adse, ip instituto público de gestão participada · a lista g é apoiada pelos sindicatos da...

25
ADSE, IP – Instituto Público de gestão participada Por que razão é importante eleger candidatos da Lista G para o Conselho Geral e Supervisão da ADSE em 19.9.2017. (A lista G é apoiada pelos sindicatos da Administração Pública da FRENTE COMUM (Os membros do Conselho geral e de Supervisão da ADSE não são remunerados) Eugénio Rosa, membro do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE designado pelos sindicatos da Frente Comum [email protected] www.eugeniorosa.com

Upload: buicong

Post on 09-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ADSE, IP – Instituto Público

de gestão participada

Por que razão é importante eleger

candidatos da Lista G para o Conselho Geral e Supervisão da ADSE em 19.9.2017.

(A lista G é apoiada pelos sindicatos da Administração Pública da

FRENTE COMUM

(Os membros do Conselho geral e de Supervisão da ADSE não são remunerados)

Eugénio Rosa, membro do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE designado pelos sindicatos da Frente Comum

[email protected]

www.eugeniorosa.com

EXPLICAÇÃO/APRESENTAÇÃO DESTES “SLIDES”

Estes “slides”, utilizei-os na intervenção que fiz durante a apresentação dos

candidatos da LISTA G às eleições para o Conselho Geral de Supervisão da ADSE apoiados pelos sindicatos dos trabalhadores das Administrações Públicas da Frente Comum, eleições essas que se realizarão em 19.9.2017, sendo muito importante que os 830.000 trabalhadores e aposentados com direito de voto participem. A ADSE é importante para a Função Pública face dificuldades do SNS

A votação poderá ser presencial nas instalações onde funcionam juntas médicas da ADSE em Lisboa, Porto, Coimbra, Évora e Faro ou então através da INTERNET

A votação através da Internet é muito fácil. Como se explica no “slide” seguinte, em qualquer lugar, mesmo em casa, basta aceder ao Portal da ADSE através da Internet utilizando o link que se indica também no “slide” seguinte (basta “clicar” nele), e depois introduzir o seu número da ADSE e a senha que se recebeu, por correio ou través da Internet, fazer a autenticação e depois votar pondo uma cruz (X) na lista escolhida. Se não recebeu senha deve contactar a ADSE, e-mail: [email protected] , a pedir a senha, que obrigatoriamente têm de enviar

Através da intervenção que fiz, utilizando os “slides” que envio , procurei mostrar a importância das eleições, os riscos que corre a ADSE, pois movimenta 650 milhões €/ano sendo, por isso, um “bolo” muito apetecível para os grandes económicos da área da saúde, e os desafios futuros que se colocam;

Para além disso, parece existir por parte do governo a intenção de alargar a ADSE a grupos fora da administração pública o que, a concretizar-se, podia determinar a sua rápida implosão, e também parece que existe a intenção de adquirir um hospital privado em dificuldades (os jornais já referiram isso) com os dinheiros da ADSE o que, a concretizar-se poderia criar uma situação insustentável à ADSE pois os custos hospitalares são enormes e crescentes. Portanto os riscos futuros à sobrevivência da ADSE são grandes. É importante estar muito atento e defendê-la.

COMO VOTAR EM 19 SET.: PARA VOTAR ACEDA LINK: https://www2.adse.pt/processo-eleitoral/

INTRODUZA O SEU NUMERO DA ADSE EM “ ID do votante”, E O CÓDIGO QUE RECEBEU POR CORREIO

OU POR E-MAIL EM “Senha” , e depois “clicar” em “Autenticar” e a seguir escolher a lista onde votar escrever X. NO

CASO DE NÃO TER RECEBIDO A SENHA CONTACTE A ADSE PEDIR – TEL. 210 059 930/984 -OU ENVIE MENSAGEM

A ADSE MOVIMENTA ANUALMENTE 650 MILHÕES €: - é um

“bolo” apetecível para os grupos privados da saúde e também para o governo

ADSE TEM SIDO UM INSTRUMENTO DE FINANCIAMENTO DOS GRANDES GRUPOS

PRIVADOS DE SAÚDE (4 grupos = 49,6% da faturação regime convencionado)

A ADSE NÃO É UM PRIVILÉGIO DOS TRABALHADORES E APOSENTADOS DA FUNÇÃO

PÚBLICA. ELA É FINANCIADA PELOS BENEFICIÁRIOS (trabalhadores e aposentados) MAS

QUE NÃO TINHAM QUALQUER CONTROLO DA FORMA COMO ERAM APLICADOS OS SEUS

DINHEIROS DESCONTADOS NOS SALÁRIOS E PENSÕES NEM PARA ONDE IAM OS

SALDOS POSITIVOS – Dados dos Planos de Atividades da ADSE

DESCONTROLO E IRRESPONSABILIDADE NA GESTÃO DA ADSE GERAVAM

ELEVADAS PERDAS segundo relatórios do Tribunal de Contas

DO RELATÓRIO DE AUDITORIA 3/2016 ÀS CONTAS DE 2014

A não inclusão nas Contas de 2014 do saldo de 2013 (apenas 258.888€)

Os descontos para a ADSE dos trabalhadores da Função Pública da RA da

Madeira tem sido apropriados pelo governo regional, estando já em divida à

ADSE só referente ao período 2011/2013 : 8,5M€ + 2,2M€ = 10,7 milhões €

(pág. 14 e 23) . E a ADSE não registou esta divida nas suas contas.

Idêntica situação em relação à RA dos Açores: 2011/2013: 14,1 milhões € (pág.

23), mas ADSE paga a privados pela prestação de serviços nas RA´s

A ADSE pagou em 2015 ao Serviço Regional de Saúde da Madeira 29,7M€,

quando todos os portugueses têm direito à saúde tendencialmente gratuito

DO RELATÓRIO DE AUDITORIA 12/2015 À ADSE

Em 2012, a ADSE, ADM, SAD/PSP, SAD/GNR representaram 21% (317M€) do

financiamento dos Hospitais privados (pág. 9)

A receita dos descontos revelou-se em 2014 manifestamente excessiva em

138,9M€ face às necessidades financiamento da ADSE e , em 2015, o

excedente é de 89,4M € segundo o Tribunal de Contas (pág. 10)

Em 2014 e 2015 a ADSE continuou a assumir encargos que não são da sua

responsabilidade pois deviam ser financiados com impostos (pág. 11)

As tabelas do regime livre não estão atualizadas , são de 1994

ADSE É DIFERENTE DE UM SEGURO DE SAÚDE : mais de 450.000

beneficiários não contribuem (não pagam nada) para a ADSE

A ADSE É DIFERENTE DE UM SEGURO DE SAUDE PRIVADO :

assenta na SOLIDARIEDADE INTERPROFISSIONAL. Escalões de

contribuição: Isentos; 0-20€; 20-40€; 40-60€;60-80€;80-100€;>100€, portanto

as quotas mensais para a ADSE variam entre 0€ e mais de 100€ mas

todos têm idênticos direitos

A ADSE É DIFERENTE DE UM SEGURO DE SAÚDE PRIVADO:

assenta na SOLIDARIEDADE INTERGERACIONAL REGIME

LIVRE: Custo médio por escalão etário varia entre 156€ e 617€/ano por

beneficiário, mas a contribuição não aumenta

CUSTO MÉDIO POR BENEFICIÁRIO SEGUNDO O ESCALÃO ETÁRIO-

REGIME CONVENCIONADO: varia entre 118€ e 624€/beneficiário/ano -

solidariedade intergeracional => DIFERENTE DE UM SEGURO DE SAÚDE

BENEFICIÁRIOS POR ESCALÃO DE DESPESA EM 2013 E 2014: Regime convencionado – Desconta-se a mesma percentagem do salário ou da pensão mas custos

variam muito por beneficiário (em 2013, 13 beneficiários gastaram mais de 100.000€/cada)

PERIGOS QUE CORREU A ADSE : um pouco de história

1- Nomeação de “Comissão para a reforma da ADSE” pelo ministro

da Saúde em que foram excluídos os representantes dos

beneficiários (aqueles que pagam a ADSE)

2-Através do Despacho 3177-A/2016, o atual governo nomeou uma

“comissão que terá de apresentar até ao dia 30 de junho de 2016, uma

proposta de projeto de enquadramento e regulação que contemple a

revisão do modelo institucional, estatutário e financeiro da ADSE de

acordo com o previsto no Programa do Governo e, tendo em conta, as

Recomendações do Tribunal de Contas”,

3-No Programa do governo em relação a ADSE consta o seguinte:

“mutualização progressiva da ADSE, abrindo a sua gestão a

representantes legitimamente designados pelos seus beneficiários,

pensionistas e familiares “

4-O Tribunal de Contas defende a autonomia administrativa-financeira da

ADSE, sua manutenção na Administração Pública, a participação dos

quotizados da ADSE na sua governação, alargamento aos CIT´s da

Função Publica e a outros setores desde que reduza ou pelo menos não

degrade a idade média do quotizado e melhore a base per-capita de

desconto (págs. 12 e 13 do Relatório de Auditoria)

CONCLUSÕES DA PRÓPRIA COMISSÃO NOMEADA PELO GOVERNO QUE

EXCLUIU REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES E APOSENTADOS (os que

financiam a ADSE)

A Comissão “considera que a revisão do modelo institucional, estatutário e financeiro tem de ser enquadrada no contexto da ADSE como parte das relações laborais do Estado com os seus trabalhadores, e não como um problema de organização do sistema de saúde nacional”

Segundo ela” “Quando surge a ADSE, esta constitui uma primeira cobertura de seguro de saúde para os funcionários públicos, ao mesmo tempo que desempenha o papel de complemento salarial

Portanto, também de acordo com ela” A ADSE surge nesta visão como um complemento salarial oferecido pelo Estado aos seus trabalhadores” e “como as receitas do Estado são maioritariamente oriundas de impostos, significa que este complemento salarial é financiado por impostos , tal como a maioria dos salários dos trabalhadores.

E conclui que “ Na apreciação do papel da ADSE, a Comissão considera, maioritariamente, que a revisão do modelo institucional, estatutário e financeiro da ADSE tem de ser enquadrado como sendo parte das relações laborais do Estado com os seus trabalhadores, e não como um problema de organização do sistema de saúde português

No entanto, a Comissão nomeada pelo governo acabou por defender a transformação da ADSE numa Mutua com eventual entrega da sua gestão a uma empresa privada com o argumento que a mutua não tinha experiência de gestão

4 MODELOS DE GESTÃO QUE ERAM POSSÍVEIS PARA A

ADSE : vantagens e desvantagens de cada um

1-A manutenção da ADSE como uma direção geral, ou seja, tal como

existe => paga pelos beneficiários mas sem qualquer controlo deles, e

a experiencia mostrou com gestão desastrosa para os beneficiários. O

governo recusava-se a manter como uma direção geral.

2-A transformação da ADSE numa mutua como pretendia o governo, e

seu eventual alargamento a mais setores, incluindo setor privado ou

sua transformação numa entidade de direito privado como defendeu a

comissão => fácil e rápida captura por grupos de interesses,

desvirtuação, eventual transformação num seguro de saúde, ou da

entrega da sua gestão a uma seguradora, corrosão do SNS

3-A transformação da ADSE num instituto público de gestão

participada, em cuja administração e/ou conselho de fiscalização estariam

representantes dos beneficiários => corresponsabilização do Estado com

controlo efetivo dos titulares/beneficiários, e regime complementar em

relação ao SNS

4-A extinção da ADSE e integração no SNS: O SNS enfrenta já grandes

dificuldades devido ao elevado subfinanciamento, que se agravariam com a transferência de 1.220.000 beneficiários da ADSE para o SNS

POR QUE RAZÃO SEMPRE DEFENDEMOS QUE A ADSE DEVIA SER

TRANSFORMADA NUM INSTITUTO PUBLICO DE GESTÃO PARTICIPADA

COM O CONTROLO EFETIVO DOS BENEFICIÁRIOS/TITULARES

1- Segundo a própria Comissão do governo, a ADSE enquadra-se no estatuto laboral dos trabalhadores da Função Pública, portanto é um direito dos trabalhadores da Função Pública, logo o âmbito da ADSE é apenas e somente os trabalhadores da Função Pública, incluindo os com contrato individual de trabalho, o que não acontece atualmente.

2- Como a ADSE é um direito dos trabalhadores da Função Pública, pois enquadrar-se no seu Estatuto laboral, o Estado nunca se poderá desresponsabilizar do seu funcionamento;.

3- Como a ADSE é financiada pelos descontos dos trabalhadores e aposentados da Função Pública, o dinheiro da ADSE não pode ser apropriado pelo Estado, nem desviado para outros fins; tem de ser utilizado em beneficio dos titulares;

4- Quem financia a ADSE têm o direito de participar na gestão e e de controlar e fiscalizar a ADSE. O Tribunal de Contas defende (pág. 13 do Relatório de auditoria), “A participação dos quotizados da ADSE na sua governação, ao nível de decisões estratégicas e do controlo financeiro (ex.; aprovação dos planos e relatórios de atividades e de documentos de prestação de contas) assegurando, também, o direito de veto sobre todas as decisões que possam afetar a sustentabilidade no curto, médio e longo prazo, e sobre a aplicação dos excedentes”.

UM INSTITUTO PÚBLICO DE GESTÃO PARTICIPADA COM

EFETIVO CONTROLO DOS TRABALHADORES E APOSENTADOS

QUE SEMPRE DEFENDEMOS – PORQUÊ?

O Estado continuava a ser responsável pela ADSE, não só

tutelando-a, mas também participando na sua gestão, dando

assim segurança aos beneficiados.

Impedia a captura da ADSE por grupos grandes económicos da

saúde, o que facilmente aconteceria com uma MUTUA.

Possibilitava um controlo da ADSE pelos representantes dos

trabalhadores e dos aposentados da Função Pública.

Impossibilitava a utilização dos dinheiros da ADSE pelo Estado

para fins estranhos à ADSE como acontecia.

Permitiria no futuro, quando existe condições politicas, um

eventual financiamento da ADSE pelo Orçamento do Estado, já

que a ADSE, segundo a própria Comissão, é um complemento

salarial dos trabalhadores da Função Pública, por isso devia ser

suportado pelo Estado.

QUE TIPO DE INSTITUTO DE GESTÃO PARTICIPADA COM O CONTROLO

EFETIVO DOS BENEFICIÁRIOS DEFENDEMOS QUE É DIFERENTE DO

QUE VEIO A SER APROVADO PELO GOVERNO 1- CONSELHO DIRETIVO: (a) Constituído por três membros nomeados pelo

governo, sendo o presidente escolhido pelo governo, e dois pelo Conselho Geral e de Supervisão que é constituído por representantes dos beneficiados

2-CONSELHO GERAL E DE SUPERVISAO constituído por representantes das associações sindicais da Função Pública (1/3), pelas associações de aposentados (1/3) e por eleitos diretamente pelos titulares/beneficiários (1/3). Os membros do conselho diretivo em nenhum caso deviam ser membros do CGS pois ninguém se pode fiscalizar a si mesmo. O CGS devia ter poderes deliberativos e efetivos de fiscalização, nomeadamente: (a) Aprovar o Plano de Atividades e Orçamento e o Relatório e contas; (b) Fiscalizar as atividades do conselho diretivo, portanto com acesso total à informação necessária para o poder fazer; (c) Analisar e pronunciar-se sobre as convenções e contratos com base em pareceres da comissão de auditoria , etc.

3-COMISSÃO DE AUDITORIA OU DE FISCALIZAÇÃO constituída por três membros nomeados pelos Ministérios da tutela, aprovados também pelo CGS, sendo um atuário, outro ROC e 3º perito em contratos e convenções na área da saúde, os quais seriam responsáveis pelo controlo da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira e patrimonial do instituto, elaborando pareceres e recomendações sobre os atos de gestão do conselho diretivo (convenções, contratos, orçamentos, contas, etc.) e um relatório anual de sustentabilidade para o governo e para o CGS

4- COMISSÃO DE PERITOS MÉDICOS : visando o controlo dos gastos excessivos e desnecessários em saúde combatendo a ganância dos privados, nomeadamente grupos, que pretendem acima de tudo faturar

O QUE FOI APROVADO PELO GOVERNO TEM

DIFERENÇAS EM RELAÇÃO AO QUE

DEFENDEMOS

ADSE, IP de gestão participada

O que foi aprovado pelo governo - Decreto-Lei n.º

7/2017de 9 de janeiro

OS ÓRGÃOS DA ADSE, IP

Artigo 9.º

Órgãos

São órgãos da ADSE, I. P.:

a) O conselho diretivo (3 membros, sendo 1 nomeado pelos representantes

dos beneficiários no Conselho Geral e de Supervisão);

b) O Fiscal único;

c) O conselho geral e de supervisão (17 membros não remunerados, sendo

8 designados pelo Estado, 5 designados pelos sindicatos e pelas associações

de aposentados e 4 eleitos diretamente pelos beneficiários )

Artigo 14.º do Decreto-Lei 7/2017

Conselho geral e de supervisão – sem poderes deliberativos, com poderes

reduzidos mas importantes- é para este conselho que vão ser eleitos os 4 membros 1 — O conselho geral e de supervisão é o órgão de acompanhamento, controlo, consulta e participação na

definição das linhas gerais de atuação da ADSE, I. P.

2 — O conselho geral e de supervisão é composto pelos seguintes elementos: (8 gov e Aut. + 9 benef.) a) Três elementos indicados pelo membro do Governo responsável pela área das finanças;

b) Três elementos indicados pelo membro do Governo responsável pela área da saúde;

c) Quatro representantes eleitos por sufrágio universal

e direto dos beneficiários titulares da ADSE, I. P.;

d) Três representantes indicados pelas organizações sindicais mais representativas dos trabalhadores das administrações públicas;

e) Dois membros indicados pelas associações dos reformados e aposentados da administração pública;

f) Um elemento indicado pela Associação Nacional de Municípios Portugueses;

g) Um elemento indicado pela Associação Nacional de Freguesias.

3 — O presidente do conselho geral e de supervisão é eleito de entre os seus membros na primeira reunião.

4 — Para além das competências previstas no artigo 31.º da lei -quadro dos institutos públicos, compete ainda ao CGS

a) Emitir parecer prévio sobre: i) Os objetivos estratégicos da ADSE, I. P.;

ii) Os planos de atividades e o orçamento;

iii) Os planos de sustentabilidade, e as medidas apresentadas pelo conselho diretivo visando assegurar a sustentabilidade da ADSE,

iv) O relatório de atividades e as contas anuais;

b) Supervisionar a atividade do conselho diretivo, tendo direito para o efeito de exigir a disponibilização da

informação necessária por aquele conselho;

c) Emitir parecer sobre as matérias e atribuições da ADSE, I. P., e quaisquer regulamentos, nomeadamente:

i) Propostas do conselho diretivo relativas à gestão do património da ADSE, I. P.; ii) Propostas do conselho diretivo sobre a participação na criação de entidades de direito privado com ou sem fins lucrativos, bem como sobre a

aquisição de participações em tais entidades.

5 — O prazo para a emissão dos pareceres referidos no presente artigo é de 30 dias a contar da receção dos documentos ressalvadas as

situações de urgência imperiosa.

6 — Decorrido o prazo previsto no número anterior sem serem emitidos os pareceres considera -se a formalidade cumprida.

7 — Podem participar nas reuniões, sem direito a voto, além dos membros do conselho diretivo, quaisquer pessoas ou entidades cuja presença

seja considerada necessária

para esclarecimento dos assuntos em apreciação, por convocação do presidente do conselho geral e de supervisão.

8 — Compete aos membros do conselho geral e de supervisão referidos nas alíneas c), d) e e) do n.º 2, designados ou

eleitos pelos beneficiários, indicar o membro do conselho diretivo, nos termos do disposto no artigo 10.º

DESAFIO FUTURO PARA O CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO: Como

mostram os dados do quadro, a despesa anual da ADSE está a crescer mais rapidamente do

que a receita anual, e isto porque quando um trabalhador se aposenta a sua contribuição

para a ADSE em euros diminui pois a pensão corresponde em média a 65% ou menos da

remuneração anterior do trabalhador, e os custos com saúde aumentam com a idade- Como

gerir e controlar sem cortar direitos aos beneficiários?: - eis o desafio futuro

OUTROS DESAFIOS QUE SE VÃO COLOCAR AOS MEMBROS QUE

VÃO SER ELEITOS PARA O CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

1- ALARGAMENTO DA ADSE A OUTROS SETORES DA POPULAÇÃO- JÁ EXISTE

UMA PROPOSTA DOS ATUAIS MEMBROS DO CONSELHO DIRETIVO NOMEADOS

PELO GOVERNO QUE DETERMINARIA A DESTRUIÇÃO DA ADSE E A SUA

TRANSFORMAÇÃO NUM SEGURO DE SAÚDE IGUAL AOS PRIVADOS. Questão:

Que fazer pois a ADSE foi criada apenas para a Função Pública, como fazer e como

controlar custos para que não causar a insustentabilidade e a implosão da ADSE?

2- O RISCO DA ADSE ENTRAR NA PRESTAÇÃO DIRETA DE SERVIÇOS DE SAÚDE

ATRAVÉS DA COMPRA DE HOSPITAIS- - Na proposta dos membros do Conselho

Diretivo nomeados pelo governo existe a intenção da ADSE em ter serviços próprios para

prestar cuidados de saúde o que pode determinar a compra de hospitais privados falidos

para resolver o problema dos privados, como os órgãos de informação já noticiaram

Questão: como impedir decisões que podem levar à implosão da ADSE por

incapacidade de suportar custos sempre crescentes?

3- IMPEDIR A MUTUALIZAÇÃO FUTURA DA ADSE: Para os grandes grupos

económicos e para os seus defensores, a passagem da ADSE de Direção Geral a

Instituto Público de Gestão Participada é apenas uma fase intermédia (passagem

intermédia) para uma Mutua o que permitiria rapidamente aos grandes grupos privados

da saúde capturar a ADSE através de “testas de ferro”. Impedir isso terá de ser

também um objetivo dos membros que vão ser eleitos.

O FINANCIAMENTO DOS PRIVADOS PELO SERVIÇO NACIONAL DE

SAÚDE: contrariamente ao que pensam ou afirmam alguns não é um exclusivo

da ADSE, os pagamentos do SNS a privados em 2016 atingiram 3.568 milhões €,

enquanto na ADSE foram cerca de 500 milhões € (menos de 1/7)

RECEITAS E DESPESAS DA ADSE NO PERÍODO 2010-2016 segundo os

Planos de Atividades da ADSE. Neste período a soma dos saldos positivos

atinge 551,7 milhões €, mas o dinheiro que existe – RESERVAS – atualmente é

apenas 400 milhões €, que estão no Instituto de Crédito Público apesar de ser

dinheiro dos beneficiários, e que não rendem NADA

A ADSE NÃO É UM PRIVILÉGIO DOS TRABALHADORES E APOSENTADOS DA FUNÇÃO

PÚBLICA, como alguns dizem para atacar a Função Pública. ESTES, PARA TEREM A ADSE,

PARA ALÉM DE PAGAREM IMPOSTOS COMO QUALQUER PORTUGUÊS PARA FINANCIAR

O SNS, AINDA DESCONTAM 3,5% DAS SUAS REMUNERAÇÕES E PENSÕES PARA A ADSE,

O QUE SIGNIFICA UM CORTE 580 MILHÕES €/ANO NOS SEUS REDUZIDOS RENDIMENTOS