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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5194 • Sexta-feira, 03 de Março de 2017 10 PATACAS 16 0 C/22 0 C • HOJE Fonte SMG 9º CURSO DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO CULTURAL DO IFT Chama-se “Parque Oceanis”, era um sonho de entretenimento à beira-rio, semelhante ao “Ocean Park” de Hong Kong, e até deveria incluir aquários especializados para golfinhos. A úni- ca, e grande diferença, é que até ao momento - e faltam cinco anos para o final do prazo de concessão - ainda não saiu do papel, constando apenas do Boletim Oficial. Por esse motivo, o Executivo pondera avançar para uma declaração de caducida- de do terreno da Taipa cedido à empresa “Chong Va – Entrete- nimento, Limitada”, segundo revelou a DSSOPT ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU. Pág. 5 O “Ocean Park” da Taipa que nunca saiu do B.O. Alunos do IFT recolhem memórias orais Pág. 7 Freixo de Espada à Cinta glorifica missionários que deixaram marcas em Macau FONTE LIMPA • Págs. 2 e 3 Banda desenhada ganha destaque na abertura do Festival Rota das Letras Pág. 9 Assaltante levou 1,3 milhões de farmácia tradicional Pág. 4 Salários na MGM vão aumentar entre 2,5% e 7% Última Dois casos de coragem JORGE SILVA Pág. 16 OPINIÃO Falar e preservar com sentido! ALBANO MARTINS Pág. 17 FERNANDO SANTOS EM ENTREVISTA EXCLUSIVA AO JTM “Título europeu foi obra do trabalho” CENTRAIS e Pág. 12

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Page 1: Administrador José Rocha Diniz Sérgio Terra 5194 • Sexta ... · 9º CURSO DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO CULTURAL DO IFT ... sobretudo hotéis de luxo, ... equipa do Sporting de Macau

Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5194 • Sexta-feira, 03 de Março de 2017 10 PATACAS

160C/220C• • • HOJE

Fonte SMG

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Chama-se “Parque Oceanis”, era um sonho de entretenimento à beira-rio, semelhante ao “Ocean Park” de Hong Kong, e até deveria incluir aquários especializados para golfinhos. A úni-ca, e grande diferença, é que até ao momento - e faltam cinco anos para o final do prazo de concessão - ainda não saiu do

papel, constando apenas do Boletim Oficial. Por esse motivo, o Executivo pondera avançar para uma declaração de caducida-de do terreno da Taipa cedido à empresa “Chong Va – Entrete-nimento, Limitada”, segundo revelou a DSSOPT ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU. Pág. 5

O “Ocean Park” da Taipa que nunca saiu do B.O.

Alunos do IFT recolhemmemórias orais Pág. 7

Freixo de Espada à Cinta glorifica missionários que deixaram marcas em Macau

FONTE LIMPA • Págs. 2 e 3

Banda desenhada ganha destaque na abertura do Festival Rota das Letras

Pág. 9

Assaltante levou1,3 milhões de

farmácia tradicionalPág. 4

Salários na MGM vão aumentar

entre 2,5% e 7%Última

Dois casos de coragemJORGE SILVA

Pág. 16

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Falar e preservar com sentido!ALBANO MARTINS

Pág. 17

FERNANDO SANTOS EM ENTREVISTA EXCLUSIVA AO JTM

“Títuloeuropeu foi obra

do trabalho”CENTRAIS e Pág. 12

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JORNAL TRIBUNA DE MACAUPropriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Editora: Liane Ferreira • Redacção: Catarina Almeida, Inês Almeida, Pedro André Santos ,Rima Cui e Viviana Chan • Correspondentes: Ricardo Jorge (Portugal) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Costa Santos Sr., Fátima Almeida, Helder Fernando e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres • Fotógrafo: Alex Sampaio • Secretária de Redacção: Carmen Sou • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected] • Fax: 28389886) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua • Exclusivos: Finantial Times, Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

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S Nomes de Macau glorificados numa “terra de Missão” - I Freixo de Espada à Cinta é uma referência incontornável no processo de evangelização no Oriente, após a chegada de Vasco da Gama à Índia em 1498, bem como no desenvolvimento da Igreja Católica em Macau. Na vila do distrito de Bragança nasceram missionários como Monsenhor Manuel Teixeira, Manuel Pintado, Júlio Massa, Manuel Basaloco, Juvenal Garcia ou Manuel Varejão, que deixaram marcas no território e contribuíram para afirmar a vila transmontana como uma “terra de Missão”.

Nomes de Macau glorificados numa “terra de Missão” - II

Esse contributo é motivo de orgulho para Freixo de Espada à Cinta, que há alguns anos mandou edificar um singelo mas belo monumento em homenagem a mais de 50 dos seus missionários, que ajudaram a espalhar a fé por muitas partes do mundo. Neste importante registo da memória colectiva estão inscritos os nomes, as terras para onde foram (incluindo Macau, China, Timor, Índia, Malaca e Singapura) e as respectivas datas.

Venetian, exemplo de luxo - IApesar do Governo estar a tentar diversificar a imagem de Macau enquanto destino turístico, para que o território não seja conhecido apenas como a “Las Vegas da Ásia” ou um lugar onde existem sobretudo hotéis de luxo, ainda é essa a imagem que muitas vezes transparece pelo mundo fora, tendo em conta o que é escrito nalguns meios de comunicação social. Exemplo disso, é o segmento do “Asia Times” denominado “Luxury Travel”, que destaca Macau na sua edição mais recente.

Venetian, exemplo de luxo - IIO Venetian é o grande protagonista, com a publicação a sublinhar que o mega empreendimento do grupo

Sands China “marcou o início de um novo e visionário desenvolvimento de luxo”. Refere ainda que, desde a abertura em 2007, o resort “tornou-se sinónimo de pensamento inovador, serviço excepcional e condições incomparáveis”, sobretudo por exibir “incríveis” réplicas dos famosos canais de Veneza.

Venetian, exemplo de luxo - IIIOlhando para o futuro, a publicação acredita que o sucesso do mega empreendimento erguido no COTAI irá prolongar-se no tempo. “Desde que a riqueza global aumente e a necessidade humana de explorar novos destinos permaneça, as viagens de luxo vão tornar-se numa indústria cada vez maior e resorts como o Venetian irão redefinir os alojamentos de luxo”.

UCTM nasceu há 17 anos - IA Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (UCTM) celebrou 17 anos na segunda-feira e vai realizar diversas actividades comemorativas ao longo deste mês, segundo anunciou o reitor. Liu Liang sublinhou que, ao longo da sua história, a instituição tem alargado os seus quadros profissionais com docentes de todo o mundo com o intuito de elevar a qualidade do ensino, tendo ao mesmo tempo criado mais laboratórios e institutos de estudos, destinados a várias áreas das ciências sociais e tecnologias.

UCTM nasceu há 17 anos - IIMesmo a tempo do aniversário foi concluída a cobertura superior do novo edifício de nove andares do campus, surgindo na foto o mentor da fundação da UCTM, Prof Doutor Zhou Ligao, que foi Reitor da Universidade de Macau antes de 1999. O bloco “O” vai disponibilizar mais salas de aula, laboratórios, escritórios, cozinhas de treino e salas multifuncionais e deverá acolher alunos já em Setembro. A UCTM ocupa actualmente o 32º lugar no “ranking” das universidades na Grande China, de acordo com um estudo feito pela Universidade de Jiaotong de Shanghai.

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• • • DO BAÚ DE RECORDAÇÕES • • •Na manhã de 5 de Junho de 1989, centenas de pessoas correram para os

balcões do Banco da China espalhados por Macau, respondendo a apelos para que fossem levantados os depósitos da instituição em protesto contra o mas-

sacre ocorrido na véspera na Praça de Tiananmen. Nos dias que antecederam e sucederam à violenta repressão do movimento pró-democrático em Pequim,

Macau foi palco de várias manifestações contra o governo chinês.

Nomes de Macau glorificados numa “terra de Missão” – IIICuriosamente, Freixo de Espada à Cinta é também a terra natal de Jorge Álvares, o primeiro navegador português a chegar à China em nome do rei de Portugal, concretamente em 1513, quando atracou na ilha de Lin-Ti (Tamau) a bordo de um junco. Hoje, a figura de Jorge Álvares continua bem presente no centro de Macau, numa estátua que foi inaugurada em 1954, depois da sua construção ter sido determinada dois anos antes pelo ministro do Ultramar, Manuel Sarmento Rodrigues, também natural de... Freixo de Espada à Cinta.

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Três décadasde tradição à mesa – INuma altura em que está a ser preparada uma candidatura à Rede de Cidades Criativas da UNESCO no campo da gastronomia, são de louvar os estabelecimentos do sector que mantêm vivas as tradições. Este é o caso do Restaurante “Flamingo”, que não altera as receitas tradicionais mesmo 30 anos depois da sua inauguração.

Três décadasde tradição à mesa – IIO estabelecimento que se destaca pela gastronomia macaense, situado no Hotel Regency (antigo Hyatt – o primeiro hotel da Taipa), reabriu portas em Setembro. O “chef”, Marco Chan, apresenta o menu actual, assegurando que foram mantidos os pratos mais populares, como arroz de pato, frango africano, pastéis de bacalhau, caldo verde e serradura como sobremesa.

Três décadasde tradição à mesa – IIIAlém de manter as receitas tradicionais, tão admiradas pela clientela habitual, para recordar os tempos antigos, o restaurante “Flamingo” preserva características “portuguesas” no seu interior. Além disso, fica ao lado de uma das piscinas mais conhecidas pela comunidade portuguesa dos anos 80 e 90. Alguém que por lá passou muito tempo disse ao De FONTE LIMPA que para a tradição ficar completa só falta reabrir “O Afonso” e a discoteca “Green Parrot”...

Site da UM “hackeado” por inimigo do ISIS - IA versão inglesa da página de internet de registo da Universidade de Macau (UM) foi alvo de um ataque informático por parte de um grupo que se denomina “Peshmarga”, das Forças Armadas do Curdistão no Iraque. De acordo com o jornal da UM, “Orange Post”, o ataque ocorreu no dia 12 de Fevereiro. Pelas 17h do mesmo dia, o website já tinha retomado o funcionamento normal.

Site da UM “hackeado”por inimigo do ISIS – IIDepois do ataque, surgiu no site a frase “long live to Peshmarga”, mas não só. Os piratas informáticos ainda tiraram tempo para insultar o Estado Islâmico, também conhecido como “ISIS”. Aparentemente, esta invasão informática não tinha como alvo a UM em específico, tratando-se simplesmente de um ataque aleatório, em jeito de treino.

O autocarro“fantasma” - IComo todos sabem e abundantemente criticam, na maior parte dos casos, as carreiras dos autocarros andam superlotadas, mesmo para além das chamadas “horas de ponta”. Por isso, face ao panorama actual, encontrar um autocarro com apenas um passageiro (que tirou a fotografia) é algo extremamente raro.

O autocarro“fantasma” – IIDE FONTE LIMPA descortinou um desses exemplos, no caso da Transmac, e sentiu grande “alívio” por ver tanto espaço livre e sem um saco da “Koi Kei” à frente. Desconhecemos o motivo do autocarro seguir vazio, mas pelo menos podemos enaltecer a limpeza e coordenação de cores, com o amarelo a combinar bem com o chão, detalhes que passariam bem despercebidos em hora de ponta.

Uma leonina homenagem – IQuem costuma acompanhar o futebol de Macau certamente que já terá reparado em Bessa Almeida, apaixonado pelo desporto-rei e também pela fotografia, juntando assim o útil ao agradável quando se desloca ao estádio. Apesar de não ter propriamente uma filiação desportiva em Macau, procura acompanhar sempre que pode os jogos das equipas de matriz portuguesa.

Uma leonina homenagem – IINo passado fim-de-semana teve uma surpresa inesperada, ao ser presenteado pela equipa do Sporting de Macau com uma camisola assinada pelo plantel, equipa técnica e membros da comissão do clube. Segundo o Sporting, a iniciativa é um “símbolo de apreço” pelo trabalho de Bessa Almeida em prol da divulgação do desporto em Macau.

Uma leonina homenagem – IIIAdepto confesso dos Aliados do Lordelo, Bessa Almeida viveu em Macau na década de 1980, servindo as Forças de Segurança. Regressou em 2012 e tem aproveitado a reforma para seguir com atenção os principais campeonatos de Macau. É também o autor da página “Macau Bolinha e Bolão”, no Facebook, onde publica frequentemente fotografias e comentários sobre o futebol local.

Pandas bebés vistos por milhares aos domingos – IOs pandas bebés Jian ian e Kang Kang apresentam um bom estado de saúde, com os “braços e pernas cada vez mais flexíveis”, por isso, já podem ter encontros contínuos com o público, aos domingos, entre as 14:30 e as 16:30. No entanto, segundo o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), para já, ainda não estão previstas visitas regulares para não afectar o crescimento dos animais.

Pandas bebés vistos por milhares aos domingos – IIDurante o Ano Novo Lunar, entre 27 de Janeiro e 7 de Fevereiro, teve lugar um período experimental de contacto de Jian Jian e Kang Kang com o público, tendo o Pavilhão do Panda Gigante de Macau registado 9.930 visitas. Para garantir um ambiente confortável para os animais, o IACM apelou ao público que se mantenha em silêncio e se comporte de forma ordeira.

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Sexta-feira, 03 de Março de 201704 JTM | LOCAL

A “Associação da Saudá-vel de Macau” desen-volveu um estudo entre

Janeiro e Fevereiro, para o qual entrevistou 513 pessoas, tendo apurado que quase 60% acredi-tam ter problemas de audição. Uma percentagem semelhante diz notar o mesmo problema em familiares ou amigos.

Apesar disso, apenas 24% do total dos inquiridos dizem ter procurado ajuda médica ou realizado exames, Segundo aler-taram os promotores do estudo, esse dado mostra que os cida-dãos têm pouco conhecimento sobre os cuidados a ter com a au-dição, descurando a prevenção de determinados perigos, como por exemplo, a possibilidade de alguns problemas auditivos po-derem levar à depressão.

Um estudo semelhante reali-zado em Hong Kong indica que apenas 35% dos cidadãos foram alvo de exames desta natureza, uma taxa considerada baixa.

Por outro lado, as conclusões mostram que 60% dos inquiri-

dos em Macau acreditam que a perda de audição nos idosos é normal e apenas uma conse-quência do envelhecimento, o que pode ser “muito perigoso”.

Além disso, cerca de 30% acreditam que medicamentos ou cirurgia são soluções viáveis para o tratamento da perda da audição, o que, para os responsá-veis da associação, é outra noção errada, defendendo antes a utili-zação de aparelhos auditivos.

Nesse sentido, 90% dos vi-sados pelo inquérito asseguram que começarão a usar óculos assim que comecem a sentir pro-blemas de visão, porém, apenas 70% aceitariam usar aparelhos auditivos, mesmo na eventuali-dade de um problema.

A associação aproveitou para alertar os cidadãos para a importância de prestarem mais atenção à audição e instou o Go-verno a disponibilizar serviços gratuitos de exames auditivos, um apelo partilhado por 98% dos inquiridos.

R.C.

Muitos ouvem mal, poucos procuram ajudaCerca de 60% dos cidadãos de Macau admitem ter problemas de audição, porém, apenas 24% procuram tratamento, concluiu um inquérito promovido por uma associação local, “inspirada” por uma iniciativa do género em Hong Kong

O proprietário de uma farmácia chinesa no NAPE que vende “baba de andori-nha” alertou ontem a polícia para o fac-

to de terem desaparecido notas num valor total de 1,4 milhões de dólares de Hong Kong, após um assalto ocorrido pelas 06:00. O funcionário que estava a trabalhar nessa altura foi agredido, acabando por ser transportado para o hospital, indicou a Polícia Judiciária (PJ).

Segundo a vítima, o suspeito tinha a cara tapada com um pano e usou um objecto que se assemelhava a uma pedra para o agredir. A PJ continua à procura do agressor.

Noutro caso, as autoridades estão a investi-gar um furto em duas fracções, tendo já sido de-tido um residente de 21 anos, reincidente na prá-

Um ferido e milhões roubados em assaltoA Polícia Judiciária está à procura do suspeito de um assalto a uma farmácia de medicina tradicional, de onde foram roubados 1,3 milhões de dólares de Hong Kong em notas e agredido um funcionário. As autoridades detiveram ainda um indivíduo por furtos a duas casas e detectaram três fracções que estariam a funcionar como “postos” de transmissão de mensagens usadas em burlas

Rima Cui

tica deste género de delito. Suspeita-se que terá furtado objectos avaliados em 17.000 patacas.

Em ambas as situações, as portas foram aber-tas com recurso às chaves suplentes colocadas pelos proprietários debaixo do tapete da entra-da, posteriormente encontradas pelo suspeito.

Por outro lado, no mesmo dia, as autorida-des descobriram que três fracções nas Portas do Cerco estariam a ser de postos de transmissão de mensagens usadas na prática de burlas. Um homem da China Continental, de 34 anos, foi detido e na sua posse foram detectados 11 apa-relhos e 121 discos rígidos supostamente utili-zados na prática do crime. As mensagens estão, sobretudo, relacionadas com sites ligados ao jogo, sublinhou a PJ, que concluiu ainda o sus-peito usou uma identidade falsa para arrendar uma das casas.

Embora o detido tenha rejeitado revelar qual-quer informação, a PJ acredita que poderá haver outros envolvidos em fuga.

3 de Março de 2017

Aviso

A fim de melhorar a qualidade dos serviços, a CTM irá realizar os trabalhos de actualização da rede móvel entre as 0:00 e as 05:00 do dia 4 de Março. Durante o período, alguns clientes poderão sofrer interrupção intermitente no serviço de dados móveis e no serviço VoLTE, enquanto os outros serviços serão fornecidos com normalidade.

Para mais informações, por favor contacte a Linha de Serviço Nº 1: 1000 da CTM.

Agardecemos a atenção e apresentamos as nossas desculpas por qualquer inconveniente que possa ser causado.

Companhia de Telecomunicações de Macau, S.A.R.L.

EDITAL

Edital n.º : 7/E-OI/2017Processo n.º : 1119/OI/2009/FAssunto : Demolição de obra não autorizada pela infracção às disposições do Regulamento Geral de

Construção Urbana (RGCU)Local : Rua do Chunambeiro n.ºs 24-26, Edf. Fung King Garden,

parte do terraço sobrejacente à fracção 15.º andar C, Macau.

Cheong Ion Man, subdirector da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), no uso das competências delegadas pelo Despacho n.º 12/SOTDIR/2015, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) n.º 38, II série, de 23 de Setembro de 2015, faz saber que ficam notificados o dono da obra ou seu mandatário e os utentes do local acima indicado do seguinte:1. Na sequência da fiscalização realizada pela DSSOPT, apurou-se que no local acima indicado realizou-se a obra não autorizada

abaixo indicada, a qual infringiu o disposto no n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 79/85/M (RGCU) de 21 de Agosto, alterado pela Lei n.º 6/99/M de 17 de Dezembro e pelo Regulamento Administrativo n.º 24/2009 de 3 de Agosto, pelo que a mesma é considerada ilegal:

Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes

2. De acordo com os artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, foi realizada, no seguimento de notificação por edital publicado nos jornais em língua chinesa e em língua portuguesa de 25 de Julho de 2016, a audiência escrita dos interessados, mas estes não apresentaram qualquer resposta no prazo indicado e não foram carreados para o procedimento elementos ou argumentos de facto e de direito que pudessem conduzir à alteração do sentido da decisão de ordenar a demolição da obra não autorizada acima indicada.

3. Assim, nos termos do artigo 52.º do RGCU e no uso das competências delegadas pela alínea 6) do n.º 1 do Despacho n.º 12/SOTDIR/2015, publicado no Boletim Oficial da RAEM n.º 38, II Série, de 23 de Setembro de 2015, por despacho de 27 de Fevereiro de 2017, exarado sobre a informação n.º 01067/DURDEP/2017, ordena ao dono da obra ou seu mandatário que proceda, por sua iniciativa, no prazo de 15 dias contados a partir da data da publicação do presente edital, à demolição da obra acima indicada e à reposição do local afectado, bem como à remoção de todos os materiais e equipamentos nele existentes e à respectiva desocupação, devendo, para o efeito e com antecedência, apresentar nesta DSSOPT o pedido da demolição da obra ilegal, cujos trabalhos só podem ser realizados depois da sua aprovação. A conclusão dos referidos trabalhos deverá ser comunicada à DSSOPTpara efeitos de vistoria; ou nos termos do artigo 53.º do mesmo decreto-lei, ordena aos mesmos que apresentem à DSSOPT, no prazo de 8 (oito) dias contados a partir da data de publicação do presente edital, o projecto de legalização da respectiva obra com os elementos necessários, com vista à avaliação da possibilidade da sua legalização.

4. Findo o prazo estipulado, não será aceite qualquer pedido de demolição ou de legalização da obra acima mencionada. De acordo com o n.º 2 do artigo 139.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, notifica-se ainda que nos termos do artigo 56.º do RGCU, findo o prazo referido, a DSSOPT, em conjunto com outros serviços públicos e com a colaboração do Corpo de Polícia de Segurança Pública, procederá à execução dos trabalhos acima referidos, sendo as despesas suportadas pelos infractores, sem prejuízo da aplicação de multas ao abrigo das leis aplicáveis e da eventual responsabilidade civil ou criminal a imputar aos mesmos. Além disso, findo o prazo da demolição e da desocupação voluntárias, a DSSOPT dará início aos trabalhos de demolição e de desocupação, os quais, uma vez iniciados, não podem ser cancelados. Os materiais e equipamentos deixados no local acima indicado serão depositados num local a indicar à guarda de um depositário a nomear pela Administração. Findo o prazo de 15 (quinze) dias a contar da data do depósito e caso os bens não tenham sido levantados, consideram-se os mesmos abandonados e perdidos a favor do governo da RAEM, por força da aplicação do artigo 30.º do Decreto-Lei n.º 6/93/M, de 15 de Fevereiro.

5. Nos termos do n.º 1 do artigo 65.º do RGCU, os infractores são sancionáveis com multa de $1 000,00 a $20 000,00 patacas.6. Nos termos dos artigos 145.º e 149.º do Código do Procedimento Administrativo, os interessados podem apresentar reclamação

no prazo de 15 (quinze) dias contados a partir da data da notificação.7. Nos termos do n.º 1 do artigo 59.º do RGCU e do n.º 4 do Despacho n.º 12/SOTDIR/2015, publicado no Boletim Oficial da RAEM

n.º 38, II Série, de 23 de Setembro de 2015, da decisão referida no ponto 3 do presente edital cabe recurso hierárquico necessário para o Secretário para os Transportes e Obras Públicas, a interpor no prazo de 15 dias contados a partir da data da notificação.

RAEM, 28 de Fevereiro de 2017.

Pelo Director dos ServiçosO Subdirector

Cheong Ion Man

ObraConstrução de um compartimento com uma mureta em alvenaria de tijolo e chapa e instalação de um suporte de vaso na parte do terraço sobrejacente à fracção.1.1

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JTM | LOCAL 05Sexta-feira, 03 de Março de 2017

Uma comitiva de 50 mem-bros, liderada pelo pre-sidente do Instituto de

Promoção do Comércio e do In-vestimento de Macau (IPIM) co-meça, no domingo, uma visita ao Brasil e a Portugal, de intercâm-bio sobre protecção ambiental.

A visita organizada pelo Go-verno, que se prolonga até dia 12, tem lugar no âmbito das ne-gociações comerciais, principal-mente nas áreas de investigação e intercâmbio sobre protecção ambiental e gestão de águas marítimas.

A viagem destina-se a repre-

sentantes das nove Províncias do Grande Delta do Rio das Pérolas e das duas Regiões Ad-ministrativas Especiais, e tem como objectivo “o fortalecimen-to do papel de Macau como pla-taforma entre a China e os paí-ses de língua portuguesa”.

A comitiva deslocar-se-á primeiro ao Brasil, com o pro-grama a incluir uma visita à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimen-tos (Apex), ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ministério do Planeamento, Orçamento e Gestão, bem como a projectos

de protecção ambiental da zona do Rio Amazonas.

Estão também previstos encontros de intercâmbio com empresas do domínio da pro-tecção ambiental, à semelhança do que vai suceder em Portugal. No caso da visita a Portugal não são, no entanto, facultados mais detalhes sobre a agenda da de-legação.

Na mesma nota, o Executivo refere que, “no desempenho das suas funções como plataforma”, tem “envidado esforços para desenvolver relações de coo-peração económica e comercial

Ambiente na agenda de visita a Portugal e BrasilO presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau vai liderar uma comitiva que vai visitar Portugal e o Brasil entre domingo e o dia 12 deste mês. O programa das viagens inclui encontros de intercâmbio com empresas no domínio da protecção ambiental

diversificadas” entre a China e os países de língua portuguesa.

A organização da visita de-correm nomeadamente, do objectivo de concretizar as me-didas anunciadas, no ano pas-sado, por Li Keqiang, durante a sua deslocação a Macau, por ocasião da 5ª Conferência Mi-nisterial do Fórum Macau.

Segundo o mesmo comu-nicado, tem ainda em conta as orientações do Conselho de Es-tado chinês sobre o aprofunda-mento da cooperação regional do Grande Delta do Rio das Pérolas e o sumário da última Cimeira de Líderes da Coopera-ção da Região do Grande Delta do Rio das Pérolas, que decor-reu em Junho.

O presidente do IPIM, Ja-ckson Chang, lidera a delega-ção que inclui, entre outros, o

subchefe da divisão de política e cooperação regional da se-cretaria regional da Comissão Nacional para o Desenvolvi-mento e Reforma da China, Li Chungen, e o presidente da as-sociação de ciência ambiental da Província de Sichuan, Jiang Xiaoting.

O assessor do Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças de Macau, Wong Sin Man, o subsecretário do Secre-tariado do Grande Delta do Rio das Pérolas e o subchefe da Comissão Provincial para o desenvolvimento e reforma da Província de Guangdong, Zhong Ming, também inte-gram a comitiva, cujos res-tantes elementos pertencem a serviços da área da protecção ambiental do “9+2”.

JTM com Lusa

Chama-se “Parque Oceanis” e era um sonho de entretenimento à beira-rio, semelhante ao “Ocean

Park” de Hong Kong. A única, e gran-de diferença, é que até ao momento - e faltam cinco anos para o final do prazo de concessão - ainda não saiu do papel, constando apenas do Boletim Oficial (BO). Por esse motivo, o Executivo pon-dera avançar para uma declaração de caducidade do terreno cedido à empresa “Chong Va – Entretenimento, Limitada”.

“O Governo encontra-se a iniciar os procedimentos relativos à eventual de-claração da caducidade da respectiva concessão”, adiantou a Direcção dos Ser-viços de Solos, Obras Públicas e Trans-portes (DSSOPT) em resposta ao JOR-NAL TRIBUNA DE MACAU.

Relativamente ao aproveitamento futuro do lote, nomeadamente se pode-rá entrar no domínio do Governo para construção de habitação ou outras infra--estruturas, a DSSOPT limitou-se a asse-gurar que dará “conhecimento ao públi-co, quando houver uma decisão final”.

Em Janeiro deste ano, o Secretário para os Transportes e Obras Públicas afir-

Mesmo em frente ao Hotel Regency Art (antigo Hyatt Hotel) existe um lote com invejáveis 134.891 metros quadrados, onde era suposto nascer o “Parque Oceanis”, uma espécie de “Ocean Park” de Macau que até deveria incluir aquários especializados para golfinhos. Porém, o projecto nunca foi concretizado e, apesar de ainda faltarem cinco anos para o fim da concessão, o Governo revelou ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU que está a “iniciar” procedimentos para uma “eventual declaração de caducidade”

mou não ser necessário esperar por 2022 para tratar da situação e garantiu estar a acompanhar o caso.

De acordo com os meios de comunica-ção em língua chinesa, o deputado Fong Chi Keong confirmou a compra do ter-reno em 2001, mas disse que já não seria um parque temático, preferindo apostar no desenvolvimento imobiliário, porém, sem excluir a hipótese de um casino ou hotel.

Em 2009, o lote esteve envolto em al-guma polémica, porque parte da opinião pública surgida na imprensa chinesa de-fendia a construção ali do novo campus da Universidade de Macau, em vez da Ilha da Montanha.

A história do que poderia ter sido De facto, e ao contrário de alguns ru-

mores que têm vindo a público, o lote em frente ao Hotel Regency Art ainda não ca-ducou. De acordo com o Boletim Oficial, o despacho de concessão, por arrendamen-to, foi publicado a 12 de Março de 1997 pelo Gabinete do Secretário-Adjunto para os Transportes e Obras Públicas, pelo que ainda faltam cinco anos para expirar o prazo de concessão.

No entanto, é um terreno de tamanho considerável, 134.891 metros quadrados,

numa zona que “salta à vista” de quem ali passa, pensando mesmo que o seu desa-proveitamento constitui um desperdício.

Segundo a documentação oficial, a concessão foi precedida de um concurso público em carta fechada, tendo sido es-colhida a “Chong Va – Entretenimento, Limitada”, com vista à construção do par-que temático “Oceanis”.

No acto público de 27 de Junho de 1995 foram apresentadas três propostas e a 8 de Janeiro de 1996 o terreno foi adju-dicado à empresa em causa, após análise por duas equipas do ponto de vista de aproveitamento urbanístico e paisagístico e outra na perspectiva económica.

Depois de alguns ajustamentos, a em-presa representada por José Cheong Vai Chi aceitou o contrato de concessão do lote com valor atribuído superior a 157 milhões de patacas. O contrato de arren-damento de 25 anos estipula o pagamen-to de seis patacas por metro quadrado, no montante global de 809.346 patacas, sen-do a renda revista a cada cinco anos.

O “Parque Oceanis” previa a constru-ção de um aquário, “contemplando um oceanarium”, “dolphinarium”, santuário de aves, jardim botânico, mini-golfe, pis-cinas, centros de entretenimento e lazer, piscinas, lagos, anfiteatros, restaurantes,

um museu de cera e até um teleférico. O mesmo contrato estipulava que o

aproveitamento devia operar-se no prazo global de 36 meses, contados a partir da data da publicação em BO. Caso contrá-rio, a empresa de entretenimento ficaria sujeita a multas de 10 mil patacas por cada dia de atraso até 60 dias, ou o triplo até 180 dias.

Das contrapartidas da concessão fa-zem parte 10 milhões de patacas, 3% da receita bruta de exploração do parque. Caso esta última contrapartida não fosse paga atempadamente seriam aplicados juros de mora de 7%, 8% e 9% (máximo de 90 dias). Além deste período o Governo poderia ficar com a caução de cinco mi-lhões, bem como outra caução de 787.530 patacas, a acompanhar a renda anual.

Poucos dias depois da publicação do contrato, o “South China Morning Post” publicou um artigo referindo que o par-que estaria concluído em 2006 e deveria atrair 1,5 milhões de pessoas, sendo um forte concorrente para o “Ocean Park” da RAEHK.

Como nenhum projecto foi concre-tizado no local, vários deputados têm exortado o Governo a não esperar pelo fim do prazo da concessão para retomar o terreno.

O “Ocean Park” que foi sonhado há 20 anos

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Liane Ferreira

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Sexta-feira, 03 de Março de 201706 JTM | LOCAL

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GCS

A partir do próximo ano, o subsídio provisório de invalidez ganha ca-rácter permanente passando, assim,

a pensão de invalidez. A decisão foi toma-da em sede da Comissão para os Assuntos de Reabilitação e, para que esse plano entre em marcha, foi igualmente consensual reti-rar uma condição exigida para o pedido de atribuição da pensão de invalidez. Essa al-teração permitirá que as pessoas deficientes possam “gozar igualmente do direito em vigor sobre a protecção social, demonstran-do assim quer a natureza de igualdade quer de protecção do regime”, apontou Choi Sio Un, chefe do departamento de solidarieda-de social do Instituto de Acção Social (IAS).

A condição, estipulada no Regime de Segurança Social - elaborado em 2014 -, es-tipula que para ser beneficiário do Fundo de Segurança Social a invalidez tem de ser verificada “depois de obtida a qualidade de beneficiário”. Mas, com a supressão deste requisito, passará a ser possível que “todos possam também beneficiar da pensão da invalidez seja o envolvido portador da de-ficiência antes ou depois de ser beneficiário do Fundo de Segurança Social”.

Segundo Choi Siu Un, esta alteração permitirá ainda “prevenir a duplicação ou o abuso dos benefícios”. “Poderá ainda tornar-se a operação mais simplificada, evi-tando-se a introdução de um regime de de-claração de invalidez antes da inscrição e as controvérsias que daí podem originar-se na decisão e ainda reduzir, indirectamente, o procedimento de impugnação, notificação, tempo de espera e os trabalhos administra-

Subsídio de invalidez passa a ser permanenteDepois de dois anos de estudo sobre o regime de segurança social, que integra o subsídio provisório de invalidez, a Comissão para os Assuntos de Reabilitação sugeriu implementar a pensão de invalidez a partir do próximo ano. Para isso, foi eliminada a condição da pensão apenas ser atribuída caso a invalidez fosse verificada depois de obtida a qualidade de beneficiário do Fundo de Segurança Social

Grupos da FAOM voltam a denunciar

falhas na lei antitabagismo

Três associações laborais ligadas ao sector do jogo vão apresentar novas queixas ao Governo con-tra o que consideram a ser a ine-ficácia da implementação da lei anti-tabagismo nos casinos. Em declarações ao JORNAL TRI-BUNA DE MACAU, o secretá-rio-geral da Associação de Em-pregados das Empresas de Jogo de Macau - ramo da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) - revelou que está agendado um encon-tro com os Serviços de Saúde. “Os trabalhadores dos casinos vão apresentar queixas contra os problemas em relação às me-didas de prevenção de fumo nos espaços de trabalho”, dis-se. Sem revelar mais pormeno-res, Choi Kam Fu reiterou que a FAOM mantém uma posição contrária ao funcionamento de salas de fumo. O responsável argumentou que a mudança de estratégia do Governo rejeita os apelos emitidos pela Organiza-ção Mundial da Saúde. Por isso, frisou, as salas de fumo “nun-ca podem ser uma alternativa para chegar à proibição total de fumo”. A FAOM considera que o Governo mudou de posição sobre o consumo de tabaco nos casinos depois das seis opera-dores de jogo terem apresenta-do um relatório conduzido pela Universidade de Macau. Como já foi referido, o estudo indicou que menos de metade dos tra-balhadores dos casinos, tanto os ligados ao jogo como de outras áreas, apoiam a proibição total de fumo nos casinos, sendo que 47% concordam com as salas de fumo.

V.C.

tivos”, acrescentou o responsável do IAS. Contudo, os interessados que reúnam

as condições para requerer o subsídio pro-visório podem tratar dos procedimentos para receber as 3.450 patacas mensais, uma vez que o prazo de atribuição foi estendido até 31 de Dezembro deste ano.

Por outro lado, a Comissão discutiu ainda a execução das medidas de cur-to prazo relativas ao “Planeamento dos Serviços de Reabilitação para o decénio 2016-2025”. Neste contexto, entre outros assuntos, ponderou-se o aumento dos autocarros de reabilitação de sete para nove. “Encarregámos a Caritas para nos ajudar. Neste momento, há sete autocar-ros de reabilitação a circular. Anualmen-te, este transporte é utilizado por 30 mil utentes e vamos elaborar um plano para

colocar mais dois veículos nas estradas e pretendemos que estes autocarros pas-sem a não precisar de marcação prévia”, explicou Choi Siu Un.

Mas, ressalvou, “ainda estamos a pen-sar porque relaciona-se com o resto da rede pública”, pelo que “tem de ser estudado e, futuramente, haverá outros pontos para abordar”. Estes autocarros são financiados pelo IAS e, no futuro, serão apoiados por “instituições privadas para ajudar a gerir na circulação”.

Além disso, estando o Governo “deter-minado em tornar Macau numa cidade sem barreiras”, a Comissão criou um grupo de trabalho para os assuntos de acessibilidade que, até ao final deste ano, apresentará um conjunto de normas para a concepção de design universal e livre de barreiras.

Catarina Almeida

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2ª Vez “JTM” - 3 de Março de 2017

Execução Ordinária nº CV3-15-0178-CEO 3º Juízo CívelExequente: CHAN MAN WAI, residente em Macau, na Rua do Chunambeiro, Edifício Fung King Garden, 12º andar A.Executado: NG SOK CHENG, residente em Macau, na Estrada da Areia Preta, nº 8, Edifício Vai Chun, 1º andar A.

FAZ SABER que, no próximo dia 27 de Março de 2017, pelas 10.00 horas, neste Juízo, nos autos acima identificados, vai ser vendido, por meio de propostas em carta fechada, o seguinte bem:

IMÓVEL A VENDER:Denominação; Fracção autónoma designada por “A1º do 1º andar “A”.Situação: nºs 6 a 10 da Estrada da Areia Preta, Macau.Fim: Para habitação.Número de matriz: 071060.Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: nº 13983, a fls. 148, do Livro B37.Número da inscrição em nome da executada Ng Sok Cheng: nº 1546G e 205955G.O valor da venda é de: MOP$1,648,500.00 (Um Milhão, Seiscentas e Quarenta e Oito Mil, Quinhentas Patacas), correspondente a 70% do valor base MOP$2,355,000.00.

São convidados todos os interessados na compra daquele bem a entregar na Secretaria deste Tribunal, as suas propostas, até ao dia 27 de Março de 2017, pelas 10.00 horas, sendo que, o preço das propostas deve ser superior ao valor acima indicado devendo, o envelope da proposta conter a indicação de “PROPOSTA EM CARTA FECHADA”, bem como o “NÚMERO DO PROCESSO CV3-15-0178-CEO”.

No dia 27 de Março de 2017, pelas 10.00 horas, no Tribunal Judicial de Base da RAEM, proceder-se-á à abertura das propostas de preço superiores ao valor base de venda, a cujo acto podem os proponentes assistir.

É fiél depositária o Sr. Tang I Lam, com domicílio profissional em Macau, na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, nº 600E, Edif. First International Commercial Centre, 12º andar, Apt. 06, que está obrigada, durante o prazo dos editais e anúncio, a mostrar o bem a quem pretenda examiná-lo, podendo fixar as horas em que, durante o dia, facturará a inspecção.

Quaisquer titulares de direito de preferência na alienação do imóvel supra referido, podem, querendo, exercer o seu direito no próprio acto da abertura das propostas, se alguma proposta for aceite.

Para constar se passou o presente e outros de igual teor, que irão ser afixados no lugar por lei deteminados.

Macau, 23/02/2017.

O JuizCarlos Armando da Cunha Rodrigues de Carvalho

A Escrivã Judicial Adjunta,Chan U Wai

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

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2ª Vez “JTM” - 3 de Março de 2017

Curadoria dos bens do impossibilitado nº CV1-16-0102-CPE 1º Juízo Cível

Requerente: Chang Ka Un, do sexo masculino, solteiro, maior, de nacionalidade chinesa, titular do Bilhete de Identidade de Residente Permanente da R.A.E.M., residente em Macau.Requerida: Lam Ngou Mui, do sexo feminina, solteira, maior, de nacionalidade chinesa, titular do Bilhete de Identidade de Residente Permanente da R.A.E.M., residente em Macau.

FAZ-SE SABER que pelo 1º Juízo Cível deste Tribunal, correm éditos de TRINTA DIAS, contados a partir da segunda e última publicação do respectivo anúncio, citando os INTERESSADOS INCERTOS, para, no prazo de TRINTA DIAS, findo o dos éditos, deduzir oposição sobre o requerimento inicial apresentado pelo requerente quanto a Curadoria dos bens do impossibilitado, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 1211º, nº 2 do C.P.C., tudo como melhor consta do requerimento inicial, cujos duplicados se encontram nesta Secretaria à sua disposição.

Aos 22 de Fevereiro de 2017.

A Juiz,Ana Meireles

A Escrivã Judicial Especialista,Lei Ka Lou

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

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JTM | LOCAL 07Sexta-feira, 03 de Março de 2017

A zona de Mong-Há recebeu na semana passada uma visita de alunos finalistas do curso de Gestão do Património Cultural do IFT, que tiveram como função registar em papel as histórias dos moradores. Embora sejam memórias que circulam normalmente de “boca em boca” e tenham poucos dados oficiais que as suportem, os jovens consideram que devem ser guardadas para compreender melhor a cidade

Há sete anos que o Ins-tituto de Formação Turística (IFT) tendo

vindo a organizar projectos de estudo sobre o passado, pre-sente e futuro de Mong-Há com alunos do curso de Gestão do Património Cultural. Na semana passada, esta iniciativa deu mais um passo em frente, com visitas pelas ruas, vielas e conversas com moradores idosos. Os alu-nos do quarto ano do curso fo-ram “actualizar o conhecimen-to” sobre o estado de vida desses habitantes e realizar um trabalho de “conservação das memórias e histórias” da comunidade.

“Existem muitas histórias antigas em Macau que não es-tão registadas nas fontes oficiais, por isso é necessário ouvirmos as gerações mais velhas, porque um dia essas pessoas vão desa-parecer. Se não tomarmos uma acção, as histórias ficarão por contar”, disse Lilian U, uma jo-vem local, quando questionada sobre as motivações do projecto.

Ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, Lilian U contou que apesar de passar diariamente por algumas das lojas de Mong--Há pouco conhecia das suas histórias. Assim, as conversas mostraram-lhe aspectos novos e mudaram a sua perspectiva. Apercebeu-se de muitas mudan-

ças e mesmo um lojista que tem um estabelecimento ao lado do Templo Kun Iam disse que ape-sar de todos os visitante terem as mesmas tradições de adoração, as crenças começam a ser dife-rentes das gerações passadas.

“Quantas mais mudanças vemos, maior e mais forte se tor-ne a vontade de proteger”, disse a jovem nascida em Macau, du-rante uma conferência sobre a iniciativa.

Embora não seja natural de Macau, Lexi Wang, oriunda de Pequim, também admitiu ter ficado comovida ao ouvir os pequenos detalhes do dia-a--dia dos moradores do território onde estuda.

A jovem diz ter registado diversos relatos de moradores queixando-se de que o espírito de bairro e de familiaridade tem vindo a desaparecer. Lexi Wang confessou ficar triste ao ouvir que “as relações entre as pessoas já não são tão próximas como no passado”, mas garante que a zona de Mong-Há ainda pre-serva uma parte da sua essência, nomeadamente nos templos, apesar de ser apenas uma “som-bra do passado”.

“Os templos em Mong-Há são como um coração a pulsar de vida, isto também porque as ruas da zona foram criadas de acordo com os templos”, subli-nhou.

Neste sentido, a jovem enten-

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Alunos registam memórias em Mong-Há

de que deveriam ser organiza-das mais actividades religiosas para que os moradores, tanto mais velhos como mais novos, possam juntar-se no bairro e vol-tar a criar laços entre si.

Para além das conversas com os moradores, os alunos inves-tigaram elementos integrais de cada construção com inspecções in loco, incluindo uma visita ao Mercado Vermelho, e fizeram marcações em mapas, algo que a aluna de Pequim considerou ser uma abordagem mais prag-mática.

“Precisamos de ter muito cuidado, porque os dados con-cluídos por nós podem influen-ciar o planeamento futuro da zona”, disse Lexi Wang.

Para a jovem, o desenvol-vimento urbanístico não deve estar em primeiro lugar, sendo a natureza e a cultura os elemen-tos mais importantes. Porém, admite que a zona já apresenta aspectos que reflectem o impac-to negativo do plano anterior. Como exemplo dos desvios des-se princípio, aponta a criação da Rua de Francisco Xavier Pereira,

que cortou em duas metades a Colina de Mong-Há, medida que não só destruiu a estrutura geográfica, como também resul-tou na desordem do tráfego.

Para esta actividade, foram convidados cerca de 30 mora-dores idosos de Mong-Há para assistir a vídeos, que têm o foco principal nas histórias da zona.

“O contacto é interessante porque com isto, tomamos cons-ciência que estamos de facto ligados estreitamente aos mo-radores”, mencionaram as duas jovens.

Rima Cui

Em 2014, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) lançou o Programa de Avaliação de Serviços Turísticos

de Qualidade que, depois de ter estado inicialmente centrado no ramo da restau-ração, foi alargado no ano passado para passar a incluir as agências de viagens, tendo em conta o desenvolvimento do sector do turismo.

Ao JORNAL TRIBUNA DE MA-CAU, a DST assegurou que o programa

irá continuar e fez um balanço sobre os resultados já obtidos. Segundo os dados revelados, até agora 212 restaurantes do território receberam o selo de qualidade de serviço da DST. Além destes, 28 agên-cias de viagens também estão incluídas na lista de aprovações.

Por outro lado, o organismo revelou que 11 dos 212 restaurantes premiados fecharam entretanto portas, embora não tenha sido dada uma justificação para tal situação. De acordo com o programa, a avaliação dos restaurantes é dividida em quatro categorias: luxo, 1ª classe, 2ª classe

DST dá boa nota a 212 restaurantesCom a intenção de aumentar a confiança no sector, o Governo criou há três anos o Programa de Avaliação dos Serviços Turísticos, que até ao momento aprovou 212 estabelecimentos de restauração e 28 agências de viagens. Este mês será revelada uma versão melhorada do programa, mas a DST alerta as agências para controlarem os parceiros de negócio para que estes não afectem a qualidade de serviço

Viviana Chan

e estabelecimentos de comidas e bebidas. Um dos requisitos é que os restaurantes estejam em actividade em Macau há pelo menos um ano.

A DST mencionou que a avaliação é composta por duas partes: avaliação de serviços através do “inspector à paisa-na” e auditoria ao sistema de gestão de serviços. O primeiro teste é comum nas empresas de “franchise”.

Segundo a lista de 2016, a maioria dos restaurantes de luxo está localizada nos hotéis, incluindo ofertas de comida chi-nesa, internacional, portuguesa, japonesa e italiana. O restaurante “Fado” é o único estabelecimento de comida portuguesa que integra essa lista.

A DST salientou que o objectivo do programa é estimular o reconhecimento oficial dos serviços turísticos de qualida-de no território e construir uma marca de confiança.

Em 2014, 86 restaurantes receberam o Prémio Empresa de Qualidade e desses

quatro arrecadaram o Prémio para Equi-pa Serviço de Qualidade. No ano seguin-te, mais de 84 restaurantes receberam o Prémio Empresa de Qualidade. Em 2016, mais 42 estabelecimentos e 28 agências de viagens juntaram-se à lista de aprovação.

No que diz respeito às agências de viagem, o programa exige que estejam em actividade há pelo menos dois anos.

Sublinhando que a reputação de uma agência de viagens é inevitavelmente afectada pela qualidade dos seus fornece-dores, bem como pelos serviços disponi-bilizados aos turistas em aspectos como a restauração, alojamento e transporte, a DST sustenta que as agências precisam de controlar a sua qualidade de serviço. Para isso, também devem estar atentas e monitorizar os serviços prestados pelos fornecedores, de modo a garantir que o nível de serviço é satisfatório.

A primeira sessão de esclarecimentos sobre o programa de avaliação delineado para 2017 irá decorrer no próximo dia 7.

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Sexta-feira, 03 de Março de 201708 JTM | LOCAL

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Instituto de Enfermagem custará mais de 570 milhõesA empreitada de construção do Instituto de Enfermagem no Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas atraiu 11 propostas, das quais 10 foram admitidas. Segundo o Ga-binete para o Desenvolvimento de Infraes-truturas, os preços propostos variam entre 570,7 milhões a 664 milhões de patacas. O edifício inclui 16 pisos, mais uma cave com três pisos para parque de estacionamento. Os restantes andares serão utilizados como salas de ensino, escritórios, residências para professores e estudantes, bem como centro de actividades. A empreitada deve-rá começar no primeiro semestre deste ano.

IPIM recebeu 305 pedidosde fixação de residência O Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau recebeu no ano passado 305 pedidos de fixação de residên-cia temporária relativos a quadros dirigen-tes e técnicos especializados (menos 177 do que em 2015) e 24 motivados por investi-mentos e projectos de investimento rele-vantes (menos 55). Em 2016, registaram-se 329 novos pedidos de fixação de residência e foram aprovados 99 para quadros diri-gentes e técnicos especializados.

133 mil condutores não pagaram impostoAté ao final de Fevereiro 133.220 proprie-tários de veículos estavam em situação de incumprimento relativo ao pagamento do imposto de circulação deste ano, repre-sentando 53% do total de veículos, alertou a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego. Ao abrigo do respectivo regu-lamento, 250.530 automóveis, motociclos, ciclomotores e máquinas industriais estão sujeitos ao pagamento do imposto de cir-culação.

Menos casos de gripenos primeiros três mesesDesde Janeiro até agora, o número de casos de gripe registados em Macau é inferior ao do período homólogo de 2016. Segundo os Serviços de Saúde, foram diagnosticados 306 casos de gripe até Março, contra 517 nos primeiros três meses de 2016. Ainda as-sim, o organismo apelou à vacinação e as-segurando estar a acompanhar a situação do pico da gripe nos territórios vizinhos.

Reforma do processo civilpublicada em livroA obra “Estudos da Reforma do Sistema de Processo Civil de Macau”, integrado na “Colecção de Estudos de Macau”, foi pu-blicada conjuntamente pela Fundação Ma-cau e a Imprensa Académica de Ciências Sociais, tendo sido distribuída na China e na RAEM. Da autoria de Li Xiaoping e Cai Xiaowen, o livro aborda o actual con-texto e evolução do direito de Macau, após a transferência de soberania, “analisando as vantagens e desvantagens das medidas da reforma do sistema do Processo Civil, perspectivando uma reforma contínua do sistema jurídico” local.

Escola Internacionalrecebe jogo de críquete A Associação de Críquete de Macau vai or-ganizar um jogo intitulado “Macau Ashes” no domingo, na Escola Internacional, na Taipa. As equipas serão formadas por ex-patriados ingleses e australianos.

O Albergue SCM irá acolher uma exposição para celebrar o Dia Internacional da Mulher

28+28 | 28 artistas + 28 obras em feminino” foi o nome escolhido para uma exposição que visa as-

sinalar o Dia Internacional da Mulher no Albergue SCM. A mostra reúne obras de 28 artistas de Macau, Por-tugal, Moçambique, Brasil, Angola, Timor Leste, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, que cobrem variados estilos e temas, procurando testemunhar a relevância da contri-buição das mulheres para a arte con-temporânea.

A exposição integra obras de Ana

Albergue mostra 28 obras no feminino lusófono

Jacinto Nunes, Graça Morais, Gracinda Candeias, Maria João Franco, Xaneca, Ana Silva, Carmen Gusmão, Fátima Pena, Un Chi Iam, mulher da Mio Pang Fei, entre outras.

“São trabalhos que as artistas ti-nham. O tema era mesmo fazer uma exposição de mulheres, por isso resol-vemos que cada artista só entraria com um trabalho e que iríamos ter o maior número possível de mulheres lusófonas e de Macau”, disse Lina Ramadas ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

A escolha foi feita numa mescla entre “artistas com currículo e outras emergentes” onde houvesse “uma mis-tura de idades em termos de artistas”, acrescentou a curadora da exposição, funções que desempenha juntamente com José Duarte.

Para além de assinalar o Dia Inter-nacional da Mulher, a exposição será também uma forma de promover o diá-

logo entre artistas com diversas raízes culturais distintas e mostrar a contribui-ção das mulheres para a arte contempo-rânea. Será importante também para o território na medida em que “se insere no passado de Macau e é uma das fun-dações da sua projecção para o futuro”, referiu o Albergue SCM em comunica-do. Esta será a segunda vez que a insti-tuição irá albergar uma exposição desta natureza.

Os trabalhos são todos originais, sendo que a maioria deles será exposto ao público pela primeira vez. Posterior-mente, irão transitar para a Galeria 57, onde poderão ser adquiridos por even-tuais interessados.

A exposição “28+28 | 28 artistas + 28 obras em feminino” conta com o patro-cínio da Fundação Macau e estará pa-tente ao público no Albergue SCM, de 8 de Março a 16 de Abril, diariamente e com entrada livre.

Pedro André Santos

CÔNSULRECEBEU

CONSELHEIROSOs conselheiros das Comu-nidades Portuguesas (CPP) do Círculo da China, Macau e Hong Kong reuniram-se ontem com o Cônsul-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Vítor Sereno para apresentar a agenda provisória da Reunião do Conselho Regional da Ásia e Oceânia, que decorrerá na RAEM no final deste mês.

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No ano lectivo 2016/2017 existiam 55 vagas para a Bolsa de Mérito Especial, sendo que 14 destinam--se a bolseiros que estudam nas universidades

asiáticas, oito na Oceânia, 16 para a Europa e 17 para a América.

De acordo com uma nota da Fundação Macau (FM) foram admitidas 227 candidaturas, entras as quais, 209 são qualifi-cadas para a selecção. O volume de candidaturas aumentou 30% em relação ao ano lectivo anterior.

A FM atribuiu recentemente os prémios anuais, numa cerimónia que contou com a presença do presidente do Conselho de Administração, Wu Zhiliang e dos membros Au Weng Chi e Lai Chan Keong. Na altura, foram en-tregues cartas de louvor a oito equipas que venceram os “Prémios para Talentos de Macau, 2016” e certificados a

55 estudantes que ganharam a Bolsa de Mérito Especial da FM, para o ano lectivo 2016/2017. No ano passado, mais de 10.000 estudantes locais receberam bolsas de estudo no valor total de 60 milhões de patacas.

A criação da Bolsa de Mérito Especial da FM tem como objectivo apoiar os estudantes que melhor se distinguiram nos estudos, “proporcionando-lhes um ambiente e condições melhores no ensino superior”.

Na cerimónia de entrega dos prémios anuais, Wu Zhiliang afirmou que a “formação de recursos humanos tem vindo a ser uma das áreas mais importantes do Governo”. “O facto de cada vez mais alunos serem admitidos nas universidades mais reconhecidas mundialmente, faz-nos ter a certeza que há hoje uma melhoria assinalável da qualidade do ensino” no território.

Candidatos a bolsas crescem 30%

Manuela JardimAna Jacinto Nunes

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Sexta-feira, 03 de Março de 2017 JTM | LOCAL 09

Um programa bem preenchido e pensado para agradar a todos os públicos foi como a organiza-

ção do Festival Literário Rota das Letras estruturou o primeiro dia de um evento que entra na sua 6ª edição.

Para Hélder Beja o grande relevo vai para a banda desenhada que entra “no Festival pela porta grande porque acaba não só por fazer parte do programa como servir de abertura”, disse ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

“O destaque vai para a sessão das 16:00 [de amanhã] e que acaba por ser re-presentativa daquilo que é um dos temas que escolhemos para a edição deste ano e que pretende dar mais atenção a este meio de se contar histórias”, explicou o director de programação.

Com o tema “Desenhando palavras – a arte da banda desenhada”, a sessão irá contar com intervenções de Dick Ng, Fi-lipe Melo, Philippe Graton, Clément Ba-loup e Rodrigo de Matos, no Edifício do Antigo Tribunal.

O arranque do Festival acaba por es-pelhar a intenção dos restantes dias: che-gar “um bocadinho a todos os públicos”. Para isso, está agendada para as 17:30 uma sessão intitulada “No labirinto da ficção chinesa científica” com Lo Yi-Chin, “um dos autores mais importantes da literatura tailandesa”, e que será certa-mente a não-perder junto da comunida-

Uma sessão dedicada à banda desenhada - grande novidade deste ano - marca o início do Festival Literário Rota das Letras. Para Hélder Beja, o festival assume-se novamente como um evento de e para a cidade, sem descurar a componente internacional, pois estão representados mais de 20 países e regiões

de chinesa. Mais tarde, às 19:30, o público de lín-

gua portuguesa poderá ouvir João Mor-gado e Raquel Ochoa numa sessão “Es-tórias com História”, também no mesmo local.

Esta ânsia de chegar a todos os públi-cos reflecte-se sobretudo na dimensão já atingida pelo festival, que este ano reúne autores de mais de 20 países e regiões. “Já é qualquer coisa que vem do ano passa-do, o assumir da internacionalização do festival que passa de um evento muito centrado no encontro de autores de lín-gua portuguesa e chinesa para um festi-val que abrange todas as literaturas possí-veis dentro daquilo que são as limitações de fazer um festival em duas semanas”, salientou Hélder Beja, ressalvando que o evento “dá este passo sem deixar de ser aquilo que era”.

Nessa lógica, destaca alguns nomes sonantes do ramo literário que estarão na cidade, até porque, “é disso que os festi-vais se fazem: conseguirem trazer à cida-de pessoas que nunca cá tenham estado e que tenham um talento e uma obra sin-gulares”. Como exemplos disso apontou,

entre outros, Pedro Mexia, Sérgio Godi-nho, Yu Hua, os dois finalistas do Booker Price (Graeme Macrae Burnet e Madelei-ne Thien) e Brian Castro, autor com raízes portuguesas que cresceu em Hong Kong mas vive na Austrália.

Renovada aposta nas escolas A par de toda a programação literária,

desde sessões de debate a encontros com escritores, a proximidade com os leitores mais novos volta a ser um dos destaques da Rota das Letras. Segundo Hélder Beja, trata-se de uma faceta “muito importan-te” deste evento cultural. “Foi uma ver-tente que se desenvolveu ao longo dos anos, com uma grande vontade por parte da organização do festival de que o pro-grama escolar fosse muito forte”, disse o director de programação.

É, de facto, “um programa extensís-simo” no qual se inserem visitas a “pra-ticamente todas as universidades do território”. “Temos também um trabalho bastante complexo com o Centro de Lín-guas da Direcção dos Serviços de Educa-ção e Juventude para levar os autores às escolas oficiais. Tudo junto, é uma grande

BD entra no Rota das Letras pela “porta grande”

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Catarina Almeida

No ano em que se assinalam 150 anos desde o nascimento de Camilo Pessanha, o Centro Cul-tural de Belém (CCB), em Lisboa, vai dedicar o

próximo domingo àquele que é um vulto da literatura portuguesa, numa iniciativa que conta com a colabora-ção do Centro Nacional de Cultura.

“Foi admirado pela geração do Orpheu, influencian-do-a nitidamente na sua palavra, no seu ritmo e nas suas imagens, como o assim afirmaram Fernando Pessoa e Sá-Carneiro. Hoje é evidente que a obra de Camilo Pes-sanha é mais forte e importante do que a sua referência à escola simbolista. Como os maiores artistas, Pessanha liberta-se de cânones ou regras, preferindo encontrar um caminho próprio e usar a plasticidade essencial das pa-lavras e dos sons”, sublinha o CCB no lançamento do evento.

O autor de Clepsidra, obra marcante da poesia do sé-culo XX português e publicada por Ana de Castro Osó-rio em 1920 - mulher eleita pelo escritor para partilhar

a sua vida - será recordado a 5 de Março através de um extenso programa. Mais tarde, foi lançada uma versão ampliada pelo filho, João. Destaque-se que, foi em finais de 1915, que Ana de Castro Osório pediu a Pessanha que começasse a estruturar a “Clepsidra”, indicam os regis-tos da Biblioteca Nacional de Portugal.

O autor que viveu e morreu em Macau será recor-dado pela sua vertente poética com depoimentos dos escritores Fernando Cabral Martins e Fernando Pinto do Amaral.

O expoente máximo do movimento literário do sim-bolismo em língua portuguesa que chegou ao território em 1984 vai ser também lembrado por Ana Paula Labo-rinho, António Graça de Abreu e António Osório, cujas intervenções irão centrar-se precisamente sobre o perío-do de Pessanha em Macau.

O fascínio de Pessanha pelo Oriente e pela China em particular, que remonta à sua juventude, bem como o facto de ter rumado a Macau ainda abalado por um des-

Pessanha recordado em LisboaA vida e obra de Camilo Pessanha, nome maior da literatura portuguesa, bem como a passagem e o contributo deixado em Macau, serão relembrados no domingo, em Lisboa, no Centro Cultural de Belém. Um programa extenso assinala assim o 150º aniversário do nascimento do autor de “Clepsidra”

aposta do festival, implica muitos recur-sos e muito trabalho mas, para mim, é mesmo o mais importante que o festival pode deixar à cidade”, vincou.

Esta relação com as escolas e alunos é também uma mais-valia num mundo em que a leitura passou a ser a alterna-tiva quando, em tempos, era um hábito enraizado como se de uma necessidade se tratasse. Para Hélder Beja é gratificante “dar aos alunos desde as crianças peque-ninas até a adolescentes a possibilidade de conviver com os autores”.

Por outro lado, explicou, “vamos tra-balhar [pela primeira vez] em conjunto com as bibliotecas de Macau, toda a rede terá os nossos programas disponíveis” e “vamos fazer duas sessões na Biblioteca Sir Robert Ho Tung e na Biblioteca da Taipa”.

Estas novidades visam também aju-dar a criar “públicos para os livros e lite-ratura”. “Não há, em Macau, programas muito estruturais que incentivem à leitu-ra e ao livro. A cidade poderia claramente fazer mais nesse campo e poderia haver um ou vários programas governamen-tais de apoio”, lamentou Hélder Beja.

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gosto amoroso, serão certamente pontos a destacar ao longo deste programa.

A homenagem ao escritor admirado pela geração do “Orpheu”, termina com a leitura de poemas de “Clepsidra” por Inês Lago e Pedro Sousa Loureira, com acompanhamento à guitarra por João Silveira. O “Dia de Camilo Pessanha” realiza-se no Sala Sophia de Mello Breyner Andresen, entre as 15:00 e as 17:50 (horário de Portugal).

Recorde-se que o poeta também foi recentemente homenageado pelo artista Alexandre Farto, conhecido como Vhils, com a construção de um mural no jardim do Consulado de Portugal em Macau. C.A.

Clément Baloup Filipe Melo Rodrigo de Matos

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Sexta-feira, 03 de Março de 201710 JTM | ESPECIAL

Ainda se fala no título europeu de futebol como algo que não fazia parte dos desíg-nios imediatos. Desejado, sem dúvida, mas

colocado em “espera”, quem sabe se por algum receio no subconsciente de não se ser capaz de o conseguir já. Mas foi. Tão inesperadamente como efusivamente celebrado.

Na sua “razão de ser”, um homem: Fernando Santos. O técnico do feito, o “arquitecto” do pro-jecto, o engenheiro que “fez os estudos” da obra, lançou os caboucos e “tinha a certeza” que iria co-locar, no tempo certo, o telhado! E assim foi.

Passaram alguns meses e parece que foi ontem. Rasgou-se a última folha do calendário, entrou-se noutro ano e ainda se respira o feito.

-Que sabor lhe deixou “esse” 2016 que nin-guém esquece?

-Um sabor doce, seguramente. Deixou a mim e, tenho a certeza, a todos os portugueses. Um sabor doce na plenitude total da alegria, do entusiasmo, do extravasar de um desejo que estava vivo mas não saía! Ainda hoje, e já passaram quase 10 meses, o rosto das pessoas traduz alegria, quando na rua falam nessa conquista.

-Tem consciência que isso mexeu com a auto--estima dos portugueses…

-Tenho consciência que foi muito bom para o país. Tenho consciência que fiz parte de tudo isso mas também tenho consciência de que não fui so-zinho. Muita gente trabalhou para este êxito e o re-sultado final foi algo muito importante para todos nós, para o país, até mesmo no plano económico.

-O título europeu foi “obra” de quem?-Foi obra do trabalho. Essencialmente, foi fru-

to do trabalho de todos, depois transportado para o campo pelos jogadores, porque são esses que lá dentro resolvem as situações. Podemos trabalhar muito bem, fazer tudo quase na perfeição, mas se não houver essa ligação que passe para o campo e seja executada como deve ser, não funciona. Por isso, reparta-se o mérito enorme dos jogadores e, claro, o mérito de quem, em todos os pontos da estrutura, orientou e tudo fez para que as coisas corressem muito bem. Desde logo numa fase de apuramento em que as coisas não estavam fáceis, com menos jogos - oito - sem ter ganho o primeiro. Foi um apuramento brilhante, com sete vitórias, mas depois muito mais fortes em Marcoussis.

-Tem consciência que derrotou os “derrotistas”?-Nunca me preocupei com isso. Preocupei-me

foi em ganhar os jogos. As críticas que se faziam nunca as senti porque nunca olhei para elas. Se me perguntar se não sabia que havia críticas menos boas, respondo que sim, não por que as tivesse vis-to ou ouvido directamente mas porque pressentia nos comentários das pessoas, quando estavam no

FERNANDO SANTOS EM ENTREVISTA EXCLUSIVA AO JTM

“Nunca me preocupei com as críticas” no Euro2016Sublinhando que a “comunhão de ideias” era “muito forte” entre os elementos da selecção portuguesa que se sagrou campeã europeia de futebol, Fernando Santos admite que notou algum “nervosito” nos comentários de reacção às críticas iniciais, mas garante que isso não o incomodou, até porque o seu foco e de todos colaboradores estavam virados para as vitórias. “Sempre acreditei que poderíamos vencer” a final do Euro, assegura o seleccionador português numa entrevista exclusiva ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU em que frisa ainda que “muita gente trabalhou para este êxito “muito importante” para Portugal

Costa Santos Sr.*

hall do hotel, ao jantar, etc. Sentia e percebia quan-do havia algum “nervosito” no sentido de reacção às críticas. Mas nunca me preocupei com isso. Es-tava obstinado nas vitórias em campo, e para elas estava virado todo o foco, o meu e o dos meus cola-boradores. Queríamos alcançar um plano certo que nos levasse à vitória!

-Sentiu que toda essa mensagem de confiança tinha passado?

-Em relação aos jogadores não tenho a mínima dúvida. Os jogadores acreditaram. É natural que não tivessem acreditado logo no princípio. Há uns que dizem ‘pronto, ok! Sim senhor’ e, depois, essa confiança germina, aumenta e atinge os níveis má-ximos. Quando fomos para França, creio que já le-vávamos 70 ou 80% dessa confiança generalizada. Uma das primeiras propostas foi, na qualificação, vencer o grupo. Isso aconteceu. Ora, quando se al-cança uma vitória, fica-se mais perto de acreditar que a vitória a seguir também é possível…

-Nunca houve dúvidas?-Não direi que não. Houve um momento em

que, muito por culpa daquilo que é exterior, se sen-te começar a surgir alguma dúvida num ou noutro. É quando faço essa reafirmação de que “vamos res-tar até ao fim e vamos ser recebidos em festa!”.

-As homenagens, os “louros” que não param de chegar um pouco de todo o lado, terão mudado alguma coisa na sua personalidade?

-Não. Se não mudou na Grécia, porque é que te-riam de mudar em Portugal? Sempre fui uma pes-soa com muito boa relação com todos. Já me conhe-ce há muitos anos e nunca ouviu uma queixa da minha parte seja em relação aos jogadores, seja em relação à imprensa, ao público. O que aconteceu é que, em Portugal, treinei os três grandes… Quan-do treinava o Estoril, o Amadora, era visto de uma determinada forma; quando passei pelos grandes havia outro peso, é um bocadinho diferente. Hoje, mais diferente é. Sou seleccionador de Portugal, ainda por cima ganhei um título. Mudou radical-mente a forma como as pessoas me abordam e fa-lam. Se sempre foram muito respeitosas nesse tra-to, hoje sinto que há logo uma expressão diferente, de alegria. Se antes poderia ser uma expressão de

consideração, de respeito, hoje é muito mais do que isso. Também vivi isso na Grécia, também sen-ti que eles tinham por mim, para além da conside-ração, muita amizade. A modos que queriam dizer ‘este é dos nossos!’. Aqui, ganha-se um campeona-to da Europa, uma coisa que é única, obviamente que tudo muda, para melhor. Pessoalmente, nada disso mudou os meus princípios de vida, a minha maneira de ser.

-Se olhasse para trás, mudaria alguma coisa do que fez?

-No Campeonato da Europa? Então, ganhei, porque é que iria mudar alguma coisa? Mudar para quê? Para perder?

-Qual foi a estratégia para manter o grupo uni-do e, sobretudo, motivado?

-Não foi difícil. A comunhão de ideias era muito forte entre todos. Todos. Quero dizer das setenta e tal pessoas que lá estavam. E temos que falar até mais do que isso, até aos adeptos, à própria Mes-mo da imprensa que esteve no estágio! Houve uma ligação muito forte. Esta força colectiva que se foi criando foi, igualmente, muito importante…

-E ganhou uma final sem Cristiano Ronaldo em campo, numa selecção “Ronaldo-dependente”...

-O Ronaldo jogou, esteve em campo. A selecção entrou em campo com Ronaldo e, depois, por for-ça da sua lesão, tivemos de mudar de estratégia. Mas até esse momento do jogo, toda a estratégia estava muito baseada em Ronaldo. Ter o melhor jogador do Mundo implica potenciá-lo e criar uma estratégia em que ele possa dar o seu contributo

na plenitude. A partir do momento em que somos confrontados com o facto de ele ter de sair de jogo, fomos obrigados a criar uma nova estratégia. Mas mesmo aí, o Cristiano teve algum peso. Como? Fá-cil: os próprios jogadores, de uma forma, se calhar, inconsciente, perceberam que perante este cenário ainda tinham que ‘dar mais’. Em vez dos 100 ti-nham que dar 105.

-Nem nesse momento teve dúvidas quanto à vitória?

-Não. Há um momento em que digo para mim: ‘E agora? Agora, o que vais fazer?’ E encontrei a resposta: ‘Agora tenho que mudar isto!’. Com uma nuance: só queria que o intervalo chegasse, estava um pouco ansioso por isso, para poder, com outro tempo, dizer aos jogadores qual a estratégia para o resto do jogo. Estava a jogar numa base estrutural de um 4-4-2 - não gosto muito de usar estas expres-sões - e passei para uma estrutura de 4-3-3. Mas sempre acreditei que poderíamos vencer o jogo!

-A entrada do Éder…-Entrou para ganharmos o jogo! Arrisquei a úl-

tima substituição naquele momento. E ainda po-deria haver prolongamento… Se tivesse pensado nisso ou nas grandes penalidades, não teria feito a substituição naquela altura. Mas, só pensei em ganhar o jogo. No momento em que o Éder entra, na minha observação do jogo acreditava que seria a solução, que a equipa estava a precisar de um jogador com as características do Éder, para poder chegar mais perto da baliza adversária. O jogo es-tava mais ou menos controlado mas faltava-nos, na

Muita gente trabalhou para este êxito e o resultado final foi algo muito importante para todos nós, para o país, até mesmo no plano económico

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JTM | ESPECIAL 11Sexta-feira, 03 de Março de 2017

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FERNANDO SANTOS EM ENTREVISTA EXCLUSIVA AO JTM

“Nunca me preocupei com as críticas” no Euro2016

Além de ser engenheiro (mecânico, do futebol, dos títulos), rece-beu recentemente um “Honoris causa”…

-Sim, isso é verdade! Mas, se não fosse campeão da Europa não teria merecido essa honraria. Tenho a noção exacta que algumas das coisas que me têm proporcionado, têm muito a ver com o título europeu. Já tive distinções que têm a ver comigo, com o Fernando Santos e a sua forma de ser e estar, pela família, pela vida ou, até, na religião. Aí poderão achar que sou merecedor de uma distinção por isso ou por aquilo. Agora, muitas que têm acontecido ultimamen-te, como esta do Doutor Honoris Causa, só surgiu porque ganhei o campeonato da Europa. Não me faz diferença nenhuma e acho isso natural. A condecoração do Senhor Presidente da República, obviamente que também vem daí… Há muitas destas coisas que vêm daí. Mas, isto não quer dizer que a estima e consideração que as pessoas têm por mim não seja a mesma. É e ainda bem que é!

-É cansativo?-É um bocadinho, porque toda a gente quer que esteja presente

e não posso estar em todo o lado. Mas, sendo cansativo gostava que isto não acabasse. E digo porquê: seria sinal de mais e mais vitórias!

-Há momentos que a razão não explica, onde a ‘lógica’ não se ‘encaixa’. Aquele texto, escrito a altas horas da noite e guardado até ao dia da vitória, encerrava a ‘certeza’ de ir até ao fim, até ao último dia de competição. O que o levou a escrever isso?

-Não sei. Melhor: saber, sei, mas não é explicável de forma ‘prá-tica’! Quando escrevi aquilo não o fiz de forma ‘racional’, isto é, não me levantei da cama e, mentalmente, pensei o que ia escrever. Não foi isso. ‘Alguém’ me ditou…e escrevi! Há aqui várias coisas a lem-brar. Na segunda vez que fui a Marcoussis para definir os detalhes finais do que pretendia, em termos de logística e quando os jorna-listas que me acompanhavam questionaram até que data estavam marcadas as instalações para a selecção portuguesa, disse-lhes logo que era até ao dia 8 de Julho. Esta era a minha convicção…

-Sustentada em quê?-No trabalho que todos fazíamos e, claro, na confiança que ti-

nha, e continuo a ter, nos jogadores, naquilo que poderiam dar a esse plano que restávamos a tratar. É verdade que sempre tive a convicção que se conseguíssemos cumprir bem esse plano estra-tégico, poderíamos ganhar a qualquer equipa. Esperava chegar à fase final e, depois, no ‘mata-mata’ como dizia o Scolari, sentir que teríamos possibilidades de vencer qualquer adversário. Sempre acreditei nisso! Mas há outra questão: aquilo que escrevi era para ler depois da final, se essa possibilidade me fosse dada…

-Fosse dada por quem?-Aí já vamos entrar noutro campo… Estava deitado, levantei-

-me e disse - tenho um relação muito particular aí com um “Se-nhor” que é meu Amigo – ‘olha vou escrever qualquer coisa e se me for dada a oportunidade, vou ler isto depois de ganhar a final’. Assim fiz. Quando saí do hotel meti o papelinho no bolso. Depois, como ganhámos, a única coisa que fiz foi tirar do bolso e ler!

C.S.

As frasespremonitórias

na plenitude. A partir do momento em que somos confrontados com o facto de ele ter de sair de jogo, fomos obrigados a criar uma nova estratégia. Mas mesmo aí, o Cristiano teve algum peso. Como? Fá-cil: os próprios jogadores, de uma forma, se calhar, inconsciente, perceberam que perante este cenário ainda tinham que ‘dar mais’. Em vez dos 100 ti-nham que dar 105.

-Nem nesse momento teve dúvidas quanto à vitória?

-Não. Há um momento em que digo para mim: ‘E agora? Agora, o que vais fazer?’ E encontrei a resposta: ‘Agora tenho que mudar isto!’. Com uma nuance: só queria que o intervalo chegasse, estava um pouco ansioso por isso, para poder, com outro tempo, dizer aos jogadores qual a estratégia para o resto do jogo. Estava a jogar numa base estrutural de um 4-4-2 - não gosto muito de usar estas expres-sões - e passei para uma estrutura de 4-3-3. Mas sempre acreditei que poderíamos vencer o jogo!

-A entrada do Éder…-Entrou para ganharmos o jogo! Arrisquei a úl-

tima substituição naquele momento. E ainda po-deria haver prolongamento… Se tivesse pensado nisso ou nas grandes penalidades, não teria feito a substituição naquela altura. Mas, só pensei em ganhar o jogo. No momento em que o Éder entra, na minha observação do jogo acreditava que seria a solução, que a equipa estava a precisar de um jogador com as características do Éder, para poder chegar mais perto da baliza adversária. O jogo es-tava mais ou menos controlado mas faltava-nos, na

Muita gente trabalhou para este êxito e o resultado final foi algo muito importante para todos nós, para o país, até mesmo no plano económico

minha perspectiva, subir mais dez ou quinze me-tros para criar outros problemas à equipa da Fran-ça. E a entrada do Éder podia resolver-nos isso. Se me perguntasse se eu achava que ele ia marcar o golo, não sei. Ele disse-me que sim, que ia marcar!

-Depois do título europeu, a selecção portugue-sa entrou com o ‘pé esquerdo’ na qualificação para o Mundial da Rússia. Aquele jogo com a Suíça deixou um ar de ‘ainda se estar nas nuvens’…

-A responsabilidade é toda do treinador. Estas coisas não se podem imputar aos outros… Mas aí, de facto, o Ronaldo não esteve no jogo. Indo ao encontro da pergunta, julgo que todos nós, per-mitimos que essa questão (alguma euforia com o título) estivesse lá… Repito, de forma inconscien-te, porque todos nós, desde técnicos a jogadores, sempre lutámos contra isso. Mas, no subconscien-te, aceito que essa ideia estava lá!

Nesta conversa perguntou-me, há pouco, se modificaria alguma coisa do que fiz e, nesta situa-ção concreta, se pudesse voltar atrás teria feito al-gumas coisas de forma diferente, para este jogo. Mas não era no jogo, era no “antes” do jogo. Foi tudo muito giro, o jogo do Bessa foi giro, foi gira a ida do Senhor Presidente da República ao Porto e termos feito a cerimónia na Câmara do Porto foi muito bonito, mas se pudesse voltar atrás teria fei-to tudo isso noutra data e não misturado as coisas!

-Muito se tem falado do futuro da selecção. Pelo que se vai vendo nos escalões etários infe-riores, esse futuro está garantido em termos de qualidade de jogadores?

-O futuro, para que Portugal se mantenha ao nível do que tem feito nos últimos 20 anos, penso que sim. Neste período Portugal tem estado, prati-camente, sempre presente em todas as fases finais quer do Campeonato da Europa quer do Campeo-nato do Mundo, com boas prestações, inclusive com chegadas a finais.

Portugal sempre teve uma boa formação quali-tativamente. Quantitativamente, julgo que a gera-ção de 2004 é muito forte e pode acompanhar, de alguma forma, esse futuro. Há muito equilíbrio e isso é fruto do trabalho que tem sido desenvolvido nos clubes. Eles são os principais factores neste as-pecto. A formação no global tem sido excelente e o trabalho da Federação Portuguesa de Futebol nos últimos anos que culminou com esta ‘Cidade do Futebol’ foi, é e continuará a ser muito importante para todo o trabalho que se desenvolveu e conti-nuará a desenvolver.

Aliás, em tudo, 2016 foi um ano brilhante, em todos os seus níveis, desde os escalões menores aos mais altos, do futebol feminino ao futsal pas-sando pelo futebol de praia. Grandes conquistas, excelentes resultados. Mas já, nos anos anteriores, tinham surgido ‘sinais’ para esse ‘ano de ouro’.

-Vem aí a Taça das Confederações, na Rússia…-É uma outra prova e pensaremos nela no mo-

mento certo.

Agora estou focadono Mundial

-Voltamos então à qualificação para o Mun-dial…

-Isso é que está na minha cabeça, em absoluto: o jogo a 25 de Março, com a Hungria. É fundamen-tal, para nós. Só podemos ganhar e não há outra solução senão ganhar! Não podemos pensar nou-tro resultado. Assim como contra a Letónia, no dia 9 de Abril. Só depois há ‘espaço’ para pensar nos outros. Não podemos escamotear a verdade: o im-portante e onde estamos totalmente focados é em estar presente no Campeonato do Mundo. É nisso que nos devemos concentrar. É evidente que sabe-mos que, pelo meio e a seguir ao jogo da Letónia, vamos estar presentes na Taça das Confederações, onde Portugal nunca esteve. Quando lá chegar-mos, e como sempre fazemos, queremos conseguir os melhores resultados.

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Sexta-feira, 03 de Março de 201712 JTM | ESPECIAL

Não somos favoritos mas estaremos lá para conseguir o melhor!

-Defrontar o México no primeiro jogo será bom?

-Não sei, sinceramente ainda não me debrucei sobre isso

-Tem opinião favorável sobre um Mundial com 48 clubes...

-Julgo que é bom, muito embora seja necessário encontrar o equilíbrio das coisas. Desde que não haja mais jogos ou seja, que isso não vá sobre-carregar o estado físico dos jogadores, que haja o mesmo espaço de recupe-ração entre os jogos, não vejo incon-venientes. Vinco: não há mais jogos, o tempo de recuperação entre jogos é o mesmo, onde está o factor negativo? Uma participação maior permite, sem dúvida, uma expansão do futebol por outros Continentes. Temos que olhar um bocadinho para isso. Neste Cam-peonato da Europa, muitos achavam não ser benéfico o aumento do nú-mero de equipas, mas acabou por ser. Disse, na altura, que iria trazer apura-mentos mais difíceis e que poderiam surgir surpresas. E surgiram. Quer Gales, quer a Islândia, por exemplo, dificilmente lá chegariam e fizeram um excelente campeonato. No fun-do, esta situação abre perspectivas a alguns países que não viam nenhuma luz para poderem atingir essa fase e, agora, têm essa possibilidade. O que é que isto gera? Desde logo maior in-vestimento nas infra-estruturas, na formação. Óbvio que tudo isto é be-néfico. Ressalvo: desde que não haja mais sobrecarga de jogos.

-Ficou entre os três melhores do Mundo, mas a escolha foi para Ranie-

ri. Sentiu mágoa?-Não, de forma alguma! Já me co-

< CONTINUADO DA PÁGINA 11

Quantitativamente, julgo que a geração de 2004é muito forte e pode acompanhar, de algumaforma, esse futuro. Há muito equilíbrio e isso é fruto do trabalho que tem sido desenvolvido nos clubes.Eles são os principais factores neste aspecto

nhece há muito tempo para saber que não são essas coisas que me magoam. Uma coisa é ficar magoado - que não fiquei - outra é que gostava de ser e isso não nego que gostava. Mas, daí a mágoas vai uma distância enorme.

-Foi valorizado o trabalho numa equipa?

-Isso parece-me que sim e julgo per-feitamente normal. Sabe, foi um ano um bocadinho atípico. Ranieri treina-va um clube que ganhou o campeo-nato da Inglaterra. Nunca o Leicester sonharia com esse título mas aconte-ceu. Também sou capaz de pensar que se esse título fosse ganho na Grécia ou noutro país qualquer, não ‘chegaria’ para essa distinção; agora numa Ingla-terra, o peso é outro. Vou mais longe: se fosse em Portugal, ser campeão com uma das equipas que não sonham com isso, que peso teria? Nenhum, obvia-mente. Apesar de ser um feito históri-co e fantástico, repito, não tinha peso para nada! Mas falamos de Inglaterra, como poderíamos falar de Espanha, Alemanha ou Itália, a repercussão é enorme e mexe com tudo!

-É a lei da vida, mas já se ouve fa-lar que Ronaldo vai terminar a car-reira a fazer ‘outras coisas’ diferentes das que hoje faz…Como assim?

-O que digo é que o Cristiano já não é mais um extremo mas também nun-ca irá ser um número 9 estático. Há-de ser um jogador mais em posição de avançado do que um ponta de lança e nunca mais extremo. É uma fase que irá passar nos próximos anos. Aconte-ce com todos os jogadores. Será, cada vez mais, um avançado livre.

*Jornalista profissionalespecializado em Desporto

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Sexta-feira, 03 de Março de 2017 JTM | DESPORTO 13

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Estão lançadas as bases para uma jornada que pode virar do avesso o topo da tabela classificativa da

Liga de Elite, com os quatro primeiros a terem desafios complicados e cujos resul-tados poderão vir a ter reflexo nas ambi-ções de título deste quarteto, que apostou forte na actual temporada.

O confronto de maior cartaz é sem dúvida aquele que coloca frente-a-frente o Benfica e o Monte Carlo, com a pres-são mais do lado das “águias”, uma vez que partem para o clássico com desvan-tagem de dois pontos, depois do empate consentido diante do Ching Fung logo à segunda jornada da prova.

O jogo promete proporcionar um es-pectáculo de nível superior (para os parâ-metros de Macau), entre duas formações em bom momento, talvez as mais sérias candidatas ao título deste ano.

Só é pena que esteja agendado para o relvado do Estádio da Universidade de Ciência e Tecnologia (UCTM), em virtu-de da realização do campeonato escolar de atletismo no Estádio da Taipa.

Monte Carlo e Benfica deverão apre-sentar-se praticamente na máxima força e se mostrarem as dinâmicas, em especial ofensivas, que têm pautado a sua trajec-tória até aqui, então teremos uma bela partida na tarde de amanhã.

Inegável importância

A palavra é agora dos treinadores, numa semana de “nervoso miudinho”, uma vez que ninguém fica insensível à importância de um desafio em que, qual-quer que seja o desfecho, vai provocar mexidas na tabela.

Mesmo que seja o Monte Carlo a ven-cer, o que aumentaria para cinco pontos a diferença em relação ao Benfica, esse fosso já começaria a ser significativo, num campeonato tão curto como é o de Macau.

“Ainda é cedo para se definir a Liga, mas é realmente importante”, diz o trei-

Não é decisivo, mas muito importante nas contas futuras do título. O Monte Carlo tem dois pontos de vantagem sobre o Benfica e basta-lhe o empate para manter a liderança. Chao Pak Kei e Kei Lun promete ser também um jogo interessante

Vítor Rebelo*

nador do Monte Carlo, Claudio Roberto, que tem uma ideia curiosa para definir o adversário: “O Benfica é muito fácil de analisar e muito difícil de defrontar. Tem processos ofensivos e defensivos muito claros, quase sempre faz golos e é muito difícil sofrer. Temos vindo a treinar duran-te a semana para estudar a melhor estraté-gia. Temos confiança, estamos num bom momento e estamos a crescer. Queremos continuar no primeiro lugar. Penso que pode ser um dos melhores jogos da liga.

O técnico brasileiro diz não ter grande necessidade de alterar a postura da equi-pa, só pelo facto de ter como adversário o Benfica.

“Em termos de dinâmica temos uma forma de jogar que já vem do ano passa-do. Queremos é ter uma equipa móvel, para ter uma intensidade forte nas transi-ções ofensivas e defensivas”, refere Clau-dio Roberto.

O JORNAL TRIBUNA DE MACAU

colheu igualmente declarações de Miguel Noronha, um jovem ex-Casa de Portugal, que vai ganhando o seu espaço na equipa dos “azuis e amarelos”.

“Vai ser um jogo e um adversário mui-to difícil, mas nós também somos fortes e estamos focados em ganhar. Temos de ter concentração e dar o nosso melhor”, palavras do médio direito de 19 anos que considera que, nestes últimos meses, já aprendeu muito com Claudio Roberto.

Nicholas com “pé quente”

O Benfica mostrou alguma irregula-ridade no início do campeonato, mas os últimos resultados demonstram a subida de rendimento dos pupilos de Henrique Nunes, com duas goleadas (9-1 aos Sub 23 e 8-0 sobre o Lai Chi).

Os actuais detentores do título têm por isso no ataque uma das grandes ar-mas, com dois principais artilheiros, Ni-cholas Torrão e Leonel Fernandes.

“Águias” e “canarinhos” protagonizam jogo grande da jornada

Um deles, Nicholas, vai já em onze golos apontados, em cinco jornadas, o que dá uma média de mais de dois tentos por jogo.

“É toda a equipa que trabalha, esta-mos a jogar bem, a criar muitas oportu-nidades e por isso os golos aparecem, por mim ou por outro. O importante é que o Benfica marque”, sublinha o avança-do português, que em 2013 foi o melhor marcador do campeonato, com 23.

Sobre a partida, Nicholas Torrão não retira a importância de uma vitória para as suas cores: “Se não ganharmos este jogo a distância já fica grande. Não é um jogo decisivo, mas muito importante para as nossas aspirações. O único resultado que vamos procurar é a vitória. Sabemos que o Monte Carlo é uma equipa bem es-truturada, o treinador tem feito um bom trabalho. Julgo que é uma vantagem para eles jogar no campo da UCTM, mais pe-queno. É pena que não seja no Estádio de Macau, daria outro espectáculo.”

UCTM não é o ideal

O treinador dos “encarnados” tem a mesma opinião no que diz respeito ao palco do desafio: “É pena que a Associa-ção não tenha marcado este jogo para o estádio principal, relvado melhor, maior, boas condições para o público. Era uma boa oportunidade para publicitar o fute-bol em Macau, pois jogam primeiro con-tra segundo e duas das melhores equipas da Liga de Elite”.

Em relação à equipa a apresentar de início, o “segredo é a alma do negócio”, mas tudo aponta para que o “onze” do desafio frente ao Ka I seja o mesmo para este confronto com o Monte Carlo, com Alison Brito a começar no banco e a po-der ser, tal como na época passada, a “arma secreta” para entrar na segunda parte.

Sobre o desafio de amanhã à tarde, Henrique Nunes diz ir encontrar um Monte Carlo muito motivado:

“Vamos jogar contra uma equipa bem orientada, muito organizada e com um padrão de jogo bem definido. Sabendo da valia do nosso adversário, não vai ser fácil, mas é um jogo muito impor-tante para o Benfica e nós vamos entrar em campo com o pensamento na vitória. Estamos motivados, queremos e vamos fazer um bom jogo.”

Tudo se conjuga, portanto, para um grande “duelo” entre os dois primeiros classificados desta Liga de Elite, com os outros interessados (rivais ao título) à es-preita de subirem um pouco na tabela.

Para isso, Chao Pak Kei ou Kei Lun terão de ganhar o jogo em que se vão de-frontar e que também promete.

De resto, Sporting e Lai Chi farão um jogo de grande importância na questão da permanência, o mesmo acontecendo com o confronto entre a Polícia e o Ka I.

* Jornalista

CALENDÁRIO DOS JOGOSI Divisão • 6ª Jornada

HOJEKei Lun-Chao Pak Kei (20:30)

AMANHÃSporting-Lai Chi (14:00)Benfica-Monte Carlo (16:00)

DOMINGOChing Fung-Sub 23 (14:00)Polícia-Ka I (16:00)

FUTEBOL DE MACAU

Frente-a-frente de sérios candidatosno “clássico” Benfica-Monte Carlo

Consulado volta a perder numa II Divisão competitiva

O segundo escalão teve uma jornada a meio da semana e o Consulado averbou a terceira derrota consecutiva, agora diante do Hong Lok, por 2-0, depois de uma igualdade sem golos no final dos primeiros quarenta e cinco minutos. “O campeonato está muito competitivo, a qualquer momento podemos voltar a ganhar. Curiosamente as equipas da frente vieram da III Divisão, o que explica um equilíbrio que é ainda maior do que acontece na Liga de Elite”, palavras de Carlos Wilson, director desportivo da formação do Consulado. Ontem à noite, a Casa de Portugal ganhou por 1-0 ao Tim Iec, com um golo do mexicano Leonel Velasco, e o Hang Sai derrotou o Tong Kuok Kei Lam por 2-0.

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Sexta-feira, 03 de Março de 201714 JTM | DESPORTO

Guimarães vence Chaves na Taça

Numa partida algo quezilenta, o Vitória de Guimarães conseguiu dois golos de vantagem na recepção ao Chaves, no jogo da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. Hernâni, aos 10 e 77 minutos, selou uma vitória que se aceita pela maior “calma” dos vimaranenses, quebrando o “nervo” flaviense, principalmente depois do 22º minuto, quando o árbitro, Bruno Esteves, de forma precipitada, assinalou a marca da grande penalidade por suposta mão na bola de um defensor do Guimarães, gerando um sururu. Valeu ao árbitro o “conselho” prudente e acertado do auxiliar, confirmando que a bola bateu no peito do defesa. C.S.

Costa Santos Sr.*

Bragavs Arouca

FC Portovs Nacional

Feirensevs Benfica

2-0 3-0 0-2

1-0 3-0 0-2

1-0 2-1 0-2

3-0 3-0 0-2

1-0 3-0 1-2

1-1 1-0 0-3

2-1 2-0 1-3

2-1 4-0 0-2

2-1 3-0 1-3

SUSANA DINIZ SOBE AO 2º LUGAR

Na semana transacta, Susana Diniz já tinha recuperado ter-reno na perseguição ao segundo lugar, ocupado na altura

por Ana Cardoso. No fim da 23ª Jornada da Liga Portuguesa de Futebol, Susana Diniz conseguiu finalmente subir à

vice-liderança, graças a um palpite certeiro no confronto Estoril-Sporting. Na próxima ronda, Sp. Braga e Arouca

medem forças no Estádio Municipal de Braga e, enquanto a maioria do nosso “plantel” acredita na vitória dos minhotos, Vanessa dos Santos aposta no empate a uma bola. O empa-te é também apontado por Manuela Gorgueira e Beatriz da Conceição como desfecho provável da visita vimaranense a Alvalade, um pouco à semelhança do resultado da primeira

volta, quando o V. Guimarães travou os “leões” (3-3). Nos restantes dois jogos seguidos pelo Barómetro do JORNAL TRIBUNA DE MACAU, não existe qualquer dúvida quanto

aos vitoriosos restando esperar para ver quem terá sido no cômputo geral a mais certeira de todas.

AlessandraAraújo 81

AnaCardoso 83

HelenaBrandão 81

ManuelaGorgueira 59

SílviaFerrão 88

SusanaDiniz 84

VanessaDos Santos 81

Violetado Rosário 63

BeatrizConceição 77

FOTO

ARQ

UIVO

Feirense recebe o líderA viagem do Benfica a Vila da Feira está muito longe de ser um passeio à terra das fogaças.

Primeiro, porque o Feirense gosta de pregar partidas aos “grandes” e depois porque quer somar pontos para ficar cada vez mais tranquilo. Dir-se-á que as “forças” de que dispõe ficam a anos--luz das do adversário e é verdade, mas

LIGA PORTUGUESA

“Ventos do norte” podem causar estragosÀ medida que se aproxima o final da I Liga Portuguesa, todos os jogos são complicados, sobretudo para quem vai na dianteira e para quem quer fugir do “cadeirão” da descida. Na 24ª jornada, o Benfica visita o Feirense e o FC Porto recebe o Nacional

a teoria não chega. É necessário que o adversário assuma o jogo, mostre o seu melhor para atingir os objectivos. Se for assim, até poderá ser mesmo um pas-seio…

Em Alvalade, talvez se festeje uma

das vitórias mais desejadas da tempo-rada - depois de arrumadas as chuteiras para os voos mais altos - para comemo-rar o acto eleitoral que “mexeu” com os sócios. Porém, o V. Guimarães tem vindo a subir de rendimento e já ocupa

Sportingvs V. Guimarães

2-1

2-1

2-1

2-0

2-1

2-0

1-1

1-1

2-1

o quarto lugar (ex-áqueo com o Braga). Caberá aos donos da casa dar o mote para a qualidade de jogo.

Sp. Braga e Moreirense têm oportu-nidade de inverter o ciclo negativo em que têm “navegado”. Os arsenalistas têm pela frente um Arouca que ainda não pontuou com Manuel Machado e se não conseguirem vencer, diz a ex-periência que “algumas cabeças irão rolar”. Em Moreira de Cónegos, mes-mo tendo em conta que o adversário se chama Boavista, acreditamos que será desta que os cónegos vão festejar uma vitória.

Belenenses, Estoril e Marítimo re-cebem Chaves, Rio Ave e V. Setúbal, respectivamente. A vitória em Arouca moralizou os azuis, mas os flavienses são de outra “cepa” e poderão oferecer mais resistência. O mesmo se poderá dizer do Estoril-Rio Ave. A necessidade dos locais vencerem pode não chegar para um Rio Ave que quer retornar ao seu melhor nível. Na Madeira, antevê--se um jogo que promete com duas equipas que estão a jogar bom futebol. Até arriscaríamos uma igualdade…

No Dragão, mau será se não acon-tecer uma partida tranquila para o FC Porto frente ao Nacional. Já em Paços de Ferreira, num duelo entre “muito necessitados”, os anfitriões são favori-tos diante do Tondela.

*Jornalista profissionalespecializado em Desporto

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JTM | ACTUAL 15Sexta-feira, 03 de Março de 2017

A economia cresceu, em termos reais, 1,4% no ano passado e ace-lerou no quarto trimestre para 2%,

tendo as expansões de todos os trimestres de 2016 sido revistas em alta ligeira (uma décima). O consumo privado (+2,5%) foi a rubrica da despesa que mais ajudou o país a chegar aos 2% de crescimento no final do ano transato; o investimento interrom-peu, finalmente o ciclo de descidas que já vinha desde o primeiro trimestre de 2016 (subiu 2,6%), mas as exportações, que au-mentaram 6,4%, muito apoiadas no “forte crescimento do turismo, acabaram por ser ofuscadas pela subida acentuada das im-portações (+7,3%).

Sem nunca quantificar o efeito (“não é possível individualizar”) da medida das 35 horas, o INE explica, em resposta ao DN, que a redução do horário normal dos funcionários públicos em cinco horas con-duziu a um aumento do custo salarial por hora trabalhada, isto é, com os mesmos sa-lários, a hora de trabalho tornou-se mais cara. Isso levou ao aumento do deflactor (variação de preço) do consumo público, pelo que, em termos reais (descontando essa variação de preço ao consumo públi-co nominal), acabou por ocorrer um efeito negativo em volume.

“Em 2016, com a diminuição do horá-rio de trabalho de 40 para 35 horas sema-

nais, verifica-se um aumento do deflactor da componente remunerações e, conse-quentemente, um efeito negativo em vo-lume. O aumento do deflactor relativo à componente remunerações que integra o consumo público decorre do facto de exis-tir um aumento das remunerações pagas por hora trabalhada. Deste modo, para o mesmo valor (nominal) de remuneração, o respectivo deflactor é mais elevado, tradu-zindo um efeito negativo em volume.”

O consumo público cresceu, 1,1% no primeiro semestre, mas na segunda meta-de do ano, não foi além dos 0,5%. A sema-na das 35 horas entrou em vigor justamen-te a 1 de Julho de 2016,. JTM/DN

A derrota é um golpe para a primei-ra-ministra, que esperava ter seu projecto de lei do Brexit aprovado

sem mudanças, e adiará a data mais pró-xima em que poderá lançar formalmente o processo de saída do Reino Unido da União Europeia para cerca de 13 de Março.

No entanto, permanece o seu plano para começar as negociações antes do fim de Março e fontes do seu governo disse-ram que May vai lutar para superar a der-rota quando as mudanças forem apresen-tadas na Câmara dos Comuns, onde o seu partido tem maioria.

Na Câmara dos Lordes, a decisão teve 358 votos a favor ante 256 contra a propos-ta de fazer uma emenda para o Projecto de Lei (Notificação de Saída) da União

Europeia. A mudança exige que o gover-no publique propostas de protecção dos cidadãos da UE que actualmente moram no Reino Unido – incluindo os seus direi-tos de residência – dentro de três meses do início do processo de saída definido pelo Artigo 50 do Tratado de Lisboa.

A derrota foi orquestrada pelos parti-dos opositores Liberal Democrata e Traba-lhista. “O Partido Trabalhista acredita que os cidadãos da UE não devem ser usados como moeda de troca nas negociações do Brexit”, disse o porta-voz do partido para o Brexit, Keir Starmer.

“Há um consenso crescente de que isto deve ser resolvido antes que o Artigo 50 seja accionado e a primeira-ministra está agora cada vez mais isolada”.

Embora May tenha dito que deseja ga-rantir os direitos dos cidadãos da UE, ela não estava preparada para fazê-lo até que outros Estados-membros concordassem com um acordo recíproco.

“Estamos decepcionados que os Lor-des tenham escolhido emendar um pro-jecto que os Comuns aprovaram sem emendas”, disse uma porta-voz do depar-tamento do Brexit num comunicado.

“A nossa posição sobre os cidadãos da UE tem sido repetidamente esclarecida. Nós queremos garantir ao mesmo tempo, os direitos dos cidadãos da UE que morem no Reino Unido e os direitos de britânicos que vivam noutros Estados-membros.”

Jtm com agências internacionais

REINO UNIDO

Plano de May para Brexit sofre revés no ParlamentoA Câmara dos Lordes infligiu uma derrota ao governo de Theresa May, ao exigir que a primeira-ministra só possa dar início às negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia se assegurar proteger os direitos de cidadãos da UE

PORTUGAL

Semana das 35 horas penalizou a retoma em 2016A reposição da semana de trabalho dos funcionários públicos, de 40 para 35 horas, penalizou o crescimento real da economia em 2016, diz o Instituto Nacional de Estatística (INE), que agora divulgou as contas nacionais preliminares

IRLANDA DO NORTE Pouco mais de 1,2 milhão de norte--irlandeses foram ontem às urnas para participar das eleições autóno-mas antecipadas, convocadas após a queda do governo de poder parti-lhado entre protestantes e católicos. Os centros de votação da província britânica fecham às 22h (manhã de sexta-feira em Macau).

BOLÍVIAO presidente boliviano, Evo Mora-les, fez uma “viagem de emergência” para Cuba na quarta-feira para trata-mento de um problema na garganta, disse o ministro da Presidência, René Martínez, acrescentando que o presi-dente passará por uma “avaliação de rotina”. As complicações na garganta surgiram há algum tempo e fazem com que Morales, tenha dificuldade em falar, levando-o a cancelar apari-ções públicas.

COREIA DO NORTEA Coreia do Norte reagiu ao início das manobras anuais conjuntas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos com a sua habitual retórica bélica, prometendo a mais dura resposta de sempre, sem facultar mais detalhes. O exército norte-coreano afirmou que irá “frustrar impiedosamente” o ataque por parte dos agressores com a sua “preciosa espada nuclear”, pro-metendo a retaliação mais dura de sempre sem, no entanto, concretizar.

JAPÃOO responsável da TEPCO para a des-contaminação e desmantelamento da central nuclear de Fukushima, no Japão, diz que é preciso mais criativi-dade no desenvolvimento de robôs para localizar e avaliar as condições do combustível fundido. O operador da central, a Tokyo Electric Power Co., e o governo vão decidir sobre o mé-todo no verão.

CHINAO advogado Cheng Hai quer receber do Governo de Pequim uma com-pensação pelo “desgaste emocional” e danos para a saúde provocados pe-las vagas de poluição que frequente-mente atingem a cidade. “Há quem pense que, com o desenvolvimento económico, a poluição atmosférica é inevitável, mas isso é um erro”, disse Cheng, de 64 anos, citado pela Asso-ciated Press.

ANGOLAOs independentistas das Forças Ar-madas de Cabinda (FAC) voltaram a reivindicar a autoria de ataques mor-tais a militares angolanos, denun-ciando que “civis inocentes” foram presos pelas autoridades de Angola, sob pretexto de apoiarem os guerri-lheiros daquele enclave.

SÍRIAA maioria dos combatentes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) retirou--se ontem da cidade monumental de Palmira (Síria), diante da ofensiva do Exército sírio, mas os terroristas minaram diversos pontos da cida-de, património mundial da Unesco. Por isso as forças leais ao presiden-te Bashar al Assad ainda não têm o controle total da região, revelou um comunicado da ONG.

VOLTA AOMUND

Sessions, cujo cargo é o equivalente noutros países ao de mi-nistro da Justiça, é o responsável por supervisionar a inves-tigação sobre a suposta ingerência russa durante as eleições

e as supostas ligações entre a campanha do agora presidente Do-nald Trump e o Kremlin.

A líder democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pe-losi, lembrou que Sessions “mentiu sob juramento” quando ne-gou contactos com funcionários russos durante o seu processo de confirmação no Senado e pediu a sua demissão.

“O secretário deve renunciar”, disse a congressista, solicitan-do que se forme uma “comissão independente, bipartidária e ex-terna que investigue as ligações políticas, pessoais e financeiras de Trump com os russos”.

A senadora Elizabeth Warren está de acordo. “Depois do que se sabe, será que o secretário vai ter a última palavra sobre as li-gações entre a campanha de Trump e a Rússia? Isto é uma farsa. Isto não é normal”, disse a senadora, que propôs a designação de um promotor especial que fique encarregado pela investigação.

A nomeação de um promotor especial também encontrou o apoio do senador Lindsey Graham, um habitual entre os republi-canos críticos de Trump, que disse que, se se confirmarem as in-formações sobre Sessions, este deveria afastar-se da investigação.

Estas foram algumas das reacções às informações publicadas na noite de quarta-feira pelo “The Washington Post” sobre os encontros entre Sessions, então senador e assessor da campanha

de Trump, com o embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak, em Julho e Setem-bro do ano passa-do, meses antes das eleições.

Estas reu-niões ocorreram no meio de uma tempestade polí-tica pela suposta ingerência do Kremlin em favor de Trump em forma de ataques cibernéticos contra servidores do Partido De-mocrata e da campanha da candidata Hillary Clinton.

O próprio Sessions já reagiu ao jornal. “Nunca me reuni com funcionários russos para falar de assuntos da campanha. Eu não tenho ideia do que é isso. É falso”, disse em comunicado. O secre-tário alega que seus encontros com Kislyak não tiveram nada a ver com a campanha de Trump e que esteve com ele como mem-bro da Comissão de Serviços Armados do Senado.

Durante o processo de confirmação no Senado, Jeff Sessions fafirmou não ter conhecimento de quaisquer actividades entre a campanha de Trump e os russos, afirmando mesmo que ele “não teve contatos com russos”. JTM com agências internacionais

EUA

Pedida renúncia de governante por ligação com russosAltos cargos democratas no Congresso pediram ontem a demissão do secretário de Justiça dos Estados Unidos, Jeff Sessions, após a revelação de que ele se reuniu com embaixador russo em Washington durante a campanha presidencial, algo que ocultou ao Senado

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Sexta-feira, 03 de Março de 201716 JTM | OPINIÃO

1 . O abandono, para já, da activi-dade política, por parte de Jason Chao, vai deixar um vazio e con-

firmar que o activista pró-democracia foi mesmo um cometa na esfera par-tidária.

Parece que foi ontem que Jason iniciou a sua militância na Associa-ção Novo Macau, misturando sonhos e idealismos com muita ingenuidade, própria de quem quer mudar o Mun-do depressa. Entenda-se, o universo da RAEM e a aposta numa maior de-mocracia.

Cometeu alguns erros, Jason Chao - desde logo, a criação de várias lis-tas eleitorais na corrida à Assembleia Legislativa, algo que retirou dinâmica ao campo democrático que viria a per-der impacto ao nível da representati-vidade na AL, como se temia e estava escrito nas estrelas.

E, também, Jason e seus pares pro-tagonizaram algumas cenas para es-quecer em manifestações dentro da Assembleia, totalmente contraprodu-centes para a imagem do movimento pró-democracia local.

Aliás, esse movimento, de que a Nova Macau é a face mais visível, nem sempre consegue expressar, em

Dois casos de coragemJORGE

SILVA*

UM OUTRO OLHAR

toda a sua plenitude, a estratégia para alargar as ideias de mais democracia no território.

Mas há em Jason Chao um subs-trato de coragem que devemos reco-nhecer e agradecer. Assumiu as suas opções sexuais publicamente, a defesa da comunidade homossexual e lésbi-ca e, agora, revelou que sofre de uma doença, com origem no autismo, que o impede de uma maior exposição polí-tica e pública.

Jason Chao é um exemplo de cora-

gem e honestidade.

2. Por outros motivos, teve, tam-bém, coragem a minha querida amiga e colega de trabalho, Ana

Isabel Dias, ao expor, em público e através dos jornais, uma situação em que a RAEM é useira e vezeira - a de-tenção de pessoas, de várias naciona-lidades e origens, no terminal maríti-mo ou nas fronteiras do território por omissões ou faltas a julgamentos em casos em que não há crimes de sangue

ou roubo.Numa total demonstração de falta

de bom senso e de uma interpretação da lei demasiado restritiva e autori-tária, juízes, o Ministério Público e as polícias colaboram nos planos de detenção de cidadãos que cometeram infracções ao trânsito, longe de cons-tituírem matéria grave, de tal forma ridículas são as quantias envolvidas, quando atravessam as nossas frontei-ras, tal como aconteceu com Ana Isa-bel e tantos outros.

Isto é, o pessoal das fronteiras, nes-tes casos, não devia elucidar cidadãos, com problemas relacionados com pe-nas de prisão, de que há uma questão para se resolver em vez de avançar para a detenção de pessoas, colocá-las em carros celulares, com suspeitos de crimes bem mais graves e, finalmente, encaminhá-los para as celas?

As autoridades que têm, certamen-te, uma base de dados sobre todos os residentes permanentes do território, não possuem os contactos telefónicos e não só, para notificarem as pessoas em vez de mandá-las prender, arbitra-riamente, nas fronteiras?

É preciso, igualmente, civismo e mais atenção por parte das entidades jurídicas e policiais no tratamento destes casos.

Haverá vontade de mudar e co-locar um ponto final em práticas to-talmente erradas e lesivas da honra e dignidade das pessoas?.

* Jornalista

Jason Chao e seus pares protagonizaram algumas cenas para esquecer em manifestações dentroda Assembleia, totalmente contraproducentes para a imagem do movimento pró-democracia

local. Aliás, esse movimento, de que a NovaMacau é a face mais visível, nem sempre

consegue expressar, em toda a sua plenitude,a estratégia para alargar as ideias de mais

democracia no território. Mas há em Jason Chao um substrato de coragem que devemos

reconhecer e agradecer

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Sexta-feira, 03 de Março de 2017 JTM | OPINIÃO 17

Dito“Há aqui arquitectos e designers com criatividade suficiente que podiam ter tornado Macau numa cidade única, que já era, e não num sítio de repe-tições. Esse mimetismo, essa redun-dância é a tal ponto que julgo que os próprios chineses preferem ir aos sítios originais”

João Palla, arquitecto, em entrevista ao “Hoje Macau”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

03/03/1997

O ESTÁDIO ABRIU COM FESTA BONITAUma festa bonita, que teve a participa-ção de quatro mil pessoas, assinalou brilhantemente a abertura do Estádio da Taipa. Cerca de 15 mil encheram a nova sala de visitas do desporto de Macau, aproveitando um dia que começara com chuva mas que quis colaborar na festa com Sol aberto e temperatura amena. Parte importante da assistência eram crianças, muitas das quais viram pela 1ª vez um espectáculo com pára-quedistas, delirando quando os atletas, vindos da China, aterravam. A parte mais monóto-na, mas nem por isso menos significati-va, terá sido o desfile de representantes de todas as associações desportivas de Macau, mas a partir daí o espectáculo decorreu com excelente ritmo, que abo-na a favor da organização. Especialmen-te aplaudidos, os tocadores de tambores que vieram de Zhuhai e fizeram vibrar o estádio e o milhar de crianças das es-colas, com vestimentas policromas, que desenharam vistosas combinações, só possíveis com muito treino, coordena-ção e muita vontade. O estádio, em si, foi também uma saborosa surpresa para os muitos que ali se deslocarem pela pri-meira vez. Amplo, confortável, dispon-do de todas as condições de um equi-pamento deste tipo, foi desenhado de forma a poder crescer assim que se torne necessário. A zona envolvente, com vas-tas zonas destinadas a estacionamento de viaturas, assegura deslocações fáceis, mesmo quando - como ontem aconte-ceu - o vizinho hipódromo também atrai alguns milhares de pessoas. Agora que há um local condigno para as receber, só há que esperar pelas realizações despor-tivas de nível que antes não tínhamos condições para ver.

NOITE DE MACAUNA FEIRA DE CANTÃOO secretário-adjunto Salavessa da Costa disse em Cantão que a identidade da-quela cidade do Sul da China, de HK e de Macau tem de ser respeitada na pro-moção turística da região do Delta do Rio das Pérolas. “Temos de estar juntos na promoção, mas temos de o fazer sem-pre com respeito à identidade de cada um dos locais”, referiu Salavessa da Costa. “Macau é um local único e dife-rente, porque foi criado por uma vivên-cia comum entre portugueses e chineses há mais de quatro séculos e é impossí-vel, em qualquer outra parte do mundo, fazer outro Macau”, afirmou. Salavessa da Costa falava durante um jantar or-ganizado pela Direcção dos Serviços de Turismo de Macau, que coincidiu com o início da “Guangzhou International Tra-vel Fair 1997”, a decorrer até domingo em Cantão.

ALBANOMARTINS*

OS DESATINADOS

1. Passados seis meses da data em que manifestei aqui a minha ado-ração especial por Ella, por tudo o

que dizia, e sobretudo pelo que não di-zia, que assim acertava mais e melhor, mas não tendo sido correspondido, fui de novo olhar para sua tese.

A famosa tese da descida dos sa-lários da construção, sem esquecer as suas preocupações com o aumento do número de TNR que, segundo Ella, nos roubam o emprego!

Como dizia na altura, habituei-me a ver, nestes quase 36 anos de Macau, um pouco de tudo e aperceber-me como Ella se esforça por ser o mais criativa possível para conseguir ir so-brevivendo, que isso de fazer leis é emprego precário, embora nesta terra essa palavra não exista no vocabulário de quem terá nascido com o cú vol-tado para o sol, mas só depois que o Edmundo inventou a liberalização do Jogo, que antes não havia pataca para dar de comer à população!

Dizia eu que Ella era uma menina trabalhadora que finalmente encontra-ra um posto de trabalho onde podia dar à língua a coberto da imunidade, estatuto que tem a vantagem de per-mitir que toda a gente possa dizer o que bem lhe apetece.

Eu não, que me posso lixar. O Coutinho sim, embora pareça

agora preocupado com o que a im-prensa possa vir a dizer sobre si du-rante o período eleitoral, ele que, tam-bém a coberto daquela imunidade que eu não tenho, diz o que bem lhe vem à cabeça quando quer e lhe apetece! Coutinho, não tenhas medo, que sem imprensa livre é bem mais complica-do, e aí, eles não dirão mal de ti, certo, mas outros darão cabo dos teus pobres costados!

Mas voltando ao tema desta parte da peça, lembram-se que nessa casa da lei, Ella dizia, para defender a sua dama local, há quase um ano, que os salários dos TNR da construção civil não teriam sofrido alterações nos últi-mos anos?

Dizia, na altura, que não sabia mes-mo onde teria Ella arranjado lenha para tanta lareira, mas que por cá tam-bém o frio não fomentava muito esse tipo de indústria imaginativa, ainda não lembrada para justificar a nossa diversificação.

Reparei, então, que as estatísticas da DSEC deviam estar erradas, porque não foram feitas por Ella: os salários diários médios dos TNR na constru-ção haviam crescido para 651 patacas! Estávamos em princípios de Agosto de 2016!

Esperei, então, por melhores dias, que isso não se dizia a Ella nenhuma duas vezes na vida!

Voltei de novo, nessa altura de Agosto de 2016, a olhar para os núme-ros mais recentes, acabadinhos de sair do forno da DSEC, que ali se cozinha tudo, mas o cozinhado é na generali-dade bom, embora algumas vezes o esturro também aconteça. Os tais salá-rios haviam de novo crescido!

Hoje, passados mais seis meses, voltei mais uma vez, ou seja, pela ter-ceira vez, a olhar de novo para as esta-tísticas da DSEC.

Ella merecia!Os últimos dados da Estatística,

relativos ao quarto trimestre de 2016, dizem que nos quartos trimestres dos anos que a seguir refiro, eram estes os salários diários médios dos trabalha-dores da construção: 2012 (MOP 587), 2013 (MOP 636), 2014 (MOP 713), 2015 (MOP 793) e 2016 (MOP 819), com os residentes em 2016 a auferirem MOP 1.041 e os não residentes MOP 721, contra MOP 1.000 e MOP 668 em 2015, para residentes e não residentes!

Portanto, fica provado que não é nada verdade que os salários não te-nham subido para ambos os tipos de trabalhadores, embora se veja clara-mente que os locais têm um tratamen-to preferencial, ao contrário e apesar do que muitas vezes Ella diz.

E na altura resmungava eu: “mas fica uma nota, para ajudar Ella na sua tese de olhar apenas para o umbigo dos seus: os salários da construção vão cair a pique, algures entre 2017 e 2018 e os TNR da construção vão quase de-saparecer do mapa!”

Referia eu também e hoje mais uma vez se prova: “aliás, só não vão desa-parecer mais cedo porque a SJM, que se move à moda local, se encontra bas-tante atrasada no seu palácio”.

Hoje verificamos que o número de TNR começou já a cair, dizendo ontem a imprensa local, citando as estatísticas da DSEC, que “a construção registou o maior “tombo” no intervalo de um ano - “perdeu” 8.915 trabalhadores”!

Os salários ainda não caíram, mas acabadas as obras dos grandes casinos em 2018, e já estamos a dar uma mar-gem de erro à SJM de meio ano para que não arraste ainda mais o seu pa-lácio, que isso significaria mais uma derrapagem nas suas contas e nas suas receitas, logo conversamos!

Mas uma coisa é certa, contava eu na altura, “qualquer que seja a saí-da científica, mais de trinta por cento dos TNR vão desaparecer [de 2015 a 2016, caíram 2,1 por cento], resolven-do parcialmente a grande preocupação d’Ella e de alguns trogloditas locais! Se quisermos ser ainda científicos, a ver-dade é que essa preocupação só será resolvida temporariamente porque a indústria do jogo e a diversificação da economia vão exigir de novo mais mão-de-obra...”.

2. A vantagem de vivermos em de-mocracia é, entre muitas, termos a liberdade de podermos dizer o

que pensamos.O caso dos estaleiros de Coloane da

povoação de Lai Chi Vun, ao abando-no e em perigo iminente de desabarem sobre as cabeças de quem por lá vive ou por lá resolve passar, um patrimó-nio, sem dúvida alguma, deixado em degradação ao longo de tantos e tan-tos anos, sem que, ao que me lembre, muita gente se tenha alguma vez preo-cupado com ele, deve obrigar-nos a pensar nos prós e contras da sua ma-nutenção.

Sou contra a manutenção de um património só de fachada, com tudo degradado no seu interior e deixado e devotado ao abandono e desleixo dos seus proprietários, sem qualquer inter-

venção do governo, pois é para isso que ele também serve.

Intervir, quando é necessário, faz parte da política de qualquer Gover-no de bem!

Acho que o nosso executivo de-via investir nisso, comprando esses imóveis aos seus proprietários (ou usando qualquer fórmula que possa ser legal), a preços meio-simbólicos, que aquilo como está não vale chavo algum, nem se vislumbra que a ter-ra possa ser usada para outros fins, assumindo a dinamização dessas áreas.

Refiro, no caso das habitações degradadas e a ruirem-se constante-mente, um pouco como acontece por todo o lado, de Macau a Coloane.

Numa terra onde não há “terra”, é uma estupidez total deixar áreas enormes completamente inutilizadas apenas porque não há imaginação para se encontrar alternativas para a sua ocupação e dinamização!

E há muitas alternativas, agora que se falam em indústrias criativas ou agora que toda a gente se revolta contra os preços brutais das rendas!

No caso dos estaleiros, embora economista, tenho muitas preocupa-ções com o ambiente e com a preser-vação dos espaços como estão! Mas uma análise custo-benefício devia mostrar se mais vale mantê-los ou se mais vale transformá-los.

E, por custo-benefício não me re-firo apenas a dinheiro no sentido do vil metal! A cultura, a qualidade de vida vale muito dinheiro!

Acho que a área deve ser pre-servada, claro, de qualquer tipo de construção em altura, afastada da ganância dos depredadores da cons-trução, incluindo da construção de habitação para a comunidade ou com outros fins comerciais.

A zona deve ser toda reordenada para se constituir num espaço amplo de lazer e de pouca área aedificandi que seja dedicado a essa memória e poder vir a ser mais um pólo de re-ferência cultural e de recreação da comunidade, virada também para os nossos visitantes que procuram um turismo de qualidade.

Agora, deixar aqueles esqueletos abandonados e em elevado estado de degradação, que constituem um pe-rigo iminente para todos nós e para todos os que nos visitam, à espera que seja o tempo a deitar-lhes abaixo definitivamente, é mais uma forma de se chutar para o desconhecido.

Até acontecer um acidente e toda a gente começar a fazer “mea culpa”!

Sou a favor de que seja restau-rado um daqueles espaços e lá seja instalada uma pequena empresa de produção de barcos, nem que sejam de miniatura, totalmente nas mãos do Governo, que os empresários não são por princípio almas caridosas em lado algum, muito menos nestas bandas, embora hajam sempre al-gumas excepções! Mas um espaço e não toda aquela bagunça que por lá existe, reordenando, com qualidade e com o mínimo de betão armado, toda aquela área para que seja uma lufada de ar fresco nesta terra sem direcção!

* Economista.Escreve neste espaço às sextas-feiras

Falar e preservar com sentido!

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Sexta-feira, 03 de Março de 201718 JTM | LAZER

• • • ROTEIRO

CANAL MACAU13:00 TDM News (Repetição) 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:50 RTPi Directo 17:00 Mentes Crimino-sas Sr.8 17:40 Castle Sr.6 (Repetição) 18:20 Labirinto (Repetição) 19:10 TDM Talk Show (Repetição) 19:40 Os Nossos Dias Sr.1 20:30 Telejornal 21:15 Notícias do Meu País 22:10 Labirinto 23:00 TDM News 23:30 A Bomba 01:10 Telejornal (Repetição) 02:00 RTPi Directo TDM News

30 FOX SPORTS13:00 Goals! 2016-17 13:30 Bundesliga 2016-17 Weekly 14:00 Bundesliga 2016-17 Leipzig vs Koln 15:00 UFC Countdown 16:00 Bundesliga 2016-17 Weekly Highlights 17:00 Australian Open Tennis 2017 Best Match of the Day Final 18:00 Sport Confidential 2016-17 18:30 Bundesliga 2016-17 Weekly 19:00 Hyundai A-League 2016-17 Highlights 19:30 2017 AFC Cup Highlights 20:00 LIVE FOX SPORTS Central 20:30 Friday Night Football 2016-17 21:00 Total Combat 2016-17 21:30 Bundesliga 2016-17 Schalke vs Hoffenheim 22:30 FOX SPORTS Central 23:00 UFC Tonight 00:00 Total Combat 2016-17 00:30 Friday Night Football 2016-17 31 FOX SPORTS 210:00 (LIVE) LPGA 2017 HSBC Women’s Champions Day 2 16:00 Badminton Unlimited 16:30 Gillette World Sport 17:00 Mosconi Cup 18:00 P1 Superstock USA 2016 Season Review 19:00 Vendee Globe 19:30 2017 AFC Champions League Suwon Samsung vs Guangzhou Evergrande 21:30 The Outdoor Sports Show 22:00 WGC Mexico Championship 2017 Day 1 00:00 LPGA 2017 HSBC Women’s Champions Day 2

40 FOX MOVIES12:20 Jane Got A Gun 14:05 Z For Zachariah 15:45 Life On The Line 17:30 Spooks: The Greater Good 19:25

Número de Socorro 999

Bombeiros 28 572 222

PJ (Linha aberta) 993

PJ (Piquete) 28 557 775

PSP 28 573 333

Serviços de Alfândega 28 559 944

Hospital Conde S. Januário 28 313 731

Hospital Kiang Wu 28 371 333

CCAC 28 326 300

IACM 28 387 333

DST 28 882 184

Aeroporto 88 982 873/74

Táxi 28 283 283

Táxi 28 939 939

Água - Avarias 28 990 992

Telecomunicações - Avarias 28 220 088

Electricidade - Avarias 28 339 922

Directel 28 517 520

Rádio Macau 28 568 333

Macau Cable 28 822 866

Clube Militar de Macau 28 714 000

ANIMA 28 715 732

• • • CÂMBIOS - Info BNU

A programação é da responsabilidade das estações emissoras

Hot Pursuit 21:00 Deja Vu 23:10 Fantastic Four 00:55 Life On The Line

41 HBO13:00 13 Hours 15:20 Jurassic Park Iii 16:50 Hollywood 17:20 Jem And The Holograms 19:15 Pixels 21:00 The 89Th Annual Academy Awards 00:00 The Witch

42 CINEMAX11:55 Tremors 13:30 Deadly Friend 15:00 Justice League: The Flashpoint Paradox 16:25 Bill & Ted’S Ex-cellent Adventure 18:00 Batman & Robin 20:05 U-571 22:00 John Wick 23:40 The Man With The Iron Fists 2

50 DISCOVERY CHANNEL12:45 Wheels That Fail 13:40 How Do They Do It? 14:05 How It’s Made 14:35 Fast N’ Loud 15:30 You Have Been Warned 16:25 Wheeler Dealers 17:20 How Do They Do It? 17:45 How It’s Made 18:15 Fast N’ Loud 19:10 You Have Been Warned 20:05 Wheels That Fail 21:00 River Monsters 21:55 How It’s Made 22:50 What On Earth? 23:45 Wheels That Fail 00:40 River Monsters

51 NATIONAL GEOGRAPHIC12:30 Mine Kings King Sapphire 13:25 Battleground Brothers Trapped By The Taliban 14:20 The Numbers Game What Drives you crazy? 15:15 Locked Up Abroad 16:10 The Border 17:05 China To The World Macan And The Eagle 18:00 Battleground Brothers Homeward Bound 19:00 Facing... Facing Putin 20:00 Facing... Facing Trump 21:00 Locked Up Abroad 22:00 The Border 23:00 Taboo USA Strange Medicine 00:00 Miracle Hospital

54 HISTORY13:00 The Warfighters 14:00 Forged In Fire 15:00 Asia’s Special Forces With Terry Schappert 16:00 History Drama: Six 17:00 Real Vikings 18:00 Storage

Wars Canada 18:30 Storage Wars 19:00 Pawn Stars 19:30 Food Factory 20:00 Chasing Monsters 21:00 The Warfighters 22:00 History Drama: Six 23:00 Real Vikings 00:00 Pawn Stars 00:30 Storage Wars

62 AXN13:00 Battlebots 13:55 Alias 14:45 12 Monkeys 15:35 Csi: Cyber 17:20 Criminal Minds: Beyond Borders 18:15 The Blacklist 19:10 Macgyver 20:05 Totally Insane Guinness World Records 21:05 Criminal Minds: Suspect Behavior22:00 The Blacklist 22:55 The Amazing Race Asia 23:50 The Blacklist 00:45 Totally Insane Guinness World Records

63 STAR WORLD12:35 Asia’s Next Top Model 13:30 How I Met Your Mother 14:00 The Voice 14:55 The Great Indoors 15:20 Desperate Housewives 16:15 Harry Harry, 14 17:10 Asia’s Next Top Model 18:05 How I Met Your Mother 19:00 Harry Harry, 14 20:00 Masterchef Junior US 21:00 Scandal 22:00 The Voice 23:00 The Catch 23:55 The Royals 00:50 Scandal

82 RTPI13:30 Notícias do Atlântico 14:30 Manchetes 3 15:01 Agora Nós 17:02 O Preço Certo 17:49 Hora dos Portugueses (Diário) 18:00 3 às 10 18:30 Network Negócios 2017 19:14 Faça Chuva Faça Sol 19:34 Madeira Prima 20:03 Água de Mar 20:48 Hora dos Portugueses (Diário) 21:00 Jornal da Tarde 22:06 Príncipes do Nada 22:43 O Sábio 23:25 A Essência 23:40 5 Para a Meia-Noite 01:03 Água de Mar 01:48 Hora dos Portugueses (Diário) 02:00 Portugal em Directo 03:02 Mundo Automóvel 03:09 O Preço Certo 03:59 Telejornal Directo

• • • TELEFONES ÚTEIS

23:40RTPI

5 Para a Meia Noite

22:00CINEMAX

John Wick

PATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.95 8.05EURO 8.38 8.48YUAN (RPC) 1.152 1.173

04:45 (DIA 05)RTPI

Feirense - Benfica

CINETEATROS1 The GIrl With All The Gifts14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

S2 La LA Land14:30 • 21:30

TORRE DE MACAULogan14:00 • 16:30 • 19:00 • 21:30

GALAXYFifty Shades Darker13:45 • 16:05 • 21:30

John Wick: Chapter Two13:50 • 16:15 • 17:10

Logan11:45 • 13:50 • 16:25 • 18:2019:00 • 20:55 • 21:35 • 23:30 • 00:10

Moonlight14:20

Patriots Day13:00 • 16:50 • 17:35

The Girl With All The Gifts15:30 • 22:15 • 00:20

Resident Evil: The FInal Chapter14:35 • 16:30

Manchester By The Sea14:10 • 16:35 • 19:25

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Sexta-feira, 03 de Março de 2017 JTM | LAZER 19

• • • FESTIVIDADES

• • • E AINDA

Clooney vê paternidadecomo “uma aventura”George Clooney falou pela primeira vez sobre a gravidez da esposa, a advogada Amal Clooney, garantindo que os dois estão “muito felizes e entusiasmados”. “Vai ser uma aventura. Encaramos isto de espírito aberto”, comentou o actor, de 55 anos, numa entrevista ao programa francês “Rencontres de Cinema” depois da gravidez de Amal, de 39 anos, ter sido desvendada por amigos do casal. Nina Clooney, a mãe do actor, já revelou que os gémeos são uma menina e um menino, estando o nascimento previsto para Junho. Assumindo estar radiante com a notícia, Nina Clooney acredita que o filho será “um excelente pai”. Os gémeos vão ser os primeiros filhos do casal.

Ed Sheeran é o músico mais ouvido no “Spotify”A estrela britânica da pop Ed Sheeran tornou-se no artista mais escutado no “Spotify”, serviço de música em streaming”, numa altura em que se prepara para lançar o próximo disco. Segundo dados divulgados pelo “Spotify”, Ed Sheeran é escutado mensalmente por 42,2 milhões dos 100 milhões de utilizadores da plataforma. O britânico superou assim The Weeknd, sensação da “R&B”, que dominou a audiência em Dezembro, após o lançamento do álbum “Starboy”. Na altura, o canadiano The Weeknd acabara com o reinado de seis meses no “Spotify” do seu mentor, o “rapper” Drake.

Jay Z é o primeiro “rapper” no Hall da Fama dos autoresO ícone do hip-hop Jay Z, de 47 anos, foi o primeiro “rapper” escolhido para entrar no Hall da Fama dos Compositores, que homenageia grandes autores da música, anunciou a organização. O famoso “rapper” americano, que vendeu mais de 100 milhões de discos desde o seu primeiro álbum, “Reasonable Doubt” (1996), já venceu o Grammy 21 vezes. A entrada formal no Hall da Fama está agendada para 15 de Junho. A lista dos compositores escolhidos em 2017 integra ainda Jimmy Jamm e Terry Lewis, mais conhecidos pelo seu trabalho com Janet Jackson, e os três membros da Chicago Band - Robert Lamm, James Pankow e Peter Cetera.

O suspense durou até ao final das contas, quando os por-telenses puderam celebrar a

vitória com uma vantagem de apenas um décimo sobre a Mocidade.

Embora acumule o maior número de títulos da história (22), a Portela, que foi fundada em 1923, não ganha-va desde 1984, ano da inauguração do Sambódromo.

Famosa por reunir membros histó-ricos como o cantor brasileiro Pauli-nho da Viola, a escola tradicional de Madureira, berço do samba, desfilou o enredo “Foi um Rio que passou em minha vida e meu coração se deixou levar”, celebrando os rios mais im-portantes do mundo, a religiosidade inspirada nas águas e o papel dos rios para o desenvolvimento das civiliza-ções. Durante o desfile, a Portela tam-bém fez referência ao desabamento de uma barragem da empresa minereira Samarco, que destruiu um bairro in-teiro da cidade de Mariana em 2015, no Estado brasileiro de Minas Gerais, matando 19 pessoas.

Emocionado, o presidente da es-cola de samba, Luis Carlos Maga-lhães, disse, logo após a divulgação do resultado, que “a vitória não é só da Portela, é de todas as escolas que precisam de levantar a bandeira do samba”.

“Todos têm que ficar muito felizes

A escola de samba Portela sagrou-se campeã do Carnaval do Rio de Janeiro, após três décadas sem conquistar um título

com o que aconteceu hoje. Acabou a história de jejum. A Portela agora vai ter paz para ser a grande escola para a história, ao lado das suas coirmãs [ou-tras escolas de samba]”, completou.

Este ano, o Carnaval das escolas de samba do Rio de Janeiro foi marcado por dois grandes acidentes, um com a escola de samba Paraíso do Tuiuti e outro com a Unidos da Tijuca, que pro-vocaram mais de 30 feridos. Devido a

estes acidentes, a Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro decidiu que nenhuma escola será despromovida e o Carnaval de 2018 terá 13 desfiles.

Por sua vez, a Académicos de Ta-tuapé foi declarada vencedora do Carnaval de São Paulo, conseguindo o primeiro título da história da escola, que obteve 269,7 dos 270 pontos pos-síveis.

A escola teve como enredo “Mãe

Samba da Portela põe fim a 33 anos de jejum

África conta a sua história: Do berço sagrado da humanidade à abençoada terra do grande Zimbabwe” e supe-rou a Dragões da Real, que ficou com o segundo lugar. O terceiro lugar foi ocupado pela Vai-Vai, uma das es-colas mais tradicionais do Carnaval paulista e que também homenageou as tradições africanas na avenida.

JTM com agências internacionais

Portela tem 22 títulos mas já não ganhava desde 1984

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20 JTM | ÚLTIMA Sexta-feira, 03 de Março de 2017 • Fecho da Edição • 00:30 horas

FOTO

ARQ

UIVO

EN PASSANTJOSÉ ROCHA DINIZ*

NÃO HÁ NADAPARA OCUPAR

Para nós, que acompanhamos a vida pública, já estamos habituados a es-tas cenas. Ainda ontem, nos últimos resquícios de construções ilegais na Ria Formosa, os moradores viraram--se contra a polícia marítima e, mais empurrão, menos empurrão, só não houve feridos porque os agentes não responderam às provocações. O mesmo se diria dos britânicos, que há alguns anos tentaram impedir a construção de uma nova pista de aterragem no Aeroporto Internacio-nal de Heathrow, um dos mais movi-mentados do mundo.À dimensão local, pelo mesmo cami-nho vai a “cena” dos antigos estalei-ros de Lai Chi Vun, onde a associação dos moradores do outro lado da rua que integra alguns proprietários (por-que nos estaleiros não vive ninguém) protesta contra o plano de demolição do que resta da outrora fulgurante in-dústria de construção naval.Outrora, neste caso, significa há vá-rias dezenas de anos, pois de há mui-to que essa indústria passou para as zonas vizinhas do Continente Chinês.A cena começa mal, porque não se conhece nenhum plano oficial de re-vitalização, em concreto, se é que ele existe. Houve planos em 2011 e 2015, mas nada se concretizou, dizem que por falta de consenso.A Associação dos Moradores só sabe que começam por demolir duas infra-estruturas, mas que todas vão ser demolidas. Perante o desconheci-mento sobre o futuro, parece correcto o protesto.Agora ameaçar com a ocupação das instalações, não faz sentido.É que, no estado actual, verdadeira-mente não há nada para ocupar em Lai Chi Vun...

MGM China aumenta salários entre 2,5% e 7%O Conselho de Administração da MGM China Holdings Limited anunciou ontem um aumento salarial para os seus trabalhado-res sem cargos de gestão, com efeitos a partir de 20 de Março, para atenuar o impacto do “aumento do custo de vida em Macau”. Segundo a operadora de jogo, os funcionários cujos salários sejam iguais ou inferiores a 16 mil patacas vão passar a receber mais 500 patacas por mês, o que representa acréscimos entre 3% e 7%. Por outro lado, os que auferirem mais de 16 mil patacas irão beneficiar de um aumento de 2,5%. Citado no comunicado, Grant Bowie, director executivo da MGM China, agradeceu o esforço dos trabalhadores da empresa, frisando que têm sido “vitais nestes tempos difíceis”.

Não há “condições” para recomeçar obras no edifício da Calçada do GaioA Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) assegurou que o polémico edifício situado na Calçada do Gaio não está actualmente em “condições” de recomeçar as obras, suspensas desde 2008 por afectarem a visibilidade do Farol da Guia. Numa resposta ao deputado Ng Kuok Cheong, o organismo assegurou que tem mantido contactos sobre essa questão com o Departamento Cultural da China e sublinhou que em 2008, aquando da publicação do despacho que limitou a altura dos edifícios nas proximidades do Farol da Guia, a construção do prédio em causa já atingido a altura actual. Por outro lado, a DS-SOPT frisou que o Instituto Cultural concordou e compreendeu a decisão de reabrir o debate sobre aquele projecto. A discussão foi levada para Pequim, após a Associação Novo Macau ter apresentado uma queixa à UNESCO no ano passado.

Malásia cancela vistos para norte-coreanos após assassinato de Kim Jong-namO governo da Malásia anunciou ontem que vai cancelar o acordo de isenção de vistos temporários para os cidadãos da Coreia do Norte após o conflito diplomático surgido por causa do assassinato, em Kuala Lumpur, de Kim Jong-nam, irmão do líder norte-co-reano. O vice-primeiro-ministro malaio, Ahmad Zahid Hamidi, disse, em entrevista à agência oficial “Bernama”, que a partir da pró-xima segunda-feira será exigido visto a todos os norte-coreanos que visitem o seu país, como medida de segurança nacional. A me-dida surge três semanas depois da morte de Kim Jong-nam, que foi alegadamente envenenado com um potente agente tóxico num terminal do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur. A Malásia indiciou anteontem pelo crime duas jovens, enquanto continua a investigação do assassinato, que segundo o governo sul-coreano foi planeado pelo regime de Kim Jong-un. A polícia local acredita que as duas mulheres foram recrutadas para realizar o assassinato pelos quatro norte-coreanos que fugiram para Pyongyang no mesmo dia do crime. Além das duas mulheres, também foi detido um químico norte-coreano, que de acordo com a “Channel News Asia” não tem nenhuma acusação, mas que o procurador-geral da Malásia confirmou ontem ir ser deportado. Segundo a polícia, o visto temporário de trabalho do norte-coreano expirou a 6 de Fevereiro, dias antes da morte de Kim Jong-nam. Entretanto um emissário da Coreia do Norte negou ontem que Kim Jong-nam tenha sido assassinado com veneno e atribuiu a morte a um ataque de coração. Ri Tong Il, embaixador da Coreia do Norte na ONU, que dirige a delegação norte-coreana enviada à Malásia para recla-mar o cadáver, negou a versão malaia numa declaração à imprensa diante da embaixada norte-coreana, segundo o “Channel News Asia”. O embaixador adiantou que a vítima tinha um historial médico de problemas cardíacos e pressão sanguínea alta.

Trio espanhol ganhou “Nobel” da arquitectura O Prémio Pritzker foi atribuído aos três arquitectos espanhóis Rafael Aranda, Carme Pigem e Ramon Vi-lalta, do ateliê catalão RCR Arqui-tectes. É a primeira vez que o pré-mio - equivalente ao Nobel, pela importância nesta área - é entregue a três arquitectos em simultâneo, de acordo com a organização do galardão, criado em 1979, para prestar homenagem ao trabalho de um arquitecto vivo. Rafael Aranda, de 55 anos, Carmen Pigem, de 54 anos, e Ramon Vialta, de 56, fundaram o seu ateliê em 1988, em Olot, cidade de origem, situada junto à fronteira com Fran-ça, e trabalharam essencialmente em projectos naquele país, em Espanha e na Bélgica. Entre as suas criações mais marcantes estão o museu Soulages, em Rodez, com placas exteriores em aço que se oxidaram para dar uma cor aver-melhada ao conjunto arquitectónico, bem como a mediateca Waalse Krook de Gent, na Bélgica. Com um portfólio muito variado, assinaram projectos de piscinas, instalações desportivas, restaurantes, escritórios e universidades.

Casa Amarela está em obrasA “Casa Amarela”, edifício localizado junto às Ruínas de São Paulo, encontra-se tapada para um pequeno “face lifting”, segundo explicou ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU o empresário Chan Chak Mo, que controla a a “Future Bright”, proprietária do imóvel. O também deputado garantiu que as obras envolvem apenas uma manutenção normal e negou eventuais mudanças nas lojas. Actualmente, a Casa Amarela é ocupada pelas marcas “Pacific Coffee” e “Pastelaria Yeng Kee”, ao grupo “Future Bright”.

Marine Le Pen perde imunidade parlamentarO Parlamento Europeu (PE) aprovou ontem o levantamento da imunidade parlamentar à líder da Frente Nacional (FN), Marine Le Pen, permitindo que esta responda perante a justiça francesa por ter divulgado no Twitter fotografias violentas do Estado Islâmico (ISIS na sigla inglesa). Le Pen, que lidera as sondagens para as eleições presidenciais francesas, divulgou imagens violentas do grupo terrorista em resposta à comparação, feita por uma jornalista, entre o discurso contra os imigrantes da FN e os extremistas. A líder do partido de extrema-direita foi acusada de divulgar propaganda extremista por ter divulgado imagens de execuções e o levantamen-to da imunidade parlamentar - em votação por mão no ar - tem efeito imediato. Em declarações a uma cadeia de televisão francesa, Marine Le Pen garantiu que a sua intenção era denunciar o ISIS e não fazer propaganda dos seus actos, acusando a justiça francesa de conduzir “um processo político”. A líder da FN foi convocada por um juiz de instrução em Abril último, mas recusou-se a acatar invocando a imunidade parlamentar, agora levantada. Le Pen é alvo de um outro processo, que envolve o alegado pagamento in-devido de salários a assistentes parlamentares.