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Adultrio (do Latim adulterium1 2 3 ) a prtica da infidelidade conjugal. Com o tempo, o termo estendeu-se ao sentido de fraudar ou falsificar, adjeta ao verbo "adulterar".4ndice 1 Histria 2 Direito 2.1 Direito Romano 2.2 Idade Mdia 2.3 Atualidade 3 Na atualidade 4 O adultrio na Bblia 4.1 No catolicismo 5 Adultrio na arte 6 Ver tambm 7 RefernciasHistriaO adultrio, como "ato de se relacionar com terceiro na constncia do casamento", considerado uma grave violao dos deveres conjugais por quase todas as civilizaes de quase toda a histria, sendo que algumas sociedades puniam gravemente o cnjuge adltero e/ou a pessoa com quem praticava o ato, sendo ambos passveis de morte.Historicamente a prtica de adultrio era criminalmente mais grave quando praticado pela mulher em relao ao homem. Hoje em dia, embora tal discriminao no exista nas leis dos pases ocidentais, ou tenha perdido sua eficcia sociolgica, na prtica do dia a dia a conduta continua a ser vista de forma diferenciada, dependendo do gnero de quem realiza o adultrio.DireitoDireito RomanoNo direito Romano pr-cesariano, como na Lei das Doze Tbuas, havia punio pecuniria para os crimes considerados menos graves, como o adultrio, ento considerado simultaneamente como crime contra a autoridade do pater-familias ou pai de famlia e como crime contra os bons costumes, relativamente ao qual a Lex Julia de adulteriis estabeleceu um prazo de prescrio de cinco anos, os quais se contavam a partir da data da sua comisso, mesmo que a mulher j tivesse morrido, por forma a poder condenar o cmplice (como se pode ver do Digesto, 48.5.12.4 adulterii reuni infra quinque annos continuos a die criminis admissi defuncta quoque muliere postulari posse palam est pode-se postular, isto , denunciar autoridade, contra o ru de adultrio, pelo prazo de cinco anos contnuos contados da data da comisso do crime, mesmo que a mulher j tenha falecido).No entanto, e no que concerne ao crime de adultrio, h que ter em ateno que o pai da mulher podia matar esta e o seu cmplice, se ela estivesse sob a sua potestas, mas que s o podia fazer na sua prpria casa, ainda que a filha a no residisse, ou na casa do genro. O marido tambm podia matar o cmplice do adultrio na sua casa e no na do sogro e, se o no quisesse ou no pudesse fazer, poderia ret-lo na casa por no mais de vinte horas seguidas, com a finalidade de conseguir fazer comprovar o crime, e, segundo alguns autores, para evitar que fosse feita justia pelas prprias mos do ofendido. E em relao acusao criminal do sogro, preciso notar que o marido preferia ao sogro, mas qualquer deles s tinha um prazo de 60 dias para o fazer, e, caso nenhum deles o fizesse, poderia ainda um parente dos ofendidos, deduzir a acusao pelo prazo de quatro meses.5O crime de adultrio passou posteriormente a ser punido com a pena de morte pela legislao do imperador Constantino I.Idade MdiaNo direito medieval, os praxistas formularam gradao segundo a gravidade como as figuras nudus cum nuda im oedem lectum (nu com nua na cama) como modalidade mais grave e o solus cum sola im solitudine (ele s com ela) como modalidade menos grave.D. Dinis, num instrumento de avena (acordo, convnio ou concordata) com o Clero, dado em Coimbra e datado de 5 de Junho de 1308, e em resposta a queixas dos bispos e clrigos relativas entrada dos seus homens nas igrejas e outros lugares sagrados para se apoderarem de malfeitores, veio determinar na alnea j) que A Santa Igreja no vale (...) aos que matam outro a torto e os adulteros e os que foram as virgens e os que ho-de dar conto aos imperadores e aos reis dos seus tributos e do seus direitosAtualidadeEm Portugal at 31 de Dezembro de 1982 esteve em vigor uma norma, proveniente do direito muito antigo, segundo a qual o cnjuge que encontrasse o outro a praticar adultrio e no estivesse impedido de o acusar, por, eventualmente, ter contribudo voluntariamente para a ato ou o ter incitado a tal, e nesse ato matasse este ou o adltero, ou ambos, ou lhes infligisse ofensas corporais graves, se encontrava sujeito apenas a uma pena de desterro por seis meses, e que o mesmo regime se aplicava aos pais de filhas menores enquanto estas se encontrassem sob o seu ptrio poder, como se encontrava consignado na ltima verso do artigo 372. do Cdigo Penal de 1886, sendo certo que, at alguns anos antes, tal poder de matar era apenas concedido ao marido e aos pais, em idnticas circunstncias.No Decreto-Lei n. 262/75 de 27 de Maio promulgado em 15 de Maio de 1975 pelo Presidente da Repblica Portuguesa, Francisco da Costa Gomes, referido:O artigo 372. do Cdigo Penal, ao estabelecer a pena de desterro para fora da comarca por seis meses ao homem casado que, achando sua mulher em adultrio, a matar a ela ou ao adltero, ou a ambos, ou lhes fizer qualquer ofensa grave, mulher casada que praticou os mesmos fatos nas pessoas do marido e da concubina teda e manteda pelo marido na casa conjugal, e, bem assim, nas mesmas condies, aos pais a respeito de suas filhas menores de 21 anos e dos corruptores delas, por que abstrai inteiramente da verificao de emoo violenta que aos agentes podem eventualmente produzir tais factos, confere um autntico direito de matar.Ao longo da histria, o filho havido mediante adultrio, tinha uma situao vexatria e certas restries de direitos, inclusive quanto ao recebimento da herana ou o uso do sobrenome paterno. Entretanto, as legislaes e sociedades modernas extirparam de vez tais preconceitos.Na atualidadeNos tempos atuais, esta violao ainda punvel severamente, inclusive com pena de morte, em algumas partes do mundo, geralmente nos pases muulmanos. Nos pases do ocidente, a punio se d muito mais brandamente embora ainda se constitua em causa eficiente para o divrcio ou resciso do casamento. Porm, os relacionamentos com terceiros, eventualmente, so aceitos em algumas circunstncias como o demonstram as prticas cada vez mais assumidas publica e socialmente de swing e poliamor.No Brasil, a prtica do adultrio j foi capitulada como crime no artigo 240 do Cdigo Penal, tendo sido revogado em 2005 pela Lei 11.106. Em Portugal o crime do adultrio foi revogado em 1973.Em Portugal no atual Cdigo Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n. 400/82, de 23 de Setembro a palavra adultrio no mencionada numa nica passagem.6 J no atual Cdigo Civil faz-se apenas referncia ao adultrio aquando da existncia de heranas e respetivos testamentos e referido no art. 2196. que nula a disposio a favor da pessoa com quem o testador casado cometeu adultrio.A maioria das legislaes contm gradao da gravidade da prtica do adultrio, algumas reservam penas mais severas quando, por exemplo, ele praticado com parentes do cnjuge vitimado.O adultrio na BbliaCristo e a adltera, por Nicolas Poussin, Museu do Louvre, 1653.No Antigo Testamento da Bblia, a lei mosaica determinava a pena de apedrejamento de quem fosse pego praticando o adultrio, o que foi adotado pelos judeus, inclusive na poca de Jesus Cristo (ver Levtico 20:10). Entretanto, como a lei de Moiss admitia a poligamia masculina e o divrcio (Deuteronmio 24:1), a configurao do delito era geralmente caracterizada quando uma mulher casada mantinha relaes com um outro homem que no fosse o seu marido.Entretanto, com o passar do tempo, o judasmo veio a proibir a prtica da poligamia e o cristianismo, desde os seus primrdios, no admitiu o divrcio e nem a infidelidade conjugal.No Novo Testamento, ao discursar sobre o divrcio no sermo da montanha e numa outra ocasio perante os lderes religiosos da poca (Mateus 5:31-32; Mateus 19:1-12 e Marcos 10:1-12), Jesus, buscando o fundamento contido no livro de Gnesis, d a entender que o divrcio no pode ser reconhecido pela religio porque o homem no teria o poder de separar o que Deus uniu. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza do vosso corao vou deixou ele (Moiss) escrito esse mandamento; porm, desde o princpio da criao, Deus os fez macho e fmea. Por isso, deixar o homem a seu pai e a sua me e unir-se- a sua mulher. E sero os dois numa s carne e, assim, j no sero dois, mas uma s carne. Portanto, o que Deus ajuntou, no o separe o homem. (Marcos 10:5-9) Eu vos digo, porm, que qualquer que repudiar sua mulher, no sendo por causa de prostituio, e casar com outra, comete adultrio; e o que casar com a repudiada tambm comete adultrio. (Mateus 19:9) Cristo e a mulher adlteraAssim, Jesus explica a reprovao de se contrair novas npcias enquanto o cnjuge divorciado ainda estiver vivo, sendo que algumas interpretaes admitiriam a possibilidade de uma exceo nas hipteses de haver adultrio na constncia do casamento.Dentro de um outro contexto, os apstolos tambm posicionaram-se contra o adultrio. Verifica-se no livro de Atos dos Apstolos que o Conclio de Jerusalm recomendou que os gentios recm-convertidos ao cristianismo se abstivessem das relaes sexuais ilcitas, sendo que as epstolas paulinas confirmam a proibio do adultrio: Todavia, aos casados, mando, no eu, mas o Senhor, que a mulher no se aparte do marido. Se, porm, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido no deixe a mulher (...) A mulher casada est ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor. (I Corntios 7:10-39) Embora Jesus tivesse dirigido sua pregao para os judeus, seus mandamentos vieram a ser aplicados pelos apstolos que se mostraram aversos tanto em relao infidelidade no casamento quanto aos matrimnios com impedimento.Em outra ocasio, entretanto, quando alguns fariseus e escribas repletos de dio e despeito acusaram a mulher adltera exigindo seu apedrejamento, o mesmo Jesus ergueu-se e disse: "O que est puro entre vs atire a primeira pedra" (vide Percopa da Adltera).No catolicismoO catolicismo adota uma posio ampla quanto ao pecado de adultrio. A Igreja Catlica no reconhece o divrcio. Desta forma as pessoas que se casaram religiosamente e, entretanto, comearam um novo relacionamento aps divrcio civil, esto aos olhos da Igreja Catlica em permanente estado de adultrio, mesmo aps celebrarem novo casamento civil7 .Adultrio na arteVrios artistas, poetas, compositores, escritores e cineastas dedicaram obras questo moral e filosfica do adultrio. Mozart aborda claramente as questes da infidelidade amorosa na sua pera Cos fan tutte, Assim fazem todas, j Almeida Garrett aborda latentemente a questo do adultrio em Frei Lus de Sousa.8 Mais recentemente o poeta luso Joo Pimentel Ferreira abordou a questo do adultrio em verso na obra "O Auto da Tentao".9 No filme com Demi Moore, Adultrio de 1995, feita uma clara referncia a este tema.Ver tambmOutros projetos Wikimedia tambm contm material sobre este tema:Wikcionrio Definies no WikcionrioWikiquote Citaes no WikiquoteWikinotcias Notcias no Wikinotcias Casamento Castidade Celibato Concubinato Filiao ilegtima Fornicao Hipergamia Monogamia Poliamor Poliandria Poligamia Poliginia PromiscuidadeRefernciasBaptiste Gardin Dumesnil, Jean. Latin Synonyms with Their Different Significations and Examples Taken from the Best Latin Authors. [S.l.]: R. Taylor and Company, 1809. p. http://books.google.com.br/books?id=9YkSAAAAIAAJ&dq=adulterium%20latin&hl=pt-BR&pg=PA31#v=onepage&q=adulterium%20latin&f=false.de Figueiredo, Cndido. Novo dicionrio da lngua portuguesa. [S.l.: s.n.], 1913. p. www.gutenberg.org/ebooks/31552.Geraldo da Cunha, Antnio. Dicionrio etimolgico da lngua portuguesa (em Portugus). 4 ed. [S.l.]: Lexikon, 2013. 744 p. p. 14. ISBN 978-85-86368-63-9 Pgina visitada em 18 de Janeiro de 2015.Camila Conceio Faria. Adultrio. Visitado em 06/03/2013.DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A N.o 76 (30 de Maro de 2001). Visitado em Janeiro de 2012.Lei n. 59/2007 de 4 de Setembro Vigsima terceira alterao ao Cdigo Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n. 400/82, de 23 de Setembro (4 de Setembro de 2007 6181). Visitado em Janeiro 2012.Igreja no pode reconhecer divrcios e novas unies, diz papa. [g1.com.br Cpia arquivada em 06/03/2013].J. Cndido Martins. Para uma sistematizao didctica das leituras interpretativas do Frei Lus de Sousa de Almeida Garrett. [S.l.]: Univ. Catlica Portuguesa Braga. 28 p. O auto da tentaoCategorias: Sociologia Famlia Sexo CasamentoMenu de navegao Criar uma conta Entrar Artigo Discusso Ler Editar Editar cdigo-fonte Ver histrico