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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5095 Sexta-feira, 30 de Setembro de 2016 10 PATACAS 21 0 C/26 0 C • HOJE Fonte SMG PUB JTM volta às bancas na quarta-feira Devido aos feriados comemora- tivos da Implantação da Repú- blica Popular da China, o JOR- NAL TRIBUNA DE MACAU não se publica nos próximos dias, regressando ao convívio dos leitores na quarta-feira, 5 de Outubro. Aproveitamos a oca- sião para desejar bons feriados a todos os nossos leitores, colabo- radores e anunciantes. O melhor do fotojornalismo reflectido na Casa Garden em 155 imagens Centrais DE FONTE LIMPA • Págs. 2 E 3 Do “parque dos cobertores” à viagem de bicicleta entre a China e Portugal FOTO WONG SANG Papa visita Fátima no próximo ano O bispo auxiliar de Lisboa disse ontem que o Papa lhe confirmou que se deslocará a Portugal em Maio do próximo ano, “mas a Fá- tima”, a propósito do Centenário das Aparições. Em declarações à agência Ecclesia, Nuno Brás con- tou que a confirmação foi dada no domingo, quando cumprimentou o Papa no final da Eucaristia que encerrou o Jubileu dos Catequis- tas, no Vaticano. “Eu irei, mas a Fátima” foi a afirmação que, se- gundo o bispo auxiliar de Lisboa, o Papa fez após lhe ter dito que os portugueses “estavam à espera dele”. Assim sendo, Nuno Brás considera que a visita a Fátima pode ser dada como certa, “a não ser que aconteça um imprevisto de agenda ou pessoal”. Segundo a agência Ecclesia, “para além da indicação de visitar Fátima, o pro- grama da visita do Papa, o local de chegada a Portugal, o percurso até à Cova da Iria e os dias em que o pontífice argentino vai estar em território português permanecem em aberto”. Nuno Brás contou que “o Papa disse com muita ale- gria” que se deslocaria a Portugal, reforçando o que “tinha dito aos bispos portugueses durante a vi- sita ad Limina”, em Setembro do ano passado. Nessa ocasião, no encontro dos bispos de Portugal, Francisco demonstrou o “desejo profundo” de visitar Fátima. PME’s querem acesso mais fácil ao Fundo para a Lusofonia Atendendo a que a participação de empresas locais em investimentos entre a China e o universo lusófono está aquém do desejado, um estudo do Instituto de Investiga- ção do Ministério de Comércio e a Associação Comercial de Macau defende que as companhias da RAEM deveriam beneficiar de mais facilidades de acesso ao Fundo da Coo- peração para o Desenvolvimento entre a China e os paí- ses de língua portuguesa. O Governo também é exortado a aumentar as vagas para bolsas de estudo em Portugal, para fomentar a formação de quadros bilingues. Pág. 8 Págs. 4 e 5 REPÚBLICA POPULAR DA CHINA CELEBRA 67 ANOS Memórias de quem cresceu com a RPC Estudo ambiental diz que quarta ponte não afectará golfinhos Pág. 10 Festival de Música abre amanhã com ópera “Turandot” Pág. 16 PM chinês “encoraja” a fazer negócios em Portugal Pág. 20

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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5095 • Sexta-feira, 30 de Setembro de 2016 10 PATACAS

210C/260C• • • HOJE

Fonte SMG

PUB

JTM volta às bancasna quarta-feira

Devido aos feriados comemora-tivos da Implantação da Repú-blica Popular da China, o JOR-NAL TRIBUNA DE MACAU não se publica nos próximos dias, regressando ao convívio dos leitores na quarta-feira, 5 de Outubro. Aproveitamos a oca-sião para desejar bons feriados a todos os nossos leitores, colabo-radores e anunciantes.

O melhor do fotojornalismo reflectido na Casa Garden em 155 imagens

CentraisDE FONTE LIMPA • Págs. 2 E 3

Do “parque dos cobertores”à viagem de bicicletaentre a China e Portugal

FOTO

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Papa visita Fátimano próximo anoO bispo auxiliar de Lisboa disse ontem que o Papa lhe confirmou que se deslocará a Portugal em Maio do próximo ano, “mas a Fá-tima”, a propósito do Centenário das Aparições. Em declarações à agência Ecclesia, Nuno Brás con-tou que a confirmação foi dada no domingo, quando cumprimentou o Papa no final da Eucaristia que encerrou o Jubileu dos Catequis-tas, no Vaticano. “Eu irei, mas a Fátima” foi a afirmação que, se-gundo o bispo auxiliar de Lisboa, o Papa fez após lhe ter dito que os portugueses “estavam à espera dele”. Assim sendo, Nuno Brás considera que a visita a Fátima pode ser dada como certa, “a não ser que aconteça um imprevisto de agenda ou pessoal”. Segundo a agência Ecclesia, “para além da indicação de visitar Fátima, o pro-grama da visita do Papa, o local de chegada a Portugal, o percurso até à Cova da Iria e os dias em que o pontífice argentino vai estar em território português permanecem em aberto”. Nuno Brás contou que “o Papa disse com muita ale-gria” que se deslocaria a Portugal, reforçando o que “tinha dito aos bispos portugueses durante a vi-sita ad Limina”, em Setembro do ano passado. Nessa ocasião, no encontro dos bispos de Portugal, Francisco demonstrou o “desejo profundo” de visitar Fátima.

PME’s querem acesso mais fácilao Fundo para a LusofoniaAtendendo a que a participação de empresas locais em investimentos entre a China e o universo lusófono está aquém do desejado, um estudo do Instituto de Investiga-ção do Ministério de Comércio e a Associação Comercial de Macau defende que as companhias da RAEM deveriam

beneficiar de mais facilidades de acesso ao Fundo da Coo-peração para o Desenvolvimento entre a China e os paí-ses de língua portuguesa. O Governo também é exortado a aumentar as vagas para bolsas de estudo em Portugal, para fomentar a formação de quadros bilingues. Pág. 8

Págs. 4 e 5

REPÚBLICA POPULAR DA CHINA CELEBRA 67 ANOS

Memórias de quemcresceu com a RPC

Estudo ambientaldiz que quarta pontenão afectará golfinhos

Pág. 10

Festival de Músicaabre amanhã comópera “Turandot”

Pág. 16

PM chinês “encoraja” a fazer negócios em Portugal

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02 JTM | LOCAL Sexta-feira, 30 de Setembro de 2016

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Redacção: Catarina Almeida, Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Fátima Almeida, Helder Fernando, Raquel Carvalho, Pedro André Santos e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres • Secretário da Redacção : Alex Sampaio • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

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• • • DO BAÚ

DE RECORDAÇÕES • • •

Fomos hoje buscar ao nosso Baú de Recordações uma foto datada de Janeiro de 1988 alusiva a um

encontro entre o Bispo da Diocese de Macau, D. Arquimínio da Costa, e o Governador de Macau, Carlos

Melancia. Na ocasião, o Bispo, que faleceu recentemente aos 92 anos, entregou a “Mensagem de Paz” di-vulgada pelo Papa a nível mundial,

por ocasião do Ano Novo.

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Um parque bem coberto – IHá quem diga que para avaliar o nível de desenvolvimento de uma cidade deve-se olhar pelo menos para duas coisas: os taxistas e as instalações municipais. Se o critério for aplicado à RAEM, mesmo ignorando os taxistas cuja “reputação” já é conhecida por toda a gente, o resultado deveria ser negativo, já que várias instalações e equipamentos de lazer se encontram danificados ou com condições de higiene precárias.

Um parque bem coberto – IIApesar de o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais ter reconhecido os problemas indicados no relatório do Comissariado de Auditoria e prometido

melhorias, há equipamentos que ainda não estão “prontos” a contribuir para uma melhoria da imagem da cidade. Recentemente, um cidadão deparou-se com um parque infantil que está a ser “invadido” por cobertores e edredões.

Um parque bem coberto – IIIOs objectos coloridos, expostos ao sol, parecem estar a dar um novo uso às instalações municipais. Embora tal prejudique a imagem de Macau como Centro Mundial de Turismo e Lazer, há moradores que defendem, nas redes sociais, que este comportamento representa um “bom aproveitamento” de um espaço há muito não utilizado. Talvez, de facto, esta situação seja reflexo de uma atmosfera “harmoniosa”.

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“Silóquios e Solilóquios”de Edgar Martins - IA galeria “Cristina Guerra Contemporary Art”, em Lisboa, acolhe até 5 de Novembro mais um inovador projecto de Edgar Martins, fotógrafo natural de Évora que cresceu em Macau e tem desenvolvido uma carreira de sucesso em Londres. Intitulada “Silóquios e Solilóquios sobre a Morte, a Vida e Outros Interlúdios”, a exposição explora o tema da morte, entre registos documentais e factuais.

“Silóquios e Solilóquios”de Edgar Martins - II“A exposição envolve-nos num universo de interrogações sobre a morte e os outros momentos que aludem a uma intermitência da vida, aos interlúdios e intervalos que entre cada imagem vão

desvelando indícios e objectos que no espectro da morte se ramificam num vasto arquivo de relações conceptuais, visuais e documentais”, refere o texto de apresentação, recordando que esta investigação foi desenvolvida pelo artista no Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses ao longo de três anos.

“Silóquios e Solilóquios”de Edgar Martins - IIIEdgar Martins recolheu mais de 1.000 fotografias e digitalizou mais de 3.000 negativos do espólio daquela instituição portuguesa. O artista recuperou também algumas imagens do seu arquivo e produziu novas fotografias numa abordagem a outros temas. Em 2009, Edgar Martins foi premiado na competição “BES Photo Prize” e na “SONY World Photography”.

As limpezas no Cemitério – I Ervas tão altas que chegam à cintura, “ninhos” de mosquitos, um autêntico “matagal”. Este foi o cenário denunciado por uma cidadã após ter entrado, no início do mês, no Cemitério de São Miguel, cuja pequena capela pintada de verde e branco também atrai muitos turistas.

As limpezas no Cemitério – IIConfrontada com o misto de indignação e tristeza, a equipa de “Fonte Limpa” deslocou-se esta semana ao local para averiguar “in loco” a situação, que, todavia, rapidamente tinha mudado de rumo. De facto, viam-se algumas ervas daninhas ao redor de campas e na parte superior, mas nada que transparecesse um cenário de densa vegetação.

As limpezas no Cemitério – IIISegundo apurámos junto do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), o Cemitério de São Miguel tem sido alvo de limpezas “praticamente diárias” desde o Festival do Bolo Lunar. De facto, aquando da nossa visita, o Cemitério estava minimamente limpo, sem um aspecto desmazelado. Aplaude-se a iniciativa do IACM, esperando agora que não deixe crescer as ervas nem os mosquitos até ao próximo Festival do Bolo Lunar.

Sexta-feira, 30 de Setembro de 2016 JTM | LOCAL 03

Pedalar da China para Portugal – I“Nunca baixe a cabeça perante as dificuldades da vida” é o lema de vida de um homem da Província de Shandong, cujo destino mudou quando os pais e a mulher faleceram. Desde então, começou a prestar mais atenção à sua saúde, tornando-se um fanático do ciclismo. Em 2012, teve a ideia de fazer uma viagem transcontinental, da China para Portugal, de bicicleta.

Pedalar da China para Portugal – IIA 4 de Maio deste ano, iniciou a sua aventura, tendo como ponto de partida Chengdu, capital da Província de Sichuan. Para concluir a viagem no prazo de 87 dias, o ciclista teve de percorrer 170 quilómetros por dia, uma média de 20 quilómetros por hora. O homem passou pelo Tibete, Paquistão, Azerbaijão, Alemanha, Espanha e, por fim, na terça-feira, chegou a Lisboa.

Pedalar da China para Portugal – IIIO percurso de 15 mil quilómetros permitiu-lhe desvendar mistérios da Ásia Ocidental, Médio Oriente e da Europa. A sua experiência ao passar por mais de 20 países é suficiente para escrever um livro. Foi sequestrado no Azerbaijão, visitou a aldeia de longevidade, na Bulgária e em Hamburgo, na Alemanha, encontrou uma chinesa que gere uma pensão, com a qual acabou por namorar.

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paWC para cães

ou caixote do lixo? - IEsta semana surgiram notícias da indignação dos moradores de Seac Pai Van, que encontram mais vezes do que gostariam dejectos de cães no complexo habitacional. Apesar de ser comum ver-se cidadãos a apanhar as fezes dos cães em muitos passeios do território, parece que naquela zona tal visão não é frequente.

WC para cãesou caixote do lixo? - IINa Avenida Sun Yat Sen, na Taipa, junto ao stand da Mercedes, “Fonte Limpa” encontrou o WC dos “canitos” repleto de lixo e botijas de gás. Tal falta de civismo significa que os animais e os donos vêem negado o direito de utilização do espaço, levando, quem sabe, um cidadão a encontrar ou calcar uma “prenda” enquanto passeia naquela zona, porque não se pode usar o WC dos cães. Para além disso, não será perigoso deixar botijas de gás “perdidas”?

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JTM Doméstica domina equilíbrio do Kung Fu - I

Uma das disciplinas do Kung Fu chinês realça a necessidade da existência de um equilíbrio entre o corpo e a mente, ensinando a atingir esse objectivo a nível físico. Entre os adeptos desta arte marcial estará uma residente de Macau que foi vista empoleirada no exterior de uma janela alta num edifício, só para limpar as janelas.

Doméstica domina equilíbrio do Kung Fu - IIA senhora aparenta ter alguma idade, mas isso não parece ter afectado a sua ousada demonstração de técnicas de Kung Fu, quando se colocou no exterior do prédio, sem problemas de maior. A equipa de “Fonte Limpa” acredita que, depois de vermos este exemplo, poderá ter sido encontrada uma nova utilização para o Kung Fu chinês no trabalho doméstico. No entanto, por via das dúvidas, e como se ouve em determinados programas televisivos, “não tente fazer isto em casa”...

Cinema à “boleia” – IOs cartazes dos cinemas mudam todas as semanas, mas, tal como os produtos nas máquinas de venda automática, (quase) ninguém vê quando ou como. Da mesma forma, não é visível, por norma, o modo como os cartazes são transportados para o lugar onde devem estar. Pelos vistos, como muitas pessoas, os profissionais responsáveis pelo seu transporte, usam o autocarro.

Cinema à “boleia” – IIRecentemente, “Fonte Limpa” reparou que, no lugar onde é suposto colocarem-se as malas de viagem ou outros objectos que possam ocupar mais espaço no autocarro, estavam cartazes de cinema. Na sua maioria, tratava-se de filmes de animação para os mais pequenos, que não passaram despercebidos ao olhar dos passageiros mais jovens.

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O dom do marketing – ILevar as pessoas a comprar um produto que, por vezes, nem se queria adquirir é uma arte. No entanto, também é uma “arte” que se paga - veja-se o sector do jogo que só em publicidade e marketing gastou cerca de 3,91 mil milhões de patacas em 2015. Assim, é necessário recorrer a outras estratégias para publicitar bons preços, como fez uma loja de roupa de cama, na Taipa.

O dom do marketing – IINa fotografia, vemos que a almofada custa 138 patacas, o que, segundo a loja, é um “bom preço”. No entanto, o mais caricato é o desenho em estilo “anime” japonês feito à mão com uma rapariga semi tapada na cama e, claro, com uma arma ao seu lado. Qual Matahari sedutora. Se calhar, a loja tem um público muito especifico em mente, como as tríades ou a máfia.

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Sexta-feira, 30 de Setembro de 201604 JTM | LOCAL

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Ng Kuok Leng nasceu poucos dias após a implementação da República Popular da

China; ainda as palavras de Mao Tse--tung, que tomou o país, nos rescaldos da guerra, ecoavam à medida que os nacionalistas se viam obrigados a re-fugiar em Taiwan. Quando, a 1 de Ou-tubro de 1949, o novo líder anunciou que “o povo chinês se levantou (...) e ninguém nos insultará novamente” idealizando proporcionar o que as pessoas tinham direito, começou a es-crever-se uma nova página na história e Ng, um bebé, era apenas uma das personagens desse livro, como a sua vida se fosse moldar à medida que as feições da China se alteravam.

Algumas das memórias, mais vi-vas, que Ng guarda, são da passa-gem da sua adolescência para a ida-de adulta, quando, depois do Grande Salto para a Frente (1958-61) - reforma que visava deslocar subsídios econó-micos para a agricultura e que gerou um dos maiores períodos de fome - o Partido Comunista Chinês avançou com a Revolução Cultural, para não perder o pulso, eminente. Os jovens tiveram de deixar a escola, e os cida-dãos passaram a ser controlados e ins-truídos para “purificar a ideologia do Partido Comunista chinês”.

“Na altura havia muita pobreza. As pessoas só podiam comprar um tecido com um certo tamanho para fa-zer a sua roupa. As que fossem muito grandes ficavam com as calças curtas. As roupas também estavam cheias de remendos, tanto que às vezes já nem se distinguia qual era o tecido origi-nal”, recorda ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Ng Kuok Leng não fala do po-der, mas apenas do que viveu e viu em Zhongshan, cidade onde nasceu, como se os seus olhos fossem verda-deiras máquinas fotográficas e tives-sem registado o que poucas câmaras conseguiram. Outras das imagens que circula no seu filme do tempo é a escassez de alimentos e os respecti-vos preços. “Naquela altura tínhamos uma expressão para o tipo de refeição que fazíamos: arroz de grande pane-la, que significa um grande recipiente de arroz para ser racionado por toda a gente”, indica. “Tudo era distribuído e as pessoas tinham uma senha com autorização para comprarem as coi-sas. Por exemplo, só podiam comprar 400 gramas de açúcar por mês. E 125

É já uma longa narrativa. Para ajudar a desenrolar o novelo da história, o JORNAL TRIBUNA DE MACAU ouviu pessoas nascidas pouco antes ou depois de Mao Tsé-Tung ter implementado a República Popular da China, a 1 de Outubro de 1949. Na altura de apagar as 67 velas, Ng Kuok Leng recorda os períodos mais conturbados e como foi crescendo numa China a renascer da guerra e que passou por uma revolução cultural. Choi Cheng Wa ainda pouco conseguia assimilar do mundo quando também os pais corriam com ele nos braços para se refugiar nas montanhas. Ambos se fixaram em Macau depois da China ter começado a abrir uma fisga da sua porta

Fátima Almeida e Viviana Chan ml de óleo (que na altura também se vendia ao peso) ou 400 ml de combus-tível para terem luz”.

Depois de ter deixado a escola, concluindo o equivalente ao nono ano, Ng Kuok Leng seguiu o destino já traçado para muitos: a agricultura. “Para ir à escola tinha que andar duas horas a pé, e assim que acabei fui tra-balhar no campo. Havia uma equipa de pessoas que distribuía o trabalho e como ainda não era adulto recebia metade do ordenado”, recordou.

“É claro que líamos o livro verme-lho”, diz admirado com a pergunta. “O dia de trabalho começava com o a leitura do livro. Depois levávamos a bandeira com música e às vezes a equipa perguntava-nos alguns dos ensinamentos do livro para ver se os sabíamos”.

No calendário da história estamos algures entre 1966, quando Mao Tsé--Tung volta à ribalta e avança com a Revolução Cultural (há 50 anos), e 1969 quando se deu por terminada esta revolução (embora haja quem de-fenda que esteve em força até ao fa-lecimento deste líder, em 1976). “Na altura não senti muito com a morte dele, mas muitas pessoas choraram. Depois o Governo deu mais abertura à económica e esta melhorou; come-çou a haver mais do que comer”, in-dica Ng que estava quase a completar 27 anos quando milhões de chineses foram às ruas para prestar a última homenagem ao líder num luto impos-to por Pequim.

Começar com fugas nas montanhas

e acabar sem escolaChoi Cheng Wa é pouco mais ve-

lho do que Ng. Nasceu três meses an-tes da China proclamar a sua Repúbli-ca Popular, nos rescaldos da guerra, que ainda espalhava a sua cinza. “Naquela altura [em 1949] as pessoas ainda andavam a fugir da guerra, dos aviões, dos japoneses. Embora se te-nha proclamado a República Popular, havia zonas onde a guerra não tinha acabado totalmente. Lembro-me dos meus pais contarem que tiveram que fugir comigo para as montanhas por causa dos conflitos que não tinham ainda cessado”, relembra Choi.

Nascido numa aldeia da província de Fujian, que se transformou em ci-dade, Choi Cheng Wa recorda-se que o Governo distribuía terras para a agricultura, mas não se viu obrigado a ser camponês. Apenas teve que deixar a escola quando, à medida que a Re-pública Popular da China ia perden-

do a sua adolescência com o fracasso do Salto em Frente, entrava na idade adulta com a Revolução Cultural. “Apenas consegui ir à escola primária com 9 anos. Depois estudei até ao 9º ano, ou seja, até 66, mas, depois, com a revolução tivemos que sair”, refere. “Na altura todos os jovens seguiam as medidas implementadas. Não era que não quiséssemos estudar, mas antes que as escolas foram suspensas e os professores maltratados”.

Com as mudanças no país, Choi chegou até a ir a Pequim, num movi-

mento de jovens, que se agrupou para ver o líder ganhar fôlego com este novo compasso histórico, enquanto que por várias ruas do país o clima acabava por ser de medo. Parecia que nunca tinha sido tão fácil ver o san-gue correr pelos passeios, dos corpos espalhados, como folhas gigantes de Outono, decompondo-se. “Era uma luta, geravam conflitos uns com os outros. Corpos por todo o lado. Era fá-cil matar as pessoas se desconfiassem que eram capitalistas”.

Choi Cheng Wu viu e vivenciou

Crescer com a República Popular• • • 67º ANIVERSARIO DA IMPLANTACAO DA REPUBLICA POPULAR DA CHINA

O dia de trabalho começava com o a leitu-ra do livro vermelho. Depois levávamos a bandeira com música e às vezes a equipa perguntava-nos alguns dos ensinamentos

do livro para ver se os sabíamosNg Kuok Leng

JTM | LOCAL 05

• • • 67º ANIVERSARIO DA IMPLANTACAO DA REPUBLICA POPULAR DA CHINA

Lembro-me de ter ido ao norte da China comprar coisas que faziam falta na aldeia, o que era algo completamente novo.Se isto tivesse sido feito durante a revolução cultural seria

completamente proibido por ser visto como um actode capitalistaChoi Cheng Wa

estas quezílias, mas a sorte ditou-lhe um trabalho que lhe dava acesso à comida. “Comecei a trabalhar numa agência de comércio e distribuição de bens de primeira necessidade. Trabalhei lá durante 10 anos e vendia carne de porco, que na altura custava 6 avos o quilo (e hoje custa mais de 30 MOP). Na altura nem se comprava carne marga, porque com a fome as pessoas queriam era gordura”, relata.

O processo de venda era simples: apenas com autorização. “Era a única loja daquela aldeia com 3.000 habitantes e as pessoas tinham uma espécie de senha que lhes dava acesso a comprar. Claro que se passava fome, ou seja, ninguém ficava realmen-te cheio com o que comia”, indica. “Íamos às mon-tanhas também para procurar o que comer, mas às vezes não era o suficiente”.

Filho de um mecânico de barcos e de uma cam-ponesa, Choi acredita não ter sido daqueles a quem esta fase da história quase arrancou a pele, devido ao seu trabalho. Ainda assim, só se retornou uma certa normalidade com o término da revolução, como se o sangue começasse a ser lavado das ruas, e a Primavera chegasse, florindo, lentamente. “De-pois da revolução cultural, a aldeia começou a vol-tar à normalidade, mas nas cidades ainda se viam muitos problemas, com vários conflitos entre as pessoas, uma vez que alguns achavam mal o que estava a acontecer. Foram encontradas muitas pes-soas mortas. Mas, na verdade, as pessoas em geral começaram a ter mais liberdade”.

O final deste ciclo marca ainda uma nova etapa na vida de Choi Cheng Wa: o casamento. “Só me casei com 28 anos. Na altura, apesar de as coisas ainda não estarem recompostas, consegui ter um ca-samento grande, com mais de 10 mesas de convida-dos, porque era uma pessoa com mais posses tendo em conta aquela realidade. Um terço da aldeia foi convidado”, recorda.

Não passou muito tempo até que Deng Xiao-ping, considerado o pai da China Moderna, ascen-desse ao poder desvalorizando o slogan da revolu-ção cultural “é melhor ser um pobre socialista do que um rico capitalista” para uma política que apostava na máxima “a pobreza não é socialismo”. É neste ca-pítulo que os movimentos de Choi também come-çaram a ficar mais livres, ao ponto de poder iniciar o seu negócio. “Lembro-me de ter ido ao norte da China comprar coisas que faziam falta na aldeia, o que era algo completamente novo. Se isto tivesse sido feito durante a revolução cultural seria com-pletamente proibido por ser visto como um acto de capitalista”.

Ao mesmo tempo, como Fujian fica mesmo em frente a Taiwan (local para onde se refugiaram os kuomintangs, na altura da implementação da Re-pública Popular, sendo Chengdu uma das últimas cidades a ser abrangida pela unificação) também eram feitos, secretamente, negócios no meio do mar, dentro dos barcos, para comprar rádios, e tecidos para fazer roupa. A moeda de troca era ouro”.

Macau,

onde as histórias se cruzamÀ beira-mar o mundo parecia maior, pelo menos

em termos de oportunidades. Mas, em Zhongshan o oceano de Ng Kuok Leng conseguia apenas banhar o seu quinhão de terra. Por isso, o agricultor que-ria conhecer mais. Do outro lado da fronteira, para lá das línguas de água que o separavam de Macau, chegavam-lhe boas novas e não hesitou em arriscar a sua sorte. “Como é um território que fica perto tí-nhamos conhecimento que era melhor viver em Ma-cau, porque havia pessoas de cá que nos levavam comida a Zhongshan”, recorda.

Em 1980, Ng fez a sua primeira tentativa para entrar em Macau e foi bem sucedido. Escondido num barco, submerso em plantas do mar, para pas-sar despercebido, conseguiu ver com os próprios olhos como era o território de pescadores. Ficou em Macau seis meses e foi “uma experiência muito feliz, a trabalhar numa fábrica”. Mas o mensagei-ro, que outrora lhe levou boas novas do território governado por portugueses, trouxe-lhe dissabores e lágrimas da sua terra natal. “Contaram-me que a minha mulher estava a trabalhar no campo e a cho-rar ao mesmo tempo e depois fiquei muito triste, porque senti que tinha abandonado a minha família para ter uma vida melhor”, desabafa.

Ng Kuok Leng regressou a Zhongshan e mudou o rumo da vida. Conseguiu aceder a uma exame para professor e ensinar na escola primária da al-deia. Na altura não era necessário uma formação es-pecífica para todas as escolas, mas antes um exame, que permitia aos melhores classificados ensinar. E lá ficou, mesmo quando a moeda da sua vida se vi-rou. Na outra face a ironia do destino. “A minha mulher veio a Macau em 1986 para visitar a família, e depois, em 1987, regressou para ficar, mas eu per-maneci em Zhongshan a cuidar dos nossos quatro filhos com a ajuda da minha sogra até que conse-guisse vir viver para aqui”, refere.

Quando, em 2004, Ng Kuok Leng finalmente se fixou em Macau, já Choi Cheng Wa se tinha esta-belecido no território há 15 anos. “Comecei a ficar com a ideia que na China ainda não havia muitas oportunidades. Tínhamos a ideia que viver numa região administrada por portugueses seria melhor e então, na altura, entrei em Macau porque tinha uma autorização internacional de pesca. Depois cheguei aqui e não mais quis sair”.

Choi encontrou em Macau o seu novo porto em 1989, altura em que a China atravessava um novo momento histórico: o massacre de Tiananmen, ex-pressão de descontentamento perante o Partido Comunista acusado de ser demasiado repressivo e corrupto e face às reformas económicas que pe-cavam por ser lentas inflamando o desemprego. O

resultado foi a repressão e a força.

O futuro surpreendentee inesperado

O passado é descrito por estes dois homens com sorriso daqueles que estica os lábios até ao presente; com uma sensação de quem ultrapassou os tumul-tos da história e olha para o presente com alguma satisfação e surpresa. “Nunca imaginei que a China se desenvolve-se tanto e criasse as condições que hoje tem. Por exemplo, os idosos já recebem uma pensão; sim é um valor pequeno, mas já recebem algum”, observa Ng Kuok Leng.

Choi Cheng Wa também se impressiona com o salto que o país deu nos últimos anos, tentando apagar algumas das memórias dolorosas. “Na altu-ra só não havia tanta insegurança; as pessoas po-diam deixar a porta aberta. Embora a situação [eco-nómica] não fosse a melhor havia essa segurança. E os funcionários também pareciam ser mais leais, agora há muita corrupção”, indica, deixando contu-do que a vaidade lhe pinte o olhar. “Mas sem dúvi-da que me sinto orgulhoso do estatuto que a China conquistou”.

Com o fio cronológico a desenrolar-se lenta-mente, passaram 67 anos. Ng Kuok Leng ganhou cabelos brancos mais evidentes dos que o de Choi, a quem o vento lhos puxa para trás disfarçando-os na sua dança.

Sexta-feira, 30 de Setembro de 201606 JTM | LOCAL

• • • 67º ANIVERSARIO DA IMPLANTACAO DA REPUBLICA POPULAR DA CHINA

LÍDER DA CCPPC ENALTECE CONTRIBUTO DAS RAE’S

Pequim reitera apoio a Macau e Hong Kong

O líder máximo da Conferência Con-sultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), Yu Zhengsheng, sa-

lientou a posição de Pequim em relação a Hong Kong, Macau, Taiwan e os chineses ultramarinos. No discurso por ocasião do aniversário da República Popular da China, Yu reconheceu as contribuições feitas pelos chineses que vivem nas Regiões Adminis-trativas Especiais (RAE’s), Taiwan e outras zonas para o desenvolvimento da China. Por outro lado, o mesmo responsável asse-gurou que o Governo Central vai continuar a apoiar as RAE’s no desenvolvimento de-mocrático do seu regime político.

Além disso, Yu Zhengsheng destacou que melhorar a qualidade de vida, promo-ver a harmonia da sociedade e estimular a economia local são tarefas importantes nos

Por ocasião da celebração do 67º aniversário da República Popular da China, o presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês enalteceu o contributo das RAE’s para o país. Para além disso, frisou que o Governo Central continua a apoiar o desenvolvimento de vários aspectos de Macau e Hong Kong, inclusivamente da democracia

O Corpo de Polícia de Segu-rança Pública (CPSP) confir-mou que até ontem recebeu

pedidos de reunião e manifestação no Dia Nacional da China de quatro associações, divididas em três gru-pos, e um residente.

As autoridades reuniram-se com os requerentes, tendo sido acertados os respectivos itinerários. Assim, no Jardim do Iao Hon irá reunir-se a Associação Poder do Povo ao meio--dia, partindo às 14:30 em direcção ao Lago Nam Van e sede do Governo, através da Avenida de Venceslau de Morais, Rotunda de S. João Bosco, Rua do Campo e Avenida da Praia Grande. No final da marcha, cinco re-presentantes vão entregar a petição.

Logo de seguida, às 14:00 come-ça a concentração da Associação de Armação de Ferro e Aço de Macau e Associação de Activismo para a De-mocracia no mesmo jardim, tendo hora de partida marcada para cerca das 16:00.

Nas Portas do Cerco, um residen-te irá manifestar-se a partir das 10 da manhã, partindo depois para o Istmo de Ferreira do Amaral, Avenida do Almirante Lacerda pelas Avenida do Coronel Mesquita até Rua do Campo e praça de recreação do Lago de Nam Van.

A Associação de Proprietários de Pearl Horizon vai concentrar-se na Rua Central da Areia Preta às 13h partindo pela Avenida do Nordeste até à Avenida do Coronel Mesquita e fazendo o resto do itinerário como os restantes grupos.

O CPSP apelou aos grupos para protestarem forma pacífica e racio-nal, evitando ser “incitados por ou-tros” e garantindo a segurança de idosos e crianças, que não devem ir na frente da manifestação.

Durante a marcha é proibido queimar artigos e objectos e pertur-bar a ordem pública, pelo que o CPSP alerta de que não podem ser violados os percursos, nem a ordem.

PROTESTOS FECHAM COM ENTREGA DE PETIÇÕES

Quatro associações saem amanhã à ruaTrês grupos com quatro associações e um residente vão manifestar-se no Dia Nacional da China, caminhando em direcção à sede do Governo para apresentação de petições. Entre os manifestantes, destacam-se os proprietários do Pearl Horizon, a Associação de Armação de Ferro e Aço de Macau e Associação de Activismo para a Democracia

trabalhos dos governos de Macau e Hong Kong.

No discurso oficial, o líder da CCPPC in-dicou que o Governo Central vai continuar a apoiar a implementação do regime “Um País, Dois Sistemas”, Macau e Hong Kong “governados pelas suas gentes”, com alto nível de autonomia, cumprindo a Constitui-ção e as Leis Básicas de forma rigorosa. Ao mesmo tempo, Pequim vai apoiar os Chefes dos Executivo de Hong Kong e Macau a de-sempenhar as suas funções de acordo com a lei, frisou.

O presidente da CCPPC recebeu 2.800 representantes de Macau, Hong Kong e dos chineses ultramarinos no Palácio Popular, em Pequim, na quarta-feira, por ocasião da celebração da fundação da República Popu-lar da China, que se assinala no dia 1 de Ou-tubro. V.C.

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• • • 67º ANIVERSARIO DA IMPLANTACAO DA REPUBLICA POPULAR DA CHINA

COMPANHIAS LOCAIS COM BAIXA PARTICIPAÇÃO EM INVESTIMENTOS

Empresários pedem fácil acesso a Fundo do Fórum

Um estudo promovido pelo Instituto de Investi-gação do Ministério de Comércio e a Associação Comercial de Macau concluiu que o Fundo da

Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa deve reforçar o seu poder, baixando o nível de exigências para abranger um maior volume de empresas.

Durante a divulgação dos resultados, Xu Yingming, investigador do Instituto de Investigação do Ministério de Comércio, sugeriu que o Fundo, além de apoiar as companhias que investem nos países lusófonos, deve facilitar o acesso às pequenas e médias empresas (PME) do território.

No seu discurso, o responsável da Comissão das Polí-ticas da Associação Comercial, Frederico Ma, referiu que o sector “não tem uma taxa de participação elevada” no projecto de Cooperação para o Desenvolvimento, justifi-cando a realização do estudo como forma de promoção de oportunidades de colaboração, além de impulsionar o desenvolvimento das trocas comerciais entre a China e os países lusófonos. O ponto mais importante é, porém, que as empresas da RAEM sejam beneficiadas por essa cooperação, destacou.

O Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento foi lançado pelo Governo Central na 3ª Conferência Ministerial do Fórum de Cooperação entre a China e os Países Lusófonos, funcionando como um mecanis-mo de investimento e financiamento próprio do Fórum Macau. O valor inicial do Fundo cifrou-se em mil mi-lhões de dólares americanos.

Considerando que a taxa de participação de empresas locais nos investimentos entre a China e os mercados lusófonos não é elevada, um estudo feito pelo Instituto de Investigação do Ministério de Comércio e a Associação Comercial de Macau sugere que as companhias da RAEM deveriam beneficiar de mais facilidades de acesso ao Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa

Viviana Chan

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Por outro lado, Frederico Ma indicou que o Gover-no Central definiu as águas marítimas sob jurisdição da RAEM, o que possibilita o desenvolvimento da econo-mia marítima. Assim, Macau poderá reforçar a coope-ração com o Interior da China e Portugal.

O estudo propõe ainda que o Governo aumente o número de vagas para bolsas de estudo que permitam aos jovens ir para Portugal, fomentando assim a forma-ção de quadros bilingues.

A investigação, apresentada por Xu Yingming, do

Instituto de Investigação do Ministério de Comércio, im-plicou visitas a diferentes pontos do mundo. O grupo de estudiosos deslocou-se a Pequim, à Província de Jiangsu, Guangdong, serviços públicos da RAEM e empresas lo-cais, incluindo uma companhia criada por Susana Chou, antiga presidente da Assembleia Legislativa da RAEM.

Além disso, a investigação também foi desenvolvi-da na Guiné-Bissau e em Portugal. Xu Yingming referiu ainda que, para o estudo, foi utilizada a base de dados do Ministério do Comércio como referência.

RECEITAS CAÍRAM 13% ATÉ AGOSTO

Contas públicas com saldo de 18 mil milhões

De acordo com dados provisó-rios publicados no portal da Direção dos Serviços de Fi-

nanças, a Administração de Macau ar-recadou, até Agosto, receitas totais de 63.426 milhões de patacas.

Os impostos directos sobre o jogo – 35% sobre as receitas brutas dos ca-sinos – foram de 54.823 milhões de patacas, reflectindo uma diminuição de 11,8% face ao período homólogo de 2015. A importância do jogo reflecte-se no peso que o imposto detém no orça-mento: 77,9% nas receitas totais, 78,2% nas correntes e 90,3% nas derivadas dos impostos directos.

Na despesa verificou-se um au-mento de 3,9% face aos primeiros oito meses de 2015, para 45.555 milhões de patacas - impulsionado por um cresci-mento de 4,7% nos gastos correntes -, com a taxa de execução a corresponder a 56,8% do orçamentado autorizado para 2016.

Outro impulso deu também o PI-DDA (Plano de Investimentos e Des-pesas de Desenvolvimento da Admi-

nistração): foram gastos 2.490 milhões de patacas - mais 23,5% em termos anuais homólogos. Pese embora o au-mento, o PIDDA encontra-se executa-do em apenas 22,5% face ao orçamen-tado para todo o ano.

Assim, entre receitas e despesas, a Administração de Macau acumulou um saldo positivo de 17.870 milhões de patacas, excedendo largamente o previsto para todo o ano (3.469 mi-lhões de patacas), com a taxa de execu-ção a atingir 515,1% do orçamentado, isto apesar de a “almofada” financeira ter emagrecido 38,4% face aos primei-ros oito meses do ano passado.

A Administração de Macau encer-rou 2015 com receitas totais de 109.778 milhões de patacas, um valor inferior ao de 2014 que representou a primeira queda em pelo menos cinco anos.

A diminuição das receitas públicas está em linha com a queda das recei-tas dos casinos, que diminuíram con-tinuamente ao longo de mais de dois anos.

JTM com Lusa

As receitas da Administração de Macau caíram 12,9% nos primeiros oito meses de 2016, mas as contas públicas continuam a apresentar um saldo positivo de cerca de 17,9 mil milhões de patacas

Macau importou em Agosto mer-cadorias avaliadas em 6,92 mil milhões de patacas, mais 1,8%

do que no mês homólogo de 2015, revelam dados da Direcção dos Serviços de Estatís-ticas e Censos (DSEC).

Esse incremento representa a primeira melhoria nos indicadores desde Agosto do ano passado. A mudança deveu-se, so-bretudo, ao crescimento “substancial” dos valores de importação de automóveis pe-sados de passageiros (722,9%), relógios de pulso (40,7%) e joalharia em ouro (16,5%). Consequentemente, o défice da balança comercial do mês em análise alcançou 5,94 mil milhões.

Nos oito primeiros meses do ano im-portaram-se 16,54 mil milhões de merca-dorias da China Continental e 11,35 mil milhões da União Europeia, reflectindo quebras de 21,1% e 11,0%, respectivamen-te, em relação ao mesmo período de 2015.

Os dados indicam que a RAEM im-portou 7,85 mil milhões de mercadorias da China Continental (-7,3%) e que a im-portação de combustíveis e lubrificantes, de telemóveis bem como de materiais de

construção registaram quebras de 13,5%, 48,0% e 35,9%, respectivamente.

Por outro lado, exportaram-se 973 mi-lhões de patacas de mercadorias, equiva-lentes a uma subida de 8,4%, face ao idên-tico mês do ano antecedente. O valor da exportação doméstica (224 milhões) cres-ceu “substancialmente” para 94,7% em termos anuais, sobretudo, o da exportação doméstica de tabaco que aumentou 89,4%. Porém, o valor da reexportação desceu 4,3%.

Se por um lado as exportações para Hong Kong (3,91 mil milhões) nos oito pri-meiros meses deste ano desceram 12,5%, por outro, o valor exportado para a Chi-na Continental (1,20 mil milhões) subiu 0,8%. Este aumento deveu-se ao acréscimo significativo de 1.260,8% de mercadorias enviadas para a província de Hubei, bem como ao crescimento de 60,2% nas merca-dorias exportadas para Pequim.

O valor total do comércio externo de mercadorias nos oito primeiros meses de 2016 correspondeu a 52,96 mil milhões e desceu 17,1%, face aos 63,91 mil milhões registados em idêntico período de 2015.

QUEBRAS ESTANCADAS EM AGOSTO

Importações sobem pela primeira vez num anoEm Agosto, Macau registou o primeiro crescimento das importações desde há um ano. No mês passado, importaram-se 6,92 mil milhões de patacas em mercadorias, na sua maioria ligadas à compra de automóveis pesados de passageiros, relógios de pulso e joalharia em ouro

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• • • 67º ANIVERSARIO DA IMPLANTACAO DA REPUBLICA POPULAR DA CHINA

Entre 29 de Setembro e 17 de Outu-bro vai decorrer a segunda fase de recolha de opiniões sobre o relató-

rio de impacto ao ambiente marinho da construção da quarta ponte entre Macau e Taipa. Nesta etapa, foi publicado pela “South China Sea Institute of Planning and Environment Research, SOA” um re-latório mais aprofundado no qual é reite-rado que o impacto ambiental vai existir, mas poderá ser reduzido, através da apli-cação de medidas de protecção durante a construção.

“Apesar de durante o processo de construção ir existir certamente um im-pacto no ambiente do mar e ecologia serão adoptadas medidas de protecção ambiental tanto durante a construção como futura operação, podendo-se re-duzir efectivamente o impacto ambiental no oceano e na ambiente ecológico envol-vente”, lê-se no documento.

A entidade que o Gabinete para o De-senvolvimento de Infra-estruturas (GDI) incumbiu de elaborar o relatório explica que as áreas mais sensíveis do projecto incluem o Porto Exterior e o canal de cir-culação marítimo, bem como zonas pro-tegidas dos golfinhos brancos chineses, dos camarões da ilha de Dajian e área de Jiuzhou, em Zhuhai. Assim, prevê-se que com os trabalhos de colocação de pilares irão gerar a suspensão de lodos e areias, no entanto, não serão afectadas as zonas protegidas dos golfinhos e de Jiuzhou. No entanto, a qualidade da água e o am-biente ecológico dos camarões e peixes

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IMPACTO DA CONSTRUÇÃO PODERÁ SER REDUZIDO COM MEDIDAS DE PROTECÇÃO

Quarta ponte não deve afectar golfinhosO relatório de avaliação do impacto ambiental da construção e operação da quarta ponte entre Macau e Taipa vai ser submetido pela segunda vez a consulta pública. A nova versão sublinha que, embora se admita algum impacto ambiental, este poderá ser reduzido por ser exigida a aplicação de medidas “claras” e “eficazes” de protecção ambiental. Nesse aspecto, ressalva-se que a zona protegida dos golfinhos brancos chineses não será afectada

Liane Ferreira

Habitat dos golfinhos brancos chineses foi tido em conta na avaliação de impacto ambiental

jovens da zona de Dajian poderão ser temporariamente afectados.

No relatório é admitida a possibili-dade de ser reduzida a intensidade de construção para diminuir as perturba-ções no ambiente aquático, se houver necessidade.

Para além disso, o relatório admi-te a possibilidade de colisão entre em-barcações e maquinaria, que originem derrames de combustível ou óleo e logo afectem o ambiente na zona, bem como o risco de colidirem com os pilares da ponte. A entidade do Continente conside-ra que se isso acontecer com a alteração das correntes e intensidade das mesmas em diferentes zonas, devido à infraestru-tura, será de esperar que esses resíduos cheguem à zona este do Aeroporto Inter-nacional de Macau e sul de Coloane e que em 48 horas cheguem à zona marítima próxima de Hengqin.

A simulação feita pelo instituto chinês indica que neste caso, a zona protegida dos golfinhos brancos não será afectada. Porém o mesmo não se pode dizer da zona protegida da Ilha de Dajian no qual o impacto será maior.

Em termos de vegetação é referido que as zonas costeiras próximas da obras serão afectadas, no entanto, quando as obras estiverem concluída a biomassa e vegetação irão recuperar gradualmente. O mesmo se aplica em termos de poluição sonora, que se prevê manter-se dentro de níveis aceitáveis. Se forem encontrados pontos sensíveis, a instituição sugere a instalação de painéis isoladores de som e ajustamento do horário de obras.

No que diz respeito à poluição atmos-férica, considera-se que as máquinas de construção emitem poluentes, mas terão um carácter temporário. E, após as obras, as emissões da circulação de veículos na

ponte não serão graves.Destacando que existem medidas

de protecção ambiental bastante “cla-ras, definidas e eficazes”, a mesma entidade elenca estratégias e cuidados para diferentes situações, incluindo durante o período de defeso de pesca entre Abril e Julho, reforço da supervi-são e controlo dos resíduos das obras, combustíveis e lamas.

Para além disso, faz referência a di-versos diplomas legais que devem ser respeitados, como o de prevenção e con-trolo do ruído ambiental, artigo sobre lançamento interdito na rede de colecto-res do Regulamento de Águas e de Dre-nagem de Águas Residuais.

O documento reitera que, com a adopção de medidas contra a poluição, essa situação poderá ser gerida de forma apropriada. Acrescenta-se ainda o facto das medidas de protecção serem viáveis em termos técnicos e financeiros.

“Como a ponte se vai tornar numa componente importante da rede de transportes locais, esta infraestrutura vai oferecer um apoio importante ao desen-volvimento global dos transportes de Macau”, diz o instituto, salientando que a infra-estrutura vai estimular o desenvol-vimento dos Novos Aterros e fomentar a economia.

Esta ligação é vista como “essencial” para ligar as Ilhas e Macau, mas também para escoar o tráfego na Ilha Artificial da Ponte do Delta e permitir o acesso rápido ao aeroporto e terminal do Pac On, evi-tando aumentar a pressão do trânsito em Macau e trazendo “grandes benefícios à sociedade”.

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• • • 67º ANIVERSARIO DA IMPLANTACAO DA REPUBLICA POPULAR DA CHINA

O “Professor Figueiredo Dias, quando redigiu estes códigos para Ma-

cau, estava avançado no tem-po”, defendeu Manuel Leal--Henriques, um dos oradores da apresentação da obra “Estudos Comemorativos dos XX Anos do Código Penal e do Código de Processo Penal de Macau”, na Fundação Rui Cunha, em decla-rações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

O juiz sustentou a ideia afir-mando que “as propostas intro-duzidas nos códigos em Macau só foram adoptadas em Portu-gal muito depois, o que significa que o autor do projecto e do an-te-projecto era uma pessoa que tinha visão de futuro e, por isso, consagrou soluções que durante muito tempo não se justificava que fossem alteradas”.

Ainda assim, ressalva, “os códigos não são coisas estáticas. Têm de ser modificados, quan-do justificado, mas sempre com toda a cautela e não por qual-quer aspecto acidental”.

Em relação aos aspectos

Os Códigos Penal e de Processo Penal de Macau comemoram 20 anos e a Fundação Rui Cunha assinalou a ocasião com o lançamento de uma obra que reúne “Estudos Comemorativos” sobre as duas décadas destas leis. Manuel Leal-Henriques, um dos oradores da sessão, referiu que o autor dos códigos “tinha uma visão de futuro”, inscrevendo nos textos propostas que só foram adoptadas em Portugal “muito depois”

FUNDAÇÃO RUI CUNHA ASSINALA 20 ANOS DOS CÓDIGOS PENAL E DE PROCESSO PENAL

Propostas de um homem “avançado no tempo”

Inês Almeida

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O guia lexical trilingue para a saúde foi pensado para ser prático e útil e servir de apoio na relação médico-paciente. Para o director do IPOR, é mais uma forma de tentar resolver os “constrangimentos” na afirmação da língua portuguesa

GUIA TRILINGUE SERÁ DISTRIBUÍDO POR ESCOLAS

A Saúde de forma prática e simples

Para o director do Instituto Portu-guês do Oriente (IPOR), o lança-mento do guia lexical trilingue

para a saúde dá continuidade à mis-são da instituição de tentar resolver os “constrangimentos” à afirmação da lín-gua portuguesa numa lógica de com-plemento à vertente do ensino, dando assim sequência ao trabalho feito com o guia de conversação português-chinês.

João Laurentino Neves entende que essa sequência foi feita “mantendo a noção do guia como algo muito prático, que faz uma junção entre a teoria e a cor-recção científica mas sobretudo a língua em contexto”.

“Mantendo estas características pen-sámos em quais são os sectores estratégi-cos para a língua portuguesa e, quer do ponto de vista do cidadão comum quer do profissional médico pareceu-nos que a saúde seria uma área excelente para começar”, vincou ao JORNAL TRIBU-NA DE MACAU.

Ao longo de ano e meio, mais de 40 pessoas da área médica mas também

Portugal acolheexposição sobre refugiados de XangaiLisboa e Guimarães vão receber a expo-sição sobre o regresso a Macau de resi-dentes em Xangai, devido à invasão ja-ponesa de 1937, a II Guerra Mundial e a guerra civil na China. Organizada pelo Arquivo Histórico de Macau e já exibi-da na RAEM, a exposição “Refugiados de Xangai. Macau (1937-1964)” inclui cerca de uma centena de documentos que ilustram a diáspora macaense, in-cluindo o processo de adaptação em Macau dos oriundos de Xangai, que abandonaram aquela cidade chinesa, devido aos conflitos. “Desde meados do século XIX, a comunidade macaen-se emigrou para diversas regiões do mundo, e as cidades de Hong Kong e Xangai foram os dois núcleos de maior fixação dos emigrantes macaenses”, refere o comunicado. A mostra inclui ainda documentação sobre Clementina Fernandes, refugiada macaense de Xan-gai em trânsito para outras partes do mundo. A exposição estará patente no Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM) em Lisboa entre 11 de Outu-bro e 29 de Janeiro. Daí muda-se para o Arquivo Municipal Alfredo Pimenta da Câmara de Guimarães entre 3 de Março e 1 de Setembro de 2017. Esta é a primeira exposição realizada no âmbi-to de um acordo de cooperação assina-do em 2015 entre o Instituto Cultural, o CCCM e o Ministério da Educação e Ciência de Portugal.

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JTMCatarina Almeida cidadãos comuns participaram na cons-

trução do guia, além da Associação dos Médicos de Língua Portuguesa e da As-sociação de Cardiologia.

Segundo o director do IPOR, esta nova ferramenta é uma “fase de teste alargada”. “Esta primeira edição é rela-tivamente reduzida porque temos per-feita consciência que a fronteira de um guia é difícil de definir (...). Há uma ne-cessidade clara de correcção sobretudo também no facto de que colocar grande parte desta terminologia científica em chinês traz alguma margem de flutua-ção”, frisou, à margem da sessão de apresentação.

No futuro, poderá passar para o for-mato digital. “O que nos parece como um passo essencial é passarmos a pla-taforma digital de forma a que se possa escrever uma palavra em qualquer uma das línguas e depois aparece o corres-pondente noutras línguas e num ficheiro de som”, contou.

O guia vai ser entregue às unida-des de saúde e escolas onde o nível dos alunos já suscite a sua utilidade, para além de ser colocado à venda nas livrarias locais.

Todavia, o director do IPOR ressalva que embora seja uma ferramenta adicio-nal importante, não resolve todos os pro-blemas que advenham do uso da língua no contexto médico. “O nosso princípio tem de ser o de identificarmos o que são as lacunas onde do ponto de vista estra-tégico para a língua portuguesa a ferra-menta não está lá para nos apoiar na liga-ção entre as duas línguas”, disse.

Para o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Vítor Sereno, o guia lexical assume uma “visão essencial” de-monstrando que a divulgação da língua portuguesa não se faz só pelo ensino.

que tornaram as leis de Macau avançadas no tempo, Manuel Leal-Henriques identificou “a consagração dos direitos funda-mentais das pessoas e a separa-ção entre as várias fases do pro-

cesso penal”. “A do inquérito, que é conduzida pelo Ministério Público, depois a fase de instru-ção que serve para testar se o Ministério Público decidiu bem no final do inquérito e depois há

uma fase judicial, se o processo for para julgamento. Todas essas fases têm entidades diferentes, não há mistura. Isto garante que o processo corre sempre sobre entidades que não são influen-

ciadas por outras que conduzi-ram o processo em diferentes fases”, explicou.

Porém, mais recentemente foram aprovadas alterações que põem em causa esta “separa-ção de poderes”. “Agora isso já não acontece assim tanto por-que introduziram alterações no Código de Processo Penal que permite que o juiz durante o julgamento possa repescar de-clarações e elementos de prova que foram produzidos na fase do inquérito, quando a fase de inquérito não serve para isso”, salientou.

“A versão original não per-mitia isso, só em casos excepcio-nalíssimos, mas com restrições tais que praticamente se tornava impossível. Agora o juiz é livre de ir buscar elementos de prova que constam em fases anteriores do processo, o que desvirtua um princípio essencial do Processo Penal que é o da separação de poderes”.

Na sessão participaram tam-bém José Miguel Figueiredo e Pedro Pereira Sena, responsá-veis pela coordenação científica da obra, bem como o professor Sun TongPeng.

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14 JTM | LOCAL Sexta-feira, 30 de Setembro de 2016

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O melhor do fotojornalismo está de regresso à Casa Garden até 23 de Outubro no âmbito da exposição

das imagens premiadas no concurso inter-nacional “World Press Photo”.

“Este ano recebemos trabalhos de apro-ximadamente seis mil jornalistas que nos enviaram cerca de 83 mil imagens oriundas de 130 países, o que demonstra a dimensão que este concurso já atingiu”, contou San-ne Schim Van der Loeff, representante da “World Press Photo” em Macau que recebe esta mostra desde 2008.

Através da Casa de Portugal, parceiro lo-cal da organização sem fins-lucrativos com sede em Amesterdão, a “World Press Pho-to” apresenta na Casa Garden um conjunto de 155 imagens captadas pelas objectivas dos 42 fotojornalistas premiados. “Todos os anos convidamos fotógrafos de todo o mun-do para participarem e enviarem-nos o seu melhor trabalho. Depois, convidamos júris independentes para viajarem até Amester-dão que vão avaliar e premiar as melhores fotografias dentro das oito categorias”, con-tou a responsável.

A exposição das melhores imagens do mundo viaja por mais de 40 países e 200 ci-dades, incluindo o território, por iniciativa da Casa de Portugal.

Para Maria Amélia António, a realização anual desta mostra já é parte integrante do “calendário de eventos de Macau”. “Fomos os primeiros a trazer esta exposição para esta região da Ásia, o que acho ser bastante importante para as pessoas que passam e também para os profissionais de fotografia. Quando decidimos trazer esta exposição es-távamos a tentar abrir muitas janelas para o mundo”, disse a presidente da Casa de Portugal.

Olhar fotográficosobre refugiados

Foram as condições miseráveis, som-brias e tristes das vidas dos refugiados que cativaram a atenção da maior parte dos fo-tojornalistas no concurso deste ano.

Aliás, o grande vencedor é o australia-no Warren Richardson (“Esperança de uma vida”) com uma imagem que leva o público para uma madrugada na fronteira entre a Sérvia e a Hungria, captada a preto e bran-co, registando o momento em que dois refu-giados fazem passar um bebé pelo buraco na vedação de arame farpado.

Embora a crise dos refugiados tenha do-

A Casa Garden volta a ser o espaço de eleição para a exibição das imagens premiadas no concurso internacional de fotojornalismo “World Press Photo”. Até 23 de Outubro, estão expostas 155 fotografias dos 42 fotógrafos premiados incluindo o português Mário Cruz com o trabalho “Talibés, os escravos modernos”, e o grande vencedor deste ano, o australiano Warren Richardson com o trabalho “Esperança de uma nova vida”

CASA GARDEN RECEBE “WORLD PRESS PHOTO” ATÉ 23 DE OUTUBRO

O melhor do fotojornalismo em 155 imagens

Catarina Almeida

minado o mais concurso de fotografia do mundo, ocupando um terço de toda a mos-tra, Sanne Schim Van der Loeff indicou que a relação intrínseca entre os seres humanos e a natureza é o segundo grande tema deste ano. “É um tema que se desdobra nas várias cate-gorias e que foi captado em diferentes países e de várias formas. Por exemplo, a fotografia do Kevin Frayer revela a forma como os se-res humanos estão a afectar o meio ambien-te. Mas, também há registos do que o meio ambiente nos faz”, explicou aos jornalistas.

“Quando o júri olha para as fotografias foca-se no valor estético da fotografia e a importância jornalística da mesma. Ou seja, coisas que sejam consideradas importantes e que tenham sido fotografadas numa for-ma que tornam a história ainda mais forte. Uma das razões pelas quais estes dois temas são tão dominantes revela bastante sobre o que mais se tem falado ao longo deste úl-

Warren Richardson conquistou o júri com uma fotografia sobre refugiados

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CASA GARDEN RECEBE “WORLD PRESS PHOTO” ATÉ 23 DE OUTUBRO

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minado o mais concurso de fotografia do mundo, ocupando um terço de toda a mos-tra, Sanne Schim Van der Loeff indicou que a relação intrínseca entre os seres humanos e a natureza é o segundo grande tema deste ano. “É um tema que se desdobra nas várias cate-gorias e que foi captado em diferentes países e de várias formas. Por exemplo, a fotografia do Kevin Frayer revela a forma como os se-res humanos estão a afectar o meio ambien-te. Mas, também há registos do que o meio ambiente nos faz”, explicou aos jornalistas.

“Quando o júri olha para as fotografias foca-se no valor estético da fotografia e a importância jornalística da mesma. Ou seja, coisas que sejam consideradas importantes e que tenham sido fotografadas numa for-ma que tornam a história ainda mais forte. Uma das razões pelas quais estes dois temas são tão dominantes revela bastante sobre o que mais se tem falado ao longo deste úl-

timo ano”, destacou a curadora da “World Press Photo” na Casa Garden.

Além disso, o concurso conta em registo fotográfico um lado mais misterioso, mas sobretudo o lado mais poderoso que uma fotografia pode ter no quotidiano e na mu-dança de paradigmas. “Há imagens cap-tadas e que só foi possível olhar para elas porque houve fotojornalistas que consegui-ram chegar a determinadas histórias e rea-lidades que se não tivessem sido contadas, neste caso pela fotografia, não saberíamos da sua existência”, explicou, dando como exemplos as imagens captadas por dois fo-tógrafos da Síria e por um norte-americano que tem fotografado a Coreia do Norte há já vários anos.

O fotógrafo portuguêsque mudou realidades

Embora a exposição patente na Casa

Garden não contenha todas as fotografias seleccionadas pelo júri da “World Press Photo”, todos os fotojornalistas galardoa-dos e as respectivas imagens estão represen-tados em Macau.

Entre estes está o português Mário Cruz, cuja reportagem sobre a escravatura em escolas corânicas do Senegal valeu-lhe o principal prémio na categoria de “assun-tos actuais”. “É uma das minha séries pre-feridas. É uma história muito interessante, e é um dos únicos fotógrafos que conse-guiu, de facto, mudar qualquer coisa por causa do trabalho fotográfico que produ-ziu e que retratam as escolas islâmicas no Senegal, as daaras”, vincou Sanne Schim Van der Loeff.

“Nalguns casos, as crianças são envia-das para aquelas escolas sob o pretexto de irem aprender o Corão, ter uma vida boa e regressarem aos seus lares educados. Mas,

o que acontece na vida real é que são for-çadas a pedir nas ruas e tornarem-se escra-vos”, acrescentou a curadora.

Foi graças ao jovem fotógrafo portu-guês que a triste e dura realidade daquelas crianças mudou relativamente para me-lhor, e conheceu um lado mais feliz.

Para Sanne Schim Van der Loeff, o tra-balho de Mário Cruz prova como a fotogra-fia pode ter o poder suficiente de mudar o mundo. “Como retratou esta realidade, a história espalhou-se pelo mundo levando o Governo local a abrir forçosamente uma investigação para avaliar o que se estava a passar. Por causa disso, muitas crianças conseguiram ser libertadas daquela pri-são”, disse.

“Do meu ponto de vista, ele conseguiu restaurar a fé através do poder da fotogra-fia o que hoje em dia é algo que muita gen-te duvida”, concluiu.

Exposição chega de novo a Macau pela mão da Casa de Portugal

Warren Richardson conquistou o júri com uma fotografia sobre refugiados

Mário Cruz foi premiado por reportagemsobre a escravatura em escolas corânicas do Senegal

Exposição chega de novo a Macau pela mão da Casa de Portugal

Sexta-feira, 30 de Setembro de 201616 JTM | LOCAL

• • • 67º ANIVERSARIO DA IMPLANTACAO DA REPUBLICA POPULAR DA CHINA

O Festival Internacional de Música de Macau (FIMM) está de regresso para a 30ª edição, que começa no Dia Nacional da China com a ópera

“Turandot”, encenada por Giancarlo del Monaco, que defende a simplicidade acima de tudo. “Quando se pen-sa em ‘Turandot’, as pessoas associam a toda a China junta numa performance e o resultado é muita coisa no palco, demasiada ‘chinoiserie’, e no final nem se vêem os artistas”.

No entanto, “é muito importante compreender que não precisamos de pôr no palco toda a Dinastia Ming para criar a ‘Turandot’. Podemos fazer o mesmo com alguns elementos fortes”. “Tentámos fazer uma coi-sa nova para limpar a ‘Turandot’ do exagero”, frisou o mesmo responsável.

Foi William Orlandi, a cargo da cenografia e do guarda-roupa, quem explicou a que elementos fortes se referia Giancarlo del Monaco. “Temos uma grande es-cadaria, como era tradicionalmente feito nos trabalhos de Puccini. Depois temos um objecto que recorda a arte chinesa e uma grande porta semelhante à da Cidade Proibida. Não é preciso mais impacto cénico”, defendeu.

O preto é a cor que predomina no cenário, e ajuda “a criar uma atmosfera misteriosa”. Além disso, expli-cou, “o ambiente negro ajuda a valorizar as máscaras e as suas cores, os gestos das mãos e a expressão” das per-sonagens. “Esta é uma produção mais pensada do que pode parecer à primeira vista, porque reflectimos muito

A ópera “Turandot”, de Puccini, vai dar o pontapé de saída da 30º edição do Festival Internacional de Música de Macau. O encenador Giancarlo del Monaco apostou na simplicidade como estratégia, para limpar a peça “do exagero” que normalmente a envolve, defendendo que “não é preciso um palco cheio de elementos” para criar uma ópera “monumental”

“TURANDOT” ABRE 30º FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA

Um símbolo da China “linda e decadente”

FOTO

JTM

/ARQ

UIVO

Ópera “Turandot”, encenada por Giancarlo del Monaco,vai estar em exibição no CCM entre amanhã e terça-feira

Inês Almeida

sobre como dar um valor visual à peça”, garantiu Gian-carlo del Monaco.

O encenador mostra-se agradado com o elenco acre-ditando que este tem qualidade “tanto em termos de imagem como de voz”. Em Macau pela primeira vez, o responsável chegou apenas há cerca de seis dias mas garante que é tempo “mais do que suficiente para fazer uma ‘Turandot’ maravilhosa”, até porque esteve cá a sua

assistente a coordenar o projecto. Explicando a peça propriamente dita, o encenador

começa por referir que esta ópera de Puccini não é ape-nas a “Turandot” mas sim um “símbolo de toda a linda e decadente China”. Essa ideia é muito transparecida pela personagem “Calaf”, filho de Timur, Rei deposto da Tartária. “No primeiro acto, o pai de Calaf diz que per-deram o reino, perderam a batalha, portanto, não têm nada. Estão no meio do caos”, começou por referir.

É entre essa confusão “que ele vê a mulher, linda, mas não vê só a beleza dela, também fica com uma certa sensação de poder”.

A ópera inclui ainda um momento em que é honrado o seu criador. “Puccini morre e há um ‘black out’. De-pois surge uma pintura com a face de Puccini no palco, envolta em crisântemos. Neste momento, Temos Ping, Pong e Pang a levar a pintura e há um texto que diz ‘o maestro Puccini morre aqui - 1924”.

Depois dessa cena, os artistas em palco não actuam, cantam apenas. “A cortina sobe de novo e temos o gran-de final”, concluiu Giancarlo del Monaco, referindo que interpreta o fim da história de uma forma diferente do habitual. “Geralmente, o imperador está lá e nunca se move, mas o momento é histórico para a China, porque temos uma princesa chinesa com um mongol, então, po-mos o imperador a descer do trono, a aproximar-se do público, para se juntar à comunhão entre os mongol e a China, que representa a Dinastia Ming”.

“Turandot” vai estar em exibição no Grande Au-ditório do Centro Cultural de Macau entre amanhã e terça-feira.

Sexta-feira, 30 de Setembro de 2016 JTM | LOCAL 17

• • • 67º ANIVERSARIO DA IMPLANTACAO DA REPUBLICA POPULAR DA CHINA

Casas-Museu da Taipa reabrem amanhãA partir de amanhã voltam a abrir ao público as Casas-Museu da Taipa, que desde o final de Agosto estavam a ser alvo de obras que incluíam a pintura das paredes exteriores, reparação de janelas e ou-tros elementos danificados, além da instalação de iluminação na área circundante aos edifícios. O Ins-tituto Cultural recordou a intenção de transformar a zona numa “área de lazer multicultural, destina-da a construir uma plataforma de exposições relati-vas à cultura dos países de língua portuguesa e de intercâmbio cultural”.

Falsa ameaça de bomba em hotelO Corpo de Polícia de Segurança Pública está a in-vestigar o paradeiro de um indivíduo que terá fei-to uma denúncia de bomba falsa. Na quarta-feira pelas 19:00, o suspeito alertou as autoridades para uma bomba no átrio do JW Marriott Hotel. Na in-vestigação preliminar concluiu-se que a denúncia era falsa, já que não foram encontrados vestígios de bomba ou outros objectos suspeitos.

Conrad apoia combateao cancro da mamaO Conrad Macau vai organizar a 20 de Outubro um almoço de caridade intitulado “Pink” para angariar fundos para o combate ao cancro da mama. O hotel indicou que este almoço é o terceiro deste ano, pois tem-se tornado bastante popular. O almoço custa 480 patacas e já inclui um donativo directo para a campanha de Hong Kong “Cancer Fund’s Pink Re-volution”. A lista de convidados especiais integra Sean Lee Davies, apresentador de Hong Kong, e Kerri-Anne Kennerly, estrela televisiva australiana.

Poste de iluminação caiu na Calçada do MonteUm poste de iluminação na Calçada do Monte caiu ontem, pelas 08:00, bloqueando o passeio. O inci-dente não causou feridos, mas exigiu a mobilização de uma viatura dos Bombeiros e agentes policiais. O local esteve vedado pela polícia.

• • • BREVES

A primeira exposição de obras de recém-licenciados de Macau arrancou ontem no Hotel Regency com o objectivo de incentivar o intercâmbio entre jovens artistas locais, dando-lhes a oportunidade de mostrar os seus trabalhos na área do design e o que os inspira

EXPOSIÇÃO ABRANGE GRADUADOS DE VÁRIAS INSTITUIÇÕES

Recém-licenciados mostram a sua visão do design

Arrancou ontem no Hotel Regency “a Expo-sição de design Y”, destinada a apresentar obras dos licenciados em design das univer-

sidades locais. Este é o primeiro evento do género do território, prometendo inspirar as classes mais novas através do intercâmbio.

Na cerimónia de abertura, Sabrina Ho, directo-ra executiva da “Chiu Yeng Culture” que organiza o evento, afirmou que a exposição de quatro dias ao abranger obras de graduados de design do estran-geiro e da Universidade de Macau, Instituto Politéc-nico, Universidade de Ciência e Tecnologia, Univer-sidade de São José e Universidade Cidade de Macau apresenta uma visão jovem do desenvolvimento do sector.

Para a directora, através da presença de objectos de arte com contextos de design distintos, os jovens que têm em comum o design podem comunicar, partilhar experiências, ser inspirados e obter opor-tunidades de trabalho. Para além disso, o “Yshow” também aposta numa ligação da arte de Macau às tendências artísticas mundiais.

No final da exposição, designers conhecidos de Macau, Japão e Alemanha irão seleccionar e premiar as 10 melhores obras. A exposição está dividida em três partes, sendo que no segundo andar serão apre-sentados objectos de arte feitos por graduados de Macau, China Continental e Portugal. Além destas, contam-se ainda obras e pinturas de artistas conhe-cidas no primeiro andar e obras de grande dimensão no exterior do hotel.

Em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MA-CAU, Sandy Zheng apresentou um sofá de madeira vermelha multifuncional. Segundo a licenciada da

Rima Cui

Universidade de Ciência e Tecnologia, o sofá tem imensas características tradicionais chinesas, poden-do ser dividido em duas cadeiras modernas e uma mesa pequena e delicada.

A jovem artista disse que o design deste sofá úni-co foi inspirado pela vivência quotidiana, porque os pais costumam ter de mover pesadas cadeiras de madeira, por vezes apenas devido a uma conversa. A invenção permite que uma pessoas se sente no sofá ou duas nas cadeiras com uma mesa para beber chá, relevou a jovem oriunda de Xangai.

De acordo com Sandy Zheng, que está a fazer um mestrado, o design da peça de mobiliário corres-ponde também às necessidades de aproveitamento de espaço nas habitações da cidade. Com as rodas escondidas debaixo de uma das cadeiras pode ser facilmente utilizada por idosos. A jovem mostrou-se confiante sobre a sua primeira exposição na vida.

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Execução Ordinária nº CV1-15-0058-CEO 1° Juízo Cível

Exequente: 中國銀行股份有限公司, em inglês BANK OF CHINA LIMITED, com sede em Pequim, China e representação permanente em Macau, na Avenida Dr. Mário Soares, nº 323, Edifício Banco da China. Executados: 1. 黃木繼 WONG MOK KAI, portador do BIRP nº 5xxx7xx(5) e mulher 2. 羅運香 LO WAN HEONG, portadora do BIRP nº 1xxx3xx(9), casados no regime de comunhão de adquiridos, ambos de nacionalidade chinesa e com última residência conhecida em Macau, na Avenida da Concórdia, nºs 216-278, Edifício “Mayfair Garden”, Bloco 5, 21 andar “I” e “J”.

FAZ-SE SABER que no dia 12 de Outubro de 2016, pelas 09:30 horas, no local de arrematação deste Tribunal e no processo acima indicado, a venda por meio de propostas em carta fechada, dos seguintes:

BENS IMÓVEISVerba nº 1

Fracção autónoma designada por “I21”, do 21º andar “I”, para habitação, do prédio sito em Macau, com os nºs 216 a 278 da Avenida da Concórdia, 309 a 435 da Avenida do Conselheiro Borja, 115 a 121 da Avenida do General Castelo Branco e 5 a 97-A da Travessa da Concórdia, denominado “Mayfair Garden, Ka Ying Court”, inscrito na matriz sob o artigo nº 73299, descrito na Conservatória do Registo Predial sob o nº 21689, a fls. 125v, do livro B67, com a constituição da propriedade horizontal inscrita sob o nº 16599 do livro F.

O valor base da venda é de: Dois Milhões, Oitocentas e Onze Mil, Novecentas Patacas (MOP$2.811.900,00).

Verba nº 2Fracção autónoma designada por “J21”, do 21º andar “J”, para habitação, do prédio sito em Macau,

com os nºs 216 a 278 da Avenida da Concórdia, 309 a 435 da Avenida do Conselheiro Borja, 115 a 121 da Avenida do General Castelo Branco e 5 a 97-A da Travessa da Concórdia, denominado “Mayfair Garden, Ka Ying Court”, inscrito na matriz sob o artigo nº 73299, descrito na Conservatória do Registo Predial sob o nº 21689, a fls. 125v, do livro B67, com a constituição da propriedade horizontal inscrita sob o nº 16599 do livro F.

O valor base da venda é de: Três Milhões, Vinte e Oito Mil, Duzentas Patacas (MOP$3.028.200,00).São convidadas todas as pessoas com interesse na compra dos bens a entregarem as suas propostas

na Secção Central deste Tribunal, até ao dia 12 de Outubro de 2016, pelas 09:30 horas, devendo o envelope da proposta, conter, a indicação de “PROPOSTA EM CARTA FECHADA” bem como o “NÚMERO DO PROCESSO CV1-15-0058-CEO”.

No dia da abertura das propostas, podendo os proponentes assistir ao acto.Quaisquer titulares de direito de preferência na alienação dos bens supra referidos, podem, querendo,

exercer o seu direito no próprio acto da abertura das propostas, se alguma proposta for aceite, nos termos do artº 787º do C.P.C.M.

É fiel depositário o Sr. CHOI WING MING, com domicílio profissional em Macau, na Avenida Dr. Mário Soares, nº 323, Edf. Banco da China, que está obrigado, durante o prazo dos editais e anúncio, a mostrar o bem a quem pretenda examiná-lo, podendo fixar as horas em que, durante o dia, facultará a inspecção.

RAEM, 21 de Setembro de 2016,

A Juiz,Ana Meireles

O Escrivão Judicial Especialista,Cheang U Wai

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

2ª Vez “JTM” - 30 de Setembro de 2016“JTM” - 30 de Setembro de 2016

Cumprimento de Obrigações Pecuniárias nº PC1-16-0361-COP Juízo de Pequenas Causas Cíveis

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO DE PEQUENAS CAUSAS CÍVEIS

ANÚNCIO

A Juiz,Lap Hong Lou Silva

O Escrivão Judicial Auxiliar,Lam Ka Hong

Sexta-feira, 30 de Setembro de 201618 JTM | DESPORTO

Futebolisticamente falando, será um fim-de-semana com uma jornada bem condimentada, a

provocar a capacidade de quem faz as habituais previsões de resultados.

À Luz, para defrontar um Benfica naturalmente ferido no seu orgulho e desejoso de dar a volta por cima, vai um Feirense - apenas com uma derro-ta e sofrida na sexta jornada, no seu próprio terreno! - que já demonstrou não andar a passear. José Mota, ra-posa velha, tem argumentos para jo-gar, mas julgamos serem insuficientes para travar a naturalmente melhor ca-pacidade dos campeões nacionais.

Na Madeira, para defrontar um Nacional já refeito dos maus resulta-dos do início da prova, estará um FC Porto que teima ainda em procurar a sua melhor equipa, o melhor estilo de jogo e, consequentemente, o melhor futebol. Este pressuposto poderá ser um factor favorável ao Nacional, mas terá de usar o seu melhor potencial. Se não o conseguir não duvidamos que o Porto saberá aproveitar-se disso.

O Sporting desloca-se à cidade-

Costa Santos Sr.*

LIGA PORTUGUESA

Não há turismo para o “trio B-S-P”Acabadinho de sair de mais uma jornada europeia, o trio Benfica-Sporting-Porto não vai poder fazer “turismo” na sétima jornada. Longe disso, principalmente para “dragões” e “leões”…

-berço, para dar réplica a um Vitória de Guimarães mais tranquilo e con-fiante, depois da vitória forasteira no terreno do Moreirense. É um campo tradicionalmente complicado para os “leões”, mas a tradição vale o que vale e, neste momento, não acreditamos

que regressem a Lisboa sem os pontos da vitória. A diferença de capacidade das equipas é, claramente, favorá-vel aos “leões”. Basta que tenham o “chip” de Madrid…

Arouca, Boavista e Chaves, recebem Braga, Moreirense e Belenenses, respec-

tivamente. Tarefa, teoricamente, mais complicada para o Arouca, por defron-tar um Braga cimentado nos lugares ci-meiros da classificação e a deixar marcas de boa qualidade nos jogos efectuados. O facto do Arouca ter conquistado um ponto no Restelo, poderá ser factor mo-tivante para os donos da casa, mas ain-da assim, não cremos que o Braga seja surpreendido. No Bessa, também não acreditamos que o Moreirense conquiste algo, muito embora a equipa de Morei-ra de Cónegos faça melhores resultados fora do seu ambiente. Por fim, na viagem do Belenenses a Chaves, os flavienses quererão ressarcir-se da derrota sofrida frente ao Benfica. “Totobolisticamente”, apostávamos um “um”.

Rio Ave, Tondela e Setúbal recebem Estoril, Paços de Ferreira e Marítimo. A curiosidade está em saber se as der-rotas sofridas na jornada anterior, dei-xaram motivações para “emendas”, nesta. Mas, Paços e Marítimo - princi-palmente este, na sua primeira vitória caseira - não serão meros comparsas das vontades dos seus anfitriões. Isso, seguramente.

*Jornalista profissionalespecializado em desporto

Sporting tem deslocação de alto risco a Guimarães

FOTO

ARQ

UIVO

6ª JORNADA D’OURO PARA SUSANA DINIZ

Dois pontos foi o que faltou a Susana Diniz para atingir o máximo da pontuação possível na sexta

jornada da Liga Portuguesa de Futebol. Dos 12 pontos passíveis de serem arrecadados, Susana Diniz obteve 10, rumando ao cimo da tabela do Barómetro do JORNAL TRIBUNA DE MACAU com

28 pontos, seguindo-se Ana Cardoso, com 25, e Beatriz Conceição e Violeta do Rosário, que

dividem a terceira posição, com 23. Para a próxima jornada o consenso é geral, destacando-se apenas

um empate vaticinado por Manuela Gorgueira para o confronto entre V. Guimarães e o Sporting, bem como outro empate, previsto por Sílvia Fer-

rão na antevisão a visita do Sp. Braga ao campo do Arouca.

AlessandraAraújo 19

AnaCardoso 25

BeatrizConceição 23

HelenaBrandão 21

ManuelaGorgueira 15

SílviaFerrão 16

SusanaDiniz 28

VanessaDos Santos 18

Violetado Rosário 23

V. Guimarãesvs Sporting

Nacionalvs FC Porto

Benficavs Feirense

Aroucavs Sp. Braga

0-2 1-2 2-0 1-2

1-2 0-1 3-0 2-0

1-2 1-2 4-1 0-1

2-3 1-3 3-1 1-2

1-2 0-1 3-0 1-2

1-3 0-1 3-1 0-2

0-1 0-2 3-0 0-1

0-0 1-2 2-1 1-3

1-3 0-1 3-0 1-1

JTM | DESPORTO 19Sexta-feira, 30 de Setembro de 2016

As afirmações de Rui Vitória, an-tes do “exame” no San Paolo, poderiam ser uma mensagem

de tranquilidade para o grupo de tra-balho mas não deveriam ser levadas à letra.

É que tanta descontracção, tanto à--vontade, deu no que deu, provocou o fiasco de uma exibição que até chegou a ser prometedora, mas acabou displi-cente, pobretanas, muito aquém do que se poderia exigir a “artistas” pagos a peso de ouro, a jogadores que não se cansam de piscar o olho às grandes equipas europeias, entenda-se aos sa-lários milionários que por lá se pagam!

Óbvio que Rui Vitória, por muito que diga o contrário, parece ter entra-do em “órbita” e pensado que as cami-

Depois de uma primeira parte com acerto, sofrendo um golo de bola parada mas desperdiçando lances de “golo feito” de forma algo infantil, o Benfica “desapareceu” no segundo tempo e sofreu três golos em 10 minutos na visita ao Nápoles. Rui Vitória diz que o Benfica joga sempre com descontracção. Pois, viu-se!

solas, e só elas, chegariam e bastariam para ganhar os jogos. Nada mais erra-do. Talvez por isso o seu discurso de optimismo exagerado, completamente esquecido que, por força das adversida-des que o futebol é fértil, estar a falar de uma equipa sem experiência europeia, constituída por gente jovem, a dar os primeiros passos na alta roda europeia. E como se viu, não há mais “Renatos Sanches”, que conseguem, com o seu

talento, esconder a imaturidade compe-titiva.

Mas, pior, esteve nas palavras que disse no final do encontro, em que se lamentou de um sem número de passes errados, deste ou daquele erro que se pagou caro com golo do adversário…

Depois de uma exibição a roçar a escala mais baixa e de, estrategicamen-te, ter optado por um sistema sem cui-dados no seu sector recuado e sem um

meio campo seguro, coeso, mandão, deitar mão a erros naturais para quem não está rotinado nestes palcos, é dar um sinal que falta gente que suporte e “viabilize” o seu discurso.

Depois de se dizer, após o sorteio, que não sendo fácil, o grupo não era um “bicho de sete cabeças” e, à segun-da jornada, estar nos últimos lugares, a cinco pontos do primeiro e cedido um empate em casa frente a um adversário teoricamente acessível, dá para pensar e, urgentemente, refrear o discurso.

A derrota em Nápoles (2-4), acabou por ser atenuada graças, depois, à “de-saceleração” italiana. Mas, a exibição ficou “bem fotografada”!

No outro jogo do grupo B, em Istam-bul, Quaresma abriu o marcador para o Besiktas, aos 28 minutos, mas o Dy-namo de Kiev conseguiu igualar aos 65 minutos, por Tsygankov.

Nos jogos mais importantes dos gru-pos C e D, Barcelona foi vencer o Borus-sia de Monchengladbach por 2-1, num jogo sofrido mas com vencedor justo e, em Madrid, o “super” Bayern de Muni-que não teve artes e talentos para evitar a derrota, ante um Atlético “operário” e humilde que marcou e soube defender a magra vantagem (1-0). Já o Manches-ter City foi surpreendido em Glasgow pelo Celtic (3-3).

Outros resultados: Ludogorets - Pa-ris Saint-Germain 1-3; Arsenal - Basileia 2-0; Rostov - PSV Eindhoven 2-2.

*Jornalista profissionalespecializado em desporto

LIGA DOS CAMPEÕES

Excesso de “descontracção” traiu Benfica

Hamsik abriu a contagem para o Nápoles

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EPA

Costa Santos Sr.*

Notificação n.º 006/DGP/CSA/2016

www.iacm.gov.mo

O Instituto, nos termos da competência atribuída no n.º 1 do artigo 21.º da Lei n.º 5/2013 – “Lei de Segurança Alimentar”, vai iniciar o processo administrativo sancionatório aos indivíduos, suspeitos de haverem infringido o artigo 19.º da mesma Lei; considerando que não se revela possível notificar directamente, nos termos do n.º 1 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, os interessados, por ofício, telefone, ou outra forma, para o efeito de participação no inquérito, ficam, pela presente, notificados, nos termos do n.° 2 do mesmo artigo, os interessados abaixo discriminados para, no prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir do dia seguinte ao da publicação desta notificação, comparecerem, pessoalmente, no Centro de Segurança Alimentar do Centro de Seviços da RAEM, sito na Rua Nova da Areia Preta, n.° 52, Macau, à audiência ou apresentar, por escrito, uma declaração a respeito da suspeição da infracção administrativa; a ausência dos interessados não constitui razão para o adiamento dos processos de inquérito.

Relativamente à infracção administrativa definida no n.º 1 do artigo 19.º da Lei n.º 5/2013 – “Lei de Segurança Alimentar”, os infractores podem ser sancionados com multa de cinquenta mil patacas (MOP50.000,00) a seiscentas mil patacas (MOP600.000,00), sem prejuízo do disposto no artigo 20.o da mesma Lei.

Caso os interessados ou quaisquer pessoas que

provem ter interesse legítimo no conhecimento dos elementos que pretendam consultar as informações mais pormenorizadas ou os processos, poderão dirigir-se à Divisão de Gestão e Planeamento do Centro de Segurança Alimentar, sita na Rua Nova da Areia Preta, n.° 52, Macau, 3º andar do Centro de Seviços da RAEM.

Aos 19 de Setembro de 2016

O Chefe do Centro de Segurança Alimentar Cheong Kuai Tat

Nome

黃汗珠

謝玉娣

XIE YUDI

歐陽可選

肖石林

XIAO SHILIN蘇小森

吳蓮珍

梁金容

蔡玉華

王歡新

N.º do documento de identificaçãoN.º do Bilhete de Identidade de Residente Permanente da Região Administrativa Especial de Macau: 71565**(*)N.º do Salvo-conduto da República Popular da China para deslocação a Hong Kong e Macau: W70759***N.º do Salvo-conduto da República Popular da China para deslocação a Hong Kong e Macau: C22406***N.º do Salvo-conduto da República Popular da China para deslocação a Hong Kong e Macau: C17810***N.º do Salvo-conduto da República Popular da China para deslocação a Hong Kong e Macau: C15818***N.º do Bilhete de Identidade de Residente Permanente da Região Administrativa Especial de Macau: 74027**(*)N.º do Bilhete de Identidade de Residente Permanente da Região Administrativa Especial de Macau: 74030**(*)N.º do Salvo-conduto da República Popular da China para deslocação a Hong Kong e Macau: C11380***N.º do Salvo-conduto da República Popular da China para deslocação a Hong Kong e Macau: C24972***

Autos de notíciaN.º Auto044/DGP/CSA/2016, de 12 de Julho de 2016N.º 041/DGP/CSA/2016, de 08 de Junho de 2016N.ºAuto028/DGP/CSA/2016, de 07 de Junho de 2016N.º 021/DGP/CSA/2016, de 26 de Abril de 2016N.º Auto020/DGP/CSA/2016, de 6 de Abril de 2016N.º Auto015/DGP/CSA/2016, de 2 de Março de 2016N.º Auto014/DGP/CSA/2016, de 19 de Fevereiro de 2016N.º Auto010/DGP/CSA/2016, de 29 de Janeiro de 2016N.º Auto004/DGP/CSA/2016, de 18 de Janeiro de 2016

Infracções suspeitasSuspeito de ter infringido a alínea 1) do n.º 1 do artigo 19.º, em conjugação com a alínea 6) do n.º 1 do artigo 13.º da Lei n.º 5/2013 – “Lei de Segurança Alimentar”, no que refere a produção e comercialização de géneros alimentícios que contenham substâncias não inspeccionadas em casos legalmente sujeitos a esse procedimento, ou que não tenham sido aprovadas na inspecção.

(Nota: podem servir de referência as disposições do artigo 3.º da mesma Lei, quanto às definições de “Produção e comercialização” e “Géneros alimentícios”)

Sexta-feira, 30 de Setembro de 201620 JTM | ACTUAL

Li Keqiang elogiou os “resultados profícuos da cooperação prag-mática” entre a China e Portugal

em “diversos sectores”, afirmando que espera que os dois lados continuem a colaborar em áreas como a energia, fi-nanças e oceano.

“A China encoraja as suas empresas a investir e a fazer negócios em Portu-gal” e “dá as boas vindas às firmas por-tuguesas para que explorem o mercado chinês”, disse o Primeiro-Ministro chi-nês, citado ontem pela agência Xinhua.

“Ambos os países devem esforçar--se para criar um ambiente justo e fa-vorável para os investidores externos”, acrescentou.

A China tornou-se, nos últimos anos, um dos maiores investidores em Portugal, estimando-se em cerca de 10 mil milhões de euros o montante de ca-pital introduzido na economia do país, desde 2012.

O Primeiro-Ministro chinês enalteceu o aprofundamento das relações entre a China e Portugal e os “excelentes resultados” da cooperação entre as empresas dos dois países em terceiros mercados, nomeadamente na América Latina

“A China está disposta a reforçar os intercâmbios de alto nível, aprofundar a confiança política, aumentar o entendi-mento mútuo, aumentar a cooperação pragmática, estabelecer uma comunica-ção mais próxima entre os dois povos e diversificar a parceria estratégica glo-bal entre Portugal e China”, afirmou o

Primeiro-Ministro.Li Keqiang esteve na segunda e

terça-feira nos Açores, depois de ter realizado um périplo pelo continente americano, que incluiu visitas à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, ao Canadá e a Cuba. Durante a sua estada nos Açores,

na ilha Terceira, reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva.

Tratou-se da terceira visita de um responsável chinês aos Açores no espa-ço de cerca de quatro anos, reanimando o debate sobre o alegado interesse de Pequim nas instalações da Base das La-jes, onde os Estados Unidos iniciaram um processo de redução da sua presen-ça militar. Responsáveis dos dois países afirmaram, no entanto, que se tratou apenas de um “escala técnica”, que ser-viu também para preparar a visita do Primeiro-Ministro de Portugal, Antó-nio Costa, à China, no próximo mês.

Na quarta-feira, o congressista norte-americano Devin Nunes, que é luso-descendente, avisou o secretário da Defesa dos Estados Unidos que “é provável” que as instalações da Base das Lajes “acabem na posse do gover-no chinês”, disse à Lusa uma fonte do Congresso.

“Como muitos no Congresso avisa-ram no passado, vários altos-represen-tantes chineses visitaram os Açores em anos recentes. Sei agora que a China enviou uma delegação de cerca de 20 representantes, todos fluentes em por-tuguês, numa viagem de pesquisa que durou semanas e que culmina com a vi-sita do primeiro-ministro, Li Keqiang”, disse Devin Nunes numa carta enviada a Ashton Carter na semana passada.

JTM com Lusa

CHINA/PORTUGAL

Li Keqiang “encoraja” investimento em Portugal

Li Keqiang quer reforçar a “cooperação pragmática” com Portugal

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ANT

ÓNIO

ARA

ÚJO/

LUSA

Sexta-feira, 30 de Setembro de 2016 JTM | ACTUAL 21

A China expressou ontem o seu apoio à campanha anti-droga lançada pelo Presidente das Fili-

pinas, Rodrigo Duterte, apesar das críti-cas feitas pelos Estados Unidos e União Europeia (UE), devido ao elevado núme-ro de mortos.

“A China entende e apoia as políticas lançadas pelo novo Governo de Duterte, gostaríamos de trabalhar em conjunto nes-se aspecto”, destacou o porta-voz do mi-nistério dos Negócios Estrangeiros, Geng Shuang, em conferência de imprensa.

A campanha lançada por Duterte já causou 3.500 mortos, no que organizações de defesa dos Direitos Humanos dizem ser uma onda de execuções extrajudiciais e as-sassinatos.

Durante a sua campanha eleitoral, o Presidente filipino apelou às autoridades policiais e civis para que matassem suspei-tos de tráfico de drogas que não se rendes-sem, assim como toxicodependentes.

Geng explicou que “as drogas são ini-migas de toda a humanidade e é uma res-ponsabilidade compartida de todos os paí-ses lutar contra delitos relacionados”.

As drogas são “inimigas de toda a humanidade”, salientou o Governo chinês, ao manifestar o desejo de trabalhar com as Filipinas nessa área

“A China está decidida a fazê-lo: a nos-sa vontade é forte, as nossas políticas são claras e os nossos resultados notáveis”, acrescentou.

As críticas à campanha anti-droga das Filipinas já geraram fortes reacções da par-te de Duterte, que recentemente afirmou que não se importava com as preocupa-ções demonstradas pelo Parlamento Euro-peu quanto aos direitos humanos no país.

O líder filipino, que planeia visitar a China em Outubro, expressou por várias vezes a sua vontade de formar um “blo-co” junto com a China e Rússia, face à in-fluência dos EUA na região Ásia Pacífico. A aproximação de Manila a Pequim repre-senta uma alteração de forças no leste asiá-tico, depois de as relações entre os dois paí-ses se terem deteriorado nos últimos anos, face à disputa pela soberania das ilhas Spratly, em que Washington apoiou as Fi-lipinas, o seu aliado tradicional na região.

JTM com Lusa

CHINA/FILIPINAS

Pequim apoia campanha anti-droga de Duterte

A Semana da Cultura Indo--Portuguesa visa “mostrar um Portugal moderno” e “manter

a ligação ao país”, disse à agência Lusa o cônsul Rui Carvalho Baceira. “Que-remos atrair as novas gerações de fa-mílias ligadas a Portugal (…) e quere-mos mostrar à sociedade goesa que há um Portugal moderno, do século XXI. Com música, exposições e gastrono-mia queremos que Goa seja uma pon-te entre Lisboa e Nova Deli”, afirmou.

A oitava edição da semana cultu-ral arrancou no domingo, com uma exposição de pintura do artista india-no Deviprasad Rao intitulada “Lis-bon Calling”, que esteve patente até quinta-feira. “Esta exposição foi muito interessante porque retrata Lisboa e é um artista indiano que retrata Lisboa, e isto é um elemento muito interessan-te para este tipo de intercâmbios cultu-rais e sessões artísticas”, disse.

O cônsul salientou que Goa é um estado muito distinto em todo o terri-tório indiano, atendendo aos 500 anos da cultura e presença portuguesa. “Apesar de a administração portugue-sa já não estar em Goa desde 1961, há muitas famílias que estão ligadas cul-

tural e linguisticamente ao nosso país. E nós tentamos fazer estas actividades todos os anos, para não deixar cair esta presença e, por outro lado, para man-ter a ligação destas famílias ao nosso país, que de facto mantêm um enorme interesse pela cultura portuguesa aos mais diversos níveis”, adiantou.

Por questões logísticas, a “sema-na cultural” está dividida por várias datas, em iniciativas a decorrer nas cidades de Pangim e Margão. Hoje, vai decorrer o festival da canção por-tuguesa “Vem Cantar”, apoiado pela Fundação Oriente e outras entidades, incluindo o Consulado de Portugal.

Entre 6 e 9 de Outubro, decorrerá a oitava edição do festival de cinema lusófono, com seis filmes confirmados de Portugal: “Quatro de Copas”; “Vol-tados do Avesso”; “Florbela”, “Inimi-gos sem Rosto”, “Gelo” e “Cinzento e Negro”.

Para Novembro está agendada uma mostra de música e de gastrono-mia portuguesa, com o “chef” Fábio Bernardino. Segue-se um concurso de fado e, finalmente, um concurso de es-crita de poesia em português.

JTM com Lusa

ÍNDIA

“Portugal moderno”mostrado em GoaMúsica, cinema e gastronomia são algumas das iniciativas da Semana da Cultura Indo-Portuguesa a decorrer em Goa até Novembro

Missa de 30º Dia

ARMINDO DIAS FERREIRA

A família enlutada de ARMINDO DIAS FERREIRA informa que a Missa de 30º Dia da

morte deste seu ente querido se vai realizar no dia 3 de Outubro, segunda-feira, pelas 18 horas na Sé Catedral.

A todos quanto se queiram associar a este piedoso acto, a família enlutada agradece antecipadamente.

ARMINDO DIAS FERREIRA

A família enlutada de

ARMINDO DIAS FERREIRA

agradece a todos os familiares e amigos que

apresentaram condolências e estiveram presentes

nas cerimónias deste nosso ente querido.

Instituto para os

Assuntos Cívicos e Municipais

felicita a

República Popular da China

pela sua

67ª Celebração Nacional

www.iacm.gov.mo

Sexta-feira, 30 de Setembro de 201622 JTM | PUBLICIDADE

Sexta-feira, 30 de Setembro de 2016 JTM | PUBLICIDADE 23

Sexta-feira, 30 de Setembro de 201624 JTM | OPINIÃO

1. O comportamento do novo pre-sidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, revela que se trata de al-

guém totalmente incapaz de assumir as funções de Chefe de Estado de uma nação. Emocionalmente instável, mal-criado, incompetente e um assassino, são estas as principais características de Duterte que confunde a presidên-cia com o cargo de governador que desempenhou no passado em Davao, uma espécie de coutada sua com exér-cito privativo.

Num dos países onde a pobreza é o principal problema, o senhor Duterte inventou que a droga ou o tráfico de estupefacientes, constituem a questão número um.

Se o combate ao tráfico fosse uma tarefa dentro da lei, pouco haveria a apontar ao presidente filipino mas, todos sabemos, Duterte conduz essa missão recorrendo a execuções extra--judiciais, com um balanço que já vai em cerca de três mil vítimas mortais.

Face às críticas da comunidade in-ternacional, o senhor Duterte respon-de com insultos e com a legitimidade do mandato popular que lhe foi outor-

Mais um presidente perigosoJORGE

SILVA*

UM OUTRO OLHAR

gado pelo povo filipino.Ora, nós, também, sabemos que o

nazismo nasceu de uma eleição demo-crática, tal como outros regimes que, depois, se transformaram em autocra-cias.

Para agravar a situação, o presi-dente filipino rematou com o anúncio de que os habituais exercícios milita-res conjuntos com os Estados Unidos iriam ter lugar pela última vez este ano, porque não consegue aguentar as justas críticas de Washington à sua campanha anti-droga.

Sem estratégia e agenda económica que tirem o povo filipino do limiar da pobreza, este monstro eleito pelo povo caminha o país para o abismo.

É pena que ele não seja o primeiro a desaparecer no abismo...

2. Nos Estados Unidos, um outro monstro político pode chegar à presidência - Donald Trump, o

candidato republicano, fez a sua cam-panha com base no insulto dos rivais, propagando mentiras sobre a sua pró-pria pessoa e empresas, grande parte delas falidas, mas é alguém totalmente impreparado para assumir o cargo.

No debate com Hillary Clinton, Trump mostrou inexperiência e fal-ta de preparação para chegar à Casa Branca e seria um perigo se ele tivesse sucesso.

* Jornalista

Face às críticas da comunidade internacional, o senhor Duterte responde com insultos e com a legitimidade

do mandato popular que lhe foi outorgado pelo povo filipino. Ora, nós, também, sabemos que o nazismo

nasceu de uma eleição democrática, tal como outros regimes que, depois, se transformaram em autocracias

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ARQ

UIVO

Sexta-feira, 30 de Setembro de 2016 JTM | OPINIÃO 25

Dito

“Já passaram 16 anos desde RAEM, mas nada parece avançar. Temos de pensar no futuro e formar as próximas gerações. Não basta dizer que se quer construir bibliotecas”

Ambrose So, citado pelo “Ponto Final”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

30 /09/1996

GOVERNADOR EXPLICOUESTRATÉGIA DA TRANSIÇÃORocha Vieira considerou que o pro-cesso de transição em Macau consti-tui um exemplo relevante para as re-lações internacionais no futuro e para a consolidação de um ambiente de segurança e de confiança na região. Discursando durante um jantar ofe-recido pelo corpo consular acreditado em Macau, Rocha Vieira referiu que o sucesso do processo de transição no Território interessa a toda a comu-nidade internacional e necessita do apoio de todos. Para Rocha Vieira, as oportunidades de desenvolvimento de Macau permitem à sua população participar activamente no extraordi-nário processo de modernização da China, “oferecendo uma plataforma de cooperação e de ligação perma-nente com a Europa que tem um valor em si própria, mas que tem um peso simbólico que vai muito para além da sua imediata utilidade instrumental”. “O papel da China no futuro e a sua plena integração nas relações inter-nacionais e políticas são dois factores fundamentais para ignorar o contri-buto deste grande país, orgulhoso da sua história e consciente das suas ex-cepcionais potencialidades”, disse o Governador. Rocha Vieira assegurou que Portugal “quer manter-se fiel” ao seu passado de entendimento, “tudo fazendo para que o sucesso da transi-ção em Macau possa contribuir para a estabilidade na região e para a con-cretização de todos os objectivos da Declaração Conjunta”. Sublinhando que a construção de uma RAE da Chi-na em Macau é uma realização polí-tica que não tem um precedente que possa servir de “orientação segura”, Rocha Vieira defendeu que o “clima de cooperação franca e aberta” com a RPC tem permitido alcançar “impor-tantes progressos”.

QUEIXAS NÃO ALTERAMRESULTADOS ELEITORAISA Comissão eleitoral Territorial (CET) considerou que as denúncias de in-fracções alegadamente cometidas durante o sufrágio do dia 22 para a Assembleia Legislativa não põem em causa a validade dos resultados elei-torais. Em comunicado, a CET refere ter recebido “algumas denúncias de infracções eleitorais”, mas considera que, tendo em conta “os elementos de momento disponíveis, não são de molde a pôr em causa, por si só, a va-lidade dos resultados eleitorais”. “Há que saber aceitá-los (os resultados eleitorais) porque traduzem a vonta-de da população. E é nisso que se cen-tra todo o processo da legitimidade democrática”, sublinha a CET.

ALBANOMARTINS*

OS DESATINADOS

O Secretário Lionel Leong dizia em Junho que a previsão do Gover-no apontava para um decréscimo

das receitas do jogo de 13,35 por cento no final deste ano.

Se a previsão do Governo relativa-mente ao jogo for tão conservadora como a que normalmente faz relativamente aos saldos das contas públicas, tratar-se-á de mais um exercício desnecessário, por que pouco científico, para utilizar o palavrão que se usa dizer nesta terra que já foi do Santo Nome de Deus!

Agora, nem o Diabo quer isso! Nem mesmo o Secretário que é apenas um dia-binho para os casinos, ao querer contro-lar, com mão de ferro, o crescimento do jogo, ou melhor as consequências nega-tivas desse crescimento para a economia!

Nem mesmo o Secretário acredita hoje nesses números!

Como disse nessa altura, tratava-se de um valor muito conservador, no sentido de que a quebra do jogo no final de 2016 seria bem menor do que as previsões avançadas pelo Secretário na altura.

Francamente que não me lembro de ter lido outro valor, mas posso es-tar errado, porque primeiro não sou o Cavaco e segundo não sou Deus, não querendo dizer com isso que o primei-ro tivesse sido o Diabo em pessoa, mas era um clone!

Continuando, na altura, em Junho, re-feri que para que esse cenário de quebra de 13,35 por cento se verificassse seria ne-cessário que as receitas médias mensais do jogo, até ao final do ano, fossem de apenas 15.446 mil milhões de patacas, coisa que nem me passava pela cabeça pudesse vir a acontecer!

Referi, então, que acreditava que ha-veriam meses em que o jogo iria superar os níveis do ano passado!

O que já aconteceu, em Agosto! E vol-tará a acontecer, acredito!

Hoje, com os últimos dados desse mês, para que as previsões de Lionel Leong se mantenham, em -13,35 por cento de crescimento, seria necessário que, de Setembro até ao final do ano, as receitas do jogo fossem em média men-salmente de apenas 13.910 milhões de patacas, o que, convenhamos, é quase impossível acontecer!

Vejam os dados construídos com base

Pequenininhos!na tese de que o jogo irá cair 13,35 por cento em 2016!

Não creio que o Governo acredite nes-sa evolução.

Mais uma vez acho que o Secretário deveria rever a sua previsão, pois nin-guém já acredita nela, e julgo que nem ele próprio!

No final do ano, a quebra das recei-tas do jogo, que continuará a acontecer, deverá ficar entre 6 por cento e 7,5 por cento, números negativos claro, ou muito próximo disso, mas provavelmente aci-ma dos 5 por cento negativos que a agên-cia Fitch recentemente avançou.

Para que os números avançados pela Fitch acontecessem, seria necessá-rio que, de Setembro a Dezembro deste ano, as receitas dos casinos fossem em média de 18.730 milhões de patacas por mês! Em situação normal, o efeito Wynn Palace e Parisien deveria ser ca-paz de gerar isso, mas a limitação do número de mesas, objectivo fixado pelo Governo, não se sabe bem porquê o nú-mero três, sobretudo num cenário de jogo de massas, não vai permitir grande recuperação!

Sou mais conservador que a Fitch mas não tanto quanto o Governo de Macau!

Continuo a pensar que a política eco-

nómica se faz, não matando a única indústria que ainda pode crescer e que sem ela Macau desaparece do mapa!

A política económica deveria fazer--se sobre os efeitos perversos do cres-cimento do jogo, que os há e muitos, anulando-os ou minimizando-os ou antecipando-os para melhor se prepa-rarem as medidas de política necessá-rias ao desbloqueamento dos estrangu-lamentos ao crescimento saudável da economia!

Mas não se vêem!Porque não há outros corredores de

fundo nesta maratona ao mesmo nível do jogo, prefere-se atá-lo a um poste até outro concorrente aparecer, mas isso só vai mesmo acontecer lá para as calen-das gregas!

A tese que o Governo parece querer passar, e que eu discordo dela na tota-lidade, é a de que o jogo não pode con-tinuar a crescer com a potencialidade que tem, até a diversificação aparecer, embora ninguém ainda tenha percebi-do o que isso é, nem nós nem o mundo inteiro, que todos querem o mesmo!

Por que raio nos iria sair essa pren-da no sapatinho, a nós, que somos tão pequenininhos, mesmo em coisas tão pequenas?

• • • CARTOON • • •

JTM/DN

JOSÉ BANDEIRA

valores médios mensais para as previsões do Secretário Lionel Leong serem de uma quebra das receitas do jogo de 13,35% no final de 2016

* Economista. Escreve habitualmente neste espaço às sextas-feiras

Sexta-feira, 30 de Setembro de 201626 JTM | LAZER

• • • ROTEIRO

CANAL MACAU13:00 TDM News (Repetição) 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:45 RTPi Directo 16:50 Liga Europa 2016/2017: Shakhtar Donetsk - Braga (Repetição) 18:30 Joia Rara (Preciosa Perla) - Repetição 19:20 TDM Talk Show (Repetição) 19:50 Água de Mar 20:30 Telejornal 21:15 Visita Guiada 21:45 Portu-gueses Sem Fronteiras 22:10 Joia Rara (Preciosa Perla) 23:00 TDM News 23:30 Resumo Liga Europa 23:45 O Mascarilha 02:15 Telejornal (Repetição) 03:00 RTPi Directo

30 FOX SPORTS11:00 LIVE LPGA 2016 Reignwood LPGA Classic Day 2 16:00 Goals! 16:30 The Ultimate Fighter 17:30 2 Wheels 18:00 Bundesliga 2016-17 Weekly 18:30 2016 AFC Cup Highlights 19:00 Bundesliga 2016-17 Hoffenheim vs Schalke #44 20:00 LIVE FOX SPORTS Central 20:30 Friday Night Football 21:00 Football Asia21:30 Bundesliga 2016-17 Bremen vs Wolfsburg 22:30 FOX SPORTS Central 23:00 UFC Tonight

31 FOX SPORTS 213:00 MLB Express Minnesota Twins vs Kansas City Royals 13:30 Porsche Carrera Cup Asia 2016 Highlights 13:55 (LIVE) F1 2016: Malaysia Grand Prix: Practice 2 15:30 AFC U16 Championship 2016 QF2 Winner vs QF4 Winner 17:15 AFC U16 Championship 2016 QF1 Winner vs QF3 Winner 19:00 World Rugby 19:30 Pro Bull Riding 20:30 MLB Express Boston Red Sox vs New York Yankees 21:00 Gillette World Sport 21:30 AFC U16 Championship 2016 QF2 Winner vs QF4 Winner 23:30 MLB Express Boston Red Sox vs New York Yankees

40 FOX MOVIES11:40 Home Alone 13:25 White House Down 15:40 Burnt 17:25 Brooklyn 19:20 Before I Go To Sleep 21:00 Date Night 22:45 Anacondas: The Hunt For The Blood Orchid

Número de Socorro 999

Bombeiros 28 572 222

PJ (Linha aberta) 993

PJ (Piquete) 28 557 775

PSP 28 573 333

Serviços de Alfândega 28 559 944

Hospital Conde S. Januário 28 313 731

Hospital Kiang Wu 28 371 333

CCAC 28 326 300

IACM 28 387 333

DST 28 882 184

Aeroporto 88 982 873/74

Táxi 28 283 283

Táxi 28 939 939

Água - Avarias 28 990 992

Telecomunicações - Avarias 28 220 088

Electricidade - Avarias 28 339 922

Directel 28 517 520

Rádio Macau 28 568 333

Macau Cable 28 822 866

Clube Militar de Macau 28 714 000

ANIMA 28 715 732

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41 HBO11:30 Entourage 13:05 Minions 14:35 Free Willy 2: The Adventure Home 16:15 Hollywood 16:40 The Curious Case Of Benjamin Button 19:25 Dracula Untold 21:00 Interstellar 23:50 Everest

42 CINEMAX13:00 Last Panthers13:50 Hollywood 14:20 Bill & Ted’S Excellent Adventure 15:55 Batman: Un-der The Red Hood 17:10 Batman: Mask Of The Phantasm 18:25 Redbelt 20:05 Daylight 22:00 Misconduct 23:45 Batman & Robin

50 DISCOVERY12:40 Saltwater Heroes 13:30 Weather Gone Viral 14:20 How Do They Do It? 14:45 How It’s Made 15:10 Abalone Wars 3 16:00 Treehouse Masters 16:50 Marooned With Ed Stafford 17:40 How Do They Do It? 18:05 How It’s Made 18:30 Free Ride 19:20 Saltwater Heroes 20:10 Weather Gone Viral 21:00 Harley And The Davidsons 22:40 Super Japan: Designed For Recovery 23:05 Super Japan 23:30 Weather Gone Viral 00:20 Fast N’ Loud

51 NATIONAL GEOGRAPHIC12:30 I Am Rebel Weegee The Famous 13:25 Family Guns 14:20 Innovation Nation Microsco-pic Windmills 14:45 Innovation Nation Medical Macgyver 15:15 Locked Up Abroad 16:10 Airport Security: Colombia 17:05 Brain Games 18:00 Fa-mily Guns 19:00 I Am Rebel The Love Drug 20:00 Street Food Around the World 21:00 Locked Up Abroad 22:00 Airport Security: Colombia 23:00 Original Sin: Education Wars

54 HISTORY13:00 10 Things You Don’t Know About 14:00 The Woodsmen 15:00 Mountain Men 16:00 Forged In Fire 17:00 Swamp People 18:00 Photo Face-Off 19:00 Celebrity Car Wars 20:00 Stan Lee’s Superhu-

mans 21:00 The Pickers 22:00 Outlaw Chronicles: Hells Angels 23:00 The Bible

62 AXN12:00 Elysium 13:55 The Voice 14:45 Alias 15:35 Hawaii Five-0 16:25 Terminator 3: Rise Of The Ma-chines 18:20 The Blacklist 19:15 Caught On Camera 20:05 Cyril:Simply Magic 20:35 Ebuzz 21:05 Hawaii Five-0 22:00 The Blacklist 22:55 Hawaii Five-0 23:50 The Blacklist 00:45 Cyril:Simply Magic

32 STAR WORLD12:35 Masterchef US 13:30 Empire 15:20 Hind-sight 16:15 Britain & Ireland’s Next Top Model 17:10 Masterchef Junior US 18:05 4 Girls and a Bucket List: Once in a Lifetime 18:30 Candidly Nicole How To Be A Boss 19:00 Desperate Hou-sewives 20:00 Revenge 22:00 Mistresses 23:55 Grey’s Anatomy

82 RTPI13:30 Manchetes 3 14:00 Agora Nós 15:45 O Preço Certo 16:45 Hora dos Portugueses (Diário) 17:00 3 às 10 17:30 Visita Guiada 18:00 A Cidade na Ponta dos Dedos 18:15 Dentro 19:00 Os Nossos Dias 19:45 Hora dos Portugueses (Diário) 20:00 Jornal da Tarde 21:15 No Ar 21:45 Grande Área 22:30 Design PT

• • • TELEFONES UTEISCINETEATROS1 Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children14:30 • 16:45 • 19:15 • 21:30

S2 Deepwater Horizon14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

S3 Storks (2D)14:30 • 16:15 • 19:45

TORRE DE MACAUDeepwater Horizon14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

GALAXYThe Purge: Election Year13:30 • 16:45 • 19:20 • 22:30

Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children (3D)13:00 • 15:20 • 16:45 • 17:40 • 20:00 • 21:10 • 22:20

Bridget Jones’ Baby15:20 • 19:35 • 21:25

Sully (2D)13:30 • 17:45 • 19:10 • 21:55 • 23:45

Storks (3D)15:15 • 19:15 • 20:55

Deepwater Horizon13:20 • 15:30 • 17:35 • 19:40 • 21:45 • 23:50

18:25CINEMAX

Redbelt

21:45RTPi

Grande Área

21:00FOX

Date Night

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Sexta-feira, 30 de Setembro de 2016 JTM | LAZER 27

• • • ARQUITECTURA

A casa que um divórcio divide em duas

Projectado pelo estúdio OBA, o “Prenuptial Hou-sing” é um revolucionário conceito de moradia idealizado por Omar Kbiri, especialista em cul-

tura pop e relações públicas. “Ele estava à procura de uma casa para morar com a namorada, quando per-cebeu que familiares e amigos tinham um problema exactamente para fazer o caminho oposto e pensou que uma casa com estas características poderia ajudar a que o processo de separação fosse menos doloroso”, explicou Xander den Duijn, membro do estúdio OBA, à Agência EFE.

Por isso, Kbiri colocou a sua equipa a projectar “uma casa que pudesse ser dividida em duas”.

Surgindo em resposta à crescente taxa de divórcios e separações, o imóvel, que está em fase de desenvol-vimento, consistirá numa habitação flexível, formada por “diversas unidades que possam ser conectadas e desconectadas sem muita dificuldade”.

O ex-casal continuará próximo, mas agora apenas como vizinhos e em casas totalmente independentes, já que até a parte interna, cujo projecto dependerá das preferências e necessidades de cada morador, é pen-sada para se ajustar de maneira simples às possíveis divisões.

“Na casa unitária, a cozinha e a casa de banho serão

partilhadas, mas a construção prevê que sejam fáceis de separar como componentes individuais, e em subs-tituição uma divisão mais simples será incluída em cada uma das partes”, explicou o mesmo responsável.

Segundo Duijn, esse foi, precisamente, o maior de-safio do projecto. “Foi difícil desenhar uma casa forma-da por duas unidades autónomas que aparentemente

pareçam uma só, um projecto que permita que a casa seja uma só ou duas, conforme a relação do casal”, re-feriu.

A direcção da empresa, com sede em Amsterdão, acredita que a casa, que também será disponibilizada para o mercado internacional, irá atrair especial inte-resse entre os casais de Bélgica, Portugal e Hungria, onde as taxas de divórcio estão entre as mais altas do mundo.

Para além de projectar uma casa exclusiva para um casal que se “atreve a comprá-la pensando num futuro incerto”, este conceito de imóvel também poderá ser interessante para os casais que, de vez em quando, pre-tendam morar separados.

“Claro que a casa solucionaria os problemas de moradia de divorciados, mas, como nova tendência, ajudaria outros tipos de famílias com novas necessida-des”, defendeu Duijn.

Na realidade, o projecto foi pensado para qualquer formato de família ou famílias cujas preferências pos-sam mudar com o tempo, como, por exemplo, um casal que terá um filho, porque sem esforço poderá acrescen-tar um quarto à casa já existente.

Inspirados nos canais e nas várias arquitecturas flu-tuantes da cidade holandesa, os promotores da ideia garantem que a casa flexível poderá, inclusive, ser ins-talada dentro de água ou em terra firme.

Como se fosse um jogo de “Tetris”, o imóvel será feito a partir de materiais leves, como fibra de carbono e madeira semitransparente que permitam uma sepa-ração simples, no caso de necessidade, e que também se adapte a diferentes ambientes.

Embora ainda seja prematuro especular sobre o grau de aceitação do novo produto, o estúdio holandês garante que já recebeu vários pedidos de empresas e de cidadãos comuns.

JTM com agências internacionais

Para ajudar a diminuir os traumas do divórcio, um estúdio de arquitectura da Holanda criou uma casa que pode ser dividida em duas partes totalmente independentes e que deve estar disponível no mercado a partir do próximo ano. Mercados como a Bélgica, Portugal e Hungria são vistos com especial interesse

28 JTM | ÚLTIMA Sexta-feira, 30 de Setembro de 2016 • Fecho da Edição • 00:00 horas

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UIVO

Monte Carlo conquista campeonato da Bolinha O Monte Carlo venceu ontem à noite a fi-nal do campeonato de futebol de sete de Macau, ao derrotar o Benfica por 2-0. Os “canarinhos” marcaram o primeiro golo aos 15 minutos, por Jackson Sousa, e au-mentaram na segunda metade, através de Julyan Duarte. O Monte Carlo, orientado por Cláudio Roberto, sucede assim ao Ka I como campeão da popular “Bolinha”. Em jogo de apuramento do terceiro classifica-do, o Sporting ganhou ao Ka I por 2-1. V.R.

Medusas afectam nataçãonas praias de ColoaneO aparecimento de medusas nas Praias de Hac Sá e de Cheoc Van obrigaram a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) a emitir um alerta aos nadadores. O organismo recomenda aos cidadãos que evitem nadar ou fazer actividades náuticas naquelas praias. Recentemente, muitas pessoas têm acorrido às praias para assistir ao fenómeno que envolve grande número desses animais. Apesar de pelo menos até ontem não se ter registado nenhum caso de pessoas feridas devido às medusas, a DSAMA advertiu que podem ser perigosas caso sejam tocadas. As autoridades apelaram ainda aos cidadãos para informarem de imediato os salva-vidas caso avistem esses animais marinhos.

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ID soube ontem da mudança nos pneus do Grande PrémioO Instituto do Desporto (ID) que este ano organiza, pela primeira vez, o Grande Prémio de Macau, só teve conhecimento ontem de manhã da mudança nos forne-cedores de pneus para a prova de Fórmula 3. De acordo com a Autosport, a Federação Internacional do Automóvel (FIA) decidiu substituir a japonesa Yokohama pela italia-na Pirelli. Mas, segundo a Rádio Macau, o presidente do ID referiu que apenas ontem de manhã soube que “através de um con-curso”, a FIA tinha mudado o fabricante. A Yokohama detinha o exclusivo na Corrida da Guia há mais de 30 anos, desde que em 1983, a corrida adoptou os regulamentos da Fórmula 3. Este ano, a corrida passa a ter a chancela da FIA, com a designação de Taça do Mundo de Fórmula 3, uma altera-ção que terá levado Barry Bland, da Mo-tor Race Consultants, a bater com a porta, referiu a Rádio. O Grande Prémio decorre entre 17 e 20 de Novembro.

Gelson Martins estreia-se na convocatória da selecçãoGelson Martins foi ontem chama-do pela primeira vez à selecção portuguesa de futebol, numa convocatória em que se regista o regresso do “ca-pitão” Cristiano Ronaldo, depois de uma lesão o ter afastado do arranque da qualificação para o Mundial2018. O extremo do Sporting e o avançado do Real Madrid inte-gram agora as opções de Fernando Santos para a recepção a Andorra, a 7 de Outubro, e a visita às Ilhas Faroé, no dia 10. A lista inclui ainda os guarda-redes Rui Patrício, Anthony Lopes e Marafona, os defesas Cédric, João Cancelo, Bruno Alves, Pepe, José Fonte, Antunes e Raphael Guerreiro, os médios William Carvalho, Danilo, Adrien, João Moutinho, Renato Sanches, Bernardo Silva, João Mário e André Gomes e os avançados Quaresma, Nani, Éder e André Silva.

Imobiliário da China é a “maior bolha da História”Wang Jianlin, o homem mais rico da China, disse que o mercado imobiliário chinês é a “maior bolha da Histó-ria”. Em entrevista à CNN, Wang lembrou que os preços do imobiliário continuam a subir nas grandes cidades chinesas, mas que estão em queda nas restantes, onde vá-rias habitações continuam por vender. “Eu não vejo uma solução viável para este problema”, afirmou o fundador do grupo Wanda, que começou por se impor no sector imobiliário, mas que nos últimos anos passou a investir também no cinema e no turismo. “O Governo adoptou todo o tipo de medidas, mas nenhuma funcionou”, disse.

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