.

Produz trilhas autorais paratodos os desfiles do estilistaJUM NAKAO desde 2000,apresentadas na Semana deModa e na São Paulo FashionWeek, e assina a trilha do do-cumentário A Costura do Invi-sível, parte integrante do livrohomônimo.

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Encontro mostrará transparência dos papéis rendados

DIVULGAÇÃO

O Instituto Arte Cerâmica– IACE, da Fundação MokitiOkada, abre as inscrições paraas novas turmas de 2007. Asaulas iniciam em março e es-tão sendo oferecidos cursos:livre de modelagem livre emcerâmica e curso de modela-gem em cerâmica em tornoelétrico.

O primeiro, tem como ob-jetivo fazer com que os alunosadquiram afinidade com a ar-gila e ferramentas utilizadas,modelando peças básicas uti-litárias ou até mesmo objetosesculturais. O curso tem du-ração de pelo menos oito me-ses, com turmas de no máxi-mo 12 alunos.

Quanto ao curso com tor-no elétrico, é ministrado comuma máquina que auxilia o alu-no na construção das peças,permitindo a produção em sé-rie das mesmas. Esse materi-al pode ser usado para comer-cialização ou ainda como for-ma de terapia. A duração tam-bém é de no mínimo oito me-

ARTE CERÂMICA

Instituto da Fundação Mokiti Okada abreinscrições para seus cursos de 2007

ses e o número máximo per-mitido é de cinco alunos.

Os cursos acontecem umavez na semana com duas ho-ras e meia de duração e sãoministrados por professorescom grande experiência noassunto. Mais informaçõesentrar em contato no Institutopelo telefone (11) 55738099.

Acessibilidade – O Institu-to Arte Cerâmica – IACE, daFundação Mokiti Okada, foifundado em outubro de 1982.Por ele já se passaram maisde 6000 alunos, representan-do, assim, um importante es-paço de expressão para ocampo das artes. Com aulasabertas que estão equilibradasentre o conhecimento da argi-la e suas infinitas possibilida-des plásticas, o conhecimentode técnicas de queima, dife-rentes formas de decoração euso de cores, o curso permiteque a arte seja um objeto deacesso a todos e que desde oprimeiro momento os alunos jápossam estar criando diferen-

tes objetos e se envolvendocom todos os aspectos destaarte milenar.

INSCRIÇÕES PARA OS CURSOS DE CERÂMICA

INSTITUTO ARTE CERÂMICADA FUNDAÇÃO MOKITIOKADARUA: FREI EUZÉBIO DA SOLEDADE, 84 –VILA MARIANA – PRÓXIMO À ESTAÇÃO

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PERÍODO: MANHÃ, TARDE E NOITE

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8 JORNAL NIKKEI São Paulo, 24 de fevereiro de 2007

Inspirado em sons suaves, Kenio Fuke preparou novo trabalho recheado de melodias suaves

JORNAL NIKKEI

MÚSICA

Utilizando sons de paisagens naturais, músicoKenio Fuke faz show de lançamento de CD

Ocanto dos pássaros, operfume das flores e avisão do mar são pri-

vilégios de poucos nos temposatuais. Na correria do dia-a-dia, os raros momentos de con-tato com elementos da natu-reza acabam passando desper-cebidos. Pensando em supriressa carência, o nikkei KenioFuke lançou o CD Piano eNatureza Vol. 2. Utilizando-sede sons de paisagens naturais,Fuke compôs dez canções newage que estão no repertório doshow gratuito que acontece naSaraiva Mega Store do Shop-ping Morumbi na próxima sex-ta-feira (3), a partir das 18 h.

“Vivemos numa cidade depedra com muita poluição, semespaço para o verde e o mar.Além disso, o homem moder-no tem uma vida materialistae desequilibrada. Acredito queo meu CD pode ser ouvido emcasa, no carro ou em qualquerlugar, para harmonizar o cor-po, a mente e o espírito”, afir-ma o nikkei em entrevista aoJornal Nikkei no estúdio desua casa, no bairro deItaquera, em São Paulo.

O segundo trabalho solo deFuke visa à integração do ho-mem à natureza e o estabele-cimento de uma harmonia vi-tal. Ele executa as dez faixas– “o número significa perfei-ção na numerologia” – no pia-no acústico e nos teclados,além de ser responsável pelosarranjos e composições. Asmúsicas Tocando a alma, Líri-os do campo, Sol nascente eSakura contam com a partici-pação do violonista LeandreGomes.

Com andamento lento emelodias suaves, o CD foi bemrecebido nas escolas de yoga,de relaxamento e entre os fãsdo gênero. “Muitas pessoasnão conseguem ouvir esse tipode música, é uma questão desintonia. Desde a Antiguidade,a música erudita eleva espiri-tualmente as pessoas, ao con-trário da profana.”

Fuke cita um experimentocom três plantas expostas a umambiente sem música, ao rocke ao clássico, respectivamen-te, para ilustrar a influência dossons “mais sublimes”. “A plan-ta que ouviu música erudita foia que mais se desenvolveu. Aspessoas também estão sujeitasa essas energias, apesar de

achar que em todos os estilosexistem trabalhos bons emaus”, explica.

Outras atividades – Provade seu ecletismo musical, sãoas atuações de Fuke comomúsico e produtor: passeandopor diversos estilos, do pago-de ao jazz, o nikkei teve quese adaptar às exigências danoite paulistana e do mercadopara seguir na profissão apósse formar em piano clássico,composição e regência peloConservatório Dramático deSão Paulo da USP.

Desde o início dos estudos- aos 10 anos com o maestroAlveraro Belda Neto – o nikkeipratica diariamente o piano

para aprimorar a performan-ce no instrumento. Mas afir-ma que outra atividade sua –a de professor – é outra for-ma de manter seu desempe-nho, por exigir a recordação detodo o material já visto.

O músico coloca que é pre-ciso aliar a aptidão com a de-dicação para atingir um bomnível como instrumentista. “Odom é uma coisa que vocêherda, traz de outras vidas, masmuitas pessoas que nasceramcom esse privilégio não se es-forçam o bastante. Outrasmenos talentosas, mas empe-nhadas, podem chegar maislonge”, complementa.

Músico no Brasil – “O bra-

sileiro é um artista no palco davida. Ele já tem a música den-tro de si e sabe lidar com asmais diferentes situações quesurgem de uma hora para ou-tra”, afirma o compositor. Ape-sar de ter tido oportunidadesde morar no exterior, Fuke pre-feriu trilhar o seu caminho noBrasil.

Com escolas conceituadase bons profissionais do ramo,o País oferece todas as condi-ções para a formação de umacadêmico. Ele cita como di-ferenças, porém, a cultura, omercado de trabalho e o con-texto político-econômico como

diferenças que acabam influ-enciando na carreira dos mú-sicos.

“Nos Estados Unidos,quando quiseram tirar as au-las de música das escolas háuns dez anos, houve uma rea-ção de toda a sociedade. NaEuropa, por exemplo, há umpiano em cada dez casas. Ape-sar de existir o samba e outrosritmos populares acessíveis àpopulação no Brasil, é precisomais incentivos do governo eunião dos músicos para que aprofissão seja respeitada comolá fora”, conclui.

(Gílson Yoshioka)

Quem se delicia com osartigos publicados no JornalNikkei pelo escritor e jornalis-ta Shigueyuki Yoshikuni, podeagora encontrá-los reunidosnuma única obra. Trata-se dolivro “No limiar dos 100 anos– Crônicas e outros escritos”(Editora Dinâmica, 90 páginas,R$ 12,00).

Seu mais recente trabalho –é autor também de “Aspectosda Imigração Japonesa – UmDepoimento” (1998),“Primícias de um Insensato”(1999), “Velório no Carnaval”(2001) e “Histórias de TemplosBudistas” (2004) – é uma co-letânea de artigos, crônicas ereportagens publicados em jor-nais da comunidade nipo-bra-sileira, entre eles o Jornal

LITERATURA

Shigueyuki Yoshikuni lançalivro de crônicas

Nikkei.Interessados em adquirir o

livro devem ligar para o tele-fone: 14/3522-4032 (falar comShigueyuki Yoshikuni)

REPRODUÇÃO

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São Paulo, 24 de fevereiro de 2007 JORNAL NIKKEI 9

Na elegante esquina daAlameda Lorena coma Rua Padre João

Manoel, o Kanji Sushi Loungecompleta dois meses de funci-onamento. A segunda casa deTico Tanus tem a proposta deunir modernidade com traçostradicionais da cultura nipôni-ca. A começar pela decoração,que conta com os desenhos deduas carpas que ocupam umdas paredes do restaurante eo alto do bar instalado na en-trada da casa.

Grandes e coloridos, os pei-xes quebram o tom sóbrio dopreto e anunciam aos que en-tram no espaço a linha segui-da no estabelecimento: ten-dência contemporânea comtoques orientais. A propostados arquitetos Luiz OtávioMello e João Vicente SimãoCunha está em harmonia como cardápio elaborado pelo chefJosé Maria Meira.

Ao abrir o cardápio o cli-ente é informado do sistema derodízio disponível na casa. Omenu degustação é compostode entradas, partos quentes eopções de sushi e sashimi.Para provar a variedade, ocusto é de R$ 27,00 no almo-ço de segunda a sexta e de R$37,00 para o jantar e finais desemana. “A variedade é gran-de e a relação custo e benefí-cio é muito boa”, afirma osushiman Rogério Soares No-gueira da Silva.

Antes de ocupar o espaçodetrás do balcão, Silva era fun-cionário de uma companhia te-lefônica. A quantidade de ser-viço foi reduzida e ele buscounovas fontes de renda. A pri-meira oportunidade foi traba-lhar como cumim e depois dequatro meses de auxiliar degarçom ele foi promovido epassou a aprender os segredosda cozinha. A investida lhe ren-deu bons frutos e sua habilida-de chegou a ser aprovada atépor uma nativa. “Teve uma vezque uma japonesa veio jantarno restaurante. Ela não falava

nada em português e eu servialguns sushis e sashimis con-temporâneos. Os orientais ge-ralmente preferem os mais tra-dicionais, mas ela aprovou asinvenções”.

‘Cozinha de fusão’ – Filho demineiro, criado por uma baianae com quatro anos de experi-ência com a culinária japone-sa. Fabiano Carvalho começoua mostrar o dom na arte decozinhar quando tinha 15 anos.Formado em gastronomia ecursando pós-graduação naárea, o cozinheiro controla ospratos requintados que são pre-parados fora do sushi bar.

O menu já estava estabe-lecido quando Carvalho foicontratado pelo restaurante,mas é ele quem transforma alista de opções em detalhadasmontagens. A preferência ficapor conta do linguado ao cham-pagne recheado com shimeji ecom arroz de ervas. As coresbranca do peixe e do grão sãoquebradas pelo vermelho inten-so dos morangos e pela coramarelada das maças carame-lizadas que complementam oprato.

Kanji Sushi Lounge aposta em cozinhacontemporânea e toques orientais

Lançado em dezembrode 2006, o livro Segredosde Chefs - As MelhoresTécnicas dos Mestres daGastronomia Atual, deFrancine Maroukian, reú-ne dicas de mais de 80 re-nomados mestres da gas-tronomia mundial.

Chefs de renomadosrestaurantes no Brasil e nomundo trazem sugestões etécnicas, explicadas passoa passo, fundamentais paraquem quer cozinhar bem.Entre os profissionais quecolaboraram com a edição,estão François Payard,Jennifer Newburry, WilliamBradford Gates, Flávia Qua-resma, Laurent Suaudeau eSergio Arno.

O livro traz entrevistas comcada um dos chefs, nas quaiseles revelam seus gostos e re-alizações. As dicas são úteis atodos os cozinheiros: dosiniciantes, que poderão apren-der como descascar gengibreusando uma colher de chá, aosmais sofisticados, que saberãocomo amaciar lagosta. O lei-

tor também irá descobrir téc-nicas para fazer uma omeleteperfeita, branquear e conser-var as cores dos vegetais ecomo obter pastéis sequinhose crocantes.

Segredos de Chefs - AsMelhores Técnicas dos Mes-tres da Gastronomia Atual(224 páginas) pode ser adqui-rido pelo site da Publifolha(http://publifolha.folha.com.br)a R$ 39,00.

LIVRO

Segredos dos Chefs trazdicas para o dia-a-dia

Dicasdos chefs podem ser usadasaté por iniciantes

REPRODUÇÃO

Questionado sobre a mis-tura das cozinhas, Carvalho dizque é eclético e aprova a união.“O que defendo é o resgate daautenticidade dos pratos como uso de produtos regionais,como uma massa com molhoshoyo”, explica o cozinheiro,que também defende a ousa-dia da apresentação. “Os in-gredientes são japoneses, masa montagem é contemporânea.Gosto da cozinha de fusão”.

Menu – Entre os pratos es-peciais do Kanji Sushi Lounge

estão o filet ao shoyucom purê de mandi-oquinha e galette dearroz selvagem(R$28,00); PenneOriental com frango,cenoura, amendoim egengibre (R$23,00);camarão com frutasgrelhadas e gengibre(R$33,00) e tataki deatum com purê dewasabi (R$27,00).Para a sobremesa,os clientes podemexperimentar o cre-me brûle de gengibre(R$9,00).

Há também asopções de combina-dos, que variam deR$ 29,00 a R$ 117,00,a variedade de tema-kis e os 12 sabores derobatas (entre R$

3,00 e R$ 9,00). Os destaquesdos drinks ficam por conta dosakê com licor de cassis; o Sa-murai, com sakê, vodka eCuraçao Blue; e o Tokyo, comsakê e licor de meta e hortelã,todos vendidos a R$ 10,00.

(Luciana Kulba)

KANJI SUSHI LOUNGEALAMEDA LORENA, 1.379 – JARDINS –3062-0585HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: SEGUNDA

A SEXTA, DAS 12H ÀS 15H E DAS 19H À0H; SÁBADO, DOMINGO E FERIADO, DAS

12H ATÉ O ÚLTIMO CLIENTE

Silva: “A variedade é grande e a relação custo benefício é boa”

Carvalho: resgate da autenticidade e produtosregionais

Um dos destaques da casa recém-inaugurada é o linguado ao champagne com shimeji

MARCUS IIZUKA

Ingredientes:• 1 ½ linguado limpo• 50grs de shimeji• ½ maça• 3 morangos frescos• 1 chauam de gohan• ervas frescas picadas

(manjericão, passeri eorégano) – se preferir,utilizar ervas finasprovance

• ½ copo de molho shoyo• 1 colher de manteiga• 4 colheres de mel• 30ml de champagne

(aproximadamente umaxícara de café)

• 2 pitadas de sal

Modo de preparo:1º passo – temperar leve-mente o linguado com sal eenrolar no shimeji, espetan-do-os no palito de robatas.Sem deixar encostar um nooutro, passar um pouco demanteiga em cima de cadaum. Colocá-los em um pratocom um pouco de cham-pagne, cobrir com fita filmee lavá-lo ao micro-ondas por3 minutos. Reserve.

Linguado ao ChampagneGASTRONOMIA

2º passo – descascar a maçae cortar em 4 gomos (como demexerica) e levar ao fogo commel e os morangos apenas la-vados (mantendo os cabinhos)para caramelizar. Reserve.

3º passo – derreter a mantei-ga restante, acrescentar aservas e, em seguida, o cham-pagne. Deixar evaporar o ál-cool (questão de segundos) eacrescentar o gohan e o sal.Mexer bem.

4º passo – reduzir* o molhosoyo. Reserve.

Montagem:Prato branco raso. Do ladoesquerdo, sujar com o molho ecolocar os enrolados sobreeste, sendo dois deitados e umem pé (aparar as pontas senecessário). Do lado direito eda parte de cima, desinformaro arroz e, da parte de baixo,colocar as maças em forma deleque. Em seguida, preenchero espaço vazio entre cada umdeles com os morangos.

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Em decisão adiada em fun-ção do mau tempo, a equipedo Gigante Beisebol e SoftbolClube sagrou-se campeã do 2ºCampeonato Brasileiro Inter-clubes Veterano Ouro (55anos) ao derrotar, no último dia17, no Estádio Municipal deBeisebol Mie Nishi, a equipeda Sudoeste pelo placar de 12a 3.

Para chegar ao título, aequipe do Gigante derrotou nassemifinais a equipe do Ceasa,enquanto Sudoeste passou pelaequipe do São José

O destaque da competiçãofoi o atleta do Gigante,Miyasaki, que anotou 10 entra-das e 9 hits. Não à toa, con-quistou o prêmio de MelhorEmpurrador de Carreiras.

BEISEBOL/SOFTBOL

Gigante conquista título do Interclubes Veterano Ouro

Equilíbrio marca o 1º TorneioIntegração Veteranos (60 anos)

Equilíbrio foi a marca re-gistrada da primeira ediçãodo Torneio Integração Vete-ranos (60 anos). O torneio,que contou com a participa-ção das equipes do ABC,Kinko, Gigante, Grande Oes-te São Paulo e Registro, con-tou com uma fórmula inéditade disputa.

A competição foi realiza-da em três finais de semanasde janeiro e em três sedesdistintas no sistema todoscontra todos.

Os jogos aconteceram noestádio Municipal de BeisebolMie Nishi (14), no campo doRegistro Base Ball Clube (21)

e no Gigante (28). A equipecampeã só foi conhecida naúltima rodada, quando a equi-pe de Registro, em desvanta-gem durante toda a partida,conseguiu reverter o placar noúltimo inning vencendo aequipe Grande São PauloOeste pelo placar de 8 a 7.

As duas equipes termina-ram a competição empatadascom o mesmo número de vi-tórias (3). No entanto, a equi-pe de Registro ficou com o tí-tulo pelo confronto direto. Emterceiro lugar ficou a equipedo ABC (com 2 vitórias e 2derrotas), seguida por Kinko(2v e 2d) e Gigante (1v e 3d).

GATEBOL

Modalidade ganha quadra para prática em CuritibaO gatebol, esporte de ori-

gem japonesa que chegou aoBrasil na década de 70, é amais nova atração da praçaOuvidor Pardinho, no Rebou-ças, em Curitiba (PR). A qua-dra foi construída em 2006. AOuvidor Pardinho é a primeirapraça pública da capital para-naense a contar com uma qua-dra de gatebol.

Delimitada por uma mureta,a quadra de areia terá 20 metrosde comprimento por 18 metrosde largura. No meio da pistaserão instalados mini arcos poronde passa a bola do jogo. A téc-nica do jogo consiste em passaras bolas pelos arcos usando ta-cos específicos. De acordo compraticantes, o esporte ajuda adisciplinar a atenção e a coor-denação motora.

Além do gatebol, canchasde futebol de areia, vôlei,

bocha, tênis e mini-futebol sãoalguns dos mais de 800 equi-pamentos esportivos instaladose mantidos pela Prefeitura deCuritiba nas praças e parquesda cidade. O futebol de areiaé a categoria campeã em equi-

Atletas têm agora mais uma opção para prática de modalidade

DIVULGAÇÃO

pamentos, 331 canchas. A po-pulação tem à disposição 18modalidades de equipamentospara prática esportiva queatendem a diferentes públicos.

“A função destes equipa-mentos vai além da valoriza-

ção do aspecto urbanístico doespaço público. Eles são op-ções de lazer e de integraçãoentre as comunidades”, diz osecretario municipal do MeioAmbiente, José AntonioAndreguetto.

História – O gatebol foi in-troduzido no Brasil porMatsumi Kuroki. Em 17 de ju-lho de 1979, realizou o primei-ro jogo em equipe no campoda Associação de Jovens deFukuhaku. Em setembro de1981 foi realizado no Brasil o1º Torneio de Gatebol promo-vido pelo clube de anciõesHakuju-kai de Itapeti.

A partir de 1982, o esportecomeçou a expandir, aumen-tando consideravelmente osadeptos. Em julho do mesmoano, mais de 200 pessoas reu-niram-se na Associação da

Colônia de Itapeti, onde foicelebrado o 1º Encontro deClubes de Gatebol do Brasil.Foi então fundada a Associa-ção de Gate Ball do Brasil,para coordenar, divulgar e fo-mentar esta modalidade espor-tiva, tendo como 1º presiden-te, Sadamu Dan.

Segundo o atual presidenteda UCGB, Toru Hondo, o Paíscontabiliza hoje cerca de 20 milpraticantes, sendo que o Estadode São Paulo concentra o maiornúmero de atletas, entre 10 e 12mil. Hondo explica que, aos pou-cos, o gatebol está rompendo aimagem de ser um esporte pra-ticado somente por idosos, ape-sar de a terceira idade ainda re-presentar a maior parcela.

Uma prova do crescimen-to do esporte pode ser consta-tada em julho, quando a enti-dade estará realizado um cam-

peonato em comemoração aoseu 25º aniversário. Hondoconta que o torneio, a ser rea-lizado no campo da UCGB, nobairro do Jabaquara (zona sulde São Paulo), deve reunirmais de 240 equipes em diver-sas categorias, desde a infan-til (até 15 anos) até a SuperDiamante (acima de 80 anos).

Em 2008, a UCBG devedar sua cota de contribuiçãocom as comemorações doCentenário da Imigração Japo-nesa no Brasil com a realiza-ção de um torneio internacio-nal em São Paulo. “Convida-dos mais de dez países e, até omomento, temos algumas con-firmações como equipes deTaiwan, Japão, Coréia, Cana-dá, e Havaí”, antecipa Hondo.

(Aldo Shiguti)Mais informações no site:www.gateballrengo.org.br

O Departamento de Arbi-tragem do Softbol com a su-pervisão da CBBS (Confede-ração Brasileira de Beisebol eSoftbol) realiza em dois finaisde semana, credenciamentodos árbitros para o ano de2007. Voltada para diretores eárbitros dos clubes de softbol,a primeira clínica aconteceneste fim de semana (24 e 25),a partir das 8h30, no Cooper-cotia. Informações e reservas

de alojamento com FernandoMatsumori (11/9629 4643 -fmatsumori@terra. com.br),Mario Yoshida (11/8583 4257- [email protected]),Carlos Oba (11/9978 8267 [email protected]) ouNelson Yajima (11/9985 3060- [email protected]).

Já o curso aberto para ár-bitros de softbol em Maringá(PR) acontece nos dias 3 e 4de março, na Acema (Associ-

Árbitros têm clínicas de beisebol e softbolação Cultural e Esportiva deMaringá). Informações e re-servas de alojamento com Jor-ge Higaki (43/99490211) ouJoão Nakaie (43/99611920)

Beisebol – O Departamentode Arbitragem do Beisebol re-alizou em dois finais de se-mana (20 e 21 de janeiro e 1ºe 2 de fevereiro), clínica coma presença de 25 árbitros. Opresidente da Associação de

Árbitros e Anotadores do Bra-sil, Kiyofumi Hatanaka, dis-se que o treinamento temcomo objetivo formar novosárbitros que possam atuar nosdiversos campeonatos. Se-gundo ele, com a realizaçãodos Jogos Pan-Americanos2007, no Rio de Janeiro, fo-ram credenciados 20 novosárbitros internacionais, sendodez para o beisebol e dez parao softbol.

A Associação Cultural eAssistencial Nipo-Brasileira daColônia Tozan será sede, nosdias 3 e 4 de março, da quintaedição da Copa Yoshii – Cate-goria Veteranos (60 anos). A

competição deve contar coma participação de várias equi-pes de São Paulo. Mais infor-mações com Chiriki Yoshii pe-los telefones: 19/3434-5345 ou19/9603-7691.

Colônia Tozan sedia 5ª ediçãoda Copa Yoshii

Realizado no último dia 20,em São Paulo, a terceira edi-ção do Campeonato de Vete-ranos 72 anos reuniu 38 atle-tas inscritos, de várias equipes,que foram divididos em quatroseleções mistas.

O torneio, já bastante tra-dicional e aguardado com an-siedade pelos praticantes, con-ta também com a simpatia dosfamiliares, que costumamprestigiar o evento.

Comandada pelo técnicoChiriki Yoshii, a equipe vence-dora foi formada por atletasdas seguintes equipes:Kinko: Wilis Eordon Stitti(80 anos)Giants: Gabriel Sagawa (79)

Categoria 72 anos reúne 38 atletas em SP

Oeste: Riozo Yabe (76) eMakoto Watanabe (74)Campinas: Takashi Kishine

(75), Tameo Nakasato (73) eKiyo Sakuma (72)Registro: Mitsugi Arai (74)

ABC: Masaru Shimamura (73)Já a premiação individualficou assim:Guenki de sho: GabrielSagawaJogador Mais Esforçado:Ryoji BabaRei dos Quadrangulares:Issao KataokaMelhor Arremessador:Masaru ShimamuraMelhor Receptor: KenjiKaneyamaJardineiros Internos:Kenkichi Eu, Iosuke Shibuya,Tameo Nakasato e TadahisaNishiJardineiros Externos:Minoru Mahoe, YuichiTsutsumi e Susumu Ashitani

Competição reuniu 38 atletas no campo do Gigante

DIVULGAÇÃO

Gigante sagrou-se campeã da categoria ao derrotar a equipe da Sudoeste no Bom Retiro

DIVULGAÇÃO

A c o n t e c ehoje (24), nocampo da Acel( A s s o c i a ç ã oCultural e Espor-tiva de Londri-na), o 2º TorneioClassificatórioNorte-Parana-ense de BeisebolPré-Infantil e o21º CampeonatoSeletivo Norte-Paranaense deBeisebol Júnior.Hoje e amanhãem Curitiba,será realizado o2º Torneio Clas-sificatório Sul-Paranaense de Beisebol Pré-Infantil.

Amanhã (25), será realiza-do o 11º Torneio Aberto “Ka-tsuhiro Hissamura” de SoftbolMasculino no campo da Acel.

Também amanhã acontece o6º Campeonato Paranaensede Gateball para Idosos, noEstádio Teisaku Numata, noImin-Center, em Rolândia(PR).

Londrina e Curitiba sediamcompetições hoje e amanhã

FLÁVIO TORRES/FOTOMIDIA

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Terminado o Paulistão2007, o momento é decarregar as energias e

pensar já nas próximas açõesdentro do karaokê, em especi-al para o ano que vem, quandose comemora o Centenário daImigração Japonesa no Brasil.Sem ainda um formato defini-do para o concurso, os organi-zadores pensam agora emcomo promover um evento es-pecial, ou, como eles mesmosdefinem, “para ficar na históriada comunidade nipo-brasileira”.

Oficialmente, sabe-se queo Paulistão 2008 acontecerános dias 21 e 22 de junho nasdependências do Anhembi, emSão Paulo, mas o formato ain-da não está definido. Entre asgrandes modificações, estão,segundo dirigentes que prefe-riram não se identificar, trazeralguns cantores do Japão paraa apresentação mais que es-pecial durante o evento. Ou-tra iniciativa que pode se con-cretizar é trazer jurados espe-ciais do arquipélago para jul-garem os cantores nacionais.

Segundo o presidente daUPK (União Paulista de Ka-raokê), Luiz Yuki, após a defi-nição de que o concurso do anoque vem será realizado noAnhembi, pessoas contrárias àdecisão tornaram públicassuas críticas em relação aoPaulistão. O argumento é deque não havia a necessidadede se realizar em dois dias umevento do karaokê; bem comoa realização de um evento detamanha envergadura atrapa-lharia àqueles que quisessemver a Família Imperial no Bra-sil, justamente no Anhembi.

KARAOKÊ

‘Paulistão do Centenário’ ganharádois dias de música no Anhembi

“Nos cederam de formagratuita o Anhembi para a rea-lização do Paulistão. Quem nãogostaria de realizar um eventodessa magnitude? As críticasque estamos recebendo nãotêm fundamento. São pessoasque hoje estão fora da UPK equerem somente tumultuar”,pondera o presidente, sem seesquecer de que em nenhummomento o concurso atrapalha-rá os festejos gerais. Nem mes-mo aqueles que, porventura,quiserem ver a Família Imperi-al, fato que Yuki admite “serdifícil”. “Querem provocar con-fusão, mas isso não acontece-rá. Chegaram a propor que in-

terrompêssemos o Paulistão nahora que a Família passassepelo Anhembi. Como vamosplanejar tais ações sendo que avinda dos imperadores ou mes-mo do príncipe não está confir-mada?”

Antes de arregaçar as man-gas e dar início aos preparati-vos para 2008, Yuki terá de li-dar com um ponto ainda pou-co divulgado mesmo entre osdirigentes do karaokê: a elei-ção para o biênio 2008/2009 daUPK. Questionado sobre se jáé um pré-candidato à reeleição,o presidente é categórico: nãofaz parte dos planos concor-rer novamente a um cargo de

diretoria dentro da entidade.“Só vim concorrer novamenteà presidência da UPK em 2006porque não concordei com al-guns parâmetros utilizados pelaoutra chapa [Na época, ElzoSigueta concorria à reeleição].Por isso não posso afirmar queserei candidato em 2008. Meucompromisso é trabalhar noPaulistão 2008, independentede ser eu ou não o presiden-te”, acrescenta Yuki, finalizan-do que o primordial para qual-quer interessado em pleitearum cargo na UPK é não colo-car interesses pessoais em pri-meiro lugar.

(Rodrigo Meikaru)

Luiz Yuki: pensamento já no próximo Paulistão e promessa de realizar um concurso “histórico”

MARCUS IIZUKA

Com praticamente o balançofechado do Paulistão 2007, aUPK só tem olhos agora para oconcurso do ano que vem. E jácom algumas idéias em mente,os dirigentes da entidade so-nham com um propósito: o desuperar todos os eventos ante-riores, mostrando um novodirecionamento para o karaokêpaulista.

De acordo com o presidenteda UPK, Luiz Yuki, se dependerda motivação e do empenho de-dicado, a infra-estrutura a serpreparada para o Centenário “fi-cará na história”. Principalmen-te por contar com profissionaisdas mais diferentes áreas paracompor o concurso. “Certamen-te teremos um Paulistão muitomais charmoso do que os ante-riores, afinal, trata-se da come-moração do Centenário da Imi-gração. Se em 2007 conseguimosproduzir uma qualidade inques-tionável, em 2008 a tendência émelhorar”, assegura Yuki, adian-tando que os preparativos co-meçam já a partir do próximo mês.“A equipe toda da UPK se reu-nirá para formatar o concurso doano que vem. E, de antemão,podemos notar a responsabili-dade e grande interesse das pes-soas.”

Dentre as ações a serem pre-paradas, estão a de formalizar oprocesso de informatização dosresultados, um dos pontos queainda “não estavam 100%” até aedição deste ano. Outro pontoque também recebeu melhoriasfoi a inserção de novas composi-ções de palco. No Paulistão 2007,por exemplo, três telões preenchi-am o palco com imagens referen-tes à canção interpretada no pal-co, além de imagens secundáriasdo cantor e dos patrocinadores.Pela resposta do público, tais ino-vações foram aprovadas.

“Foi uma experiência válidae que nos trouxe um retornomuito bom. Devemos isso à co-missão organizadora, coordena-

da pelo Morio Minami, que con-seguiu sincronizar muito bem amontagem do palco. Com certe-za a junção de modernidadetecnológica com a música japo-nesa será utilizada no Paulistãodo Centneário”, pondera LuizYuki. Até mesmo fora dos pal-cos era visível a evoluçãotecnológica. Para os jurados quese encontravam na sala de des-canso, uma tela de plasma esta-va disponível para quem quises-se conferir o que estava aconte-cendo ao vivo.

Outra medida que tambémdeve dar o tom no ano que vem– e desta vez direcionada aoscantores – é a migração do sis-tema analógico para o digitalquando da entrega das fitas con-tendo a canção a ser interpreta-da. Atualmente, muitos utilizamo sistema de fitas cassete ou decd´s graváveis, o que pro vezesocorreu problemas no palco. Aexpectativa dos organizadores éde que em 2008 muitos venhamcom arquivos em MP3 (arquivodigital destinado a armazenagemde som), o que evitaria imprevis-tos. “Acho que é uma tendênciapara o próximo concurso. Se ti-vermos os arquivos digitais,bem como cd´s e fitas, aschances de acontecer um pro-blema são mais remotas. Come-çaremos a orientar os cantorespara que migrem também para oMP3”, explica Yuki. Ainda se-gundo o presidente da UPK,evoluções tecnológicas acom-panharão cada vez mais acantoria. “Ao mesmo tempo quetemos músicas antigas e tradici-onais, temos também os estilosmais modernos. Assim é tambémna parte de infra-estrutura. Man-temos alguns aspectos dos pri-mórdios do karaokê, mas de olhonas evoluções que proporcio-nam bem estar ao público. Esseé sempre um dos grandes obje-tivos das entidades como aUPK.”

(RM)

Novidades como arquivos em MP3devem ser destaques em 2008

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Apresentadores do Paulistão posam para foto antes de premiação Congresso técnico aprovou mudanças e novidades no júri Luiz Yuki agradece comparecimento de público

Paulo Kubo e Eiji Denda, do Bunkyo Elzo Sigueta, Akemi Nishimori, Tetsuji Arie e Morio Minami Deputado William Woo (à esq.) também marcou presença

Representantes carregam bandeiras de regionais na abertura Suetoshi Takashima, Hiroyuki Minami e deputado Walter Ihoshi Autoridades de S.B.C e da comunidade marcaram presença

JORNAL NIKKEI

KARAOKÊ

Paulistão 2007: personalidades comparecem em peso

Hiroyuki Minami: “foi um grande evento”