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ANAC 2016 Aula 4

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ANAC 2016

Aula 4

Ciclo de Gestão do PPA

Questão de Prova

(Esaf/2008) Considerando a premissa constitucional de elaboração do

Plano Plurianual – PPA, o Governo Federal desde 1998 vem adotando

ações no sentido de organizar a forma de elaboração e gestão do PPA e

consolidou conceitos em relação ao Ciclo de Gestão do PPA. Segundo o

previsto na legislação federal, indique a opção correta.

a) O Ciclo de Gestão do PPA é um conjunto de eventos integrados que

viabilizam o alcance dos objetivos de governo e compreende os processos

de elaboração da programação orçamentária, a implementação, o

monitoramento, a avaliação e a revisão dos projetos.

b) A Revisão do PPA se traduz no contínuo acompanhamento da

implementação do Plano, referenciado na estratégia de desenvolvimento e

nos desafios, com o objetivo de subsidiar a alocação dos recursos,

identificar e superar restrições sistêmicas, corrigir rumos, sistematizar

elementos para subsidiar os processos de avaliação e revisão, e, assim,

contribuir para a obtenção dos resultados globais desejados.

Questão de Prova

c) Na fase de Elaboração do PPA, acontece a definição de orientações

estratégicas, diretrizes e objetivos estruturados em programas com vistas

ao alcance do projeto de Governo.

d) O Monitoramento do PPA é o processo sistemático de aferição periódica

dos resultados e da aplicação dos recursos, segundo os critérios de

eficiência, eficácia e efetividade, permitindo o aperfeiçoamento do Plano

Plurianual e o alcance dos objetivos de governo.

e) Na fase da Avaliação do PPA, adequa-se o Plano às mudanças internas e

externas da conjuntura política, social e econômica, por meio da alteração,

exclusão ou inclusão de programa, resultante do processo de avaliação.

Gabarito: C

Monitoramento

• Segundo Patton: Tem por objetivo o

acompanhamento da implementação de programas,

ações e/ou atividades, a fim de identificar

tempestivamente os problemas que possam

comprometer os resultados esperados.

• Visa tornar mensuráveis os objetivos dos programas

por meio de indicadores, relacionando ações e

recursos necessários para o seu alcance, e

comparando, por meio da coleta sistemática de

dados, os resultados obtidos com as metas propostas.

Selma Cunha Serpa

Avaliação

• Avaliação é um termo bastante abrangente que

acomoda muitas definições. No entanto, o que todas

elas têm em comum é a noção de julgamento de

mérito, baseado em critérios, segundo um método

específico.

• Para Weiss: a avaliação é “a análise sistemática do

processo e/ou dos resultados de um programa ou

política, em comparação com um conjunto explícito

ou implícito de padrões, com o objetivo de contribuir

para o seu aperfeiçoamento”.

Selma Cunha Serpa

Avaliação

Avaliação de Programas de Governo:

Para o MPOG:

• Processo contínuo e participativo de

aperfeiçoamento da administração pública federal,

sob a perspectiva dos resultados para o cidadão.

• É uma etapa do ciclo de gestão governamental e visa

melhorar o desempenho dos programas, promover o

aprendizado das equipes gerenciais, além de prestar

contas ao Congresso Nacional e à sociedade.

Selma Cunha Serpa

Sistemas de M&A

• Portanto, embora as atividades de monitoramento e

avaliação sejam tratadas de forma integrada no

âmbito dos sistemas de M&A, são consideradas

abordagens avaliativas distintas.

• Para Kusek e Rist: esses dois instrumentos, avaliação

e monitoramento, têm objetivos complementares.

Selma Cunha Serpa

Sistemas de M&A

• Um Sistema de M&A pode ser entendido como o

conjunto de atividades articuladas, sistemáticas e

formalizadas, para produção, registro, análise

crítica e acompanhamento de informações geradas

nos processos de gestão das políticas públicas, seus

programas, produtos e serviços.

• Seu propósito é subsidiar a tomada de decisão

quanto aos esforços necessários para aprimoramento

da ação pública.

Paulo Jannuzzi

Sistemas de M&A

Fontes de Dados:

1. Sistema Estatístico Nacional

• IBGE

• Ministérios (DataSUS, Inep, Sagi, MCT, MTE,

MMA, MINC...)

• Entidades subnacionais (Seade/SP, Codeplan/DF,

FEE/RS...)

Paulo Jannuzzi

Sistemas de M&A

Fontes de Dados:

2. Comitê de Estatísticas Sociais

• IBGE, Ipea

• MPOG, MDS, MEC, MS, MPS, MTE, Inep

3. Cadastro Único dos Programas Sociais

• O CadÚnico foi criado em 2001 e, em 2003, foi

integrado com a base do Programa Bolsa Escola. Em

2005, estados e municípios aderiram ao cadastro,

constantemente atualizado.

Paulo Jannuzzi

Sistemas de M&A

Fontes de Dados:

4. Pesquisas e Cadastros diversos

• Censo, PNAD, outras pesquisas do IBGE

• Pesquisas realizadas por outras instituições

• Cadastros públicos

• Registros administrativos

Paulo Jannuzzi

PPA 2012-2015

Princípios da Gestão do PPA

(Implementar, Monitorar, Avaliar e Revisar)

1. Responsabilização compartilhada para realização

dos Objetivos e alcance das Metas de cada

Programa Temático;

2. Aproveitamento das estruturas de monitoramento

e avaliação existentes, com foco na busca de

informações complementares;

3. Consideração das especificidades de

implementação de cada política pública e da

complementaridade entre elas;

PPA 2012-2015

Princípios da Gestão do PPA

(Implementar, Monitorar, Avaliar e Revisar)

4. Articulação e cooperação interinstitucional para

fins de produção e organização das informações

relativas à gestão;

5. Geração de informações para subsidiar a tomada

de decisões;

6. Fortalecimento do diálogo com os entes federados;

7. Participação social na gestão do PPA;

8. Aprimoramento do controle público sobre o

Estado.

PPA 2012-2015

MONITORAMENTO

Atividade estruturada a partir da implementação

de cada programa e orientada para o alcance das

metas prioritárias da administração pública.

• O monitoramento do PPA 2012-2015 possibilita a

produção, a organização e a interpretação de

informações, ampliando os conhecimentos sobre a

implementação das políticas públicas.

• Incidirá sobre os Indicadores, Objetivos, Metas e

Iniciativas dos Programas Temáticos.

PPA 2012-2015

MONITORAMENTO

• O Órgão Responsável pelo Objetivo prestará

informações sobre as Metas e as Iniciativas

associadas ao Objetivo, inclusive nos casos em que

tais atributos sejam executados por mais de um

órgão ou entidade do Poder Executivo.

• Os órgãos e as entidades do Poder Executivo atuarão

em conjunto, visando ao compartilhamento de

informações pertinentes ao preenchimento dos

campos relativos aos Objetivos e Metas de

consecução coletiva no sistema de informações.

PPA 2012-2015

AVALIAÇÃO

Análise das políticas públicas e dos programas com

seus respectivos atributos, que fornece subsídios

para eventuais ajustes em sua formulação e

implementação.

• O Poder Executivo encaminhará o Relatório Anual

de Avaliação do PPA 2012-2015 ao Congresso

Nacional, até o dia 31 de maio do ano subsequente ao

avaliado, e adotará as providências necessárias para

a sua ampla divulgação junto à sociedade.

PPA 2012-2015

Atribuições do MPOG

• Manter sistema de informações para apoiar a gestão

do PPA 2012-2015.

• Definir diretrizes, normas, prazos e orientações

técnicas para a operacionalização do monitoramento

e avaliação do PPA 2012-2015.

• Definir as atribuições dos responsáveis pelo

fornecimento de informações.

PPA 2012-2015

Atribuições do MPOG

• Promover o compartilhamento, a disseminação e o

uso de dados geoespaciais, no âmbito do Poder

Executivo federal, a partir da Infraestrutura

Nacional de Dados Espaciais – INDE.

• Cadastrar os gestores responsáveis pela prestação de

informações sobre os Objetivos de Programas

Temáticos no sistema de informações.

• Poderá definir critérios, parâmetros e metodologias

para o monitoramento e a avaliação do PPA.

PPA 2012-2015

Estratégia de M&A do PPA – 4 dimensões:

1. Prioridades de Governo: recortes prioritários do

SIM-SAM / PR-BR.

2. Monitoramento Temático: todos os 65 Programas

Temáticos, segundo os atributos do Plano e

ancorado no SIOP (SOF-SPI).

3. Monitoramento Estratégico: focado em

prioridades da PR/BR, de Ministérios Setoriais

responsáveis por programas prioritários, outras

prioridades e recortes próprio MP-SPI, atento aos

11 macrodesafios estruturantes do Plano.

PPA 2012-2015

Estratégia de M&A do PPA – 4 dimensões:

4. Avaliação da Dimensão Estratégica: organizado

por eixos estruturantes do Projeto Nacional de

Desenvolvimento, com ênfase nos 11 macrodesafios

do Plano.

Gestão do PPA REVISÃO

Art. 11. A revisão do PPA (...) será realizada:

I - pelo MPOG, a qualquer tempo, para a atualização:

a) de Indicadores dos Programas;

b) de Valores de Referência para a individualização de

Empreendimentos como Iniciativas;

c) de Órgãos Responsáveis por Objetivos;

d) das Iniciativas sem financiamento orçamentário;

e) das Metas de caráter qualitativo, cuja implementação não

impacte a execução da despesa orçamentária;

f) das Metas de caráter quantitativo sem financiamento

orçamentário; e

g) da data de início, à data de término e ao custo total dos

Empreendimentos Individualizados como Iniciativas.

Gestão do PPA REVISÃO

II - pelo MPOG, ao menos uma vez por ano, para

compatibilizar as alterações promovidas pelas leis

orçamentárias anuais e pelas leis de abertura de créditos

adicionais, mediante:

a) alteração do Valor Global dos Programas;

b) inclusão, exclusão ou alteração de Iniciativas;

c) adequação da vinculação entre Iniciativas e ações

orçamentárias; e

d) inclusão, exclusão ou alteração de Metas;

Gestão do PPA REVISÃO

III - apenas por meio de projeto de lei de revisão, para:

a) criar ou excluir Programa ou alterar a sua redação;

b) criar ou excluir Objetivo ou alterar a sua redação; e

c) criar ou excluir Metas e Iniciativas, ressalvadas as hipótese

previstas nos incisos I e II do caput.

PROBLEMAS

AGENDA

FORMULAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO

AVALIAÇÃO

Ciclo de PPUs

ACOMPANHAMENTO

• Mensurar os resultados e gerir o desempenho.

• Atestar (ou não) o alcance de objetivos.

• Embasar a análise crítica dos resultados e do processo

de tomada decisão.

• Contribuir para a melhoria contínua de planos,

programas, processos e projetos.

• Facilitar o planejamento e o controle do desempenho.

• Viabilizar a análise comparativa do desempenho em

áreas ou ambientes semelhantes.

Indicadores Finalidades

Fonte: Carlos Pinho

• Retomada do planejamento como função essencial ao

Estado.

• Uso intensivo da tecnologia de informação e de

comunicação (bases de dados, extratores de dados,

sistemas de inteligência, mapas, georreferenciamento,

etc).

• Orientação menos ao processo e mais a resultados.

• Controle governamental: busca por maior eficiência,

eficácia e efetividade do gasto público.

• Controle social: mídia, organizações da sociedade civil,

redes sociais.

Indicadores Crescimento do Interesse

Fonte: Carlos Pinho

• Do latim Indicare, que significa apontar.

• Indicadores são instrumentos que permitem identificar e

medir aspectos relacionados a um determinado

conceito, fenômeno, problema ou resultado de uma

intervenção na realidade.

• A principal finalidade é traduzir, de forma mensurável,

aspectos de uma realidade dada (situação social) ou

construída (ação de governo), a fim de tornar

operacional a sua observação e avaliação.

Indicadores Definição

Fonte: Carlos Pinho

• Função Descritiva: ou de posicionamento, consiste em

aportar informação sobre uma determinada realidade

empírica, situação social ou ação pública como, por exemplo,

a quantidade de famílias em situação de pobreza ou pessoas

atendidas pelo SUS.

• Função Valorativa: ou avaliativa, implica em agregar

informação de juízo de valor à situação em foco, a fim de

avaliar a importância relativa de determinado problema ou

verificar a adequação do desempenho de um programa como,

por exemplo, o número de pessoas atendidas pelo SUS em

relação à demanda.

Indicadores Funções Básicas

Fonte: Carlos Pinho

• Medir tudo

Quem quer medir tudo acaba não medindo nada; deve-se medir o que é relevante, significativo, útil; medir custa tempo e dinheiro.

• Medição absoluta

Raramente existe uma medida que seja exata, válida, confiável, simples, sensível, disponível e econômica. Uma boa prática é trabalhar com aproximações a partir de dados já existentes.

• Medir por medir

As medidas devem fazer sentido, não devem ser uma obrigação mas sim ferramentas úteis à melhoria de desempenho.

• Dependência da tecnologia

Primeiro conceba a sistemática e depois o sistema; um sistema não precisa ser perfeito.

Fonte: Guia Referencial para Medição de Desempenho e Manual para Construção de Indicadores – MP/SEGES

Indicadores Mitos

• Validade: capacidade de representar, com a maior proximidade

possível, a realidade que se deseja medir e modificar. Um

indicador deve ser significante ao que está sendo medido e

manter essa significância ao longo do tempo. (Ex. Qualidade do

Ensino).

• Confiabilidade: indicadores devem ter origem em fontes

confiáveis, que utilizem metodologias reconhecidas e

transparentes de coleta, processamento e divulgação. (Ex.

Violência).

• Mensurabilidade: é a capacidade de alcance (periodicidade) e

mensuração (mensurabilidade) quando necessário, na sua

versão mais atual, com maior precisão possível e sem

ambiguidade.

Indicadores Propriedades (1)

Fonte: Carlos Pinho

• Sensibilidade: é a capacidade que um indicador possui de

refletir tempestivamente as mudanças decorrentes das

intervenções realizadas.

• Desagregabilidade: capacidade de representação regionalizada

de grupos sociodemográficos, considerando que a dimensão

territorial se apresenta como um componente essencial na

implementação de políticas públicas.

• Economicidade: capacidade do indicador de ser obtido a custos

módicos; a relação entre os custos de obtenção e os benefícios

advindos deve ser bastante favorável.

Indicadores Propriedades (2)

Fonte: Carlos Pinho

• Estabilidade: capacidade de estabelecimento de séries

históricas, que permitam monitoramentos e comparações

(comparabilidade).

• Simplicidade: indicadores devem ser de fácil obtenção,

construção, manutenção, comunicação, entendimento e

reconhecimento pelo público em geral, interno ou externo.

• Auditabilidade: ou transparência, qualquer pessoa deve sentir-

se apta a verificar a boa aplicação das regras de uso dos

indicadores (obtenção, tratamento, formatação, difusão,

interpretação).

Indicadores Propriedades (3)

Fonte: Carlos Pinho

Na prática, raramente um indicador apresenta

todas as características descritas, por isso a

seleção deve basear-se numa avaliação crítica

das propriedades (particularmente Validade,

Confiabilidade e Mensurabilidade).

Paulo Jannuzzi

Indicadores Propriedades (4)

Fonte: Carlos Pinho

• Insumo: são indicadores ex-ante facto que têm

relação direta com os recursos a serem alocados,

ou seja, com a disponibilidade dos recursos

humanos, materiais, financeiros e outros a serem

utilizados pelas ações de governo. Pode-se citar

como exemplos médicos/mil habitantes e gasto

per capita com educação.

• Processo: são medidas in curso ou intermediárias

que traduzem o esforço empreendido na obtenção

dos resultados, ou seja, medem o nível de

utilização dos insumos alocados. P. ex.: percentual

de recursos financeiros liberados no mês.

Indicadores Etapas da Implementação

Fonte: Carlos Pinho

• Produto: são medidas ex-post facto que

expressam o quanto foi entregue de produtos ou

serviços em relação às metas. São exemplos o

percentual de quilômetros de estrada entregues,

de armazéns construídos ou de crianças

vacinadas, em relação às metas estabelecidas.

• Resultado: são medidas expressam os efeitos ou

benefícios do Programa no público-alvo e têm

particular importância no contexto de gestão

pública orientada a resultados. São exemplos a

taxa de reprovação escolar e a taxa de homicídios.

Indicadores Etapas da Implementação

Fonte: Carlos Pinho

• Impacto: possuem natureza mais abrangente e

multidimensional, têm relação com a sociedade

como um todo e medem os efeitos das estratégias

governamentais de médio e longo prazos. Na

maioria dos casos estão associados aos objetivos

setoriais e de governo. São exemplos o Índice Gini

de distribuição de renda e o PIB per capita.

Indicadores Etapas da Implementação

Fonte: Carlos Pinho

• ECONOMICIDADE

• EFICIÊNCIA

• EFICÁCIA

• EFETIVIDADE

Indicadores Etapas da Implementação

Fonte: Carlos Pinho

A economicidade é a minimização dos custos dos

recursos utilizados na consecução de uma atividade,

sem comprometimento dos padrões de qualidade.

Refere-se à capacidade de uma instituição gerir

adequadamente os recursos financeiros colocados à sua

disposição.

ECONOMICIDADE

TCU

A eficiência é definida como a relação entre os

produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e

os custos dos insumos empregados para produzi-los,

em um determinado período de tempo, mantidos os

padrões de qualidade. Essa dimensão refere-se ao

esforço do processo de transformação de insumos em

produtos. Pode ser examinada sob duas perspectivas:

minimização do custo total ou dos meios necessários

para obter a mesma quantidade e qualidade de

produto; ou otimização da combinação de insumos

para maximizar o produto quando o gasto total está

previamente fixado

EFICIÊNCIA

TCU

A eficácia é definida como o grau de alcance das metas

programadas (bens e serviços) em um determinado

período de tempo, independentemente dos custos

implicados.

O conceito de eficácia diz respeito à capacidade da

gestão de cumprir objetivos imediatos, traduzidos em

metas de produção ou de atendimento, ou seja, a

capacidade de prover bens ou serviços de acordo com o

estabelecido no planejamento das ações.

EFICÁCIA

TCU

A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados

pretendidos, a médio e longo prazo. Refere-se à relação

entre os resultados de uma intervenção ou programa,

em termos de efeitos sobre a população-alvo (impactos

observados), e os objetivos pretendidos (impactos

esperados), traduzidos pelos objetivos finalísticos da

intervenção.

Trata-se de verificar a ocorrência de mudanças na

população-alvo que se poderia razoavelmente atribuir

às ações do programa avaliado

EFETIVIDADE

TCU

O exame da equidade, que pode ser derivado da

dimensão de efetividade da política pública, baseia-se

no princípio que reconhece a diferença entre os

indivíduos e a necessidade de tratamento diferenciado.

Segundo Rawls, "para proporcionar uma autêntica

igualdade de oportunidades a sociedade deve atender

mais aos nascidos com menos dotes e aos nascidos em

setores socialmente menos favorecidos".

EQUIDADE

TCU

Indicadores são representações imperfeitas

• Indicadores são abstrações, representações, simplificações

de uma dada realidade, portanto são suscetíveis aos vieses

de quem produziu, coletou e/ou interpretou.

• Não se deve confiar cega e eternamente nas medidas, deve-

se periodicamente realizar uma avaliação crítica acerca da

adequabilidade dos indicadores selecionados, considerando

que, a todo tempo, surgem modelos mais aperfeiçoados

baseados em novas teorias.

• Deve-se confiar nas escolhas realizadas enquanto não

surgirem alternativas melhores, mais válidas e aprimoradas,

desenvolvidas a partir de pesquisas e trabalhos

metodologicamente confiáveis.

Indicadores Limitações

Fonte: Carlos Pinho

Indicador e dimensão de interesse não se confundem

• Indicadores apenas apontam, assinalam, indicam como o

próprio nome revela. É comum que o foco das ações seja

deslocado da realidade com que se deseja trabalhar para o

indicador escolhido para representá-la.

• Há casos até em que primeiro se escolhe o indicador para

depois associá-lo a um problema ou demanda. De fato em

algumas situações existe forte identificação entre o conceito

e o indicador como, por exemplo, mortalidade ou morbidade

por causas diversas.

• Porém em geral essa não é a regra, principalmente para

conceitos multidimensionais como desenvolvimento humano

e qualidade de vida.

Indicadores Limitações

Fonte: Carlos Pinho

Questão de Prova

(Esaf) A partir da década de 80 e sobretudo a partir da

década de 90, desenvolveu-se internacionalmente um

amplo processo de reforma do Estado. Apesar das

especificidades nacionais, esse processo tem algumas

características comuns.

Uma série de características são apontadas a seguir:

1- O papel do Estado como agente econômico é

substituído pelo papel de regulador, ocorrendo um

processo de privatização em escala variável.

Questão de Prova

2 - A dicotomia estatal/privado, predominante até então,

abre espaço para formas intermediárias com a

emergência de parcerias e de organizações públicas

não-estatais.

3 - O setor público incorpora em sua avaliação critérios

tradicionalmente considerados como inerentes à

iniciativa privada, tais como eficácia, eficiência, metas,

produtividade e controle de custos.

Questão de Prova

4 - A gestão das políticas públicas e o controle da ação

estatal passam a ser feitos por organismos com

crescente participação social.

Em relação a essas afirmações pode-se dizer que:

a) estão todas corretas.

b) apenas a nº 1 está correta.

c) apenas a nº 2 está correta.

d) apenas a nº 3 está correta.

e) estão todas incorretas.

A

Realizada por pessoas de fora da instituição responsável

pelo programa, em geral com experiência neste tipo de

atividade.

Vantagens: isenção e objetividade dos avaliadores

externos, facilidade de comparação dos resultados

obtidos com os de outros programas similares.

Problemas: o acesso aos dados é normalmente mais

difícil e os que vão ser avaliados podem se colocar em

posição defensiva.

Classificação quanto ao agente

AVALIAÇÃO EXTERNA

Realizada dentro da instituição responsável, com maior

colaboração das pessoas que participam do programa.

Vantagens: eliminação da resistência a um avaliador

externo, possibilidade de reflexão e aprendizagem sobre

a atividade da instituição.

Problemas: menor objetividade, pois os que avaliam

tendem a estar de alguma forma envolvidos com a

formulação e a execução do programa.

Classificação quanto ao agente

AVALIAÇÃO INTERNA

Procura combinar os tipos de avaliação anteriores

(interna e externa).

Objetiva que os avaliadores externos tenham contato

estreito com os participantes do programa a ser avaliado,

buscando manter as vantagens e superar os problemas

das avaliações interna e externa.

Classificação quanto ao agente

AVALIAÇÃO MISTA

Realizada principalmente para pequenos projetos.

Prevê a participação dos beneficiários das ações no

planejamento, na programação, na execução e na

avaliação.

Classificação quanto ao agente

AVALIAÇÃO PARTICIPATIVA

Está relacionada à formação do programa.

É adotada para a análise e produção de informação

sobre as etapas de implementação.

Gera informações para os que estão diretamente

envolvidos com o programa, com o objetivo de fornecer

elementos para a realização de correções de

procedimentos e melhorias no programa.

Classificação quanto à natureza

AVALIAÇÃO FORMATIVA

Está relacionada à análise e produção de informações

sobre etapas posteriores.

É realizada quando o programa está sendo

implementado ou após a sua implementação, para

verificar a sua efetividade e apurar seus resultados e

valor geral.

Classificação quanto à natureza

AVALIAÇÃO SOMATIVA

É realizada no início de um programa, para dar suporte

à decisão de implementar ou não o programa, e também

para ordenar as alternativas segundo sua capacidade de

alcançar os objetivos.

O elemento central da avaliação ex-ante é o diagnóstico.

Para esta avaliação podem ser utilizadas as técnicas de

Análise Custo-Benefício e Análise Custo-Efetividade.

Classificação quanto ao momento

AVALIAÇÃO EX-ANTE

É realizada durante a execução de um programa ou ao

seu final, quando as decisões são baseadas nos resultados

alcançados.

Quando um programa está em execução, é avaliado se

ele deve continuar ou não, se deve manter a formulação

ou sofrer modificações.

Quando o programa já foi concluído, avalia-se o

resultado final e utiliza-se essa informação para decisões

futuras.

É a avaliação com metodologia mais desenvolvida e com

maior aplicação.

Classificação quanto ao momento

AVALIAÇÃO EX-POST

É realizada durante a implementação do programa, e diz

respeito à dimensão de gestão.

É uma avaliação periódica que procura detectar as

dificuldades que ocorrem durante o processo para

efetuar correções ou adequações.

Serve de suporte para melhorar a eficiência operativa.

Classificação quanto ao enfoque

AVALIAÇÃO DE PROCESSOS

É o tipo mais tradicional de avaliação. Tem como

objetivo aferir o grau de êxito que um programa obtém

com relação ao alcance das metas previamente

estabelecidas.

Entende-se como “metas do programa” os produtos

imediatos que dele decorrem.

Exemplos de metas: quantidade de pessoas atendidas em

centros de saúde e número de leitos hospitalares

disponíveis.

Classificação quanto ao enfoque

AVALIAÇÃO DE METAS

É realizada para responder em que grau o programa

funcionou.

Procura verificar em que medida o programa alcança

seus objetivos e quais são os seus efeitos (indaga se houve

modificações na situação-problema que originou a

formulação do programa).

Serve de suporte para decisão sobre política, como

continuação do programa e formulação de novas

alternativas.

Classificação quanto ao enfoque

AVALIAÇÃO DE IMPACTO

MARCO LÓGICO (1)

CONCEITO:

O marco lógico é uma ferramenta para facilitar o

processo de elaboração, execução e avaliação de

projetos.

Seu objetivo é dar estrutura ao processo de

planejamento e informação essencial relativa ao

projeto.

Pode ser utilizado em todas as etapas de preparação

do projeto.

MARCO LÓGICO (2)

RESPOSTA A 3 PROBLEMAS:

Planejamento de projetos carentes de precisão, com

objetivos múltiplos que não estão claramente

relacionados às atividades do projeto;

Projetos que não são executados com sucesso, e o

alcance da responsabilidade do gerente do projeto

não está claramente definida;

Não há uma imagem clara de como o projeto

apareceria se fosse bem-sucedido e os avaliadores

não têm uma base objetiva para comparar o que se

planejou com o que de fato ocorreu.

MARCO LÓGICO (3)

VANTAGENS DO MODELO:

1. Provê uma terminologia uniforme que facilita a

comunicação e que serve para reduzir

ambigüidades;

2. Provê um formato para chegar a acordos precisos

acerca dos objetivos, metas e riscos do projeto,;

3. Fornece um temário analítico comum que pode ser

utilizado pelo tomador do empréstimo, pelos

consultores e pela equipe de projeto;

4. Enfoca o trabalho técnico nos aspectos críticos e

pode reduzir consideravelmente os documentos de

projeto;

MARCO LÓGICO (4)

VANTAGENS DO MODELO:

5. Fornece informações para organizar e preparar de

forma lógica o plano de execução do projeto;

6. Fornece informações necessárias para a execução, o

monitoramento e a avaliação do projeto;

7. Proporciona uma estrutura para expressar, num

único quadro, as informações mais importantes

sobre um projeto.

MARCO LÓGICO (5)

ESTRUTURA:

O marco lógico apresenta-se como uma matriz de

quatro por quatro. As colunas fornecem a seguinte

informação:

1. Um resumo narrativo dos objetivos e das

atividades.

2. Indicadores (Resultados específicos a alcançar).

3. Meios de Verificação.

4. Hipóteses (fatores externos que implicam riscos).

MARCO LÓGICO (6) - BID Descrição Indicadores Meios de verificação Hipóteses

IMPACTOS

Mostram como o projeto

contribuirá para a

solução do problema

social.

Medem o impacto final do

projeto. Devem especificar

quantidade, qualidade e

prazos.

São as fontes de informação

que podem ser utilizadas para

verificar se os objetivos foram

alcançados. Podem incluir

publicações, pesquisas,

levantamentos etc.

Indicam acontecimentos,

condições e decisões

importantes necessárias para a

sustentabilidade dos benefícios

gerados pelo projeto.

RESULTADOS

Resultados diretos a

serem alcançados com a

aplicação dos

componentes.

Descrevem os resultados

alcançados ao final do projeto.

Devem incluir metas que

reflitam a situação ao final do

projeto.

São as fontes de informação

que podem ser utilizadas para

verificar se os objetivos estão

sendo alcançados. Pode indicar

a existência de problemas e/ou

a necessidade de ajustes ou

mudanças nos componentes do

projeto.

Indicam acontecimentos,

condições ou decisões que

devem ocorrer para que o

projeto contribua

significativamente para os

impactos desejados.

COMPONENTES

São os serviços e/ou

produtos desenvolvidos

no âmbito do projeto.

São descrições breves e claras

sobre quantidade, qualidade

dos componentes do projeto e

seus prazos de execução.

Onde encontrar informações

sobre os componentes

produzidos.

Suposições, acontecimentos ou

condições que devem ocorrer

para que os componentes do

projeto levem aos resultados

desejados.

ATIVIDADES

São as tarefas que

devem ser executadas

para completar cada um

dos componentes.

O orçamento de cada

componente do projeto e de

suas atividades.

Indica as fontes de informação

para acompanhar a execução

das atividades (cronograma) e

orçamento do projeto.

São acontecimentos, condições

ou decisões fora do controle do

gerente do projeto que

precisam ocorrer para que os

componentes sejam

completados adequadamente.