AGATA C. AMATO MANGIAMELI

Professora Catedrática da Faculdade de Direito da Universidade de Roma - Tor Vergata, onde dirige o Insti-tuto de História e Filosofia do Direito e o Centro Estudos Ju-rídicos «Di-con-per Donne». Dentre as suas publicações, destacam-se: I reati informati-ci: elementi di teoria generale e principali figure crimino-se (Torino, 2019). Dans un monde post-national (Québec, 2009); Informatica giuridica. Appunti e material ad uso di lezioni (Torino 2010); Sfide di teoria giuridica (Padova 2010); Arte e/o tecnica. Sfide giuridiche (Padova 2012).

A interpretação do atual Di-reito Penal, através dos ar-gumentos teleológicos, histó-ricos e sistemáticos, é o objeto da Coleção Ciência Cri-minal Contemporânea. Para tanto, os pontos chaves do saber criminal, tratados cientificamente, são cuida-dosamente dispostos em obras que tem como elo o rigor me-todológico através do qual as investigações são realizadas, para além da contribuição original que elas geram.

FILOSOFIA DO DIREITO PENAL

COLEÇÃO CIÊNCIA CRIMINAL CONTEMPORÂNEACoordenação: Cláudio Brandão

13 FILOSOFIA DO DIREITO PENALQuatro vozes para uma introdução

Agata Cecília Amato Mangiameli

Agata Cecília Am

ato Mangiam

eliQ

uatro vozes para uma introdução

A pena é o castigo previsto do ordenamento jurídico e infligido ao autor do fato ilícito. Trata-se, natu-ralmente, de um instrumento de aflição que deve ser proporcional à gravidade do crime e dirigido a compensar o mal provocado, restabelecendo a si-metria jurídica violada. Daqui, a estreita conexão entre predeterminação legal dos delitos e das penas, proporcionalidade da medida punitiva, certeza do direito e salvaguarda dos direitos.

ISBN 978-65-5059-016-1

FILOSOFIA DO DIREITO PENALQuatro vozes para uma introdução

13

COLEÇÃO CIÊNCIA CRIMINAL CONTEMPORÂNEACoordenação: Cláudio Brandão

Agata Cecília Amato Mangiameli

FILOSOFIA DO DIREITO PENALQuatro vozes para uma introdução

Plácido Arraes

Tales Leon de Marco

Bárbara Rodrigues

Nathalia Torres

Bárbara RodriguesEnzo Zaqueu Prates

D. Rafael Maria (Altamir) Francisco da Silva, OSB

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Copyright © 2019, D’Plácido Editora.Copyright © 2019, Agata Cecília Amato Mangiameli.

Catalogação na Publicação (CIP)Ficha catalográfica

MANGIAMELI, Agata Cecília Amato.Filosofia do direito penal: quatro vozes para uma introdução / Agata Cecília Amato

Mangiameli -- Tradução: D. Rafael Maria (Altamir) Francisco da Silva -- Coleção Ciência Criminal Contemporânea -- vol. 13 -- Coordenação: Cláudio Brandão -- Belo Horizonte: Editora D’Plácido, 2019.

138 p.

ISBN: 978-65-5059-016-1

1. Direito. 2. Direito Penal. I. Título. II. Direito

CDU343 CDD341.5

“A pena é o castigo previsto do ordenamento jurídico e infligido ao autor do fato ilícito. Se trata, naturalmente, de um instrumento de aflição que deve ser proporcionado à gravidade

do crime e dirigido a compensar o mal provocado, restabelecendo a simetria jurídica violada. Daqui, a estreita conexão entre pre-determinação legal dos delitos e das penas, proporcionalidade da medida punitiva, certeza do direito e salvaguarda dos direitos.”

PREMISSA 9

1. DEFESA 131.1. A palavra, um senhor poderoso! 261.2. Entre os debates famosos 39

2. JULGAMENTO 47

3. PENA 69

4. CRIME 99

5. EXCURSUS 1155.1. A proposito dos crimes culturais 1155.2. Materiais 119

SUMÁRIO

9

O direito penal, com o seu critério de avaliação lícito/ilícito, sempre foi objeto dos condicionamentos da sociedade que é cha-mado a regulamentar, submetendo-se aos possíveis regressos ou, ainda, alegrando-se dos desejados progressos.

Também hoje, e não poderia ser de outro modo, acontece a mesma coisa. O princípio e os institutos de direito penal clássico, às vezes, se chocam com a crescente globalização das relações sociais, algumas vezes, se mostram inadequados respeito ao significado desenvolvimento tecnológico e algumas vezes ainda, parecem mais novas formulações e integrações, como também novas modalidades de atuações e execução.

Pense na experiencia jurídica internacional dos últimos anos e em particular ao dever da Corte Penal Internacional. Pense ainda na atual experiência jurídica europeia e ao objetivo que a União europeia se dedicou: a instituição de um espaço de liberdade, de segurança e de justiça, também através das medidas de prevenção e de luta contra a criminalidade, medidas de coordenação e coope-ração entra a força de policial e autoridade judiciária, e através o reconhecimento recíproco das decisões jurídicas penais e a reapro-ximação das legislações penais.

Uma e outra experiência, um e outro direito, conjuntamente das funções de equilibrar os interesses dos Estados, ora com os interesses da comunidade internacional, ora com aquele da União europeia, e caracterizados de uma sobreposição das fontes de produção diversas, poem aos ordenamentos dos Estados nacionais – aos seus direitos

PREMISSA

10

internos, incluindo o direito penal – questões inéditas, não só sob o plano dos procedimentos, mas também sobre aqueles do sistema das fontes e do princípio de legalidade. Basta pensar, por exemplo, aos princípios gerais aos quais se inspira o mandado de prisão eu-ropeu e à recente previsão de um público ministério europeu por delitos financeiros.

Além às questões de direito penal internacional e dos direito penais europeu, a crescentes globalizações das relações sociais – êxito também dos incrementos dos fluxos migratórios – requer solução não sempre fáceis. É o caso dos crimes cd. culturais, com-portamentos que no âmbito de um determinado contexto nacional integram um crime, mas que em um outro contexto cultural não apresentam as caráter da ilicitude. Os instrumentos atualmente a disposição são certo insuficientes e em cada caso bem longe da exigência de harmonização das legislações que invés o tema dos crimes culturais requer.

Na realidade, seja a crescente globalização das relações so-ciais, seja o importante desenvolvimento tecnológico nos diversos setores e a revolução informática, reivindicando uma produção normativa específica também para a sociedade das informações. Uma longa série dos crimes se faz por assim dizer estrada e entre estes os computer crimes (espionagem eletrônica, pirataria de sof-tware, email bombing, password-sniffers, phishung, fraude telemáticas, …) ocupam até agora um espaço significativo e exigem soluções jurídicas adequadas.

Mais que solicitados de diversas dificuldades e de múltiplos desenvolvimentos, não último de algumas orientações das neu-rociências, os princípios e os institutos do direito penal algumas vezes parecem estimulados para certos cenários futuros, outras vezes ao contrário parece olhar o passado e mesmo à velha teoria do nascido delinquente.

Entre novos desafios e velhas tentações, as reflexões devem retomar os movimentos de quatro vozes fundamentais do discurso penal, e isto é: defesa, juízo, pena, crime. E isto sobretudo em con-sideração do fato que a pena é sim o instituto jurídico que garante a sociedade da violência, mas é também aquilo que «comovente»

11

mais próximo da liberdade, da dignidade, da segurança – em breve os direitos – da pessoa. Daqui, as minhas páginas, algumas já editadas e outras inéditas, para uma introdução da filosofia do direito penal.

A. A.Roma, 25 de novembro de 2013.

AGATA C. AMATO MANGIAMELI

Professora Catedrática da Faculdade de Direito da Universidade de Roma - Tor Vergata, onde dirige o Insti-tuto de História e Filosofia do Direito e o Centro Estudos Ju-rídicos «Di-con-per Donne». Dentre as suas publicações, destacam-se: I reati informati-ci: elementi di teoria generale e principali figure crimino-se (Torino, 2019). Dans un monde post-national (Québec, 2009); Informatica giuridica. Appunti e material ad uso di lezioni (Torino 2010); Sfide di teoria giuridica (Padova 2010); Arte e/o tecnica. Sfide giuridiche (Padova 2012).

A interpretação do atual Di-reito Penal, através dos ar-gumentos teleológicos, histó-ricos e sistemáticos, é o objeto da Coleção Ciência Cri-minal Contemporânea. Para tanto, os pontos chaves do saber criminal, tratados cientificamente, são cuida-dosamente dispostos em obras que tem como elo o rigor me-todológico através do qual as investigações são realizadas, para além da contribuição original que elas geram.

FILOSOFIA DO DIREITO PENAL

COLEÇÃO CIÊNCIA CRIMINAL CONTEMPORÂNEACoordenação: Cláudio Brandão

13 FILOSOFIA DO DIREITO PENALQuatro vozes para uma introdução

Agata Cecília Amato Mangiameli

Agata Cecília Am

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eliQ

uatro vozes para uma introdução

A pena é o castigo previsto do ordenamento jurídico e infligido ao autor do fato ilícito. Trata-se, natu-ralmente, de um instrumento de aflição que deve ser proporcional à gravidade do crime e dirigido a compensar o mal provocado, restabelecendo a si-metria jurídica violada. Daqui, a estreita conexão entre predeterminação legal dos delitos e das penas, proporcionalidade da medida punitiva, certeza do direito e salvaguarda dos direitos.

ISBN 978-65-5059-016-1