administrar - maio 2015

8
inistrar Encarte especial - Não pode ser vendido separadamente Passo Fundo | Maio | 2015 FOOD TRUCKS Foto: Ângela Prestes comida sobre rodas

Upload: docong

Post on 07-Jan-2017

255 views

Category:

Documents


10 download

TRANSCRIPT

Page 1: Administrar - Maio 2015

inistrarEncarte especial - Não pode ser vendido separadamentePasso Fundo | Maio | 2015

Food Trucks

Foto: Ângela Prestes

comida sobre rodas

Page 2: Administrar - Maio 2015

2

AdministrarPasso Fundo | Maio de 2015 |

Sucursal em Porto Alegre: GRUPO DE DIÁRIOS - Rua Garibaldi, 659, conj. 102 – Porto Alegre-RS.

Representante para Brasília: CENTRAL COMUNICAÇÃO.

Representante para São Paulo e Rio de Janeiro: TRÁFEGO PUBLICIDADE E MARKETING LTDAAvenida treze de maio, sala 428 - Rio de Janeiro – RJ.

MC- Rede Passo Fundo de Jornalismo LtdaRua Silva Jardim, 325 A - Bairro Annes

CEP 99010-240 – Caixa postal 651Fone: 54- 3045-8300 - Passo Fundo RS

www.onacional.com.br

Múcio de Castro Filho

Zulmara Colussi

Cássia Paula Colla

Múcio de Castro 1915 1981

Filiado à

Conselho EditorialMúcio de Castro Filho

Clarice Martins da Fonseca de CastroMilton Valdomiro RoosAntero Camisa JuniorDárcio Vieira MarquesPaulo Sérgio Osório

Valentina de Los Angeles BaigorriaMúcio de Castro Neto

Diretor Presidente: Editora Chefe:

Projeto Gráfico :

Não nos responsabilizamos pelos conceitos e opiniões emitidos em colunas e notas assinadas ou matérias pagas. Não devolvemos originais, publicados ou não.

ContatosAssinaturas: [email protected]: [email protected]ção: [email protected]: [email protected]

FonesGeral: (54) 3045.8300Redação: (54) 3045.8328Assinaturas: (54) 3045.8335Classificados: (54) 3045.8334Circulação: (54) 3045.8333

Apps para

Empreendedores

Diante dos problemas do mundo, o administrador já não pode ser o maquinista-chefe de uma má-quina complexa chamada “empresa” ou “organi-zação”, mas o sutil e generoso catalisador capaz de criar a seu redor condições propícias ao enga-jamento de pessoas. A melhor gestão é aquela que sabe mobilizar e deixar exprimir as potencialidades de todos na empresa. O “capital humano” é o “re-curso” mais importante que deve guiar o caminho do administrador. O autor, Omar Aktouf, participou da conferência internacional “Gestão Humana de Pessoas”, na Universidade de Passo Fundo. Saiba mais sobre o tema e o autor na página 3.

DICA DE LEITURA

A Administração Entre a Tradição e a Renovação

Omar Aktouf

AsanaNada melhor do que ter controle dos seus projetos em grupo no smartphone. Com o Asana, você pode criar uma lista de tarefas para o grupo, atribuir cada tarefa a uma pessoa e estabelecer o pra-zo de conclusão, além de anexar informações adicionais. Cada um, então, faz sua parte e verifica o an-damento do projeto, além de trocar mensagens com os demais. O app é grátis para grupos de até 15 par-ticipantes e está disponível para Android, iPhone e na web. Os pon-tos fracos ficam na impossibilida-de de usar off-line e a indisponibi-lidade do aplicativo em português.

Editora AtlasA partir de R$82,90

Melhores Práticas para Conselho de AdministraçãoTendo como objetivo capacitar conselheiros de administração, diretores, membros de famílias societárias e conselheiros externos em relação aos aspectos envolvi-dos na Governança Corporativa, a IMED, em parceria com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) está promovendo entre os dias 17 e 19 de junho o Curso Melhores Práticas para Conselho de Administração. A atividade, que to-talizará 24h/aula, abordará temáticas referentes à governança corporativa, legisla-ção, conselho de administração, o processo de sucessão e conselheiro na prática, discussão de casos práticos, mercado de capitais, sustentabilidade e seu impacto no contexto de negócios, entre outros. Quem tiver interesse em participar da capa-citação pode entrar em contato com o Centro de Desenvolvimento Empresarial da IMED, pelo email [email protected] ou pelo telefone (054) 3045-9026. As ativida-des serão desenvolvidas durante os turnos da manhã e tarde, das 08h às 12h e das 14h às 18h.

Make up FranchisingEm abril, a nova unidade da Make up Funilaria, Pintura e Estética Automotiva abriu as portas para atender a cidade de Passo Fundo e região. A rede de franquias iniciou os trabalhos em sua 27ª unidade em operação de uma rede formada por 30 unidades no total somando lojas em funcionamento, em implantação e as contratadas. A franqueadora oferecerá serviços de pintura, funilaria, micropintura, martelinho de ouro e estética automotiva. Fundada em 1995, e desde 2005 no mercado de fran-chising, a Make up é uma rede de reparação automotiva, especializada em funilaria e pintura, estética automotiva. A empresa vem crescendo 30% nos últimos 6 anos consecutivos e atualmente conta com 31 franquias distribuídas entre os estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, com o foco em atendimento ao mercado de seguradoras. As unidades possuem operações padronizadas, que garantem a qualidade e a produtividade dos serviços, independente da unidade de atendimento. Em Passo Fundo, a unidade fica localizada na Rodovia RS 153, 415, Vila Gerônimo Coelho.

FONTE CNI

GRAU DE INOVAÇÃO ATUAL NA INDÚSTRIA BRASILEIRA

PRINCIPAIS MOTIVOS PARA GRAU DE INOVAÇÃO BAIXO OU MUITO BAIXO

FATORES QUE DIFICULTAM A INOVAÇÃO NO BRASIL

MODIFICAÇÕES QUE DEVERIAM SER FEITAS NA LEGISLAÇÃO

INDÚSTRIA Dados de abril/15 (%)

Expectativa dos empresários sobre inovação no setor

Alto3,0

Baixo 54,0

Nem alto,nem baixo

35,0

Muito baixo8,0

%

41,9%Brasil está atrasado em relação a outros países,

importa ou copia

17,7%acreditam que faltam políticas

efetivas de incentivos

14,5%apostam na falta de confiança e cenário de crise

30%burocracia e

regulamentação excessiva

25%níveis baixos de educação,

baixa qualificação de mão de obra

24%acreditam que falta cultura de inovação

no Brasil

34,2%incentivos

fiscais/desoneração de investimentos

22,4%simplificar

legislação/desburocratizar processos

10,5%novo marco legal claro, promotor

de inovação

Page 3: Administrar - Maio 2015

3Passo Fundo | Maio de 2015 |

“O líder não pode ser o único cérebro da empresa, as decisões precisam ser to-madas em conjunto”. A frase, que pode parecer clichê no meio corporativo, é um dos principais pontos levantados no modelo defendido por Omar Aktouf, professor de Administração da École des Hautes Études Commerciales (HEC), de Montreal, Canadá. Para ele, um bom chefe, antes de cada decisão, deve escu-tar cada membro da equipe de trabalho, pois “uma empresa que funciona bem precisa de todos os pontos de vista”, ex-plica. O pesquisador veio a Passo Fundo para a conferência Internacional “Gestão humana de pessoas”, que ocorreu no dia 08 de maio, na Universidade de Passo Fundo. O evento foi promovido pelo Grupo de Pesquisa Estudo em Gestão de Pessoas, do PPGAdm/Feac/UPF, com o apoio da ABRH/RS e da Prática.

O conceito de gestão humanizada é tra-tar o trabalhador como um ser humano. Para Aktouf, primeiramente a empresa precisa entender o que é um ser huma-no. “Um ser que gosta de pensar por si mesmo, que gosta de escutar, de tomar decisões. É um ser de afeto, de emoções. Quando em uma empresa, com esse modo de gestão individualista - que do-mina o mundo - os trabalhadores são tra-tados como recursos que podem ser tira-dos a qualquer momento, o ser humano não está sendo respeitado, considerado.”

Garantia de trabalhoDe acordo com Aktouf, um dos prin-

cipais problemas enfrentados pelos tra-balhadores dentro do modelo de gestão americana é a instabilidade. “Não se pode tratá-los como papel, que se pode

Fora da realidade das empresas brasileirasModelo de gestão em que o trabalhador é tratado como um ser de emoções e afeto já é utilizado em países como Alemanha e Japão

tirar qualquer dia, quando o lucro está baixando”, explica ele. Dentro deste mo-delo, o empregado chega toda segunda-feira ao trabalho com uma preocupação: vou trabalhar na próxima segunda-feira ou não? “Quando o trabalhador está com esta ansiedade ele não vai ser criativo, nem motivado, nem inteligente no tra-balho. No Japão, por exemplo, quando você entra em uma empresa você sai só se quiser. Eles nunca demitem. Se os lu-cros baixam, baixa a renda de todos, do presidente, dos acionistas, até da pessoa que limpa o chão. Se os resultados so-bem, o salário sobre para todos. Esses trabalhadores quando chegam à empre-sa, chegam sem nenhuma ansiedade”.

No BrasilNo Brasil, em que a taxa de desempre-

go no primeiro trimestre desse ano ficou em 7,9%, segundo dados do IBGE, ain-da há muito que se fazer para chegar em um patamar parecido com países como Alemanha e Japão. “O Brasil, como qua-se todos os outros países do mundo, está imitando o modelo americano. E isso é uma catástrofe”, enfatiza Aktouf. A mu-dança depende de mudanças políticas

muito fortes e leva tempo para acontecer. “No Japão e na Alemanha, por exemplo, o dono da empresa não é livre para fa-zer o que quiser. O mercado é planeja-do e controlado. As empresas fazem o que o Estado diz que se deve fazer para que todo o país cresça. Com von-tade política, o Brasil pode mu-dar em um tempo de cinco a 10 anos”, diz.

ConferencistaOmar Aktouf é professor titu-

lar de Administração da École des Hautes Études Commercia-les (HEC), de Montreal, Canadá. Tem MBA e é doutor em mana-gement, é mestre em Economia e em Psicologia industrial e mem-bro fundador do Grupo Huma-nismo e Gestão, criado na HEC - Montreal. Veterano gestor ins-titucional, atua como consultor em diversos países, como Fran-ça, Argélia, Canadá, Alemanha e Brasil. Conferencista internacional, Omar Aktouf difunde suas ideias pelo mundo, tendo livros publicados em cin-co idiomas.

� Gestão humanizada

O bom líder é aquele que sabe estimular a inteligência coletiva.”

� Conferência aconteceu na Universidade de Passo Fundo

Foto

: Âng

ela

Pres

tes/

ON

Page 4: Administrar - Maio 2015

4

AdministrarPasso Fundo | Maio de 2015 |

Ângela Prestes*[email protected]

Todos os dias Nik acorda às 6 horas da ma-nhã com disposição para enfrentar o dia cheio. Quem pensa que vender espetinho na rua à noite não dá trabalho engana-se. Comprar, cortar, temperar e espetar a carne e preparar o carrinho são somente algumas das tarefas que Nianderton de Souza, mais conhecido como Nik, 37, precisa fazer para oferecer aos seus clientes uma comida de qualidade. Ele é dono do Churrasquinho do Márcio, um mini trailer que fica estacionado no canteiro da Avenida Brasil, esquina com a Rua 7 de Agosto. Mas não foi sempre assim. Nik era dono de uma lancheria, em Santa Catarina, e trocou o papel de chefe de um estabelecimento pelo prazer de poder, ele mesmo, preparar e vender aos clientes o seu produto. Desde 2013, ele vende o que prepara e já conquistou sua clientela. Mas o amor pela comida vem de muito antes. “Eu amo comida. Quando eu tinha 13 anos de idade, os meus colegas iam jogar futebol. A minha família trancava a casa e eu entrava pela janela e ia fazer maionese no liquidifica-dor ao invés de ir jogar bola”, conta ele. As dificuldades de trabalhar ao ar livre, como a imprevisibilidade do tempo ou a falta de se-gurança, são pequenos se comparados com a satisfação de conhecer novas pessoas e fazer amizades. “O reconhecimento é melhor que o dinheiro. Sou mais feliz aqui na rua. Aqui eu converso com as pessoas. Elas não vêm aqui só comer, isso se tornou um ponto de en-contro. Não troco mais a rua. Eu já ganhei 6 meses de aluguel em uma sala comercial, mas não quis ir. A rua tem esse bônus de ouvir as histórias das pessoas, de conversar. Se tu fize-res um negócio bem feito, com amor, podes vender ovo na esquina que dá”. Nik não está sozinho. São 15 pontos de comércio ambulante de alimentos autorizados pela prefeitura no mu-nicípio, a maioria deles no Boqueirão. O Bairro é o ponto certo para encontrar vários food trucks estacionados oferecendo comida de qualidade em Passo Fundo.

A qualidade, a higiene e o bom atendimento são os três principais valores utilizados em ou-tro comércio de espetinhos na Avenida Brasil.

Food Trucks:comida sobre rodas Modelo de comércio de rua que utiliza veículo para venda de alimentos ganha cada vez mais adeptos em Passo Fundo

B Para comercializar alimentos nas ruas é preciso uma autorização da prefeitura. No caso de Passo Fundo, de acordo com o chefe do núcleo de fiscalização, Paulo Rogério Neckel, a prefeitura está negando muitas autorizações por não se encai-xarem com as normas exigidas. “Os pedidos dos comerciantes mais antigos estão sendo renovados. Ultimamente os novos pedidos não têm se enquadrado na lei”, explica Neckel. O custo do alvará anual é de R$ 838,50. Os interessados devem estar de acordo com a Lei Nº 81/99.

LEI COMPLEMENTAR Nº 81/99Autorizações negadas

A rua tem esse

bônus de ouvir as histó-rias das

pessoas, de con-versar.” Nianderton

de Souza

Foto

s: Â

ngel

a Pr

este

s

Page 5: Administrar - Maio 2015

5Passo Fundo | Maio de 2015 |

*Colaboradora

O Mega Espetinhos Sabor Caseiro foi cria-do em 2013 por Adriana Santin e seu ma-rido. O negócio iniciou pequeno, em frente à casa deles, no Bairro Santa Marta. Depois de ver que poderia dar certo, eles encaminharam o pedido de autorização na prefeitura. Hoje, além dos espetinhos, servem também um lan-che criado por eles. “Agora estamos fazendo um novo lanche, que é o Kachurrasco, um ca-chorro-quente feito com espetinho, com carne assada”, explica Adriana.

Cachorro-quenteO baixo custo da mercadoria e a grande

procura fazem com que um dos lanches mais comuns quando se pensa em comida de rua seja o cachorro-quente. E foi esse o cardápio escolhido pela empresária Elai-ne Ruberti, 40. Ela decidiu largar o em-prego em uma farmácia para montar um negócio próprio. “Eu queria trabalhar por conta, que é melhor do que trabalhar de empregado dos outros. Aí compramos o carro e pesquisamos na internet para saber como adaptar”, explica Elaine. Ela é dona do Speed Dog Brasil, uma van que fica esta-cionada em frente ao Bella Città Shopping. Para ela, o food truck foi uma boa forma de empreender por exigir um investimento mais baixo. “Gastamos em torno de R$ 8 mil para investir no início. Na verdade não colocamos uma lancheria porque não ia ter dinheiro suficiente”, diz. O investimento com um valor mais baixo também foi o mo-

Público-alvoEntender quem é o público e conhecer seus hábitos é fun-damental para qualquer negócio, mas para os trucks existe um desafio adicional: saber onde ele se encontra e planejar

o melhor local para estacionar, ou de qual evento participar, a fim de atingir os clientes.

IntempériesTrabalhar na rua implica sujeição às condições meteoroló-gicas. Um dia de chuva, de calor ou frio intenso ou de vento excessivo com certeza afastará potenciais clientes, que vão buscar ambientes protegidos.

SegurançaSegurança do investimento (truck, utensílios, equipamentos, estoques, etc.) e também segurança pessoal dos funcio-nários e clientes são aspectos extremamente relevantes a considerar os altos índices de criminalidade que constata-

mos no Brasil. Contratar profissionais ou empresas de segurança ou optar por estacionar em espaços privados devem ser opções adequadamente planejadas e executadas com rigor.

PoluiçãoAlém das intempéries, estar em um ambiente aberto e não controlado traz o risco de diversos tipos de poluição que poderão inviabilizar a comercialização ou o consumo dos alimentos. Poeira, alto ruído de qualquer espécie, fumaça de veículos, odores desagradáveis, presença de lixo, dejetos

ou sujeira, esgotos mal vedados, bueiros entupidos ou outras situações são influenciadores da disposição do público em permanecer no local, com consequente impacto nas vendas.

Animais e pragas urbanasA presença de insetos (baratas, moscas, etc.) e também outros animais, como pombos e pássaros, ou mesmo cães e gatos (de rua ou dos clientes) pode significar risco na segurança dos alimentos e, consequentemente, inviabilizar o espaço para o convívio e consumo de alimentos.

Abastecimento de águaImpossível operar qualquer cozinha sem água potável. Portanto, o planejamento da oferta de água, desde o layout do caminhão – considerando local de armazenamento – até o abastecimento em cada local onde se considera operar, é atividade indispensável.

Energia elétricaOutra facilidade fundamental, o fornecimento de energia deverá ser planejado, com instalações adequadas e seguras, podendo ser captado da rede pública ou mesmo gerado por painéis solares ou geradores.

Descarte de lixo e água servidaTodo lixo gerado deverá ser armazenado e disposto corre-tamente. O planejamento do layout do truck, com espaço e lixeiras adequadas ao volume e tipo de resíduo gerado – papel, plástico, óleo de fritura, resíduos orgânicos, água de higienização de utensílios e mãos, etc. – é necessário e precisa observar as normas legais do município.

Fonte: Sebrae

Acesse o manual do Sebrae Food Truck: Modelo de negócio

e sua regulamentação

tivo pelo qual Patrícia Hoffmann Torres, 30, comprou o ponto do Stop Dog Boqueirão, também na Avenida Brasil. “Compramos o ponto há quatro anos, com o carro adaptado e funcionando. O investimento é menor do que uma sala comercial. Mas estamos que-rendo mudar”, conta ela.

Terceiro turnoO trabalho de um dia inteiro na Universi-

dade de Passo Fundo não impediu que Lu-ciano Garcia utilizasse o turno da noite para colocar um negócio de food truck. A ideia da pizza em cone surgiu quando ele estava de férias na praia e, após o investimento de R$ 25 mil entre a compra da Kombi e a adapta-ção, a clientela já é fiel. “A rua é um lugar mais informal, se a pessoa quiser vir com o cachorro vem, se quiser vir de pijama dentro do carro vem, é um espaço público, um lugar mais aberto. As pessoas veem toda a cozi-nha, acompanham o preparo. E o principal é o contato com os clientes. Faz desde janei-ro que eu estou aqui e já conheço os meus clientes, sei do que eles gostam”, explica Garcia. Para ele, a escolha do cardápio dife-rente é a principal atração. “Escolhi a pizza em cone porque é diferente, porque não tem outra. Se eu vendesse cachorro-quente eu te-ria três vezes mais vendas e teria cinco vezes mais lucro, porque sai mais barato. Mas é uma aposta no futuro”, diz.

Um pouco de história

B O termo food truck, assim como esse método de comercialização de alimen-tos, veio importado dos Estados Unidos, onde a história começou há muito tempo, por volta de 1860. Mas, segundo o Sebrae, o movimento começou a ganhar força após a crise econômica de 2009, nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, São Paulo foi a primeira cidade a se destacar no setor, que está, hoje, presente em todo o país.

Gestão e Mercado

B Como qualquer outro negócio, o empreendimento de um Food Truck requer planejamento, conhecimento do mercado, demanda, concorrência, pontos, legislação e diversos outros fatores, além da própria gestão em si e desenvolvimento de atividades de forma res-ponsável, eficiente e sustentável.

� Pizza em cone é aposta em um cardápio diferenciado

Foto

s: Â

ngel

a Pr

este

s

Page 6: Administrar - Maio 2015

6

AdministrarPasso Fundo | Maio de 2015 |

Amilton Rodrigo de Quadros Martins

E-mail: [email protected]

NA

Tecnologia da informaçao

WebFoto Seletor agiliza processo de entrega de imagensA Infosoft – empresa de TI que desenvolve sistemas em plataforma web e tem como principal público-alvo empresas de fotografias e eventos lançou uma ferramenta online para a seleção de fotos. Atualmente, o fotógrafo tem que enviar por e-mail ou por DVD os arquivos para o cliente, ou o cliente tem que ir até a loja para selecionar aquelas que vão para o álbum. Esse processo acaba sendo demorado e facilmente ultrapassa 90 dias para ser finalizado. Com o WebFoto Seletor, o fotógrafo disponibiliza as fotografias de forma online, mediante um login e senha de usuário, para que o cliente possa selecionar as fotografias de qualquer lugar que tenha acesso a internet. O cliente também pode marcar as suas fotos favoritas para que o fotógrafo possa dar um destaque no álbum. O WebFoto Seletor agiliza e reduz custos deste processo, além de proporcionar uma experiência diferenciada para os clientes, aumen-tando a sua satisfação. O WebFoto Seletor também pode ser utilizado em conjunto com o sistema de gestão fornecido pela Infosoft, integrando todas as fases das ordens de serviços. Para conhecer melhor o produto acesse www.webfotoseletor.com.br.

Tecnologia

BITS EM FOCO

EDUCAÇÃO

Oniz investe na virtualização de servidoresDesde o início do ano a Oniz Distribuidora está investindo forte no setor de TI, trabalhando principalmente na virtualização dos seus servidores. O supervisor de TI, Átila Bernardi, vê como principais benefícios desse investimento o desempenho, a segurança e a praticidade que se adquiriu. “O sistema virtualizado, além de dar mais velocidade aos processos, nos possibilita em questão de segundos e apenas alguns ‘cliques’, ter disponível um novo servidor para atender a alguma demanda da empresa, no sentido de implantar um novo sistema. Além de descartar a necessidade de compra de um novo servidor, também podemos fazer o upgrade ou downgrade de processamento e memória de disco no momento em que acharmos necessário”. O supervisor também comenta que a solução de virtualização, gerenciada através de um software, dispensa a necessidade de investimento na aquisição de máquinas e de manutenções pesadas. Nos últimos meses, a empresa também fez importantes mudanças no espaço físico dos seus equipamen-tos, trocando o local que hospeda a sua estrutura de servidores para uma área totalmente isolada do prédio da empresa, fechada e acondicionada. Além da estrutura de servidores, investimentos também foram feitos em nobreaks e no gerador de energia.

Vestibular IMED está com inscrições abertas até 1º de junhoVocê é fascinado pela vida digital, já pensou em construir carreira no lucrativo mercado da tecnologia? A IMED está com inscrições abertas para o Vestibular de Inverno, com vagas para os cursos de Ciência da Computação e Sistemas de Informação.A prova acontece no dia 06 de junho, com início às 14h. Mais informações em www.vestibular.imed.edu.br.

Por Dentro da Empresa

Farina S/A Componentes Automotivos

“A única maneira de superar os concorrentes é não mais tentar superar os concorrentes”.

W. Chan Kim | Renée Mauborgne

Bento Gonçalves

Nome do gestor: Daniel Westerlund

Quanto tempo atua no mercado? Cerca de 10 anos

Qual o segmento que a empresa atua? Indústria Automotiva

Quais as tecnologias que utiliza? Os principais são virtualização, Software em Nuvem, ERP Totvs.

Principais projetos em andamento? Troca de ERP, com substituição do atual Datasul pelo Protheus, ambos da Totvs.

Existe algum sistema/software desenvolvido pela TI? Somente alguns relatórios específicos.

Qual a composição da equipe de TI que atua na empresa? São duas pessoas, sendo um gestor e um Analista de Sistemas Junior.

Page 7: Administrar - Maio 2015

7Passo Fundo | Maio de 2015 |

Professor e Coordenador do Curso de Administração da UPF

Adm. Me. Ricardo Timm Bonsembiante

P E r F i l

Quando na segunda meta-de do século XIX aconteceu a

Segunda Revolução Industrial, o mercado esperava que o aprimora-

mento técnico e científico representasse um forte desenvolvimento, principalmente nas indústrias química e metalúrgica. Essa época de importantes invenções tecnoló-gicas melhorou e muito a qualidade de vida das pessoas e, consequentemente, passou-se a exigir maior produtividade. Nas indústrias, os sistemas de linha de produção passaram a ser utilizados, criando padrões no que era produzido. Esse processo de produção em massa, conhecido como fordis-mo, foi marcado pela presença de um trabalhador desqua-lificado, que desenvolve uma função mecânica, extenuante e para a qual não precisa pensar. Para integrar-se ao fordis-mo, surge o taylorismo que é uma concepção de produção baseada em um método científico de organização do traba-lho. Tem como característica a fragmentação do processo industrial no qual cada trabalhador passa a exercer uma ati-vidade específica. A organização passa a ser hierarquizada e sistematizada e o tempo de produção é cronometrado.

Sessenta anos se passaram e no início da década de 1970 aconteceu a Terceira Revolução Industrial, tendo por base a alta tecnologia. O computador é a máquina dessa terceira revolução industrial. Uma máquina flexível, composta por duas partes: o hardware (a máquina propriamente dita) e o software (o programa), que se integram, o que faz do computador, ao contrário da máquina comum, uma máqui-na programável de acordo com a tarefa a ser executada. As-sim, em decorrência desse sistema polivalente, flexível, de-senvolvido em equipe e menos hierárquico, a organização do trabalho sofreu uma profunda reestruturação. O trabalho torna-se mais adaptável ao sistema econômico, sobretudo a relação entre produção e consumo, por meio do chama-do just-in-time. A verticalização do tempo fordista cede lugar à horizontalização e a globalização substitui a velha divisão imperial do planeta. As novas regiões industriais de alta tecnologia unem centros produtores de tecnologia com indústrias de informação, associados a grandes centros de pesquisa em universidades.

E hoje, onde estamos, como estamos? O consumo está cada vez mais em alta e a relação produtor/consumidor in-verte-se radicalmente. Quem produz deve estar cada vez mais atento aos anseios dos consumidores, que definem o que querem, onde querem e qual preço estão dispostos a pagar. A gestão da sustentabilidade nas organizações e a preocupação na formação de líderes sustentáveis capa-zes de transformar o mundo, é fundamental para equalizar o social, o ambiental e o econômico. Por tudo isso é que precisamos de mais, muito mais, administradores. Pessoas com visão sistêmica, que conheçam o mercado e os consu-midores, que tenham certeza de que a diferenciação é o que agrega valor a produtos e serviços e que a percepção desses valores é uma característica do trabalhador do conhecimen-to, que trocou a força braçal pela capacidade intelectual de pensar, criar e inovar.

Administrar é preciso, por quê?

criatividade

Sou: Manolo Frediani Lima Tenho: 27 anos Natural de: Passo Fundo Formação: Pós-graduando em Gestão financeira FGV-POA Hoje sou: Gerente de negócios na MML Arquitetura e engenharia. O começo: Ainda nem comecei... No futuro: Criar oportunidades e gerar rentabilidade àqueles que acreditam nos nossos projetos, ao mesmo tempo contemplar a cidade com empreendimentos que visam a melhor qualidade de vida.   Orgulho profissional: Participar de projetos cujo o intuito é melhorar o desenvolvimento das ci-dades e a qualidade de vida das pessoas Prioridade: Propor ao mercado soluções criativas de empreendimentos que possam trazer novas ideias, estilos de vida e qualidade na moradia e no trabalho. O que mais gosta em seu trabalho: A interligação entre diversas áreas. Analisar desde a concepção de um projeto imobiliário, viabilidade, aceitação do público e entrega. Site predileto: www.ted.com Nas horas vagas: Viajo, e muito... Mania: Café depois de comer Ideal: Aprender novas culturas e compartilhar as melhores práticas. Último livro que leu: “The 48 Laws of Power” Projetos futuros: Pós graduação no exterior Palavra favorita nos negócios: Cumprimento de prazo Dinheiro é... oportunidade de novas experiências Seu lema nos negócios: Profissionalismo e fazer o máximo daquilo que você sabe fazer, sem tur-ismo nos negócios. É imperdoável nos negócios: Falta de conhecimento e vontade. Sempre tenho no escritório: Café e computador Frase: “If the reason to taking on is a mission to an opportunity is for the money you’ll make, I be-lieve you’ll fail. You should find your passion, find that mission, and take on. Even if no one pay you anything for. Because then, you and your team, would be motivated to succeed”. Melhor forma de divulgar a empresa: Cumprimento da expectativa gerada para o cliente Qualidade indispensável para um bom administrador: Capacidade de gerenciamento Um grande exemplo de administrador: Steve Jobs Grandes defeitos de um administrador: Não saber trabalhar em equipe Definição de empreendedorismo: Planejar, organizar e fazer acontecer Para quem está começando: Procurar o que realmente gosta, pesquisar benchmark, estudar o mer-cado que está entrando e por fim, tentar ser o melhor. Principais desafios: Empreender produtos que mudam para melhor, o estilo de vida do usuário. Independente da economia, pessoas procuram qualidade de vida. A missão é entregar estilo de vida e não um simples metro quadrado. Engenharia é um bom ramo de negócio? Ótimo. Ramo complexo em que o profissional deve ter conhecimento amplo, porém com informações bastante consistentes. Já vimos vários que tentaram atuar no mercado e acabam quebrando. Sinergia de informações entre setores, ética e os pés no chão são primordiais.

Sobre a MML Arquitetura E Engenharia: Com 31 anos, uma empresa tradicional e sólida. Ao mesmo tempo, a vontade de crescer e ideias de uma empresa jovem cheia de ambição.

Page 8: Administrar - Maio 2015

8

AdministrarPasso Fundo | Maio de 2015 |