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Relatório de Atividades 2012 Administração Regional de Saúde do Centro, IP Saúde Acesso ACeS Hospitais SNS Recursos ACeS Dão Lafões II Ética ACeS Pinhal Interior Norte II Rede Transparência Hospital Luciano de Castro Desempenho Realidade Administração Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ULS de Castelo Branco, EPE ULS da Guarda, EPE Planeamento Hospital Arcebispo João Crisóstomo Hospital Dr. Francisco Zagalo ACeS Pinhal Litoral I ACeS Pinhal Litoral II Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE Excelência ACeS Baixo Vouga III Equidade Necessidades Centro Hospitalar T ondela Viseu, EPE ACeS Pinhal Interior Norte I ACeS Dão Lafões I ACeS Cova da Beira Centro Hospitalar Leiria Pombal, EPE Indicadores ACeS Dão Lafões III Eficiência Estratégia Região Centro Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE ACeS Baixo Vouga II ACeS Baixo Mondego I ACeS Baixo Mondego II Centro Hospitalar Baixo Vouga, EPE ACeS Baixo Mondego III Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ACeS Baixo Vouga I População Missão Cuidados Qualidade

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Relatório de Atividades 2012

Administração Regional de Saúde do Centro, IP

Saúde

Acesso

ACeS Hospitais

SNS

Recursos

ACeS Dão Lafões II

Ética

ACeS Pinhal Interior Norte II

Rede

Transparência

Hospital Luciano de Castro

Desempenho

Realidade Administração

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE

ULS de Castelo Branco, EPEULS da Guarda, EPE Planeamento

Hospital Arcebispo João Crisóstomo Hospital Dr. Francisco Zagalo

ACeS Pinhal Litoral I ACeS Pinhal Litoral II

Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais

Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE

Excelência

ACeS Baixo Vouga IIIEquidade

Necessidades

Centro Hospitalar Tondela Viseu, EPE

ACeS Pinhal Interior Norte I

ACeS Dão Lafões IACeS Cova da Beira

Centro Hospitalar Leiria Pombal, EPE

Indicadores

ACeS Dão Lafões IIIEficiência

Estratégia

Região Centro

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE

ACeS Baixo Vouga II

ACeS Baixo Mondego I ACeS Baixo Mondego II

Centro Hospitalar Baixo Vouga, EPE

ACeS Baixo Mondego III

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE

ACeS Baixo Vouga IPopulação

Missão

Cuidados

Qualidade

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CONSELHO DIRETIVO DA ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO CENTRO, IP

José Manuel Azenha Tereso (Presidente)

Fernando José Ramos Lopes de Almeida (Vice-presidente)

Luís Manuel Militão Mendes Cabral (Vogal)

Maria Augusta Mota Faria da Conceição (Vogal)

COORDENAÇÃO ESTRATÉGICA

Fernando José Ramos Lopes de Almeida

COORDENAÇÃO OPERACIONAL

Maurício Loureiro Alexandre

COORDENAÇÃO TÉCNICA

Unidade de Estudos e Planeamento (coordenadora: Isabel Pechincha)

Catarina Orfão

Fernanda Ferreira

Isabel Pechincha

Unidade de Investigação e Planeamento em Saúde (coordenador: Eugénio Cordeiro)

Sandra Lourenço

Com a colaboração dos diretores de departamento, coordenadores de unidades orgânicas e responsáveis

regionais pelos programas de saúde.

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NOTA PRÉVIA

A missão das administrações regionais de saúde consiste em assegurar, no respetivo âmbito

territorial, o acesso das populações a cuidados de saúde de qualidade. A resposta do sistema de

saúde regional pressupõe, nos termos da legislação em vigor, o ajustamento dos recursos

disponíveis às necessidades em saúde e em serviços de saúde da população regional e, mais

especificamente, dos sub-grupos vulneráveis e de risco que a integram.

Tal pressuposto é particularmente premente no atual contexto económico-financeiro nacional,

decorrente de um quadro de assistência financeira internacional. Importa, pois, a par da evidência

em efetividade de uma qualquer intervenção em saúde (individual, comunitária ou populacional)

assegurar a evidência de eficiência – esta última essencial à sustentabilidade do sistema de saúde.

O ano que aqui relatamos foi caraterizado por uma reorganização interna da ARS Centro,

culminando, a 29 de novembro, com a publicação da portaria que constituiu os novos agrupamentos

de centros de saúde (ACeS) deste instituto público (portaria n.º 394-A/2012 de 29 de novembro).

O princípio conformador deste processo reorganizacional, que se traduziu na concentração dos 14

agrupamentos previamente existentes em 6 novos agrupamentos de centros de saúde, baseou-se na

identidade geodemográfica com as NUTS de nível III como facilitadora da articulação inter-

institucional e criadora da escala necessária à eficiência dos cuidados.

Sendo os cuidados de saúde primários cuidados de proximidade, a facilitação da articulação com os

parceiros comunitários, dos quais se destacam as autarquias, assume um papel essencial na

efetividade destes mesmos cuidados. Daí a importância de um âmbito territorial da rede de cuidados

de saúde primários (ACeS) semelhante ao estatisticamente determinado para unidades territoriais de

nível III.

Houve, assim, necessidade de gerir alguns constrangimentos legislativos decorrentes do decreto-lei

n.º 28/2008 de 22 de fevereiro, entretanto revisto pelo decreto-lei n.º 253/2012 de 27 de novembro.

Desta forma, a entrada em funcionamento dos novos ACeS só se realizou em dezembro de 2012,

com a nomeação dos seus diretores executivos.

Por outro lado, a integração dos serviços regionais do Centro do ex-IDT tem vindo a ser processada

de forma a não perturbar a qualidade assistencial dos cuidados na área dos abusos e dependências,

sem, contudo, deixar de atentar às especificidades assistenciais e da população utente destes

serviços.

A par da reorganização interna da ARS Centro, o ano de 2012 foi marcado pela reforma hospitalar.

Sendo a rede hospitalar do SNS responsável por boa parte dos gastos setoriais em saúde, foi

preocupação do Conselho Diretivo da ARS Centro promover uma visão integrada e em rede, visando

a eficiência alocativa dos serviços e unidades hospitalares e a criação da escala necessária à

qualidade e segurança dos cuidados neste âmbito.

A articulação “a montante” com a ACSS e “a jusante” com as unidades hospitalares, coloca as ARS

numa posição charneira para, em conformidade com as suas atribuições legais, assegurar o acesso

à prestação de cuidados de saúde de qualidade – desde a promoção e proteção da saúde até aos

cuidados de fim de vida.

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Emergem, assim, os cuidados continuados, numa população envelhecida e carente de respostas de

saúde e sociais totalmente integradas. A consolidação da rede de cuidados continuados integrados

da região Centro não significa, bem pelo contrário, a ausência de garantia da sustentabilidade

financeira das unidades a criar e em funcionamento.

Desta forma, e não obstante os constrangimentos nacionais prevalentes, foi possível alargar – de

forma modesta, é certo, mas sustentável - a rede de cuidados continuados integrados da região

Centro.

O presente documento descreve os resultados alcançados pela ARS Centro no ano de 2012.

Resultados que, mais do que indicadores de processo, se pretendem traduzidos em indicadores de

saúde e, mais especificamente, em ganhos em saúde.

A região Centro pode-se orgulhar dos seus indicadores de saúde, espelho de um SNS e de um

sistema de saúde regional organizado em torno do cidadão e tendo no cidadão a sua razão

primordial de existência.

É, pois, devido um agradecimento a todos quantos, a um nível individual e institucional,

possibilitaram estes resultados (agrupamentos de centros de saúde, hospitais, EMACICAD, rede de

cuidados continuados), na certeza de que é possível fazer ainda melhor, em prol da saúde das

populações da região Centro.

José Manuel Azenha Tereso

Presidente do Conselho Diretivo

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2012

Relatório de Atividades

1 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Índice

CAPÍTULO I – OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ................................................................................ 12

1. QUADRO DE AVALIAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO ........................................................................................... 13

CAPÍTULO II – A REGIÃO DE SAÚDE DO CENTRO ...................................................................... 17

1. MISSÃO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ARSC ...................................................................................... 18

2. TERRITÓRIO E POPULAÇÃO ......................................................................................................................... 22

2.1. Estrutura Etária ............................................................................................................................... 24

2.2. Índice de Envelhecimento e de Dependência ................................................................................... 27

3. INDICADORES DE SAÚDE ............................................................................................................................ 28

3.1. Esperança de vida à nascença ........................................................................................................ 28

3.2. Morbilidade Hospitalar ..................................................................................................................... 29

3.2.1. Caraterização por ACeS ........................................................................................................... 29

3.2.2 Diagnósticos Específicos ........................................................................................................... 32

3.3. Mortalidade Infantil .......................................................................................................................... 34

4. REDE DE CUIDADOS DE SAÚDE E (RE) ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS ................................................................ 36

4.1. Cuidados de Saúde Primários .......................................................................................................... 38

4.2. Cuidados de Saúde Hospitalares ..................................................................................................... 45

4.3. Cuidados Continuados Integrados ................................................................................................... 47

5. CARATERIZAÇÃO ECONÓMICO FINANCEIRA ................................................................................................... 49

5.1. Informação Contabilística e Financeira ............................................................................................. 49

5.2. Proveitos e Ganhos ......................................................................................................................... 50

5.3. Custos e Perdas .............................................................................................................................. 51

5.4. Publicidade Institucional .................................................................................................................. 53

6. BALANÇO SOCIAL ..................................................................................................................................... 54

CAPÍTULO III – PRODUÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE .............................................................. 58

1. PRODUÇÃO EM CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS ........................................................................................... 59

1.1. Utentes Inscritos e Utilizadores ........................................................................................................ 59

1.2. Indicadores ..................................................................................................................................... 62

1.2.1. Indicadores de Produtividade .................................................................................................... 63

1.2.2. Indicadores de Acesso ............................................................................................................. 68

1.2.2.1. Taxa de utilização global de consultas médicas .................................................................. 68

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2012

Relatório de Atividades

2 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

1.2.2.2. Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar .................................................... 69

1.2.2.3. Percentagem de consultas ao utente pelo próprio médico de família ................................... 70

1.2.2.4. Visitas domiciliárias médicas.............................................................................................. 71

1.2.2.5. Visitas domiciliárias de enfermagem .................................................................................. 72

1.2.3. Indicadores de Qualidade ......................................................................................................... 73

1.2.3.1. Diagnóstico precoce (THSPKU) em recém-nascidos até ao 7º dia de vida .......................... 73

1.2.3.2. Primeiras consultas realizadas até ao 28º dia de vida ......................................................... 74

1.2.3.3. Percentagem de primeiras consultas no primeiro trimestre de gravidez ............................... 75

1.2.3.4. Percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C nos últimos 12 meses ... 76

1.2.4. Indicadores de Eficiência .......................................................................................................... 77

1.2.4.1. Percentagem do consumo de medicamentos genéricos em embalagens ............................ 77

1.2.4.2. Custo médio de medicamentos faturados por utilizador do SNS .......................................... 78

1.2.4.3. Custo médio de MCDT faturados por utilizador do SNS ...................................................... 79

1.2.5. Indicadores de Desempenho .................................................................................................... 81

2. PRODUÇÃO EM CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES ..................................................................................... 82

2.1. Consultas ........................................................................................................................................ 82

2.2. Internamento ................................................................................................................................... 87

2.3. Atendimentos Urgentes ................................................................................................................... 89

2.4. Produção Cirúrgica .......................................................................................................................... 90

2.5. Partos ............................................................................................................................................. 94

3. PRODUÇÃO EM CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS .................................................................................. 95

CAPÍTULO IV – ÁREAS DE INTERVENÇÃO EM SAÚDE ............................................................... 96

1. PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLO DA DIABETES ................................................................................. 97

2. PROGRAMA PARA AS DOENÇAS ONCOLÓGICAS ........................................................................................... 105

2.1. Programa de Rastreio do Cancro da Mama .................................................................................... 105

2.2. Programa de Rastreio do Cancro do Colo do Útero ........................................................................ 107

2.3. Programa de Rastreio do Cancro do Cólon e Recto ........................................................................ 110

3. PROGRAMA PARA AS DOENÇAS CÉREBRO-CARDIOVASCULARES .................................................................... 112

3.1. Programa de Hipocoagulação ........................................................................................................ 112

3.2. Vias verdes Coronária e Acidente Vascular Cerebral ...................................................................... 113

3.3. Telemedicina aplicada às Doenças Cardiovasculares ..................................................................... 113

3.4. Cartão de Risco Cardiovascular ..................................................................................................... 114

3.5. Programa SMILES ........................................................................................................................ 115

3.6. Outras Ações ................................................................................................................................ 115

4. PROGRAMA REGIONAL PARA A PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ....................................................... 116

5. PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E CONTROLO DO TABAGISMO ............................................................. 124

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2012

Relatório de Atividades

3 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

6. PROBLEMAS LIGADOS AO ÁLCOOL ............................................................................................................ 128

7. PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE EM MEIO ESCOLAR .......................................................................... 130

7.1. Programa Nacional de Saúde Escolar ........................................................................................... 130

7.1.1. Projeto Regional + Contig - “Prevenção do Suicídio em contexto escolar” ............................. 133

7.2. Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral............................................................................ 136

8. PROGRAMA DE SAÚDE OCUPACIONAL ........................................................................................................ 140

9. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL .......................................................................................................... 142

9.1. Programa de Águas Balneares ...................................................................................................... 147

10. REDE DE LABORATÓRIOS DE SAÚDE PÚBLICA ........................................................................................... 149

11. PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS ...................................................... 151

11.1. Sistemas de vigilância das doenças transmissíveis ...................................................................... 151

11.1.1 Sistema de Alerta e Resposta Apropriada .............................................................................. 151

11.1.2 Doenças de Declaração Obrigatória ....................................................................................... 151

11.2. Plano Regional de Prevenção e Controlo da Infeção VIH / SIDA ................................................... 155

11.3. Programa de Prevenção e Luta contra a Tuberculose ................................................................... 160

11.4. Programa Nacional de Controlo da Infeção .................................................................................. 164

11.5. Programa Nacional de Vacinação ................................................................................................ 166

11.5.1. Cobertura vacinal ................................................................................................................. 168

11.5.2. Campanha de vacinação contra as infeções por vírus do papiloma humano ........................... 169

11.5.3. Contratualização da cobertura do PNV .................................................................................. 170

11.5.4. Vacinação atempada ............................................................................................................ 170

11.5.5. Inoculações de vacinas do Programa Nacional de Vacinação ................................................ 170

11.5.6. Vacinação contra a gripe sazonal 2011/2012 ......................................................................... 171

12. OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS ................................................................................................................. 173

12.1. Projeto Sistemas de Informação de Certificados de Óbito ............................................................. 173

12.2. Consultas de Medicina do Viajante............................................................................................... 174

12.3. Juntas Médicas ........................................................................................................................... 177

13. PROGRAMA REGIONAL DE CAPACITAÇÃO E LITERACIA................................................................................ 182

14. COMISSÃO REGIONAL DA SAÚDE DA MULHER, DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ............................................ 184

CAPÍTULO V – AUTOAVALIAÇÃO ............................................................................................... 188

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2012

Relatório de Atividades

4 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Índice de Figuras

Figura 1 - Organograma da ARSC 19

Figura 2 - Âmbito territorial da Região de Saúde do Centro em vigor até 29/11/2012 20

Figura 3 - Âmbito territorial da Região de Saúde do Centro em vigor a partir de 30/12/2012 21

Figura 4 - A NUTS II Centro (NUTS 1999 modificada) e respetivas NUTS III 22

Figura 5 - RNCCI na Região Centro 48

Figura 6 - Organograma PRPAS 116

Figura 7 - Percentagem de população abrangida pelo projeto pão.come na Região Centro em 2012 118

Figura 8 - Concelhos com e sem declaração obrigatória de doença na Região Centro, em 2012 154

Figura 9 - Taxa de incidência de tuberculose de declaração obrigatória na Região de Saúde do Centro 154

Figura 10 - Incidência TB por ACeS, 2012 162

Índice de Gráficos

Gráfico 1 - Variação populacional intercensitária na Região de Saúde do Centro (%) 24

Gráfico 2 - População residente na Região de Saúde do Centro, por grupo etário 26

Gráfico 3 - Pirâmide etária da população residente na Região de Saúde do Centro 26

Gráfico 4 - Total de internamentos hospitalares por ACeS e ULS em 2011 e 2012 29

Gráfico 5 - Peso dos internamentos por ACeS e ULS, ocorridos em 2012 30

Gráfico 6 - Variação percentual dos internamentos ocorridos em 2012 em relação a 2011 31

Gráfico 7 - Variação percentual dos internamentos por diagnósticos 33

Gráfico 8 - Média de idades por diagnóstico em 2012 33

Gráfico 9 - Percentagem de internamentos por género em 2012 34

Gráfico 10 - Evolução da taxa de mortalidade infantil de 2007 a 2011 35

Gráfico 11 - Taxas de natalidade, mortalidade infantil, fetal e perinatal na Região Centro 35

Gráfico 12 - Evolução dos proveitos em 2011 e 2012 (€) 50

Gráfico 13 - Evolução dos recebimentos em 2011 e 2012 (€) 51

Gráfico 14 - Evolução dos encargos assumidos em 2011 e 2012 (€) 52

Gráfico 15 - Evolução de encargos com subcontratos em 2011 e 2012 (€) 52

Gráfico 16 - Evolução dos encargos em dívida em 2011 e 2012 (€) 53

Gráfico 17 - Pirâmide etária dos trabalhadores da ARSC 54

Gráfico 18 - Distribuição dos trabalhadores da ARSC por tipo de vínculo 55

Gráfico 19 - Distribuição dos trabalhadores da ARSC por categoria profissional 55

Gráfico 20 - Pirâmide etária dos profissionais médicos e de enfermagem efetivos na ARSC 56

Gráfico 21 - Percentagem dos trabalhadores segundo o nível de antiguidade 56

Gráfico 22 - Pirâmide etária dos utentes inscritos na Região Centro em 2012 59

Gráfico 23 - Variação percentual dos utentes inscritos e utilizadores em 2011 vs 2012 60

Gráfico 24 - Percentagem de utentes inscritos com/sem médico de família em 2012 62

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2012

Relatório de Atividades

5 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Gráfico 25 - Número de consultas de Saúde Pública realizadas em 2012 67

Gráfico 26 - Variação da taxa de utilização global de consultas médicas 68

Gráfico 27 - Variação da taxa de utilização de consultas de planeamento familiar 69

Gráfico 28 - Variação da percentagem de consultas ao utente pelo próprio médico de família 70

Gráfico 29 - Variação da taxa de visitas domiciliárias médicas por 1.000 inscritos 71

Gráfico 30 - Variação da taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por 1.000 inscritos 72

Gráfico 31 - Variação da percentagem de diagnóstico precoce em recém-nascidos até ao 7º dia de vida 73

Gráfico 32 - Variação da percentagem de primeiras consultas realizadas até ao 28º dia de vida 74

Gráfico 33 - Variação da percentagem de primeiras consultas no primeiro trimestre de gravidez 75

Gráfico 34 - Variação da percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C 76

Gráfico 35 - Variação da percentagem do consumo de embalagens de medicamentos genéricos 78

Gráfico 36 - Variação do custo médio de medicamentos faturados por utilizador do SNS 79

Gráfico 37 - Variação do custo médio de MCDT faturados por utilizador do SNS 80

Gráfico 38 - Distribuição das consultas realizadas 82

Gráfico 39 - Variação da taxa de ocupação por instituição hospitalar 88

Gráfico 40 - Variação da demora média por instituição hospitalar 88

Gráfico 41 - Distribuição das intervenções realizadas por tipo 90

Gráfico 42 - Evolução do número de doentes em LIC de 2005 a 2012 na Região do Centro 92

Gráfico 43 - Evolução do tempo médio de espera para cirurgia de 2005 a 2012 na Região do Centro 93

Gráfico 44 - Evolução da taxa bruta de natalidade (‰) 94

Gráfico 45 - Prevalência da hiperglicémia intermédia em Portugal em 2011 98

Gráfico 46 - Percentagem de inscritos com diagnóstico de diabetes 99

Gráfico 47 - Percentagem de diabéticos com compromisso de vigilância 100

Gráfico 48 - Percentagem de utentes com diabetes, com pelo menos um exame dos pés 101

Gráfico 49 - Percentagem de diabéticos com pelo menos 2HbA1C nos últimos 12 meses 102

Gráfico 50 - Número de padarias intervencionadas no âmbito do projeto pão.come em 2012 118

Gráfico 51 - Evolução do número de padarias aderentes ao projeto pão.come 119

Gráfico 52 - Número de análises realizadas no âmbito do pão.come em 2012 119

Gráfico 53 - Número de cantinas incluídas no projeto pão.come, por fase do projeto 120

Gráfico 54 - Número de restaurantes incluídos no projeto sopa.come, por fase do projeto 121

Gráfico 55 - Saúde Oral na Saúde Infantil – SOSI 137

Gráfico 56 - Saúde Oral Crianças e Jovens – SOCJ 137

Gráfico 57 - Saúde Oral Crianças e Jovens, por coortes 137

Gráfico 58 - Referenciação Higienista Oral 138

Gráfico 59 - Saúde Oral Crianças e Jovens (idades intermédias) – SOCJi 138

Gráfico 60 - Saúde Oral na Gravidez – SOG 138

Gráfico 61 - Saúde Oral nas Pessoas Idosas – SOPI 139

Gráfico 62 - Saúde Oral em utentes com VIH 139

Gráfico 63 - Taxa de novos casos de infetados notificados durante o ano de 2012, por distrito 157

Gráfico 64 - Taxa de seropositivos para o VIH, por CAD, por 1.000 rastreados em 2012 159

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2012

Relatório de Atividades

6 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Gráfico 65 - Evolução da taxa de incidência da tuberculose na Região Centro, 2009 a 2012 162

Gráfico 66 - Casos de tuberculose na Região Centro por localização em 2012 164

Gráfico 67 - Proveniência dos utentes em 2012 179

Gráfico 68 - Patologia dos utentes em 2012 180

Índice de Quadros

Quadro 1 - Objetivos de Eficácia e Indicadores - QUAR 2012 14

Quadro 2 - Objetivos de Eficiência e Indicadores - QUAR 2012 14

Quadro 3 - Objetivos de Qualidade e Indicadores - QUAR 2012 15

Quadro 4 - Recursos Humanos Planeados vs Executados - QUAR 2012 15

Quadro 5 - Recursos Financeiros Planeados vs Executados - QUAR 2012 16

Quadro 6 - Resumo comparativo do território e população da Região do Centro e da NUTS II Centro 22

Quadro 7 - Evolução da população residente na Região de Saúde do Centro 23

Quadro 8 - População residente na Região de Saúde do Centro, por grupo etário 25

Quadro 9 - Índices demográficos (envelhecimento e dependência) em 2001 e 2011 27

Quadro 10 - Evolução da esperança de vida à nascença, por NUTS III 28

Quadro 11 - Caraterização dos doentes internados por ACeS e ULS em 2012 31

Quadro 12 - Evolução dos indicadores de saúde na Região Centro e Continente, nos últimos 5 anos 35

Quadro 13 - Rede de cuidados de saúde da ARSC em 2012 36

Quadro 14 - Caraterização das USF segundo o modelo de funcionamento 39

Quadro 15 - Unidades de Saúde Familiar na Região Centro em 2012 40

Quadro 16 - Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados na Região do Centro em 2012 41

Quadro 17 - Unidades de Cuidados na Comunidade na Região do Centro em 2012 43

Quadro 18 - Rede Hospitalar da ARSC 45

Quadro 19 - Lotação praticada nos Hospitais da Região Centro em 2011 e 2012 46

Quadro 20 - Lotação de Psiquiatria nos Hospitais da Região Centro em 2011 e 2012 46

Quadro 21 - Camas da RNCCI na Região Centro em 31/12/2012 47

Quadro 22 - Utentes inscritos e utilizadores na Região de Saúde do Centro em 2011 e 2012 60

Quadro 23 - Utentes inscritos sem médico de família atribuído, por ACeS e ULS em 2011 e 2012 61

Quadro 24 - Produção dos CSP na Região de Saúde do Centro em 2011 e 2012 63

Quadro 25 - Primeiras Consultas de Medicina Geral e Familiar realizadas em 2012 64

Quadro 26 - Consultas Totais de Medicina Geral e Familiar realizadas em 2012 65

Quadro 27 - Consultas Totais realizadas em 2012 66

Quadro 28 - Número de consultas de Outras Especialidades realizadas em 2012, por ACeS/ULS 67

Quadro 29 - Taxa de utilização global de consultas médicas em 2011 e 2012 68

Quadro 30 - Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar em 2011 e 2012 69

Quadro 31 - Percentagem de consultas ao utente pelo próprio médico de família em 2011 e 2012 70

Quadro 32 - Visitas domiciliárias médicas por 1.000 inscritos em 2011 e 2012 71

Quadro 33 - Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem em 2011 e 2012 72

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2012

Relatório de Atividades

7 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Quadro 34 - Taxa de realização do diagnóstico precoce em 2011 e 2012 73

Quadro 35 - Primeiras consultas realizadas até ao 28º dia de vida em 2011 e 2012 74

Quadro 36 - Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre em 2011 e 2012 75

Quadro 37 - Percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C nos últimos 12 meses 76

Quadro 38 - Percentagem do consumo de medicamentos genéricos em 2011 e 2012 77

Quadro 39 - Custo médio de medicamentos faturados por utilizador do SNS em 2011 e 2012 78

Quadro 40 - Custo médio de MCDT faturados por utilizador em 2012 e 2011 (€) 80

Quadro 41 - Quadro resumo dos indicadores de desempenho da Região Centro em 2011 e 2012 81

Quadro 42 - Consultas realizadas nas Unidades Hospitalares da Região Centro em 2011 e 2012 82

Quadro 43 - Peso das consultas realizadas via CTH no total de primeiras consultas realizadas em 2012 84

Quadro 44 - Peso das consultas realizadas via CTH, em 2012 por tipo de prioridade 84

Quadro 45 - Número de pedidos a aguardar consulta em 31/12/2012 85

Quadro 46 - Tempo médio de resposta previsto (dias) para consulta a 31/12/2012 86

Quadro 47 - Número de doentes saídos nos Hospitais da Região de Saúde do Centro em 2011 e 2012 87

Quadro 48 - Atendimentos em urgências nos hospitais da Região de Saúde do Centro em 2011 e 2012 89

Quadro 49 - Número de intervenções cirúrgicas realizadas em 2011 e 2012 90

Quadro 50 - Percentagem de cirurgias de ambulatório nos Hospitais da Região Centro em 2012 e 2011 91

Quadro 51 - Número de doentes inscritos em lista de espera para cirurgia a 31/12/2012 92

Quadro 52 - Tempo médio de espera para cirurgia a 31/12/2012 nos Hospitais da Região Centro 93

Quadro 53 - Partos realizados na Região de Saúde do Centro em 2011 e 2012 94

Quadro 54 - Atividade desenvolvida na RNCCI 95

Quadro 55 - Anos Potenciais de Vida Perdidos por diabetes mellitus 98

Quadro 56 - Utentes com diabetes e com consulta registada na ARSC em 2012 99

Quadro 57 - Alguns indicadores da diabetes nas USF da Região Centro em 2012 103

Quadro 58 - Diagnóstico (rastreio) Sistemático e Tratamento da Retinopatia Diabética na Região Centro 104

Quadro 59 - Taxas de mortalidade padronizadas por tumor maligno da mama feminina por 100. 000 hab. 105

Quadro 60 - Taxas de incidência padronizadas por tumor maligno da mama feminina por 100. 000 hab. 105

Quadro 61 - Taxas de participação no rastreio do cancro da mama na última volta (2011/12) 106

Quadro 62 - Indicadores de rastreio do cancro da mama 107

Quadro 63 - Taxas de mortalidade padronizadas por tumor maligno do colo uterino por 100. 000 hab. 108

Quadro 64 - Taxas de incidência padronizadas por tumor maligno do colo uterino por 100. 000 hab. 108

Quadro 65 - Cobertura e resultados do rastreio do cancro do colo uterino na volta de 2010/12 109

Quadro 66 - Taxas de mortalidade padronizadas por tumor maligno do cólon e recto por 100. 000 hab. 110

Quadro 67 - Taxas de incidência padronizadas por tumor maligno do cólon e recto por 100. 000 hab. 110

Quadro 68 - Avaliação do rastreio do cancro do cólon e recto (2011/12) 111

Quadro 69 - Número de análises realizadas no âmbito do projeto sopa.come em 2012 121

Quadro 70 - Número total de determinações realizadas, em 2012 122

Quadro 71 - Consultas de cessação tabágica realizadas em 2012 124

Quadro 72 - Total das primeiras consultas realizadas em 2012 125

Quadro 73 - Frequência e caraterização dos utentes em 2012 125

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2012

Relatório de Atividades

8 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Quadro 74 - Total de consultas seguintes realizadas em 2012 125

Quadro 75 - Número total de consultas de cessação tabágica efetuadas entre 2006 e 2012 126

Quadro 76 - Monitorização dos indicadores de execução em saúde escolar 131

Quadro 77 - Número de profissionais aderentes em 2012 136

Quadro 78 - Atividades realizadas de Saúde no Trabalho, em 2012 140

Quadro 79 - Avaliação do indicador Gestão da Qualidade do Ar 144

Quadro 80 - Avaliação do Plano Estratégico do Baixo Carbono e ECO.AP nos Hospitais e ACeS 145

Quadro 81 - Número de GLEC na ARSC e respetivo número de formações 145

Quadro 82 - Análise e Parecer de Águas Balneares e Zona Envolvente 148

Quadro 83 - Doenças de Declaração Obrigatória, na Região de Saúde do Centro, de 2010 a 2012 153

Quadro 84 - Casos acumulados e óbitos por infeção VIH na área geográfica da ARSC, por distrito 156

Quadro 85 - Teste de rastreio do VIH realizados pelos CAD da Região Centro em 2012 158

Quadro 86 - Avaliação das metas de 2012 159

Quadro 87- Casos novos de tuberculose na Região Centro, por distrito em 2012 161

Quadro 88 - Casos novos de tuberculose na Região Centro, por ACeS em 2012 161

Quadro 89 - Cobertura de TOD, em 2012 163

Quadro 90 - Casos novos de TB, por nacionalidade, 2012 163

Quadro 91 - Casos novos de TB notificados em 2012, por país de origem 163

Quadro 92 - Cobertura vacinal – Vacinas do PNV – coortes de nascidos no ano da avaliação 168

Quadro 93 - Cobertura vacinal – Vacinas do PNV – coortes de nascidos de 14, 15, 16, 17, 18, 25 e 65 169

Quadro 94 - Cobertura vacinal – Campanha de vacinação contra infeções por vírus do papiloma humano 169

Quadro 95 - Avaliação cumprimento do PNV aos 2, 7 e 14 anos 170

Quadro 96 - Avaliação da vacinação atempada a crianças vacinadas com 3 meses 170

Quadro 97 - Mapa de inoculações da Região Centro em 2012 – Total de doses por vacina 170

Quadro 98 - Vacinação contra a gripe sazonal 2011/2012 – Profissionais de saúde 171

Quadro 99 - Vacinação contra a gripe sazonal 2011/2012 – Lares de idosos 171

Quadro 100 - Vacinação contra a gripe sazonal 2011/2012 – RNCCI 172

Quadro 101 - Vacinas administradas no 4 CVI da Região de Saúde do centro em 2012 175

Quadro 102 - Consultas do viajante efetuadas nos CVI em 2012 176

Quadro 103 - Continente de destino dos viajantes por CVI em 2012 176

Quadro 104 - Prescrições de embalagens de antimaláricos e de antifúngicos em 2012 177

Quadro 105 - Caraterização das situações nosológicas constantes do grupo membro/apar. de locomoção 180

Quadro 106 - Caraterização do resultado das deliberações da Junta Médica 181

Quadro 107 - Indicadores propostos para as UCF 187

Quadro 108 - Avaliação Final do QUAR - 2012 193

Lista de Nomenclaturas

ACeS - Agrupamentos de Centros de Saúde

ACSS - Administração Central do Sistema de Saúde

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2012

Relatório de Atividades

9 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

ADENE - Agência para a Energia

ADSE - Direção-Geral de Proteção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública

ARS - Administrações Regionais de Saúde

ARSC - Administração Regional de Saúde do Centro, IP

AVC - Acidente Vascular Cerebral

BCG - Bacilo de Calmette e Guérin

CAD - Centro de Aconselhamento e Deteção Precoce de VIH

CCI - Comissão de Controlo da Infeção

CDP - Centro de Diagnóstico e Pneumológico

CHM - Campanha de Higiene das Mãos

CHUC - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE

CMRRC - Rovisco Pais - Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais

CNSMCA - Comissão Nacional para a Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente

CRSMCA - Comissão Regional da Saúde, da Mulher, da Criança e do Adolescente

CSP - Cuidados de Saúde Primários

CTH - Consulta a Tempo e Horas

DC - Departamento de Contratualização

DDM2 - Projeto Data Dose Med2

DDO - Doenças de Declaração Obrigatória

DGS - Direcção-Geral da Saúde

DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

DSP - Departamento de Saúde Pública e Planeamento

ECCI - Equipas de Cuidados Continuados Integrados

ECG - Eletrocardiograma

ECO.AP - Programa de Eficiência Energética na Administração Pública

ECR - Equipa de Coordenação Regional de Cuidados Continuados Integrados

EMACICAD - Equipa Multidisciplinar para a Área de Coordenação da Intervenção nos Comportamentos

EPE - Entidade Pública Empresarial

ERA - Equipa Regional de Apoio aos Cuidados de Saúde Primários

FSE - Fornecimento e Serviços Externos

GLEC - Gestor Local de Energia

IACS - Infeção Associada aos Cuidados de Saúde

IDT - Instituto da Droga e da Toxicodependência, IP

IMTT - Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres, IP

INE - Instituto Nacional de Estatística

INEM - Instituto Nacional de Emergência Médica

INSA - Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge

IPSS - Instituições Particulares de Solidariedade Social

ITN - Instituto Tecnológico e Nuclear

JM - Juntas Médicas

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2012

Relatório de Atividades

10 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

LIC - Lista de Inscritos para Cirurgia

LPCC - Liga Portuguesa Contra o Cancro

LSP - Laboratórios de Saúde Pública

MCDT - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

NCA - Núcleo de Comportamentos Aditivos

NUTS - Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos

OMS - Organização Mundial da Saúde

PDF - Plataforma de Dados de Saúde

PEBC - Plano Estratégico do Baixo Carbono

PF - Planeamento Familiar

PHEPA - “Cuidados de Saúde Primários Projeto Europeu sobre o Álcool”

PLA - Problemas Ligados ao Álcool

PNCI - Programa Nacional de Controlo da Infeção

PNPCT - Programa para a Prevenção e Controlo do Tabagismo

PNPSO - Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral

PNS - Plano Nacional de Saúde

PNSE - Programa Nacional de Saúde Escolar

PNV - Plano Nacional de Vacinação

POPH - Programa Operacional Potencial Humano

PREVADIAB - Hiperglicemia Intermédia em Portugal

PRPAS - Programa Regional para a Promoção da Alimentação Saudável

QUAR - Quadro de Avaliação e Responsabilização

RCCR - Programa de Rastreio do Cancro do Cólon e Reto

RCCU - Programa de Rastreio do Cancro do Colo do Útero

RCM - Programa de Rastreio do Cancro da Mama

RNCCI - Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

SAP - Serviço de Atendimento Permanente

SIADAP1 - Sistema de Avaliação do Desempenho dos Serviços da Administração Pública

SIARS - Sistema de Informação das ARS

SICA - Sistema de Informação para a Contratualização e Acompanhamento

SICO - Sistemas de Informação de Certificados de Óbito

SIGLIC - Sistema Informático de Gestão da Lista de Inscritos para Cirurgia

SIRAPA - Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente

SISO - Sistema de Informação de Certificados de Óbito

SNS - Serviço Nacional de Saúde

SOCI - Saúde Oral em Saúde Infantil

SOCJ - Saúde Oral Crianças e Jovens

SOCJi - Saúde Oral Crianças e Jovens (idades intermédias)

SUB - Serviço de Urgência Básica

SVIG-TB - Sistema de Vigilância do Programa de Tuberculose

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2012

Relatório de Atividades

11 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

TB - Tuberculose

TBDO - Tuberculose de Declaração Obrigatória

TH - Consulta a Tempo e Horas

TOD - Toma Observada Direta

UAG - Unidade de Apoio à Gestão

UC - Unidade de Convalescença

UCC - Unidade de Cuidados na Comunidade

UCF - Unidades Coordenadoras Funcionais

UCFih - Unidades Coordenadoras Funcionais Inter-Hospitalares

UCIC - Unidades de Cuidados Intensivos Coronários

UCP - Unidade de Cuidados Paliativos

UCSP - Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados

UIPS - Unidade de Investigação e Planeamento em Saúde

ULDM - Unidade de Longa Duração e Manutenção

ULS - Unidade Local de Saúde

UMDR - Unidade de Média Duração de Reabilitação

UNL - Universidade Nova de Lisboa

URAP - Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados

USF - Unidade de Saúde Familiar

USP - Unidade de Saúde Pública

Lista de Sinais Convencionais

cont. - continuação

hab. - habitantes

i. e. - isto é

Km2 - quilómetro quadrado

n.º - número

% - percentagem

‰ - permilagem

p. p. - pontos percentuais

trim. - trimestre

€ - valor em euros

∆ - variação

var. - variação

vs - versus

↓ - decréscimo

↑ - aumento

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Capítulo I – Objetivos Estratégicos

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2012

Relatório de Atividades

13 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

1. Quadro de Avaliação e Responsabilização

A avaliação de desempenho da Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. (ARSC) é

efetuada com base no Sistema de Avaliação do Desempenho dos Serviços da Administração

Pública (SIADAP 1), a qual assenta no Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR).

No âmbito das atribuições e competências que estão acometidas à ARSC, foram definidos

pelo Conselho Diretivo, para o período 2012 os seguintes objetivos estratégicos:

Melhorar a acessibilidade das populações aos cuidados de saúde;

Implementar na região os programas prioritários do Plano Nacional de Saúde (PNS)

2011-2016;

Incrementar a prevenção e controlo da doença crónica;

Incrementar a saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente;

Melhorar a qualidade de gestão da ARSC promovendo uma política de contenção de

custos, otimização de recursos e modernização administrativa.

Para a sua concretização foram definidos 21 objetivos operacionais, de modo a abranger as

várias áreas funcionais da organização e repartidos pelos parâmetros de eficácia, eficiência e

qualidade.

Nos quadros infra apresentam-se as metas fixadas e os resultados alcançados em cada

indicador. No capítulo V do presente relatório procede-se à autoavaliação que a ARSC faz ao

seu desempenho, dando cumprimento ao disposto na Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro.

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2012

Relatório de Atividades

14 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Objetivos de Eficácia e Indicadores

Quadro 1 - Objetivos de Eficácia e Indicadores - QUAR 2012

Objetivos de Eficiência e Indicadores

Quadro 2 - Objetivos de Eficiência e Indicadores - QUAR 2012

Resultado Classificação

104 118 Superou

13 10 Não atingiu

11 `0 Não atingiu

176.000 148.275 Superou

OOp3. Promover a vigilância e controlo das doenças cardiovasculares na população da região

80% 85% Atingiu

50% 50% Atingiu

49% 52% Superou

30% 29% Atingiu

33% 33% Atingiu

90% 100% Superou

11 11 Atingiu

AVALIAÇÃO FINAL 2012Meta

Oop 2. Assegurar cobertura por Médico de Familia a pelo menos 91% dos utentes inscritos (OE 1)

5. Percentagem de USF's e UCSP's que aplicam o programa de hipocoagulação (controlo utente)

4. Número de utentes sem médico de família na região

3. Validação dos regulamentos internos dos ACES e sua aprovação pelo Conselho Diretivo (meses)

2. ACES's com USF em funcionamento na região

1. Número de USF's e UCSP's em funcionamento na região

OBJETIVOS DE EFICÁCIA E INDICADORES

OOp 1. Implementação da nova organização dos cuidados de saúde primários (DL 28/2008) através da

entrada em funcionamento dos ACES e suas Unidades Funcionais

10. Taxa de participação dos médicos na formação de formadores na fase experimental

11. Início da fase experimental do SICO (meses)

OOp6: Preparar o Sistema de Informação do Certificado de Óbito (SICO) em modo de produção

6. Percentagem de diabéticos vigiados em CSP com um valor de Hb1c ≤ 6,5

7. Percentagem de cirurgias em ambulatório, relativamente ao total de cirurgias programadas

8. Percentagem de primeiras consultas médicas hospitalares, relativamente ao total de consultas hospitalares

9. Proporção de profissionais de saúde que obtiveram formação na respetiva área profissional

OOp4: Manter a capacidade de oferta em resposta hospitalar programada

OOp5: Promover a formação profissional dos trabalhadores da ARSC

Resultado Classificação

1.653 1.666 Atingiu

91% 92% Atingiu

57% 58% Atingiu

15. Percentagem de unidades de saúde da região com programa de rastreio do cancro do colo do útero 100% 100% Superou

16. Percentagem de mulheres em idade elegível que realizam rastreio do cancro da mama 67% 68% Atingiu

17. Percentagem de unidades de saúde da região com programa de rastreio do cancro da mama 100% 100% Superou

OOp9: Promoção de política rigorosa de contabilidade e cobrança de receitas

85% 100% Superou

92% 81% Superou

20. Redução em 20% da despesa com horas extraordinárias 80% 80% Atingiu

OOp10: Implementação do sistema de gestão de custo de transportes na ARSC

57% 54% Atingiu

OOp11: Melhorar a política de gestão de recursos humanos e materiais na ARSC

70% 8% Não atingiu

85% 91% Superou

11 11 Atingiu

10 N/Implementado Não atingiu

OOp12: Aumentar a utilização de medicamentos genéricos na região

31% 34% Superou

OOp13: Estabelecimento de novas parcerias com o INEM para gestão otimizada de recursos

5 9 Superou

26. Percentagem de bem. de medicamentos genéricos vendidas relativamente ao total de embalagens receitadas

22. Implementação de sistema biométrico de controlo de assiduidade

23. Assegurar a revisão e atualização do cabaz das unidades da ARSC

24. Promover a regularização material e registral dos imóveis, propriedade desta instituição (meses)

27. Número de meios integrados, de novo, em Serviços de Urgência

21. Redução do custo de transportes com doentes em um terço da faturação verif icada em 2010

25. Implementação de sistema de monitorização das necessidades em recursos humanos (meses)

14. Percentagem de mulheres em idade elegível que realizam rastreio do cancro do colo do útero

18. Percentagem da taxa de cobrança de taxas moderadoras devidas nas unidades de saúde

19. Redução em 8% dos custos e perdas através da melhoria da monitorização, C. Interno e riscos orçamentais

OOp8: Implementação de política de prevenção secundária da doença oncológica, incrementando a

utilização custo-efetiva

13. Taxa média de ocupação das camas em CCI

OBJETIVOS DE EFICIÊNCIA E INDICADORES Meta AVALIAÇÃO FINAL 2012

12. Número de camas disponíveis em RCCI a 31-12-2012 (convalescença, média e longa duração)

OOp7: Otimização dos recursos humanos e materiais nos cuidados de saúde em RCCI,

incrementando a utilização custo-efetiva

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2012

Relatório de Atividades

15 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Objetivos de Qualidade e Indicadores

Quadro 3 - Objetivos de Qualidade e Indicadores - QUAR 2012

Recursos Humanos

Quadro 4 - Recursos Humanos Planeados vs Executados - QUAR 2012

N.º efetivos Planeados

vs executados

Dirigentes - Direção Superior 20 18 360 14 280 -4 -80

Dirigentes - Direção Intermédia (1ª e 2ª) e Chefes de Equipa 16 8 128 2 32 -6 -96

Médicos 12 1.141 13.692 1.177 14.124 36 432

Enfermeiros 12 1.143 13.716 1.127 13.524 -16 -192

Técnicos Superiores (inclui Especialistas de Informática) 12 120 1.440 159 1.908 39 468

Técnicos Superiores de Saúde Diagnóstico e Terapéutica 12 204 2.448 197 2.364 -7 -84

Assistentes Técnicos 8 1.063 8.504 1.052 8.416 -11 -88

Assistentes Operacionais 5 717 3.585 615 3.075 -102 -510

Outros ´0 ´0 ´0 ´0 ´0 ´0 ´0

Total - 4.414 43.873 4.343 43.723 -71 -150

Desvio

DESIGNAÇÃO

Pontuação

DGS

N.º efetivos ( p revisão QU A R )

Planeados

③=①x②

N.º efetivos

31/12/2012

Executados

⑤=①x④

Resultado Classificação

62% 81% Superou

29. Taxa de cobertura em saúde infantil (1º ano de vida) nos centros de saúde da região 78% 85% Superou

72% 84% Superou

20% 14% Atingiu

32. Percentagem de ACES que disponibilizam contraceção de emergência 85% 85% Atingiu

33. Percentagem de Hospitais EPE que têm consulta específica de PF para adolescentes 60% 75% Superou

9 8 Atingiu

11 8 Superou

96% 97% Atingiu

96% 99% Superou

96% 98% Superou

96% 98% Superou

82% 91% Superou

3 2 Atingiu

750 1.020 Superou

OOp19: Promover a vacinação contra a gripe sazonal

40. Taxa de cobertura vacinal em idosos institucionalizados

OOp21:Auditar o Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral

42. Número de crianças observadas em pelo menos 5 ACES

OOp20: Implementação de Unidades de Saúde Mental Comunitária

41. Número de unidades de saúde mental comunitária na região

39. Taxa de cobertura vacinal de VASPR2 aos 7 anos de idade

OOp15: Promoção de acesso a consultas de Planeamento Familiar

31. Percentagem de mulheres a quem é disponibilizada contraceção de longa duração após IG, no SNS

34. Número de ACES's em programa de rastreio CCR

OOp17: Avaliar o grau de satisfação dos utentes com os serviços de CSP

35. Realização de inquérito de satisfação aos utentes em Cuidados de Saúde Primários (meses)

36. Taxa de cobertura vacinal BCG, VHB, DTPa, VIP, Hib, e MenC aos 2 anos de idade

37. Taxa de cobertura vacinal de VASPR1 aos 2 anos de idade

38. Taxa de cobertura vacinal DTPa e VIP aos 7 anos de idade

OOp16: Implementar o rastreio do cancro do colon e reto (CCR) em 80% dos ACES's para cidadãos

dos 50 aos 70 anos de idade

OOp18: Promover a aplicação do Programa Nacional de Vacinação (PNV) garantindo o controlo ou

eliminação das doenças alvo da vacinação

30. Precocidade da primeira consulta de saúde infantil (<28 dias)

OBJETIVOS DE QUALIDADE E INDICADORES Meta AVALIAÇÃO FINAL 2012

OOp14: Promoção de uma política de vigilância em saúde materno-infantil e de adolescentes

28. Taxa de cobertura em saúde materna nos centros de saúde da região

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2012

Relatório de Atividades

16 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Recursos Financeiros

Quadro 5 - Recursos Financeiros Planeados vs Executados - QUAR 2012

DESIGNAÇÃO Orçamento Previsto ( € ) Orçamento Real ( € )Execução

Orçamental ( € ) Desvio ( € )

Orçamento de Funcionamento 586.475.806 654.406.955 644.228.590 -10.178.365

Despesas com Pessoal 177.004.943 135.381.241 132.587.119 -2.794.122

Aquisições de Bens e Serviços 389.085.352 518.738.963 511.481.235 -7.257.728

Outras Despesas Correntes 20.385.511 286.751 160.236 -126.515

PIDDAC 4.689.455 6.804.729 1.876.753 -4.927.976

Outros ´0 ´0 ´0 ´0

Total 591.165.261 661.211.684 646.105.343 -15.106.341

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2012

Relatório de Atividades

17 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Capítulo II – A Região de Saúde do

Centro

① Missão e Estrutura Organizacional da ARSC

② Território e População

③ Indicadores de Saúde

④ Rede de Cuidados de Saúde e (re) organização dos Serviços

⑤ Caraterização Económico Financeira

⑥ Balanço Social

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2012

Relatório de Atividades

18 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

1. Missão e Estrutura Organizacional da ARSC

A ARSC é um instituto público integrado na administração indireta do Estado, dotado de

autonomia administrativa, financeira e património próprio. É dirigida por um conselho diretivo,

constituído por um presidente, um vice-presidente e dois vogais, possuindo no âmbito da sua

área geográfica de atuação as atribuições elencadas no Decreto-Lei n.º 22/2012 de 30 de

janeiro.

A ARSC tem como missão garantir à população da respetiva área geográfica de intervenção

o acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade, adequando os recursos

disponíveis às necessidades em saúde, respeitando as regras de equidade, cumprindo e

fazendo cumprir o PNS e as leis e regulamentos em vigor.

Em 2012, a organização interna da ARSC é composta por cinco departamentos e um

gabinete: Departamento de Saúde Pública e Planeamento (DSP), Departamento de

Contratualização, Departamento de Estudos, Recursos Humanos e Administração Geral,

Departamento de Gestão Financeira, Departamento de Instalações e Equipamentos e

Gabinete Jurídico e do Cidadão – conforme a deliberação n.º 754/2010 de 26 abril 2010

(“Regulamento Interno da ARSC”).

Como se pode observar no organigrama da ARSC (figura 1), existem também duas unidades

orgânicas flexíveis: Unidade de Planeamento, integrada no Departamento de Saúde Pública e

Planeamento e a Unidade de Administração Geral do Departamento de Departamento de

Estudos, Recursos Humanos e Administração Geral.

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2012

Relatório de Atividades

19 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Figura 1 - Organograma da ARSC

Conselho Diretivo

Gabinete Jurídico e do

Cidadão

Conselho Consultivo

Fiscal Único

AssesoriaEspecializada

para a Farmácia e Medicamento

Assesoria Especializada em

Relações Públicas

Equipa de Projeto e

Acessorias Especializadas

Assessoria Especializada

em Informação e Comunicação

AssessoriaEspecializada

para Assistência Técnica a Projetos e

Investimentos

Departamento de Saúde Pública e

Planeamento

Departamento de

Contratualização

Departamento de Estudos, Recursos

Humanos e Administração

Departamento de Gestão Financeira

Departamento de Instalações e Equipamentos

Unidade de Administração

Geral

Unidade de Planeamento

Para além dos serviços centrais, a ARSC integra serviços desconcentrados - os

Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS), com autonomia administrativa e sujeitos ao seu

poder de direção.

Os serviços desconcentrados, em vigor até 29 de novembro de 2012, foram criados ao abrigo

da Portaria n.º 274/2009, de 18 de março e correspondem aos seguintes ACeS: Baixo

Mondego I, Baixo Mondego II, Baixo Mondego III, Baixo Vouga I, Baixo Vouga II, Baixo Vouga

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2012

Relatório de Atividades

20 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

III, Cova da Beira, Dão Lafões I, Dão Lafões II e Dão Lafões III, Pinhal Interior Norte I, Pinhal

Interior Norte II, Pinhal Litoral I, Pinhal Litoral II.

Figura 2 - Âmbito territorial da Região de Saúde do Centro em vigor até 29/11/2012

Na sequência da reorganização dos ACeS integrados na ARSC, em vigor desde 30 de

novembro de 2012 e, conforme disposto na Portaria n.º 394-A/2012 de 29 de novembro, este

instituto público passou a abranger 6 ACeS:

Baixo Mondego;

Baixo Vouga;

Cova da Beira;

Dão-Lafões;

Pinhal Interior Norte;

Pinhal Litoral.

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2012

Relatório de Atividades

21 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

O âmbito territorial da Região de Saúde do Centro compreende ainda duas Unidades Locais

de Saúde (ULS):

ULS da Guarda, EPE, criada em 1 de outubro de 2008, integra o Hospital de Sousa

Martins (Guarda), o Hospital de Nossa Senhora da Assunção (Seia) e os centros de

saúde de Guarda, Seia, Gouveia, Manteigas, Fornos de Algodres, Celorico da Beira,

Trancoso, Sabugal, Pinhel, Mêda, Almeida e Figueira de Castelo Rodrigo.

ULS de Castelo Branco, EPE, criada em 1 de janeiro de 2010, integra o Hospital

Amato Lusitano (Castelo Branco) e os centros de saúde dos ACeS da Beira Interior

Sul (Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor e Vila Velha de Ródão) e do Pinhal

Interior Sul (Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei).

Figura 3 - Âmbito territorial da Região de Saúde do Centro em vigor a partir de 30/11/2012

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2012

Relatório de Atividades

22 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

2. Território e População

A Região de Saúde do Centro corresponde, territorialmente, à NUTS II Centro prevista no

Decreto-Lei n.º 244/2002, de 5 de novembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º

21/2010, de 23 de agosto (migração do concelho de Mação para o âmbito territorial da

Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo). Subdivide-se em 10 NUTS

de nível III e atualmente integra 77 concelhos, distribuídos por 23.274 Km2, correspondendo

a 26% do território de Portugal Continental (figura 4; quadro 6).

Figura 4 - A NUTS II Centro (NUTS 1999 modificada) e respetivas NUTS III

Quadro 6 - Resumo comparativo do território e população da Região de Saúde do Centro e da NUTS II Centro

POPULAÇÃOÁrea

(Km2)

População

Residente

2011

Densidade

Populacional

% População

Continente N.º NUTS III

N.º

Concelhos

Região de Saúde do Centro 23.274 1.737.216 75 17% 10 77

Centro (NUTS 2002) 28.202 2.327.755 83 23% 12 100

F o nte: IN E e D ecreto -Lei n.º 244/ 2002 de 5 de no vembro

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2012

Relatório de Atividades

23 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Os resultados dos Censos 2011 contabilizam 1.737.216 residentes no âmbito territorial da

Região de Saúde do Centro correspondendo a 17% da população residente no Continente e

a uma densidade populacional de 75 habitantes/Km2 (quadro 6).

Quadro 7 - Evolução da população residente na Região de Saúde do Centro

2001 2011 1991-2001 2001-2011

Continente 9.869.343 10.047.621 5,3% 1,8% 113

Região Saúde do Centro 1.775.154 1.737.216 3,5% -2,1% 75

Baixo Mondego I 180.508 175.725 6,9% -2,6% 259

Baixo Mondego II 109.019 107.541 -0,6% -1,4% 123

Baixo Mondego III 81.912 79.095 3,3% -3,4% 90

Baixo Vouga I 114.936 112.263 9,0% -2,3% 146

Baixo Vouga II 157.199 165.151 11,7% 5,1% 276

Baixo Vouga III 92.838 92.980 8,0% 0,2% 282

Cova da Beira 93.579 87.869 0,5% -6,1% 64

Dão-Lafões I 93.501 99.274 11,8% 6,2% 196

Dão-Lafões II 84.105 76.108 -3,7% -9,5% 46

Dão-Lafões III 98.328 92.251 -2,5% -6,2% 85

Pinhal Interior Norte I 94.301 91.795 2,4% -2,7% 52

Pinhal Interior Norte II 44.234 39.673 -6,6% -10,3% 47

Pinhal Litoral I 56.299 55.217 9,6% -1,9% 88

Pinhal Litoral II 194.691 205.725 12,6% 5,7% 184

ULS Castelo Branco 114.484 108.395 -6,0% -5,3% 21

ULS Guarda 165.220 148.154 -4,3% -10,3% 30

POPULAÇÃOPopulação Residente Variação Populacional

Densidade

Populacional

F o nte: IN E - C enso s 2001 e 2011 (excluído M ação)

O ACeS Pinhal Litoral II é o mais populoso, logo seguido do Baixo Mondego I e do Baixo

Vouga II.

Os ACeS com maior densidade populacional correspondem ao Baixo Vouga II e III e

ao Baixo Mondego I. Mais de metade dos habitantes da Região de Saúde do Centro, 57%,

reside nos ACeS do Litoral.

No período intercensitário 2001-2011, observou-se um decréscimo populacional de 2,1% na

região, em resultado da perda de efetivos populacionais na maioria dos ACeS - fenómeno

mais acentuado no interior da região (gráfico 1).

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2012

Relatório de Atividades

24 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Gráfico 1 - Variação populacional intercensitária na Região de Saúde do Centro (%)

Fonte: INE - Censos 2001 e 2011

2.1. Estrutura Etária

Em 2011, 23% da população residente na Região de Saúde do Centro tinha mais de 65 anos

e apenas 13% tinha menos de 15 anos de idade. O grupo etário dos 25 aos 64 anos

representa 54% da população residente.

Confirmado a tendência de duplo envelhecimento (de base e de topo) evidenciada nas

últimas décadas, no período intercensitário 2001-2011 registou-se um decréscimo de 12% de

crianças e jovens (idade inferior a 15 anos) e um aumento de 14% de idosos (mais de 65

anos).

A diminuição mais notória de efetivos ocorreu nos adultos jovens entre os 15 e os 24

anos (↓27%) (quadro 8).

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2012

Relatório de Atividades

25 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Quadro 8 - População residente na Região de Saúde do Centro, por grupo etário

N.º ∆

2001/2011N.º

2001/2011N.º

2001/2011N.º

2001/2011

Continente 1.484.120 -5% 1.079.493 -23% 5.546.220 -5% 1.937.788 19% 10.047.621

Região Saúde do Centro 233.382 -12% 178.920 -27% 931.576 1% 393.338 14% 1.737.216

Baixo Mondego I 22.449 -10% 17.922 -31% 99.585 1% 35.769 16% 175.725

Baixo Mondego II 13.705 -6% 10.185 -29% 58.250 1% 25.401 12% 107.541

Baixo Mondego III 10.126 -13% 7.685 -33% 42.043 -2% 19.241 21% 79.095

Baixo Vouga I 15.648 -12% 11.733 -28% 61.037 1% 23.845 19% 112.263

Baixo Vouga II 24.684 -6% 18.213 -20% 93.548 10% 28.706 26% 165.151

Baixo Vouga III 14.165 -13% 10.519 -22% 51.698 4% 16.598 24% 92.980

Cova da Beira 10.611 -19% 8.596 -31% 46.482 -3% 22.180 11% 87.869

Dão-Lafões I 15.159 -4% 10.897 -25% 54.730 12% 18.488 31% 99.274

Dão-Lafões II 10.089 -25% 8.282 -32% 38.044 -5% 19.693 6% 76.108

Dão-Lafões III 11.901 -18% 9.397 -32% 47.137 -3% 23.816 12% 92.251

Pinhal Interior Norte I 12.267 -14% 9.194 -24% 47.769 2% 22.565 7% 91.795

Pinhal Interior Norte II 4.630 -20% 3.778 -28% 19.460 -10% 11.805 2% 39.673

Pinhal Litoral I 7.728 -12% 5.862 -26% 28.457 -1% 13.170 20% 55.217

Pinhal Litoral II 31.247 -3% 22.557 -19% 114.704 8% 37.217 29% 205.725

ULS Castelo Branco 12.172 -12% 9.807 -28% 54.076 -1% 32.340 0% 108.395

ULS Guarda 16.801 -25% 14.293 -33% 74.556 -7% 42.504 3% 148.154

F o nte: IN E - C enso s 2001 e 2011 ( excluido M ação)

POPULAÇÃO

0-14 15-24 25-64 ≥ 65

TOTAL

Na maior parte dos ACeS e nas ULS, a estrutura etária é semelhante à da região, embora a

prevalência dos idosos (mais de 65 anos) seja maior no interior (Pinhal Interior Norte II e nas

ULS) (gráfico 2).

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2012

Relatório de Atividades

26 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

Gráfico 2 - População residente na Região de Saúde do Centro, por grupo etário

Fonte: INE - Censos 2011 (excluído Mação)

A pirâmide etária da população residente (gráfico 3) apresenta um estreitamento na base,

consequente do declínio da população jovem e um alargamento nas faixas etárias

medianas, características dos países afetados pelo envelhecimento, através do aumento

do número de idosos.

Gráfico 3 - Pirâmide etária da população residente na Região de Saúde do Centro

Fonte: INE - Censos 2011 (excluído Mação)

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2012

Relatório de Atividades

27 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.

2.2. Índice de Envelhecimento e de Dependência

Em 2011, o índice de envelhecimento na Região de Saúde do Centro foi de 169% tendo

aumentado em todas as unidades administrativas. As ULS e o ACeS Pinhal Interior Norte II

são as unidades territoriais mais envelhecidas, com índices de envelhecimento superiores a

250%.

Este cenário de envelhecimento da população reflete-se no aumento do índice de

dependência de idosos, que se mantém superior ao do Continente. Consistentemente, o

índice de dependência de jovens confirma a diminuição verificada nas últimas décadas.

Atendendo a que os índices de dependência têm como denominador a população em idade

ativa (dos 15 aos 64 anos), a sua evolução traduz um peso cada vez maior dos idosos

(65 e mais anos) na população em idade ativa (quadro 9).

Quadro 9 - Índices demográficos (envelhecimento e dependência) em 2001 e 2011

2001 2011∆

2001/20112001 2011

2001/20112001 2011

2001/20112001 2011

2001/2011

Continente 104,5 130,6 25% 47,7 51,6 8% 23,3 22,4 -4% 24,4 29,2 20%

Região Saúde do Centro 130,8 168,5 29% 52,7 56,4 7% 22,8 21,0 -8% 29,9 35,4 18%

Baixo Mondego I 122,9 159,3 30% 44,8 49,5 11% 20,1 19,1 -5% 24,7 30,4 23%

Baixo Mondego II 156,5 185,3 18% 52,0 57,1 10% 20,3 20,0 -1% 31,8 37,1 17%

Baixo Mondego III 136,9 190,0 39% 50,7 59,1 16% 21,4 20,4 -5% 29,3 38,7 32%

Baixo Vouga I 112,9 152,4 35% 49,2 54,3 10% 23,1 21,5 -7% 26,1 32,8 26%

Baixo Vouga II 86,1 116,3 35% 45,4 47,8 5% 24,4 22,1 -9% 21,0 25,7 22%

Baixo Vouga III 82,3 117,2 42% 47,2 49,4 5% 25,9 22,8 -12% 21,3 26,7 25%

Cova da Beira 153,4 209,0 36% 54,5 59,5 9% 21,5 19,3 -10% 33,0 40,3 22%

Dão-Lafões I 89,5 122,0 36% 47,1 51,3 9% 24,8 23,1 -7% 22,2 28,2 27%

Dão-Lafões II 139,4 195,2 40% 61,6 64,3 4% 25,7 21,8 -15% 35,8 42,5 19%

Dão-Lafões III 146,3 200,1 37% 57,5 63,2 10% 23,4 21,1 -10% 34,2 42,1 23%

Pinhal Interior Norte I 147,9 183,9 24% 59,9 61,1 2% 24,2 21,5 -11% 35,7 39,6 11%

Pinhal Interior Norte II 200,3 255,0 27% 65,0 70,7 9% 21,6 19,9 -8% 43,4 50,8 17%

Pinhal Litoral I 125,3 170,4 36% 54,1 60,9 13% 24,0 22,5 -6% 30,1 38,4 27%

Pinhal Litoral II 89,5 119,1 33% 45,7 49,9 9% 24,1 22,8 -6% 21,6 27,1 26%

ULS Castelo Branco 231,4 265,7 15% 67,4 69,7 3% 20,3 19,1 -6% 47,1 50,6 7%

ULS Guarda 184,6 253,0 37% 62,4 66,7 7% 21,9 18,9 -14% 40,5 47,8 18%

F o nte: IN E - C enso s 2001 e 2011

ÍNDICES

Índice de Envelhecimento

(%)

Indíce de Dependência

Total (%) Jovens (%) Idosos (%)

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

3. Indicadores de Saúde

3.1. Esperança de vida à nascença

A esperança de vida à nascença é um indicador positivo de saúde que reflete o estado

geral de saúde duma população. A esperança média de vida à nascença na Região

Centro (NUTS II, 2002) é atualmente de 79,9 anos (ambos os sexos), evidenciando

uma evolução favorável nos últimos anos, ligeiramente superior à do Continente.

No contexto das NUTS III que integram a NUTS II Centro, a esperança de vida à

nascença varia entre 77,7 anos no Pinhal Interior Sul e 80,6 anos no Pinhal Litoral

(quadro 10).

Quadro 10 - Evolução da esperança média de vida à nascença, por NUTS III

ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA 2005-2007 2006-2008 2007-2009 2008-2010 2009-2011

Continente 78,7 78,9 79,2 79,4 79,7

Região de Saúde do Centro 78,9 79,1 79,4 79,6 79,9

Baixo Mondego 79,4 79,6 79,6 79,7 79,8

Baixo Vouga 79,3 79,4 79,4 79,6 80,1

Beira Interior Norte 78,6 78,9 79,0 79,3 80,0

Beira Interior Sul 78,4 78,9 79,0 79,0 79,0

Cova da Beira 79,3 79,4 79,1 79,3 79,5

Dão-Lafões 79,0 79,1 79,5 79,9 80,2

Médio Tejo 78,8 79,2 79,7 79,8 80,1

Oeste 78,4 78,7 78,7 78,9 79,0

Pinhal Interior Norte 78,3 78,8 79,2 79,4 79,6

Pinhal Interior Sul 77,3 77,8 77,2 77,2 77,7

Pinhal Litoral 79,2 79,5 79,7 80,0 80,6

Serra da Estrela 78,0 78,5 77,9 78,5 78,9

Notas:

2. A NUT 2002 incluí as NUTS Oeste e Médio Tejo, que atualmente não integram a Região de Saúde do Centro

Fonte: INE - Metodologia 2007 - Anos, por Local de residência (NUTS - 2002)

1. A NUTS III - Pinhal Interior Sul incluí Mação, que atualmente não pertence à Região de Saúde do Centro

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

3.2. Morbilidade Hospitalar

3.2.1. Caraterização por ACeS

Relativamente à caraterização da morbilidade hospitalar, nomeadamente, a nível do

internamento, salienta-se o facto de existirem alguns episódios de internamento sem

ACeS atribuído. No ano de 2012 estes episódios tiveram um peso de 6,7% no total de

episódios, e no ano de 2011, um peso de 6,9%. No gráfico seguinte, é possível

observar a distribuição dos internamentos por ACeS e ULS:

Gráfico 4 - Total de internamentos por ACeS e ULS em 2011 e 2012

Fonte: Base de Dados CIDES

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Os ACeS Pinhal Litoral II, Baixo Mondego I e o Baixo Vouga II são os que apresentam

um maior número de internamentos. Relativamente ao peso que estes três ACeS

tiveram no total de episódios de internamentos ocorridos em 2012, 11,8%

correspondiam a internamentos com origem no ACeS Pinhal Litoral II; 9,7%

correspondiam a internamentos com origem no ACeS Baixo Mondego I e 7,8% dos

internamentos tiveram origem no ACeS Baixo Vouga II.

Os ACeS Baixo Vouga III, Pinhal Interior Norte II, Pinhal Litoral I, são os que

apresentam um menor número de internamentos, em 2012, correspondendo a uma

proporção de 2,3%, 2,4% e de 3,4%, respetivamente.

Gráfico 5 - Peso dos internamentos por ACeS e ULS, no total de internamentos ocorridos em 2012

Fonte: Base de Dados CIDES

Em termos de variação percentual em 2012, relativamente ao ano de 2011 verificou-se

um aumento do número de episódios em três ACeS, a saber, Pinhal Interior Norte II

(↑4,1%), Baixo Mondego II (↑1,3%) e na ULS de Castelo Branco EPE (↑0,2%).

Assistiu-se a um decréscimo do número de episódios em todos os restantes ACeS,

assinalando-se que as maiores descidas correspondem aos ACeS do Dão Lafões II

(↓36,9%), da ULS Guarda EPE (↓20,2%) e do Dão Lafões I (↓15,9%).

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31

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 6 - Variação percentual dos internamentos ocorridos em 2012 em relação a 2011

Fonte: Base de Dados CIDES

Em 2012, o maior peso dos internamentos ocorridos corresponderam à população do

sexo feminino, com um peso de 54,4%, e a uma média de idades de 55 anos.

Salienta-se que no ano de 2011, o peso da população foi semelhante ao que se

verificou no ano de 2012, no entanto, a média de idades situava-se nos 54 anos.

No quadro seguinte é possível observar a caraterização dos doentes internados na

Região Centro, por ACeS e ULS no ano de 2012.

Quadro 11 - Caraterização dos doentes internados por ACeS e ULS em 2012

% Masculino % Feminino Média de idades

Baixo Mondego I 44,6% 55,4% 53

Baixo Mondego II 46,0% 54,0% 57

Baixo Mondego III 47,0% 53,0% 55

Baixo Vouga I 45,5% 54,5% 53

Baixo Vouga II 44,8% 55,2% 49

Baixo Vouga III 45,1% 54,9% 57

Cova da Beira 46,5% 53,5% 60

Dão-Lafões I 43,0% 57,0% 51

Dão-Lafões II 44,4% 55,6% 57

Dão-Lafões III 46,5% 53,5% 57

Pinhal Interior Norte I 45,4% 54,6% 54

Pinhal Interior Norte II 47,5% 52,5% 61

Pinhal Litoral I 47,8% 52,2% 57

Pinhal Litoral II 44,8% 55,2% 53

ULS Castelo Branco 47,0% 53,0% 56

ULS Guarda 46,1% 53,9% 58

Sem ACeS atribuido 45,8% 54,2% 45

Região de Saúde do Centro 45,6% 54,4% 55

Fonte: Base de Dados CIDES

ACeS/ULS2012

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32

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

3.2.2 Diagnósticos Específicos

Do total de internamentos ocorridos em 2012 e em 2011 efetuou-se uma análise com

maior pormenor relativamente aos seguintes diagnósticos: Enfarte Agudo de

Miocárdio, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Diabetes, Neoplasias Malignas, Cancro

da Mama Feminina, Cancro do Colo do Útero, Cancro do Cólon e Reto, Doenças

Infeto Contagiosas, SIDA, SIDA (portador), Tuberculose, Gripe, Evitáveis por

vacinação, Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e Asma, Pneumonia.

Evidenciam-se alguns pressupostos que estão na base da análise:

① - Todos os diagnósticos acima referidos ocorreram em internamento,

independentemente de se tratarem de diagnósticos principais ou não.

② - O valor referente às neoplasias malignas não inclui as neoplasias malignas

referentes aos cancros da mama feminina, do colo do útero e do cólon reto, uma vez

que estes diagnósticos foram isoladamente objeto de análise.

③ - O valor referente às doenças infeto contagiosas não inclui a sida, a tuberculose

nem a gripe, uma vez que estes diagnósticos foram isoladamente objeto de análise.

④ - Os diagnósticos em análise correspondem a 45,3% do total de internamentos que

ocorreram no ano de 2012, e correspondem a 43,2% do total de internamentos que

ocorreram no ano de 2011.

⑤ - Segundo os códigos da Classificação Internacional de Doenças, 9ª revisão,

Modificação Clínica, os procedimentos considerados em cada um dos diagnósticos,

foram:

Enfarte Agudo de Miocárdio 410.00 a 410.92

Acidente Vascular Cerebral 09487 e 430 a 432.9 e 433.00 a 434.91 e 436

Diabetes 250.00 a 250.93

Neoplasias Malignas 140.0 a 195.8 e 196.0 a 199.0 e 200.00 a 208.9 e 208.90 a 234.9

Cancro da Mama Feminina 174.0 a 174.9 e 233.0 e 198.81

Cancro do Colo do Útero 180.0 a 180.9 e 233.1

Cancro do Cólon e Reto 153.0 a 153.9 e 154.0 a 154.1 e 230.3 a 230.4 e 197.5

Doenças Infeto contagiosas

005.1 e 023.0 a 023.9 e 046.1 e 001.0 a 001.9 e 032.0 a 032.9 e 122.0 a 122.9

e 066.1 e 060.0 a 060.9 e 002.0 e 083.0 e 098.0 a 098.19 e 070.0 a 070.9 e

030.0 a 030.9 e 098.0 a 098.89 e 482.84 e 085.0 e 100.0 a 100.9 e 084.0 a

084.9 e 036.0 a 036.9 e 020.0 a 020.9 e 072.9 e 045.00 a 045.93 e 056.00 a

056.9 e 771.0 e 003.0 a 003.9 e 055.0 a 055.9 e 004.0 a 004.9 e 090.0 a 090.9

e 104.0 e 091.0 a 091.9 e 037 e 771.3 e 033.0 a 033.9 e 124 e 013.00 a 013.96

e 018.00 a 018.96 e 012.00 a 012.86 e 320.0 e 088.81 e 071 e 041.5

SIDA .042

SIDA (portador) V08

Tuberculose 010.00 a 018.96

Gripe 487.0 a 487.8 e 488.01 a 488.89

Evitáveis por vacinação056.00 a 056.9 e 771.0 e 070.30 a 070.33 e V02.61 e 055.0 a 055.9 e 032.0 a

032.9 e 487.0 a 487.8 e 036.0 a 036.9 e o37 e 771.3 e 033.0 a 033.9 e 041.5

Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e Asma 491.20 a 491.22, 492.0 a 492.8, 493.20 a 493.22 e 496

Pneumonia485, 486, 480.0 a 480.9, 481, 482.0 a 482.90, 483.0 a 483.80, 481.1 a 484.80,

112.4, 011.60 a 011.69, 003.22

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33

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 7 - Variação percentual dos internamentos por diagnósticos ocorridos em 2012 em relação a 2011

Fonte: Base de Dados CIDES

Em termos de variação percentual em 2012, relativamente ao ano de 2011, verificou-

se um aumento de episódios com diagnóstico de SIDA (portador) (↑14,0%), DPOC e

Asma (↑4,2%), Diabetes (↑2,2%) e Pneumonia (↑0,9%). Assistiu-se a um

decréscimo do número de episódios em todos os restantes diagnósticos, assinalando-

-se que as maiores descidas correspondem à Gripe (↓26,8%); SIDA (↓14,3%) e

Tuberculose (↓14,2%).

Relativamente à média de idades, é nos internamentos por DPOC/Asma e por AVC

em que se verifica o número mais elevado de idade, 76 anos. Em contrapartida, os

internamentos por SIDA e por Gripe correspondem a doentes com idades que se

situam no grupo etário dos 40 anos.

Gráfico 8 - Média de idades por diagnóstico em 2012

Fonte: Base de Dados CIDES

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34

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Da observação do gráfico seguinte (gráfico 9), é possível analisar a distribuição por

género em cada um dos diagnósticos. Excluindo-se os diagnósticos do Cancro da

Mama Feminina e o Cancro do Colo do Útero, destacam-se, os diagnósticos cuja

distribuição é mais díspar, nomeadamente na Gripe (73,4% dos internamentos

relativos a homens e 26,6% relativos a mulheres) e na Tuberculose (67,9% dos

internamentos relativos a homens e 32,1% relativos a mulheres).

Gráfico 9 - Percentagem de internamentos por sexo em 2012

Fonte: Base de Dados CIDES

3.3. Mortalidade Infantil

A taxa de mortalidade infantil é um dos indicadores de saúde mais sensíveis, sendo

utilizado para medir o nível assistencial e de condições gerais de vida de uma região.

Em 2012 nasceram, no âmbito territorial jurisdicional da ARSC, 12.527 nados-

-vivos (menos 627 do que em 2011), tendo ocorrido 42 óbitos infantis (i.e., com menos

de 1 ano de idade). Relativamente ao ano de 2011, a taxa de mortalidade infantil da

região foi de 2,9‰, um valor substancialmente inferior ao do todo continental e

nacional (3,1‰).

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35

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 10 - Evolução da taxa de mortalidade infantil de 2007 a 2011

Fonte: INE - Censos 2001 e 2011

Gráfico 11 - Taxas de natalidade, mortalidade infantil, fetal e perinatal na Região Centro (NUTS 1999) de 2007 a 2011

Fonte: INE - Censos 2001 e 2011

Relativamente à taxa bruta de mortalidade, a Região Centro tem apresentado ao

longo dos últimos anos valores superiores aos verificados no Continente,

inversamente, a taxa bruta de natalidade é inferior na Região Centro.

Quadro 12 - Evolução dos indicadores de saúde na Região Centro e Continente, nos últimos 5 anos

Continente

Região

Centro

(NUTS 2002)

Continente

Região

Centro

(NUTS 1999)

Continente

Região

Centro

(NUTS 1999)

Continente

Região

Centro

(NUTS 1999)

2007 9,8 11,3 9,6 8,1 3,4 3,2 2,0 1,8

2008 9,8 11,4 9,8 8,2 3,3 3,7 2,1 2,0

2009 9,8 11,2 9,3 7,8 3,6 2,6 2,4 2,0

2010 9,9 11,4 9,6 8,2 2,5 1,9 1,6 1,3

2011 9,8 11,3 9,1 7,8 3,1 2,9 2,4 2,3

F o nte: IN E; D GS * Estimativa da população residente (média) de cada um dos anos em referência

Mortalidade infantil por

residência da mãe(por 1.000 nados-vivos)

Mortalidade neonatal

por residência da mãe(por 1.000 nados-vivos)

ANO

Taxa Bruta de

Mortalidade

(0/00)

Natalidade por

residência da mãe(por 1.000 habitantes)*

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

4. Rede de Cuidados de Saúde e (re) organização dos Serviços

A rede de cuidados de saúde primários da Região de Saúde do Centro inclui 84

centros de saúde, sendo 20 integrados nas ULS de Castelo Branco e Guarda e os

restantes 64 nos ACeS da ARSC.

As unidades funcionais dos ACeS asseguram, nos termos legais, a prestação de

cuidados de saúde primários à população da sua área geodemográfica (quadro 13).

A rede hospitalar do Serviço Nacional de Saúde (SNS) está organizada em 5 centros

hospitalares, 2 hospitais centrais especializados, 1 hospital distrital, 3 hospitais de nível

1 e 3 hospitais integrados em ULS.

Quadro 13 - Rede de cuidados de saúde da ARSC em 2012

ACES

Celas

Condeixa-a-Nova

Eiras ● Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, EPE

Fernão de Magalhães

Norton de Matos

Penacova ● Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, EPE

S. Martinho do Bispo

Santa Clara

Figueira da Foz

Montemor-o-Velho

Soure

Cantanhede

Mealhada

Mira

Mortágua

Águeda

Anadia

Oliveira do Bairro

Sever do Vouga

Albergaria-a-Velha

Aveiro

Ílhavo

Vagos

Estarreja

Murtosa

Ovar

● Hospital Arcebispo João Crisóstomo

● Centro de Medicina e Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais

Baixo Mondego II

HOSPITAIS (por localização geográfica)CENTRO DE SAÚDE

Baixo Mondego I

● Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE

Baixo Vouga III

Baixo Vouga I

Baixo Mondego III

Baixo Vouga II

● Hospital Visconde de Salreu

● Hospital Dr. Francisco Zagalo

● Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE

-

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

(cont.)

ACES

Belmonte

Covilhã ● Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE

Fundão

Viseu 1

Viseu 3

Aguiar da Beira

Castro Daire

Oliveira de Frades

São Pedro do Sul

Sátão

Vila Nova de Paiva

Vouzela

Carregal do Sal

Mangualde

Nelas

Penalva do Castelo

Santa Comba Dão

Tondela

Arganil

Góis

Lousã

Miranda do Corvo

Oliveira do Hospital

Pampilhosa da Serra

Tábua

Vila Nova de Poiares

Alvaiázere

Ansião

Castanheira de Pera

Figueiró dos Vinhos

Pedrogão Grande

Penela

Pinhal Litoral I Pombal ● Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE

Arnaldo Sampaio

Batalha

Gorjão Henriques ● Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE

Marinha Grande

Porto de Mós

-

Pinhal Litoral II

● Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE

-

Dão-Lafões I

Dão-Lafões II

Dão-Lafões III

Pinhal Interior Norte I -

-Pinhal Interior Norte II

Cova da Beira

CENTRO DE SAÚDE HOSPITAIS (por localização geográfica)

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

(cont.)

ULS HOSPITAIS (por localização geográfica)

Castelo Branco

Idanha-a-Nova

Oleiros

Penamacor

Proença-a-Nova

Sertã

Vila de Rei

Vila Velha de Rodão

Almeida

Celorico da Beira

Figueira de Castelo Rodrigo

Fornos de Algodres

Gouveia ● Hospital Sousa Martins

Guarda

Manteigas

Meda ● Hospital Nossa Senhora da Assunção

Pinhel

Sabugal

Seia

Trancoso

Castelo Branco

Guarda

● Hospital Amato Lusitano

CENTRO DE SAÚDE

,

Fonte: ARSC

4.1. Cuidados de Saúde Primários

Os cuidados de saúde primários (CSP) são o primeiro nível de acesso dos cidadãos à

prestação de cuidados de saúde, assumindo importantes funções de promoção da

saúde e prevenção da doença, prestação de cuidados na doença e ligação a outros

serviços para a continuidade dos cuidados.

O Decreto-Lei n.º28/2008, introduziu um novo modelo organizativo e de gestão da

rede de prestação de cuidados através da criação dos ACeS.

Os ACeS são serviços de saúde com autonomia administrativa, constituídos pelas

seguintes unidades funcionais:

Unidades de saúde familiar (USF);

Unidade de cuidados de saúde personalizados (UCSP);

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Unidade de cuidados na comunidade (UCC);

Unidade de saúde pública (USP);

Unidade de recursos assistenciais partilhados (URAP);

Outras unidades ou serviços, propostos pela respetiva ARSC, e aprovados por

despacho do Ministério da Saúde, e que venham a ser considerados como

necessários.

Unidades de Saúde Familiar (USF)

As USF são unidades funcionais dos ACeS que surgem de um movimento

organizativo voluntário de um conjunto de profissionais de saúde e visam, a par das

UCSP, a prestação de cuidados de saúde individuais.

Em 2012 entraram em funcionamento 2 novas USF na Região de Saúde do Centro:

Fernando Namora e Rainha S. Isabel (ACeS Baixo Mondego I).

Assim, a 31 de dezembro de 2012 encontravam-se em atividade 36 USF, 22 das quais

a funcionar em modelo A e 14 a funcionar de acordo com o modelo B (quadro 14).

Quadro 14 - Caraterização das USF segundo o modelo de funcionamento

N.º % N.º %

Modelo A 21 62 22 61 5%

Modelo B 13 38 14 39 8%

Total 34 100 36 100 6%

F o nte: ER A

USF2011 2012 ∆

2011/2012

O ano em que foi criado um maior número de USF foi 2008, assistindo-se a uma

diminuição progressiva, porventura explicável pela escassez de recursos humanos

médicos e pelo caráter auto-organizativo destas unidades funcionais.

O ACeS do Baixo Mondego I (7 USF), Baixo Vouga II (5 USF) e Dão Lafões I (5 USF)

são aqueles que detêm o maior número de USF em funcionamento, conforme indica o

quadro 15.

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40

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 15 - Unidades de Saúde Familiar na Região de Saúde do Centro em 2012

Modelo A Modelo B

Condeixa 04-09-2006 01-07-2008

Briosa 05-02-2007 01-07-2009

Cruz de Celas 05-02-2007 01-07-2009

CelaSaúde 18-11-2009

Mondego 23-12-2010

Fernando Namora 02-11-2012

Rainha S. Isabel 26-11-2012

S.Julião 30-12-2006

Vitasaurium 30-10-2006

Buarcos 11-12-2007 01-01-2010

Marquês de Marialva 02-07-2007

As Gândaras 15-09-2008

Progresso e Saúde 01-10-2010

Moliceiro 14-05-2007 01-03-2010

Santa Joana 23-06-2008

Beira Ria 15-12-2008

Flor do Sal 26-03-2010

Rainha D. Tereza 09-12-2010

Barrinha 27-12-2007 01-07-2009

João Semana 15-12-2008 01-04-2011

S. João de Ovar 17-12-2008

Alpha 29-12-2009

Grão Vasco 23-10-2006 01-09-2008

Infante D. Henrique 02-07-2007 01-12-2008

Viriato 09-12-2008 01-04-2011

Lusitana 28-07-2009 01-06-2012

Viseu Cidade 28-07-2009

Lafões 02-12-2008

Montemuro 09-12-2010

Dão-Lafões III Estrela do Dão 16-05-2011

Serra da Lousã 19-11-2007 01-10-2008

Trevim-Sol 16-09-2011

Santiago 01-03-2007 01-07-2009

D. Dinis 29-11-2007 01-11-2008

Condestável 26-09-2011

ULS Guarda A Ribeirinha 15-07-2009

Dão-Lafões II

Pinhal Interior Norte I

Pinhal Litoral II

Baixo Mondego II

Baixo Mondego III

Baixo Vouga II

Baixo Vouga III

Dão-Lafões I

Baixo Mondego I

Entrada em

funcionamento ACES/ULS CENTRO DE SAÚDE

Fonte: ERA

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41

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP)

As UCSP, à semelhança das USF, prestam cuidados personalizados individualizados

de saúde, garantindo as suas acessibilidades, continuidade e globalidade. Em 2012,

estavam em funcionamento 82 UCSP.

Quadro 16 - Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados na Região de Saúde do Centro em 2012

Fernão de Magalhães 12-12-2011

Penacova 12-12-2011

Figueira da Foz Norte 19-06-2009

Figueira da Foz Sul 19-06-2009

Figueira da Foz Urbana 19-06-2009

Soure 19-06-2009

Montemor-o-Velho 20-07-2009

Mealhada 13-09-2010

Cantanhede 20-09-2010

Mira 20-09-2010

Mortágua "Juíz de Fora" 27-09-2010

Oliveira do Bairo I 04-05-2010

Águeda I 02-06-2010

Águeda V 02-12-2010

Oliveira do Bairro II 02-12-2010

Águeda II 04-02-2011

Anadia III 04-02-2011

Anadia I 04-02-2011

Sever do Vouga 01-06-2011

Agueda IV 25-11-2011

Agueda III 15-02-2012

Ilhavo I 01-04-2010

Ilhavo II 01-04-2010

Albergaria-a-Velha 09-12-2010

Aveiro I 17-01-2011

Aveiro II 17-01-2011

Vagos I 31-01-2011

Vagos II 31-01-2011

Belmonte 01-06-2010

Covilhã 01-06-2010

Fundão 01-06-2010

Tortozendo 01-06-2010

Dão-Lafões I D.Duarte 01-07-2009

Aguiar da Beira 1.º trimestre 2010

Castro Daire 1.º trimestre 2010

S.Pedro do Sul 1.º trimestre 2010

Sátão 1.º trimestre 2010

Vila Nova de Paiva 1.º trimestre 2010

Vouzela 1.º trimestre 2010

Cova da Beira

Dão-Lafões II

Baixo Vouga II

Baixo Mondego III

Baixo Vouga I

Entrada em

funcionamento

Baixo Mondego I

Baixo Mondego II

ACeS/ULS CENTRO DE SAÚDE

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42

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

(cont.)

Campo-Caramulo 01-05-2011

Canas de Santa Maria 01-05-2011

Canas de Senhorim 01-05-2011

Carregal do Sal 01-05-2011

Mangualde 01-05-2011

Penalva do Castelo 01-05-2011

Santa Comba Dão 01-05-2011

Tondela 02-05-2011

Terras de Azurara 01-05-2011

Arganil 08-07-2010

Góis 08-07-2010

Lousã-Serpins 08-07-2010

Miranda do Corvo 08-07-2010

Oliveira do Hospital 08-07-2010

Pampilhosa da Serra 08-07-2010

Tábua 08-07-2010

Vila Nova de Poiares 08-07-2010

Pombal Oeste 10-05-2010

Marquês 01-04-2011

São Martinho 01-04-2011

Oleiros 01-11-2009

Penamacor 01-11-2009

Proença-a-Nova 01-11-2009

Sertã 01-11-2009

UCSP I 01-11-2009

UCSP II 01-11-2009

UCSP III 01-11-2009

UCSP IV 01-11-2009

UCSP V 01-11-2009

Vila de Rei 01-11-2009

Vila Velha de Rodão 01-11-2009

CS Almeida 10-03-2011

CS Celorico 10-03-2011

CS Figueira de Castelo Rodrigo 10-03-2011

CS Fornos de Algodres 10-03-2011

CS Gouveia 10-03-2011

CS Guarda 10-03-2011

CS Manteigas 10-03-2011

CS Meda 10-03-2011

CS Pinhel 10-03-2011

CS Sabugal 10-03-2011

CS Seia 10-03-2011

CS Trancoso 10-03-2011

ULS Guarda

ACeS/ULS CENTRO DE SAÚDE Entrada em

funcionamento

ULS Castelo Branco

Pinhal Litoral I

Dão-Lafões III

Pinhal Interior Norte I

Fonte: ACeS, ULS

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC)

As UCC foram regulamentadas pelo Despacho n.º 10143/2009, de 16 de abril e

têm como missão a prestação de cuidados de saúde e apoio psicológico e social de

âmbito domiciliário e comunitário, especialmente às pessoas, famílias e grupos mais

vulneráveis, em situação de maior risco ou dependência física e funcional ou doença

que necessite de acompanhamento próximo.

Estas equipas atuam, ainda, na educação para a saúde, na integração em redes de

apoio à família e na implementação de unidades móveis de intervenção, garantindo a

continuidade e qualidade dos cuidados prestados.

Resultando de um processo de candidatura com a respetiva autorização e

homologação pelo Conselho Diretivo da ARSC, em 2012 iniciaram a sua atividade 4

UCC, conforme quadro infra, sendo que no total existiam em funcionamento 13 UCC.

Quadro 17 - Unidades de Cuidados na Comunidade na Região de Saúde do Centro em 2012

CENTRO DE SAÚDE

Soure 11-01-2011

Farol do Mondego 17-04-2012

Baixo Vouga I Vouga 11-07-2011

Baixo Vouga II Albergaria-a-Velha 10-12-2010

Cova da Beira Belmonte 01-02-2011

Castro Daire 14-12-2010

Mirante do Seixo 01-11-2012

Dão-Lafões III Nelas 19-11-2010

Arouce 01-10-2010

Pedra da Sé-Tábua 11-08-2010

Torre de Sinos 20-03-2012

Por Poiares 17-04-2012

ULS Guarda Seia 03-10-2011

Entrada em

funcionamento

Baixo Mondego II

Dão-Lafões II

Pinhal Interior Norte I

ACeS/ULS

Fonte: ACeS, ULS

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Unidades de Saúde Pública (USP)

As USP abrangem toda a área geográfica do ACeS e têm como competências

elaborar informação e planos no domínio da saúde pública, proceder à vigilância

epidemiológica, gerir e monitorizar programas de saúde no âmbito da prevenção,

promoção e proteção da saúde e ainda colaborar no exercício das funções de

autoridade de saúde.

Nos termos da legislação em vigor, as USP detêm a missão de observatório de saúde

da área geodemográfica correspondente ao ACeS em que se integram, dotando

desta forma, os decisores de informação em saúde necessária à tomada de decisão.

Em 31/12/2012 encontravam-se em funcionamento 17 USP, correspondentes à

totalidade dos 14 ACeS da ARSC e às ULS da região. A ULS de Castelo Branco

dispõe de duas destas unidades.

Unidades de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP)

Estas unidades, criadas ao abrigo do Decreto-Lei n.º 28/2008 de 22 de fevereiro,

abrangem todo o território do ACeS (à semelhança das USP) e prestam serviços de

consultoria e assistenciais às outras unidades funcionais, organizando ainda as

ligações funcionais com os serviços hospitalares.

A 31/12/2012 encontravam-se em funcionamento e devidamente formalizadas, 15

destas unidades funcionais.

Unidades de Apoio à Gestão (UPA)

A 31/12/2012 a ARSC dispunha de 14 unidades de apoio à gestão em funcionamento.

Estas unidades, criadas ao abrigo da alínea f) do número 1 do artigo 7º do

Decreto-Lei n.º 28/2008 de 22 de fevereiro, prestam apoio administrativo e geral ao

diretor executivo, ao conselho clínico e de saúde e às demais unidades funcionais do

ACeS.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

4.2. Cuidados de Saúde Hospitalares

A rede hospitalar da ARSC é constituída desde 1 de abril de 2011 por 5 centros

hospitalares, 2 hospitais centrais especializados (Instituto Português de Oncologia de

Coimbra e o Centro de Medicina Física e Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais

(CMRRC - Rovisco Pais), 1 hospital distrital (Hospital Distrital da Figueira da Foz,

EPE), 3 hospitais de nível 1 e 3 hospitais integrados em duas ULS (Hospital Sousa

Martins e Hospital de Seia e Hospital Amato Lusitano) – totalizando 21 entidades

prestadoras de cuidados hospitalares do SNS, correspondentes a 13 instituições.

Quadro 18 - Rede Hospitalar da ARSC

HOSPITAIS EPE ENTIDADES INTEGRADAS

● Hospital Distrital de Águeda

● Hospital Infante D. Pedro, EPE

● Hospital Visconde Salreu de Estarreja

● Hospital Distrital da Covilhã

● Hospital Distrital do Fundão

● Hospital Distrital de Pombal

● Hospital de Santo André, EPE

● Hospital Cândido de Figueiredo

● Hospital São Teotónio, EPE

● Centro Hospitalar de Coimbra, EPE

● Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra

● Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE ● Hospital Amato Lusitano

● Hospital Sousa Martins

● Hospital Nossa Senhora da AssunçãoUnidade Local de Saúde da Guarda, EPE

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE

Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE

Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE

HOSPITAIS SPA

Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais - Tocha

Hospital Arcebispo João Crisóstomo - Cantanhede

Hospital Doutor Francisco Zagalo - Ovar

Hospital José Luciano de Castro - Anadia

Fonte: ARSC

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

A lotação praticada a dezembro de 2012 (excluindo berçário, quartos particulares e

camas de cuidados continuados) corresponde a 5.164 camas. O Centro Hospitalar e

Universitário de Coimbra, EPE (CHUC), a maior entidade hospitalar do País,

destaca-se com um total de 2.130 camas, correspondentes a 39% da lotação

praticada na região.

Relativamente a 2011, observou-se um decréscimo regional global da lotação

praticada de 5%.

Quadro 19 - Lotação praticada nos Hospitais da Região Centro em 2011 e 2012

HOSPITAIS 2011 2012

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 509 426 -83 ↘

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 319 318 -1 ↘

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 537 553 16 ↗

Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE 646 650 4 ↗

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 2.280 2.130 -150 ↘

Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais 101 96 -5 ↘

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 144 144 ´0 =

Hospital Doutor Francisco Zagalo - Ovar 28 35 7 ↗

Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE 191 186 -5 ↘

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 293 265 -28 ↘

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 373 361 -12 ↘

Região de Saúde do Centro 5.421 5.164 -257 ↘

F o nte: SIC A

Δ

2011/2012

Do total de camas, 248 são destinadas a doentes da psiquiatria (forense, residentes e

reabilitação psicossocial) conforme quadro infra.

Quadro 20 - Lotação de Psiquiatria nos Hospitais da Região Centro em 2011 e 2012

HOSPITAIS Forenses Residentes Reabilitação

Psicossocial

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 0 1 0

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 0 50 0

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 110 77 10

Região de Saúde do Centro 110 128 10

F o nte: SIC A

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

4.3. Cuidados Continuados Integrados

A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) foi criada através do

Decreto-Lei n.º 101/2006 de 6 de junho. A sua implementação tem vindo a ser

realizada de uma forma sustentada e baseada na integralidade, globalidade,

interdisciplinaridade, intersetorialidade (setores social e da saúde), inserção na

comunidade, qualidade e continuidade assistencial, garantindo o princípio da

autonomia e desenvolvendo a participação da família, fomentando a permanência das

pessoas no seu domicílio e assente na metodologia do trabalho por objetivos.

Em dezembro de 2012 a lotação da RNCCI na ARSC atinge 1.666 camas em

unidades de internamento (mais 59 camas em relação a 2011). De acordo com o

estimado, representa quase 60% das necessidades relativas à população com mais de

65 anos.

Existem quatro tipos de unidades que se diferenciam segundo as tipologias: Unidades

de Convalescença (UC), Unidades de Média Duração e Reabilitação (UMDR),

Unidades de Longa Duração e Manutenção (ULDM) e Unidades de Cuidados

Paliativos (UP).

Quadro 21 - Camas da RNCCI na Região Centro em 31/12/2012

DISTRITO/TIPOLOGIA UC UMDR ULDM UP TOTAL

Aveiro 40 80 53 0 173

Castelo Branco 18 56 94 0 168

Coimbra 110 242 380 14 746

Guarda 34 69 78 11 192

Leiria 0 96 66 0 162

Viseu 0 54 151 20 225

Região de Saúde do Centro 202 597 822 45 1.666

F o nte: Gestcare C C I, 2012

Relativamente ao número de lugares no domicílio, cuja prestação de cuidados é

efetuada pelas Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI), existem 33

equipas com capacidade para 630 lugares.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

UP UC UMDR ULDM ECCI

A figura 5 apresenta a distribuição geográfica na Região Centro em termos de

unidades de internamento e equipas domiciliárias de cuidados continuados integrados.

Figura 5 - RNCCI na Região Centro

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

5. Caraterização Económico-Financeira

Na sequência da publicação dos novos estatutos da ARSC, através da Portaria n.º

164/2012 de 22 de maio, foi implementado um novo modelo organizacional, com

reestruturação dos serviços centrais e desconcentrados. Estas alterações estruturais,

tiveram como objetivo, a racionalização de recursos (humanos, materiais e financeiros)

repercutindo-se diretamente ao nível da prestação de cuidados de saúde.

Em 2012, face a este novo cenário organizativo, os ACeS revelaram-se na prática, o

cerne da reestruturação prevista. De facto parte importante desta reorganização, foi

concretizada através da fusão dos ACeS, que de um total de 14 no início do ano

passaram a 6 em 30 de novembro de 2012. De igual forma merece relevo a integração

do Instituto da Droga e da Toxicodependência, IP, (IDT), resultante da aplicação do

Decreto-Lei n.º 124/2011 de 29 de dezembro.

Assim, desde o início de 2012, foi preparada a reorganização estrutural da ARSC, IP e

adotadas algumas medidas indispensáveis a uma transição organizativa bem

sucedida, sem prejuízo para o bom funcionamento dos serviços e criando condições

para a maximização de ganhos nos serviços prestados, com economias de escala

obtidas através da redução das estruturas administrativas e da maior concentração

dos recursos disponíveis.

5.1. Informação Contabilística e Financeira

O ano de 2012 foi marcado pela revisão de regulamentos e de normas internas, dos

quais se destaca o regulamento dos fundos de maneio e a redefinição de

competências das unidades orgânicas e respetivos intervenientes, bem como adoção

de procedimentos administrativos e financeiros no cumprimento de nova legislação, da

qual se destaca a Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso publicada através

da Lei n.º 8/2012 de 21 de fevereiro e regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 127/2012 de

21 de junho.

Por outro lado, tendo por objetivo o controlo dos encargos do exercício económico,

assumidos por cada ACeS, manteve-se o princípio de centralização dos

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

procedimentos de autorização da despesa, à semelhança do que se tinha verificado

no ano anterior, bem como a atribuição de fundos permanentes por ACeS, para fazer

face a despesas inadiáveis e urgentes, nomeadamente despesas de funcionamento

(reembolsos a utentes, consumos de eletricidade, água, combustíveis, oxigénio e

pequenas reparações).

No que respeita à utilização dos fundos disponíveis, foi feito um trabalho intenso de

recuperação dos prazos de pagamento, dando-se prioridade à liquidação de toda a

faturação validada, vencida ou vincenda, do qual resultou um valor de encargos em

dívida a transitar para o ano seguinte, manifestamente inferior ao que havia transitado

de 2011 para 2012. No que respeita a dívidas de terceiros, as rubricas de maior

ênfase reportam-se a subsistemas de saúde, no qual se destaca a ADSE. De facto,

com a alteração do processo de financiamento dos custos resultantes da prestação de

serviços aos utentes da ADSE, constatou-se uma atitude de reserva por parte desta

entidade, em relação à assunção do pagamento de dívidas anteriores a 2011.

5.2. Proveitos e Ganhos

5.2.1. Proveitos

Os proveitos e ganhos atingiram no período em análise, o valor de 700.130.428 €, que

representa um aumento de 3,04% face ao período homólogo (↑ 20.635.882 €). Esta

situação decorre, principalmente do aumento dos valores na rubrica – Outros

Proveitos, superiores ao mesmo período do ano transato, 468,2% (↑ 71.313.804 €).

Este relevante aumento em 2012, deve-se à contabilização de 46.682.348,89 € na

rubrica proveitos extraordinários, no âmbito do processo de regularização de dívidas

às entidades EPE.

Gráfico 12 - Evolução dos Proveitos em 2011 e 2012 (€)

Fonte: ARSC

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

5.2.2. Recebimentos vs Cobranças

No que toca aos recebimentos, em 2012 verifica-se um acréscimo de cerca de 4,9%

(906.589 €) face o período homólogo 2011, conforme se demonstra no gráfico

seguinte.

Gráfico 13 - Evolução dos recebimentos em 2011 e 2012 (€)

Fonte: ARSC

O acréscimo de recebimentos é caraterizado essencialmente pelo aumento das

cobranças na rubrica 712 – Prestação de Serviços, o que representa em 2012 cerca

97,8% dos proveitos enquanto em 2011 representava somente 85,7%.

No que respeita às cobranças, em termos globais enquanto em 2011 ficaram por

cobrar 6,7% dos proveitos, em 2012 o nível de cobranças foi menor tendo ficado por

cobrar 9,1% dos proveitos.

5.3. Custos e Perdas

5.3.1. Encargos Assumidos

A nível dos custos e perdas constata-se, conforme pode ser confirmado no gráfico

apresentado, comparando as importâncias assumidas entre os períodos em análise,

uma variação percentual favorável de 15,9% (↓ 113.611.805,38€).

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 14 - Evolução dos encargos assumidos em 2011 e 2012 (€)

Fonte: ARSC

Da análise das principais rubricas, destaca-se claramente como rubrica dominante na

estrutura dos custos a rubrica – Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) -

-Subcontratos, com um peso relativo de 65,01% em 2011 e 70,6% em 2012. Esta

rubrica apresenta um decréscimo de 8,6%, correspondendo em termos de valor, a (↓

40.221.354 €).

Este decréscimo é consubstanciado pelos encargos de subcontratos de maior peso,

nomeadamente: prescrição de medicamentos, cuidados farmacêuticos e diabetes.

Gráfico 15 - Evolução de encargos com subcontratos em 2011 e 2012 (€)

Fonte: ARSC

Em 2012 o encargo com medicamentos regista um decréscimo de cerca de 11,9% a

que corresponde em valor (↓ 33.491.154 €).

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

5.3.2. Encargos em Dívida

No que concerne aos encargos em dívida, verifica-se em 2012 um decréscimo de

cerca de 70,9%, (↓ 119.800.226 €) tal como é possível observar no gráfico seguinte.

Gráfico 16 - Evolução dos encargos em dívida em 2011 e 2012 (€)

Fonte: ARSC

Esta variação é caraterizada por um acréscimo no volume de pagamentos dos

encargos, sobre os quais se destacam as seguintes rúbricas:

Subcontratos

Correçõesrelativas a anos anteriores

2011

80,7%

66,6%

2012

92,4%

82,6%

5.4. Publicidade Institucional

Durante o ano de 2012, a ARSC registou na rubrica 62233 – Publicidade e

Propaganda, um gasto com 344,44 €, valor este significativamente inferior ao do ano

2011, o que representa um decréscimo de 95,4%.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

6. Balanço Social

A 31/12/2012, de acordo com as regras para a construção do Balanço Social, existiam

4.336 trabalhadores (menos 66 trabalhadores relativamente a 2011) em funções na

ARSC (sede e serviços desconcentrados) dos quais 79% do sexo feminino e 21% do

sexo masculino.

A idade dos trabalhadores estava compreendida entre os 20 e os 69 anos, sendo que

a maioria tinha mais de 45 anos de idade (62%) e o grupo etário com uma maior

proporção de efetivos é o dos 55 a 59 anos (23%). A idade média dos trabalhadores, à

data em questão, é de 48 anos.

Gráfico 17 - Pirâmide etária dos trabalhadores da ARSC

Fonte: ARSC

Para além destes, existiam 17 trabalhadores em prestação de serviços (avença),

todos eles com idade compreendida entre os 20 e 49 anos.

Considerando a modalidade de vinculação, 99% dos trabalhadores detinha Contratos

de Trabalho em Funções Públicas, dos quais 86% por tempo indeterminado e 14% a

termo resolutivo (certo e incerto). Os restantes trabalhadores estavam em Comissão

de Serviço no âmbito da Lei sobre regimes Vinculação, Carreiras e Remunerações,

em Cargo Político Mandato e no âmbito do Código do Trabalho.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 18 - Distribuição dos trabalhadores da ARSC por tipo de vínculo

Fonte: ARSC

As carreiras médicas e de enfermagem são as mais prevalentes, correspondendo a

53% dos trabalhadores da ARSC. A proporção de assistentes técnicos e de

assistentes operacionais é também notória, com cerca de 38% dos trabalhadores.

Gráfico 19 - Distribuição dos trabalhadores da ARSC por categoria profissional

Fonte: ARSC

Entre as carreiras mais prevalentes (enfermeiros e médicos), a maioria dos médicos

tinha mais de 50 anos de idade (61%) e a distribuição por sexos era equivalente. No

que respeita aos enfermeiros, 79% tinham idades inferiores a 50 anos e na sua

maioria eram do sexo feminino (88%).

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 20 - Pirâmide etária dos profissionais médicos e de enfermagem efetivos na ARSC

Fonte: ARSC

Em mobilidade geral encontravam-se 71 trabalhadores (mais 11 trabalhadores

relativamente a 2011), designadamente 50 em cedência de interesse público e 20 em

mobilidade interna, predominantemente pertencentes às carreiras de enfermagem e

assistente técnico.

O nível médio de antiguidade dos trabalhadores na respetiva carreira era de cerca de

20 anos de serviço. Considerando as carreiras mais prevalentes, é de referir que 41%

dos médicos trabalha há mais de 30 anos na carreira e cerca de 68% dos enfermeiros

tem menos de 20 anos de serviço; por outro lado, 35% dos assistentes técnicos tem

mais de 30 anos de serviço.

Gráfico 21 - Percentagem dos trabalhadores segundo o nível de antiguidade

Fonte: ARSC

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

No ano de 2012, a saída de trabalhadores foi mais significativa nas carreiras de

assistente operacional (27%), assistente técnico (26%) e médica (25%), tendo ocorrido

maioritariamente (em 45% dos casos) por motivos de reforma/aposentação.

As ausências ao trabalho dos profissionais da ARSC totalizaram 78.366 dias em

2012, menos 4% relativamente ao ano anterior, e deveram-se principalmente a doença

(57%) e a proteção na parentalidade (19%).

O total de encargos com pessoal no ano de 2012 somou 93.782.407 € (excluem-se os

encargos com a entidade patronal) e destinou-se essencialmente ao pagamento da

remuneração base (81%) e suplementos remuneratórios (15%). De entre os encargos

com suplementos remuneratórios, destaca-se o pagamento de trabalho extraordinário

(52%) e o pagamento de outros suplementos remuneratórios (25%).

Cerca de 60% dos suplementos remuneratórios foram pagos a médicos, devido

principalmente a trabalho extraordinário (49%) e a outros suplementos remuneratórios

(25%). Os enfermeiros auferiram 22% dos suplementos remuneratórios pelos mesmos

motivos dos médicos (57% e 30% respetivamente por trabalho extraordinário e

outros suplementos remuneratórios).

Os encargos com prestações sociais representaram 4% das despesas com pessoal

em 2012, 87% dos quais devidos a subsídio de refeição, seguindo-se o

pagamento do abono de família (6%) e os subsídios no âmbito da parentalidade (5%).

Em 2012 registaram-se 58 acidentes de trabalho (55 acidentes no local de trabalho e 3

In Itinere), e em 45% houve necessidade de baixa do funcionário. Dos acidentes de

trabalho resultaram 417 dias de trabalho perdidos. Não foram declarados casos de

incapacidade permanente relativamente aos trabalhadores vítimas de acidente de

trabalho, no entanto, a 16 funcionários foi considerada incapacidade temporária. No

âmbito das atividades de medicina no trabalho efetuaram-se 96 exames médicos,

totalizando os encargos correspondentes 4.337 €.

No que diz respeito a ações de formação profissional no ano de 2012, registaram-se

1.638 participações, internas, e na sua maioria com duração inferior a 30 horas

(83%). As despesas com formação (suportadas pelo orçamento do serviço)

somaram 103.299 € e tiveram a participação de enfermeiros, médicos, técnicos

superiores de saúde, assistentes técnicos, assistentes operacionais, técnicos

superiores, dirigentes e técnicos de diagnóstico e terapêutica, sendo as participações

mais representativas as dos enfermeiros (34%), médicos (29%) e técnicos superiores

de saúde (20%).

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58

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Capítulo III – Produção de

Cuidados de Saúde

① Produção em Cuidados de Saúde Primários

② Produção em Cuidados de Saúde Hospitalares

③ Produção em Cuidados Continuados Integrados

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59

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

1. Produção em Cuidados de Saúde Primários

1.1. Utentes Inscritos e Utilizadores

Em dezembro de 2012, a Região de Saúde do Centro tinha um total de 1.907.299

utentes inscritos, 85% dos quais inscritos nos serviços desconcentrados da ARSC

(ACeS).

Olhando à caraterização dos utentes inscritos (gráfico 22), a faixa etária dos 35-39

anos é a que apresenta maior volume de utentes para ambos os géneros. Nas

mulheres, o grupo etário com menor volume situa-se nos 0-4 anos e nos homens, nas

idades superiores aos 85 anos.

Gráfico 22 - Pirâmide etária dos utentes inscritos na Região Centro em 2012

Fonte: SIARS

Comparativamente ao ano anterior verificou-se uma diminuição de 0,9% do número

inscritos o que corresponde a menos 17.350 utentes (quadro 22).

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60

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 22 - Utentes inscritos e utilizadores na Região de Saúde do Centro em 2011 e 2012

2011 2012∆

2011/20122011 2012

2011/2012

Baixo Mondego I 203.301 203.087 -0,1% 133.103 133.479 0,3% 65,7%

Baixo Mondego II 116.591 115.174 -1,2% 81.197 76.287 -6,0% 66,2%

Baixo Mondego III 90.510 89.777 -0,8% 67.805 65.596 -3,3% 73,1%

Baixo Vouga I 124.468 122.474 -1,6% 87.766 85.822 -2,2% 70,1%

Baixo Vouga II 181.233 180.769 -0,3% 122.361 121.073 -1,1% 67,0%

Baixo Vouga III 102.388 101.570 -0,8% 74.630 72.761 -2,5% 71,6%

Cova da Beira 98.604 97.631 -1,0% 59.772 58.711 -1,8% 60,1%

Dão-Lafões I 110.251 110.145 -0,1% 71.132 71.271 0,2% 64,7%

Dão-Lafões II 84.193 82.236 -2,3% 63.946 61.757 -3,4% 75,1%

Dão-Lafões III 103.104 101.866 -1,2% 71.075 67.707 -4,7% 66,5%

Pinhal Interior Norte I 97.540 96.503 -1,1% 74.834 74.006 -1,1% 76,7%

Pinhal Interior Norte II 44.121 43.484 -1,4% 33.388 32.182 -3,6% 74,0%

Pinhal Litoral I 60.804 60.247 -0,9% 40.052 38.747 -3,3% 64,3%

Pinhal Litoral II 226.093 225.475 -0,3% 147.547 143.270 -2,9% 63,5%

ULS Castelo Branco 117.272 115.370 -1,6% 80.593 80.608 0,0% 69,9%

ULS Guarda 164.176 161.491 -1,6% 113.413 111.043 -2,1% 68,8%

Região de Saúde do Centro 1.924.649 1.907.299 -0,9% 1.322.614 1.294.320 -2,1% 67,9%

F o nte: SIA R S

ACeS/ULS

Total de Inscritos Total de Utilizadores Taxa de

Utilização

Global

2012

Em dezembro de 2012, o número de utentes utilizadores dos CSP foi de 1.294.320,

tendo sofrido um pequeno decréscimo relativamente a dezembro de 2011 (-2,1%).

Em termos de taxa de utilização global, o ACeS Pinhal Interior Norte I é aquele em que

a proporção de utilizadores é maior (76,7%, sendo a média regional de 67,9%), em

contrapartida do ACeS do Pinhal Litoral II onde se verifica a menor taxa de utilização,

63,5%.

Gráfico 23 - Variação percentual dos utentes inscritos e dos utentes utilizadores em 2012 vs 2011

Fonte: SIARS

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Relativamente aos utentes inscritos o comportamento entre 2011 e 2012 é sempre o

de decréscimo, em todos os ACeS, no entanto, relativamente aos utentes utilizadores

existem ligeiros acréscimos no ACeS Dão Lafões I (↑0,2%) e Baixo Mondego I

(↑0,3%).

A maioria dos utentes inscritos nos CSP tem médico de família atribuído (92%), no

entanto, é de salientar que dos utentes sem médico de família atribuído e que

representam 8% do total de inscritos nesta região, 0,2% não têm médico de família

por opção.

Quadro 23 - Utentes inscritos sem médico de família atribuído, por ACeS e ULS em 2011 e 2012

2011 2012∆

2011/20122011 2012

2011/20122011 2012

Baixo Mondego I 24.194 18.617 -23,1% 203.301 203.087 -0,1% 11,9% 9,2%

Baixo Mondego II 7.711 8.762 13,6% 116.593 115.174 -1,2% 6,6% 7,6%

Baixo Mondego III 4.993 8.122 62,7% 90.510 89.777 -0,8% 5,5% 9,0%

Baixo Vouga I 18.697 14.529 -22,3% 124.472 122.474 -1,6% 15,0% 11,9%

Baixo Vouga II 10.830 7.265 -32,9% 181.233 180.769 -0,3% 6,0% 4,0%

Baixo Vouga III 3.928 2.005 -49,0% 102.388 101.570 -0,8% 3,8% 2,0%

Cova da Beira 9.084 8.766 -3,5% 98.604 97.631 -1,0% 9,2% 9,0%

Dão-Lafões I 13.456 14.693 9,2% 110.251 110.145 -0,1% 12,2% 13,3%

Dão-Lafões II 4.867 4.346 -10,7% 84.195 82.236 -2,3% 5,8% 5,3%

Dão-Lafões III 22.241 24.404 9,7% 103.116 101.866 -1,2% 21,6% 24,0%

Pinhal Interior Norte I 5.717 3.522 -38,4% 97.540 96.503 -1,1% 5,9% 3,6%

Pinhal Interior Norte II 2.745 2.571 -6,3% 44.121 43.484 -1,4% 6,2% 5,9%

Pinhal Litoral I 3.810 6.222 63,3% 60.804 60.247 -0,9% 6,3% 10,3%

Pinhal Litoral II 28.616 21.137 -26,1% 226.094 225.475 -0,3% 12,7% 9,4%

ULS Castelo Branco 1.113 1.287 15,6% 117.272 115.370 -1,6% 0,9% 1,1%

ULS Guarda 5.997 2.027 -66,2% 164.178 161.491 -1,6% 3,7% 1,3%

Região de Saúde do Centro 167.999 148.275 -11,7% 1.924.672 1.907.299 -0,9% 8,7% 7,8%

% inscritos sem

médico/total

inscritos

F o nte: SIA R S

ACeS/ULS

Inscritos sem médico de família Total de inscritos

Verifica-se que a proporção de utentes sem médico de família é notoriamente mais

elevada no ACeS Dão-Lafões III (24%), em oposição à ULS Castelo Branco, que

regista a menor proporção de utentes sem médico de família (1,1%).

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62

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 24 - Percentagem de utentes inscritos com e sem médico de família em 2012

Fonte: SIARS

1.2. Indicadores

Passam-se a descrever os indicadores que medem a performance do trabalho

desenvolvido na área dos CSP.

1.2.1. Indicadores de Produtividade

1.2.2. Indicadores de Acesso

1.2.5. Indicadores de Desempenho

1.2.3. Indicadores de Qualidade

1.2.4. Indicadores de Ef iciência

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63

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

1.2.1. Indicadores de Produtividade

Em 2012 realizou-se um total de 6.135.157 consultas na Região de Saúde do

Centro observando-se uma diminuição de 8,4% relativamente ao ano anterior, o que

se traduziu em menos 565.624 consultas.

Em virtude do encerramento de alguns Serviços de Atendimento Permanente

(SAP), o número de atendimentos nestes serviços e afins foi o que apresentou a

maior descida (-18,7%). Quanto aos atos de enfermagem, verificou-se um aumento de

10,8% comparativamente ao período homólogo (quadro 24).

Quadro 24 - Produção dos CSP na Região de Saúde do Centro em 2011 e 2012

ACeS/ULS 2011 2012∆

2011/2012

Consultas Programadas e Não Programadas

(Inclui SAP e Afins)6.700.781 6.135.157 -8,4%

Atendimentos em SAP e Afins 874.862 710.863 -18,7%

1as consultas MGF 1.467.467 1.401.252 -4,5%

Domicílios 23.096 22.917 -0,8%

Atos de Enfermagem 3.796.025 4.205.774 10,8%

F o nte: SIA R S

Considerando apenas as consultas de medicina geral e familiar (MGF), realizaram-

se em 2012 um total de 5.359.090 consultas na região, o que correspondeu a uma

diminuição de 6,2% em relação ao ano anterior. Em 2012, as primeiras consultas

corresponderam a 26% do total (diminuição de 4,5% em relação ao ano anterior).

No que diz especificamente respeito aos ACeS, estes apresentam uma diminuição de

7% do total de consultas de MGF em relação ao ano anterior, o que em termos

absolutos representa um decréscimo de 328.337 consultas.

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64

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 25 - Primeiras Consultas de Medicina Geral e Familiar realizadas em 2012

ACeS/ULS Saúde

M aterna

P laneamento

F amiliar

Saúde Infant il

até 13 ano s

Saúde Juvenil

14 ao s 18 ano s

Saúde do

A dulto

T o tal

P rimeiras

co nsultas

Baixo Mondego I 1.098 -5,7% ↘ 15.694 3,9% ↗ 15.998 0,2% ↗ 4.753 -0,6% ↘ 109.861 -3,2% ↘ 147.404 -2,0% ↘

Baixo Mondego II 408 -7,7% ↘ 5.623 1,2% ↗ 8.139 7,4% ↗ 2.463 1,0% ↗ 63.102 8,0% ↗ 79.735 7,1% ↗

Baixo Mondego III 542 -1,5% ↘ 7.288 -11,2% ↘ 6.339 -7,7% ↘ 1.880 -9,6% ↘ 48.236 -5,8% ↘ 64.285 -6,7% ↘

Baixo Vouga I 724 -20,1% ↘ 9.126 5,6% ↗ 9.641 -9,6% ↘ 3.102 -8,1% ↘ 72.689 -15,0% ↘ 95.282 -12,7% ↘

Baixo Vouga II 1.239 -11,4% ↘ 16.019 4,0% ↗ 16.500 -6,1% ↘ 4.930 -8,4% ↘ 97.340 -9,1% ↘ 136.028 -7,4% ↘

Baixo Vouga III 644 -17,0% ↘ 6.662 -0,7% ↘ 8.371 -6,8% ↘ 2.861 -4,4% ↘ 55.127 -0,6% ↘ 73.665 -1,7% ↘

Cova da Beira 347 -4,4% ↘ 6.355 2,7% ↗ 5.052 -0,9% ↘ 1.505 -1,3% ↘ 48.493 -1,9% ↘ 61.752 -1,4% ↘

Dão-Lafões I 661 -0,6% ↘ 9.872 -0,2% ↘ 10.246 -0,5% ↘ 3.055 -0,2% ↘ 59.022 0,4% ↗ 82.856 0,2% ↗

Dão-Lafões II 454 -5,4% ↘ 5.107 -2,6% ↘ 7.061 -15,4% ↘ 2.551 -15,6% ↘ 52.198 -6,3% ↘ 67.371 -7,5% ↘

Dão-Lafões III 545 -9,9% ↘ 5.073 -6,1% ↘ 6.629 -11,0% ↘ 2.077 -13,1% ↘ 55.838 -11,0% ↘ 70.162 -10,7% ↘

Pinhal Interior Norte I 496 -6,1% ↘ 4.752 -7,2% ↘ 8.598 -2,4% ↘ 2.763 -2,7% ↘ 60.521 -3,5% ↘ 77.130 -3,6% ↘

Pinhal Interior Norte II 213 15,1% ↗ 2.365 -2,4% ↘ 2.907 -6,6% ↘ 929 -7,1% ↘ 27.429 -2,3% ↘ 33.843 -2,7% ↘

Pinhal Litoral I 284 -28,3% ↘ 4.117 -21,9% ↘ 4.260 -15,9% ↘ 1.326 -19,3% ↘ 33.722 -19,5% ↘ 43.709 -19,5% ↘

Pinhal Litoral II 1.096 7,2% ↗ 15.033 2,8% ↗ 17.543 -7,5% ↘ 5.300 -8,9% ↘ 120.045 -8,2% ↘ 159.017 -7,1% ↘

ULS Castelo Branco 667 0,6% ↗ 8.373 13,3% ↗ 7.254 -0,3% ↘ 2.405 -2,2% ↘ 70.944 2,1% ↗ 89.643 2,7% ↗

ULS Guarda 814 -3,3% ↘ 9.871 16,9% ↗ 10.887 0,6% ↗ 3.150 -1,7% ↘ 94.648 -0,6% ↘ 119.370 0,7% ↗

Região de Saúde do Centro 10.232 -6,9% ↘ 131.330 1,3% ↗ 145.425 -4,9% ↘ 45.050 -6,2% ↘ 1.069.215 -5,0% ↘ 1.401.252 -4,5% ↘

F o nte: SIA R S

Primeiras Consultas de Medicina Geral e Familiar

2011/ 2012

2011/ 2012

2011/ 2012

2011/ 2012

2011/ 2012

2011/ 2012

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65

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 26 - Consultas Totais de Medicina Geral e Familiar realizadas em 2012

ACeS/ULS Saúde

M aterna

R evisão

P uerpério

P laneamento

F amiliar

Saúde Infant il

até 13 ano s

Saúde Juvenil

do s 14 ao s 18

ano s

Saúde do

A dulto

T o tal de

co nsultas

Baixo Mondego I 6.615 -12,3% ↘ 384 16,7% ↗ 25.416 -0,2% ↘ 43.266 1,1% ↗ 9.382 -3,8% ↘ 473.249 -6,1% ↘ 558.312 -5,4% ↘

Baixo Mondego II 2.864 8,5% ↗ 164 -17,2% ↘ 12.308 3,7% ↗ 21.109 8,3% ↗ 5.248 -1,1% ↘ 277.526 2,0% ↗ 319.219 2,5% ↗

Baixo Mondego III 4.049 -2,5% ↘ 264 5,6% ↗ 10.475 -17,2% ↘ 15.973 -12,0% ↘ 3.595 -19,0% ↘ 229.265 -14,6% ↘ 263.621 -14,4% ↘

Baixo Vouga I 5.734 0,6% ↗ 370 8,2% ↗ 12.999 10,7% ↗ 25.080 -0,4% ↘ 6.520 -2,5% ↘ 344.665 -5,1% ↘ 395.368 -4,3% ↘

Baixo Vouga II 9.501 14,9% ↗ 648 15,1% ↗ 20.963 -0,6% ↘ 47.163 -3,1% ↘ 10.903 -7,9% ↘ 440.260 -8,1% ↘ 529.438 -7,0% ↘

Baixo Vouga III 4.924 -2,3% ↘ 429 5,4% ↗ 8.851 -3,0% ↘ 23.062 -9,9% ↘ 6.159 -11,5% ↘ 248.632 -9,1% ↘ 292.057 -8,9% ↘

Cova da Beira 1.501 -3,5% ↘ 44 -47,6% ↘ 10.268 1,0% ↗ 11.139 0,9% ↗ 2.715 -0,3% ↘ 207.357 -4,5% ↘ 233.024 -3,9% ↘

Dão-Lafões I 5.431 13,1% ↗ 394 -15,1% ↘ 15.105 -6,8% ↘ 28.134 -2,5% ↘ 6.432 -2,9% ↘ 243.402 -6,6% ↘ 298.898 -5,9% ↘

Dão-Lafões II 3.510 0,9% ↗ 172 -26,5% ↘ 7.017 -6,0% ↘ 17.638 -18,4% ↘ 5.111 -19,3% ↘ 226.398 -8,8% ↘ 259.846 -9,6% ↘

Dão-Lafões III 4.074 -2,5% ↘ 202 9,2% ↗ 6.845 -6,6% ↘ 15.712 -5,2% ↘ 4.139 -12,8% ↘ 247.077 -9,1% ↘ 278.049 -8,8% ↘

Pinhal Interior Norte I 3.328 -16,8% ↘ 226 9,7% ↗ 7.626 -11,7% ↘ 23.204 1,5% ↗ 5.783 -4,5% ↘ 277.016 -6,2% ↘ 317.183 -5,9% ↘

Pinhal Interior Norte II 1.287 24,2% ↘ 67 21,8% ↗ 3.213 -13,7% ↘ 6.687 -6,6% ↘ 1.713 -13,4% ↘ 124.991 -7,1% ↘ 137.958 -7,1% ↘

Pinhal Litoral I 1.584 -17,2% ↘ 80 ´0,0% = 5.809 -24,1% ↘ 9.569 -5,1% ↘ 2.504 -18,9% ↘ 150.146 -10,4% ↘ 169.692 -10,9% ↘

Pinhal Litoral II 6.080 16,0% ↗ 345 -9,4% ↘ 20.884 -4,6% ↘ 40.982 -2,4% ↘ 9.614 -9,2% ↘ 455.820 -7,6% ↘ 533.725 -7,0% ↘

ULS Castelo Branco 4.042 -0,2% ↘ 189 -15,2% ↘ 13.802 13,0% ↗ 16.532 1,5% ↗ 4.782 -4,8% ↘ 293.503 -5,0% ↘ 332.850 -4,0% ↘

ULS Guarda 5.647 -0,1% ↘ 278 -7,0% ↘ 15.721 18,0% ↗ 26.778 4,0% ↗ 5.905 -1,8% ↘ 385.521 -3,8% ↘ 439.850 -2,6% ↘

Região de Saúde do Centro 70.171 1,3% ↗ 4.256 -1,0% ↘ 197.302 -1,6% ↘ 372.028 -2,6% ↘ 90.505 -7,8% ↘ 4.624.828 -6,7% ↘ 5.359.090 -6,2% ↘

F o nte: SIA R S

Consultas Totais de Medicina Geral e Familiar

2011/ 2012

2011/ 2012

2011/ 2012

2011/ 2012

2011/ 2012

2011/ 2012

2011/ 2012

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66

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 27 - Consultas Totais realizadas em 2012

ACeS/ULS M GF SA P e A f ins

C o nsultas

D o micilio

(médico )

Outras

Especialidades

Baixo Mondego I 558.312 -5,4% ↘ 38.195 -19,6% ↘ 3.188 -1,1% ↘ 9.573 14,8% ↗

Baixo Mondego II 319.219 2,5% ↗ 16.384 -19,4% ↘ 1.964 1,8% ↗ 1.222 * ↗

Baixo Mondego III 263.621 -14,4% ↘ 81.948 -7,5% ↘ 774 -31,9% ↘ 1.987 * ↗

Baixo Vouga I 395.368 -4,3% ↘ 29.999 -37,3% ↘ 1.376 5,3% ↗ 1.229 * ↗

Baixo Vouga II 529.438 -7,0% ↘ 18.222 -26,5% ↘ 2.537 12,6% ↗ 3.401 22,3% ↗

Baixo Vouga III 292.057 -8,9% ↘ 66.717 -14,4% ↘ 1.948 -16,1% ↘ 2.150 * ↗

Cova da Beira 233.024 -3,9% ↘ 32.355 -16,7% ↘ 156 -34,2% ↘ 360 * ↗

Dão-Lafões I 298.898 -5,9% ↘ ´0 2.232 4,0% ↗ 995 -40,7% ↘

Dão-Lafões II 259.846 -9,6% ↘ 45.725 -4,9% ↘ 1.218 -2,6% ↘ 803 -36,5% ↘

Dão-Lafões III 278.049 -8,8% ↘ 45.036 -20,4% ↘ 716 -5,8% ↘ 3.321 23,5% ↗

Pinhal Interior Norte I 317.183 -5,9% ↘ 90.029 -10,1% ↘ 1.088 7,4% ↗ 1.232 * ↗

Pinhal Interior Norte II 137.958 -7,1% ↘ 34.258 -21,8% ↘ 279 9,0% ↗ 754 * ↗

Pinhal Litoral I 169.692 -10,9% ↘ ´0 445 33,6% ↗ 5 * ↗

Pinhal Litoral II 533.725 -7,0% ↘ 52.227 -27,8% ↘ 1.699 -2,2% ↘ 3.965 * ↗

ULS Castelo Branco 332.850 -4,0% ↘ 67.926 -13,6% ↘ 287 -17,3% ↘ 302 -36,4% ↘

ULS Guarda 439.850 -2,6% ↘ 91.842 -29,0% ↘ 3.010 5,8% ↗ 326 * ↗

Região de Saúde do Centro 5.359.090 -6,2% ↘ 710.863 -18,7% ↘ 22.917 -0,8% ↘ 31.625 69,3% ↗

N o ta: * = C o rrespo ndem a variaçõ es superio res a 200,00%

-

-

F o nte: SIA R S

Consultas Totais 2012

2011/ 2012

2011/ 2012

2011/ 2012

2011/ 2012

As consultas de “Outras Especialidades” referem-se a consultas de:

Estomatologia/Medicina Dentária;

Nutrição;

Oftalmologia;

Ortopedia;

Pneumologia;

Psicologia;

Psiquiatria;

Saúde Pública.

A Saúde Pública foi a especialidade que realizou maior número de consultas (20.984

consultas), realizando 66% do total de consultas de Outras Especialidades.

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67

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 25 - Número de consultas de Saúde Pública realizadas em 2012

Fonte: SIARS

O quadro infra, espelha a desagregação do número de consultas de “Outras

Especialidades”, realizadas pelos ACeS/ULS.

Quadro 28 - Número de consultas de Outras Especialidades realizadas em 2012, por ACeS/ULS

DESIGNAÇÃON .º de

C o nsultas A C eS/ ULS

Estomatologia/Medicina Dentária 2.503 Baixo Vouga II, Dão-Lafões I e III

Nutrição 7 Dão-Lafões II

Oftalmologia 3.716 Baixo Mondego I

Ortopedia 264 Baixo Mondego I

Pneumologia 185 Dão-Lafões I

Psicologia 2.815 Baixo Mondego I

Psiquiatria 1.151 Baixo Mondego I, Dão-Lafões III e ULS Castelo-Branco

Saúde Pública 20.984 Todos os ACeS/ULS

Região de Saúde do Centro 31.625 -

F o nte: SIA R S

Outras Especialidades 2012

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68

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

1.2.2. Indicadores de Acesso

1.2.2.1. Taxa de utilização global de consultas médicas

A taxa de utilização global de consultas médicas em 2012 na Região de Saúde do

Centro foi de 67,9%, correspondendo a uma diminuição em 0,8 p . p . ,

comparativamente com o ano anterior (quadro 29 e gráfico 26).

Quadro 29 - Taxa de utilização global de consultas médicas em 2011 e 2012

N .º

Ut ilizado res

N .º

Inscrito s

T axa de

Ut ilização

N .º

Ut ilizado res

N .º

Inscrito s

T axa de

Ut ilização

Baixo Mondego I 133.103 203.301 65,5% 133.479 203.087 65,7% ↗

Baixo Mondego II 81.197 116.593 69,6% 76.287 115.174 66,2% ↘

Baixo Mondego III 67.805 90.510 74,9% 65.596 89.777 73,1% ↘

Baixo Vouga I 87.766 124.472 70,5% 85.822 122.474 70,1% ↘

Baixo Vouga II 122.361 181.233 67,5% 121.073 180.769 67,0% ↘

Baixo Vouga III 74.630 102.388 72,9% 72.761 101.570 71,6% ↘

Cova da Beira 59.772 98.604 60,6% 58.711 97.631 60,1% ↘

Dão-Lafões I 71.132 110.251 64,5% 71.271 110.145 64,7% ↗

Dão-Lafões II 63.946 84.195 75,9% 61.757 82.236 75,1% ↘

Dão-Lafões III 71.075 103.116 68,9% 67.707 101.866 66,5% ↘

Pinhal Interior Norte I 74.834 97.540 76,7% 74.006 96.503 76,7% =

Pinhal Interior Norte II 33.388 44.121 75,7% 32.182 43.484 74,0% ↘

Pinhal Litoral I 40.052 60.804 65,9% 38.747 60.247 64,3% ↘

Pinhal Litoral II 147.547 226.094 65,3% 143.270 225.475 63,5% ↘

ULS Castelo Branco 80.593 117.272 68,7% 80.608 115.370 69,9% ↘

ULS Guarda 113.413 164.178 69,1% 111.043 161.491 68,8% ↘

Região de Saúde do Centro 1.322.614 1.924.672 68,7% 1.294.320 1.907.299 67,9% ↘

2011/2012

F o nte: SIA R S

ACeS/ULS

2011 2012

Gráfico 26 - Variação da taxa de utilização global de consultas médicas

Fonte: SIARS

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

1.2.2.2. Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar

Em 2012, o número de mulheres em idade fértil (15-49 anos) inscritas nas unidades

funcionais da Região de Saúde do Centro era de 442.798, correspondendo a uma

diminuição de 2% em relação ao ano de 2011.

O número de mulheres com pelo menos uma consulta médica de planeamento familiar

(PF) tem vindo a aumentar, tendo-se verificado uma taxa de crescimento positiva de 0,6

p.p. em 2012 relativamente ao ano anterior (quadro 30).

Quadro 30 - Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar em 2011 e 2012

N.º de mulheres

em idade fértil

com consulta

médica de PF (15

aos 49 anos)

N.º de mulheres

inscritas com

idade fértil

Taxa de

utilização

N.º de mulheres

em idade fértil

com consulta

médica de PF (15

aos 49 anos)

N.º de mulheres

inscritas com

idade fértil

Taxa de

utilização

Baixo Mondego I 13.289 50.908 26,1% 12.362 50.309 24,6% ↘

Baixo Mondego II 7.622 26.180 29,1% 6.967 25.757 27,0% ↘

Baixo Mondego III 5.962 20.492 29,1% 5.462 20.084 27,2% ↘

Baixo Vouga I 7.427 29.844 24,9% 8.031 29.183 27,5% ↗

Baixo Vouga II 14.408 46.009 31,3% 15.060 45.193 33,3% ↗

Baixo Vouga III 5.315 25.025 21,2% 5.100 24.644 20,7% ↘

Cova da Beira 2.942 21.497 13,7% 3.396 21.041 16,1% ↗

Dão-Lafões I 8.814 28.053 31,4% 8.761 27.711 31,6% ↗

Dão-Lafões II 3.662 19.297 19,0% 3.091 18.650 16,6% ↘

Dão-Lafões III 3.220 22.690 14,2% 3.056 22.305 13,7% ↘

Pinhal Interior Norte I 4.929 21.835 22,6% 4.601 21.430 21,5% ↘

Pinhal Interior Norte II 1.484 9.061 16,4% 1.314 8.905 14,8% ↘

Pinhal Litoral I 2.941 14.245 20,6% 2.881 13.936 20,7% ↗

Pinhal Litoral II 10.342 55.827 18,5% 10.951 55.174 19,8% ↗

ULS Castelo Branco 4.448 24.501 18,2% 5.087 24.000 21,2% ↗

ULS Guarda 4.522 35.226 12,8% 5.950 34.476 17,3% ↗

Região de Saúde do Centro 101.327 450.690 22,5% 102.070 442.798 23,1% ↗

2011/2012

F o nte: SIA R S

ACeS/ULS

2011 2012

Gráfico 27 - Variação da taxa de utilização de consultas de planeamento familiar

Fonte: SIARS

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70

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

1.2.2.3. Percentagem de consultas ao utente pelo próprio médico de família

Em 2012 realizaram-se 4.376.709 consultas médicas na Região de Saúde do Centro

realizadas pelo médico de família atribuído, correspondendo a uma diminuição de 12,9%

relativamente ao período homólogo do ano anterior. Verificou-se que 75,3% destas

consultas são presenciais com o médico de família, traduzindo, assim, um aumento

em relação a 2011 (quadro 31).

Quadro 31 - Percentagem de consultas ao utente pelo próprio médico de família em 2011 e 2012

N.º de

consultas

médicas

presenciais

c/médico de

família

N.º de

consultas

médicas no

período em

análise

%

N.º de

consultas

médicas

presenciais

c/médico de

família

N.º de

consultas

médicas no

período em

análise

%

Baixo Mondego I 349.405 462.286 75,6% 317.667 406.523 78,1% ↗

Baixo Mondego II 239.598 303.712 78,9% 201.371 256.269 78,6% ↘

Baixo Mondego III 184.517 271.502 68,0% 152.954 238.141 64,2% ↘

Baixo Vouga I 247.598 340.693 72,7% 229.309 292.518 78,4% ↗

Baixo Vouga II 356.209 446.126 79,8% 344.822 413.426 83,4% ↗

Baixo Vouga III 208.299 291.508 71,5% 196.964 268.763 73,3% ↗

Cova da Beira 148.526 200.851 73,9% 130.551 171.735 76,0% ↗

Dão-Lafões I 197.440 249.395 79,2% 185.124 232.021 79,8% ↗

Dão-Lafões II 200.531 276.309 72,6% 178.527 243.714 73,3% ↗

Dão-Lafões III 182.909 270.271 67,7% 146.112 232.490 62,8% ↘

Pinhal Interior Norte I 186.066 288.199 64,6% 170.718 259.573 65,8% ↗

Pinhal Interior Norte II 89.860 133.298 67,4% 83.038 116.925 71,0% ↗

Pinhal Litoral I 127.903 145.182 88,1% 104.199 115.106 90,5% ↗

Pinhal Litoral II 382.770 533.114 71,8% 317.815 441.736 71,9% ↗

ULS Castelo Branco 259.021 337.075 76,8% 221.305 283.236 78,1% ↗

ULS Guarda 364.166 477.679 76,2% 313.322 404.533 77,5% ↗

Região de Saúde do Centro 3.724.818 5.027.200 74,1% 3.293.798 4.376.709 75,3% ↗

2012/2011

F o nte: SIA R S

ACeS/ULS

2011 2012

Gráfico 28 - Variação da percentagem de consultas ao utente pelo próprio médico de família

Fo

nte: SIARS

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71

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

1.2.2.4. Visitas domiciliárias médicas

No ano de 2012 realizaram-se 22.917 consultas médicas no domicílio, o que

corresponde a um valor de 12,0 visitas por 1.000 utentes inscritos.

Quadro 32 - Visitas domiciliárias médicas por 1.000 inscritos em 2011 e 2012

N.º de

consultas

domiciliárias

médicas

Taxa

visitas/1.000

inscritos

N.º de

consultas

domiciliárias

médicas

Taxa

visitas/1.000

inscritos

Baixo Mondego I 3.222 15,4 3.188 15,7 ↗

Baixo Mondego II 1.929 16,1 1.964 17,1 ↗

Baixo Mondego III 1.137 12,2 774 8,6 ↘

Baixo Vouga I 1.307 10,2 1.376 11,2 ↗

Baixo Vouga II 2.253 12,1 2.537 14,0 ↗

Baixo Vouga III 2.323 22,2 1.948 19,2 ↘

Cova da Beira 237 2,3 156 1,6 ↘

Dão-Lafões I 2.146 19,0 2.232 20,3 ↗

Dão-Lafões II 1.251 14,3 1.218 14,8 ↗

Dão-Lafões III 760 7,2 716 7,0 ↘

Pinhal Interior Norte I 1.013 10,1 1.088 11,3 ↗

Pinhal Interior Norte II 256 5,6 279 6,4 ↗

Pinhal Litoral I 333 5,3 445 7,4 ↗

Pinhal Litoral II 1.737 7,5 1.699 7,5 =

ULS Castelo Branco 347 2,9 287 2,5 ↘

ULS Guarda 2.845 16,9 3.010 18,6 ↗

Região de Saúde do Centro 23.096 11,7 22.917 12,0 ↗

F o nte: SIA R S

ACeS/ULS

2011 2012

2011/2012

Gráfico 29 - Variação da taxa de visitas domiciliárias médicas por 1.000 inscritos

Fonte: SIARS

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72

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

1.2.2.5. Visitas domiciliárias de enfermagem

Realizaram-se em 2012, 241.069 consultas domiciliárias de enfermagem,

correspondendo a um valor de 126,4 visitas por 1.000 inscritos. Este valor apresenta uma

tendência crescente relativamente a 2011.

Quadro 33 - Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem em 2011 e 2012

N.º de

consultas

domiciliárias

Taxa

visitas/1.000

inscritos

N.º de

consultas

domiciliárias

Taxa

visitas/1.000

inscritos

Baixo Mondego I 30.313 145,0 27.907 137,4 ↘

Baixo Mondego II 17.248 143,9 16.757 145,5 ↗

Baixo Mondego III 14.742 157,9 14.622 162,9 ↗

Baixo Vouga I 14.160 110,5 13.140 107,3 ↘

Baixo Vouga II 21.146 113,4 21.771 120,4 ↗

Baixo Vouga III 19.131 182,9 17.823 175,5 ↘

Cova da Beira 5.069 50,2 6.719 68,8 ↗

Dão-Lafões I 14.513 128,5 14.814 134,5 ↗

Dão-Lafões II 10.836 124,1 10.584 128,7 ↗

Dão-Lafões III 8.606 81,4 7.517 73,8 ↘

Pinhal Interior Norte I 13.734 136,5 12.937 134,1 ↘

Pinhal Interior Norte II 4.588 100,7 4.539 104,4 ↗

Pinhal Litoral I 6.038 96,3 7.537 125,1 ↗

Pinhal Litoral II 19.926 86,5 25.744 114,2 ↗

ULS Castelo Branco 14.259 117,4 14.667 127,1 ↗

ULS Guarda 22.213 131,6 23.991 148,6 ↗

Região de Saúde do Centro 236.522 119,6 241.069 126,4 ↗

ACeS/ULS

2011 2012

2011/2012

F o nte: SIA R S

Gráfico 30 - Variação da taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por 1.000 inscritos

Fonte: SIARS

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73

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

1.2.3. Indicadores de Qualidade

1.2.3.1. Diagnóstico precoce (THSPKU) em recém-nascidos até ao 7º dia de vida

Em 2012 verificou-se um aumento da proporção de recém-nascidos com registo de

diagnóstico precoce (até ao 7º dia de vida), em relação ao ano anterior. Não obstante a

diminuição do número de nascimentos (2011 = 13.514; 2012 = 12.527), este indicador

reflete a melhoria da qualidade dos registos.

Quadro 34 - Taxa de realização do diagnóstico precoce em 2011 e 2012

Recém-

nascidos com

registo de

diagnóstico

precose

Total de

recém-

nascidos que

completaram

7 dias de vida

Taxa de

realização

Recém-

nascidos com

registo de

diagnóstico

precose

Total de

recém-

nascidos que

completaram

7 dias de vida

Taxa de

realização

Baixo Mondego I 1.374 1.628 84,4% 1.256 1.450 86,6% ↗

Baixo Mondego II 684 796 85,9% 572 713 80,2% ↘

Baixo Mondego III 498 616 80,8% 459 551 83,3% ↗

Baixo Vouga I 764 865 88,3% 770 830 92,8% ↗

Baixo Vouga II 1.245 1.495 83,3% 1.299 1.471 88,3% ↗

Baixo Vouga III 650 743 87,5% 677 735 92,1% ↗

Cova da Beira 346 592 58,4% 354 531 66,7% ↗

Dão-Lafões I 891 957 93,1% 828 891 92,9% ↘

Dão-Lafões II 466 495 94,1% 424 473 89,6% ↘

Dão-Lafões III 369 637 57,9% 378 590 64,1% ↗

Pinhal Interior Norte I 364 663 54,9% 400 588 68,0% ↗

Pinhal Interior Norte II 159 211 75,4% 181 243 74,5% ↘

Pinhal Litoral I 336 406 82,8% 305 365 83,6% ↗

Pinhal Litoral II 1.743 1.897 91,9% 1.507 1.638 92,0% ↗

ULS Castelo Branco 621 717 86,6% 551 673 81,9% ↘

ULS Guarda 664 935 71,0% 752 839 89,6% ↗

Região de Saúde do Centro 11.174 13.653 81,8% 10.713 12.581 85,2% ↗

2011/2012

F o nte: SIA R S

ACeS/ULS

2011 2012

Gráfico 31 - Variação da percentagem de diagnóstico precoce (THSPKU) em recém-nascidos até ao 7º dia de vida

Fonte: SIARS

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74

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

1.2.3.2. Primeiras consultas realizadas até ao 28º dia de vida

Em 2012 realizaram-se 10.682 primeiras consultas médicas neonatais (até aos 28 dias de

vida) na Região de Saúde do Centro, tendo-se observado um aumento de 2,3%

comparativamente ao período homólogo. Pese embora a diminuição de consultas, a

percentagem de primeiras consultas sobre o número de recém-nascidos apresenta um

aumento de 5,4% comparativamente a 2011.

Quadro 35 - Primeiras consultas realizadas até ao 28º dia de vida em 2011 e 2012

Primeiras

consultas

médicas

realizadas até

ao 28º dia de

vida

N.º de recém-

nascidos que

completaram

28 dias

% de

primeiras

consultas

realizadas

até ao 28º

dia

Primeiras

consultas

médicas

realizadas até

ao 28º dia de

vida

N.º de recém-

nascidos que

completaram

28 dias

% de

primeiras

consultas

realizadas

até ao 28º

dia

Baixo Mondego I 1.288 1.664 77,4% 1.218 1.454 83,8% ↗

Baixo Mondego II 618 778 79,4% 534 722 74,0% ↘

Baixo Mondego III 537 615 87,3% 501 555 90,3% ↗

Baixo Vouga I 685 885 77,4% 720 842 85,5% ↗

Baixo Vouga II 1.275 1.547 82,4% 1.290 1.484 86,9% ↗

Baixo Vouga III 611 767 79,7% 623 730 85,3% ↗

Cova da Beira 420 596 70,5% 400 536 74,6% ↗

Dão-Lafões I 854 984 86,8% 792 898 88,2% ↗

Dão-Lafões II 477 521 91,6% 426 472 90,3% ↘

Dão-Lafões III 531 646 82,2% 490 583 84,0% ↗

Pinhal Interior Norte I 437 673 64,9% 477 605 78,8% ↗

Pinhal Interior Norte II 179 217 82,5% 214 241 88,8% ↗

Pinhal Litoral I 323 416 77,6% 321 380 84,5% ↗

Pinhal Litoral II 1.394 1.908 73,1% 1.378 1.675 82,3% ↗

ULS Castelo Branco 598 739 80,9% 572 674 84,9% ↗

ULS Guarda 705 931 75,7% 726 845 85,9% ↗

Região de Saúde do Centro 10.932 13.887 78,7% 10.682 12.696 84,1% ↗

F o nte: SIA R S

ACeS/ULS

2011 2012

2011/2012

Gráfico 32 - Variação da percentagem de primeiras consultas realizadas até ao 28º dia de vida

Fonte: SIARS

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75

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

1.2.3.3. Percentagem de primeiras consultas no primeiro trimestre de gravidez

Em 2012 realizou-se um total de 7.976 primeiras consultas de gravidez (primeiro

trimestre de gravidez), tendo havido um aumento em relação ao ano anterior. Em 2012

existiam 9.502 grávidas inscritas no âmbito territorial da ARSC, correspondendo a um

acréscimo de 3,1% em relação ao ano anterior.

A percentagem de primeiras consultas, no decurso do primeiro trimestre de gravidez,

na Região de Saúde do Centro foi de 78,0%.

Quadro 36 - Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre em 2011 e 2012

N.º de

primeiras

consultas

de gravidez

Total de

grávidas

inscritas

%

primeiras

consultas

no 1.º

Trim.

N.º de

primeiras

consultas

de gravidez

Total de

grávidas

inscritas

%

primeiras

consultas

no 1.º

Trim.

Baixo Mondego I 885 1.091 81,1% 868 1.055 82,3% ↗

Baixo Mondego II 401 494 81,2% 406 474 85,7% ↗

Baixo Mondego III 403 470 85,7% 436 488 89,3% ↗

Baixo Vouga I 550 674 81,6% 550 670 82,1% ↗

Baixo Vouga II 827 997 82,9% 998 1.151 86,7% ↗

Baixo Vouga III 484 599 80,8% 481 575 83,7% ↗

Cova da Beira 224 292 76,7% 225 292 77,1% ↗

Dão-Lafões I 531 631 84,2% 599 673 89,0% ↗

Dão-Lafões II 322 392 82,1% 332 398 83,4% ↗

Dão-Lafões III 389 495 78,6% 432 496 87,1% ↗

Pinhal Interior Norte I 406 475 85,5% 375 453 82,8% ↘

Pinhal Interior Norte II 123 139 88,5% 125 151 82,8% ↘

Pinhal Litoral I 218 259 84,2% 231 281 82,2% ↘

Pinhal Litoral II 838 1.071 78,2% 913 1.151 79,3% ↗

ULS Castelo Branco 391 491 79,6% 452 530 85,3% ↗

ULS Guarda 495 642 77,1% 553 664 83,3% ↗

Região de Saúde do Centro 7.487 9.212 81,3% 7.976 9.502 83,9% ↗

F o nte: SIA R S

ACeS/ULS

2011 2012

2011/2012

Gráfico 33 - Variação da percentagem de primeiras consultas no primeiro trimestre de gravidez

Fonte: SIARS

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76

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

1.2.3.4. Percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C nos

últimos 12 meses

Em 2012 existia um total de 26.976 utentes diabéticos que apresentavam pelo menos 3

registos de HbA1C na Região de Saúde do Centro. Este indicador apresenta um discreto

aumento (0,8 p.p.) relativamente ao ano anterior. Verificou-se também um aumento de

7,7% dos utentes com compromisso de vigilância no programa de diabetes,

comparativamente a 2011.

Quadro 37 - Percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C nos últimos 12 meses em 2011 e 2012

N.ºde

utentes

com pelo

menos 3

registos de

HbA1C

N.º de utentes

com

compromisso

de vigilância no

programa de

diabetes

% diabéticos

com pelo

menos 3

registos de

HbA1C

N.ºde

utentes

com pelo

menos 3

registos de

HbA1C

N.º de utentes

com

compromisso

de vigilância no

programa de

diabetes

% diabéticos

com pelo

menos 3

registos de

HbA1C

Baixo Mondego I 2.859 6.532 43,8% 2.926 6.753 43,3% ↘

Baixo Mondego II 2.470 4.195 58,9% 2.351 4.631 50,8% ↘

Baixo Mondego III 1.592 3.987 39,9% 1.416 3.965 35,7% ↘

Baixo Vouga I 2.157 4.439 48,6% 2.601 4.725 55,0% ↗

Baixo Vouga II 3.677 6.741 54,5% 4.277 7.028 60,9% ↗

Baixo Vouga III 1.663 3.504 47,5% 1.650 3.641 45,3% ↘

Cova da Beira 202 2.018 10,0% 377 2.435 15,5% ↗

Dão-Lafões I 1.691 3.228 52,4% 1.556 3.303 47,1% ↘

Dão-Lafões II 1.330 3.008 44,2% 1.540 3.118 49,4% ↗

Dão-Lafões III 637 3.494 18,2% 930 3.761 24,7% ↗

Pinhal Interior Norte I 1.352 3.459 39,1% 1.409 3.675 38,3% ↘

Pinhal Interior Norte II 680 2.010 33,8% 947 2.057 46,0% ↗

Pinhal Litoral I 568 1.883 30,2% 711 2.093 34,0% ↗

Pinhal Litoral II 2.387 5.853 40,8% 2.598 6.706 38,7% ↘

ULS Castelo Branco 305 3.161 9,6% 571 3.676 15,5% ↗

ULS Guarda 993 3.910 25,4% 1.116 4.597 24,3% ↘

Região de Saúde do Centro 24.563 61.422 40,0% 26.976 66.164 40,8% ↗

F o nte: SIA R S

ACeS/ULS

2011 2012

2011/2012

Gráfico 34 - Variação da percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C nos últimos 12 meses

Fonte: SIARS

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77

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

1.2.4. Indicadores de Eficiência

1.2.4.1. Percentagem do consumo de medicamentos genéricos em embalagens

Considerando fundamental, na melhoria da eficiência e sustentabilidade financeira do SNS

o aumento da prescrição de medicamentos genéricos, a atual política do medicamento

visa ampliar esta medida, igualmente contemplada no Memorando de Entendimento:

Medida 3.58. Incentivar os médicos, a todos os níveis do sistema, tanto público

como privado, a prescrever genéricos e os medicamentos de marca que sejam

menos dispendiosos.

Medida 3.60. Remover todas as barreiras à entrada de genéricos, especialmente

através da redução de barreiras administrativas/legais, com vista a acelerar a sua

comparticipação.

No ano de 2012 a proporção de embalagens de medicamentos genéricos, relativamente

ao total de medicamentos faturados na Região de Saúde do Centro, foi de 34,5%,

variando entre o mínimo de 30,6% no ACeS da Cova da Beira e o máximo de 36,3% no

ACeS do Pinhal Interior Norte I. Tal representa uma evolução positiva de 3,4 p . p . em

relação ao ano anterior, traduzindo uma tendência crescente de prescrição deste tipo de

medicamento.

Quadro 38 - Percentagem do consumo de medicamentos genéricos em 2011 e 2012

N.º de

embalagens de

medicamentos

genéricos

faturadas

N.º total de

embalagens

de

medicamento

s faturados

%

medicamentos

genéricos

N.º de

embalagens de

medicamentos

genéricos

faturadas

N.º total de

embalagens

de

medicamento

s faturados

%

medicamentos

genéricos

Baixo Mondego I 539.717 1.750.594 30,8% 650.327 1.802.069 36,1% ↗

Baixo Mondego II 370.017 1.241.661 29,8% 413.826 1.243.509 33,3% ↗

Baixo Mondego III 320.925 1.003.120 32,0% 350.356 984.891 35,6% ↗

Baixo Vouga I 375.643 1.240.632 30,3% 413.445 1.245.152 33,2% ↗

Baixo Vouga II 448.952 1.554.704 28,9% 523.765 1.567.984 33,4% ↗

Baixo Vouga III 277.341 887.238 31,3% 326.581 928.998 35,2% ↗

Cova da Beira 211.293 825.897 25,6% 252.577 824.384 30,6% ↗

Dão-Lafões I 235.752 772.856 30,5% 275.200 787.172 35,0% ↗

Dão-Lafões II 262.623 815.148 32,2% 298.780 867.832 34,4% ↗

Dão-Lafões III 319.165 1.016.597 31,4% 368.302 1.071.634 34,4% ↗

Pinhal Interior Norte I 344.792 1.019.344 33,8% 401.905 1.108.177 36,3% ↗

Pinhal Interior Norte II 183.058 551.097 33,2% 208.130 597.862 34,8% ↗

Pinhal Litoral I 180.081 590.183 30,5% 208.349 583.153 35,7% ↗

Pinhal Litoral II 539.584 1.724.255 31,3% 643.940 1.862.787 34,6% ↗

ULS Castelo Branco 338.592 1.162.085 29,1% 388.352 1.138.609 34,1% ↗

ULS Guarda 467.742 1.435.373 32,6% 546.271 1.582.047 34,5% ↗

Região de Saúde do Centro 5.415.277 17.590.784 30,8% 6.270.106 18.196.260 34,5% ↗

2011/2012

F o nte: SIA R S

ACeS/ULS

2011 2012

Page 82: Administração Regional de Saúde do Centro, IP U G U C B§ão... · Administração Regional de Saúde do Centro, IP ... Visitas domiciliárias de enfermagem ... Telemedicina aplicada

78

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 35 - Variação da percentagem do consumo de embalagens de medicamentos genéricos

Fonte: SIARS

1.2.4.2. Custo médio de medicamentos faturados por utilizador do SNS

O custo médio de medicamentos faturados por utilizador, em 2012, foi de 191,3 € na

Região de Saúde do Centro, variando entre o mínimo de 149,2 € no ACeS Dão Lafões I e

o máximo de 248,8 € no ACeS Pinhal Interior Norte II e correspondendo a uma diferença

de 19 p.p. relativamente ao ano anterior.

Quadro 39 - Custo médio de medicamentos faturados por utilizador do SNS em 2011 e 2012

Custo total com

medicamentos

faturados

N.º de

utilizadores

Custo

médio por

utilizador (€)

Custo total com

medicamentos

faturados

N.º de

utilizadores

Custo

médio por

utilizador (€)

Baixo Mondego I 21.434.437 109.569 195,6 19.101.226 107.806 177,2 ↘

Baixo Mondego II 17.217.754 72.880 236,2 15.144.572 68.242 221,9 ↘

Baixo Mondego III 13.816.215 61.877 223,3 12.022.414 59.284 202,8 ↘

Baixo Vouga I 18.148.286 82.886 219,0 16.174.723 80.701 200,4 ↘

Baixo Vouga II 22.088.237 112.690 196,0 19.620.737 110.943 176,9 ↘

Baixo Vouga III 12.420.476 69.318 179,2 11.325.122 66.729 169,7 ↘

Cova da Beira 12.428.871 54.618 227,6 10.741.681 53.271 201,6 ↘

Dão-Lafões I 10.503.572 62.506 168,0 9.232.476 61.882 149,2 ↘

Dão-Lafões II 11.782.149 58.491 201,4 10.527.022 55.966 188,1 ↘

Dão-Lafões III 15.206.015 65.944 230,6 13.520.018 62.496 216,3 ↘

Pinhal Interior Norte I 14.493.082 68.508 211,6 12.939.808 67.143 192,7 ↘

Pinhal Interior Norte II 8.144.591 30.713 265,2 7.318.537 29.416 248,8 ↘

Pinhal Litoral I 8.996.942 38.636 232,9 7.563.926 37.223 203,2 ↘

Pinhal Litoral II 27.033.761 138.708 194,9 23.882.649 134.264 177,9 ↘

ULS Castelo Branco 16.142.988 71.283 226,5 13.989.111 70.369 198,8 ↘

ULS Guarda 22.477.561 101.070 222,4 19.469.531 97.643 199,4 ↘

Região de Saúde do Centro 252.334.937 1.199.697 210,3 222.573.553 1.163.378 191,3 ↘

F o nte: SIA R S

ACeS/ULS

2011 2012

2011/2012

Page 83: Administração Regional de Saúde do Centro, IP U G U C B§ão... · Administração Regional de Saúde do Centro, IP ... Visitas domiciliárias de enfermagem ... Telemedicina aplicada

79

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 36 - Variação do custo médio de medicamentos faturados por utilizador do SNS

Fonte: SIARS

1.2.4.3. Custo médio de MCDT faturados por utilizador do SNS

Em 2012 o custo médio de meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT)

faturados por utilizador foi de 47,3 € na Região de Saúde do Centro, variando entre o

mínimo 27,7 € na ULS da Guarda e o máximo de 58,8 € no ACeS do Baixo Vouga II.

Relativamente ao ano anterior, e em termos de diferença percentual homóloga, verifica-

se um pequeno aumento de cerca de 0,7 p.p. nos custos médios de MCDT por

utilizador no total da Região Centro. Este aumento na despesa associada é mais

acentuado se considerarmos apenas os ACeS, serviços desconcentrados da ARSC

(0,9 p.p.).

Foi no ACeS do Pinhal Litoral I que se verificou, a maior diminuição do custo total de

MCDT faturados (12,2 p.p.), seguindo-se-lhe imediatamente o ACeS do Pinhal Litoral

II, com uma redução de 3,3 p.p. (quadro 40).

No que diz respeito às ULS, o custo médio de MCDT por utilizador foi inferior à média

regional, correspondendo mesmo a ULS da Guarda EPE à estrutura sub-regional de

saúde em que se verificou a maior redução relativamente a 2011 (15 p.p.).

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80

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 40 - Custo médio de MCDT faturados por utilizador em 2011 e 2012 (€)

Custo total

de MCDT

faturados

N.º de

utilizadores

Custo

médio por

utilizador

(€)

Custo total

de MCDT

faturados

N.º de

utilizadores

Custo

médio por

utilizador

(€)

Baixo Mondego I 5.235.208 109.569 47,8 5.405.144 107.806 50,1 ↗

Baixo Mondego II 2.916.630 72.880 40,0 3.197.849 68.242 46,9 ↗

Baixo Mondego III 2.727.802 61.877 44,1 2.615.763 59.284 44,1 ↗

Baixo Vouga I 4.827.363 82.886 58,2 5.009.301 80.701 62,1 ↗

Baixo Vouga II 6.212.434 112.690 55,1 6.525.891 110.943 58,8 ↗

Baixo Vouga III 3.306.347 69.318 47,7 3.639.390 66.729 54,5 ↗

Cova da Beira 1.896.618 54.618 34,7 1.895.516 53.271 35,6 ↗

Dão-Lafões I 2.354.684 62.506 37,7 2.395.589 61.882 38,7 ↗

Dão-Lafões II 2.479.658 58.491 42,4 2.389.981 55.966 42,7 ↗

Dão-Lafões III 2.600.977 65.944 39,4 2.503.691 62.496 40,1 ↗

Pinhal Interior Norte I 3.041.508 68.508 44,4 3.602.407 67.143 53,7 ↗

Pinhal Interior Norte II 1.463.208 30.713 47,6 1.556.648 29.416 52,9 ↗

Pinhal Litoral I 2.190.533 38.636 56,7 1.655.447 37.223 44,5 ↘

Pinhal Litoral II 7.927.334 138.708 57,2 7.232.905 134.264 53,9 ↘

ULS Castelo Branco 2.411.479 71.283 33,8 2.641.179 70.369 37,5 ↗

ULS Guarda 4.313.598 101.070 42,7 2.709.337 97.643 27,7 ↘

Região de Saúde do Centro 55.905.381 1.199.697 46,6 54.976.038 1.163.378 47,3 ↗

F o nte: SIA R S

ACeS/ULS

2011 2012

2011/2012

Gráfico 37 - Variação do custo médio de MCDT faturados por utilizador do SNS

Fonte: SIARS

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81

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

1.2.5. Indicadores de Desempenho

No presente subcapítulo destacam-se não só os indicadores até aqui apresentados, mas

também outros indicadores com elevado impacto no desempenho desenvolvido ao longo

do ano de 2012.

Assim, no quadro 41 é possível analisar o desempenho da Região de Saúde do Centro

através dos resultados alcançados relativamente aos seus valores máximos e mínimos

obtidos, tal como o valor médio da região.

Quadro 41 - Quadro resumo dos indicadores de desempenho da Região de Saúde do Centro em 2011 e 2012

Mínimo Média Máximo Mínimo Média Máximo Mínimo Média Máximo

Taxa de utilização global de consultas médicas 60,6 69,5 76,7 60,1 66,6 76,7 -0,5 -2,9

Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar (mulheres 15-49 anos) 13,7 22,7 31,4 13,7 22,5 33,3 -0,2 1,9

Percentagem de consultas presenciais com médico de família 64,6 74,3 88,1 62,8 74,8 90,5 -1,8 0,5 2,4

Taxa visitas domiciliárias médicas/1.000 inscritos 2,3 11,2 22,2 1,6 11,5 20,3 -0,7 0,3 -1,9

Taxa visitas domiciliárias enfermagem/1.000 inscritos 50,2 119,2 182,9 68,8 125,5 175,5 18,6 6,3 -7,4

Taxa de realização do diagnóstico precoce até ao 7º dia de vida do recém-nascido 54,9 79,9 94,1 64,1 82,5 92,9 9,2 2,6 -1,2

Percentagem de primeiras consultas na vida efetuadas até aos 28 dias 64,9 79,5 91,6 74,0 84,1 90,3 9,1 4,6 -1,3

Taxa de cobertura de 1ª consultas na vida realizadas até aos 28 dias 63,3 78,1 90,9 70,7 85,1 92,2 7,4 7,0 1,3

Taxa de cobertura de saúde materna 50,3 79,4 100,0 53,9 80,9 98,0 3,6 1,5 -2,0

Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre 76,7 82,2 88,5 77,1 83,8 89,3 0,4 1,6 0,8

Percentagem de grávidas com revisão puerpério efetuado 22,0 39,5 65,8 23,9 44,4 69,7 1,9 4,9 3,9

Percentagem de utentes com PNV atualizado aos 14 anos 90,8 95,9 98,1 92,8 96,3 98,6 2,0 0,4 0,5

Percentagem de utentes com PNV atualizado aos 7 anos 92,4 96,2 99,0 95,0 97,1 98,8 2,6 0,9 -0,2

Percentagem de utentes com PNV atualizado aos 2 anos 92,1 96,5 99,2 94,0 97,0 98,8 1,9 0,5 -0,4

Taxa de cobertura em rastreio organizado do cancro do colo do útero (25-64 anos)

na população elegível (**)37,0 55,9 77,0 40,3 57,6 77,0 3,3 1,7

Taxa de cobertura em rastreio organizado do cancro da mama (45-69 anos) na

população elegível (**)54,1 68,9 79,9 55,5 69,2 77,8 1,4 0,3 -2,1

Percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C registada nos

últimos 12 meses10,0 40,1 58,9 15,5 41,8 60,9 5,5 1,7 2,0

Percentagem de consumo de medicamentos genéricos em embalagens, no total de

embalagens de medicamentos 25,6 30,8 33,8 30,6 34,5 36,3 5,0 3,7 2,5

Custo médio de medicamentos faturados por utilizador 168,0 213,0 265,2 149,2 194,8 248,8 -18,8 -18,2 -16,4

Custo médio de MCDT faturados por utilizador 34,7 46,6 58,2 35,6 48,5 62,1 0,9 1,9 3,9

F o nte: IN E; SIA R S; (*) P ro grama de Vacinação ; (**) Liga P o rtuguesa C o ntra o C ancro

Qualidade

Eficiência

INDICADOR

2011 2012 ∆ 2011/2012

Acesso

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82

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

2. Produção em Cuidados de Saúde Hospitalares

2.1. Consultas

Em 2012 realizaram-se um total de 2.224.963 consultas hospitalares, correspondente a

um acréscimo de 0,8% relativamente ao ano anterior, e que se traduz na realização de

mais 16.680 consultas do que no período homólogo.

Relativamente às primeiras consultas, no conjunto das unidades hospitalares da região,

houve um aumento incipiente (0,3%) comparativamente ao ano anterior. A proporção das

primeiras consultas no total de consultas (primeiras e seguintes) foi de 28,2%, valor

ligeiramente inferior ao alcançado em 2011.

Quadro 42 - Consultas realizadas nas Unidades Hospitalares da Região de Saúde do Centro em 2011 e 2012

2011 2012 2011 2012 2011 2012

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 73.673 69.491 -5,7% ↘ 225.822 213.975 -5,2% ↘ 32,6% 32,5% -0,5% ↘

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 51.196 50.996 -0,4% ↘ 166.754 166.379 -0,2% ↘ 30,7% 30,7% -0,2% ↘

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 74.249 70.787 -4,7% ↘ 216.665 206.351 -4,8% ↘ 34,3% 34,3% 0,1% ↗

Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE 71.309 75.115 5,3% ↗ 230.050 236.522 2,8% ↗ 31,0% 31,8% 2,5% ↗

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 204.818 208.164 1,6% ↗ 856.492 888.961 3,8% ↗ 23,9% 23,4% -2,1% ↘

Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais 1.445 1.933 33,8% ↗ 3.373 4.138 22,7% ↗ 42,8% 46,7% 9,0% ↗

Hospital Arcebispo João Crisóstomo 8.038 9.103 13,2% ↗ 17.506 19.437 11,0% ↗ 45,9% 46,8% 2,0% ↗

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 29.201 26.764 -8,3% ↘ 97.375 90.967 -6,6% ↘ 30,0% 29,4% -1,9% ↘

Hospital Doutor Francisco Zagalo 9.810 10.349 5,5% ↗ 31.789 32.130 1,1% ↗ 30,9% 32,2% 4,4% ↗

Hospital José Luciano de Castro 6.674 5.938 -11,0% ↘ 17.670 15.764 -10,8% ↘ 37,8% 37,7% -0,3% ↘

Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE 24.068 22.316 -7,3% ↘ 134.315 132.252 -1,5% ↘ 17,9% 16,9% -5,8% ↘

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 29.492 27.490 -6,8% ↘ 94.944 91.294 -3,8% ↘ 31,1% 30,1% -3,1% ↘

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 42.473 49.651 16,9% ↗ 115.528 126.793 9,8% ↗ 36,8% 39,2% 6,5% ↗

Região de Saúde do Centro 626.446 628.097 0,3% ↗ 2.208.283 2.224.963 0,8% ↗ 28,4% 28,2% -0,5% ↗

N o ta: Incluem-se as consultas médicas (inclusive de Psiquiatria) e não médicas

Δ

2011/2012

Δ

2011/2012

Δ

2011/2012

% de Primeiras

Consultas

F o nte: SIC A

HOSPITAIS

Primeiras

Consultas Total de Consultas

Comparativamente a 2011, o número de

consultas subsequentes evidencia um aumento

de 1%, e o número de primeiras consultas um

aumento de 0,3%, o que representa um

acréscimo de 15.029 e de 1.651 consultas,

respetivamente.

Gráfico 38 - Distribuição das consultas realizadas

Fonte: SICA

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83

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Consulta a Tempo e Horas

A Consulta a Tempo e Horas (CTH) assenta num sistema eletrónico de referenciação

(Alert Data Warehouse CTH - ADW-CTH) dos pedidos de primeira consulta de

especialidade hospitalar. O sistema informático CTH contém toda a informação relativa

aos pedidos de consulta, desde o momento do seu registo no sistema informático até que

fique concluído.

Ao CTH são reconhecidos os seguintes benefícios:

Transparência no processo de marcação de primeira consulta de especialidade

hospitalar no SNS;

Triagem clínica nos hospitais com atribuição de níveis de prioridade às situações

dos utentes;

Uniformização do tratamento da informação sobre o acesso à primeira consulta de

especialidade hospitalar;

Maior eficácia e eficiência na resposta das instituições prestadoras de cuidados e

maior facilidade na comunicação entre os profissionais de saúde;

Agilização dos processos que interferem no percurso do utente até à consulta,

tendo em vista a diminuição do tempo nas várias fases;

Melhor orientação dos utentes para a consulta da especialidade de que

necessitam.

O alargamento dos pedidos e agendamento eletrónico das primeiras consultas, via CTH,

constitui uma das linhas prioritárias de intervenção. O crescimento do número de pedidos

eletrónicos no ano de 2012 foi de 5,7% e a relação entre as primeiras consultas

realizadas nos hospitais e o número de pedidos via eletrónica foi de 23%, ou seja, do

total de primeiras consultas realizadas (628.097 consultas), 144.450 consultas tiveram

como referência o sistema CTH. No quadro 43 é possível observar o peso destas

consultas em cada uma das instituições.

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84

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 43 - Peso das consultas realizadas via CTH no total de primeiras consultas realizadas em 2012

HOSPITAIS

Total de

primeiras

consultas

realizadas na

Instituição

Peso das

primeiras

consultas

realizadas via

CTH

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 69.491 37,1%

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 50.996 5,2%

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 70.787 22,6%

Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE 75.115 21,6%

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 208.164 21,6%

Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais 1.933 12,7%

Hospital Arcebispo João Crisóstomo 9.103 45,1%

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 26.764 25,4%

Hospital Doutor Francisco Zagalo 10.349 41,4%

Hospital José Luciano de Castro 5.938 58,5%

Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE 22.316 19,1%

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 27.490 24,5%

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 49.651 18,0%

Região de Saúde do Centro 628.097 23,0%

F o nte: A D W-C T H

O médico triador tem como função definir diferentes níveis de prioridade clínica, tendo em

consideração as orientações assinaladas pelo médico assistente no que diz respeito ao

tempo máximo que o utente deverá aguardar pela primeira consulta de especialidade

hospitalar. Apresenta-se no quadro 44, as consultas realizadas por tipo de prioridade.

Quadro 44 - Peso das consultas realizadas via CTH em 2012 por tipo de prioridade

Muito Prioritárias

realizadas dentro

do tempo

Prioritárias

realizadas dentro

do tempo

Prioridade Normal

realizadas dentro

do tempo

Realizadas fora

do tempo

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 25.769 0,7% 4,9% 43,4% 51,1%

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 2.659 0,2% 3,6% 94,7% 1,6%

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 15.978 1,2% 10,7% 62,1% 26,0%

Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE 16.241 0,5% 5,1% 48,7% 45,7%

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 44.955 1,0% 7,4% 68,1% 23,4%

Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais 246 1,6% 6,9% 90,7% 0,8%

Hospital Arcebispo João Crisóstomo 4.110 0,7% 10,9% 75,9% 12,6%

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 6.806 0,4% 7,5% 88,8% 3,2%

Hospital Doutor Francisco Zagalo 4.281 0,2% 5,0% 79,5% 15,3%

Hospital José Luciano de Castro 3.473 0,0% 2,4% 90,7% 6,8%

Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE 4.261 6,5% 20,6% 72,6% 0,3%

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 6.739 1,3% 6,7% 80,9% 11,1%

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 8.932 2,1% 13,0% 42,8% 42,1%

Região de Saúde do Centro 144.450 1,1% 7,6% 62,6% 28,7%

F o nte: A D W-C T H

HOSPITAIS

Peso das consultas realizadas por tipo de prioridadeN.º de

consultas

realizadas

via CTH

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85

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Do total de consultas realizadas por via do sistema eletrónico no total da região, destaca-

se que 71,3% das consultas foram realizadas dentro do tempo. O Instituto Português de

Oncologia de Coimbra é a instituição que apresenta melhores resultados, uma vez que

99,7% das consultas realizaram-se em tempo adequado.

Quadro 45 - Número de pedidos a aguardar consulta em 31/12/2012

2011 2012

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 2.042 2.434 19,2% ↗

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 411 646 57,2% ↗

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 1.490 1.369 -8,1% ↘

Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE 1.068 1.951 82,7% ↗

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 7.625 9.250 21,3% ↗

Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais 0 23 - ↗

Hospital Arcebispo João Crisóstomo 714 381 -46,6% ↘

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 632 935 47,9% ↗

Hospital Doutor Francisco Zagalo 1.055 895 -15,2% ↘

Hospital José Luciano de Castro 441 199 -54,9% ↘

Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE 138 296 114,5% ↗

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 1.072 1.214 13,2% ↗

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 1.151 1.329 15,5% ↗

Região de Saúde do Centro 17.839 20.922 17,3% ↗

F o nte: A D W-C T H

HOSPITAIS

N.º de Pedidos a aguardar

consulta Δ

2011/2012

À data de 31/12/2012, existiam 20.922 pedidos a aguardar consulta, o que representa um

aumento de 17,3% comparativamente ao período homólogo.

Relativamente ao tempo médio de resposta média (em dias), ou seja, o tempo que

medeia entre o pedido de primeira consulta hospitalar e o dia de realização da consulta, é

possível observar no quadro 46 os respetivos valores por instituição hospitalar. Salienta-

se que, para efeitos de análise, no caso dos Centros Hospitalares e da ULS da Guarda

EPE, foram contabilizados os tempos por cada uma das instituições que os integram.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 46 - Tempo médio de resposta previsto (dias) para consulta a 31/12/2012

HOSPITAIS

Tempo médio

de resposta

previsto (dias)

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE: -

● Hospital Distrital de Águeda 142,9

● Hospital Visconde Salreu 121,0

● Hospital Infante D. Pedro 200,0

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 93,1

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE: -

● Hospital Santo André 106,3

● Hospital Distrital Pombal 75,7

Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE: -

● Hospital Cândido de Figueiredo 208,1

● Hospital São Teotónio 179,2

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE: -

● Hospitais da Universidade de Coimbra 139,6

● Hospital Geral 158,1

● Hospital Pediátrico 149,1

● Maternidade Bissaya Barreto 81,4

● Maternidade Daniel de Matos 36,6

● Hospital Psiquiátrico Sobral Cid 93,4

Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais 54,0

Hospital Arcebispo João Crisóstomo 81,9

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 87,3

Hospital Doutor Francisco Zagalo 227,9

Hospital José Luciano de Castro 106,9

Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE 67,0

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 146,2

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE: -

● Hospital de Nossa Senhora da Assunção 99,0

● Hospital Sousa Martins 138,6

F o nte: A D W-C T H

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

2.2. Internamento

No que diz respeito aos episódios de internamentos em 2012, existiram 175.647 episódios

a que corresponderam um total de 1.414.721 dias de internamento. Relativamente ao ano

de 2011 o número de episódios decresceu ligeiramente - isto é, 0,5%, o que corresponde

a menos 905 episódios.

Quadro 47 - Número de doentes saídos nos hospitais da Região de Saúde do Centro e respetivos dias de internamento em

2011 e 2012

2011 2012 2011 2012

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 19.231 18.235 -5,2% ↘ 144.075 139.188 -3,4%

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 12.761 12.528 -1,8% ↘ 95.619 96.282 0,7%

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 22.282 22.497 1,0% ↗ 136.364 139.969 2,6%

Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE 22.575 22.745 0,8% ↗ 191.419 185.162 -3,3%

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 66.726 65.962 -1,1% ↘ 564.079 561.408 -0,5%

Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais 276 246 -10,9% ↘ 33.287 31.568 -5,2%

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 5.619 6.393 13,8% ↗ 41.105 41.674 1,4%

Hospital Doutor Francisco Zagalo 717 856 19,4% ↗ 6.214 8.209 32,1%

Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE 6.663 6.631 -0,5% ↘ 49.448 49.814 0,7%

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 9.229 9.233 0,0% - 70.486 70.182 -0,4%

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 10.473 10.321 -1,5% ↘ 95.742 91.265 -4,7%

Região de Saúde do Centro 176.552 175.647 -0,5% ↘ 1.427.838 1.414.721 -0,9%

N o ta: Não são considerados os serviços de Berçário, Quartos Particulares, Lar de Doentes, Cuidados Continuados Integrados, Psiquiatria(Curta Duração, Residentes, Reabilitação

Psicossocial e Forenses)

F o nte: SIC A

HOSPITAIS

N.º de Doentes Saídos (sem transferências internas)

N.º de Dias de

Internamento Δ 2011/2012Δ 2011/2012

Praticou-se em 2012 uma lotação de 5.164 camas na região, que em comparação com

2011 representam menos 257 camas (vide quadro 19). Do total de camas, 248 são

destinadas a doentes da psiquiatria (forenses, residentes e reabilitação psicossocial).

Em 2012, os hospitais da Região de Saúde do Centro registaram uma taxa de ocupação

de 78,4% (excluindo o CMRRC-Rovisco Pais), assistindo-se a um acréscimo de 1,7%,

comparativamente a 2011. A demora média na região foi de 7,9 dias (excluindo o

CMRRC-Rovisco Pais).

É possível observar nos dois gráficos seguintes (gráficos 39 e 40), os resultados obtidos

relativamente a estes dois indicadores por instituição hospitalar.

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88

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 39 - Variação da taxa de ocupação por instituição hospitalar

Fonte: SICA

O Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE e o Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE

foram as unidades hospitalares que apresentaram as taxas de ocupação mais elevadas,

89,3% e 83,0%, respetivamente.

Gráfico 40 - Variação da demora média por instituição hospitalar

Fonte: SICA

O Hospitalar Dr. Francisco Zagalo (Ovar) e a ULS da Guarda, EPE foram as instituições

hospitalares que apresentaram as demoras médias mais elevadas, 9,59 dias e 8,84 dias,

respetivamente.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

2.3. Atendimentos Urgentes

O total de atendimentos em urgências em 2012 foi de 1.103.281, assistindo-se a um

decréscimo de 8,0% face ao período homólogo e que se traduz em menos 95.815

urgências.

Verificou-se uma descida generalizada em toda a região no atendimento em urgências,

tendo sido o CHUC, o Centro Hospitalar Baixo Vouga, EPE e o Centro Hospitalar

Tondela Viseu, EPE as instituições hospitalares que apresentaram, em termos relativos,

os maiores decréscimos, ou seja, 19.861, 17.078 e 12.807 atendimentos,

respetivamente.

Quadro 48 - Atendimentos em urgências nos hospitais da Região de Saúde do Centro em 2012 e 2011

2011 2012

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 193.974 176.896 -8,8% ↘

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 87.054 77.831 -10,6% ↘

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 182.311 169.957 -6,8% ↘

Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE 182.108 169.301 -7,0% ↘

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 307.391 287.530 -6,5% ↘

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 79.488 71.674 -9,8% ↘

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 72.996 64.811 -11,2% ↘

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 93.774 85.281 -9,1% ↘

Região de Saúde do Centro 1.199.096 1.103.281 -8,0% ↘

F o nte: SIC A

HOSPITAIS

N.º de Atendimentos

nas Urgências Δ 2011/2012

A melhoria da acessibilidade aos CSP pode ter contribuído para o decréscimo do número

de atendimentos em urgência.

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90

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

2.4. Produção Cirúrgica

Assistiu-se em 2012, por comparação a 2011, a um aumento da produção cirúrgica de

1,3% que se traduz na realização de mais 1.518 intervenções.

Por tipo de intervenção, assistiu-se em 2012 a:

Acréscimo do número de intervenções na produção programada em 1,0%,

realizando-se mais 1.031 intervenções do que em 2011;

aumento em 4,1% na cirurgia de ambulatório

diminuição de 2,1% na cirurgia convencional

Acréscimo do número de intervenções urgentes em 2,4%, ou seja, realizaram-se

mais 487 intervenções do que no período homólogo.

Quadro 49 - Número de intervenções cirúrgicas realizadas em 2011 e 2012

2011 2012 2011 2012 2011 2012 2011 2012

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 4.783 4.049 -15,3% 4.481 4.314 -3,7% 2.223 2.314 4,1% 11.487 10.677 -7,1% ↘

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 2.613 2.860 9,5% 1.756 1.624 -7,5% 865 784 -9,4% 5.234 5.268 0,6% ↗

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 5.642 5.442 -3,5% 7.345 5.208 -29,1% 2.349 2.424 3,2% 15.336 13.074 -14,7% ↘

Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE 6.929 6.748 -2,6% 6.972 9.415 35,0% 3.355 3.350 -0,1% 17.256 19.513 13,1% ↗

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 18.241 17.335 -5,0% 13.498 16.067 19,0% 7.651 8.089 5,7% 39.390 41.491 5,3% ↗

Hospital Arcebispo João Crisóstomo − − − 1.378 1.650 19,7% − − − 1.378 1.650 19,7% ↗

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 2.129 3.153 48,1% 4.667 3.340 -28,4% 767 936 22,0% 7.563 7.429 -1,8% ↘

Hospital Doutor Francisco Zagalo 511 491 -3,9% 1.299 1.400 7,8% − − − 1.810 1.891 4,5% ↗

Hospital José Luciano de Castro − − − 933 986 5,7% − − − 933 986 5,7% ↗

Instituto Português de Oncologia de Coimbra

Francisco Gentil, EPE3.305 3.345 1,2% 1.857 1.773 -4,5% − − − 5.162 5.118 -0,9% ↘

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 2.810 2.734 -2,7% 2.157 2.320 7,6% 1.473 1.329 -9,8% 6.440 6.383 -0,9% ↘

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 3.099 2.856 -7,8% 4.142 4.468 7,9% 1.204 1.148 -4,7% 8.445 8.472 0,3% ↗

Região de Saúde do Centro 50.062 49.013 -2,1% 50.485 52.565 4,1% 19.887 20.374 2,4% 120.434 121.952 1,3% ↗

Legenda: * = cirurgia base + adicio nal

F o nte: SIC A

Cirurgia

Urgente Δ

2011/2012HOSPITAIS

* Cirurgia

Convencional Δ

2011/2012

* Cirurgia

Ambulatório Δ

2011/2012

Total de

Cirurgias Δ 2011/2012

Do total de intervenções realizadas, a cirurgia de

ambulatório é o tipo de cirurgia com maior peso,

43%, seguida da cirurgia convencional e da

cirurgia urgente com proporções de 40% e 17%,

respetivamente.

Gráfico 41 - Distribuição das intervenções realizadas por tipo

Fonte: SICA

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91

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

A cirurgia de ambulatório correspondeu a 51,8% do total de cirurgias programadas em

2012 nos hospitais da Região de Saúde do Centro, o que reflete a melhoria na taxa de

ambulatorização.

Quadro 50 - Percentagem cirurgia de ambulatório nos Hospitais da Região de Saúde do Centro em 2011 e 2012

Lista de Espera para Cirurgia a 31/12/2012

As questões relacionadas com o acesso aos cuidados de saúde são críticas quanto ao

sucesso da política regional e nacional de saúde. Planear e dimensionar a oferta e

orientar a procura é uma tarefa essencial, básica e estruturante no âmbito das

competências regionais.

Em 2012, a dimensão da Lista de Inscritos para Cirurgia (LIC) desceu 10,1%, o que

corresponde a uma diminuição de 4.296 doentes relativamente ao período homólogo.

Apenas os Centros Hospitalares Baixo Vouga EPE, Leiria Pombal EPE e a ULS da

Guarda EPE vêm a sua lista de espera aumentar em 2012, como é possível observar no

quadro seguinte.

O CHUC é a instituição da Região Centro com maior dimensão de doentes inscritos em

lista de espera, isto é, 45% dos doentes em LIC são da responsabilidade daquela

instituição.

HOSPITAIS 2011 2012Δ

2011/2012

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 48,4% 51,6% ↗

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 40,2% 36,2% ↘

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 56,6% 48,9% ↘

Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE 50,2% 58,3% ↗

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 42,5% 48,1% ↗

Hospital Arcebispo João Crisóstomo 100,0% 100,0% -

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 68,7% 51,4% ↘

Hospital Doutor Francisco Zagalo 71,8% 74,0% ↗

Hospital José Luciano de Castro 100,0% 100,0% -

Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE 36,0% 34,6% ↘

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 43,4% 45,9% ↗

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 57,2% 61,0% ↗

Região de Saúde do Centro 50,2% 51,8% ↗

F o nte: SIC A

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92

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 51 - Número de doentes inscritos em lista de espera para cirurgia a 31/12/2012

2011 2012

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 5.279 5.018 -4,9% ↘ 13,1%

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 812 966 19,0% ↗ 2,5%

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 2.711 3.110 14,7% ↗ 8,1%

Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE 8.345 5.640 -32,4% ↘ 14,7%

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 17.478 17.249 -1,3% ↘ 45,0%

Hospital Arcebispo João Crisóstomo 393 187 -52,4% ↘ 0,5%

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 2.350 1.564 -33,4% ↘ 4,1%

Hospital Doutor Francisco Zagalo 365 318 -12,9% ↘ 0,8%

Hospital José Luciano de Castro 152 33 -78,3% ↘ 0,1%

Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE 1.222 724 -40,8% ↘ 1,9%

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 1.366 1.312 -4,0% ↘ 3,4%

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 2.151 2.207 2,6% ↗ 5,8%

Região de Saúde do Centro 42.624 38.328 -10,1% ↘ 100,0%

F o nte: SIGLIC

HOSPITAIS

N.º de doentes em

lista de espera Δ

2011/2012

% na

dimensão

da Região

2012

No gráfico seguinte, é possível observar a evolução do número de doentes em LIC desde

2005. Desde esse ano que a tendência tem sido decrescente com exceção do ano de

2011 em que se verifica um acréscimo relativamente a 2010. Porém, em 2012 é

retomada a tendência decrescente.

Gráfico 42 - Evolução do número de doentes em LIC de 2005 a 2012 na Região de Saúde do Centro

Fonte: SIGLIC

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93

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 52 - Tempo médio de espera (meses) para cirurgia a 31/12/2012 nos Hospitais da Região Centro

HOSPITAIS

Tempo médio

de espera

(meses)

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 6,8

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 4,1

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 3,9

Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE 11,4

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 9,6

Hospital Arcebispo João Crisóstomo 2,3

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 6,8

Hospital Doutor Francisco Zagalo 3,5

Hospital José Luciano de Castro 2,2

Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE 3,3

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 5,0

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 9,2

Região de Saúde do Centro 8,4

F o nte: SIGLIC

Na região, o tempo médio de espera para cirurgia a 31/12/2012 era de 8,40 meses.

Destacam-se o CHUC, o Centro Hospitalar de Tondela Viseu EPE e a ULS da Guarda,

EPE por apresentaram tempos médios de espera superiores à média da região, com

tempos respetivos de 11,40, 9,60 e 9,20 meses.

No gráfico 43, é possível observar a evolução do tempo médio de espera para cirurgia,

na região ao longo dos tempos. Salienta-se que o valor obtido em 2012, isto é, 8,4 meses

de tempo médio de espera é um resultado que apenas foi ultrapassado nos anos de 2005

e de 2006. Nos restantes anos foram obtidos sempre melhores resultados.

Gráfico 43 - Evolução do tempo médio de espera (meses) para cirurgia de 2005 a 2012 na Região de Saúde do Centro

Fonte: SIGLIC

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94

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

2.5. Partos

Nos últimos anos, a taxa de natalidade tem apresentado uma tendência decrescente, no

nosso país. Como é possível observar no gráfico seguinte, a taxa de natalidade em

Portugal tem vindo a diminuir desde os anos 60.

Gráfico 44 - Evolução da taxa bruta de natalidade (‰)

Fonte: Pordata

Na Região de Saúde do Centro, em 2012, verificou-se uma diminuição do número de

nascimentos em 7,1%, o que se traduziu em menos 971 nascimentos relativamente ao

período homólogo.

Quadro 53 - Partos realizados na Região de Saúde do Centro em 2011 e 2012

2011 2012 2011 2012 2011 2012

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 545 566 3,9% 1.745 1.813 3,9% ↗ 31,2% 31,2%

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 208 186 -10,6% 611 568 -7,0% ↘ 34,0% 32,7%

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 608 590 -3,0% 2.117 1.911 -9,7% ↘ 28,7% 30,9%

Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE 669 695 3,9% 2.329 2.152 -7,6% ↘ 28,7% 32,3%

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 1.598 1.508 -5,6% 5.706 5.202 -8,8% ↘ 28,0% 29,0%

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 104 111 6,7% 465 419 -9,9% ↘ 22,4% 26,5%

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 243 223 -8,2% 670 607 -9,4% ↘ 36,3% 36,7%

Região de Saúde do Centro 3.975 3.879 -2,4% 13.643 12.672 -7,1% ↘ 29,1% 30,6%

Cesarianas/Total

Partos

F o nte: SIC A

HOSPITAIS

Cesarianas Total de Partos Δ

2011/2012

Δ

2011/2012

Pese embora a diminuição verificada no número de cesarianas, comparativamente ao

mesmo período homólogo, verifica-se um acréscimo do seu peso no total de partos em

2012.

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95

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

3. Produção em Cuidados Continuados Integrados

Em 2012 o valor médio mensal da taxa de ocupação das unidades de convalescença,

média duração e reabilitação, longa duração e manutenção e paliativos foi de,

respetivamente, 93%, 95%, 96% e 83% – valores similares aos do ano anterior. A taxa de

ocupação das ECCI, embora tenha crescido face ao período anterior, apresenta um valor

ainda considerado insuficiente (44%), donde se conclui haver necessidade de um melhor

acompanhamento destas equipas.

O número de doentes assistidos, que inclui os doentes transitados de 2011 e os

admitidos em 2012, aumentou 8% face ao período homólogo do ano anterior, tendo, na

prática, a RNCCI na Região Centro prestado cuidados a 7.882 doentes.

Quadro 54 - Atividade desenvolvida na RNCCI

UC UMDR ULDM UP ECCI

2011 90% 94% 96% 84% 30%

2012 93% 95% 96% 83% 44%

2011 40 95 201 37 373

2012 41 94 200 40 375

2011 1.664 2.602 1.982 340 692

2012 1.768 2.639 2.259 381 781

F o nte: Gestcare C C I, 2012

Taxa de Ocupação

INDICADORES

Demora Média

Utentes Assistidos

A intervenção da Equipa de Coordenação Regional de Cuidados Continuados Integrados

continuará a ter por base uma estratégia de proximidade, que se concretiza, por um lado,

pelo acompanhamento sistemático e periódico das unidades prestadoras de cuidados

continuados e, por outro, pela criação de espaços formativos e reflexão aos elementos

das várias equipas que integram a Rede, nomeadamente as Equipa Coordenadora Local

e Equipa de Gestão de Altas.

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96

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Capítulo IV – Áreas de Intervenção em

Saúde

① Programa de Prevenção e Controlo da Diabetes

② Programa para as Doenças Oncológicas

③ Programa para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares

④ Programa Regional para a Promoção da Alimentação Saudável

⑤ Programa para a Prevenção e Controlo do Tabagismo

⑥ Problemas Ligados ao Álcool

⑦ Programas de Promoção da Saúde em Meio Escolar

⑧ Programa de Saúde Ocupacional

⑨ Programa de Gestão Ambiental

⑩ Rede de Laboratórios de Saúde Pública

⑪ Programa de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis

⑫ Outras Áreas Específicas

⑬ Programa Regional de Capacitação e Literacia

⑭ Comissão Regional da Saúde, da Mulher, da Criança e do Adolescente

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97

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

1. Programa de Prevenção e Controlo da Diabetes

A diabetes mellitus é uma doença crónica, cada vez mais frequente na nossa sociedade.

Além de incapacitante para o doente, a sua prevalência aumenta com a idade. As

pessoas com diabetes podem vir a desenvolver uma série de complicações passíveis de

prevenção e controlo, mediante um controlo rigoroso da hiperglicemia, da hipertensão

arterial, da dislipidémia, entre outros, bem como de uma vigilância periódica dos órgãos

mais sensíveis (retina, nervos, rim, coração, etc).

Dada a frequente associação da diabetes com a hipertensão arterial e o colesterol

elevado, o controlo destes dois fatores de risco faz parte integrante do controlo da

diabetes. Em Portugal, entre 2000 e 2010, o consumo de medicamentos para a diabetes

tem vindo a aumentar significativamente - cerca de 24%, em termos da dose diária

definida/1.000 habitantes/dia. As razões apontadas são, para além do aumento da

prevalência da doença, o aumento do número e da proporção de pessoas tratadas, bem

como as dosagens médias utilizadas nos tratamentos.

Epidemiologia da diabetes - A prevalência da diabetes em 2011 foi de 12,7% na

população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, o que

corresponde a um total de aproximadamente 1.003 mil indivíduos. Em 7,2% da população

portuguesa referida, esta já havia sido diagnosticada e em 5,5% ainda não tinha sido

diagnosticada.

Prevalência da diabetes em Portugal e prevalência ajustada

Taxa de Prevalência da Diabetes – Diagnosticada e Não Diagnosticada – População total 20-79 anos

(Prevalência Ajustada à população em 2011)

Fonte: PREVADIAD – SPD; OND

Taxa de Prevalência da Diabetes – Diagnosticada – População total 2011

Fonte: Amostra ECOS 2010; DEP-INSA

Taxa de Prevalência da Diabetes – Não Diagnosticada – População total 2011

Fonte: Amostra ECOS 2010;DEP-INSA

12,70%da população total

7,20%da população total

5,50%da população total

Prevalência da hiperglicemia intermédia - A hiperglicemia intermédia em Portugal, em

2011, atinge 26,4% da população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e

os 79 anos (2 088 mil indivíduos), desagregada conforme consta no gráfico 45.

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98

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 45 - Prevalência da hiperglicémia intermédia em Portugal em 2011

Quadro 55 - Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) por diabetes mellitus em Portugal Continental e na Região de

Saúde do Centro

Portugal

Continental

Região

Centro

Portugal

Continental

Região

Centro

Portugal

Continental

Região

Centro

Portugal

Continental

Região

Centro

Portugal

Continental

Região

Centro

Nº de Anos Potenciais de Vida

perdidos (APVP) por Diabetes

(População <70 Anos)

4.155 770 5.103 1.318 5.145 1.278 5.123 1.175 4.950 1.083

Fonte: INE; Óbitos por Causas de Morte; Tratamento OND

INDICADOR

2006 2007 2008 2009 2010

Cuidados de Saúde Primários

Em 2012, na rede de CSP da ARSC encontravam-se registados 129.589 utentes com

diabetes, sendo 101.925 nas UCSP e 27.664 nas USF, num universo de 1.907.299

utentes registados (com uma prevalência de 67,9 por 1.000 inscritos).

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99

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 56 - Utentes com diabetes e com consulta registada na ARSC em 2012

CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOSN.º de Consultas de

Diabetes

Utentes com Diabetes

com Consulta

Registada

USF 111.757 85,7%

UCSP 299.309 85,6%

Total 411.066 85,6%

Fonte: SIARS

Indicadores de qualidade e efetividade nos Cuidados de Saúde Primários

A. No que diz respeito à percentagem de inscritos com diagnóstico diabetes, verificou-se

um aumento (0,5%) relativamente ao ano de 2011, no conjunto dos ACeS e ULS da

Região de Saúde do Centro.

Os ACeS Pinhal Litoral II e Dão Lafões I são os que apresentam o valor mais baixo

(5,6%) e o Pinhal Interior Norte II, o mais elevado (8,1%). O ACeS Cova da Beira foi o

que apresentou uma maior variação (1,4%).

Gráfico 46 - Percentagem de inscritos com diagnóstico de diabetes

Fonte: ARSC

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100

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

B. Em 2012, verificou-se um aumento de 1,5% de utentes diabéticos com compromisso

de vigilância, relativamente a 2011, na Região de Saúde do Centro. Esta variação é

observada pelo aumento do número de utentes com compromisso de vigilância (9,9%) e

de utentes diagnosticados (7,7%).

No ACeS Cova da Beira verificou-se o valor mais baixo (62,2%) e no ACeS Baixo

Mondego II o mais elevado (84,6%). No que respeita à variação 2011-2012, esta situa-se

entre os 4,1% positivos no ACeS Pinhal Litoral II e os 3,2% negativos no ACeS Cova da

Beira.

Gráfico 47 - Percentagem de diabéticos com compromisso de vigilância

Fonte: ARSC

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101

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

C. Observou-se um aumento na percentagem de utentes com diabetes, com pelo menos

um exame dos pés (3,4%), no ano de 2012, resultante de um maior aumento do número

de utentes vigiados com pelo menos um registo de exame aos pés (16,3%) do que do

número de utentes com compromisso de vigilância (9,9%).

No ACeS Cova da Beira verificou-se o valor mais baixo (26,3%) e no ACeS Dão Lafões I,

o mais elevado (88,7%). No que respeita à variação 2011-2012, esta situa-se entre os

23,7% positivos do ACeS Pinhal Litoral I e os 5,6% negativos do ACeS Baixo Mondego II.

Gráfico 48 - Percentagem de utentes com diabetes, com pelo menos um exame dos pés no ano

Fonte: ARSC

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

D. Em 2012, verificou-se um aumento de 2,7% de diabéticos com pelo menos 2HgbA1c

nos últimos 12 meses, relativamente ao ano anterior.

O ACeS Cova da Beira verificou o valor mais baixo (24%) e o ACeS Baixo Vouga II, o

mais elevado (72,9%). No que respeita à variação 2011-2012, esta situa-se entre os

11,5% positivos do ACeS Pinhal Interior Norte II e os 6,3% negativos do ACeS Baixo

Mondego II.

Gráfico 49 - Percentagem de diabéticos com pelo menos 2HbA1C nos últimos 12 meses

Fonte: ARSC

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 57 - Alguns indicadores da diabetes nas USF da Região Centro em 2012

INDICADORES N.º %

Diagnóstico de DM (T89 ou T90) na lista de problemas, com estado ativo 28.877 100

Com pelo menos 2 consultas médicas (contato direto) 20.406 70,7

Com pelo menos 2 registos de pressão arterial 20.585 71,3

Com pelo menos 2 registos de resultados de HbA1c (MCDT c/ código A531) 18.973 65,7

Com pelo menos 1 registo de HbA1c < 8,5 20.598 71,3

Com pelo menos 1 registo de resultado de microalbuminúria 17.992 62,3

Com pelo menos 1 registo de colesterol total; C-HDL e triglicerídeos 19.759 68,4

Fonte: ARSC

Nota: Informação relativa a 36 USF

Implementação de consultas autónomas e multidisciplinares da diabetes nas

Unidades de Saúde e Hospitais

Conforme as orientações do Conselho Diretivo da ARSC, todos os médicos de família

deverão dispor de um período do seu horário para consultas de diabetes - autónomas,

em equipa de pelo menos médico e enfermeiro e, se possível, com outros profissionais

necessários ao tratamento e gestão da diabetes tipo 2 (caso de nutricionistas e

psicólogos).

Praticamente todos os hospitais da Região Centro têm consultas de “pé diabético”,

havendo alguns que têm em funcionamento hospital de dia de diabetes. A nível dos CSP,

tem-se incentivado a consulta de “pé diabético”. Para tal procedeu-se à aquisição de

material (cadeiras de podologia, micromotores, fresas e restante material).

Diagnóstico (rastreio) sistemático e tratamento da retinopatia diabética na Região

Centro

A prevalência de retinopatia diabética em diabéticos tipo 1 é de cerca 40%, enquanto em

diabéticos tipo 2 é de 20%. A faixa etária mais atingida situa-se entre 30-65 anos, sendo

o sexo feminino mais afetado.

Estão envolvidos no rastreio sistemático da retinopatia diabética todos os centros de

saúde do âmbito territorial da ARSC, à exceção do ACeS Cova da Beira e da ULS da

Guarda. O tratamento da retinopatia diabética, com laser, é realizado nos serviços de

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

oftalmologia das seguintes instituições hospitalares: Centro Hospitalar do Baixo Vouga,

EPE, CHUC, Centro Hospitalar de Tondela-Viseu, EPE, Hospital Distrital da Figueira da

Foz, EPE e ULS de Castelo Branco, EPE.

Em 2012 foram realizadas 18.496 retinografias, no âmbito do diagnóstico sistemático da

retinopatia diabética.

Quadro 58 - Diagnóstico (rastreio) Sistemático e Tratamento da Retinopatia Diabética na Região Centro

2010 15.271 812 5,3% 14.459 94,7%

2011 15.258 772 5,1% 14.486 94,9%

2012 18.496 770 4,2% 17.726 95,8%

Fonte: ARSC

ANORastreios

Utilizados

Resultados

Doentes que necessitam

tratamento

Doentes que não

necessitam de tratamento

Articulação com as unidades prestadoras de cuidados de saúde

Em todos os ACeS, USF, UCSP e Hospitais, as respetivas direções designaram um

profissional ou equipa de profissionais responsáveis para funcionarem como

interlocutores em matérias relacionadas com o Programa de Prevenção e Controlo da

Diabetes.

Cabe, igualmente, a estes profissionais assegurar a implementação local do programa

(deteção de carência e necessidades, levantamento da situação e dos recursos,

adaptação e definição das estratégias locais e acompanhamento da respetiva

implementação). A Equipa Coordenadora Regional do Programa de Diabetes deslocou-

se aos ACeS para se inteirar do desenvolvimento do Programa, tendo realizado em 2012

cinco reuniões de trabalho com os responsáveis dos ACeS (diretores executivos ou seus

representantes).

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

2. Programa para as Doenças Oncológicas

2.1. Programa de Rastreio do Cancro da Mama (RCM)

Enquadramento

Em Portugal, o tumor maligno da mama é aquele que apresenta maior incidência no sexo

feminino, sendo a segunda causa de morte oncológica neste sexo. Em 2008, a taxa de

incidência padronizada (população padrão mundial) era de 60,0 por 100.0001 e em 2010,

a taxa de mortalidade padronizada (população padrão europeia) era de 20,1 por 100.000

(média europeia de 22,6 por 100.000)2

Na Região Centro, à semelhança do que acontece em Portugal, tem-se verificado um

aumento da mortalidade e incidência por cancro da mama (quadros 59 e 60),

salientando-se, no entanto, que a Região Centro apresenta taxas de mortalidade

inferiores às nacionais.

Quadro 59 - Taxas de mortalidade padronizadas por tumor maligno da mama feminina por 100 000 habitantes, 2006-

2010 (padronização pelo método direto, população padrão europeia)

TAXA 2006 2007 2008 2009 2010

Portugal 18,9 20 19,8 20,2 20,1

Centro 18,3 18 19 19,4 19,6

Fonte: INE

Quadro 60 - Taxas de incidência padronizadas por tumor maligno da mama feminina por 100 000 habitantes, Região

Centro, 2006-2010 (padronização pelo método direto, população padrão europeia)

INCIDÊNCIA 2005 2006 2007 2008 2009 2010

In situ 1,3 5,1 6,3 7,2 6,7 9,7

Invasivo 73,7 60,6 68,7 72,5 71,7 81,3

Total 75,0 65,7 75,0 79,7 78,4 91,0

Fonte: Registo Oncológico Regional do Centro

1 European Comission (EC). Eurostat: Cause of deaths statistics. Luxembourg: EC; 2012. 2 International Agency for Research on Cancer (IARC). Globocan 2008: Fast Stats. Lyon: IARC; 2008.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

O RCM é da responsabilidade executiva da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC),

abrange todos os concelhos da Região Centro desde 2001, tendo sido rastreadas na

última volta (2011/12) 67,9% das mulheres residentes com idades compreendidas entre

os 45 e 69 anos.

Resultados

Na última volta de rastreio aumentou o número de mulheres convidadas e rastreadas,

verificando-se uma maior participação no grupo de mulheres que participaram

anteriormente no rastreio (83,6 %) (quadro 61).

Quadro 61 - Taxas de participação no rastreio do cancro da mama na última volta (2011/12)

ACeS/ULSMulheres

convidadas

Mulheres

rastreadasCobertura (%)

Participação

Global (%)

Baixo Mondego I 33.672 17.758 55,5 52,7

Baixo Mondego II 19.685 12.210 64,5 62,0

Baixo Mondego III 14.926 9.576 69,1 64,2

Baixo Vouga I 20.311 13.977 72,5 68,8

Baixo Vouga II 29.216 18.657 67,3 63,9

Baixo Vouga III 16.643 11.444 73,0 68,8

Cova da Beira 16.548 11.171 71,6 67,5

Dão Lafões I 17.722 12.419 75,0 70,1

Dão Lafões II 13.454 10.151 77,8 75,4

Dão Lafões III 16.820 12.620 77,8 75,0

Pinhal Interior Norte I 15.323 10.108 66,4 66,0

Pinhal Interior Norte I 7.049 4.936 71,0 70,0

Pinhal Litoral I 9.517 6.643 71,3 69,8

Pinhal Litoral I 36.045 19.228 56,3 53,3

ULS Castelo Branco 18.586 12.487 68,0 67,2

ULS Guarda 27.107 19.669 44,8 72,6

Região de Saúde do Centro 312.624 203.054 64,1 65,0

Fonte: INE e LPCC

Notas:

2. Participação: número de mulheres rastreadas/número de mulheres convidadas x 100

1. Cobertura: número de mulheres rastreadas/número de mulheres residentes x 100

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 62 - Indicadores de rastreio do cancro da mama

INDICADOR 1ª Vez Repetição Global

Tempo médio rastreio - leitura # n.a. n.a. 4,8 dias úteis

Tempo médio leitura positiva - aferição # n.a. n.a. 11,2 dias úteis

Tempo médio aferição - consulta de cirurgia ## n.a. n.a. 10,6 dias úteis

Taxa de discrepância inter-leitores # 13,0% 3,9% 5,3%

Taxa de deteção * 3,8%o 2,4%o 2,8%o

Razão in situ/invasivo * 17,9% 15,3% 16,3%

Proporção lesões estádio 0 e I * 60,0% 64,4% 62,7%

Proporção lesões sem metastização ganglionar * 72,9% 76,6% 75,2%

Valor preditivo positivo da mamografia * 5,0% 11,3% 7,5%

Valor preditivo positivo da aferição * 60,5% 75,4% 68,6%

Fonte: LPCC

Notas: # dados referentes ao ano de 2012; ## dados referentes ao ano de 2010; * dados referentes ao

período 1990-2010; n.a.: não se aplica

2.2. Programa de Rastreio do Cancro do Colo do Útero (RCCU)

Enquadramento

Em Portugal, a taxa de mortalidade padronizada (população padrão europeia) por cancro

do colo uterino era, em 2010, de 2,9 por 100 000 (quadro 63). Em 2008, a taxa de

incidência padronizada (população padrão mundial) era de 12,2 por 100 0003.

A redução da mortalidade por este tumor verificada entre 2009 e 2010 foi acompanhada

de uma redução da taxa de mortalidade padronizada antes dos 65 anos (população

europeia) de 2,7 por 100.000 para 1,9 por 100.000.

A Região Centro apresenta uma taxa de mortalidade inferior à nacional (2,1 por 100.000),

observando-se igualmente uma redução da mortalidade antes dos 65 anos de idade (1,3

por 100.000).

Em relação à taxa de incidência padronizada por cancro do colo do útero, o aumento

verificado, entre 2005 e 2010, deve-se ao número de casos não invasivos, não se

3

European Comission (EC). Eurostat: Cause of deaths statistics. Luxembourg: EC; 2012.

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108

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

verificando igual acréscimo no número de tumores invasivos (quadro 64). Esta evolução

pode traduzir uma progressão no seu diagnóstico precoce, facto que pode estar

relacionado com o alargamento do programa de rastreio do cancro do colo uterino a toda

a região em 2006.

Quadro 63 - Taxas de mortalidade padronizadas por tumor maligno do colo uterino por 100 000, 2006-2010 (padronização

pelo método direto, usando a população padrão europeia)

TAXA 2006 2007 2008 2009 2010

Portugal 2,6 3,3 3,4 3,7 2,9

Centro 2,1 3,1 3,1 3,5 2,1

Fonte: INE

Quadro 64 - Taxas de incidência padronizadas por tumor maligno do colo uterino por 100 000, Região Centro, 2005-2010

(padronização pelo método direto, usando a população padrão europeia)

INCIDÊNCIA 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Invasivos 9,0 8,1 9,4 10,5 8,5 9,0

Não invasivos 5,4 5,9 7,4 9,7 8,3 10,3

Total 14,4 14,0 16,8 20,2 16,8 19,3

Fonte: Registo Oncológico Regional do Centro

Atualmente, o RCCU assenta na realização de colpocitologia de 3 em 3 anos, com

encaminhamento de todos os casos positivos para a Unidade de Patologia Cervical da

área de residência. Está em fase de implementação a informatização do programa de

RCCU.

Resultados

Os resultados da última volta de rastreio (2010/12) estão resumidos no quadro 65,

destacando-se os seguintes:

foram rastreadas 247.223 mulheres, correspondendo a uma cobertura de 58,2%;

com base nos resultados citológicos foram detetadas 5.291 lesões de baixo grau

(21 por mil), 829 lesões de alto grau (3 por mil) e 36 cancros (0,15 por mil);

1,4% das citologias efetuadas foram insatisfatórias.

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109

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 65 - Cobertura e resultados do rastreio do cancro do colo uterino na volta de 2010/12

ASCUS HSIL

AGC ASCH

Baixo Mondego I 46.370 27.225 58,7 25.025 349 1.080 695 72 7

Baixo Mondego II 26.593 16.612 62,5 14.781 143 607 1.040 37 4

Baixo Mondego III 19.196 14.054 73,2 12.959 272 604 166 52 1

Baixo Vouga I 27.803 18.156 65,3 16.747 228 675 438 65 3

Baixo Vouga II 43.007 29.919 69,6 27.628 554 1.082 540 110 5

Baixo Vouga III 23.515 14.767 62,8 13.721 355 471 157 62 1

Cova da Beira 20.905 10.654 51 10.097 61 293 190 13 0

Dão Lafões I 25.455 19.611 77 18.226 269 768 256 91 1

Dão Lafões II 16.145 10.168 63 9.383 175 470 110 29 1

Dão Lafões III 22.591 9.700 42,9 8.984 152 405 120 37 2

Pinhal Interior Norte I 21.504 11.818 55 10.803 138 535 315 24 3

Pinhal Interior Norte I 8.735 3.520 40,3 3.256 57 154 31 22 0

Pinhal Litoral I 13.013 5.587 42,9 5.163 131 192 71 30 0

Pinhal Litoral I 52.307 21.710 41,5 20.005 377 858 339 127 4

ULS Castelo Branco 24.101 13.090 54,3 12.248 55 443 322 22 0

ULS Guarda 33.571 20.632 61,5 19.268 174 649 501 36 4

Região de Saúde do Centro 424.811 247.223 58,2 228.294 3.490 9.286 5.291 829 36

Ca

Notas:

População elegível estimada: 88,5% das mulheres residentes com idades compreendidas entre os 25 e 64 anos (censos 2011); cobertura: número de mulheres rastreadas

/ número (estimado) de mulheres elegíveis x 100. O número de citologias apresentado é o número de citologias com resultado validado no período.

Neg: negativo para lesão intraepitelial; Ins: insatisfatório; ASCUS: atípia de células escamosas de signif icado indeterminado; ASCH: atípia de células escamosas sem exclusão

de lesão intraepitelial de alto grau; AGC: atípia de células glandulares; LSIL: lesão intraepitelial de baixo grau; HSIL: lesão intraepitelial de alto grau; Ca: cancro.

ACeS/ULS

População

elegível

estimada

CitologiasCobertura

(%)

Resultados (2010/12)

Neg Ins LSIL

Fonte: ARSC

A redução do número de citologias efetuadas entre 2011 e 2012 não é indicador de um

menor número de mulheres rastreadas, estando antes relacionado com a alteração

introduzida ao protocolo do RCCU, tendo deixado de ter indicação a repetição da primeira

citologia negativa ao final de um ano.

Em relação à volta anterior, mantém-se o mesmo nível de execução do RCCU,

salientando-se marcadas assimetrias regionais quanto à cobertura populacional do

rastreio.

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110

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

2.3. Programa de Rastreio do Cancro do Cólon e Recto (RCCR)

Enquadramento

Em Portugal, o cancro do cólon e recto é o tumor maligno com maior peso na mortalidade

e morbilidade oncológica. Em 2008, a taxa de incidência padronizada (população padrão

mundial) era de 31,4 por 100 0004. A taxa de mortalidade padronizada (população padrão

europeia) por cancro colorrectal tem registado uma tendência crescente sendo em 2010

de 22,2 por 100.000 (média europeia de 18,7 por 100.000)5.

A Região Centro tem apresentado taxas de mortalidade próximas das nacionais (quadro

66), verificando-se ligeiras oscilações na incidência padronizada dos tumores do cólon e

recto (quadro 67).

Quadro 66 - Taxas de mortalidade padronizadas por tumor maligno do cólon e recto por 100 000 habitantes, 2006-2010

(padronização pelo método direto, população padrão europeia)

TAXA 2006 2007 2008 2009 2010

Portugal 21,1 21,5 22,1 21,8 22,2

Centro 22,7 21,2 22,9 21,3 22,2

Fonte: INE

Quadro 67 - Taxas de incidência padronizadas por tumor maligno do cólon e recto por 100 000 habitantes, Região

Centro, 2005-2010 (padronização pelo método direto, população padrão europeia)

INCIDÊNCIA 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Cólon 27,2 24 26,2 22 25,4 26,2

Recto 13,6 12,7 14,3 12,7 13,5 13,2

Junção rectossigmoidea 1,8 1,9 1,7 1,8 1,7 2,2

Fonte: Registo Oncológico Regional do Centro

O RCCR consiste na realização de pesquisa de sangue oculto nas fezes bianual aos

utentes entre os 50 e 70 anos de idade, com encaminhamento dos casos positivos para

realização de colonoscopia total num dos três hospitais de referência da região.

4 European Comission (EC). Eurostat: Cause of deaths statistics. Luxembourg: EC; 2012.

5 International Agency for Research on Cancer (IARC). Globocan 2008: Fast Stats. Lyon: IARC; 2008.

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111

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Atualmente, o rastreio está implementado em 34 concelhos (44% da totalidade de

concelhos da região). Todas as unidades envolvidas no RCCR estão informatizadas,

estando em desenvolvimento os módulos de estatística.

Resultados

Na última volta de rastreio (2011/12):

foram rastreados 20.053 utentes registando-se uma cobertura de 10,2 % da

população residente em idade elegível de rastreio;

5,8 % dos utentes rastreados teve um teste positivo;

2,6 % dos testes foram inconclusivos.

Quadro 68 - Avaliação do rastreio do cancro do cólon e recto (2011/12)

% N.º % N.º %

Baixo Mondego I (USF Modelo B) 38.885 1.658 4,3  96 5,8 53 3,2

Dão Lafões 65.154 7.945 12,2 423 5,3 178 2,2

Pinhal Interior Norte 32.023 4.093 12,8 276 6,7 116 2,8

Pinhal Litoral 60.697 6.357 10,5 374 5,9 177 2,8

Região de Saúde do Centro 196.759 20.053 10,2 1.169 5,8 524 2,6

Fonte: ARSC

Notas:

1. População residente: com idade compreendida entre os 50 e 69 anos; Taxa de cobertura: número de testes PSOF / população x 100

InconclusivosACeS/ULSPopulação

residente

Testes

realizados

Taxa de

cobertura

Testes

Positivos

2. Na sequência da reorganização dos ACeS integrados na ARSC, em vigor desde 30 de novembro de 2012, a ARSC passou a abranger 6 ACeS. A

avaliação dos resultados relativa ao projeto RCCR uma vez elaborada no final do ano já contempla a atual estrutura organizativa.

Em relação à última volta de rastreio, regista-se um aumento do número de utentes

rastreados devido à inclusão de quatro concelhos em dezembro de 2011 e ao aumento

do número de indivíduos rastreados em cada concelho. No entanto, a taxa de cobertura

apresentada é mais baixa do que a da volta anterior, uma vez que foi considerada toda a

população alvo e não apenas os grupos etários selecionados para rastreio durante a fase

de implementação.

De acordo com os resultados de dois dos hospitais de referência para colonoscopia,

foram estimadas as seguintes taxas de deteção para o ano de 2012:

23,0 adenomas por 1.000 participantes;

0,7 cancros por 1.000 participantes.

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112

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

3. Programa para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares

Enquadramento

As doenças do aparelho circulatório são uma das principais causas de morte e de

incapacidade nas sociedades ocidentais, nas quais Portugal se inclui. A Região Centro

não é exceção neste aspeto, sendo de prever que o impacto nefasto destas doenças na

região se venha a agravar com o crescente envelhecimento da população e com o

aumento da prevalência dos vários fatores de risco a elas associadas, particularmente na

população mais jovem.

Dadas as alterações organizativas da ARSC e respetivos impactos durante o ano de

2012, bem como os constrangimentos orçamentais e em recursos humanos (em especial

médicos), que com maior acuidade se verificaram neste período, houve durante o referido

ano um “abrandar” de novas iniciativas no âmbito das doenças cardiovasculares, tendo-

se optado por, prioritariamente, manter uma atividade e apoio aos programas em curso,

iniciados em anos anteriores.

3.1. Programa de Hipocoagulação

O controlo do utente hipocoagulado nas Unidades de Saúde (USF e UCSP) é efetuado

mediante dois processos: ① - através do controlo analítico feito em laboratório de

análises clínicas, mediante a respetiva requisição do médico; ② - através do material

fornecido pela ARS (hipocoagulómetros e tiras reagentes).

Em termos globais, ou seja, considerando a percentagem de doentes hipocoagulados

que são controlados com a regularidade adequada, independentemente do método

aplicado, os valores atingidos em 2012 são de, pelo menos, 85%.

No entanto, também é importante avaliar os resultados do programa desenvolvido pela

ARSC desde 2009. Este programa consistiu, não só na distribuição de coagulómetros por

todos os centros de saúde que se mostraram interessados em aderir ao programa, como

também, na formação sobre a sua utilização. Foram ainda aperfeiçoadas as normas e

vias para aquisição das tiras a utilizar, situação que não se encontra totalmente resolvida,

havendo ainda a assinalar algumas situações de insuficiência e rutura de stocks, mas

bastante menos do que em 2011. O trabalho de coordenação incidiu sobretudo no

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Relatório de Atividades

acompanhamento das eventuais dificuldades e necessidades detetadas, que passaram

sobretudo por problemas com o fornecimento atempado das tiras reagentes e

sensibilização para que mais profissionais de saúde aderissem ao programa, provados

que estão os ganhos em termos de custos e, sobretudo, rapidez de resposta nas

situações carentes de controlo. Até agora, o programa está a funcionar em 68% das

unidades de saúde, sendo objetivo alargar para 90% as unidades aderentes em 2013.

Foram também levadas a cabo diversas ações de formação no âmbito da utilização do

software de comunicação e controlo (TaoNet) dedicado a este programa.

3.2. Vias verdes Coronária e Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Na sequência do trabalho desenvolvido em anos anteriores, todos os hospitais, serviços

de urgência, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e demais prestadores de

cuidados de saúde do âmbito territorial da ARSC foram instruídos e formalmente

articulados para a correta implementação das vias verdes.

Houve um avanço significativo no âmbito da Via Verde AVC, mas no que se refere à Via

Verde Coronária, existem ainda alguns aspetos de articulação entre os diversos serviços

a corrigir, sobretudo na comunicação entre Unidades de Cuidados Intensivos Coronários

(UCIC), Centros de Hemodinâmica e INEM. Essa situação motivou a publicação de um

novo documento do Programa Nacional para as Doenças Cardiovasculares, em

novembro de 2012.

3.3. Telemedicina aplicada às Doenças Cardiovasculares

Até agora a ARSC tinha no terreno o programa PRECOCE para que, nos casos suspeitos

de enfarte do miocárdio, os diversos centros de saúde (antigos SAP, e Serviços de

Urgência Básica-SUB ou centros de saúde de grandes dimensões) e os diversos

hospitais pudessem contactar, via telemedicina, com os serviços de UCIC de referência e

ali ser efetuado online o diagnóstico à distância - com a avaliação em direto do

Eletrocardiograma (ECG), exame clínico e outros julgados necessários, bem como dadas

indicações terapêuticas imediatas e organização da referenciação do doente, de modo a

que chegue com a maior brevidade de tempo e já pré-diagnosticado ao destino mais

adequado (UCIC, hemodinâmica, etc). O sistema está formalmente implantado em 11

centros de saúde, entre os quais no SUB de Arganil, mas face aos condicionalismos de

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

pessoal médico e organizacional já mencionados, esteve nos últimos dois anos

praticamente inativo e limitado pelos constrangimentos do equipamento utilizado

(hardware exigindo salas próprias, contratos de manutenção caros, redes dedicadas com

falhas frequentes, localização específica do material nem sempre acessível, software de

utilização pouco intuitiva).

Tendo em conta esta situação e as potencialidades da Plataforma de Dados da Saúde

(PDS), durante o ano de 2012 foi desenvolvida, em conjunto com a ACSS e com a

colaboração ativa da coordenação para as Doenças Cardiovasculares da ARSC, uma

solução tecnológica, funcional e organizativa, radicalmente diferente, baseada na

utilização de computadores normais usados pelos médicos e enfermeiros nos diversos

serviços do SNS, que irá permitir poder efetuar telemedicina a partir de qualquer terminal

ligado àquela plataforma. Para tal, bastará apenas uma pequena adaptação de uma

webcam e um interface simples que permitirá conectar todo e qualquer aparelho que

produza imagem e/ou som digital: Raio-X, ECG, ecógrafo, estetoscópio eletrónico,

glucómetro, espirómetro, etc. Desse modo, tanto o programa PRECOCE, como outros de

âmbito similar, poderão em breve ser ativados, praticamente a partir de qualquer local de

trabalho ou mesmo via smartphone, pelo que é de prever uma radical mudança do

panorama atual.

3.4. Cartão de Risco Cardiovascular

Este projeto consistiu inicialmente em distribuir aos utentes dos centros de saúde um

cartão que recolha, de forma consistente, os cinco principais fatores de risco das doenças

cardiovasculares (cores verde, amarelo ou vermelho, consoante o risco), para assim

motivar os utentes a se autocontrolarem. Fornece também explicações básicas sobre os

fatores de risco, sendo replicado nos sistemas informáticos. No entanto, provavelmente

devido às alterações nos modelos organizativos e de coordenação das unidades de

saúde, o programa tem estado praticamente parado. Neste momento, face à

implementação a nível nacional da PDS, de que é parte integrante o Portal do Utente, foi

sugerido à Comissão para a Informatização Clínica, gestora da PDS junto do Ministério

da Saúde, que fosse incluída naquele portal, uma versão digital do “Cartão de Risco

Cardiovascular” que está já em fase avançada de desenvolvimento e que facilitará tanto a

recolha de dados direta (através do sistema informático através da sua introdução por

iniciativa do utente, acedendo ao portal ou com o apoio dos profissionais de saúde para

que essa inclusão seja efetuada).

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

3.5. Programa SMILES

Este programa consiste na monitorização no domicílio de doentes de risco

cardiovascular, permitindo obter e transmitir de forma regular e permanente dados como

peso, tensão, glicemia, colesterolemia, e frequência cardíaca, sendo ainda possível

adicionar outros parâmetros. Esses dados são recolhidos de forma automática no

domicílio dos pacientes e transmitidos para um servidor central que os trata, procede a

uma análise automática dos valores e os transmite para os locais adequados e

previamente acordados, como sejam o email do médico, consultório, gabinete de

enfermagem, ou outros “devices” de acesso à rede informática ou de Global System for

Mobile. É inclusivamente possível parametrizar o sistema para que sejam definidos

alertas automáticos personalizados por doente. A fase piloto preliminar decorreu em 2010

no Centro de Saúde de Celas (Coimbra), com um feedback extremamente positivo, pelo

que foi solicitada em 2011 autorização para se iniciar a fase de validação do projeto, com

1 000 doentes. Face às contingências orçamentais conhecidas, o programa não pôde

avançar no âmbito em que foi inicialmente pensado (1.000 utentes em Celas e Arganil),

mas foi possível, iniciar um programa dentro de moldes similares de telemonitorização

em Penela, tendo a ARSC participado como consultor e patrocinador operacional.

3.6. Outras Ações

No âmbito das Doenças Cardiovasculares a ARSC participou, colaborou e patrocinou

diversos eventos, a saber:

Estudo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) “e_COR - Prevalência

de fatores de risco cardiovascular na população portuguesa”, um estudo de âmbito

nacional, tendo a ARSC organizado o apoio logístico em termos de instalações.

Iniciativa “Dá-nos cinco minutos e nós damos-te uma vida” - Visou rastrear e

esclarecer a população jovem, sobre a morte súbita cardíaca no jovem, as melhores

formas de deteção das condições de risco e tratamentos para as mesmas, em que a

ARSC participou na sua divulgação e apoio logístico nos locais onde decorreu.

XII Jornadas da Fundação Portuguesa de Cardiologia, patrocínio do “Prémio ARSC”,

para além da promoção, divulgação e participação nas mesas redondas.

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

4. Programa Regional para a Promoção da Alimentação Saudável (PRPAS)

Enquadramento

A alimentação é um dos determinantes ligados aos estilos de vida que mais condiciona a

saúde da população, e, pela sua importância, a DGS considerou o PRPAS como um dos

oito programas prioritários a nível nacional.

A nível regional e numa lógica de continuidade ao que se tem vindo a desenvolver ao

longo dos últimos anos, enquadra-se o PRPAS em quatro eixos de ação, ilustrado pelo

organograma incluso:

Figura 6 - Organograma PRPAS

Fonte: ARSC

① Organização de serviços:

A - Formação e gestão de grupos de trabalho multidisciplinares

B - Organização das consultas de nutrição

C - Aplicação Informática SIG-SA

② Formação interna:

A - Aguarela alimentar

B - 3 Pontos em movimento

③ Intervenção comunitária:

A - Minorsal.saude (pão.come e sopa.come)

B - Tãodoce.não

C - Trans.fora

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

D - Oleovitae

E - Programa “5 ao dia” em parceria com o Mercador Abastecedor de Coimbra

F - Monitorização da Obesidade Infantil (Childhood Obesity Surveillance Initiative

Estudo do Padrão Alimentar e de Crescimento na Infância)

G - Vending.saude

④ Comunicação, marketing e informação:

A - Dona saúde - blog e partilha de informação dirigida ao grande público

B - Newsletter informática dirigida aos profissionais de saúde

C - Suportes de informação dirigidos à Industria Alimentar e Restauração

Toda esta multiplicidade de variáveis e de áreas de intervenção exigiu da parte dos

serviços uma definição de estratégias que se cruzam entre si, mas que sem as quais,

seria impossível atingir os objetivos propostos. Obrigou igualmente a uma plêiade de

profissionais de saúde com múltiplos saberes, como médicos, nutricionistas, técnicos de

saúde ambiental, psicólogos, enfermeiros e técnicos de laboratório que deverão trabalhar

em equipas multidisciplinares.

Pela diversidade de projetos em causa, destacam-se apenas aqueles que pela sua

abrangência, se considerou de maior relevo no ano de 2012.

A - Aguarela alimentar - No ano de 2012 foi realizada a única ação aprovada pelo

Programa Operacional Potencial Humano (POPH). Teve como objetivo capacitar os

profissionais de saúde na área da nutrição humana e teve a frequência de 21

profissionais dos CSP, aumentando assim o número de médicos e enfermeiros

abrangidos por este projeto, para 475.

B - 3 Pontos em movimento - É o mais recente projeto de formação enquadrado no

PRPAS. Tem como objetivo capacitar os médicos, enfermeiros e nutricionistas da ARSC,

na prescrição de atividade física. Neste contexto, foram realizadas duas ações, sendo

que uma foi incluída na formação Aguarela Alimentar. Estas ações foram frequentadas

por 42 profissionais.

Formação interna

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

A - Estratégia Minorsal.saude - Apresenta como objetivo de saúde a diminuição das

taxas de mortalidade específica das doenças cérebro vasculares e a diminuição das

neoplasias do estômago e naso faringe na Região Centro, através da redução dos teores

de sal na alimentação.

A.1. Projeto pão.come - Projeto de intervenção comunitária enquadrado na estratégia

anteriormente referida, apresentando por isso os mesmos objetivos de saúde,

nomeadamente, redução do teor de sal no pão da Região Centro, para valores de 0,8g

de sal por 100g de pão.

Este projeto com 6 anos de duração abrangia, a 31 de dezembro de 2012, 91% da

população da Região Centro.

Figura 7 - Percentagem de população abrangida pelo projeto pão.come na Região Centro, em 2012

Fonte: ARSC

N.º de Padarias = 384

N.º de Amostras = 608

64% de padarias com adição de NaCL<1g/100g de pão

47% de padarias com adição de NaCL<0,8g/100g de pão

Indicadores de Atividade

Gráfico 50 - Número de padarias intervencionadas no âmbito do projeto pão.come em 2012

Fonte: ARSC

Intervenção comunitária

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 51 - Evolução do número de padarias aderentes ao projeto pão.come

Fonte: ARSC

Total de padarias da Região Centro intervencionadas em 2012 – 384

Total de padarias incluídas no projeto pão.come – 1.121

Gráfico 52 - Número de análises realizadas no âmbito do pão.come em 2012

Fonte: ARSC

Total de análises de NaCl realizadas pela rede de laboratórios de saúde pública da

Região Centro em 2012 - 614

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Indicadores de Resultados

Embora haja 5 concelhos ao nível da Região Centro que ainda não iniciaram o projeto, é

possível concluir que o pão.come teve uma boa adesão por parte da indústria da

panificação e tem sido levado a cabo com êxito pelas equipas de saúde pública dos

ACeS e das duas ULS.

É de evidenciar os valores médios conseguidos ao longo dos anos. No ano de 2007,

quando se realizou o diagnóstico em 150 amostras de pão da Região Centro a média era

de 1,58g de NaCl/100g de pão e, atualmente, é na maioria das padarias inferior a 1g

Nacl/100g de pão (o valor legal imposto pela Lei n.º 75/2009 de 12 de agosto, é de 1,4g

de NaCl/100g de pão). Pode-se também verificar que em 2012 a percentagem de

padarias da Região Centro com adição de sal < 0,8g por 100g de pão é de 47%.

A.2. Projeto sopa.come - Um projeto de intervenção comunitária enquadrado na

estratégia Minorsal.saúde com o objetivo específico de reduzir o teor de sal na sopa para

valores de 0,2g/100g na restauração coletiva e não coletiva.

Este projeto com 3 anos de duração está a ser desenvolvido em dois ACeS, Pinhal

Interior Norte e Baixo Mondego, e na ULS da Guarda.

Gráfico 53 - Número de cantinas incluídas no projeto pão.come, por fase do projeto

Fonte: ARSC

Nota: Na sequência da reorganização dos ACeS integrados na ARSC, em vigor desde 30 de novembro de 2012, a ARSC

passou a abranger 6 ACeS. A avaliação dos resultados relativa ao projeto sopa.come uma vez elaborada no final do ano já

contempla a atual estrutura organizativa.

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 54 - Número de restaurantes incluídos no projeto sopa.come, por fase do projeto

Fonte: ARSC

Nota: Na sequência da reorganização dos ACeS integrados na ARSC, em vigor desde 30 de novembro de 2012, a ARSC

passou a abranger 6 ACeS. A avaliação dos resultados relativa ao projeto sopa.come uma vez elaborada no final do ano já

contempla a atual estrutura organizativa.

Indicadores de Atividade

Este projeto tem-se demonstrado de todo o interesse, pela oportunidade de interação

com as instituições aderentes, sendo de referir que, além do trabalho de monitorização

do teor de sal nas sopas de todos os estabelecimentos nele incluídos, nomeadamente,

refeitórios escolares, Instituições Particulares de Solidariedade Particular, hospitais e

alguns restaurantes, existe um grande trabalho de sensibilização para o decréscimo da

adição de sal na sopa, de uma forma faseada e controlada, de acordo com a sua

metodologia e distribuída pelos serviços de saúde pública locais.

Quadro 69 - Número de análises realizadas no âmbito do projeto sopa.come, em 2012

ACeS/ULS Análises realizadas

Baixo Mondego 38

Pinhal Interior Norte 117

ULS Guarda 348

Região de Saúde do Centro 503

Fonte: ARSC

Nota: Na sequência da reorganização dos ACeS integrados na

ARSC, em vigor desde 30 de novembro de 2012, a ARSC passou a

abranger 6 ACeS. A avaliação das atividades desenvolvidas

relativas ao projeto sopa.come uma vez elaborada no final do ano já

contempla a atual estrutura organizativa.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Indicadores de Resultados

Atendendo a que ainda não foi concluída a 1ª fase em todos os estabelecimentos

incluídos no diagnóstico, não se apresentam de momento, as análises estatísticas de

resultados.

D - Projeto Oleovitae - Projeto de intervenção comunitária que visa a proteção dos

consumidores da Região Centro da ingestão de compostos polares (CP) produzidos pelo

aquecimento e utilização excessiva dos óleos de fritura. Este é um dos projetos

prioritários do PRPAS, pelo facto dos CP, em percentagens superiores a 24, serem

fatores potencialmente cancerígenos. O objetivo específico do projeto visa a

monitorização do teor de compostos polares dos óleos de fritura nos estabelecimentos de

restauração coletiva e não coletiva da Região Centro.

Indicadores de Atividade e de Resultados

Quadro 70 - Número total de determinações realizadas, em 2012

<17 17 a 23 > 24 17 a 23 > 24

Baixo Mondego 100 108 61 5 66,0 5,0

Baixo Vouga 93 66 13 14 29,0 15,1

Dão Lafões 18 16 2 0 11,1 0,0

Pinhal Interior Norte 235 142 75 18 39,6 7,7

Pinhal Litoral 107 70 29 8 21,8 7,5

ULS Guarda 214 159 40 15 25,7 7,0

Região de Saúde do Centro 767 561 220 60 36,5 7,8

Fonte: ARSC

2. Na sequência da reorganização dos ACeS integrados na ARSC, em vigor desde 30 de novembro de 2012, a ARSC passou a

abranger 6 ACeS. A avaliação das atividades desenvolvidas e de resultados relativos ao projeto oleovitae uma vez elaborada no final do

ano já contempla a atual estrutura organizativa.

Notas:

1. No ACeS Baixo Mondego, houve durante o ano de 2012 mais 86 determinações realizadas, não tendo sido contempladas no quadro

acima incluído, por haver suspeita de erro de leitura da sonda utilizada.

ACeS/ULSN.º de

determinações

Ano de 2012 %

Face aos resultados encontrados nas avaliações realizadas, considera-se necessário o

investimento na monitorização e sensibilização dos manipuladores de alimentos, para

uma utilização adequada dos óleos de fritura e respetivo controlo da temperatura.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

E - Programa 5 ao dia - Faz crescer com alegria - O Programa 5 ao dia iniciou a sua

atividade na Região Centro, no ano de 2009, com a assinatura do protocolo entre

o Mercado Abastecedor de Coimbra e a ARSC – desde essa data, o DSP da

ARSC tem participado no desenvolvimento deste programa, que tem como objetivos,

promover o consumo diário de, pelo menos, 5 porções de fruta e hortícolas, para

potenciar uma alimentação saudável e contribuir para a prevenção das doenças crónicas

associadas aos maus hábitos alimentares e obesidade.

Os destinatários do programa são as escolas em geral, professores e crianças/jovens em

idade escolar entre os 7 e os 12 anos.

No ano letivo 2011-2012 foram desenvolvidas 15 sessões/atividades, envolvendo a

participação de 445 alunos. Verificou-se um decréscimo no número de alunos envolvidos

em relação ao ano letivo anterior, devido às atividades terem sido destinadas apenas ao

grupo etário previsto no programa. A programação, desenvolvimento e avaliação deste

tipo de atividades, resultam de um trabalho de cooperação e parceria entre todos os seus

executores, quer tenham a sua génese na escola, saúde ou qualquer outro.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

5. Programa Nacional de Prevenção e Controlo do Tabagismo (PNPCT)

Enquadramento

O tabagismo é um importante problema de saúde pública, não só pela magnitude do

problema, mas também pelas consequências na saúde e nos elevados custos

económicos e sociais. É o único produto de venda legal que mata metade dos seus

consumidores regulares. Morrem cerca de 6 milhões de pessoas a cada ano, das quais

600.000 são pessoas expostas ao fumo passivo, que é a 3ª maior causa de morte

evitável no mundo.

A cessação tabágica é fundamental nos fumadores para melhorar, não só a sua

qualidade de vida, mas também a sua saúde e, nesse sentido, reduzir a mortalidade e

morbilidade associadas ao consumo de tabaco.

O PNPCT visa promover um futuro mais saudável, totalmente livre de tabaco e tem como

finalidade aumentar a expectativa de vida saudável na população através da redução das

doenças e da mortalidade prematura associadas ao consumo de tabaco.

Indicadores de Atividade

Apresentam-se as consultas de cessação tabágica realizadas nos ACeS Cova da Beira,

Pinhal Interior Norte I, Pinhal Litoral II e Dão Lafões I.

Quadro 71 - Consultas de cessação tabágica realizadas em 2012

Homens Mulheres

10 – 14 anos 0 0 0

15 – 24 anos 8 3 11

25 – 34 anos 27 20 47

35 – 44 anos 51 33 84

45 – 54 anos 36 25 61

55 – 64 anos 27 11 38

65 – 74 anos 9 2 11

> 75 anos 0 1 1

Total 158 95 253

Fonte: ARSC

Grupos etários

N.º de fumadores com 1ª consulta

Total

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 72 - Total das primeiras consultas realizadas em 2012

Homens Mulheres

Cova da Beira 55 36 91

Dão Lafões I 32 12 44

Pinhal Interior Norte I 21 15 36

Pinhal Litoral II 50 32 82

Região de Saúde do Centro 158 95 253

Fonte: ARSC

ACeS

N.º de fumadores com 1ª consulta

Total

Quadro 73 - Frequência e caraterização dos utentes em 2012

Frequência dos utentes Homens Mulheres Total

1 vez 45 27 72

2 vezes 26 18 44

3 vezes 23 14 37

4 vezes 18 12 30

5 vezes 18 6 24

> 5 vezes 28 18 46

Total 158 95 253

Fonte: ARSC

Podemos verificar, no quadro 73, que 72 utentes frequentaram a consulta de cessação

tabágica em 2012 uma única vez, sendo 27 mulheres e 45 homens.

Quadro 74 - Total de consultas seguintes realizadas em 2012

Homens Mulheres

Cova da Beira 177 98 275

Dão Lafões I 105 26 131

Pinhal Interior Norte I 42 37 79

Pinhal Litoral II 133 107 240

Região de Saúde do Centro 457 268 725

Fonte: ARSC

Total ACeSConsultas seguintes

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 75 - Número total de consultas de cessação tabágica efetuadas entre 2006 e 2012

ACeS/ULS 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total

Baixo Mondego I 407 484 891

Baixo Mondego II 78 132 104 75 254 643

Baixo Mondego III 7 175 182 117 481

Baixo Vouga I 63 * 28 * 91 *

Baixo Vouga II 457 506 537 480 465 150 2.595

Baixo Vouga III 127 127

Cova da Beira 477 549 835 545 425 301 275 3.407

Dão Lafões I 131 131

Pinhal Interior Norte I 79 79

Pinhal Interior Norte II 19 38 53 136 14 260

Pinhal Litoral I 252 37 168 187 103 747

Pinhal Litoral II 192 256 221 240 909

ULS Castelo Branco 48 * 48 *

ULS Guarda 142 368 77 * 587 *

Região de Saúde do Centro 1.283 1.232 1.741 1.920 2.669 * 1.426 * 725 10.996

Fonte: ARSC

Nota: * = Não estão incluídas neste quadro o total de consultas seguintes dos ACeS Baixo Vouga I, ULS da Guarda e da ULS de Castelo

Branco (só estão inseridas as primeiras consultas do ano)

Grupo de trabalho prevenção e cessação tabágica da ARSC

Este grupo é constituído pelos responsáveis do tabagismo dos vários ACeS, assim como,

por alguns Presidentes do Conselho Clínico e por um elemento da Saúde Pública,

reunindo-se periodicamente no DSP da ARSC, em Coimbra.

Atividades Desenvolvidas

Publicação de 2 newsletters que se encontram disponíveis no site da ARSC.

Realização do IV Colóquio “Conhecer, Decidir e Vencer – O Tabaco e a Doença”.

Participação nas reuniões do Grupo Operacional Nacional do Programa Nacional para

a Prevenção e Controlo do Tabagismo.

Participação na reunião do Grupo Técnico Consultivo.

Participação no VIII Congresso do EMASH – “O uso da nicotina – seus efeitos, sinais

e sintomas”.

Participação em reuniões com a Coordenação Regional de Saúde Escolar e com o

Responsável do projeto “In-Dependência” para elaboração de um projeto único no

âmbito do tabagismo.

Publicação das entrevistas no jornal Público e na revista Saúde do Região de Leiria.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Participação em ação de formação para internos de especialidade de Medicina Geral

e Familiar.

Apresentação do PNPCT 2012-2016 pela Diretora Nacional do Programa aos

Diretores Executivos, Presidentes do Conselho Clínico e responsáveis da consulta de

Cessação Tabágica dos ACeS.

Resultados

Embora o PNPCT seja um programa prioritário, por questões organizacionais não foi

possível que algumas metas fossem atingidas. A formação necessária aos profissionais

de saúde, para iniciarem consultas de cessação tabágica, foi deficitária.

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

6. Problemas Ligados ao Álcool (PLA)

Enquadramento

Os PLA têm vindo a assumir uma gravidade crescente, comprovada por estudos recentes

que evidenciam um preocupante consumo global a nível mundial. Numerosos estudos

demonstram que existe uma relação dose-resposta entre o consumo de álcool e a

frequência e gravidade de várias doenças. Deste modo, a maiores níveis de consumo

correspondem taxas de mortalidade e morbilidade mais elevadas, por cirrose hepática,

neoplasias, acidentes nos locais de trabalho e sinistralidade rodoviária. Influenciam ainda

outras situações, como o absentismo laboral, comportamentos sexuais de risco, gravidez

na adolescência, agressividade e violência.

O conhecimento científico daqueles fatores de risco, e suas consequências, justifica que

a política atual em relação aos problemas ligados ao álcool deva apontar para a

necessidade de uma sensibilização ao nível da população, no sentido da redução do

consumo global e dos consumos de risco, sem perder de vista a necessidade de

intervenção específica junto de utentes com consumos nocivos e dos dependentes

alcoólicos.

A identificação do consumidor de risco e nocivo em etapas precoces diminui o risco de

complicações ligadas à saúde, possibilitando que as alterações comportamentais

necessárias na abordagem e no tratamento sejam mais facilmente alcançadas e/ou

mantidas. Os CSP ocupam uma posição privilegiada em termos da intervenção quanto

aos problemas relacionados com o consumo de bebidas alcoólicas no que respeita a

deteção e primeira linha de intervenção. Há que valorizar e destacar o desenvolvimento

de projetos de abordagem precoce dos consumidores excessivos através do treino e

preparação adequados dos técnicos de saúde, particularmente daqueles que trabalham

na área dos CSP.

Atividades Desenvolvidas

Nomeados Assessores dos Conselhos Clínicos, para a área de Alcoologia, de cada um

dos ACeS da área de influência da ARSC.

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Efetuado o diagnóstico da situação regional no âmbito dos PLA e identificadas as equipas

de Alcoologia a funcionar nos ACeS da área de influência da ARSC, assim como os

Assessores para os Conselhos Clínicos, Consultas e respetiva carga horária.

Elaboração da Rede de Referenciação/Articulação para os Comportamentos Aditivos e/ou

Dependências da Região Centro, após reuniões com os parceiros envolvidos, a nível dos

Cuidados de Saúde Primários, da Unidade de Alcoologia, e dos vários Serviços de Saúde

Mental.

Definidos, em colaboração com a Unidade de Alcoologia, indicadores para as consultas

de alcoologia (durante o ano de 2013), para poder haver uma avaliação das consultas

realizadas na área dos PLA na ARSC. São indicadores simples, tendo em conta a não

existência de programa informático específico que permitiria uma colheita de dados muito

mais sistematizada. Estes mesmos indicadores serão válidos até a ACSS definir

indicadores a nível nacional nesta área, nomeadamente:

Nº Total de Consultas; N.º de 1ªs Consultas; N.º de Consultas Seguintes

N.º de Casos Novos

N.º de Abstinentes aos 6 meses (ou mais)

Participação na elaboração do Manual da Abordagem dos PLA nos CSP, preparado no

âmbito do Projeto PHEPA, que se encontra traduzido e revisto para publicação, conforme

proposta apresentada pelo Núcleo de Comportamentos Aditivos (NCA), assim como

Manual de Bolso simplificado.

Foram definidos em colaboração com o NCA, os conteúdos de duas brochuras para CSP,

uma para utentes e outra para profissionais de saúde.

Presença do Coordenador Distrital em Ação de Formação organizada pela Unidade de

Patologia Dual do Serviço de Psiquiatria do CHUC.

Resultados

Devido ao tempo de mudança organizacional (formação das novas Unidades Funcionais

e substituição do IDT pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e

Dependências, passando a parte operacional das respostas oferecidas à população, nas

diversas áreas, nomeadamente no que diz respeito aos PLA, para a dependência das

Administrações Regionais de Saúde – ARS), levou a que não fosse possível atingir

algumas metas previstas para o ano de 2012, nomeadamente:

Reuniões ao longo do ano com os Assessores dos Conselhos Clínicos dos ACeS para a

área dos PLA;

Uniformização de Indicadores de Avaliação (foram propostos pela ACSS, às UCSP/USF,

indicadores a contratualizar nesta área);

Promover a formação de profissionais de saúde que permitam a criação de novas equipas

de Alcoologia.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

7. Programas de Promoção da Saúde em Meio Escolar

7.1. Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE)

Enquadramento

O PNSE assenta na execução sistemática de um conjunto de atividades organizadas que

contemplam uma intervenção integrada em quatro áreas: a saúde individual e coletiva, a

inclusão escolar, o ambiente e os estilos de vida.

Para estas áreas de intervenção prioritárias foram definidos indicadores, que permitiram

evidenciar mudanças numa realidade que se pretende modificar.

A avaliação quantitativa visa monitorizar a execução do PNSE e traduz-se em taxas de

cobertura.

Constataram-se dificuldades na recolha da informação e em tornar visíveis as atividades

de saúde escolar desenvolvidas pelos profissionais, devido à inexistência de uma base

informática que permita o registo sistematizado e posterior avaliação do programa. No

entanto, existiu sempre um sistema de avaliação, que ao longo do tempo, tem permitido

monitorizar as atividades. Assim, a avaliação é feita anualmente e os dados recolhidos

são transcritos para suportes de informação normalizados, preenchidos ao nível local,

remetidos à ARSC e por este instituto público compilados, tratados e analisados a fim de

serem enviados à DGS.

A intervenção da saúde em contexto escolar, incide frequentemente sobre problemas

multifactoriais, decorrentes de uma população-alvo muito heterogénea com contextos e

realidades muito variáveis. Os profissionais que trabalham em saúde escolar direcionam

a sua intervenção dando resposta às necessidades, reais e sentidas, da comunidade

educativa.

Com a evolução e consolidação da reorganização dos CSP, apesar de alguns

constrangimentos ainda existentes, verifica-se que as equipas de saúde escolar se

encontram numa fase de maior estabilidade, com reflexos positivos na maioria dos

indicadores do programa. Seja qual for a realidade vivenciada, torna-se cada vez mais

necessário definir e sedimentar estratégias regionais de ação pertinentes neste domínio,

com a cooperação e o envolvimento de todos os parceiros internos e externos, definindo

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

metodologias de trabalho e formas de articulação entre as diferentes unidades e os

múltiplos parceiros.

A afetação de recursos ao PNSE é indispensável para que se verifique uma consolidação

e melhoria efetiva nos seus indicadores.

Evolução dos indicadores de produção e taxas de execução

Quadro 76 - Monitorização dos indicadores de execução em saúde escolar: 2009/2010, 2010/2011, 2011/2012

Atividade Indicador

Ano letivo

2009/2010

(%)

Ano letivo

2010/2011

(%)

Ano letivo

2011/2012

(%)

1. ACeS a implementar o PNSE 100 100 100

2. Escolas abrangidas por SE 81 92 92

3. Alunos do pré-escolar abrangidos por SE 82 82 79

4. Alunos do 1º ciclo do EB abrangidos por SE 83 88 85

5. Alunos do 2º ciclo abrangidos por SE 65 67 77

6. Alunos do 3º ciclo abrangidos por SE 61 64 74

7. Alunos do Secundário abrangidos por SE 37 53 53

8. Alunos do Jardim-de-Infância abrangidos pelo PBSO 56 53 40

9. Alunos do 1º ciclo abrangidos pelo PBSO 69 69 50

10. Alunos de 6 anos com ESG 73 73 73

11. Alunos de 13 anos com ESG 57 42 50

12. Alunos de 6 anos com PNV atualizado 92 96 95

13. Alunos de 13 anos com PNV atualizado 92 90 93

14. Educadores/Professores abrangidos por SE 47 45 60

15. Auxiliares de ação educativa abrangidos por SE 48 43 58

16. ACeS a implementar o projeto Regional “+ Contig@” 0 6 30

Fonte: ARSC

Siglas: EGS - Exames Saúde Global; PBSO - Programa Básico de Saúde Oral; PNSE - Programa Nacional de Saúde

Escolar; PNV - Plano Nacional de Vacinação; SE - Saúde Escolar;

No ano letivo de 2011/2012, todos os ACeS e ULS da Região Centro desenvolveram

atividades de saúde escolar, à semelhança dos anos anteriores.

A população alvo do PNSE são alunos, professores, educadores de infância, auxiliares

de ação educativa e pais, genericamente designados por Comunidade Educativa.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Verificou-se que 92% das escolas foram abrangidas por atividades de saúde escolar,

bem como 79% dos alunos do pré-escolar, 85% do 1º ciclo, 77% do 2º ciclo, 74% do 3º

ciclo e 53% do Secundário.

Das 7.642 crianças com necessidades de saúde especiais detetadas no âmbito deste

programa (nomeadamente casos de défice visual, auditivo, doença crónica ou outro), foi

possível o encaminhamento de cerca de 92%, tendo ficado tratadas ou em tratamento

cerca de 73%.

Cerca de 46% das escolas, têm Programa de Prevenção de Acidentes, tendo sido

monitorizados cerca de 5.512 acidentes, dos quais 78% teve necessidade de recorrer aos

serviços de saúde para tratamento.

As equipas de saúde escolar apoiaram/desenvolveram projetos específicos de promoção

da saúde, abrangendo alunos de todos os graus de ensino em áreas diversas como: vida

ativa saudável (16.817), educação alimentar (64.080), educação sexual (30.083),

relações interpessoais (8.602), cidadania (8.087), absentismo escolar (2.779), consumos

nocivos (36.807), prevenção da violência (15.035) e outras temáticas (22.626), tendo sido

realizadas parcerias com associações de pais e de alunos, Comissão de Proteção de

Crianças e Jovens, RSI, autarquias, Instituto Português da Juventude, IDT, Associação

Portuguesa de Fertilidade e outras.

No âmbito das Orientações n.º 9 e n.º 10 de 14/10/2010, da DGS – Educação Sexual e

Reprodutiva, as Unidades de Saúde Pública acompanharam e apoiaram 1.887 escolas.

Das atividades de execução corrente, a realização dos exames de saúde global

mantiveram-se em 73% aos 6 anos, e em 50% aos 13 anos.

O Programa Básico de Saúde Oral foi desenvolvido por 40% dos alunos do pré-escolar e

por 50% do 1º ciclo.

Também os educadores/professores foram abrangidos (60%), bem como os auxiliares de

ação educativa (58%).

A avaliação das condições de segurança, higiene e saúde das escolas é um aspeto a

melhorar, referindo as equipas grande dificuldade na introdução/registo no formulário

eletrónico da DGS de Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e Saúde dos

Estabelecimentos de Educação e Ensino. Talvez por estas dificuldades, a consulta

resulta muitas vezes na obtenção de dados que não correspondem minimamente ao

trabalho desenvolvido.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

7.1.1. Projeto Regional + Contig - “Prevenção do Suicídio em contexto escolar”

O Plano Nacional de Saúde Mental (2008) elegeu como um dos seus quatro

objetivos, um programa de prevenção da depressão e suicídio.

A nível da Região Centro, as taxas de suicídio têm sido ligeiramente mais

baixas que os dados nacionais (7,8/100 000, em 2006). Contudo, da análise dos dados

disponíveis para os comportamentos para-suicidários verifica-se que, comparativamente

com os dados do estudo multicêntrico do para - suicídio da Organização Mundial de

Saúde (OMS), Coimbra ocupa os lugares cimeiros, particularmente em jovens do género

feminino (Schmidtke et al, 1994; Saraiva, 1996). Dados que se mantêm atuais, a crer no

atendimento em serviços de urgência, como é o caso da consulta de Prevenção do

Suicídio do CHUC, com a média de dois casos por dia.

O PNSE (2004-2010) apresenta a Saúde Mental como área prioritária de intervenção

para a promoção de estilos de vida saudáveis, salientando projetos que promovam o

desenvolvimento de competências pessoais e sociais, aumento da resiliência, promoção

da auto-estima e prevenção de comportamentos de risco.

A escola aparece como centro promotor de saúde mental, quando associada à sua

função educacional, uma educação para as emoções sociais e habilidades para a vida.

A inclusão de toda a escola (pessoal docente e não docente) nas estratégias definidas e

com duração superior a seis meses, otimizam os resultados alcançados a curto e médio

prazo, nomeadamente aprendizagem ou melhoria de habilidades sociais, atitudes

positivas em relação a si e aos outros, redução de comportamento antissocial, prevenção

ou identificação precoce de doença mental e melhoria dos resultados escolares.

População-alvo: Jovens estudantes do 3º ciclo básico e ensino secundário que

frequentam os estabelecimentos de ensino da Região Centro.

Objetivos

Promover a saúde mental e bem-estar nos jovens do 3º ciclo e secundário;

Prevenir comportamentos autodestrutivos;

Prevenir suicídio;

Combater o estigma em saúde mental;

Criar uma rede de atendimento de saúde mental.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Durante o ano letivo 2011-2012 a implementação do projeto teve por base as etapas

anteriormente delineadas. Para uma melhor compreensão de todo o processo, descreve-

se o que de mais relevante aconteceu em cada uma delas. Assim:

Etapa I - Foram realizadas três ações de formação, de 21 horas cada, destinadas a

profissionais de saúde, promovidas pelo Gabinete de Formação da ARSC em estreita

articulação com a equipa coordenadora regional do projeto, com a participação de 66

profissionais das equipas de saúde escolar de 10 ACeS (Baixo Mondego I, Baixo

Mondego II, Baixo Mondego III, Baixo Vouga I, Baixo Vouga III, Dão-Lafões II, Dão-

Lafões III, Pinhal Interior Norte I, Pinhal Interior Norte II e Pinhal Litoral II) da ARSC.

As ações estão organizadas em torno de três eixos temáticos: adolescência, depressão e

comportamentos suicidários. No decorrer das mesmas, além de conceitos e

disponibilização da evidência existente sobre a temática, fomentou-se o debate e

discussão sobre mitos, práticas e operacionalização do projeto junto da comunidade

educativa, particularmente em contexto escolar.

No seguimento destas ações as equipas de saúde escolar, apresentaram candidaturas

para adesão ao projeto. Foram analisadas e aceites os projetos de adesão de 7

Agrupamentos de Escolas (Mealhada, Tocha, Figueira da Foz, Estarreja, Ovar, Alhadas e

Anadia) pertencentes a 4 ACeS (Baixo Mondego II, Baixo Mondego III, Baixo Vouga I e

Baixo Vouga III), incluindo 741 alunos.

Etapas II e III - Foram realizadas 7 reuniões de sensibilização da comunidade educativa,

numa primeira abordagem para professores e assistentes operacionais e posteriormente

para pais e/ou encarregados de educação. No total, participaram nas mesmas, 228

professores e/ou assistentes operacionais e 153 encarregados de educação. Todas as

reuniões foram dinamizadas pela equipa coordenadora do projeto.

Etapa IV - Nesta fase todos os agrupamentos de escola foram alvo da intervenção

estruturada (1 - avaliação; 2, 3 e 4 - intervenção em sala de aula). Os quadros posteriores

dão conta da avaliação diagnóstica e dos resultados da intervenção.

Etapa V - A avaliação de impacto da intervenção foi feita em todos os agrupamentos,

com exceção da Tocha, devido a dificuldades de planeamento e de disponibilidade de

tempos letivos, verificadas após a admissão da candidatura. Contudo, apresentam-se os

resultados para as etapas I e II.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Relativamente às metas que foram definidas para o projeto, foram atingidas na sua

globalidade, atendendo a que foi realizada a formação dos profissionais de saúde que era

essencial para a implementação do projeto; foram criados todos os suportes e

fluxogramas de informação necessários à sua implementação; foram estabelecidas

parcerias com serviços especializados envolvidos, foi feita e apresentado a todas as

entidades envolvidas, nomeadamente a equipas de saúde escolar de toda a Região

Centro.

Por outro lado o número de ACeS onde o projeto foi implementado superou o inicialmente

previsto, e todos os envolvidos continuam em projeto no ano letivo que agora decorre

De salientar que durante todo o ano letivo, o envolvimento das escolas esteve presente

nas várias atividades propostas e realizadas, nomeadamente na criação do logotipo do

projeto. A realização do I Encontro Regional + Contig@ que aconteceu no dia 3 de

outubro de 2012, foi um momento marcante enquanto partilha de experiencias, não só

entre as várias equipas do projeto (regional e local) como com os profissionais de

educação presentes no encontro, resultando esta partilha na melhoria da saúde mental

das nossas crianças e jovens.

Durante o ano letivo e no âmbito do projeto, foram realizadas comunicações, editadas

publicações e concretizada a participação em eventos.

Em síntese, o projeto “+ Contigo” demonstrou ser capaz de envolver diversas

individualidades e instituições. Produziu resultados ao nível de indicadores importantes

para a saúde mental. Demonstrou ainda, ser consistente e ter capacidade de

desenvolvimento.

Como boa prática de prevenção de comportamentos de risco em ambiente escolar, a

continuidade do projeto “+ Contigo” será importante, não só nos locais onde foi

implementado mas em outros ACeS da Região Centro.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

7.2. Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO)

Enquadramento

O PNPSO corresponde a uma estratégia global de intervenção assente na promoção da

saúde e prevenção primária e secundária da cárie dentária.

A promoção da saúde e prevenção da doença são assegurados pelas equipas de saúde

escolar com o suporte da intervenção curativa, operacionalizada maioritariamente através

da contratualização.

O PNPSO inclui os seguintes 5 projetos:

Saúde Oral em Saúde Infantil (SOSI) destinado a crianças com idade até aos 6

anos que apresentam situações de cárie dentária de considerável gravidade

avaliadas pelo médico de família;

Saúde Oral Crianças e Jovens (SOCJ) que permite prestar cuidados médico–

dentários a coortes (7, 10 e 13 anos) de crianças escolarizadas integradas em

programa de saúde oral e que desenvolvem cárie dentária. Na continuidade deste

projeto surgiu o SOCJi (idades intermédias);

Saúde Oral na Gravidez (SOG) destinado a grávidas seguidas no SNS;

Saúde Oral nas pessoas idosas (SOPI) destinados a beneficiários do

complemento solidário para idosos;

Saúde Oral em utentes com VIH destinados a utentes com o vírus VIH e

portadores da SIDA.

Quadro 77 - Número de profissionais aderentes em 2012

ADERENTES Centro Nacional

Médicos 587 2.855

Locais 807 4.556

Total 1.394 7.411

Fonte: ARSC

Os dados que se apresentam foram colhidos diretamente na aplicação informática SISO,

que monitoriza os 5 projetos.

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 55 - Saúde Oral na Saúde Infantil - SOSI

Gráfico 56 - Saúde Oral Crianças e Jovens - SOCJ

Gráfico 57 - Saúde Oral Crianças e Jovens, por coortes

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 58 - Referenciação Higienista Oral

Gráfico 59 - Saúde Oral Crianças e Jovens (idades intermédias) - SOCJi

Gráfico 60 - Saúde Oral na Gravidez - SOG

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 61 - Saúde Oral nas Pessoas Idosas - SOPI

Gráfico 62 - Saúde Oral em utentes com VIH

Resultados

Aderiram ao programa 587 prestadores de cuidados médico dentários,

distribuídos por toda a área da Região Centro.

No SOSI foram abrangidas 4.879 crianças com emissão de cheque

dentista pelos médicos de família.

No SOCJ foram abrangidas 45.753 crianças com emissão do respetivo

cheque dentista pelas equipas de saúde escolar.

Foram abrangidas mais 2.713 crianças por consultas de saúde oral

prestadas pelos Higienistas Orais dos centros de saúde. Na continuidade deste

projeto surgiu o SOCJi (idades intermédias) tendo sido abrangidas 1.275 crianças,

com emissão de cheque dentista pelos médicos de família.

No SOG foram abrangidas 6.505 grávidas que frequentam o SNS com

emissão de cheque dentista pelos médicos de família.

No SOPI foram abrangidos 887 idosos beneficiários do complemento

solidário para idosos, com emissão de cheques dentistas pelos médicos de

família.

No VIH / SIDA foram abrangidos 13 utentes portadores do vírus VIH com

emissão de cheques dentistas pelos médicos de família.

Verificou-se que em 2012 as taxas de execução subiram em todos os

projetos, excepto nas grávidas (SOG baixou 1%).

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

8. Programa de Saúde Ocupacional

Enquadramento

A saúde ocupacional tem como finalidades a prevenção dos riscos profissionais e a

promoção da saúde dos trabalhadores. A qualidade de vida no trabalho, conducente à

realização pessoal e profissional, tem de se inserir numa matriz de desenvolvimento que

integra, as adequadas condições de segurança e saúde nos locais de trabalho.

As atividades deste programa englobam uma dupla vertente:

- Interna, de prestação de cuidados com o objetivo de proteção e promoção da saúde

dos trabalhadores que desempenham funções nos estabelecimentos da área de

influência da ARSC, independentemente do vínculo e contrato laboral; bem como, de

apoio técnico em conformidade, às Unidades de Saúde Pública.

- Externa, de representação da DGS no processo de licenciamento e auditoria de

”Serviços Externos de Segurança, e Saúde no Trabalho”, de acordo com a legislação

aplicável.

Atividades Desenvolvidas

Vigilância e Promoção da Saúde dos trabalhadores que desempenham funções

nos estabelecimentos da área de influência da ARSC:

Quadro 78 - Atividades realizadas de Saúde no Trabalho, em 2012

ATIVIDADES N.º

① Exames médicos de Saúde no Trabalho: 48

- Iniciais e Periódicos 2

- Ocasionais (a pedido do trabalhador e do serviço) 46

② Avaliações de Enfermagem 48

③ Ações de sensibilização, informação e formação sobre riscos profissionais e medidas preventivas 48

④ Exames Complementares: 84

- Eletrocardiogramas 26

- Rastreios da Visão (Titmus) 26

- Análises Clínicas 32

⑤ Vacinação contra a gripe sazonal 43

Fonte: ARSC

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Processos de licenciamento de empresas prestadoras de ”Serviços Externos de

Saúde no Trabalho”, na área de influência da ARSC, nomeadamente, foram

realizadas 22 vistorias a empresas prestadoras de Serviços Externos de Saúde no

Trabalho.

Resultados

No âmbito da vigilância e promoção da saúde dos trabalhadores da ARSC, pese embora

a carência de recursos humanos na área médica do trabalho, poderia ter sido efetuada a

vigilância a um maior número de trabalhadores, se não se tivessem verificado

constrangimentos logísticos - disponibilização de maior número de trabalhadores para

exame médico e aquisição de software em conformidade.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

9. Programa de Gestão Ambiental

Enquadramento

Mantendo como principal objetivo a sustentabilidade e a salvaguarda da saúde humana e

da qualidade ambiental, em conformidade com o enquadramento legal e as guidelines da

OMS, foram desenvolvidas as atividades programadas.

A gestão sustentável de instalações e serviços contempla, por um lado, a avaliação do

seu funcionamento através de um diagnóstico que permita a identificação dos pontos

críticos de intervenção e, por outro lado, a definição de um plano de intervenção que

otimize recursos, minimize ineficiências de funcionamento e de utilização de recursos,

estabelecendo estratégias e o seu enquadramento nas exigências legalmente aplicáveis.

Complementarmente, a integração no Plano Estratégico do Baixo Carbono (PEBC) tem

vindo a estabelecer uma abordagem sustentável, decorrente da sua implementação.

A Resolução do Conselho de Ministros n.º 67/2012, de 9 de agosto, veio dar sequência

ao Programa de Eficiência Energética na Administração Pública (ECO.AP), aprovado

pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 2/2011, de 12 de janeiro, que constitui um

instrumento de execução do Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética o qual

visa alterar comportamentos de consumo energético e promover uma gestão racional do

mesmo, nomeadamente através da contratação de empresas de serviços energéticos

para implementar e gerir medidas de melhoria da eficiência energética nos edifícios e

equipamentos públicos.

O Despacho n.º 8662/2012, de 21 de junho, do Secretário de Estado da Saúde, teve

como principal objetivo dar continuidade aos trabalhos no âmbito do PEBC e do ECO.AP.

A coordenação do programa é feita pelo Gabinete do Ministro da Saúde, pela ACSS e

pelas ARS, através do Gestor Local de Energia (GLEC) de cada ARS.

A operacionalização do plano permitiu a recolha e tratamento de dados fundamentais

para a caraterização de consumos (eletricidade, água e gás) e avaliação de eficiência,

conducente à obtenção de alguns indicadores, em especial no que concerne aos

hospitais.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Outro objetivo estabelecido reporta-se à gestão da qualidade do ar e às emissões das

fontes fixas existentes, tendo sido concluída a base de dados que constitui uma

ferramenta de trabalho fundamental para a sua efetivação.

A gestão de resíduos tem sido mais uma das áreas de intervenção, correspondendo a um

objetivo crítico no que concerne à prevenção de riscos, estando já estabelecida a

declaração anual no Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente

(SIRAPA) de todos os estabelecimentos da organização ARSC, correspondente à

intervenção efetiva na gestão de resíduos, cuja necessidade de atualização é

permanente.

A prossecução do Projeto Data Dose Med2, (DDM2) – avaliação da exposição da

população portuguesa a radiações ionizantes devido a exames médicos de

radiodiagnóstico e medicina nuclear –, coordenado pelo Instituto Tecnológico e Nuclear

(ITN) e promovido pela Comissão Europeia (Radiation Protection 154), tem sido igualmente

considerada como um objetivo fundamental na perspetiva da proteção da saúde, tendo

permitido a determinação da dose média de exposição da população portuguesa.

Atividades Desenvolvidas

De um modo global foram atingidos os objetivos propostos, tendo sido concluídas as

etapas previstas, em que foi fundamental a realização de reuniões periódicas

direcionadas de acordo com o âmbito de intervenção:

Coordenação, acompanhamento e avaliação da implementação dos programas.

Reuniões com os GLEC dos ACeS e/ou dos Hospitais.

Reuniões do grupo de trabalho do projeto DDM2 com a coordenação do ITN.

Reuniões conjuntas realizadas no DSP com todos os ACeS (com periodicidade

trimestral), para acompanhamento dos programas e avaliação da implementação.

Formação nas áreas de intervenção a nível do DSP ou nos ACeS.

Planeamento de 3 ações de formação de 35h para todos os GLEC’s da ARSC,

realizada pela Agência para a Energia (ADENE).

Efetivação do plano de formação previsto para os ACeS e hospitais da ARSC,

transitando para o próximo ano a formação que irá abranger o ACeS da Cova da

Beira, o Centro Hospitalar da Cova da Beira EPE, e as ULS da Guarda e de

Castelo Branco.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Preparação de documentos técnicos de fundamentação e divulgação de

resultados.

Indicadores

A avaliação específica de cada programa decorre da especificidade da sua aplicação, de

acordo com seguintes os indicadores:

Gestão da qualidade do ar - Conclusão da base de dados das fontes fixas de

emissão da ARSC, permitindo a consulta das caldeiras instaladas, valores da

monitorização dos efluentes gasosos, de acordo com o estabelecido no Decreto-

Lei nº 78/2004 de 3 de abril, disponível na página de internet da ARSC

Foi igualmente dada sequência ao cumprimento do procedimento para a

realização da monitorização, atendendo à periodicidade estabelecida pela

entidade competente, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional,

a concluir em 2013.

Na gestão da qualidade o ar, a qualidade do ar interior constitui uma parte

essencial, tanto mais que é uma das áreas de intervenção da eficiência energética

e da sustentabilidade, contemplada neste contexto.

Quadro 79 - Avaliação do indicador Gestão da Qualidade do Ar

GESTÃO DA QUALIDADE DO AR Metas Realização

Base de dados das fontes fixas de emissão da ARSC 100% 100%

Preparação do procedimento para a monitorização das emissões por entidade creditada 100% 100%

Reposição das condições de monitorização dos equipamentos e definição de nova equipa 100% 100%

Fonte: ARSC

PEBC e ECO.AP - O programa de intervenção iniciou-se após a publicação do

Despacho n.º 8662/2012, de 21 de junho, com a nomeação do GLEC da ARSC,

pelo que as medidas foram sendo implementadas mediante os timings

estabelecidos pelo grupo de coordenação, tendo sido concretizadas:

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145

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 80 - Avaliação do Plano Estratégico do Baixo Carbono e ECO.AP nos Hospitais e ACeS

PLANO ESTRATÉGICO DO BAIXO CARBONO E EcoAP Hospitais ACeS

Nomeação dos GLEC pelo CA dos hospitais, ou pelo Diretor Executivo dos ACeS 98% 98%

Diagnóstico para caraterização de consumos de energia 98% 95%

Avaliação consumos anuais de eletricidade, água e gás (2011) 98% 95%

Faturas referentes ao consumo em Novembro de 2011 90% 50%

Número de edifícios 98% 98%

Indicação da área útil / edifício 90% 40%

Fonte: ARSC

Nota: Os dados apresentados referem-se aos ACeS, Hospitais e ULS de Castelo Branco

Após este primeiro diagnóstico, em especial na vertente dos ACeS, foram detetadas

algumas dificuldades na obtenção de dados decorrentes do elevado número, tipologia e

uso, de instalações reportadas a unidades de prestação de cuidados de saúde, que

conduziu a uma segunda avaliação posterior.

Relativamente aos hospitais foram conseguidos os objetivos inicialmente propostos,

tendo sido aplicados indicadores de eficiência a nível nacional para obtenção de um

ranking, onde nas primeiras unidades com menor eficiência não consta nenhuma

pertencente à ARSC, a serem divulgados no âmbito do PEBC.

Outro ponto fundamental do PEBC é a formação dos gestores locais de energia e

carbono, que é da responsabilidade da ADENE, e que se destinou a todos os GLEC e

GLEC auxiliares da ARSC, nomeadamente dos Hospitais, ACeS e ARSC (edifícios da

sede e departamentos):

Quadro 81 - Número de GLEC na ARSC e respetivo número de formações

GLEC E FORMAÇÕES Hospitais ACeS ARSC Total

Total de GLEC nomeados 21 28 4 53

Formação em Viseu (19 a 23 de Novembro) 7 12 19

Formação em Coimbra (03 a 07 de Dezembro) 11 14 4 29

Fonte: ARSC

Nota: Os dados apresentados referem-se aos ACeS e Hospitais. Transita para 2012 a formação referente ao ACeS

Cova da Beira e às ULS da Guarda e de Castelo Branco

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gestão de Resíduos - Foi dada continuidade à gestão de resíduos, com

particular relevância à gestão do registo do SIRAPA da organização ARSC e dos

seus 71 estabelecimentos registados, tendo as atualizações necessárias

resultado de correções de dados de encaminhamento, destino final e informações

dos responsáveis dos estabelecimentos (em termos de SIRAPA).

100% dos estabelecimentos dos ACeS da ARSC estão inscritos no SIRAPA

100% dos registos estão regularizados

100% dos pagamentos dos Documentos Únicos de Cobrança (DCUC's) efetuados

90% dos Mapas Integrados de Registo de Residuos (MIRR) corretamente preenchidos

DDM2 - Foi concluída a avaliação da exposição da população portuguesa a

radiações ionizantes devido a exames médicos de radiodiagnóstico e medicina

nuclear, nos termos da metodologia estabelecida pela Comissão Europeia

“European Guidelines on Estimating Population Doses from Medical X-Ray

Procedures”. O trabalho havia sido concluído no prazo previsto e remetido à

Comissão Europeia, Projeto DDM2, em novembro de 2011, que efetivou a sua

validação, seguindo-se a apresentação pública nacional em 2012, cujos passos

essenciais foram:

DIVULGAÇÃO DE DADOS DATA

Workshop do projeto Dose Datamed, Instituto Tecnológico e Nuclear 15 de Março de 2012 - Sacavém

Estimation of the collective dose in the portuguese population due to medical

procedures in 20123 - Oxford Journals - Mathematics & Phisical Sciences

Radiat Prot Dosimetry - First published online:

October 8, 2012 - Oxfor-UK

Avaliação da exposição da população a radiações ionizantes resultantes de

exames médicos - Promoção da Saúde na Região Centro 17 de Maio 2012 - Coimbra

Estimativa das doses coletivas - Avaliação da exposição da população a

radiações ionizantes resultantes de exames médicos - III Congresso Nacional

de Saúde Pública

25 e 26 de Outubro de 2012 - Coimbra

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Tendo sido determinado o valor da dose individual média da população, o procedimento e

fundamentação do cálculo permitiram a obtenção de conclusões. As principais

conclusões do trabalho foram:

1. A dose individual média total devido aos exames médicos de radiodiagnóstico e medicina

nuclear realizados em Portugal no ano de 2010 estimada foi de aproximadamente

1mSv/caput, o que coloca Portugal no grupo de países com exposições médias-elevadas.

2. A dose coletiva na população portuguesa devido a exames de medicina nuclear é de 0,08

mSv/caput.

3. Os exames de medicina nuclear mais frequentes e que mais contribuem para a dose

coletiva na população portuguesa são os exames cardíacos.

4. Existe uma elevada incidência de exames cardíacos em comparação com restantes

países europeus;

5. Os exames mais frequentes dos exames TOP 20 são os exames de radiografia do tórax, e

os que mais contribuem para a dose coletiva total são os exames de tomografia

computorizada.

6. Os exames PET aparecem apenas em 4º lugar, contribuindo com aproximadamente 11%

para a dose coletiva total.

7. O sucesso do estudo resultou de um trabalho colaborativo entre 40 instituições ligadas à

Saúde.

8. É fundamental dar continuidade ao trabalho, optimizando os métodos utilizados para a

estimativa, e sensibilizando os profissionais e a população para a problemática da utilização

das radiações ionizantes em medicina.

9.1. Programa de Águas Balneares

Enquadramento

A frequência pela população, de zonas balneares marítimas e interiores, constitui uma

atividade recreativa muito popular, representando um importante fator na saúde e bem-

estar da população, bem como no desenvolvimento local ou regional.

No entanto, a prática balnear poderá estar na origem de vários problemas de saúde

relacionados com situações indesejáveis de exposição (água imprópria, areia

contaminada, sol em excesso) ou com a falta de segurança (afogamento, acidentes).

O Decreto-Lei n.º 135/2009, de 3 de junho estabelece o regime jurídico de identificação,

gestão, monitorização e classificação da qualidade das águas balneares e de prestação

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

de informação ao público, explicitando igualmente as competências dos serviços de

saúde no âmbito da vigilância sanitária, um papel fundamental na avaliação, gestão e

comunicação do risco para a saúde da população utilizadora das zonas balneares.

Atividades Desenvolvidas

Participação em reuniões com os serviços desconcentrados da Agência

Portuguesa do Ambiente (ex-administrações de região hidrográfica), para definição de

procedimentos e de canais de comunicação entre entidades.

Articulação com a DGS para preparação da época balnear 2012.

Reunião com as USP da Região Centro para divulgação e análise de informação,

preparação da época balnear e implementação de medidas de gestão de risco.

Recolha de dados analíticos e análise contínua/diária, durante a época balnear.

Avaliação de risco com base nos dados de monitorização ambiental e de saúde.

Implementação de medidas de gestão de risco e instrução de um processo de

interdição de uma água balnear.

Colaboração com as 5 USP na gestão de ocorrências ambientais.

Coordenação da recolha de informação sobre zonas envolventes.

Análise e emissão de parecer sobre identificação de 10 águas balneares.

Quadro 82 - Análise e Parecer de Águas Balneares e Zona Envolvente

ÁGUAS BALNEARES Marítimas % Interiores % Total %

Identif icadas 32 44 40 56 72 100

Bandeira azul 18 75 6 25 24 33

Com avaliação da ZE 29 46 34 54 63 88

Com ocorrências 1 20 4 80 5 7

Interdições - - 1 100 1 1

ZONA ENVOLVENTE (ZE) Marítimas % Interiores % Total %

Excelente 4 100 0 0 4 100

Bom 20 43 27 57 47 33

Satisfatória 3 43 4 57 7 88

Mau 2 40 3 60 5 7

Total 29 46 34 54 63 1

Fonte: ARSC

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

10. Rede de Laboratórios de Saúde Pública (LSP)

Enquadramento

Os LSP prestam apoio à investigação epidemiológica, à implementação de programas de

saúde e ao planeamento em saúde, sobretudo no âmbito da prevenção da doença e da

proteção e promoção da saúde. São também fundamentais para gerar evidência e

conhecimento necessários à avaliação e gestão de riscos para a saúde e à

fundamentação da tomada de decisão no âmbito da intervenção das autoridades de

saúde.

A exigência, cada vez maior, de qualidade técnica e científica no desempenho dos

profissionais de saúde, implica necessariamente o crescente recurso ao apoio

laboratorial, exigindo uma maior capacitação e qualidade dos serviços prestados.

A atual conjuntura económica e as dificuldades crescentes no âmbito dos recursos

humanos, são fatores que conduzem à necessidade de reestruturação dos serviços

laboratoriais com base numa maior eficiência e potencialização das infraestruturas

existentes (Despacho n.º 11322/2012, de 21 de agosto de 2012).

Atividades Desenvolvidas

Coordenação da atualização e caraterização da lista de reagentes e materiais de

consumo laboratorial.

Apoio ao processo de aquisição de reagentes e materiais.

Reuniões com LSP e Unidade de Apoio à Gestão (UAG) para definição de

circuitos e procedimentos de aquisições.

Reuniões com AMBIDATA para acompanhamento do projeto de preparação para

a acreditação e implementação de software de gestão e qualidade analítica.

Análise/avaliação do contrato de manutenção e apoio técnico do sistema de

informação dos LSP.

Organização e realização de formação no âmbito da qualidade e acreditação

dirigida aos 4 LSP.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Atualização dos dados de caraterização dos 6 LSP.

Participação nas 4 reuniões do grupo de trabalho nacional coordenado pelo INSA

para a restruturação dos LSP.

Elaboração de documento com definição da forma de articulação e referenciação

dos LSP entre si e destes com laboratórios externos, avaliando vários fatores,

nomeadamente localização geográfica e qualidade das infraestruturas existentes, sua

adequação e o número e tipo de parâmetros a realizar.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

11. Programa de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis

11.1. Sistemas de vigilância das doenças transmissíveis

11.1.1 Sistema de Alerta e Resposta Apropriada

Em 2012 apenas foi declarado 1 caso de meningite meningocócica, por este sistema, na

Região de Saúde do Centro. Recorrendo ao sistema de vigilância das doenças de

declaração obrigatória (DDO), relativamente a esta doença registaram-se 9 casos, o que

demonstra a ineficácia do Sistema de Alerta e Resposta Apropriada na notificação e

monitorização das doenças transmissíveis. Já em 2011 tinham sido declarados apenas 2

casos.

11.1.2 Doenças de Declaração Obrigatória

A DGS publica anualmente os resultados consolidados do sistema de vigilância das

DDO. A última publicação encontrada no site refere-se aos dados históricos de 2004 a

20086. Nesta série de 5 anos a proporção dos casos declarados pela Região Centro, em

relação ao total de casos residentes no país, variou entre os 20% (1.040) em 2005 e os

13% (438) em 2008.

A tuberculose de declaração obrigatória (TBDO) foi sempre a doença mais declarada

nesta série temporal, quer no país, quer na região, seguida à distância,

independentemente da ordem, da parotidite epidémica, da febre escaro-nodular e da

sífilis precoce.

Na região, em 2012, a TBDO continua a ser a doença mais declarada, com 35% do total

de doenças de declaração obrigatória, mostrando um decréscimo de 14 p. p. em relação

a 2011. Foram declaradas, 165 TBDO em 2012 o que corresponde a uma taxa de

incidência de 9,49 %oooo residentes, contra 11,17%oooo em 2011 e 9,47%oooo em 2010.

Assim, em 2012, observa-se um decréscimo da taxa de incidência da TBDO na região

em relação a 2011, aproximando-a aos valores de 2010. Estes valores podem estar

6 Doenças de Declaração Obrigatória 2004/2008, Direcção de Serviços de Epidemiologia e Estatísticas de Saúde, Divisão

de Epidemiologia, Direcção-Geral da Saúde, Lisboa, 2010

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

afetados quer pela variação dos denominadores, calculados por estimativa, quer pela

reconfiguração da região (âmbito jurisdicional territorial) pelo que importa olhar para os

números absolutos que, também eles, mostram a mesma tendência - ou seja menos 29

casos em relação a 2011.

Tendo em consideração que o sistema de vigilância das DDO não inclui todas as formas

de tuberculose, é normal que o número de doenças declaradas por este sistema seja

inferior ao número declarado pelo Sistema de Vigilância do Programa de Tuberculose

(SVIG-TB). Esta diferença vem diminuindo de 2010 a 2012 aproximando-se dos valores

do SVIG-TB.

Este sistema revelou taxas de incidência de 12,4, 12,8 e 10,7 por 100 000 habitantes,

respectivamente em 2010, 2011 e 2012. Esta aproximação de valores pode dever-se à

maior notificação de tuberculoses de declaração obrigatória.

A seguir à tuberculose, as 2 doenças mais declaradas - com percentagens iguais ou

superiores a 5% do total de doenças declaradas em 2012 - são, por ordem decrescente,

a parotidite epidémica e a febre escaro-nodular.

A febre escaro-nodular foi a segunda doença mais declarada em 2010 e 2011, sendo

substituída em 2012 pela parotidite epidémica. O aumento do número de casos desta

doença deveu-se a um surto com início em 2012 que se prolongou por 2013 tendo sido

contabilizados 90 casos em 2012.

A tosse convulsa apresenta um elevado número de casos relativamente a 2011, que se

justifica por estarmos num dos anos de surto que vem acontecendo regularmente com a

periodicidade aproximada de 4 anos.

A sífilis precoce mostra valores absolutos crescentes respetivamente de 15, 21 e 34

casos, o que poderá dever-se a um aumento real ou a um aumento da frequência da

declaração. Já a sífilis congénita passa de 2 em 2010 e 2011, para 7 casos em 2012

(quadro 83).

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 83 - Doenças de Declaração Obrigatória, na Região de Saúde do Centro, de 2010 a 2012

N.º % Taxa a N.º % Taxa a N.º % Taxa a

Todas as tuberculoses (A15 a A19) 169 50,1% 9,47 194 48,9% 11,17 165 34,6% 9,49

Tuberculose respiratória (A15 eA16) 161 47,8% 9,02 182 45,8% 10,48 158 33,1% 9,09

Tuberculose respiratória (A15) 150 44,5% 8,41 174 43,8% 10,02 147 30,8% 8,46

Tuberculose respiratória (A16) 11 3,3% 0,62 8 2,0% 0,46 11 2,3% 0,63

Tubercul. sistema nervoso (A17) 2 0,6% 0,11 9 2,3% 0,52 2 0,4% 0,11

Tuberculose miliar (A19) 6 1,8% 0,34 3 0,8% 0,17 5 1,0% 0,28

Febre escaro nodular 45 13,4% 2,52 53 13,4% 3,05 49 10,3% 2,82

Outras salmoneloses 17 5,0% 0,95 19 4,8% 1,09 16 3,4% 0,92

Parotidite epidémica 16 4,7% 0,9 13 3,3% 0,75 90 18,9% 5,18

Tosse convulsa 1 0,3% 0,06 5 1,3% 0,29 30 6,3% 1,72

Hepatite aguda C 5 1,5% 0,28 3 0,8% 0,17 7 1,5% 0,4

Febres Tifóide e paratifóide 7 2,1% 0,39 1 0,3% 0,06 1 0,2% 0,05

Sífilis precoce 15 4,5% 0,84 21 5,3% 1,21 34 7,1% 1,95

Hepatite aguda B 6 1,8% 0,34 8 2,0% 0,46 9 1,9% 0,51

Leptospirose 6 1,8% 0,34 2 0,5% 0,12 5 1,0% 0,28

Hepatite aguda A 1 0,3% 0,06 0 0,0% 0 1 0,2% 0,05

Brucelose 7 2,1% 0,39 40 10,1% 2,3 10 2,1% 0,57

Febre Q 6 1,8% 0,34 3 0,8% 0,17 10 2,1% 0,57

Meningite meningocócica 6 1,8% 0,39 8 2,0% 0,46 9 1,9% 0,51

Leishmaníase visceral 2 0,6% 0,11 1 0,3% 0,06 4 0,8% 0,23

Doença dos legionários 6 1,8% 0,34 8 2,0% 0,46 9 1,9% 0,51

Malaria 6 1,8% 0,34 6 1,5% 0,35 5 1,0% 0,28

Rubéola 1 0,3% 0,06 3 0,8% 0,17 0 0,0% 0

Sarampo 7 2,1% 0,39 0 0,0% 0 2 0,4% 0,11

Sífilis congénita 2 0,6% 0,11 2 0,5% 0,12 7 1,5% 0,4

Infecção meningocócica 1 0,3% 0,06 2 0,5% 0,12 6 1,3% 0,34

Doença de Creutzfeldt Jacob 1 0,3% 0,06 1 0,3% 0,06 0 0,0% 0

Doença de Hansen 1 0,3% 0,06 1 0,3% 0,06 0 0,0% 0

Tétano 1 0,3% 0,06 0 0,0% 0 2 0,4% 0,11

Infecção gonocócica 2 0,6% 0,11 2 0,5% 0,12 0 0,0% 0

Doença de Lyme 0 0,0% 0 0 0,0% 0 1 0,2% 0,05

Leptospirose 0 0,0% 0 0 0,0% 0 5 1,0% 0,28

Outras Hepatites Virais Agudas 0 0,0% 0 1 0,3% 0,06 0 0,0% 0

Total 337 100% 18,89 397 100% 22,85 477 100% 27,28

Fonte: ARSC

Nota: a) = Taxa por 100 000 habitantes

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA2010 2011 2012

Não houve notificação de DDO em 25% (19) dos concelhos, situação que se assemelha

ao ano anterior (figura 8). Estes resultados podem dever-se à ausência de DDO ou a sub-

notificação extrema.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Figura 8 - Concelhos com e sem declaração obrigatória de doença na Região de Saúde do Centro, em 2012

Fonte: Sistema Nacional de Vigilância das Doenças de Declaração Obrigatória (dados preliminares)

Relativamente à incidência da tuberculose, destacam-se os ACeS Baixo Vouga III e

Baixo Vouga II com taxas, respetivamente de 19,4%0000 e de 16,4%0000 e a ULS de

Castelo Branco com uma taxa de incidência de 15,7%0000 habitantes (figura 9).

Figura 9 - Taxa de incidência de tuberculose de declaração obrigatória na Região de Saúde do Centro por 100 000 residentes, por ACeS e ULS em 2012

Fonte: Sistema Nacional de Vigilância das Doenças de Declaração Obrigatória (dados preliminares); INE, Censos

de 2011 (dados provisórios)

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

O número de casos de tuberculose respiratória (A15+A16) representa 96% (158) do

número de total de casos de tuberculose de declaração obrigatória.

O número total (165) de casos de tuberculose de declaração obrigatória declarados em

2012 é inferior em 20 ao número de novos casos declarados pelo SVIG – TB, o que é

expectável, já que para este sistema são declarados todos os casos de tuberculose e não

apenas os de declaração obrigatória.

Foram declarados em 2012, um total de 10 óbitos por tuberculose respiratória com

confirmação laboratorial (A15 e A16), sendo 8 do sexo masculino e 2 do sexo feminino,

com idades dos 37 aos 91 anos.

Foram notificados 9 casos de meningite meningocócica; 2 do sexo masculino e 7 do sexo

feminino, com idades de 1 a 45 anos. Foram ainda notificados 6 casos de infecção

meningocócica; 1 do sexo feminino e 5 do sexo masculino, com idades dos 9 meses aos

18 anos. Em 2012 não houve qualquer registo de óbitos por esta doença.

Investigação de surtos

Entre 21 de outubro e 31 de dezembro de 2012 deram entrada no DSP 90 notificações de

parotidite epidémica, correspondentes a um surto localizado maioritariamente nos

concelhos de Anadia, Mealhada e Coimbra.

11.2. Plano Regional de Prevenção e Controlo da Infeção VIH / SIDA

Enquadramento

O Programa Nacional para a Infeção VIH / SIDA é um dos programas prioritários da DGS,

dado ser um problema de saúde pública à escala mundial, apresentando Portugal a

terceira maior taxa de incidência de infeção da Europa.

A prevenção, rastreio precoce e tratamento adequado são as únicas estratégias eficazes,

comprovadamente reconhecidas para o combate desta infeção e tem fundamentado

todas as intervenções nesta área, por parte da ARSC.

Todas as atividades realizadas em 2012 pela ARSC foram desenvolvidas de acordo com

as orientações do Programa Nacional para a Infeção VIH / SIDA da DGS e as previstas

no Plano Regional de Prevenção e Controlo da Infeção VIH / SIDA para 2012.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Em todo o mundo tem-se vindo a assistir à diminuição das novas infeções VIH / SIDA,

bem como dos óbitos relacionados, tendo a Região Centro acompanhado esta tendência

em 2012 (2012 = 125; 2011 = 133) e dos óbitos declarados por esta infeção (2012=14;

2011 = 22).

Foram notificados na Região Centro 4.033 casos acumulados, com 801 óbitos, sendo

2.911 casos e 533 óbitos, respetivamente, na área geográfica abrangida pela ARSC.

Coimbra é o distrito com o maior número de casos acumulados (873) e o distrito da

Guarda, a menor, com 140 casos notificados.

Quadro 84 - Casos acumulados e óbitos por infeção VIH na área geográfica da ARSC, por distrito

DISTRITOS Casos Óbitos Óbitos (%)

Guarda 140 37 26,4

Castelo Branco 242 59 24,4

Coimbra 873 167 19,1

Viseu 384 64 16,7

Aveiro 733 120 16,4

Leiria 539 86 16,0

Região de Saúde do Centro 2.911 533 18,3

Fonte: DDI-URVE do INSA – Casos notificados até 31/12/2012; ARSC

A Região Centro teve uma taxa de 5,58 novos casos declarados em 2012 de Infeção VIH

/ SIDA por 100 mil habitantes, tendo o distrito de Aveiro apresentado a maior taxa de

novos casos e Viseu a menor, com 9,72 e 1,9 por 100 mil habitantes, respetivamente.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 63 - Taxa de novos casos de infetados notificados durante o ano de 2012, por distrito

A Tuberculose (TB), doença indicadora de sida, continua a ser a infeção oportunista mais

frequente (32,6%), tendo sido identificados 185 novos casos de TB (dados preliminares

do SVIG) na população em geral da área geográfica da ARSC, em 2012.

As Infeções Sexualmente Transmissíveis, indicadores indiretos da infeção VIH,

continuam a subir (notificadas em 2012 = 56; 2011 = 34), sendo 40 casos de Sífilis (34

Sífilis precoce e 6 Sífilis congénita); 9 de Hepatite aguda B e 7 de Hepatite C (aguda).

A maior parte (52,8%) dos casos notificados são Portadores Assintomáticos em todos os

distritos da área geográfica da ARSC, com exceção da Guarda que apresenta o mesmo

número de casos em fase de Sida (44,3%) o que provavelmente explica o facto de ser o

distrito com a maior percentagem de óbitos, relativamente aos casos declarados (26,4%).

A transmissão heterossexual é a principal via de transmissão (51,3%) em todos os

distritos, excepto em Castelo Branco onde a infeção ainda predomina nos utilizadores de

drogas injetáveis (44,6%). A transmissão vertical (mãe-filho) ocorreu em 33 casos

acumulados na Região Centro, tendo 1 sido notificado em 2012.

Os infetados são predominantemente do sexo masculino (75,1%), estão em idade fértil

(79,9% entre os 15-49 anos) e em 95,9% dos casos a infeção foi provocada pelo VIH1.

Atividades Desenvolvidas

Atividades no âmbito da Comemoração do Dia Mundial da Sida, nomeadamente,

workshops e rastreios do VIH pelos vários Centros de Aconselhamento e Deteção

Precoce do VIH (CAD) utilizando unidades móveis, em articulação com os ACeS,

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

IPJ e escolas, bem como publicação de artigos no site da ARSC e comunicação

social.

Distribuição de material informativo e preventivo em Centros de Atendimento de

Jovens, USF, UCSP e outras instituições públicas ou privadas.

Atividades de formação sobre a infeção VIH / Sida, dinamizadas pelos CAD,

ACeS e ULS, nomeadamente no âmbito da Saúde Escolar.

Rastreados 1.517 toxicodependentes nas Equipas de tratamento dos Centros de

Resposta Integrada da ARSC (31% do total), tendo sido detetados 2 novos casos

positivos (Taxa de incidência = 131,83 por 100.000 utentes).

Realizados 2.509 atendimentos nos CAD durante o ano de 2012, com

aconselhamento pré-teste e 2.169 rastreios do VIH com testes rápidos, sempre

com aconselhamento pós-teste, anónima e gratuitamente e referenciação

hospitalar dos casos positivos, pelos cinco CAD da Região Centro (Aveiro,

Castelo Branco, Coimbra, Leiria e Viseu).

Quadro 85 - Teste de rastreio do VIH realizados pelos CAD da Região Centro em 2012

CAD Testes de Rastreio do VIH

Coimbra 912

Castelo Branco 396

Viseu 370

Leiria 302

Aveiro 189

Região de Saúde do Centro 2.169

Fonte: ARSC/CAD

A taxa de seropositivos para o VIH nos utentes dos CAD, durante o ano de 2012, foi de

8,8 por mil rastreados (19 positivos), muito superior à taxa de novos casos de infeção

VIH/sida verificada na população em geral, embora tenha descido ligeiramente

comparativamente à verificada nos CAD, no ano anterior (2011 = 9,5; 2010 = 5,2 por mil

rastreios).

O CAD de Leiria teve a maior taxa de seropositivos para o VIH (16,6 por 1.000

rastreados) e foi nula no CAD de Castelo Branco.

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159

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 64 - Taxa de seropositivos para o VIH, por CAD, por 1 000 rastreados, em 2012

Resultados

Quadro 86 - Avaliação das metas de 2012

METAS PARA 2012 Atingidas em 2012

1 - N.º casos e óbitos por infeção VIH/sida declarados, durante o ano 97 casos; 21 óbitos

2 - % doentes com tuberculose sujeitos a rastreio de VIH pelos CDP 64,60%

3 - N.º casos VIH positivos detetados pelos CDP 12

4 - % ACeS/ULS que desenvolvem projetos de Saúde Escolar em parceria com escolas do Ensino Básico e

Secundário nesta área100%

5 - N.º testes de pesquisa de AC-VIH efetuados pelos hospitais 61.882

6 - N.º testes de pesquisa de AC-VIH efetuados pelos ACeS/ULS 16.506

7- N.º casos VIH positivos detetados pelos ACeS/ULS 41

8 - % testes confirmatórios para VIH no total de testes de rastreio do VIH 1 e 2, efetuados pelos hospitais 0,66%

9 - % ET dos CRI com ADR* implementado para infeção VIH 100%

10 - % Inscritos nos ACeS/ULS com abuso de drogas, com resultado positivo para VIH, após rastreio efetuado

em 2012não disponível

11 - N.º testes de pesquisa de AC-VIH efetuados pelos CAD 2.169

12 - N.º casos VIH positivos detetados pelos CAD 19

13 - % testes confirmatórios efetuados pelos CAD, relativamente aos casos reativos ao teste VIH detetados 95,20%

14 - % atendimentos/rastreios efetuados pelos CAD a trabalhadores e/ou utilizadores de sexo pago/

migrantes/HSH24,30%

15 - % maternidades públicas que possuem testes rápidos de rastreio do VIH 25%

Nota: * ADR = Aconselhamento, Deteção e Referenciação

Fonte: SVIG; INSA; CAD; Hospitais, ACeS e ULS (referente aos dados enviados pelos respondentes)

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

11.3. Programa de Prevenção e Luta contra a Tuberculose

Enquadramento

Quase um terço da população mundial está infetado com o Mycobacterium tuberculosis e

em risco de desenvolver a doença. Apesar dos progressos recentes, esta doença

continua a ser um importante problema de saúde pública (segunda principal causa de

morte por doenças infeciosas) em todos os países do mundo e, embora seja uma doença

evitável e curável, constitui uma ameaça grave, na medida em que está fortemente

associada à pobreza e à infeção VIH / SIDA.

A co-infeção com o VIH aumenta significativamente o risco de vir a desenvolver TB,

duplicando o número de casos e de mortes.

Simultaneamente, a multirresistência, que se deve a medidas de tratamento inadequado,

representa um problema crescente e muito preocupante, ameaçando minar anos de

progresso no controlo da tuberculose, já que o tratamento exige medicação diferente e

mais onerosa.

O Programa de Luta contra a Tuberculose, publicado no Diário da República, n.º 218 em

20 de setembro de 1995 é coordenado e avaliado pela DGS, em colaboração com a

Comissão Nacional de Luta contra a Tuberculose e tem como finalidade a redução

sustentada do impacto da tuberculose na saúde da comunidade, traduzindo-se numa

diminuição anual da taxa de incidência, a qual será atingida através do aumento da taxa

de deteção de casos novos de tuberculose bacilífera e da melhoria do sucesso

terapêutico.

Assim, um diagnóstico precoce da TB, associado a sistemas de saúde aperfeiçoados e a

uma maior informação da população, com forte investimento na estratégia DOTS (toma

de observação direta), é fundamental para o combate a esta doença que deve ser

encarada como uma “pandemia” a controlar.

Atividades Desenvolvidas

Reuniões parcelares com coordenadores das unidades funcionais e coordenadores das

USP. Análise dos ficheiros, com respetivo feedback.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Resultados

Foram notificados 195 casos (dados preliminares) dos quais 185 foram casos novos, 5

foram retratamentos e 5 pós interrupção.

Aveiro continua a ser o distrito com maior número de casos novos com 61 casos (33%),

seguido por Coimbra com 48 casos (26%) e Viseu com 24 casos (13%) (quadro 87).

Quadro 87 - Casos novos de tuberculose na Região Centro, por distrito em 2012

DISTRITO Masculino (M) Feminino (F) Novos Casos (M+F) Novos Casos (%)

Aveiro 41 20 61 33,0

Coimbra 33 15 48 26,0

Viseu 15 9 24 13,0

Leiria 13 6 19 10,3

Castelo Branco 9 8 17 9,2

Guarda 11 5 16 8,7

Região de Saúde do Centro 122 63 185 100

Fonte: SVIG TB

Na distribuição por ACeS, o Baixo Vouga III é aquele que apresenta a maior incidência,

seguido pelo Baixo Vouga II e Pinhal Interior Norte I (quadro 88).

Quadro 88 - Casos novos de tuberculose na Região Centro, por ACeS em 2012

ACeS/ULS Casos Novos Taxa (%)

Baixo Vouga III 19 20,4

Baixo Vouga II 28 16,95

Pinhal Interior Norte I 14 15,26

Dão Lafões III 12 13

Baixo Mondego I 21 11,95

ULS Guarda 15 10,1

Baixo Vouga I 11 9,8

Baixo Mondego II 10 9,3

Cova da Beira 8 9,1

Dão Lafões I 9 9,06

ULS Castelo Branco 9 8,3

Baixo Mondego III 6 7,58

Pinhal Interior Norte II 3 7,56

Pinhal Litoral II 15 7,29

Dão Lafões II 4 5,25

Pinhal Litoral I 1 1,8

Região de Saúde do Centro 185 10,7

Fonte: SVIG TB

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

A incidência de TB na Região Centro em 2012 centra-se em 10,7%0000 (à data de

28/02/2013) o que parece indicar uma descida relativamente a 2011 (12,8%0000),

mantendo assim a tendência decrescente que se tem verificado ao longo dos últimos

anos e após a reconfiguração dos centros de saúde (gráfico 65).

Relativamente à TB multirresistente verificou-se a notificação de um único caso no distrito

de Leiria. Continuam em tratamento os dois casos de 2011 com sucesso terapêutico.

Gráfico 65 - Evolução da taxa de incidência da tuberculose na Região Centro, 2009 a 2012 (dados preliminares)

Figura 10 - Incidência de Tuberculose por ACeS, 2012

Fonte: SVIG TB

Dos casos novos notificados, 87,59% foram detetados por rastreio passivo após sintomas

e 3,65 % através do rastreio de contactos. O teste VIH foi realizado em 66,49% (123) dos

casos novos diagnosticados e em 5,9% (11) a TB foi indicativa de SIDA.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

A toma observada direta (TOD) regista-se em 56,2% dos doentes, havendo ainda uma

percentagem de 9,7% em que não houve registo desse indicador, desconhecendo-se se

estão ou não em TOD (quadro 89).

Quadro 89 - Cobertura de TOD, em 2012

TOD N.º %

Com TOD 104 56,2

Sem TOD 63 34,1

Sem Registo 18 9,7

Total 185 100

Fonte: SVIG TB

Dos 185 casos notificados, 93% (172) eram de nacionalidade portuguesa e apenas 7%

(13) foram diagnosticados em estrangeiros (quadro 90).

Quadro 90 - Casos novos de TB, por nacionalidade, 2012

NACIONALIDADE N.º %

Portugueses 172 93

Estrangeiros 13 7

Total 185 100

Fonte: SVIG TB

Relativamente aos imigrantes dominam os ucranianos e brasileiros com 4 casos cada

(quadro 91).

Quadro 91 - Casos novos de TB notificados em 2012, por país de origem

NACIONALIDADE N.º %

Portugal 172 92,98

Ucrânia 4 2,16

Brasil 4 2,16

Angola 1 0,54

Cabo Verde 1 0,54

Gana 1 0,54

França 1 0,54

Guiné Bissau 1 0,54

Total 185 100

Fonte: SVIG TB

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164

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Em 74,05% dos doentes a localização principal da doença foi nos pulmões e 25,41%

apresentavam lesões a nível pulmonar e também em outros órgãos (gráfico 66).

Gráfico 66 - Casos de tuberculose na Região Centro por localização, 2012

11.4. Programa Nacional de Controlo da Infeção (PNCI)

Enquadramento

A Infeção Associada aos Cuidados de Saúde (IACS) é adquirida pelos doentes em

consequência dos cuidados e procedimentos de saúde prestados, podendo também

afetar os profissionais de saúde durante o exercício da sua atividade.

Sendo as IACS, é necessária uma comunicação e articulação entre os diversos cuidados

de saúde, para a identificação destas infeções, a fim de reduzir o risco de infeção

cruzada.

As IACS são uma causa importante de morbilidade e mortalidade, assim como de

consumo acrescido de recursos, quer hospitalar quer da comunidade.

Atividades Desenvolvidas

As estratégias e metodologias utilizadas para a concretização dos objetivos propostos no

Plano Operacional de Prevenção e Controlo da Infeção concretizaram-se por projetos:

Projeto 1 - Rede de notificação de Microorganismos Multirresistentes.

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165

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Objetivos:

Cumprir o PNCI;

Garantir as boas práticas nos cuidados de saúde na Região Centro.

Estratégias:

Implementar e monitorizar a Campanha de Higiene das Mãos (CHM) (esta

atividade só foi parcialmente realizada):

Fez-se a divulgação de suportes informativos de sensibilização para a

higiene das mãos, nas unidades aderentes à CHM.

Fez-se o acompanhamento da CHM, nas Comissões de Controlo das

Infeções (CCI) dos ACeS que aderiram.

Projeto 2 - Recomendações/orientações de boas práticas para a uniformização

da utilização de antissépticos e desinfetantes nas UCSP, UCCI e USF.

Objetivos:

Identificar e selecionar produtos de utilização livre e de utilização restrita

nas unidades de saúde da Região Centro;

Divulgar recomendações/orientações sobre a utilização uniforme de

antissépticos e desinfetantes nas unidades de CSP, UCCI e USF.

Estratégias:

Seleção de produtos de utilização livre ou restrita na Região Centro;

Realização de três reuniões com a UAG para seleção de produtos, e duas

reuniões com o Gabinete de Farmácia e do Medicamento.

Projeto 3 - Formação.

Objetivo:

Realizar uma ação de formação para profissionais das CCI das diferentes

unidades de saúde.

Estratégia:

Colaborar nas formações realizadas pelas CCI nos ACeS.

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166

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

11.5. Programa Nacional de Vacinação (PNV)

Enquadramento

Com a finalidade de proporcionar à população da Região Centro serviços de melhor

qualidade na área da vacinação, tem vindo a ser implementado e consolidado o projeto

“Excelência na Vacinação”, que tem por finalidade proporcionar, à população da Região

Centro, serviços de melhor qualidade na área da vacinação, utilizando normas de

procedimento, materiais e avaliação comuns, de forma a permitir adotar, introduzir ou

alterar medidas corretoras.

O PNV inclui as seguintes vacinas, contra:

Tuberculose (BCG);

Hepatite B (VHB);

Difteria;

Tétano;

Tosse convulsa (DTP e Td);

Poliomielite (VIP);

Doença invasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b (Hib);

Sarampo;

Parotidite epidémica e a rubéola (VASPR);

Doença invasiva por Neisseria meningitidis do serogrupo C (MenC);

Infeções por vírus do papiloma humano (HPV).

Atividades Desenvolvidas

As atividades desenvolvidas em 2012 (aos diferentes níveis - regional, ACeS, ULS e

unidades funcionais), permitiram alcançar resultados que só foram possíveis com a

sensibilização e o envolvimento continuado de todos os profissionais de saúde que

trabalham nesta área. Passam-se a descrever:

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167

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

ATIVIDADES OBSERVAÇÕES

Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal – coortes

de nascidos no ano da avaliação, 1, 2, 7, 13, 14, 15, 16, 17, 25 e 65

anos de idade

Foram realizadas 2 avaliações: f inal do 1.º semestre - 30.06.2012

(unidade de saúde, ACeS, ULS e região); f inal do ano - 31.12.2012

(unidade de saúde, ACeS, ULS e região)

Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal – coortes

de raparigas de 17, 18 e 19 anos abrangidas pela campanha de

vacinação contra as infecções por vírus do papiloma humano

(vacina HPV)

Foram realizadas 2 avaliações: f inal do 1.º semestre - 30.06.2012

(unidade de saúde, ACeS, ULS e região); f inal do ano - 31.12.2012

(unidade de saúde, ACeS, ULS e região)

Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal –

indicadores de desempenho – contratualização - coortes de

nascidos no ano da avaliação, 2, 7 e 14 anos de idade

Foram realizadas 2 avaliações: f inal do 1.º semestre - 30.06.2012

(unidade de saúde, ACeS, ULS e região); f inal do ano - 31.12.2012

(unidade de saúde, ACeS, ULS e região)

Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal –

vacinação atempada – vacinados até aos 3 meses de idade - coorte

de nascidos no ano da avaliação

Foram realizadas 2 avaliações: f inal do 1.º semestre - 30.06.2012

(unidade de saúde, ACeS, ULS e região); f inal do ano - 31.12.2012

(unidade de saúde, ACeS, ULS e região)

Determinação do número de doses administradas e registadas no

módulo de vacinação do SINUS

Realizada avaliação: f inal do ano - 31.12.2012 (unidade de saúde,

ACeS, ULS e região)

Determinação de taxas de cobertura vacinal relativa à Gripe Sazonal

2011/2012

Aplicação de suportes de informação relativos a: profissionais de

saúde – ACeS, ULS e hospitais; idosos e população em geral;

instituições de apoio social e/ou privada de saúde

Elaboração do plano de atividades – programa de Vacinação da

Região Centro – ano 2013

Elaborado o plano de atividades anual tendo em vista a sua

integração no plano de atividades da ARSC,IP

Elaboração do relatório de atividades – programa de Vacinação da

Região Centro – ano 2012

Elaborado o relatório anual tendo em vista a sua integração no

relatório de atividades da ARSC,IP

Divulgação de informação relativa ao PNV

Foram divulgadas informações de apoio à implementação do PNV

(apoio técnico associado a rede de frio, administração de

vacinas,…)

Reuniões com os responsáveis do Programa de Vacinação (ACeS e

ULS)Foi realizada 1 reunião no ano de 2012

Reunião com Departamento de Contratualização da ARSC,IP Foi realizada 1 reunião no ano de 2012

Reuniões do Grupo Coordenador Regional Foram realizadas reuniões semanais

Apoio técnico na área da vacinação a dúvidas e questões

levantadas por profissionais das unidades de saúde e utentes da

Região.

Análise e resposta às dúvidas e questões que foram colocadas por

profissionais e utentes da Região.

Reuniões com os responsáveis regionais e nacionais do Programa

de VacinaçãoFoi realizada 1 reunião no ano de 2012

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168

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Foram momentos marcantes para o Programa de Vacinação Regional em 2012, com a

implementação do novo PNV 2012, o processo de reorganização em curso dos serviços

de saúde (criação de novas unidades funcionais e colaboração com os responsáveis e

interlocutores do programa); as campanhas de vacinação contra a gripe sazonal

2011/2012 e 2012/2013 e respetiva disponibilização de vacina gratuita para determinados

grupos alvo; a elaboração de diagnóstico de situação referente ao equipamento e

medicamentos necessários para o tratamento da anafilaxia e o estabelecimento de

protocolo de vacinação para entidades externas.

11.5.1. Cobertura vacinal (PNV)

Destaca-se a evolução positiva das coberturas vacinais, que de um modo geral se

mantiveram ou aumentaram em algumas coortes. As metas regionais foram de um modo

geral atingidas.

Mantém-se boas coberturas vacinais em todas as coortes em avaliação, reflexo do

envolvimento e empenhamento dos nossos profissionais, tanto no nível local, como

regional (e nacional).

A coorte dos 17 anos de idade passou a integrar a avaliação regional (ao invés da coorte

dos 18 anos), em virtude da alteração introduzida pelo PNV 2012.

Quadro 92 - Cobertura vacinal – Vacinas do PNV – coortes de nascidos no ano da avaliação (1, 2, 7 e 13 anos de idade)

BC

G

VH

B I

BC

G

DT

Pa III/D

TP

a

Hib

III/H

ib

VIP

III/V

IP

VH

B III/V

HB

MenC

II/M

enC

DT

Pa IV

/DT

Pa

Hib

IV

/Hib

VA

SP

R I

MenC

III/M

enC

DT

Pa V

/DT

Pa

VIP

IV

/VIP

VA

SP

R II

HP

V I

HP

V III

Avaliação 2010 (%) 97 97 99 98 98 98 98 98 97 97 98 98 97 97 97 88 63

Avaliação 2011 (%) 98 98 99 99 99 99 99 99 98 97 98 99 97 98 98 90 57

Avaliação 2012 (%) 98 97 99 99 99 99 99 97 98 97 99 99 97 98 98 90 67

Fonte: ARSC

Raparigas

com 13 anos

CO

BE

RT

UR

A V

AC

INA

L Nascidos ano

de avaliação1 ano 2 anos 7 anos

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169

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 93 - Cobertura vacinal – Vacinas do PNV – coortes de nascidos de 14, 15, 16, 17, 18, 25 e 65 anos de idade

15 anos 16 anos 17 anos 25 anos 65 anos

VA

SP

R II

VH

B III/V

HB

Td

HP

V III (

raparigas)

HP

V III (

raparigas)

HP

V III (

raparigas)

HP

V III (

raparigas)

VA

SP

R II

VIP

VH

B III

Td

Td

Td

Avaliação 2010 (%) 99 97 98 89 91 97 98 96 97 80 78

Avaliação 2011 (%) 99 97 98 90 93 94 94 98 98 97 98 81 80

Avaliação 2012 (%) 99 97 98 91 95 96 96 98 98 97 98 82 83

Fonte: ARSC

14 anos18 anos (2010 e 2011)

17 anos (2012)

CO

BE

RT

UR

A V

AC

INA

L

11.5.2. Campanha de vacinação contra as infeções por vírus do papiloma humano

Durante o ano de 2012, e tendo acabado a campanha de vacinação dirigida às raparigas

de 17 anos, foi dada continuidade à vacinação das raparigas de mais de 17 anos de

idade que iniciaram em anos anteriores a vacinação contra o vírus do papiloma humano.

Quadro 94 - Cobertura vacinal – Campanha de vacinação contra infeções por vírus do papiloma humano – coortes de

raparigas de 18 e 19 anos de idade

Raparigas com 18 anos Raparigas com 19 anos

HP

V III

HP

V III

Avaliação 2010 (%) 86

Avaliação 2011 (%) 88 89

Avaliação 2012 (%) 88 91

Fonte: ARSC

CO

BE

RT

UR

A

VA

CIN

AL

Para as raparigas que entraram na campanha em 2009 e 2010 (19 e 18 anos de idade),

foram atingidas as coberturas de 91% e 88%, respetivamente.

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170

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

11.5.3. Contratualização da cobertura do PNV

No ano de 2012, manteve-se incluída na contratualização, a avaliação dos indicadores de

desempenho no âmbito do PNV.

Da totalidade dos ACeS e ULS da região, atingiram-se as seguintes coberturas:

Quadro 95 - Avaliação cumprimento do PNV aos 2, 7 e 14 anos

ANO Coorte 2009 Coorte 2004 Coorte 1997

Avaliação 2010 (%) 96 96 96

Avaliação 2011 (%) 97 96 96

Avaliação 2012 (%) 97 97 96

Fonte: ARSC

11.5.4. Vacinação atempada

No ano de 2012, foi também incluída a avaliação de utentes nascidos em 2012 e que

foram vacinados com a 1.ª dose de DTPaHibVIP e 2.ª dose de VHB até 1 mês após a

data recomendada (2 meses), nos indicadores de desempenho.

Quadro 96 - Avaliação da vacinação atempada a crianças vacinadas com 3 meses nascidas no ano de 2012

VACINAÇÃO Coorte 2012

VHB 2 (%) 97

DTPaHibVIP 1 (%) 98

Fonte: ARSC

11.5.5. Inoculações de vacinas do Programa Nacional de Vacinação

Quadro 97 - Mapa de inoculações da Região Centro em 2012 – Total de doses por vacina

VACINAS

BC

G *

VH

B *

*

Td

VIP

Hib

VA

SP

R

DT

PaH

ib

DT

PaV

IP

DT

PaH

ibV

IP

DT

Pa

Men

C

HP

V *

**

TO

TA

L

Região de Saúde do Centro 4.405 35.821 178.061 2.213 96 32.744 12.810 14.675 38.127 25 18.718 33.683 371.378

Fonte: SIARS

Notas:

1. * Só estão registadas as vacinas administradas nas unidades de saúde dos ACeS e ULS, em virtude do não registo no SINUS de vacinas administradas em

muitas maternidades (n.º de inscritos em 2012 – 12 196);

2. ** Haverá subnotif icação referente à vacina VHB 1, em virtude do não registo no SINUS de vacinas administradas em muitas maternidades (n.º de inscritos em

2012 – 12 196);

3. *** Este n.º inclui o registo das 2 367 vacinas HPV Cervarix® (vacina HPV não disponível nas unidades de saúde).

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171

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

No ano de 2012 e no âmbito das vacinas do PNV (com a exceção acima mencionada),

foram administradas 371 378 vacinas, nos ACeS e ULS da Região Centro.

11.5.6. Vacinação contra a gripe sazonal 2011/2012

Com a disponibilização de vacina FluarixSNS de forma gratuita para determinados

grupos alvo, a avaliação da vacinação contra a gripe sazonal, contemplou os

profissionais de saúde, os lares de idosos, as unidades e equipas da RNCCI.

Quadro 98 - Vacinação contra a gripe sazonal 2011/2012 – Profissionais de saúde

AC

eS

ULS

Hospitais

AC

eS

ULS

Hospitais

AC

eS

ULS

Hospitais

AC

eS

ULS

Hospitais

AC

eS

ULS

Hospitais

Avaliação (%) 50 41 32 53 31 34 47 41 28 55 39 34 49 45 27

Fonte: ARSC

Outros profissionais

2012/2011

Médicos Enfermeiros Administrativos Serviços Gerais

Em relação aos profissionais de saúde, houve de um modo geral, uma ligeira diminuição

(2010/2011) da cobertura vacinal (quadro 98), devendo ser aplicadas estratégias que

possam permitir uma maior adesão à vacinação antigripal.

Quadro 99 - Vacinação contra a gripe sazonal 2012/2011 – Lares de idosos

Total de utentes

(N.º)

Total de

vacinados (N.º)%

Total de utentes

(N.º)

Total de

vacinados (N.º)%

Residentes 18.942 17.641 93 1.763 1.502 85

Trabalhadores 8.870 2.042 23 753 246 33

Fonte: ARSC

Lares respondentes

Instituições abrangidos pela vacina gratuita Instituições lucrativasVACINAÇÃO

Em relação aos lares verificou-se uma boa adesão (96% responderam à avaliação),

observando-se no entanto a necessidade de melhorar a cobertura vacinal relativamente

aos profissionais.

Das 121 instituições lucrativas existentes, só 56 (46%) é que responderam.

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172

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 100 - Vacinação contra a gripe sazonal 2011/2012 - RNCCI

Total de utentes

(N.º)

Total de vacinados

(N.º)%

Doentes internados 1.222 1.079 88

Doentes em cuidados domiciliários 327 298 91

Profissionais das Unidades 827 179 22

Profissionais das ECCI 104 62 60

Fonte: ARSC

Unidades respondentes

GRUPO ALVO

Em relação à RNCCI, verificou-se que responderam 36 das 44 unidades existentes

(82%), tendo 24 das 26 ECCI respondido à avaliação (92%).

De um modo geral e em relação a 2010/2011, houve uma melhoria na cobertura vacinal,

tanto nos utentes como nos profissionais.

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173

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

12. Outras Áreas Específicas

12.1. Projeto SICO (Sistemas de Informação de Certificados de Óbito)

Enquadramento

O SICO é o Sistema de Informação dos Certificados de Óbito, instituído pela Lei

n.º 15/2012 de 3 de abril, permite a articulação das entidades envolvidas no processo de

certificação dos óbitos, com vista a promover uma adequada utilização dos recursos,

melhoria da qualidade e do rigor da informação e a rapidez de acesso aos dados em

condições de segurança e no respeito pela privacidade dos cidadãos.

De acordo com o Despacho n.º 14240/2012, de 23 de outubro, do Ministério da Saúde, o

seu início verificou-se no dia 15 de novembro de 2012, nos Hospitais da Universidade de

Coimbra (integrados no CHUC) e na Delegação do Centro do Instituto Nacional de

Medicina Legal e Ciências Forenses, I.P. Após o seu início e de acordo com o Despacho

nº 15858/2012, de 12 de dezembro, foi também alargado ao ACeS Baixo Mondego, a

partir de 15 de dezembro de 2012.

Para a sua implementação, foi fundamental a ação dos coordenadores locais do SICO e

a coordenação e acompanhamento da DGS, estando assim envolvidos cerca de 1.300

médicos, 3 instituições médicas (em período experimental) e tendo sido realizadas 7

reuniões de formação.

Atividades Desenvolvidas

Atualização dos coordenadores locais e regional do SICO na Região Centro.

Estabelecimento de canais de comunicação a nível nacional, regional e local.

Divulgação periódica de informação.

Formação/informação:

o Formação de coordenadores locais.

o Formação de elementos do Departamento de Investigação e Ação Penal, do

Instituto Nacional de Medicina Legal e do Instituto de Registos e Notariado.

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174

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

o Formação de autoridades policiais (GNR e PSP).

o Reunião com associações de agentes funerários.

Acompanhamento e coordenação juntamente com a DGS e os Serviços

Partilhados do Ministério da Saúde da implementação do período experimental do

SICO no CHUC, Instituto de Medicina Legal e ACeS Baixo Mondego.

Planeamento da extensão do período experimental para 2013 na Região Centro.

12.2. Consultas de Medicina do Viajante (CV)

Enquadramento

A frequência e facilidade com que os indivíduos se deslocam para diferentes partes do

mundo condicionam e potencializam o contato com múltiplos fatores de risco. Daí a

necessidade de serem tomadas em consideração algumas medidas preventivas a adotar

antes, durante e depois da viagem.

Essas medidas são aconselhadas nas CV e incluem entre outras; a vacinação, a

quimioprofilaxia e a informação sobre higiene individual e coletiva bem como, cuidados a

ter com novos ambientes.

Na Região de Saúde do Centro, as CV são efetuadas nos Centros de Vacinação

Internacional (CVI) que são os seguintes:

Coimbra, no Centro de Saúde de Santa Clara

Leiria, no Centro de Saúde Dr. Arnaldo Sampaio

Aveiro, no Centro de Saúde de Aveiro

Castelo Branco, nos Centros de Saúde de S. Tiago e de S. Miguel.

Vacinas Administradas

A CV é desenvolvida em duas etapas:

I Etapa - Os utentes são atendidos em consulta médica com avaliação do risco clínico,

educação e informação para a saúde, prescrição de medicamentos e vacinas.

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175

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

II Etapa - Os utentes são atendidos em consulta de enfermagem, numa perspetiva de

educação para a saúde e de administração de vacinas. São aceites todas as prescrições

de vacinas independentemente do local e tipo de exercício clínico do médico.

O Regulamento Sanitário Internacional em vigor estipula que a única vacina que poderá

ser exigida aos viajantes na travessia das fronteiras é a da febre amarela. No entanto

alguns países não autorizam a entrada no seu território sem o comprovativo de vacinação

contra outras doenças.

Durante o ano de 2012, foram administradas nos 4 CVI da Região de Saúde do Centro,

15.535 vacinas, das quais a vacina anti-febre amarela representa 27,7% (4.303 vacinas),

seguida da vacina anti-febre tifóide com 15,9% (2.474 vacinas), da vacina anti-

meningocócica com 9,1% (1.420 vacinas) e da vacina contra a encefalite japonesa com

0,9% (140 vacinas). As restantes vacinas representam 46,3% (7.198 vacinas) do total e

incluem as vacinas anti-poliomielite, hepatite e cólera, que não foram administradas em

todos os CVI. O CVI de Coimbra foi o que administrou maior número de vacinas com

42,4%, seguido de Leiria com 37,2%, de Aveiro com 15,7% e de Castelo Branco com

4,8% (quadro 101).

Quadro 101 - Vacinas administradas nos quatro CVI da Região de Saúde do Centro, em 2012

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

Coimbra 1.876 638 100 1.045 2.924 6.583 42,4

Leiria 1186 962 3623 5.771 37,2

Aveiro 759 704 24 293 651 2.431 15,7

Castelo Branco 482 170 16 82 750 4,8

Total 4.303 2.474 140 1.420 7.198 15.535 -

Fonte: ARSC

Total

CVI

27,7 15,9 0,9 9,1 46,3

Febre amarela Febre TifóideEncefalite

JaponesaMeningocócita Outras

Consultas

Durante o ano de 2012 foram realizadas nos 4 CVI da Região de Saúde do Centro, 6.884

consultas, tendo-se verificado o maior número em Coimbra, com 40,9% (2.816

consultas), seguido de Leiria com 29,7% (2.043 consultas), de Aveiro com 20,2% (1.391

consultas) e de Castelo Branco com 9,2% (634 consultas) (quadro 102).

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176

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Quadro 102 - Consultas do viajante efetuadas nos CVI, por local de atendimento e distrito de proveniência do viajante, na

Região de Saúde do Centro, em 2012

CVIDistrito de

Proveniência

N.º de

Consultas%

Coimbra 1.640 58,2

Outro 1.176 41,8

Sub-Total (1) 2.816 40,9

Leiria 1.649 80,7

Outro 394 19,3

Sub-Total (2) 2.043 29,7

Aveiro 1.177 84,6

Outro 214 15,4

Sub-Total (3) 1.391 20,2

Castelo Branco Sub-Total (4) 634 9,2

6.884 100,0

Fonte: ARSC

Coimbra

Leiria

Aveiro

Total

Destino

Das 6.884 consultas realizadas nos 4 CVI da Região de Saúde do Centro, verificou-se

que o continente para onde os viajantes se deslocaram com maior frequência foi a África,

com 76,77% (5.285 casos); registando a Europa o valor mais baixo, com 0,09% (6 casos)

(quadro 103).

Quadro 103 - Continente de destino dos viajantes por Centro de Vacinação Internacional da Região de Saúde do Centro,

em 2012

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

Coimbra 0 2.184 300 212 10 110 2.816 40,91

Leiria 0 1634 307 102 0 0 2.043 29,68

Aveiro 2 1059 163 129 2 36 1.391 20,21

Castelo Branco 4 408 84 48 6 84 634 9,20

Total 6 5.285 854 491 18 230 6.884 -

Fonte: ARSC

Total

CVI

Europa Africa América Ásia OceâniaNão

Especificado

3,34%0,09% 76,77% 12,41% 7,13% 0,26%

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Prescrição

De acordo com o quadro 104, foram prescritas nos 4 CVI da região, 3 706 embalagens

de antimaláricos, variando entre os valores mínimos de 8,2% (304), em Castelo Branco e

o máximo de 47,2% (1 750) em Coimbra. Relativamente aos antifúngicos foram prescritas

386 embalagens, com a variação de 1,8% (7), em Castelo Branco a 75,4% (291), em

Coimbra.

Quadro 104 - Prescrições de embalagens de antimaláricos e de antifúngicos efetuadas nas consultas do viajante da

Região de Saúde do Centro, em 2012

N.º % N.º % N.º %

Coimbra 1.750 47,2 291 75,4 2.041 49,9

Leiria 1067 28,8 25 6,5 1.092 26,7

Aveiro 585 15,8 63 16,3 648 15,8

Castelo Branco 304 8,2 7 1,8 311 7,6

Total 3.706 100,0 386 100,0 4.092 100,0

Fonte: ARSC

Total

CVI

Antimaláricos Antifúngicos

12.3. Juntas Médicas

Enquadramento

O Serviço de Juntas Médicas da ARSC dispõe de duas áreas de intervenção a

considerar:

A avaliação e recurso da avaliação da aptidão para a condução de veículos a

motor.

As Juntas Médicas de condução estavam enquadradas pelo n.º1 e n.º 2 do artigo

14.º, do Decreto-Lei n.º 209/98, de 15 de julho, pela alínea a) do n.º 1 e o n.º 2 do

artigo 19.º, bem como pelo Anexo I - Normas mínimas relativas à aptidão física para

a condução de um veículo a motor - do Decreto-Lei n.º 313/2009, de 27 de outubro e

ainda pelo Decreto-Lei n.º 45/2005, de 23 de fevereiro (alterado pelo Decreto-Lei n.º

103/2005, de 24 de junho e, ainda, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

174/2009, de 3 de agosto), artigo 6.º -, Anexo I – Secção B – Tabela de códigos

comunitários de restrições e adaptações.

A verificação e recurso da avaliação da incapacidade.

O enquadramento legal das Juntas Médicas de Recurso e de Verificação da

Avaliação da Incapacidade é o Decreto-Lei n.º 202/96, de 23 de outubro, com a

redação dada pelo Decreto-Lei n.º 291/2009, de 12 de outubro. Tem ainda por

suporte a Tabela Nacional de Incapacidades (TNI) - Anexo 1 do Decreto-Lei n.º

352/2007, de 23 de outubro, bem como a Lei n.º 22-A/2007 de 29 de junho e o

Decreto-Lei n.º 307/2003 de 10 de dezembro.

Atividades Desenvolvidas

Em termos de procedimentos da decisão da Junta Médica, nas de Recurso e de

Verificação, é dado conhecimento da decisão à entidade que o solicita, habitualmente a

DGS, ou através dela.

Relativamente às Juntas Médicas de Condução é dado conhecimento ao utente, nos

termos do Código de Procedimento Administrativo (CPA), bem como ao Delegado de

Saúde da área de residência do utente e ao Instituto de Mobilidade e dos Transportes

Terrestres (IMTT).

O Serviço de Juntas Médicas da ARSC dispõe de um conjunto de profissionais, com uma

larga experiência, tendo mantido ao longo do tempo uma linha de continuidade que de

um modo geral se traduziu numa prestação adequada, assente no rigor, na uniformidade

de critérios e numa perspetiva de atuação diligente, humana e pedagógica.

Resultados

No ano de 2012 foram instruídos 275 processos para submissão a Junta Médica, 256

para avaliação da aptidão para a condução, 15 por recurso de avaliação de incapacidade,

1 por recurso de avaliação de aptidão para a condução e 1 para verificação de

incapacidade. Acresce que dos 275 convocados para Junta Médica, faltaram 36, sendo

que destes, 15 compareceram posteriormente.

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179

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

No que concerne à caraterização destes utentes, apenas 15 % eram do sexo feminino e

relativamente à idade, a média foi aos 55 anos, sendo a mínima de 18 e a máxima de 89

anos.

Relativamente à proveniência dos utentes (gráfico 67), as maiores frequências relativas

corresponderam, por ordem decrescente, à USP do ACeS Baixo Mondego I (18,9%),

seguindo-se-lhe a USP do ACeS Dão-Lafões I (13,5%), a USP da ULS Guarda (12%) e a

USP do ACeS Pinhal Interior Norte I (10,5%). No extremo oposto estavam as USP do

ACeS Baixo Vouga III e do ACeS Dão-Lafões III (com uma referência cada).

Gráfico 67 - Proveniência dos utentes em 2012

Fonte: ARSC

No que se refere à caraterização das patologias (gráfico 68), segundo a nomenclatura

adotada no Anexo I, a que se refere o n.º 1 do art.º 1.º, do Decreto-Lei n.º 313/2009, de

27 de outubro, verifica-se que quase metade (43,4%) das situações nosológicas estava

relacionada com os membros/aparelho de locomoção. Seguem-se, por ordem

decrescente, os problemas de visão (10,9%), as perturbações mentais (10,9%), as

doenças neurológicas (8,2%) e as patologias múltiplas (5,5%).

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180

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Gráfico 68 - Patologias dos utentes em 2012

Fonte: ARSC

A fim de melhor caraterizar as patologias agrupadas no item membros/aparelho de

locomoção (quadro 105), procede-se à sua desagregação, tendo-se verificado a maior

frequência (30,6%) no grupo das paralisias/paresias, seguindo-se-lhe por ordem

decrescente as doenças osteoarticulares (20,4%), as amputações (18,4%) e as

malformações/deformidades (16,3%).

Quadro 105 - Caraterização das situações nosológicas constantes do grupo membros/aparelho de locomoção

PATOLOGIAS N.º %

Paralisias / Paresias 15 30,6

Doenças osteoarticulares 10 20,4

Amputações 9 18,4

Malformações / Deformidades 8 16,3

Sequelas de AVC 4 8,2

Outras 3 6,1

Total 49 100,0

Fonte: ARSC

Quanto à caraterização do resultado das deliberações da Junta Médica (quadro 106),

verificou-se que a maior percentagem correspondeu a aptidões (52,8%), mas destas,

apenas 8 utentes foram considerados aptos sem restrições. Registaram-se 9% de

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181

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

inaptidões para todas as categorias e 13% de inaptidões para o Grupo 2. Acresce que

foram arquivados 20 processos, por faltas sucessivas à Junta Médica ou por desistência.

Quadro 106 - Caraterização do resultado das deliberações da Junta Médica

DELIBERAÇÃO/DESPACHO N.º %

Aptos 130 52,9

Com restrições 122 -

Sem restrições 8 -

Inaptos 22 8,9

Inaptos só para o Grupo 2 32 13,0

Arquivados 20 8,1

Pendentes 42 17,1

Total 246 100,0

Fonte: ARSC

O serviço tem funcionado em contínuo, desde há alguns anos. Durante esse percurso

têm estabelecidos contactos e de certo modo parcerias, nomeadamente com o IMTT, no

sentido de se melhorarem procedimentos. Acresce que se tem recorrido também ao

Laboratório de Psicologia do IMTT, pois os exames psicotécnicos lá efetuados, além da

caraterização do perfil psicológico dos condutores, também dão informações úteis e em

muitos casos imprescindíveis relativamente aos condicionamentos e às adaptações nos

veículos. Também ao longo deste tempo tem sido útil a interação com as unidades

hospitalares.

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182

2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

13. Programa Regional de Capacitação e Literacia

Enquadramento

O programa regional de capacitação e literacia em saúde “Informação para uma correta

decisão [em saúde]” sucedeu ao programa de comunicação em saúde pública, criado em

setembro de 2004 no âmbito do então Centro Regional de Saúde Pública do Centro

(serviço de saúde pública de âmbito regional).

A literacia em saúde é definida como o grau de capacidade individual em obter, processar

e interpretar informação básica em saúde e em serviços de saúde – incluindo a chamada

“navegabilidade” no sistema de serviços de saúde. Atento o papel fundamental da

comunicação em saúde nos ganhos em saúde, o programa regional de capacitação e

literacia em saúde é transversal a todos os programas de saúde da ARSC.

A finalidade do programa consiste em promover a literacia e capacitação em saúde do

público utente da ARSC e, consequentemente, contribuir para os ganhos em saúde da

Região Centro. Assenta no pressuposto fundamental do cidadão como centro do sistema

de saúde e como seu recurso primordial (autogestão apropriada da saúde e da doença e

exercício da cidadania em saúde).

Os instrumentos comunicacionais de que o programa regional de capacitação e literacia

em saúde dispõe incluem a página institucional da ARSC e o microsítio do delegado de

saúde regional do Centro.

Por deliberação de 02/02/2012, o Conselho Diretivo da ARSC constituiu a equipa de

gestão de conteúdos, estrutura operativa sob a sua dependência direta, dotada das

seguintes atribuições e competências:

Edição de conteúdos para publicação na página institucional da ARSC, incluindo o

seu refrescamento - assente em critérios de qualidade comunicacional e, quando

aplicável, científica;

Promoção da divulgação institucional de iniciativas em saúde relevantes ao

público em geral e públicos setoriais (incluindo parceiros internos e externos do

setor da saúde);

Assessoria ao Conselho Diretivo na edição de conteúdos a disponibilizar na

intranet.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Esta equipa é integrada, entre outros, por elementos dos gabinetes Sistemas de

Informação e Comunicações (“assessoria informática”), de Relações Públicas e

Comunicação (“assessoria de imprensa”) e da área da documentação, estando sob a

coordenação operacional de um médico especialista em Saúde Pública.

Atividades Desenvolvidas

Colaboração na revisão gráfica do lay-out da página web da ARSC.

Edição, atualização e refrescamento diário de conteúdos da página institucional

da ARSC.

Gestão, com todos os níveis de privilégio (desde a edição à publicação) do

microsítio do delegado de saúde regional do Centro, alojado na página da DGS

(www.dgs.pt).

Participação, sempre que solicitado, em iniciativas promovidas por outros

programas/DSP, visando a promoção da saúde (e.g. programas regionais de

saúde) ou a sua proteção (e.g. plano de contingência para as temperaturas

extremas adversas) ou a divulgação de congressos ou encontros científicos

promovidos pelos departamentos competentes da ARSC. Incluiu-se, em relação a

estes últimos, a colaboração na organização local do III Congresso Nacional de

Saúde Pública, decorrido em Coimbra, nos dias 25 e 26 de outubro (co-

organizado com a DGS, INSA, Escola Nacional de Saúde Pública/Universidade

Nova de Lisboa (UNL), Instituto de Higiene e Medicina Tropical/UNL e Instituto de

Saúde Pública da Universidade do Porto).

O programa regional de capacitação e literacia em saúde integra, ainda e em co-

representação da ARSC, a equipa nacional de conteúdos do Portal da Saúde desde a

criação deste portal do Ministério da Saúde em 2005. A sua participação consiste na

edição e submissão de conteúdos institucionais e outros para publicação.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

14. Comissão Regional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente

Enquadramento

A Comissão Regional da Saúde, da Mulher, da Criança e do Adolescente, adiante

designado por CRSMCA, tem como objetivo principal dar cumprimento ao Despacho n.º

4359/98 de 17 de fevereiro e ao Despacho n.º 12917/98 de 26 junho, no campo da

defesa da saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. A ARSC, atendendo à

efetividade conseguida com o Programa Nacional de Saúde Materna e Infantil reconhece

o importante papel que a CRSMCA e as Unidades Coordenadoras Funcionais (UCF) têm

tido na obtenção dos excelentes resultados nesta área.

Atividades Desenvolvidas

Consolidação das Redes de Referência

Em 2012, os pontos fracos da estrutura regional continuavam a ser a ineficiência dos 3

Serviços de Pediatria e Obstetrícia da Beira Interior e a existência de 2 Maternidades

Centrais em Coimbra. A degradação estrutural do antigo Hospital Pediátrico foi finalmente

superada com o início do funcionamento do novo Hospital em janeiro 2012. O Hospital

Pediátrico de Coimbra passou a servir toda a Região Centro do país funcionando como

hospital de primeira linha para o distrito de Coimbra, sendo no entanto também atendidos

utentes provenientes de outras regiões do país, concentrando assim a assistência

regional em 25 áreas diferenciadas.

Para garantir a continuidade desta concentração foi fundamental implementar,

aperfeiçoar e consolidar os processos de referenciação inter-hospitalares, através das

UCFih (Unidades Coordenadoras Funcionais Inter-Hospitalares) previstas no Despacho

n.º 9872/2010 de 11 de junho, uma para a vertente Materna e Neonatal e outra para a

Pediátrica e Adolescente. Foi elaborado o documento que as regulamenta, foram

nomeados os coordenadores de cada UCFih e de cada área diferenciada e nomeados os

interlocutores dos hospitais que referenciam.

Em 2012 realizaram-se 4 reuniões plenárias das UCF e múltiplas nas várias áreas

diferenciadas. Foi constituído um site para armazenamento da informação e normas de

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

orientação para cada UCFih e para cada área diferenciada e foram elaborados os

protocolos de referência e vias de comunicação para a maioria.

Em relação às 2 Maternidades, face à diminuição da natalidade, foi possível projetar um

Plano que visasse concentrar toda a Patologia Obstétrica e Neonatal Diferenciada da

Região numa única Maternidade com o apoio do CHUC.

Em 2012 foram também consolidadas as Redes de Referência entre os Cuidados

Primários e os Hospitais satisfazendo a nova reestruturação dos ACeS.

Coordenação das Unidades Coordenadoras Funcionais

A CRSMCA tem garantido o apoio logístico e a presença em todas as reuniões (Guarda,

Viseu, Leiria e Coimbra).

Na vertente pediátrica foram efetuados os balanços das atividades em todas as áreas

diferenciadas. Aos coordenadores das UCFih foi solicitada a análise de todas as

referências in útero e pós natais em reuniões nos vários hospitais. Com todas as UCF

constituídas em 2011, foi organizado um Plenário em Março de 2012.

Também durante o ano de 2012 foram executadas em algumas UCF (Coimbra, Aveiro,

Figueira da Foz, Leiria…) ações de formação dirigidas a todos os profissionais com os

temas selecionados como prioritários e de interesse coletivo.

Foi constituído e atualizado o site das UCF para que cada uma armazene a sua

informação e todas disponham da informação respeitante à organização materna e

infantil.

Implementação / Consolidação dos Circuitos Assistenciais

Em 2012, a vigilância da Grávida, da Criança, do Adolescente, os circuitos da

Intervenção precoce e das Crianças e Jovens em Risco foram os mais protegidos:

Vigilância Materno-Fetal - Tem por objetivo facilitar o acesso à consulta em

tempo útil a todas as grávidas. A vigilância da gravidez deve ser iniciada o mais

precocemente possível. Pressupõe uma vigilância partilhada entre os CSP e os

Hospitais/Maternidades de Apoio Perinatal e Apoio Perinatal Diferenciados com

cooperação eficaz entre os especialistas de Medicina Geral e Familiar e os

Obstetras, através das consultas de referência.

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Saúde Infantil e Adolescentes - Este circuito assistencial pretende facilitar

o acesso às consultas de Saúde Infantil e Adolescentes e garantir a vigilância a

todos os recém-nascidos desde a saída da maternidade, incluindo os que não

frequentam os centros de saúde. A vigilância universal, contínua até aos 18 anos,

com qualidade e de forma eficiente, pressupõe garantir uma vigilância partilhada

entre Pediatras e os especialistas de Medicina Geral e Familiar e evitar

duplicações assistenciais de modo a colmatar o número excessivo de utentes sem

médico e a providenciar os cuidados domiciliários sempre que as situações de

risco o exigirem. Este circuito pressupõe a comunicação e a partilha de

informação entre instituições através dos protocolos de referência, uma avaliação

contínua da qualidade e o cumprimento das normas e protocolos.

Adolescentes - Deu-se particular realce às consultas entre os 10-13 anos

para concretização da vigilância longitudinal. Realizaram-se 2 cursos de

Formação de Prestadores de Cuidados aos Adolescentes no Hospital Pediátrico

de Coimbra e iniciou-se a formação a todos os profissionais dos ACeS das

respetivas UCF.

Está em curso a implementação do circuito assistencial dos adolescentes que

pretende melhorar a acessibilidade dos jovens aos serviços e a organização da

Comunicação e Referenciação entre Serviços de Saúde e Escolas para atividades

assistenciais e sinalização para integração dos jovens identificados como de risco

ou integrados em famílias desestruturadas.

Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco - Foram reconstituídos os

núcleos e foi dada sequência ao trabalho desenvolvido junto das equipas a nível

de formação, de estruturação e de dinamização e melhoramento dos processos

de referenciação para as Equipas de Intervenção Precoce.

Armazenamento e Circulação da Informação com os objetivos de:

Facilitar o acesso à informação através da construção e atualização do site

da CRSMCA;

Aceder, disponibilizar e divulgar as normas de orientação clínicas

veiculadas pela DGS, pelas sociedades científicas nacionais e internacionais,

por hospitais e por responsáveis pelas áreas diferenciadas e hospitais;

Disponibilizar a todas UCF um site para armazenar a sua atividade e de

todas as áreas diferenciadas;

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Divulgar toda a informação aos interlocutores dos centros de saúde para

garantir a circulação de informação a todos os profissionais locais;

Fomentar o preenchimento uso e solicitação do Boletim de Saúde da

grávida e infantil aos utentes no ato da consulta;

Informar os pediatras consultores de todas as atualizações.

Monitorização de Indicadores

A todas as UCF foi solicitada a quantificação dos utentes sem médico de família,

as lacunas assistenciais, necessidades em formação e problemas de

comunicação. Foram sugeridos como programas de intervenção, a análise e

auditoria dos óbitos e gravidezes mal vigiadas e assistência às crianças e jovens

de risco

Propôs-se como programas de intervenção, a análise e auditoria dos óbitos e

gravidezes mal vigiadas e a assistência às crianças e jovens de risco através da

análise dos indicadores (indicadores mínimos a monitorizar em cada UCF) que se

encontram no quadro seguinte.

Quadro 107 - Indicadores propostos para as UCF

Perinatais

1. Gravidez não vigiada

2. Gravidez na adolescência

3. Gravidez com duração > 42 semanas

4. N.º de grávidas de risco social

5. Taxa de vigilância de Saúde Materna (por ACeS)

6. N.º médio de consultas por grávida (por ACeS)

7. Taxa de revisão do puérpero (por ACeS)

8. N.º de grávidas referenciadas à consulta (por ACeS)

8.1. Risco

8.2. Para integrar protocolo

9. N.º de partos

10. Tipo de partos

11. Mortalidade perinatal

12. Registo de óbitos neonatais precoces, neonatais tardios

Neonatais

13. N.º de nascimentos e sua distribuição por sexo, idade gestacional e peso de nascimento

14. Recém-Nascidos de muito baixo peso (< 1.500gr)

15. RCIU (restrição do crescimento intra-uterino)

16. Malformações

17. Recém-Nascidos de peso de nascimento > 4.500gr

18. Convulsões neonatais

19. Encefalopatias hipoxico-isquémica com:

19.1. Indice Apgar < 3 - 1.º minuto

19.2. Indice Apgar < 5 - 5.º minuto

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Capítulo V – Autoavaliação

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Autoavaliação

A avaliação do QUAR 2012 não pode ser efetuada sem previamente se referir o processo

de reorganização da área de influência dos ACeS na Região Centro. O ano 2012 foi um

ano de transição, tendo-se concretizado a redução de 14 para 6 ACeS, com a nomeação

das respetivas lideranças, apenas no mês de dezembro de 2012.

De acordo com as orientações da Tutela, no sentido de reorganizar os serviços,

maximizando os recursos existentes e racionalizando a despesa, foi elaborada, pelo

Conselho Diretivo, uma proposta de reestruturação da sua rede de CSP (ACeS).

Esta dependeu da publicação do Decreto-Lei n.º 253/2012 de 27 de novembro, para

serem criados os 6 novos ACeS, resultantes da agregação dos 14 previamente

existentes, nos termos da Portaria n.º 394-A / 2012 de 29 de novembro.

De facto, o Decreto-Lei nº 28/2008 de 22 de fevereiro determinava, na alínea a) do nº 2

do seu artigo 4º, que “…o número de residentes (…) não deve, em regra, ser inferior a

50.000 nem superior a 200.000”. Este articulado resultou em constrangimentos - no que

diz respeito à proposta submetida à Tutela, uma vez que esta previa alguns ACeS com

uma dimensão populacional superior a 200.000 habitantes –, só ultrapassados com a

publicação e vigência do Decreto-Lei n.º 253/2012 de 27 de novembro.

Por sua vez, a portaria que criou os novos ACeS (Portaria n.º 394-A / 2012 de 29 de

novembro) foi publicada posteriormente, tendo provocado alguma instabilidade na

prossecução dos objetivos delineados para 2012, na medida em que os diretores

executivos dos anteriores ACeS assumiram funções de gestão corrente durante esse

ano.

Não obstante, o ano de 2012 traduziu-se numa avaliação final positiva, tal como se

encontra evidenciado no capítulo I (vide quadros 1, 2, 3, 4, 5) e no presente capítulo

(quadro 108).

Para atingir os 5 objetivos estratégicos enunciados no capítulo I foram definidos 21

objetivos operacionais, repartidos por 3 áreas distintas: eficácia, eficiência e qualidade,

com pontuação de 45%, 30% e 25%, respetivamente.

Para medir a eficácia, foram estabelecidos 6 objetivos, avaliados através de 11

indicadores, dos quais 4 foram superados, 5 atingidos e 2 não atingidos, tendo sido

obtida a pontuação final de 47%, o que significa que houve uma superação de 2% face

ao expectável.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Ao nível da eficácia, os melhores resultados estiveram relacionados com a melhoria do

acesso aos CSP, nomeadamente através da diminuição dos utentes sem médico de

família atribuído e da criação de USF e UCSP, com o aumento das cirurgias

programadas e ainda com a implementação do SICO.

No entanto, houve um objetivo cujo resultado ficou aquém do esperado e que incidiu

particularmente na organização dos CSP.Estava previsto que o número de ACeS com

USF aumentasse em 2012, face a 2011. No entanto, e pese embora terem iniciado

funcionamento novas USF, estas foram criadas em ACeS que já possuíam este tipo de

unidades, pelo que, o valor se manteve inalterado.

Na verdade, devido à atual conjuntura económico-financeira, e às consequentes

alterações legais no cálculo das reformas, houve em 2012 um pedido massivo, por parte

dos médicos, de reforma antecipada. Esta situação resultou em que algumas USF

inicialmente previstas, e que em 2011 era previsível iniciarem funções no ano 2012,

deixassem de ter condições para o fazer, daí não se ter conseguido atingir a meta

estabelecida.

Esta contingência - não passível, na sua génese e processo, de qualquer controlo por

parte da ARSC - ultrapassou todos os esforços acrescidos feitos por esta ARSC no

sentido da constituição destas unidades funcionais.

Também estava previsto que, até novembro, tivesse sido efetuada a homologação dos

regulamentos internos dos ACeS, uma vez submetidos ao Conselho Diretivo pelos

diretores executivos dos ACeS. No entanto, porque a criação dos novos ACeS foi

bastante tardia, tal como foi referido anteriormente, não foi possível concretizar este

indicador.

O processo de homologação dos regulamentos internos iniciou-se em novembro de 2011,

tendo o atual Conselho Diretivo sido empossado em outubro desse ano. No entanto, não

fazia, na prática, sentido elaborar os regulamentos para ACeS que seriam extintos por

integração noutros.

É de referir que os diretores executivos dos 14 ACeS da ARSC tomaram posse a abril de

2009, tendo-se mantido em funções até 4 de dezembro de 2012, data da entrada em

vigor do despacho de nomeação dos novos diretores executivos.

No entanto, sabendo de antemão (novembro de 2011) que se previam grandes

alterações na área de abrangência dos ACeS, nem o Conselho Diretivo nem os próprios

diretores executivos privilegiaram a elaboração dos regulamentos internos ou

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

propuseram alterações funcionais ou orgânicas relativamente aos seus ACeS, na medida

em que teriam que ser forçosamente alterados.

Na expectativa de que a situação se resolvesse em tempo oportuno, não foi assumida a

necessidade de alterar este indicador. De referir que os atuais diretores executivos

assumiram, em carta de missão assinada no início do ano 2013, a elaboração dos

respetivos regulamentos internos.

Ao nível da eficiência, onde se pretendia avaliar a implementação da RNCCI, a

prevenção das doenças oncológicas, a otimização de recursos humanos e materiais da

ARSC e a utilização de medicamentos genéricos, através da concretização de sete

objetivos, verifica-se que dos 16 indicadores escolhidos, apenas 2 não foram atingidos,

tendo sido a pontuação final de 33% - mais 3% face ao previsto.

Os dois únicos indicadores que não foram atingidos estão relacionados unicamente com

a melhoria da política de gestão de recursos humanos e materiais na ARSC,

nomeadamente, no que diz respeito à instalação do sistema biométrico de controlo de

assiduidade e na implementação de sistema de monitorização das necessidades em

recursos humanos.

No que diz respeito à implementação do sistema biométrico de controlo de assiduidade é

de realçar que este projeto já se encontra instalado nos serviços centrais da ARSC (sede)

desde meados de 2011 e, tal como estava previsto, adquiriram-se todos os equipamentos

necessários para o implementar a um âmbito generalizado (ACeS).

No entanto, o facto da delineação da área de abrangência dos ACeS ter estado indefinida

durante 2012, não permitiu que se conseguisse definir quais os responsáveis

hierárquicos dos serviços, condição fundamental para o funcionamento deste sistema de

controlo biométrico.

Mais uma vez, nunca se esperou que esta indefinição se alongasse tanto no tempo e, por

esta razão, o indicador não foi revisto. No entanto, já em 2013 houve orientações da

Tutela para que este processo, necessariamente controverso na sua aceitação pelos

profissionais, fosse realizado simultaneamente em todas as ARS, pelo que, deverá estar

concluído até final do primeiro trimestre de 2014.

No que concerne ao facto de não ter sido implementado o sistema de monitorização das

necessidades em recursos humanos, será de realçar que a aplicação informática de

recursos humanos – Recursos Humanos Vencimentos (RHV), gerida pelos Serviços

Partilhados do Ministério da Saúde, só foi implementada na ARSC em maio de 2012, não

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

permitindo ter históricos fiáveis migrados da anterior aplicação (“Meta 4”). Não obstante o

exposto, foram desenvolvidos os trabalhos conceptuais, tendo sido definidos,

designadamente:

a periodicidade das verificações e da análise dos dados recolhidos;

as ferramentas e outros meios afectos ao desenvolvimento das tarefas inerentes,

tais como definição da equipa de trabalho.

Foi, ainda, decidido que a sua operacionalização ficaria associada à aplicação RHV e,

concretamente, através do SAG, enquanto ferramentas disponíveis e cuja otimização

importava desenvolver. Para o efeito, seria necessário formar os elementos

intervenientes no processo.

Dos trabalhos preliminares e primeiros ensaios resultou, todavia, que a informação

extraída apresentava imprecisões que indiciavam a sua fraca fiabilidade e que

comprometiam os resultados, exigindo, paralelamente, a prévia remoção das deficiências

identificadas por forma a reduzir a margem de erro e a consequente desvalorização de

um objetivo primordial, tarefa que se encontra em curso.

Face ao exposto e, não podendo considerar-se atingido o objetivo em questão, entendeu-

se que não seria de rever o indicador atenta a expectativa de que as questões suscitadas

pudessem ser resolvidas em tempo útil.

Ao nível da qualidade, foram estabelecidos 8 objetivos, cuja concretização é medida

através de 15 indicadores que se relacionam, essencialmente, com a implementação dos

programas de saúde, nomeadamente saúde materno-infantil e do adolescente,

planeamento familiar, rastreio do cancro do cólon e reto, vacinação, saúde mental e

comunitária e saúde oral. Todos os indicadores foram atingidos, tendo mesmo sido

superados 9, pelo que, a pontuação final foi 10% superior face ao expectável.

É de salientar o esforço que tem sido efetuado para a melhoria dos registos, facto que

contribuiu para termos indicadores mais fiáveis e com valores superiores aos atingidos

em anos anteriores.

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2012

Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Autoavaliação Final

Relativamente à autoavaliação final, a pontuação atingida resume-se no seguinte quadro:

Quadro 108 - Autoavaliação Final do QUAR - 2012

Verifica-se que dos 21 objetivos, 13 (62%) foram superados, 6 foram atingidos (24%) e

em 2 não se conseguiu alcançar a meta prevista (14%). As justificações para esta últ ima

situação, totalmente alheia à vontade desta ARSC e consequência de fatores externos,

tal como está descrito anteriormente, foram:

Publicação, no final do ano, do Decreto-lei n.º 253/2012 de 27 de novembro

(alteração ao Decreto-lei n.º 28/2008 de 22 de fevereiro onde é suprimido a

menção ao número de efetivos populacionais por ACeS);

Peso

OOp1: Implementação da nova organização dos cuidados de saúde primários (DL 28/2008)

através da entrada em funcionamento dos ACES e suas Unidades Funcionais 25% 19%

OOp2: Assegurar cobertura por Médico de Familia a pelo menos 91% dos utentes inscritos 15% 20%

OOp3: Promover a vigilância e controlo das doenças cardiovasculares na população da

região 20% 20%

OOp4: Manter a capacidade de oferta em resposta hospitalar programada 20% 23%

OOp5: Promover a formação profissional dos trabalhadores da ARSC 10% 10%

OOp6: Preparar o Sistema de Informação do Certif icado de Óbito em modo de produção 10% 11%

OOp7: Otimização dos recursos humanos e materiais nos cuidados de saúde em RCCI,

incrementando a utilização custo-efetiva 20% 20%

OOp8: Implementação de política de prevenção secundária da doença oncológica,

incrementando a utilização custo-efetiva 20% 24%

OOp9: Promoção de política rigorosa de contabilidade e cobrança de receitas 15% 19%

OOp10: Implementação do sistema de gestão de custo de transportes na ARSC 10% 10%

OOp11: Melhorar a política de gestão de recursos humanos e materiais na ARSC 10% 6%

OOp12: Aumentar a utilização de medicamentos genéricos na região 20% 24%

OOp13: Estabelecimento de novas parcerias com o INEM para gestão otimizada de

recursos 5% 7%

OOp14: Promoção de uma política de vigilância em saúde materno-infantil e de

adolescentes 20% 27%

OOp15: Promoção de acesso a consultas de Planeamento Familiar 15% 17%

OOp16: Implementar o rastreio do cancro do colon e reto em 80% dos ACES's para

cidadãos dos 50 aos 70 anos de idade 10% 10%

OOp17: Avaliar o grau de satisfação dos utentes com os serviços de CSP 15% 20%

OOp18: Promover a aplicação do Programa Nacional de Vacinação garantindo o controlo

ou eliminação das doenças alvo da vacinação 15% 18%

OOp19: Promover a vacinação contra a gripe sazonal 5% 7%

OOp20: Implementação de Unidades de Saúde Mental Comunitária 15% 15%

OOp21: Auditar o Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral 5% 6%

Taxa de

Realização

Global

Parâmetros

Taxa de

Realização

Objetivo

Taxa de

Realização

do

Parâmetro

Objetivos Operacionais/Peso

110%

30%

Eficácia

Eficiência

47%

33%

Qualidade

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Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

Relatório de Atividades

Publicação posterior da Portaria n.º 394-A/2012 de 29 de novembro (criação dos

novos ACeS);

Nomeação dos Diretores Executivos dos ACeS apenas em dezembro de 2012

Aumento exponencial e não previsível de pedidos de reforma antecipada por parte

da classe médica.

É de referir que, logo que houve condições, os objetivos definidos para 2012 mas não

atingidos, foram considerados priorizados para o ano de 2013.

Realça-se que não se solicitou alteração destes objetivos no decorrer do ano

2012, apenas porque se esteve na expectativa de que a Portaria relativa à criação dos

novos ACeS fosse publicada em oportunidade.

Assim, de acordo com o disposto na alínea c) do n.º 1 do art.º 18 da Lei n.º 66 – B/2007

de 28 de dezembro, classifica-se como SATISFATÓRIO o desempenho da ARSC no ano

2012, sendo a sua taxa de realização média dos objetivos de 110%.

José Manuel Azenha Tereso

Presidente do Conselho Diretivo

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Relatório de Atividades