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Breves comentrios sobre Lngua Portuguesa Benjamim Lima Junior

Comentrios ESAF PortugusAs resolues de provas da ESAF na matria de Lngua Portuguesa encaminha-se por duas linhas distintas, mas complementares: - a primeira linha conhecimento da gramtica; - a segunda linha conhecimento textual.

1.1 Classes gramaticaisTemos na gramaticais: lngua portuguesa, dez classes

1.

Conhecimento gramatical

Quanto ao conhecimento gramatical, teceremos alguns comentrios bastante pertinentes se bem observamos a resoluo de provas da Banca da ESAF. Neste ponto, especificamente, necessrio que o aluno tenha um bom conhecimento de gramtica, o que pode ser conseguido com alguns duros anos de colgio. Porm, sabemos que o maldito aluno no se dedicou como deveria (e muitas vezes tambm no contou com ajuda do professor) e que agora, em algumas semanas, quer aprender tudo o que protelou nos tempos colegiais. Embora tambm se aplique ao meu caso, pela carncia da minha dedicao que percebi ainda nos tempos de colgio, felizmente contei com o auxlio da maior gramtica da lngua portuguesa, de autoria do mestre Napoleo Mendes de Almeida, sem dvida o maior gramtico brasileiro e talvez de toda a lngua portuguesa. Como o prprio nome diz, a gramtica prima pelo mtodo, ou seja, a sistematizao dos estudos. Foi com Napoleo que, pasmem, passei a perceber a necessidade de estudar as dez classes gramaticais, individualmente, para depois fazer a juno sinttica (o que facilitou bastante as coisas). Nesse caso, penso que o autor, assim como o filsofo Ren Descartes, que em seu famoso livro Discurso do Mtodo diz que devemos primeiramente resolver as partes mais simples de um problema, pois sem que percebamos, estaremos nos encaminhando para a soluo do todo. Claro que o estudante pode optar por outras gramticas, mas sem dvida, as questes que so objeto de polmicas no podem cair em concursos, uma vez que sero objeto de recursos, e conseqentemente, anuladas. Napoleo bem categrico em suas afirmativas e por vezes chega a ser de uma simplificao extrema, mas sempre correta. Neste resumo, usarei algumas citaes da gramtica de Napoleo, voltadas especificamente para a aplicaes em concursos da ESAF (e tambm de qualquer banca, como por exemplo CESPE). Vejamos:

Variveis ou flexveis Substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome e verbo; Invariveis ou inflexveis Advrbio, preposio, conjuno e interjeio. Comentrio A necessidade de bem sabermos que as palavras invariveis no se flexionam em sua ltima slaba. Esse conhecimento ser til no plural de substantivos compostos e em diversas aplicaes de lngua portuguesa. bom saber que nem sempre o verbo e o pronome funcionam como tais em determinadas palavras. Por isso, veremos, por vezes eles ficaro inflexveis.( Ver 226)

SubstantivoI - Substantivo A personagem (correto), Os Estados Unidos so... Plural de Compostos 225 Parece a princpio, para quem l uma gramtica, serem muitas e difceis as regras a que obedece o plural dos substantivos compostos. Mas aps reflexo, notaremos serem elas muito fceis, porque se baseiam na flexibilidade dos componentes desses substantivos, de tal maneira que, resumidamente, poderemos dizer: 1 - s o segundo elemento do composto varia, quando apenas ele for varivel. 2 - variam os dois elementos, quando ambos forem variveis. 3 - no variam nenhum deles, quando nenhum deles forem variveis. isso coisa faclima e ao alcance de todos....

ArtigoCasa, em acepo de morada, no admite o artigo. Palcio, tambm. Constitui-se erro em portugus o uso abusivo dos indefinidos um, uma Exemplo: soava na igreja rumor alegre ( e no um rumor alegre) Falou em tom peremptrio ( e no em um tom peremptrio). Dobramos outra fila ( no dobramos uma outra fila)

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AdjetivoQuem nasce na ndia indiano, e no hindu. Atentar para o plural dos adjetivos compostos, que so semelhantes ao uso dos substantivos compostos, mas com algumas excees, tais como: Vestidos azul-marinhos Raios infra-vermelhos, Mas cuidado: raios ultra-violeta (nome de planta). Questo de concursos: 263 O superlativo s deve ser usado com adjetivos, quando comparados a eles mesmos, pois quando falamos que Pedro estudiosssimo, reforamos uma qualidade do prprio sujeito . Portanto, erro fala em coisssima nenhuma, tantssimo. Esses casos so admitidos na linguagem comum. Atentar para o grau comparativo: to bom quanto, mais que, menos que, ou menos de que. Atentar que menor pode ser comparativo de superioridade (idia de maior pequenez) erro grave falar que ele tem melhor gosto do que eu, pois o que se pretende considerar o prprio bom gosto, a boa vontade, a m f. Portanto, deve-se dizer: tenho mais bom gosto do que ele, etc. Lembrar sobre as palavras invariveis: 268 pois caso a palavra melhor seja adjetivo, ela varivel. Caso a palavra melhor seja advrbio, no ser flexvel. 276 preferir j encerra idia de querer mais. Portanto: ele prefere o estudo ao brinquedo. E no prefiro mais o estudo ao brinquedo. 358 Bastante varivel quando for adjetivo, mas no advrbio.

286 a forma dobro sempre empregada como substantivo: o dobro do trabalho. 289 O primeiro dia do ms indicado pelo ordinal. Por brevidade, emprega-se os cardinais em lugar dos ordinais e na enumerao de sries. Milsimo (mil) diferente de milionsimo (milho). 293 casal aplica-se ao ajuntamento do macho e da fmea (casal de canrios); para refere-se a dois objetos (para de luvas, par de culos)

VerboO estudo do verbo importantssimo para Napoleo, que inclusive o faz antes do estudo dos pronomes (diferentemente das outras gramticas). Do estudo do verbo deriva um dos mais importantes conceitos gramaticais utilizados pela ESAF, CESPE, que seria o da localizao do sujeito: Ex: Pedro escreveu uma carta ( faz-se a pergunta SEMPRE na terceira pessoa do singular: quem escreveu?) Chutaram a bola. (quem chutou?) J para se descobrir o objeto, a pergunta diferente, fazendo uso do prprio verbo ou sujeito utilizado: Pedro escreveu o que? Chutaram o que? O conhecimento do sujeito importante para a voz passiva e voz ativa, onde o sujeito transformase em agente paciente, e o agente da passiva vira sujeito. Ex: o tigre matou o caador. 428, 2 - O Verbo haver no sentido de existir IMPESSOAL, e, portanto, somente usado na terceira pessoa do singular. 431 Utilizar a expresso No h nada na mala, em lugar de no tem nada na mala(erro). 432 errada a construo ele vai ter que estudar o caso em vez de ele vai ter de estudar o caso. 459 se eu o vir na rua. Mnemnico : Os verbos ser e estar possuem o particpio irregular ( SEI) Ter e haver particpio regular Atentar para os verbos: Ver eles vem, crer ( crem) Vir- eles vm, mantm.

NumeralAtentar para os numerais ordinais: Quadragsimo (40) quadringentsimo (400) Qinquagsimo (50) qingentsimo (500) Sexagsimo (60) sexcentsimo (600) Se(p)tuagsimo (70) Setingentsimo (700) Octogsimo (80) octingentsimo (800) Nonagsimo (90) nongentsimo (900) 283 No se deve confundir o numeral cardinal um com o artigo indefinido um; um quando cardinal, indica nmero e tem como plural dois. Na prtica, descobre-se que um cardinal, quando admitir o acrscimo de s, nico: um (s) homem bastante. Quando um for indefinido, tem como plural uns e admite, por contraposio, o adjetivo outro: fiquei conhecendo hoje um homem honesto..

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PronomeCaso clssico de erro: s vejo ela de tarde. s a vejo de tarde. Sua utilizado quando nos referimos pessoa sua santidade o Papa. Vossa utilizado quando nos dirigimos pessoa acabo de receber o diploma que vossa santidade se dignou de enviar-me. LEMBRAR toda vez que o verbo for transitivo direto (sem uso de uma preposio). Eu lhe vi(ERRO), pois ver transitivo direto (Eu o vi- CORRETO). Eu o obedeo(ERRO), pois o verbo obedecer transitivo indireto. ( Eu lhe obedeo-Correto). 341 -O demonstrativo este apresenta coisa que se pretende mostrar, coisa desconhecida ou coisa que se tem na frente, ou coisa que est mais prxima de outras citadas; esse indica coisa apresentada, conhecida. 347 Nota 7 No se deve dizer tudo o que, mas sim tudo que.

Analise sintticaAps o estudo de cada uma das classes gramaticais, adentramos na anlise sinttica, que a relao que as palavras possuem umas com as outras. 651 MUITO IMPORTANTE (ESAF/CESPE) Como descobrir o sujeito: Sujeito Para se descobrir o sujeito, importante saber quem praticou a ao, o que se consegue mediante a pergunta QUE ou QUEM antes do verbo,. Na terceira pessoa do singular. Pedro quebrou o disco Os romanos honravam seus deuses. Quantos elementos amou aquela mulher. Quantos elementos amaram aquela mulher. Objeto Descobre-se o objeto fazendo-se a pergunta com que ou quem depois do verbo. Joo viu seu irmo. Pergunta: viu quem? Concordncia verbal A concordncia verbal, em verdade, j se deriva de uma regra geral: o verbo concorda com o seu sujeito. Os seus casos : a) Eu + TU = ns b) Tu + eles = vs c) Eu + tu + eles = ns. H muitos casos posteriormente. a serem comentados

Advrbio 426 o advrbio onde indica estada, permanncia em um lugar: no sei onde (em que lugar) voc o encontrou. O advrbio aonde indica movimento para um lugar eu sei aonde (para que lugar) voc quer ir. ERRO: O trecho da msica de Marisa uuuu Monte: aonde voc mora, 527 no se deve dizer melhor informado e sim, mais bem informado, mais mal acabado. S pode ser advrbio ou adjetivo: como advrbio significa somente, unicamente : eu s (somente) fiz o que voc pediu. Como adjetivo, significa sozinho : eu, s (sozinho), fiz o que voc pediu. Obviamente, por ser uma palavra flexvel, flexiona-se em nmero: estamos a ss. 528 o advrbio absolutamente (CESPE), pode ser de uso negativo ou positivo. Para isso se faz necessrio responder, absolutamente sim ou absolutamente no.

Concordncia nominal.a) substantivos no singular e de gneros diferentes Nariz e boca monstruosos. Nariz e boca monstruosa. b) substantivos no plural de gneros diferentes: Vai para o plural e para o gnero do substantivo mais prximo. As armas e os bares assinalados ou os bares e as armas assinaladas. 759 proibida a entrada. Regncia verbal Assistir Informar Aspirar obedecer Pagar Querer Socorrer Chamar Perdoar

Preposio 544 erro usar a expresso falar ao telefone. O correto falar no telefone. Assim como incorreto dizer: ele est no telefone. O CERTO ele est ao telefone. 546 o correto ramos seis e no ramos em seis. (5) deve se dizer entre mim e ti. Lembrete: apesar de o(a)

Interjeio 3

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472 IMPORTANTE DICA DE NAPOLEO quando tivermos dvida se um verbo transitivo direto ou indireto, pois no sabemos se devemos dizer inform-lo, ou informar-lhe, de um processo devemos lanar mo: sabido que os verbos transitivos diretos podem ser empregados na voz passiva. Se possvel dizer passivamente ele foi roubado sinal de que roubei-o. Se tambm dizemos ele foi informado de que, sinal de que a melhor regncia informei-o.

Atentar que caso venha uma palavra negativa, ir ocorrer a prclise (ESAF). No te farei bem. Pontuao Crase a crase s se aplica a palavras femininas (REGRA). Da que para Napoleo no h sentido ficar falando que no se usa diante disso ou daquilo. No se usa diante de verbo pela simples razo que verbo considerada palavra masculina: o brincar, o amar, etc. Obviamente tambm no quer dizer que diante de todos os casos em que tenhamos palavras femininas, somos obrigados a usar crase. Caso caiba a substituio pelo AO, teremos crase. Pontuao 949 Napoleo, neste pargrafo, faz uma das exposies mais categricas sobre a simplificao da lngua: comum vermos a doutrina de que a vrgula indica uma pequena pausa. De fato, essa indicao tem a vrgula, mas no devemos aceitar como certa recproca: havendo pausa, h vrgula. Essa recproca induz a erros e erros; pausas existem que na leitura se fazem meramente por nfase; vezes h e isso facilmente poder comprovar o aluno em que separamos na leitura ou em um discurso, o sujeito do verbo; outras em que separamos o verbo do seu complemento, mas erro cometeremos se graficamente representarmos tais pausas por vrgulas, porque NO se pode pr vrgula entre o sujeito e o verbo, nem entre o verbo e o seu complemento, ou seja, NO se concebe que se separem termos que mantm entre si ntima relao sinttica. Em grande nmero de casos, as vrgulas exercem papel de parnteses; aberto o parntese, claro que o devemos fechar: Pedro(de acordo com as ordens recebidas) partiu. Se por vrgula substituirmos os parnteses que entram nesse perodo, teremos: Pedro, de acordo com as ordens recebidas, partiu A supresso de uma das vrgulas constituir erro, pois vir quebrar a concatenao da orao, por separar o sujeito Pedro do verbo partiu: OU AMBAS AS VRGULAS SE COLOCAM OU AS DUAS SE TIRAM. Essa simples norma engloba vrias regrinhas comumente oferecidas em gramticas. Sem que a pessoa saiba o que venha s ser orao interferente, subordinada adjetiva explicativa, aposto, vocativo, saber colocar com preciso as vrgulas. Vejamos esses exemplos: Damo (condenado morte) impetrou ir primeiro sua casa.

Ordem ou colocao da orao 791 sujeito verbo complemento. Esse conhecimento importante, pois ao deslocarmos o sujeito dessa ordem, teremos vrgula. Ordem normal: eu irei se ningum quiser ir. Se ningum quiser ir, irei eu. Colocao de pronomes oblquos tonos 819 quando se fala em regra, devemos ter em conta a eufonia. nclise A regra geral a nclise, com os pronomes aps o verbo. Quando no h nada que eufonicamente atraia o oblquo, deve-se dar preferncia posposio (nclise). Ex: disseram-me Prclise As oraes NEGATIVAS e outras partculas foram a anteposio (ESAF) Ex: No, no me abandone. Jamais te pedirei. Outras palavras atrativas: que, quando, quem, ora...ora, j...j, Ex: bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz. Quando me abandonares. Diga-me com quem andar, que eu te direi quem s. O livro que me destes. Oraes optativas: Deus te oua, O Diabo que te carregue.Bons ventos te tragam. 836 atentar para o particpio, que tambm so atrativos: os pais tm se descuidado e NO os pais tm descuidado-se Mesclise Futuro do presente: no se diz farei-te e sim far-te-ei. Futuro do pretrito: no se diz faria-te, e sim far-te-ia.

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Vem (tu que duvidas da honra) observar o proceder desse pobre. Francisco(com o dinheiro ganho) comprou uma chcara. Magistral. Note o aluno o uso de prclise pelas palavras atrativas.

2. Conhecimento textualNo conhecimento textual, bastante comum a requisio aos conhecimentos gramaticais. Em alguns poucos casos, teremos interpretaes inferidas a partir dos prprios textos, ou concluses derivadas do pensamento do autor. Para isto necessrio que o estudante tenha uma boa leitura de jornais e revistas semanais. aconselhvel a leitura de editoriais (Folha de So Paulo, Jornal do Brasil, Estado de So Paulo, Correio Braziliense). Quanto clssica questo da ESAF de ordenamento de pargrafos, algumas dicas breves so suficientes para que se possa ordenar boa parte das questes. Ordenamento de questes 1 atentar que normalmente o primeiro pargrafo de qualquer texto ou editorial, comumente se inicia por um artigo, numeral (Obviamente que isto no uma regra rgida, pois temos textos que se iniciam de outras maneiras). 2As conjunes, advrbios, pronomes: portanto, desse modo, outro assim, tal, tais... Significam que esse pargrafo se segue a um referido anteriormente. Idem se falarmos em pronomes( elas, eles, desse (desse modo)). 3 Concluses, geralmente so feitas com expresses: assim, etc. Outro aspecto a ser considerado da seqncia de argumentao do autor. O que temos que saber a que ponto nos levam os argumentos expostos, para que saibamos dar seguimento s exposies de idias do autor.

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PROVASAFRF 2002Portugus

Quem pode entender a poltica militarista dos EUA e do seu complexo militar-industrial sem a atualizao da noo de imperialismo?

(X) Quem pode entender hoje a crise econmica internacional fora dos esquemas da superproduo, essencial ao capitalismo? (Y) Portanto, a unipolaridade vigente h uma dcada que busca impor a dicotomia livre mercado/protecionismo. V Nunca as relaes mercantis tiveram tanta universalidade, seja dentro de cada pas, seja nas novas fronteiras do capitalismo.

01- Marque, em cada item, o perodo que inicia o respectivo texto de forma coesa e coerente. Depois, escolha a seqncia correta.

I O abandono da tematizao do capitalismo, do imperialismo, das relaes centro-periferia, de conceitos como explorao, alienao, dominao, abriu caminho para o triunfo do liberalismo. 1(X) O socialismo, em conseqncia desses fatores, desapareceu do horizonte histrico, em virtude de ter ganho atualidade poltica com a vitria da Revoluo Sovitica de 1917. 2 3(Y) O triunfo do neoliberalismo se consolidou quando o pensamento social passou a ser dominado por teses conservadoras. Compravam um passaporte para o camarote dos vencedores. Mas, como h uma dignidade que o vencedor no pode alcanar, como dizia Borges, os que ganharam em prestgio perderam em capacidade de anlise. (X) Os que abandonaram Marx com soltura de corpo e com alvio, como se se desvencilhassem de um peso, na verdade no trocavam um autor por outro, mas uma classe por outra. (Y) Eles substituram a explorao de classes e de pases pela temtica do totalitarismo, aperfeioando suas anlises polticas ao vincul-las dimenso social. III No mundo contemporneo, tais modos nos permitem compreender a etapa atual do capitalismo, em sua fase de hegemonia poltica norte-americana. (X) Para atender a atualidade, so necessrios modos de compreenso frteis, capazes de dar conta das relaes entre a objetividade e a subjetividade, entre os homens como produtores e como produtos da histria. (Y) Trata-se de uma compreenso mope, que ignora componentes essenciais ao fenmeno do capitalismo que estamos vivendo.

(X) O capitalismo d mostras de enfrentar forte declnio, que leva os especialistas a preverem profunda fragmentao na ordem econmica interna de cada nao. (Y) Assiste-se ao capitalismo em plena fase imperialista consolidada, em que as formas de dominao se multiplicam. (Itens baseados em Emir Sader) a)X,X,Y,Y,X b)Y,X,X,X,Y c)Y,Y,X,X,Y d)X,Y,Y,X,Y e)X,Y,Y,X,X 02- Marque a opo em que ambos os perodos esto gramaticalmente corretos. a) O racismo no sentido de prtica discriminatria em razo da etinia de uma pessoa ou grupo, atenta, primeiro, contra a prpria organizao poltica brasileira. / O racismo, no sentido de prtica discriminatria, em razo da etnia de uma pessoa ou grupo, atenta, primeiro, contra a prpria organizao poltica brasileira. b) A prtica do racismo definida como crime na Lei n 7.716/89, isto , nessa Lei esto definidas vrias condutas que implicam tratamento discriminatrio, motivado pelo preconceito racial. / A prtica do racismo definida como crime na Lei n 7.716/89, isto , nessa Lei esto definidas vrias condutas que implicam em tratamento discriminatrio, motivado pelo preconceito racial. c) O racismo crime de ao mltipla ou de contedo variado, de maneira que a prtica, no mesmo contexto de ao, de mais de um ncleo acarreta

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uma nica incriminao. / O racismo crime de ao mltipla ou de contedo variado, de maneira que a prtica no mesmo contexto de ao, de mais de um ncleo, acarreta em uma nica incriminao. d) O incitamento discriminao no afasta a possibilidade de cometimento tambm de injria, motivada pela discriminao ou qualquer outro crime contra a honra, previsto no CPB ou mesmo na Lei de Imprensa. / O incitamento descriminao no afasta a possibilidade de cometimento tambm de injria, motivado pela descriminao ou quaisquer outro crime contra a honra, previsto no CPB ou mesmo na Lei de Imprensa. e) A prtica de tortura motivada pelo racismo, crime que tem por sujeito passivo o indivduo, no afasta a incriminao de eventual crime de racismo previsto na legislao brasileira, que tem por sujeito passivo primrio a coletividade, com leses jurdicas da mesma forma diferenciadas: o primeiro, a integridade fsica, sade e liberdade individual, e os demais, a paz pblica. / A prtica de tortura motivada pelo racismo, crime que tem por sujeito passivo o indivduo, no afasta a incriminao de eventual crime de racismo previsto na legislao brasileira, que tem por sujeito passivo primrio a coletividade, com leses jurdicas da mesma forma diferenciadas, o primeiro a integridade fsica, sade e liberdade individual, e os demais a paz pblica. (Baseado em Carlos Frederico de Oliveira Pereira) Leia o texto abaixo para responder s questes 03 e 04. O homem moderno na medida das senhas de que ele escravo para ter acesso vida. No mais o senhor de seu direito constitucional de ir-e-vir. A senha a senhora absoluta. Sem senha, voc fica sem seu prprio dinheiro ou at sem a vida. No cofre do hotel, so quatro algarismos; no seu home bank, seis; mas para trabalhar no computador da empresa, voc tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. A porta do meu carro tem senha; o alarme do seu, tambm. Cada um de nossos cartes tem senha. Se for sensato, voc percebe que sua memria no pode ser ocupada com tanta baboseira intil. Seus neurnios precisam ter finalidade nobre. Tm que guardar, sim, os bons momentos da vida. Ento, desesperado, voc descarrega tudo na sua agenda eletrnica, num lugar secreto que s senha abre. Agora s falta descobrir em que lugar secreto voc vai guardar a senha do lugar secreto que guarda as senhas. (Alexandre Garcia, Abre-te ssamo, com adaptaes) 03- Julgue os itens a respeito das idias do texto.

I. Depreende-se do texto que o autor se coloca na posio de quem se exclui da sociedade informatizada. II. O texto argumenta contra a modernidade, propondo como idia principal que um direito constitucional, ora desrespeitado, deve ser o ideal a almejar. III. Depreende-se do texto que comportamentos sensatos poupam a memria para finalidades mais nobres e evitam qualquer procedimento ligado informatizao. IV. O segundo pargrafo constitui-se apenas de exemplos e ilustraes que explicam e justificam a ltima orao do pargrafo anterior, sem ampliar a reflexo. Assinale a opo correta. a) Esto corretos apenas os itens I e II. b) Esto corretos apenas os itens II e III. c) Esto corretos apenas os itens III e IV. d)Nenhum item est correto. e)Todos os itens esto corretos.

04- Assinale a opo incorreta a respeito do emprego das palavras e expresses do texto. a) Para que as regras da norma culta sejam respeitadas, obrigatrio o emprego da preposio de regendo a orao que ele escravo(l.2). b) A expresso quantificadora Cada um (l.12) tem valor totalizante porque faz associar uma senha ao conjunto de cartes, os meus e os seus. c) Respeitam-se as regras de regncia da norma culta ao empregar a preposio de em vez de que na expresso verbal Tm que (l.16). d) A insero do pronome possessivo sua diante de senha(l.21) mantm coerente a argumentao do texto, mas altera o sentido de generalizao que essa ausncia provoca. e) Na argumentao, a alternncia entre o emprego de pronomes de primeira pessoa e o pronome voc evoca a idia de que tanto o autor quanto o leitor compartilham a propriedade designada por homem moderno.

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Leia o texto para responder s questes 05 e 06. Sob o direito, o administrador pblico no age contra a lei. Sob a moral, deve satisfazer o preceito da impessoalidade, no distinguindo amigos ou inimigos, partidrios ou contrrios, no tratamento que lhes dispense ou na ateno s suas reivindicaes, com transparncia plena de suas condutas em face do povo. Descumprir a lei gera o risco da punio prevista no Cdigo Penal ou de sofrer sanes civis. Quando desatendidos os princpios da certeza moral, aquela que o ser humano em seu justo juzo adota convicto, o descumpridor fere regras de convivncia, mas no conflita necessariamente com normas de Direito que lhe sejam aplicveis. (Walter Ceneviva, Moralidade como Fato Jurdico, com adaptaes) 05- Assinale a opo incorreta a respeito do emprego das palavras e expresses do texto. a) A preposio Sob(l.1) tem, nas duas ocorrncias do texto, o mesmo valor semntico do prefixo sub em palavras como subttulo ou subproduto. b) Pelo sentido textual, o emprego da expresso com gerndio, no distinguindo(l.3 e 4), mantm a mesma coerncia argumentativa que a expresso com infinitivo sem distinguir. c) Mantm-se a coerncia textual e a correo gramatical se a funo sinttica exercida pelo pronome tono lhes(l.5) for exercida por a eles. d) De acordo com as regras de regncia da norma culta, a expresso ateno s suas reivindicaes (l.6) admite a substituio por ateno para as suas reivindicaes. e) Para que sejam respeitadas as regras da norma culta, o verbo conflitar, como empregado na linha 15, deve ter forma reflexiva: no se conflita.

b) Este o nico fundamento do julgado: ... na sistemtica processual trabalhista inexiste recurso contra sentena homologatria de clculos de liquidao, porque a CLT, em norma clara e objetiva, composta nos pargrafos 3 e 4 do seu artigo 844, prev, com exclusividade, o instituto dos embargos para impugnao de ato jurisdicional de tal jaez. c) Incorreu, data vnia, o ato decisrio ora analisado em dois grandes e manifestos equvocos. d) O primeiro deles confundir clculos de atualizao do valor do ttulo exeqendo com liquidao da sentena. e) Na atual sistemtica processual civil, essa atualizao, depois de tornada certa o valor da condenao, ainda que decorrente de conta elaborada pelo exeqente, no constitui uma liquidao: no curso de processo executivo, tem a natureza de questo incidente deste. (Baseado em Diomar Bezerra Lima) 08- Marque a opo que preenche corretamente as lacunas. Completamente excludos das engrenagens de desenvolvimento da sociedade, os miserveis so reduzidos _____ uma condio subumana. Seu nico horizonte passa ____ ser ____ luta feroz pela sobrevivncia. No lixo do Valparaso, ____ poucos quilmetros de Braslia, ____ gente disputando os restos com os animais. (Fonte: Revista VEJA, edio 1735) a),a,a,h,h b)a,,,h,a c)a,a,a,a,h d),a,a,,h e)a,,,h,a Leia o texto abaixo para responder s questes 09 e 10. A moral e a tica no so fatos ou institutos jurdicos. Direito uma coisa, moral outra. Todo ser humano informado sabe disso. O comportamento das pessoas em grupo, tornando suas aes conhecidas e avaliadas, segundo critrios ticos do mesmo grupo quanto ao carter, s condutas ou s intenes manifestadas e assim por diante, s repercutem

07- Marque o segmento do texto que foi transcrito com erro gramatical. a) Em recente acrdo, proferido no AG n 96.01.01984-7/DF, ajuizado contra deciso que, em processo executivo, homologou clculos de atualizao de dvida da Fazenda Pblica decorrente de condenao em reclamao trabalhista, no conheceu do recurso a Primeira Turma Suplementar do Tribunal Regional Federal da 1 Regio.

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no direito se extrapolarem os 10 limites deste. A manifestao ofensiva a respeito de outrem confunde os dois elementos no plano individual. (Walter Ceneviva, Moralidade Jurdico, com adaptaes) como Fato

09- De acordo com as idias do texto, analise os itens abaixo para, a seguir, assinalar a opo correta. I. Os dois primeiros perodos sintticos constituem uma sntese da argumentao desenvolvida no texto. II. Infere-se do texto que o carter, a conduta e as intenes das pessoas no devem ser avaliados quanto moralidade pelo seu grupo tico. III. Conclui-se do texto que moral, tica e direito no revelam influncias mtuas se considerados como fatos ou institutos diversos. a)Apenas I est correto. b)Apenas II est correto. c)Apenas III est correto. d)Todos os itens esto corretos. e)Nenhum item est correto.

Uma das caractersticas essenciais da boa administrao pblica a certeza de suas decises. Sabendo os cidados como e quando procede o poder administrativo, programam seguramente o cumprimento de seus deveres. Essa qualidade tanto mais fundamental porque se multiplicam, no mundo moderno, as relaes e as obrigaes entre o setor pblico e o setor privado. Como o Estado tem o privilgio de impor nus ao particular, e em prazos determinados, tanto mais deve agir com obedincia a normas permanentes e conhecidas. (Josaphat Marinho, Surpresas Tributrias, com adaptaes) Julgue os itens a respeito das estruturas lingsticas do texto para, em seguida, assinalar a opo correta. I. A forma verbal procede(l.4) est empregada com o mesmo valor semntico que o do exemplo: Esse argumento no procede. II. Para conferir maior clareza e intelegibilidade ao perodo, se a orao subordinada reduzida de gerndio iniciada por Sabendo os cidados... (l.3) fosse deslocada para depois de sua principal, o sujeito de ambas deveria aparecer claro na orao principal, no mais na subordinada. III. O emprego da conjuno Como(l.10), de valor comparativo, no incio da orao faz realar o sujeito sinttico, o Estado (l..10). IV. Pela ausncia do sinal indicativo de crase, entende-se que em a normas permanentes (l.13), existe apenas a preposio a. Esto corretos apenas os itens a)I e II b)I,II e IV c)II e IV d) II, III e IV e) III e IV 12- Leia os trechos adaptados de Jos Luiz Rossi, A sociedade do conhecimento, para assinalar a opo correta. (A) Esse um fenmeno que mudar o perfil da populao mundial nos prximos anos. O aumento da expectativa de vida um fenmeno que j vem ocorrendo nos ltimos 300 anos, mas a reduo da populao jovem um fato relativamente novo, cujas conseqncias socioeconmicas ainda no foram

10- Assinale a opo incorreta a respeito das estruturas lingsticas do texto. a) O emprego de terceira pessoa, feminino, plural do pronome suas(l.5) refere-se a pessoas(l.4) concorda com aes(l.5). b) Altera-se o tempo verbal, mas garante-se a correo gramatical, se no lugar de se extrapolarem(l.9), for empregado quando extrapola. c) Para que o texto respeite as regras de concordncia da norma culta, a forma verbal repercutem(l.9) deve ser substituda pelo singular: repercute. d) A orao subordinada reduzida de gerndio tornando suas aes conhecidas e avalia-das(l.4 e 5) mantm seu valor adjetivo ao ser substituda pela desenvolvida adjetiva restritiva que tornam suas aes conhecidas e avaliadas. e) O pronome pessoal outrem(l.11) corresponde originalmente a qualquer outro, diferentemente de outro, que corresponde a diverso do primeiro.

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totalmente exploradas. (B) Estamos falando de transformaes que ocorrero em virtude das maiores mudanas demogrficas ocorridas desde que o homem comeou a se organizar em sociedades. Uma delas a diminuio da populao jovem em todos os pases desenvolvidos, e tambm em pases como o Brasil e a China, onde a taxa de natalidade j est abaixo da de reposio de 2,2 por cento por mulher em idade reprodutiva. (C) A outra transformao nas caractersticas da fora de trabalho. At o incio do sculo XX, a maior parte dos trabalhos eram manuais. Cinqenta anos depois, a indstria foi o grande empregador. Hoje, a fora de trabalho que mais cresce, e que j maior em nmeros absolutos, a dos trabalhadores do conhecimento, valorizados mais pelo conhecimento especializado do que por qualquer outra caracterstica. (D) Nos ltimos meses, verificou-se que a nova economia no substituir de todo a velha economia, mas, sim, conviver com ela, transformando-a por meio de profunda integrao entre as empresas e de disseminao quase infinita do conhecimento. Entretanto, dois outros fenmenos tambm influenciaro nosso meio de vida.

sugerem que o segredo do desenvolvimento com base na inovao tecnolgica est menos no volume de recursos e mais na qualidade das redes que se formam para receb-los. ( ) Claro que a existncia desses recursos para investir condio necessria, mas no suficiente. As polticas pblicas brasileiras teriam, provavelmente, mais chance de xito se inclussem entre os seus objetivos a prpria mudana cultural e comportamental das suas organizaes. ( ) Exige, por exemplo, a formao de grupos articulados de cooperao para produo de conhecimento, ou seja, sistemas incompatveis com as prticas institucionais e empresariais. a)3,4,1,5,2 b)2,5,4,3,1 c)4,2,1,5,3 d)3,4,2,1,5 e)5,1,3,2,4 Leia o texto para responder s questes 14 e 15. A revoluo da informao, o fim da guerra fria com a decorrente hegemonia de uma superpotncia nica e a internacionalizao da economia impuseram um novo equilbrio de foras nas relaes humanas e sociais que parece jogar por terra as antigas aspiraes de solidariedade e justia distributiva entre os homens, to presentes nos sonhos, utopias e projetos polticos nos ltimos dois sculos. Ao contrrio: o novo modelo cuja arrogncia chegou ao extremo de considerar se o ponto final,

Para que os trechos constituam um texto coeso e coerente, sua ordenao deve ser: a) A b) B c) B d) D e) D CBD ADC CAD ABC BAC

13-Os trechos a seguir foram adaptados de um texto de Gilson Schwartz, mas esto desordenados. Numereos de forma que constituam um texto coeso e coerente e assinale a opo correta correspondente. ( ) No caso do Brasil, que j tem fundos setoriais em apoio ao desenvolvimento tecnolgico, resta saber como ser a distribuio desses recursos e que impacto tero no sistema econmico. ( ) Entretanto, criar a cultura organizacional necessria nessas redes para que os recursos e as polticas pblicas tenham mais eficcia no algo trivial. ( ) As pesquisas que se fazem internacionalmente

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A ordem correta dos itens 14- Nos itens abaixo, trechos do texto foram reescritos. Assinale a opo em que as idias, ou a argumentao, do texto no foram respeitadas. a) Parece que destruir antigas aspiraes de solidariedade e justia distributiva fruto da arrogncia a que chegou o ponto final da histria nos ltimos dois sculos: os homens presentes na nova utopia tm diferentes projetos polticos. b) Um novo equilbrio de foras nas relaes humanas e sociais surgiu a partir de trs fatores: a revoluo da informao, o fim da guerra fria e a internacionalizao da economia. c) Como conseqncia do fim da guerra fria houve hegemonia de uma superpotncia nica e um novo equilbrio de foras tambm ligado a outros fatores nas relaes humanas e sociais. d) Nos ltimos dois sculos, estiveram presentes nos sonhos, utopias e projetos polticos antigas aspiraes de solidariedade e justia que parecem estar em risco com o surgimento de um novo equilbrio de foras nas relaes humanas e sociais. e) Uma brutal concentrao de renda em mbito mundial vem com um novo equilbrio de foras nas relaes humanas e sociais; tm-se, conseqentemente, uma banalizao da perverso social com a multiplicao da desigualdade. CONCURSO PBLICO PARA AUDITOR-FISCAL DA ESAF RECEITA FEDERAL - AFRF - 2002 GABARITOS (antes dos recursos) 01 - B 11 - C 02 - B 03 - D 04 - B 05 - E 06 - A 07 - E 08 - C 09 - A 10 - D 15- Julgue se os itens a respeito do emprego dos sinais de pontuao no texto so falsos (F) ou verdadeiros (V) para, em seguida, assinalar a opo correta. ( ) As duas ocorrncias de duplo travesso demarcam intercalaes e desempenham funo anloga dos parnteses. ( ) As vrgulas que se seguem a homens(l.8.) e sonhos(l.8) destacam uma explicativa restritiva e, por isso, seu emprego opcional. ( ) O emprego de dois-pontos aps contrrio(l.10) justifica-se por introduzir um esclarecimento sobre o que foi dito no perodo anterior. ( ) A funo das vrgulas que isolam a expresso seno culminante(l.12) a de destac-la sintaticamente e dar-lhe relevo estilstico. 12 - E 13 - C 14 - A 15 - D a)VFVF b)FFVF c)VFFV d)VFVV e)FVVV

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AGENTE FISCALIZAO PIAUI LNGUA PORTUGUESA Leia o texto para responder s questes 01 e 02. O pas talvez esteja passando por perodos de descrena e desrespeito para com o patrimnio pblico, pois parece que a separao entre o bem comum e o bem privado deixa de existir ou pelo menos de ser respeitada. Essa descrena talvez seja resultado de um processo de dcadas de injustia social e de negao da identidade cidad. Uma nao constituda por pessoas que 10 defendem e honram os seus direitos e deveres tem melhores condies de diminuir as injustias sociais, dentre elas as causadas pela corrupo, e aumentar o nvel de desenvolvimento e progresso. 15 O desenvolvimento da Educao Fiscal torna-se primordial, pois permite informar os mecanismos de constituio do Estado, ao mesmo tempo em que torna o cidado ciente da importncia da sua contribuio, 20 fazendo com que o pagamento de tributos seja entendido e visto como investimento para o bem comum. Com a informao, o indivduo pode se apropriar do poder de questionar e verificar a utilizao destes investimentos sociais. (Adaptado de www.receita.fazenda.gov.br) 01- Em relao s idias do texto, assinale a opo incorreta. a) Os argumentos do texto defendem o poder da informao no exerccio da cidadania. b) O respeito separao entre o bem comum e o bem privado necessrio para neutralizar a descrena. c) Justia social, desenvolvimento e progresso esto relacionados defesa e respeito aos direitos e deveres de cada indivduo. d) A injustia social e a negao da cidadania existentes h dcadas podem estar provocando descrena. e) dispensvel, para que os tributos sejam considerados investimentos para o bem comum, um processo de esclarecimento ao cidado.

02- Em relao s estruturas do texto, assinale a opo incorreta. a) A incerteza em relao s afirmaes do primeiro pargrafo reforada pelas expresses: talvez(l.1 e 6) e parece(l.3). b) A expresso para com o(l.2) corresponde semanticamente a em relao ao. c) A forma verbal tem(l.11) est no singular para concordar com Uma nao(l.9). d) Pode-se substituir fazendo com que(l.20) por permitindo que, sem prejuzo para a correo gramatical do perodo. e) A expresso torna-se primordial(l.15 e 16) corresponde gramaticalmente e semanticamente a foi tornada primordial.

03- Assinale a opo em que o trecho do texto apresenta erro de concordncia. a) O Programa Contribuinte do Futuro foi uma ao de educao fiscal desenvolvida entre 1971 e 1980. b) Conscientizava os estudantes do primeiro grau em relao aos fundamentos do exerccio da cidadania. c) Reforava a idia da participao popular como forma de construo de uma nao justa e igualitria. d) O programa contou com ampla divulgao nos meios de comunicao e eram avaliados por meio de concursos de redao e opinies dos professores coletadas em formulrio prprio. e) Nos anos em que atuou, como o programa recebeu amplo apoio do Ministrio da Educao, distribuiu 40 milhes de livros e atingiu 50 mil escolas.

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(Itens adaptados de www.receita.fazenda.gov.br) O secretrio da Receita Federal, na audincia pblica na comisso especial da Cmara, disse apreciar(1) a proposta de emenda constitucional que prorroga a CPMF, uma vez que(2) 4.516 pessoas fsicas isentas de tributao ou omissas movimentaram, juntas, mais de R$ 25 bilhes no ano passado com operaes individuais que(3) ultrapassaram R$ 10 milhes. Afirmou tambm que outras 2.449 pessoas jurdicas imunes, inativas, isentas, omissas ou optantes do imposto Simples movimentaram, juntas, R$ 147 bilhes. A movimentao desses "contribuintes" desproporcional e ofende o senso comum. Desse total, 857 contribuintes j foram fiscalizados, que(4) resultou num lanamento tributrio da ordem de R$ 400 milhes, alm de outras iniciativas de ordem judicial. Qualquer tipo de imposto est sujeito a sonegao, mas a CPMF mais resistente que qualquer outro, tanto sonegao quanto (5) eliso fiscal. (Adaptado de Nelson Breve, www.estadao.com.br 6/11/2001) 04- Para que o texto fique correto, necessrio substituir a) disse apreciar(1) por disse que apreciava b) uma vez que(2) por j que c) que(3) por as quais d) que(4) por o que e) quanto (5) por como 05- Assinale a opo em que a pontuao est correta. a) O relator-geral do Oramento da Unio, Sampaio Dria (PSDB-SP) acolheu, em seu parecer preliminar emenda do deputado Srgio Miranda (PC do B-MG). b) Tal emenda, inclui como receita condicionada a eventual arrecadao do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). c) Esse imposto est previsto na Constituio, mas ainda no foi regulamentado. d) O projeto j foi aprovado pelo Senado, e, est pronto para a apreciao do plenrio, da Cmara. e) A oposio estima, uma receita extra de, pelo menos R$ 1 bilho com a cobrana desse imposto.

(Itens adaptados de Nelson Breve, www.estadao.com.br 6/11/2001) 06- Assinale a opo em que o trecho foi transcrito com erro de sintaxe. a) O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Receita Federal participam de uma operao para aprofundar as investigaes das entidades filantrpicas. b) Esse ser um trabalho integrado entre a secretaria-executiva do Ministrio da Previdncia Social, o departamento de arrecadao do INSS e a Receita Federal para tentar reduzirem-se o nmero de entidades que sonegam tributos e que recebem o certificado de filantropia sem que haja prestao de servios s pessoas carentes. c) Segundo tcnicos do governo, o principal alvo dos dois rgos o desvio dos lucros dessas entidades para a compra de mquinas, equipamentos, imveis e veculos, que acabam sendo usados pelos prprios diretores das entidades e no como servio social. d) Das 6.500 entidades denominadas filantrpicas (que esto isentas ou imunes de tributao) existentes hoje no Pas, as 200 maiores respondem por 67% da renncia fiscal no setor. e) O Ministrio da Previdncia quer aproveitar a poca de renovao dos certificados para fazer uma seleo das entidades que realmente prestam servios sociais. (Itens adaptados de www.estadao.com.br Simone Cavalcanti, -6/2/2001)

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07- Assinale a opo que corresponde a erro. Desde o incio de janeiro, quando foi sancionada a lei que permite ao(1) Executivo usar os dados da Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira (CPMF) nas investigaes, o Fisco est apto a(2) ajudar o INSS nas investigaes das entidades filantrpicas. As informaes sobre a CPMF so enviadas a Receita(3) pelas instituies financeiras trimestralmente. Com esse(4) instrumento, possvel verificar se h distores muito grandes entre o faturamento da entidade e a sua movimentao financeira. Nos casos em que(5) o programa de informtica que faz o cruzamento de dados para o Fisco apontar discrepncia, a fiscalizao poder ser iniciada. (Adaptado de Simone www.estadao.com.br -6/2/2001 ) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 Cavalcanti,

e) As expresses laranja e fantasma(l.11 e 12) exemplificam o uso de aspas para inserir vocabulrio informal e figurado em texto formal. 09- Assinale a opo que apresenta erro no uso de pronome. a) J esto sob investigao entidades que compram mquinas e equipamentos no exterior e, por terem o certificado de filantrpicas, no pagam impostos de importao. b) Em vez de serem alojados nas entidades que supostamente lhes importaram, esses produtos acabam tendo como destino as clnicas particulares dos diretores. c) Os tcnicos tambm investigam desvios dessas entidades para burlar a lei que concede iseno de impostos. d) Como as filantrpicas no podem distribuir os lucros entre seus diretores, as entidades acabam comprando imveis ou veculos em nome delas, mas os bens ficam para uso prprio de seus dirigentes e familiares. e) Esse instrumento acaba sendo uma distribuio indireta dos lucros, afirmou um tcnico que participa das investigaes. (Itens adaptados de Simone Cavalcanti, www.estadao.com.br - 6/2/ 2001)

08- Em relao ao texto, assinale a opo incorreta. As entidades filantrpicas, mesmo sendo imunes ou isentas do pagamento de impostos, tm de estar inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica (CNPJ) e no podem ser consideradas inaptas (omissas de declarao do Imposto de Renda por trs anos consecutivos). Durante as investigaes, tenta-se descobrir e autuar os contribuintes que utilizam o nmero do CNPJ das entidades filantrpicas para o funcionamento de outra empresa, considerada "laranja" ou "fantasma". (Adaptado de Simone Cavalcanti, www.estadao.com.br -6/2/2001)

a) O trecho entre vrgulas(l.1 a 3) poderia iniciar o texto mantendo-se a vrgula aps impostos e com as devidas modificaes das maisculas. b) A expresso tm de(l.3) pode ser substituda por devem, sem prejuzo para a correo do perodo. c) Em tenta-se(l.8) o pronome se indica voz passiva. d) Os parnteses(l.5 e 7) podem ser eliminados, desde que se insira a expresso ou seja entre vrgulas aps inaptas(l.5).

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10- Em relao ao texto, assinale a opo incorreta. A eticidade significa aquela esfera da sociedade em que a conscincia moral j se concretizou, no na conscincia solitria de um indivduo que, arrogantemente, se atribui o direito de julgar sua comunidade, mas em normas, usos e instituies que do, em cada caso concreto, solues evidentes para os dilemas morais vividos por cada indivduo, sem que ele precise passar por dilaceramentos existenciais ou recorrer a procedimentos to perigosos como o de julgar, a partir de seu foro interno, se determinada norma deve ou no ser considerada vlida e tica. Essa a essncia do antiindividualismo moderno. (Srgio Paulo Rouanet, in tica, p.155) GABARITO AGENTE PIAU

01 - E 02 - E 03 - D 04 - D 05 - C 06 - B 07 - C 08 - C 09 - B

a) Pode-se inferir do texto que eticidade(l.1) um neologismo que tem relao com a idia de etnia. b) Em se atribui(l.4) o se indica voz reflexiva. c) dilaceramentos(l.10) est no sentido de aflies, tormentos. d) A idia de foro interno(l.12) corresponde a juzo da prpria conscincia, julgamento ntimo. e) Em antiindividualismo(l.14 e 15) est implcita a idia favorvel s solues coletivas.

10 - A

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ANALISTA COMERCIO EXTERIOR 2002 LNGUA PORTUGUESA Leia o texto, para responder s questes 01 e 02. O memorando tcnico de entendimento que fixa as metas at setembro deste ano, resultado da terceira reviso do acordo do Fundo Monetrio Internacional com o Brasil, parece cpia do que foi publicado em 26 de maro, na segunda reviso. Uma leitura atenta permite verificar, no entanto, que o organismo internacional aceitou flexibilizar suas exigncias, a pedido do Governo brasi leiro. Constatam-se trs modificaes importantes: excluso dos investimentos da Petrobras do clculo do ajuste fiscal do setor pblico; reduo do piso de reservas internacionais; maiores exigncias sobre as informaes relativas aos contratos futuros de cmbio, que passaram a ser mais amplamente aceitos do que no memorando anterior. O FMI entendeu que, na situao atual, o nvel de reservas estabelecido anteriormente no poderia ser mantido. Por outro lado, o Fundo reconhece que o Banco Central tem de intervir no mercado de cmbio, em carter excepcional, para conter a alta do dlar que afeta os preos internos. (O Estado de S. Paulo, 22/6/2002) 01- Assinale a opo que no preenche, com coeso e correo gramatical, a lacuna do texto. a) devido s dificuldades de captao de recursos no exterior e opo de antecipao de reembolso presente em alguns contratos de crdito b) com as dificuldades de captao de recursos no exterior e opo de antecipao de reembolso existente em alguns contratos de crdito c) em que h dificuldades de captao de recursos no exterior e h opo de antecipao de reembolso em alguns contratos de crdito d) com a evidncia de dificuldades de captao de recursos no exterior e diante da opo de antecipar reembolso existente em alguns contratos de crdito e) dadas as dificuldades de captao de recursos no exterior, e constando opo de antecipao de reembolso em alguns contratos de crditos 02- Em relao s estruturas do texto, assinale a afirmativa incorreta. a) Ao substituir a palavra resultado(l.3) por resultantes, o perodo permanece gramaticalmente correto, embora seja alterada a referncia ao antecedente. b) Entre o primeiro e o segundo perodo do texto h uma relao de oposio de idias configurada pelo articulador sinttico no entanto(l.7). c) Nas duas ocorrncias de do que(l.5 e 18), o do pode ser eliminado sem prejuzo para a correo dos perodos em que ocorre. d) A expresso Constatam-se(l.11) corresponde estrutura sinttica So constatadas. e) A palavra aceitos(l.17 e 18) est no masculino plural para concordar com o antecedente contratos futuros de cmbio (l.16). Considere o texto para responder s questes 03 e 04. Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando , sem dvida, um dos mais srios, sobretudo porque dele decorrem inmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o contrabando j faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no suprimento da rede formal de comrcio, tomando o lugar de produtos legal-mente comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilcitas proporcionam, aliados ao baixo risco a que esto sujeitas, favorecem e intensificam a formao de verdadeiras quadrilhas, at mesmo com participao de empresas estrangeiras. So organizaes de carter empresarial, estruturadas para promover tais prticas nos mais variados ramos de atividade. (Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000)

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03- Em relao s estruturas do texto, assinale a opo incorreta. a) No primeiro perodo do texto, por meio da elipse da palavra males(l.1), evita-se sua repetio excessiva e assegura-se a coeso textual. b) A ocorrncia da contrao de+ele= dele(l.3) justifica-se pela regncia do verbo decorrer. c) A estrutura Observa-se(l.4) corresponde, semanticamente, a Foi observado. d) A expresso dia-a-dia(l.4) corresponde idia de o viver cotidiano, e dia a dia cor-responde idia de passagem do tempo, ou seja, dia aps dia. e) A substituio de tanto...quanto(l.6 e 7) por tanto...como preserva a correo gramatical do perodo. 04- Em relao ao texto, assinale a opo correta. a) A forma tomando(l.8) pode, com alterao de sentido, mas sem prejuzo para a correo gramatical do perodo, ser substituda por qualquer das seguintes expresses: uma vez que tem tomado; por tomar; j que toma; tendo tomado. b) A palavra aliados(l.10 e 11) est no plural para concordar com a expresso essas atividades ilcitas(l.10). c) As expresses essas atividades ilcitas(l.10) e tais prticas(l.16) formam uma cadeia anafrica iniciada pelo antecedente atividades informais(l.6). d) Em a que esto sujeitas(l.11), a admite o uso de sinal indicativo de crase. e) A expresso at mesmo(l.13) confere ao perodo uma noo de dvida em relao ao que afirmado. 05- Assinale a opo em que o argumento apresentado no refora a idia principal do texto abaixo. Capaz de minar as mais slidas estruturas econmicas e sociais do Pas, o contrabando pode ser apontado como um dos principais instrumentos de degradao social, produzindo um sem nmero de problemas e esgarando o tecido das relaes comerciais e das transaes financeiras. (Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000) a) Devido ao seu carter ilegal, marginal e ilegtimo, o contrabando expe a economia domstica formal

concorrncia desleal. b) Em ltima instncia, o contrabando atenua a questo do desemprego, pois representa uma forma assistemtica de absoro informal de mo-de-obra. c) O sistema que mantm o contrabando tambm propicia e patrocina o crime organizado, pois favorece o trfico de armas e de drogas. d) Embora no se enfoque sempre essa questo, o contrabando vulnerabiliza a sade pblica e pe em risco a vida das pessoas com a introduo no mercado de produtos sem qualquer controle regulamentar. e) A entrada ilegal de substncias qumicas fragiliza o meio ambiente pela introduo de produtos perigosos sem qualquer controle e propicia a destruio e a degradao de reservas naturais. 06- Embora, juridicamente, existam definies distintas, trataremos por contrabando todas as prticas que visem introduzir de forma clandestina e fraudulenta mercadorias estrangeiras no territrio nacional ou promover a sada de produtos nacionais em desacordo com a legislao. (Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000) Assinale a opo que no d seqncia ao texto com coeso, coerncia e correo gramatical. a) Combater e prevenir essas prticas ilcitas um dever do Estado, ao qual cabe, em ltima instncia, a defesa da sociedade e da nao. preciso dar ao problema a dimenso que ele merece. b) No se pode cogitar projetos de solues dos problemas sociais, de sade, de segurana pblica, de meio ambiente, de emprego e outros, sem antes promover aes efetivas de combate a essas prticas ilegais e de controle sobre os fluxos com o mundo exterior. c) Combater esse ilcito de forma eficaz , sem dvida, menos oneroso para o Poder Pblico do que reparar os danos que o contrabando provoca, seja na economia, na segurana, na sade pblica ou na agricultura. d) Promovendo a evaso de divisas, vez que o pagamento de mercadorias introduzidas clandestinamente no pas, normalmente, efetuado margem do sistema oficial de controle cambial e, ainda, propiciando a lavagem de dinheiro ganho em atividades ilcitas.

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e) Entre outros problemas, o contrabando provoca a agresso aos direitos sobre o patrimnio natural, na medida em que promove a sada de espcies para o desenvolvimento de produtos da indstria farmacutica (biopirataria) e expe a agricultura e a pecuria ao risco de contaminaes.

(Adaptado de www.mdic.gov.br, 2/7/2002) 08- Assinale a opo em que os elementos no pre enchem as lacunas do texto com coeso, coern cia e correo gramatical. _______________________dados da Secretaria de Comrcio Exterior do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior, a balana comercial fechou a quarta semana de junho (de 24 a 30) com supervit de US$ 204 milhes. _______________, o supervit acumulado no ms subiu para US$ 675 milhes, o melhor resultado mensal de 2002. Nos seis meses deste ano, o saldo acumulado foi de US$ 2,606 bilhes, praticamente empatando com o resultado de todo o ano passado, ____________ foi registrado supervit de US$ 2,642 bilhes. Em junho, o Brasil registrou US$ 4,079 bilhes em exportaes e US$ 3,404 bilhes em importaes, ___________ resultou no supervit de US$ 675 milhes no ms. No ano, as exportaes totalizaram US$ 25,052 bilhes e as importaes US$ 22,446 bilhes. Nos seis primeiros meses do ano passado, o saldo comercial foi deficitrio em US$ 78 milhes. A meta do Governo chegar ao supervit de US$ 5 bilhes at dezembro de 2002. (Cntia Vinhal, www.mdic.gov.br, 1/7/2002) com De acordo a) Com isso, quando o que Conforme b) Assim, perodo em que movimento que Segundo c) Dessa forma, em que fato que d) Pelos Desse modo, ao fim do qual desempenho que Diante dos e) Para isso, onde do qual 09- Assinale a opo que no preenche a lacuna de forma coesa e coerente. A Secretria de Comrcio Exterior do Ministrio do Desenvolvimento manteve a previso do Governo de um supervit, no final do ano, de US$ 5 bilhes. Segundo ela, a perspectiva para o segundo semestre boa, uma vez que os efeitos dos acordos comerciais do Brasil com Chile e Mxico devem gerar resultados favorveis nesse perodo. Voltou tambm a afirmar que o desempenho da balana s no foi melhor devido

07- Assinale a opo em que o trecho foi transcrito de forma gramaticalmente correta. a) Usar a brasilidade como um diferencial de mercado para impulsionarem as exportaes da pequena empresa um dos objetivos da exposio Artesanato do Brasil, que o Sebrae promove na Loggia dei Mercanti e no Palazzo Affari, em Milo, com mostras de artesanato e flores tropicais, espetculos de msica popular, seminrios e rodadas de negcios. b) A Artesanato do Brasil ir expor 1.450 peas de artesanato de todas as regies brasileiras. Cermica, madeira, tecelagem e rendas, inspirados na flora, fauna, religiosidade e costumes que compem a cultura brasileira, estar em exposio. Espera-se um pblico de 40 mil pessoas. c) Estar disponvel um catlogo com detalhes de todas as peas, os preos no atacado e no varejo e os prazos de entrega. A exposio faz parte do Programa Sebrae de Artesanato, que quer profissionalizar a atividade, dandolhe tratamento empresarial e tornando-lhe um negcio rentvel pela capacitao dos artesos e seu aperfeioamento tcnico. d) O que se quer, com o artesanato, as flores tropicais e a msica popular na mostra Artesanato do Brasil, criar uma imagem made in Brazil que possibilite ampliar as vendas externas do Pas, nas quais tmida a participao da pequena empresa. A exposio em Milo integra o projeto Cara Brasileira, desenvolvido pelo Sebrae com o objetivo de identificar uma imagem nacional para produtos e servios a ser usada como estratgia de marketing. e) O economista Gustavo Morelli, do Sebrae, que coordenaram o projeto Cara Brasileira, lembra que a Itlia reconhecida pelo design, assim como a Frana pelos perfumes e a Sua pela preciso dos relgios. Se a valorizao e a difuso do seu patrimnio cultural, natural e humano levaram tais pases a se destacar no mundo dos negcios, o Brasil pode tornar a brasilidade um bem valioso na sua economia, assinala ele.

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queda dos preos internacionais e retrao da atividade econmica na Argentina. ___________ as exportaes brasileiras cresceram nos ltimos dois anos mais de 20%, e a taxa de crescimento das vendas externas (6%) em 2001, em comparao com o ano anterior, foi o dobro do crescimento do comrcio mundial, afirmou a secretria. (Suelen Menezes e Pricila www.mdic.gov.br, 1/7/2002) a) Mesmo diante desses problemas, b) Apesar dessas turbulncias, c) Conquanto tenham ocorrido tais adversidades, d) A despeito do cenrio internacional adverso, de Oliveira,

futuro prximo. c) O item V o antecedente imediato do item IV, pois Esses e tais mercadorias formam uma cadeia anafrica ligada ao mesmo referente: produtos que no receberam o selo de qualidade(II). d) O item I subseqente ao IV por estar ligado a este ltimo pelo recurso coesivo da repetio da palavra produtos. e) A introduo do texto pode ser constituda pelo item I, uma vez que este no apresenta referncia a nenhum antecedente. Nas questes de 11 a 13, marque o item sublinhado que represente impropriedade vocabular, erro gramatical ou ortogrfico. 11- Hoje, nos pases em desenvolvimento, desconfiase de que(A) camufladamente(B) grande parte daquelas sociedades no-governamentais e misses religiosas desempenham a mesma funo de vilipndio(C); na rota de ocupao, buscam credenciarem-se(D) como cientistas do solo, da fauna e da flora, consoante(E) j o fizeram nos casos do Mxico e da Colmbia. (Baseado Bonavides) a) A b) B c) C d) D e) E 12- A democracia, segundo Aristteles, forma de governo. Esse entendimento milenar(A) assim se conservou entre os publicistas(B) romanos e os telogos da Idade Mdia. No discreparam(C) tambm do juzo aristotlico pensadores polticos do tomo(D) de Montesquieu e Rousseau, presos as heranas(E) clssicas. (Baseado em Bonavides) a) A b) B c) C d) D e) E Paulo em Paulo

e) Porquanto a interferncia desses problemasexternos, 10- Os fragmentos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. I. Como o Brasil tem uma tima imagem no exterior, mas poucos sabem que o Pas fabrica produtos de alto valor agregado como avies e satlites, esse prmio um reconhecimento aos empresrios, pioneiros nesse trabalho de agregao de valor e na busca incessante pela qualidade. II. At mesmo os produtos que no receberam o selo de qualidade no primeiro ciclo do pro-grama foram beneficiados pelo processo. III. Dez produtos brasileiros qualidade mundial Brasil ano, as empresas que produtos podero usar promov-los no exterior. receberam o selo de Premium. Durante um comercializam esses esse distintivo para

IV. As empresas responsveis por tais mercadorias recebero ainda apoio financeiro do Governo na adequao de seus produtos ao mercado internacional. V. Esses que no foram selecionados ganham um relatrio mostrando como corrigir os problemas na cadeia de produo. (Mariana Pereira, 26/6/2002) www.mdic.gov.br,

Quanto ordenao coesa e coerente do texto, assinale a opo correta. a) O item II deve ser o introdutrio e vir antes de todos os outros, j que um resumo da idia principal do texto. b) A concluso do texto o item III, j que encerra a argumentao com informaes a respeito do

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13-H(A) tempos est em tramitao no Congresso proposta para reforma do sistema financeiro que concede independncia plena ao Banco Central. So fortes as presses para que a matria seja aprovada ainda sob(B) o atual governo. A iniciativa contempla contradio insanvel(C). No existe frmula poltica capaz de aumentar a independncia do BC. Nenhuma agncia governamental superaria-o(D) em matria de liberdade. Atua independentemente(E) de qualquer controle externo. (Baseado Dantas) a) A b) B c) C d) D e) E em Josemar

(Cntia Vinhal, www.mdic.gov.br, 26/6/2002) 15- Em relao ao uso dos sinais de pontuao, assinale o trecho correto. a) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, mediante aes que previnam riscos e corrijam os desvios capazes de afetar o equilbrio das contas pblicas. b) Como premissas bsicas das aes, preconizadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal destacam-se: o planejamento, o controle, a transparncia e a responsabilizao. c) A Secretaria do Tesouro Nacional tem, entre suas competncias as atribuies de normatizar o processo, de registro contbil dos atos e fatos da gesto oramentria, financeira e patrimonial dos rgos e das entidades da Administrao Pblica Federal. d) tambm, a Secretaria do Tesouro Nacional que vai consolidar os Balanos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios e ainda, promover a integrao com as demais esferas de governo em assuntos de administrao financeira e contbil. e) A LRF cria condies para a implantao de uma nova cultura gerencial na gesto dos recursos pblicos e, incentiva o exerccio pleno da cidadania, especialmente no que pertine participao do contribuinte, no processo de acompanhamento da aplicao dos recursos pblicos e de avaliao dos seus resultados. (Trechos adaptados www.stn.fazenda.gov.br) de

14- Assinale a opo em que o trecho apresenta pontuao correta. a) Foi realizada pelo Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior, a cerimnia de premiao do Brasil Premium. Dez empresas tiveram produtos selecionados pelo concurso, que tem o objetivo de promover o produto nacional no mercado externo. b) As empresas cujos produtos no foram classificados tambm sero beneficiadas, porque vo receber uma consultoria que indicar as medidas para melhorar a produo, de forma a permitir que futuramente recebam o selo de qualidade. c) A premiao permite, que as empresas utilizem os produtos selecionados em aes promocionais, colaborando com o aumento das exportaes brasileiras. As empresas selecionadas recebero um diploma e um trofu na cerimnia. d) O projeto tem como objetivo alm de destacar a qualidade e o nvel de competitividade internacional do produto brasileiro, dar oportunidade de melhoria dos processos e produtos para as empresas brasileiras, que j exportam ou pretendem exportar. e) O Brasil Premium faz parte do Programa de Promoo Comercial do Brasil no exterior: lanado pelo Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior. At o final de agosto, estaro abertas as inscries, para o ciclo de premiao de 2002. A expectativa que aumente o nmero de produtos premiados.

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MDIC - 2002 GABARITOS (antes dos recursos) Prova 1 -(aplicada em 24/08/2002 - SBADO) 01 - B 02 - C 03 - C 04 - A 05 - B 06 - D 07 - D 08 - E 09 - E 10 - C 11 - D 12 - E 13 - D 14 - B 15 - A

APO MPOG 2000

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LNGUA PORTUGUESA Leia o texto para responder s questes 01 e 02. Prever o futuro to arriscado que, podendo sempre errar, prefervel errar pelo otimismo. E h boas razes para ser otimista quanto democracia. Nos ltimos 20 anos, dobrou ou triplicou o nmero de pessoas que no vivem em ditadura. Talvez seja demais chamar Ucrnia ou El Salvador hoje de Estados democrticos, mas certamente h bem mais liberdade nesses pases ou no Brasil, aps a queda do comunismo e das ditaduras apoiadas pelo primeiro mundo, do que havia em 1980. A conjuntura mundial torna difcil o cenrio usual, que era a rigorosa represso ante o avano de reivindicaes populares.

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O quadro geral de apaziguamento abre espao para a expanso da democracia. Mas resta muito por fazer. Mais que tudo, preciso desenvolver a idia de que a democracia no s um regime poltico, mas um regime de vida. Quer dizer que o mundo dos afetos deve ser democratizado. preciso democratizar o amor, seja paternal ou filial; a amizade; o contato com o desconhecido: tudo o que na modernidade fez parte da vida privada. preciso democratizar as relaes de trabalho, hoje tuteladas pela propriedade privada. A democracia s vai se consolidar, o que pode tardar dcadas, quando passar das instituies eleitorais para a vida cotidiana. claro que isso significa mudar, e muito, o que significa democracia. Cada vez mais ela ter a ver com o respeito ao outro. (Renato Janine Ribeiro, Folha de S. Paulo, MAIS!, 31/12/2000)

(Renato Janine Ribeiro, Folha de S. Paulo, MAIS!, 03- Assinale a opo que est em desacordo com as 31/12/2000) idias do texto. 01- Assinale a opo em que a substituio sugerida para as partes grifadas do texto est incorreta. a) (linha 2) diante da grande possibilidade dee errar b) (linha 4) no que se refere c) (linha 6) sobre regimes ditatoriais d) (linha 9) em tais e) (linha 13) habitual 02- Em relao ao texto, assinale a opo correta. a) Pode-se inferir do texto que atualmente no h clima favorvel represso de movimentos populares. b) At h pouco tempo no havia restries s demandas e reivindicaes de segmentos insatisfeitos da sociedade. c) A expresso to arriscado que (.1) pode ser substituda por to arriscado quanto sem prejuzo para a correo do texto. d) Se a palavra certamente (.8) vier entre vrgulas o texto transgride as normas de pontuao. e) A vrgula aps usual (.13) indica que a orao a seguir restritiva. a) A noo de regime poltico mais restrita que a noo de regime de vida. b) Pode-se inferir que as relaes de trabalho tuteladas pela propriedade privada no so suficientemente democrticas. c) A proposta de ampliao do conceito de democracia transcende as questes pblicas e polticas e invade o universo individual e privado. d) A consolidao da democracia tem como condio a abrangncia das questes da vida cotidiana. e) A mudana do conceito de democracia uma transformao que est ocorrendo na sociedade e seus resultados sero vistos brevemente.

Leia o seguinte texto para responder s questes 04 e 05.

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As razes do desinteresse pelas eleies, verificado neste ltimo pleito, vo desde os imprecisos limites ticos da poltica no Brasil at fatores mais gerais que tm a ver com a evoluo da democracia de massas no mundo. No importa se ela majoritria ou proporcional, parlamentarista ou presidencialista, a distncia social e poltica entre representantes e representados ficou excessiva. O dilogo entre governo e sociedade, Parlamento e sociedade, quase desapareceu. As fronteiras ideolgicas embolaram, os valores das sociedades mudaram mais que os dogmas dos polticos esquerda e direita e as diferenas nas polticas econmicas de liberal conservadores e social democratas quase desapareceram. (Srgio Abranches, VEJA, 26/7/2000, com adaptaes) 04- Assinale o item que completa o texto acima com uma idia conclusiva e coerente. a) Tudo isso contribuiu para alimentar o desinteresse de muitos cidados pela vida partidria e eleitoral. b) Desse modo, as crises, o desequilbrio fiscal e a globalizao tambm fazem decretar a participao no regime democrtico como decisiva. c) Por isso torna-se vlido concluir que o regime democrtico, por mais participativo e liberal que seja, est chegando aos objetivos previstos na sua origem. d) , portanto, um caso constitucional que se abre opinio pblica: o de rever o desgaste do nacionalismo frente aos problemas originados pela descrena popular. e) Assim, devido s pesquisas que alertam para o perigo em que se encontra a democracia, h uma crise nas fronteiras ideolgicas. 05- Marque a afirmao incorreta a respeito do emprego das expresses e palavras do texto. a) O emprego das preposies desde(.3) e at(.4) indica a possibilidade de existir mais do que apenas as duas razes mencionadas. b) O pronome ela(.6) refere-se a democracia. c) O adjetivo excessiva(.10) qualifica distncia social e poltica entre representantes e representados(.8 e 9). d) A forma verbal embolaram(.13) admite, nesse contexto, tambm o emprego reflexivo: embolaramse. e) As expresses esquerda e direita(.15 e 16) indicam as diferentes direes que os valores da sociedade tomaram em suas mudanas.

Aps a devastao geral provocada pelo neoliberalismo triunfante, firma-se, em todos os continentes, a convico de que o capitalismo substitui, aos poucos, o Estado totalitrio como o principal adversrio da democracia e dos direitos humanos. Para suscitar a esperana preciso, pois, urgentemente, apontar humanidade as vias de resistncia a esse seu inimigo irreconcilivel. Elas passam por um esforo combinado de reconstruo, tanto na cpula quanto na base do edifcio social. Na cpula, trata-se de instituir a supremacia do poder poltico sobre as foras econmicas, tanto na esfera nacional quanto na internacional. (Fbio Konder Comparato, Folha de S. Paulo, MAIS!, 31/12/2000) 06- Assinale a opo que constitui uma seqncia coesa e coerente para o texto acima. a) Porquanto, em janeiro de 2001, ao mesmo tempo que os mais ricos vo se reunir, como fazem todos os anos, em Davos (Sua), Porto Alegre acolher os participantes do Primeiro Frum Social Mundial. b) O caminho que conduz essa justia um s: fortalecimento do poder poltico, com efetiva participao e controle popular, ou seja, a soberania dos povos (no dos Estados nem dos grandes grupos empresariais), com o integral respeito aos direitos humanos. Em suma, a boa e verdadeira democracia. c) Bem como um nmero crescente de movimentos e associaes articula-se para denunciar, nas ruas e praas de todo o globo, a ao predatria das grandes organizaes internacionais que regulam as finanas do mundo. d) Conquanto, nunca, em toda a histria das civilizaes, uma sociedade poltica foi militarmente to poderosa quanto os EUA o so hoje. Seu oramento militar 12 vezes superior soma de todos os demais oramentos do mundo. e) Uma desproporo comparvel se desenvolve em termos de preponderncia militar e capacidade de espionagem graas ao concurso de vrios satlites de transmisso, 50.000 especialistas em informtica e macrocomputadores que processam 95% das telecomunicaes que se fazem nos diversos pases. 07- Indique o item em que, de acordo com as regras gramaticais, o a deve receber o acento indicativo de crase. A viso destes anos 80 mostra uma sociedade cindida de ponta a(A) ponta e em cada detalhe

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da vida social por conflitos heterogneos, fragmentados, violentos, mobilizantes. Cada movimento destes se faz por conflitos distintos e reconhece a(B) si mesmo em espao poltico prprio. E o Estado, em cujo espao institucional se traduzem os efeitos de uma sociedade plural e desigual, formaliza suas reaes a(C) mobilizao social. Nestes tempos turbulentos os governantes imaginaram uma forma de exerccio de poder que conciliasse a(D) emergncia dos novos direitos com os limites autoritrios de sua gerncia. O Executivo se lana, ento, a(E) experincias vrias de conteno social. (Maria Clia P. M. Paoli, Constituinte e Direito: um modelo avanado de legtima organizao da liberdade? com adaptaes) a) b) c) d) e) A B C D E

treinamento, tudo isso foi feito tendo em vista a prioridade de conferir o melhor atendimento ao cidado-cliente. (Texto adaptado de Cludia Costin, O Estado de S. Paulo, 28/04/2000) Entre os recentes avanos da economia brasileira, _________destacar a privatizao ou a liquidao de muitos bancos comerciais controlados pelos governos estaduais. A estratgia de controle dos dficits pblicos de Estados e municpios, _________________apoiada pelo governo federal desde o segundo semestre de 1995, quando se registrou parte da responsabilidade daqueles na formao do dficit consolidado de 5% do PIB, tem sido a de ___________ o acesso a diferentes fontes de financiamento, internas ou externas. Esta estratgia _____________, tambm, reestruturao dos sistemas financeiros estaduais, atravs de um programa especial coordenado pelo Banco Central. (Paulo Haddad, Jornal da Tarde, 21/06/2000) 09- Assinale a opo que preenche de forma correta as lacunas do texto. a) podemos / a qual vm sendo / dificultar a eles / se estende b) devemos / em qual vem sendo / dificultar eles / extende-se c) deve-se / de qual vem sendo / dificultar para eles / extende-se d) h que se / que vem sendo / dificultar-lhes/ estende-se e) necessrio / por qual veio sendo / lhes dificultar / se extende

08- Os fragmentos abaixo constituem um texto que foi transcrito com erros. Assinale a opo gramaticalmente correta. a) partir de 1995, com o fim da espiral inflacionria, os governantes tiveram de lidar com a verdade dos nmeros pblicos. A correta gesto dos recursos tornou mais urgente do que nunca. b) Paralelamente, um novo fenmeno comeou a surgir no Pas, ainda que de forma tmida: o exerccio da cidadania. As pessoas passaram a conscientizar que pagam impostos e servios pblicos de qualidade so obrigao do Estado. c) Nesse contexto, foi concebida e comeou a ser implementada uma ampla e radical reforma do Estado brasileiro, com mudanas constitucionais; novos procedimentos em gesto, controle e operao de rgos pblicos; uso mais intensivo de tecnologia da informatizao e, sobretudo, uma nova relao com o usurio dos servios pblicos, o cidado. d) Buscando a profissionalizao do servidor, o governo elaborando a Poltica Nacional de Capacitao dos Servidores Pblicos Federais, alm de implantar o Plano de Qualidade para a Administrao Pblica em todos os rgos da administrao federal. e) Novas carreiras, equiparao de salrios defasados em relao ao que pagam o mercado e a realizao de concursos pblicos (h muito interrompidos), alm do oferecimento de oportunidades de

Embora, desde 1983, tenham sido criados diversos programas de assistncia e de recuperao dos bancos estaduais, a maioria destes continuou a conviver com dificuldades operacionais e patrimoniais, as quais acabaram ampliando o nvel de desequilbrio das contas pblicas. A questo do desequilbrio financeiro e patrimonial desses bancos de natureza estrutural e vinha desafiando diferentes administraes do governo federal e dos governos estaduais. (Textos adaptados de Paulo Haddad, Jornal da Tarde, 21/06/2000)

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10- Assinale a nica opo que inadequada e incorreta como seqncia sinttica para o texto. a) Um de seus maiores problemas vinha sendo o excesso de agncias deficitrias mantidas em operao sob argumentos polticos, inconsistentes e precrios. b) A concentrao de operaes de crdito apenas com governos e suas empresas foi um dos fatores que acentuou de forma crtica a fragilidade dessas instituies. c) Observou-se que um dos problemas freqentes nesses estabelecimentos era o dos emprstimos ao setor privado com precria anlise de risco. d) A desprofissionalizao da alta administrao como mecanismo de sustentao de interesses polticos clientelsticos intensificou a crise dessas instituies. e) Observando anis burocrticos que tornam inslitas muitas prticas de crditos e de financiamentos e quando emperram o fluxo de circulao desejvel. A globalizao um fato. Os desafios institucionais que ela vem gerando devem ser compreendidos utilizando os prprios instrumentos metodolgicos que ela produziu. Embora o Brasil no tenha uma autntica tradio de livre mercado e de competio, se se lograr superar a inrcia, ser fcil ao pas lanar-se na vanguarda da modernidade, precisamente porque nossa reconhecida desvantagem, a de no possuirmos instituies estveis e bem arraigadas, poder ser, afinal, o nosso trunfo nesta vertiginosa era das comunicaes. (Diogo de Figueiredo Moreira Neto) 11- Em relao ao texto, assinale a opo incorreta. a) O pronome ela (.2 e 4), em suas duas ocorrncias, refere-se palavra globalizao(.1). b) A forma utilizando os (.3), sem prejuzo para a correo do perodo, pode ser assim substituda: por meio da utilizao dos. c) Em lanar-se(.7) o indeterminao do sujeito. pronome se indica

12- Assinale a opo em que a estrutura sinttica est incorreta. a) Se o crescimento um dado meramente econmico e quantitativo, o desenvolvimento, ao contrrio, enquanto qualitativo e pressupe uma administrao e uma legislao racionalizadas, a difuso do ensino, o recrutamento dos homens de empresa e a formao do capital de investimento necessrio. b) O crescimento um dado meramente econmico e quantitativo, mas o desenvolvimento, ao contrrio, qualitativo e pressupe administrao e legislao racionalizadas, difuso do ensino, recrutamento dos homens de empresa e formao do capital de investimento necessrio. c) O crescimento um dado meramente econmico e quantitativo. Entretanto, o desenvolvimento qualitativo, pressupondo administrao e legislao racionalizadas, difuso do ensino, recrutamento dos homens de empresa e formao do capital de investimento necessrio. d) O desenvolvimento qualitativo e pressupe administrao e legislao racionalizadas, difuso do ensino, recrutamento dos homens de empresa e formao do capital de investimento necessrio, enquanto, ao contrrio, o crescimento um dado meramente econmico e quantitativo. e) Enquanto o crescimento um dado meramente econmico e quantitativo, o desenvolvimento, ao contrrio, qualitativo e pressupe uma administrao e uma legislao racionalizadas, a difuso do ensino, o recrutamento dos homens de empresa e a formao do capital de investimento necessrio.

d) A estrutura se se lograr (.6), sem prejuzo para a correo do perodo, pode ser assim substituda: caso se logre. e) As vrgulas aps desvantagem(.9) e aps arraigadas(.11) podem ser corretamente substitudas por travesses ou parnteses. (Trecho adaptado de Arnoldo Wald.) (1) a globalizao tem aspectos altamente positivos, criando pontes entre as naes, em substituio aos antigos muros que as separavam, e permitindo (2) uma ampla divulgao e utilizao das tecnologias

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mais modernas. (3) , evidente que a globalizao pode tornar-se, em determinados casos, um elemento destruidor da cultura nacional e da escala de valores de uma sociedade. Cabe (4) ao Estado, tendo em vista o contexto nacional, ser um fiscal e catalisador eficiente do nvel adequado da globalizao que interessa ao pas, abrindo a sua economia, num mundo que no mais admite que as naes se transformem em verdadeiras autarquias, (5) , protegendo adequadamente os valores humanos, econmicos, intelectuais e morais do Pas e dos cidados. (A rn o ldo Wa ld ) 13- Assinale a opo incorreta em relao s lacunas do texto. a) O texto permaneceria correto se iniciado pela expresso No h dvida de que(1). b) opcional o uso de tambm, entre vrgulas, em (2). c) Como se trata de uma oposio de idias, correto o uso de Entretanto em (3). d) O articulador sinttico correto para (4) conquanto. e) Em (5), para acentuar a oposio de idias, seria correto colocar todavia. 14- Assinale a seqncia de sinais de pontuao que preenche corretamente os espaos numerados do seguinte fragmento. Ignore a necessidade de letras maisculas. Toda estrutura da nossa sociedade colonial teve sua base fora dos meios urbanos (1) preciso considerar esse fato para compreender exatamente as condies que (2) por via direta ou indireta (3) nos governaram at muito depois de proclamada nossa independncia poltica e cujos reflexos no se apagaram ainda hoje (4) efetivamente nas propriedades rsticas que toda vida da colnia se concentra durante os sculos iniciais da ocupao europia (5) as cidades so virtualmente simples dependncias delas. (Srgio Buarque de Hollanda, Razes do Brasil, com adaptaes)

c) d) e)

; , ?

:

, ; ,

, : .

. ; .

15- Assinale a opo em que o texto apresenta pontuao correta. a) H no mundo regies que agora enfrentam problemas generalizados, infinitamente mais graves que, aqueles com que nos confrontamos em nossos piores momentos do passado. b) Mas parece reinar, em toda parte a certeza de que hoje faz sentido lanar idias mesa e trabalhar sobre elas. c) Tantas passagens remotas ou recentes da histria, foram marcadas pela esterilidade, pela convico coletiva de que nada do que se pensasse, dissesse, fizesse, tentasse, ousasse adiantaria alguma coisa, to bloqueadas eram as perspectivas. d) Hoje vivemos o contrrio disso. Sabemos que idias, palavras e gestos tm o poder de fecundar o terreno do sculo que termina, do sculo que comea e que, vale a pena, por isso viver esse momento. e) Se aproveitamos com integridade, inteligncia, trabalho e sentido de criao, no h limite para o que nos pode vir em troca. Se perdermos essa oportunidade, se nos perdermos em banalidades neste ponto da histria que reclama grandeza, sobrar depois um profundo remorso. (Trechos adaptados de Francisco Rezek ) GABARITO APO MPOG 2000.01 - C 02 - A 03 - E 04 - A 05 - E 06 - B 07 - C 08 - C 09 - D 10 - E 11 - C 12 - A 13 - D 14 - B 15 - E

a) b)

(1) : .

(2) , ,

(3) . , , .

(4) :

(5)

APO MPOG 2002 LNGUA PORTUGUESA 01- Escolha o conjunto de itens que preenche

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corretamente as lacunas do texto. De braos abertos sobre a Guanabara e ______ mais de 700 metros de altura, ele est completando 70 anos, com o mesmo vigor _____ que o tornou conhecido em todo o mundo. Exaltado em prosa e verso, o Cristo Redentor o mais altaneiro, o mais ______________ e o mais democrtico smbolo do Rio de Janeiro: visto por todos e de quase todas as partes da cidade pelo menos _________ a especulao imobiliria no __________ muralhas de __________ para impedir sua viso. (Zuenir Ventura) a) / simblico / religioso / aonde / ergueu / arranhascus b) h / arquitetnico / piedoso / onde / levantou / arranhas-cu c) a / iconogrfico / fervoroso / aonde / construiu / arranha-cus d) / austero / patritico / aonde / ergueu / arranhas-cus e) a / simblico / conspcuo / onde / ergueu / arranha-cus 02-Os pares cujos componentes poderiam ser ambos empregados no texto seguinte sem prejuzo da correo lingstica so: significativo que a Cidade Maravilhosa tenha como protetor o Cristo de braos abertos e como padroeiro So Sebastio crivado de flechas,resistindo milagrosa e triunfalmente ao suplcio. Os dois compem um discurso visual que expressa dois estados comuns ao carioca: a generosidade proposta por um e a serenidade demonstrada pelo outro diante do sofrimento. A carga semntica da iconografia do Cristo e de So Sebastio, sua dimenso simblica, tem de fato tudo a ver com essa cidade ao mesmo tempo alegre e sofrida, cordial e violenta. Um a instncia mxima de redeno, com seu manto sagrado abenoando do alto; e o outro, mais prximo, serve de intercessor e exemplo, com seu jovem e belo corpo despido assim como costumam andar os cariocas. (Zuenir Ventura) 1(1) tenha / tendo 2(2) flechas / flexas 3(3) expressa / expressam 4(4) pelo / por 5(5) a ver / haver 6(6) despido / seminu 7(7) costumam / costuma a) 1, 2, 3

b) 4, 6 c) 3, 5 d) 5, 6, 7 e) 4, 7 Nas questes 03 a 05, indique o segmento do texto que contm defeito de estruturao sinttica. 03-a) O ataque terrorista de 11 de setembro e as reaes que a ele se seguiram sugerem que vivemos um momento histrico peculiar. b) Diante da perplexidade gerada, surgiram anlises que falavam do comeo do fim da globalizao e do triunfo das foras isolacionistas. c) Outras tomaram a necessidade da adoo de condutas cooperativas no combate ao terrorismo como prova da interdependncia entre naes e da inevitvel vitria do multilateralismo. d) O desenrolar dos eventos confirmam que no se pode eliminar por hiptese, ou convenincia, o apelo de solues cooperativas para problemas internacionais. e) Novo alento poder ser dado busca por solues para questes econmicas perenes, como a do comrcio internacional. (Daniel Gleizer, adaptado)

04-a)

b) c)

d)

e)

No faltam diagnsticos sobre o significado da recente crise causada pelos ataques terroristas para nossa economia. Se alhures prevalece a dvida, aqui proliferam certezas. Certeza da necessidade de restaurar o Estado intervencionista, cujos gastos alavancam o crescimento e o bem-estar dos cidados, numa espcie de resgate descontextualizado de um keynesianismo antes considerado vulgar. Certeza de que o processo de exposio comercial e financeira precisa ser invertido, pois nele repousariam as causas de nossa fragilidade. Certeza de que o dficit comercial dos setores x ou y comprovam o mal causado pela ausncia de polticas setoriais nas quais um grupo de burocratas iluminados seleciona vencedores. (Daniel Gleizer, adaptado) A estabilidade macroeconmica inflao

05-a)

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b)

c)

d)

e)

baixa e finanas disciplinadas um meio para alcanar o objetivo final da poltica econmica: crescimento da renda e do emprego. Esses objetivos no dependem s de um pilar, mas de dois: a estabilidade e o fim dos obstculos de oferta. A histria mostra que, se a estabilidade necessria para o crescimento, uma economia forte necessria para sustentar a estabilidade. A implantao desses pilares esbarra em dificuldades, principalmente em ambientes econmicos acomodados h anos de barbrie oramentria, inflao e distribuio de benesses. A presena do Estado na produo e na alocao de recursos a setores selecionados administrativamente, a abolio da concorrncia, o descaso com a eficincia e com o bem-estar do consumidor e a ausncia de previsibilidade so faces de um "modelo" em que o Estado manipulava instrumentos opacos de distribuio de renda entre segmentos da economia.

governo. (Baseado em Paulo Rabello de Castro) a) b) c) d) e) 3, 3, 5, 1, 2, 5, 2, 2, 3, 3, 4, 1, 1, 5, 5, 2, 5, 4, 2, 4, 1 4 3 4 1

Nas questes 07 e 08, marque o item em que um dos perodos no est gramaticalmente correto. 07-a) O fundamentalismo cristo tem uma vertente catlica, o integrismo, que remonta ao antiliberalismo e ao antimodernismo do "Syllabus", de Pio IX. No entanto foi no protestantismo norte-americano que o fundamentalismo floresceu. / O fundamentalismo cristo tem uma vertente catlica, o integrismo, que remonta ao antiliberalismo e ao antimodernismo do "Syllabus", de Pio IX. Entretanto foi no protestantismo norte-americano que o fundamentalismo floresceu. O prprio nome nasceu nos EUA, a partir de uma srie de fascculos publicados entre 1909 e 1915, em que pastores de vrias denominaes relacionaram os "fundamentals" ou pontos fundamentais da f crist, dos quais nenhuma das igrejas poderia se desviar. / O prprio nome nasceu nos EUA, a partir de uma srie de fascculos publicados entre 1909 e 1915, em que pastores de vrias denominaes relacionaram os "fundamentals" ou pontos fundamentais da f crist, de que nenhuma das igrejas poderia se desviar. Os fundamentalistas cristos defendem um patriotismo messinico, vendo a Amrica como uma nao eleita. / Os fundamentalistas cristos defendem um patriotismo messinico, e vm a Amrica como uma nao eleita. Os trs fundamentalismos, o cristo, o islmico e o judaico, tm em comum o tradicionalismo em questes morais e uma posio retrgrada quanto ao estatuto da mulher so puritanos e misginos. / Os trs fundamentalismos, o cristo, o islmico e o judaico, tm em comum o tradicionalismo em questes morais e uma posio retrgrada no que concerne ao estatuto da mulher so puritanos e misginos. Direta ou indiretamente, os trs fundamentalismos estiveram presentes na tragdia do

(Daniel Gleizer, adaptado) 06- Numere os perodos seguintes ordenando-os de modo a formar um texto coerente e depois marque a seqncia correta. ( ) Entretanto, ao final e ao cabo, ele um eterno frustrado com as insuficincias desse mesmo poder pblico, quando posto o desempenho desse em confronto com as expectativas to largas da maioria dos cidados. ( ) Evidncia disso que desde as providncias mais corriqueiras, a autenticao de um documento, at as mais teis ou emergenciais, como a soluo de uma disputa contra outro cidado, ou rpido atendimento numa emergncia mdica, o Estado estende seus enormes braos, seja para acolher, colaborar ou massacrar o indivduo posto sob seu domnio. ( ) Desde que nasce, at quando morre, e mesmo depois disso, o cidado vive sombra do Estado, representado pela soma dos poderes pblicos interferentes em sua vida. ( ) No Brasil, essa discusso apaixonada e recorrente. Por cacoete histrico, o brasileiro tudo espera do poder pblico. ( ) Por isso, nas democracias, natural e compreensvel a discusso sobre o tamanho e os papis do Estado, especialmente quando o calendrio poltico se aproxima da renovao dos mandatos daqueles que assumem a funo poltica de representar e conduzir as misses de

b)

c)

d)

e)

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dia 11 de setembro e em suas seqelas. / Os