administração de materiais ll - 1º bimestre

126
1 FACULDADE DE TELÊMACO BORBA Credenciada pela Portaria 875 de 23/06/2000 – DOU de 27/06/2000 CNPJ 00.904.138/0001-15 FATEB CURSO: Administração DISCIPLINA: Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais II PROFESSOR: Sérgio Bahri CARGA HORÁRIA: 72 horas aula HORAS TEÓRICAS/PRÁTICAS: 72 horas/aula PERÍODO: TURMA: A ANO LETIVO: 2012 PROGRAMA DE DISCIPLINA E-mail: [email protected] bahri@klabin com.br

Upload: juliano-gomes

Post on 31-Jul-2015

230 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

1

FACULDADE DE TELÊMACO BORBACredenciada pela Portaria 875 de 23/06/2000 – DOU de 27/06/2000CNPJ 00.904.138/0001-15 FATEB

CURSO: AdministraçãoDISCIPLINA: Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais IIPROFESSOR: Sérgio BahriCARGA HORÁRIA: 72 horas aula

HORAS TEÓRICAS/PRÁTICAS: 72 horas/aula

PERÍODO: 4º TURMA: A ANO LETIVO: 2012

PROGRAMA DE DISCIPLINA

E-mail: [email protected]

bahri@klabin com.br

Page 2: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

2

EMENTA DA DISCIPLINA

Licitação. Aquisição. Recebimento, armazenamento, circulação e

expedição de material. Avaliação de estoques. Administração de

patrimônio: conceito, aspectos legais e fiscais. Aquisição, registro,

baixa, inventário de valor e depreciação do patrimônio. Planejamento

agregado da administração de material e patrimonial. Segurança

patrimonial. Especificação. Codificação. Normalização. Depreciação

de Recursos Materiais e Patrimoniais. Vida Econômica do Bem.

Page 3: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

3

OBJETIVOS DA DISCIPLINA NO CURSO

Objetivo Geral: Levar o aluno a conviver adequadamente com os novos paradigmas de gerenciamento, a globalização dos mercados e a irreversível corrida pelo aumento da eficácia no gerenciamento de recursos materiais e patrimoniais como forma de aumento da competitividade nos mais diversos segmentos.

Objetivos Específicos:

Despertar a consciência sobre a importância e valor para a manutenção de

operações rentáveis.

Contextualizar as práticas contemporâneas sobre a gestão de materiais.

Refletir sobre a influência de fatores externos na empresa.

Apresentar a Administração de Materiais dentro dos modernos conceitos de

logística industrial.

Refletir sobre os diversos temas contemporâneos propostos.

Page 4: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

4

PROGRAMA DA DISCIPLINA

1º BIMESTRE

As classificações do Estoques

Gestão de Estoque e Custos Logísticos

Políticas de Estoques

Lote Econômico de Compra

Noções Básicas de Almoxarifado

Page 5: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

5

METODOLOGIA

Aulas expositivas.

Execução de exercícios práticos.

Atividades práticas individuais e grupais.

Fóruns de discussão entre os acadêmicos com mediação do professor.

Page 6: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

6

BIBLIOGRAFIA BÁSICAMARTINS, P. G. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

MARTINS, P. G.; CAMPOS, P. R. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.

VIANA, J. J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.

CHRISTOPHER. M. Logística e Gerenciamento da cadeia de suprimentos: São Paulo: Cengage Learning, 2012.

CHRISTOPHER. M. Logística e Gerenciamento da cadeia de suprimentos: São Paulo: Cengage Learning, 2012.

BALLOU. H. R, Gerenciamento da cadeia de Suprimentos/Logística Empresarial. Porto Alegre, Bookman, 2010.

Page 7: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

7

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTARCHIAVENATO, I. Administração de materiais. Rio de Janeiro: Campus, 2005.

GODINHO, W. B. Logística empresarial. Curitiba: IBPEX, 2004.

POZO, H. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2001.

SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

VIEIRA, S. Estatística para qualidade: Como avaliar com precisão a qualidade em produtos e serviços. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

Page 8: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

8

Conceitos básicos de estoque

•Impossível ou inviável coordenar suprimento e demanda:

•Incerteza de previsões de suprimento e/ou demanda:

•Especular com os estoques:

??

•Preencher o “pipeline” - canais de distribuição:

Por que surgem os estoques?

•capacidade•informação•custo de obtenção•restrições tecnológicas

•estoques de segurança

•ramp up de produto

•escassez•oportunidade

Fonte: Planejamento, Programação e Controle da Produção MRPII/ERP, 4a Edição © Editora Atlas, São Paulo

Page 9: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

9

• Tipos de Estoques:

– Matérias-primas

– Material em Fabricação

– Produtos Acabados

Page 10: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

10

Estoque Princípio da finalidade dos Estoques: - O propósito ou finalidade fundamental dos estoques é amortecer as conseqüências das incertezas, impedindo ou minimizando as conseqüências nos demais processos da cadeia de abastecimento. Assim podemos identificar três funções primárias dos estoques:

• Estoque PULMÃO: Como regulador do fluxo logístico, os estoque tem a função de amortecer as oscilações da oferta na demanda e vice-versa, permitindo que haja desconexão entre os processos antecessores e sucessores.

• Estoque ESTRATÉGICO: Quando existe algum risco de caráter extraordinário, o estoque pode assumir a função de uma resposta contingencial, reduzindo o impacto da falta de oferta.

• Estoque ESPECULATIVO: Existem ocasiões onde empresas operaram como agentes financeiros, deliberadamente adquirindo produtos quando os preços estão em baixa e vendendo-os quando estiverem em alta.

Page 11: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

11

• Conflitos sobre estoques• Finanças:

– Níveis os mais baixos possíveis

• Marketing:

– Estoques elevados de produtos acabados

• Produção:

– Manter os níveis de estoque de matéria-prima

elevados

Estoque

Page 12: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

12

Objetivos do Administrador Financeiro:

• Maximizar a geração de

Caixa

• Maximizar a Liquidez

• Liquidez x Capacidade de

geração de caixa

Page 13: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

13

Giro de Caixa• Maximização

– Aumentar o giro do estoque

• Aumento do giro das matérias primas

• Diminuição do ciclo de produção

• Aumento do giro de produtos acabados

– Redução do prazo concedido nas vendas a prazo

– Aumento do prazo de pagamento a fornecedores,

inclusive via atraso de pgto (em alguns casos)

Estoque

Page 14: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

14

Estoques como ativo circulante e a influência nas Decisões

Financeiras

VendasJuros

Impostos

Capital deterceiros

P.L.

Caixa

Dups aReceber

Desp Oper.E Sal. A Pagar

Ativos Fixos

Dups aPagar

MatériasPrimas

Produtos emFabricação

Desp. Vendas

ProdutosAcabados

Fluxos Financeiros e LegaisFluxos Operacionais

Page 15: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

15

O grande dilema do Gestor de MateriaisNaturalmente, existem boas razões para mantermos e para reduzirmos

os estoques. Esta situação é conhecida como um dilema (trade-off, ou

perdas compensatórias), isto é, uma encruzilhada em que ao optarmos

por um caminho, temos que abrir mão das vantagens da alternativa.

Estas são as decisões diárias que cabem aos gestores de materiais

enquanto procuram executar a sua desafiadora missão.

Para efetivamente administrar este dilema, é necessário dispor de

instrumentos gerencias que demonstrem os acertos e desvios das

decisões e ações.

Estoque

Page 16: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

16

Sistema ABC

Estoques classificadosValorFreqüência de usoCusto de FaltarPrazo de Reposição

Divisão em classesA, B e C

Estoque

Page 17: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

17

Classificação Ponto de Vista Contemplado

ABC Classificação de valores consumidos Acionistas (economico)

XYZ Classificação de criticidade Cliente

123 Classificação de aquisição Fornecedor

PQR Classificação de popularidade Processo operacional

GUS Classificação de aplicação Alocação

A arte da segmentação dos Materiais

Page 18: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

18

S U P P L Y C H A I N

Fluxo de Materiais

ESTOQUES

Fornecedores Fábricas CanaisClientes

FinaisCDs

ESTOQUES

ESTOQUES

ESTOQUES

Fluxo de Informações

Estoque na cadeia de abastecimento

Fontesprimárias Manufatura

Logística de Distribuição Consumidores

Page 19: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

19

Page 20: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

20

Gestão de Estoques e Custos logísticos

Objetivos de uma Empresa;

Recursos Empresariais;

Custos Logísticos;

Page 21: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

21

Objetivo de uma Empresa

Page 22: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

22

• O principal objetivo de uma empresa é, sem dúvida, maximizar o lucro sobre o capital investido nos recursos da empresa.

Objetivo de uma Empresa

Page 23: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

23

R E C U R S O S

Materiais

Estoques

Materiaisauxiliares

Matéria prima

Produto emprocesso

Produtoacabado

Equipamentos

Instalações

PatrimoniaisCapitalHumanos Tecnológicos

Prédiosterrenos

Produtos Processos Informação Gestão

Recursos Empresariais

Page 24: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

24

• Podemos então esperar que o dinheiro que está investido nos recursos da empresa seja o propulsor necessário para a produção e bom atendimento do cliente.

Recursos Empresariais

Page 25: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

25

Lucro

Lucro = Vendas - Custos - Despesas

É o valor que sobra das vendas menos todos os custos e despesas.

O lucro líquido tem por objetivo remunerar o investimento feito na empresa. Se não for distribuído, o valor do patrimônio líquido é aumentado.

Page 26: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

26

Custos

Na nova era dos mercados

competitivos e

globalizados, o aspecto

Custo vem cada vez mais

assumindo uma

importância significante na

busca frenética das

empresas por maior

eficiência e produtividade.

Page 27: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

27

Custos LogísticosPorém, ao objetivarem a redução de custos, as empresas vem focando no tradicional custo do produto e se esquecem ou dimensionam mal os Custos relacionados à Logística.

O custo logístico em geral assume a segunda posição em termo de valores, só perdendo para o próprio custo da mercadoria (porém em alguns casos, os Custos Logísticos são até maiores do que o próprio custo do produto, como no caso do sal). Portanto, saber identificar e mensurar esse tipo de custo pode muitas vezes significar a própria existência da empresa.

Page 28: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

28

Custos Logísticos

Quando falamos em Custos Logísticos, a primeira idéia que vem na cabeça é o Custo com frete ou transportes. Apesar deste ser o mais significativo, os Custos Logísticos não se resumem somente à isso.

Podemos identificar Custos no Suprimento, Produção, Embalagem, Armazenagem, nos Estoques, no Processamento de Pedidos e é claro no Transporte.

Page 29: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

29

Processamentode Pedidos

CustosLogísticos

Estoques

Suprimentos

Apoio à Produção

Embalagem / Unitização

Armazenagem

Outros

Transporte

Elementos dos Custos Logísticos

Page 30: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

30

1 – Custos de Suprimentos

Caracteriza o início de um ciclo de cadeia logística e tem importantes atividades, como:

• Desenvolvimento de Fornecedores;• Toda a estrutura do Departamento de Compras;• Especificação de Compras;• Negociação;• Fechamentos e Contratos;• Acompanhamento de Fornecedores;• Previsão de Demanda;• Relatórios de Compras.

Page 31: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

31

• Valores mensais para uma empresa média:– 3 compradores R$ 10.000– 1 gerente R$ 7.000– 1 secretária R$ 2.600– 1 mensageiro R$ 700– material, reproduções, etc. R$ 500– aluguel (50m2 X R$15,00/m2) R$ 750– viagens, etc. R$ 1.000

Total R$ 22.500Nº de pedidos no mês (10/dia) 220

Custo por pedido R$ 102,50

1 - Custos de Suprimentos Exemplo de Estrutura de Custo de um Departamento de Compras;

Page 32: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

32

2 – Custos de Processamento de Pedidos

Custos de:

• Envio do pedido;• Entrada do Pedido;• Processamento Administrativo;• Digitar o pedido;• Preparação e Processamento do pedido;• Relatórios da situação dos pedidos.

Para atingir as metas de lucratividade e fortalecer a lealdade do cliente, as empresas precisam de processos extremamente eficientes para receber, revisar e aprovar ou recusar pedidos.

Page 33: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

33

• Pode ser interno ou externo.• É independente da quantidade encomendada.• Comércio eletrônico pode ser utilizado na redução deste custo.

Exemplo: Campbell Soup investiu US$30 milhões em sistema baseado em EDI (electronic data interchange).Objetivo: reduzir em 80% transações comerciais que demandam paperwork.Ganho estimado: US$18 milhões/ano + redução de erros em pedidos.

2 – Custos de Processamento de Pedidos

Page 34: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

34

2 – Custos de Processamento de Pedidos

Custo do Pedido em Aberto:

• Custo administrativo em postergar a venda ao cliente;• Custo de Frete Expresso;

Page 35: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

35

3 – Custos de Apoio à Produção

Nesta fase os custos logísticos estão relacionados com a estrutura necessária para garantir o apoio à produção:

• Tem início com o planejamento de materiais e recursos;• Programação e controle da produção (PCP);• Manuseio e movimentação interna;• Estoques em matéria-prima e produtos em processo;• O lote de fabricação (“econômico”) que leva em conta além dos tempos de trocas de ferramentas (“setup”) a produtividade na produção;• Estudo do fluxo e distâncias percorridas durante as etapas de produção;

Page 36: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

36

• Custo de preparação de máquinas ou sistemas produtivos p/ produzir um item diferente.

• É independente do tamanho do pedido.• Inclui mão-de-obra, tempo ocioso de produção, limpeza,

demanda por novas ferramentas, etc.• Refugo e retrabalho costumam ser muito maiores quando

processos dão a partida.

Custo de setup

3 – Custos de Apoio à Produção

Page 37: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

37

4 – Custos de Embalagem / Unitização

Muitas vezes são desconsideradas no estudo logístico, porém constituem a base para um sistema integrado de armazenagem e movimentação / transporte:

• Avaliação do projeto da embalagem primária (venda/exposição) dimensionada como submúltiplo dos demais agrupamentos, desde o palete, até a carroçaria ou contêiner, com o objetivo de otimizar a ocupação na armazenagem e no transporte e se existe padronização. • Na utilização de paletes, verificar a relação custo x benefícios entre a mecanização e a economia com a mão-de-obra, se a ocupação no estoque e no transporte estão adequadas e se compensam as perdas com os paletes (espaço, peso e custo)? • Análise da utilização de um unitizador reutilizável, descartável, ou alugado.

Page 38: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

38

5 - Custos de ArmazenagemApesar dos aspectos positivos (continuidade de abastecimento, absorver efeitos na sazonalidade, etc) tem também aspectos negativos, principalmente os custos da estrutura física necessária para a correta guarda e movimentação dos materiais:• Armazém; • Depreciação;• Impostos;• Estruturas de Armazenagem;• Equipamentos de Movimentação;• Aluguel;• Salários;• Limpeza; Luz e Água;• Custos do operador logístico – taxa de operação;• Etc.• Inspecionar a mercadoria antes de remetê-la ao estoque;

Page 39: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

39

Aluguel de Equipamentos deMovimentação e Acessórios

Mão-de-obra Operacionale Administrativa

(salários e encargos)

Depreciação de Equipamentose Instalações

Seguros de Equipamentos, Mercadorias e Instalações

Laudose licenças

Utilidades(água, energia elétrica, etc)

Segurança Patrimonial

Manutenção Predial

Combustíveis(GLP, diesel, gasolina,óleo lubrificante, etc)

Manutenção deEquipamentos

Despesas Administrativas

ProvisõesDiversas

Aluguel

5 - Custos de Armazenagem

Page 40: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

40

6 - Custos de EstoquesAntes de calcular o custo financeiro de estoque é importante destacar que, por se tratar de um custo de oportunidade, ele não está ligado a um desembolso e também não aparece em nenhuma conta ou nota de pagamento.

Page 41: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

41

6 - Custos de Estoques

Custo de Oportunidade:

Se refere a uma possível perda de rendimentos pela opção de uma determinada alternativa em detrimento de outra. Seu cálculo pode ser feito em função da diferença de resultado entre duas alternativas: a que de fato se concretizou e a que teria se concretizado caso a opção tivesse sido diferente. Para se analisar esta diferença é preciso considerar as possíveis receitas e custos das duas alternativas.

Page 42: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

42

6 - Custos de Estoques

Custo Financeiro de Estoque:

No caso de uma empresa que comercializa produtos acabados, o custo financeiro de estoque pode ser calculado multiplicando-se o valor dos produtos em estoque pela taxa de oportunidade da empresa independente do prazo da decisão que se pretende tomar.

Pois neste caso, o estoque é valorado com base no preço de compra, o qual, na grande maioria das vezes, é um custo totalmente variável. Assim, em uma análise de custo marginal, o mesmo valor do bem poderia não ser imobilizado, caso este não fosse comprado.

Page 43: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

43

Custo do Risco:

• Deterioração;• Obsolescência;• Roubos;• Avarias; • Seguro.

6 - Custos de Estoques

Page 44: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

44

Custo da Venda Perdida:

A perda de venda devido à falta de produto para atender a demanda prejudica uma das principais dimensões do serviço logístico, a disponibilidade.

Entre a série de complicações decorrentes da falta de produto pode-se destacar o resultado negativo para marca e a perda de fidelidade dos clientes, que acabam recorrendo a outras marcas e produtos substitutos.

Este resultado poderia ser avaliado como um possível custo da venda perdida, mas isto exigiria uma parcela de arbítrio na sua mensuração. Uma maneira conservadora de avaliar este custo, desconsiderando as questões relativas à imagem da marca e a fidelidade do cliente, é avaliar exclusivamente o prejuízo relativo a não venda do produto pela sua indisponibilidade.

6 - Custos de Estoques

Page 45: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

45

7 - Custos de TransporteNo Brasil o transporte rodoviário de cargas é o modal mais importante (aproximadamente 60% do total). Entretanto, temos que avaliar a utilização dos demais modais, principalmente para produtos com baixo valor agregado, grandes volumes e/ou para grandes distâncias.

Page 46: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

46

7 - Custos de TransporteOs principais itens de custos do transporte rodoviário são listados a seguir:

• Depreciação – do ponto de vista gerencial, a depreciação pode ser imaginada como o capital que deveria ser reservado para a reposição do bem ao fim de sua vida útil. • Remuneração do capital – diz respeito ao custo de oportunidade do capital imobilizado na compra dos ativos. • Pessoal (motorista) – deve ser considerado tanto o salário quanto os encargos e benefícios; • Seguro do veículo; IPVA/ seguro obrigatório; • Custos administrativos; • Combustível; pneus; lubrificantes; • Manutenção; • Pedágios.

Page 47: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

47

• Produtos em estoque permitem melhor composição de cargas e evitam gastos em transporte especial p/ pedidos atrasados.

• Itens comprados de um mesmo fornecedor podem ser agrupados: – preço de compra pode resultar menor (descontos);

– transporte é barateado pelo rateio da carga.

7 - Custos de Transporte

Page 48: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

48

7 - Custos de Transporte

Utilização dos modais no Brasil

Page 49: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

49

7 - Custos de Transporte

Page 50: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

50

7 - Custos de Transporte

Page 51: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

51

8 – Outros Custos

Recursos Humanos: se gerenciar é a arte de atingir objetivos através das pessoas, devemos operacionalizar tal afirmativa, principalmente se lembrarmos que até pouco tempo os menos qualificados eram indicados para o almoxarifado ou transportes. Felizmente a situação reverteu de forma positiva.

Tecnologia da informação (TI): Como logística é um processo de planejamento e controle dos fluxos de materiais e informações, devemos entender TI como uma ferramenta de apoio essencial ao processo.

Gerenciamento de Riscos: O gerenciamento de riscos (cadastro pessoal, seguros, rastreamento, escolta, etc) também para segurança patrimonial e pessoal?

Page 52: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

52

Custos Logísticos

Operação comTerceiros

Taxas de armazenagem:

por unidade estocada,

por unidade movimentada

(in / out), por área

ocupada, etc

OperaçãoPrópria

Terceirização da Logística

Page 53: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

53

Custos Logísticos no Brasil

Page 54: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

54

POLÍTICAS DE

ESTOQUES

Page 55: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

55

Políticas de Estoques

Por que gerenciar os estoques?

Planejamento e Controle de

Estoque

Demanda de produtos e

serviços

Consumidores da operação produtiva

Fornecimento de produtos e

serviços

Recursos de produção

Compensar as diferenças de ritmo

entre fornecimento e demanda de recursos

materiais

Page 56: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

56

Estoques Altos

Estoques Baixos

Atraso na entrega

Lead times longos

Problemas nos Sistemas/ processos

Falta de

Políticas

Fluxo de Informações

Lentidão tomada de decisões

Atraso na entrega

Lead times longos

Problemas nos Sistemas/ processos

Falta de

Políticas

Fluxo de Informações

Lentidão tomada de decisões

Gestão dos Estoques

Page 57: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

57

AS REGRAS DO JOGO

Page 58: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

58

Políticas de Estoques

Políticas são determinações formais e abrangentes que orientam o processo de tomada de decisões induzindo certa constância de propósito orientada aos objetivos da organização, tais como atendimento e produtividade.É preciso que algumas diretrizes fundamentais sejam formalizadas e até mesmo continuamente revisadas e ampliadas.

As políticas mercadológicas definem como atender as necessidades dos clientes e explorar necessidades as oportunidades do mercado, enquanto as políticas logísticas estabelecem como atender estas necessidades através dos recursos disponíveis. Ambas pretendem maximizar os resultados da organização, e conseguem quando trabalham como políticas alinhadas.

Por que e como estabelecer políticas de gestão dos Estoques?

Page 59: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

59

59

Determinados os parâmetros de gestão.

Demanda

Parâmetros de gestão Tempo de

Atravessamento

N. de lançamentos

ABC

Expectativa de serviço ao cliente

100 %

Page 60: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

60

Políticas de Estoques

Políticas Mercadológicas

•Atendimento;•Produto (SKU);•Preço (valor);•Promoção (comunicação);•Praça (local);•Segmentação (categorias)

Políticas Logísticas

•Configuração;•Suprimentos;•Reposição;•Operação;•Controle;•Distribuição.

Requisitos e Especificações

As políticas logísticas devem ser desdobradas a partir dos requisitos de marketing

Page 61: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

61

Políticas de Estoques

Estrutura das políticas logísticas

•Política de configuração;

•Política de mix;

•Política de suprimentos;

•Política de reposição de materiais;

•Política de operação;

•Política de controle;

•Política de distribuição;

•Política de serviços.

Page 62: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

62

Políticas de Estoques

Políticas de Configuração

•Posição estratégica;

•Sistema de premiação por desempenho;

•Agilização das informações;

•Kaizen (busca de melhoria continua e eliminação ou redução das perdas)

Page 63: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

63

Políticas de Estoques

Políticas de Mix

• Carteira de produtos;

• Ciclo de vida;

• Lançamentos;

• Substituições;

• Descontinuidade.

Page 64: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

64

Políticas de Estoques

Políticas de Suprimentos

• Organização do cadastro;

• Antecipando necessidades;

• Especificação correta;

• Solicitar apenas o necessário;

• Análise crítica;

• Parceria.

Page 65: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

65

Políticas de Estoques

Políticas de reposição de materiais

• Agilidade;

• Acordo sobre atendimento;

• Critérios de relevância;

• Antecipação da produção;

• Cobertura desejada.

Page 66: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

66

Políticas de Estoques

Políticas de operação

• Segurança (é a nossa primeira prioridade);

• Fiéis depositários;

• FIFO (First-in, first-out);

• Unitização;

• Perda zero (aplicação da filosofia da racionalização do consumo);

• Estorno;

• Housekeeping;

• Conservação.

Page 67: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

67

Políticas de Estoques

Políticas de controle

• Acompanhamento;

• Inventário rotativo;

• Não aos jeitinhos

Page 68: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

68

Políticas de Estoques

Políticas de distribuição

• Eficiências dos transportes;

• Eficácia dos transportes;

Page 69: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

69

Políticas de Estoques

Políticas de serviço

• Visitas técnicas;

• Taxa de urgência;

• Pós vendas.

Page 70: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

70

Políticas de Gestão de Estoque Zero

Page 71: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

71

Introdução

Independentemente da empresa (quanto ao seu tamanho ou ramo de atividade), a decisão para manter estoque passa por uma série de variáveis. O ideal “platônico” é o estoque zero, ou seja, transportar para o fornecedor todos os encargos advindos de sua manutenção, como capital imobilizado, edifícios para armazenagem, máquinas, equipamentos, acessórios, funcionários, etc.

Page 72: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

72

Introdução

As técnicas de administração japonesas possibilitam a implantação dessa política, à medida que se estabelecem parcerias entre clientes e fornecedores, com vantagens para ambas as partes.

A seguir, estaremos analisando os conceitos de just in time e kanban, comparando-os com nosso modelo convencional, bem como relato da experiência da Ford a respeito do sistema de funcionamento de estoque zero.

Page 73: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

73

Just in Time

Just in Time é a produção na quantidade necessária, no momento necessário, para atender à variação de vendas com o mínimo de estoque em produtos acabados, em processos e em matéria-prima. Em outras palavras, trata-se da filosofia de manufatura baseada na eliminação de toda e qualquer perda e desperdício por meio da melhoria contínua da produtividade.

Page 74: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

74

Just in Time

Envolve a execução com sucesso de todas as atividades de manufatura necessárias para gerar um produto final, da engenharia do projeto à entrega , incluindo as etapas de conversão de matéria-prima em diante. Os elementos principais do just in time são basicamente:

a) Ter somente o estoque necessário;

b) Melhorar a qualidade tendendo a zero defeito.

Page 75: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

75

Kanban

Técnica japonesa de gestão de materiais e de produção no momento exato, ambas (gestão e produção) controladas por meio visual e/ou auditivo. Trata-se de um sistema de “puxar” na qual os centros de trabalho sinalizam com um cartão, por exemplo, que desejam retirar peças das operações de alimentação entre o início da primeira atividade até a conclusão da última, em uma série de atividades.

Page 76: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

76

Exemplo

Page 77: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

77

Comparações

77

Como já falamos, existem profundas diferenças entre os modelos de gerenciamento convencional e o japonês. Essas diferenças (em nosso caso nos aspectos pertinentes a materiais – estoque, fornecedores e qualidade) existem principalmente em virtude da cultura (no sentido educação) dos povos.

Apesar dessas diferenças, alguns pontos em comum podem ser observados, tais como a motivação e persistência dos envolvidos, por meio de técnicas que tornam visíveis os problemas, permitindo que se aponte o defeito, estabelecendo parceria com fornecedores e implementando o CEP.

Page 78: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

78

Comparações

Page 79: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

79

Comparações

Considerando-se a utilização de materiais bem diversificados, a necessidade de se contar com uma gestão mais eficiente em relação à análise de risco, à eliminação de controles paralelos e a análise de tendência, torna-se necessário estabelecer procedimentos adequados e personalizados.

Page 80: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

80

Visando otimizar o estoque para permitir a redução do imobilizado e utilizando plenamente os recursos da informática, devem estar ancorados nas seguintes premissas:

• ser simples;

• estar voltado para decisões e resultados;

• permitir à gestão atuar por exceções;

• avaliar e minimizar os erros de previsão;

• permitir à gestão atuar com maior ou menor risco por meio de parâmetros de correção, medidos e colocados à disposição do analista.

Comparações

Page 81: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

81

Lote Econômico de Compra

Page 82: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

82

Políticas de Estoques

Como você definiria a Gestão de Estoque com quatro perguntas

e uma afirmação?

Page 83: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

83

Políticas de Estoques

• Garantir o menor custo com o nível de serviço adequado para o

cliente!

• Quanto pedir de Estoque?

• Quando pedir o Estoque?

• Quanto Manter em Estoque de Segurança?

• Onde localizar o Estoque?

Page 84: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

84

Políticas de Estoques

TEMPO

QUANTIDADE DE ESTOQUE

Q

Estoque Médio = Q/2

D

Gráfico de Estoque

D = Demanda diária média

Page 85: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

85

Políticas de Estoques

Modelagem do Consumo de Materiais

Page 86: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

86

Políticas de Estoques

Modelagem do Consumo de Materiais

Page 87: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

87

Políticas de Estoques

Modelagem do Consumo de Materiais

Page 88: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

88

Políticas de EstoquesPolíticas Alternativas de Estoque

• Outro elemento da dinâmica da gestão de estoques que permanece

inalterado, independentemente dos motivadores à redução dos níveis

de estoque, é o trade-off de custos existentes entre os estoques e

outras funções logísticas;

• Imaginemos, por exemplo, um centro de distribuição (CD) que

possua demanda anual média de 300 unidades para determinado

produto e consideremos duas políticas alternativas, conforme

ilustração na próxima figura.

Page 89: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

89

Políticas de Estoques

Na primeira política, são

enviados seis carregamentos

com 50 unidades ao longo do

ano. Na segunda política, as

300 unidades são enviadas

de uma só vez. Quais seriam

as vantagens e as

desvantagens presentes em

cada uma das políticas?

Políticas Alternativas de Estoque

Page 90: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

90

Políticas de Estoques

Na primeira política, a empresa incorre num menor custo de oportunidade de

manter estoques, por operar com com um nível médio de apenas 25 unidades. Os

gastos com transporte, entretanto, são maiores: a conta do frete é maior não apenas

devido ao maior número de viagens, como também gasta-se proporcionalmente

mais com o transporte por tonelada-quilômetro em função da falta de escala na

operação com carregamentos fracionados.

Políticas Alternativas de Estoque

Page 91: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

91

Políticas de Estoques

Por outro lado, na segunda política, são maiores os custos de oportunidade de

manter estoques (e mantido um nível médio de 150 unidades de produto), mas, em

contrapartida, não apenas a conta do frete e menor por ocorrer apenas uma viagem,

como também o custo unitário do frete e menor, em virtude de possíveis economias

de escala decorrentes do envio de carregamentos consolidados.

Políticas Alternativas de Estoque

Page 92: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

92

Políticas de EstoquesPolíticas Alternativas de EstoqueRessuprimento Ideal

•O equilíbrio, ou a política de ressuprimento ideal para esse CD é

atingido quando balanceamos o custo de oportunidade de manter

estoques com o custo unitário, neste exemplo em particular, de

transporte e obtenção para o CD.

Page 93: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

93

Políticas de Estoques

Políticas Alternativas de Estoque

•Conforme podemos perceber na figura abaixo, o objetivo das

cadeias de suprimento com relação a gestão de estoques deve ser a

determinação do tamanho de lote de ressuprimento mais apropriado

a seu nível de eficiência no processo de movimentação de materiais.

•Neste exemplo, o equilíbrio não se situa nem tanto a esquerda do

gráfico, como nos sugere a política 1, nem tanto a direita, como nos

sugere a política 2.

Page 94: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

94

Políticas de EstoquesPolíticas Alternativas de Estoque

Page 95: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

95

Políticas de EstoquesPolíticas Alternativas de Estoque

POLÍTICAS DE ESTOQUE

A administração geral da empresa deverá determinar ao departamento de controle de estoque, o programa de objetivos a serem atingidos, isto é, estabelece certos padrões que sirvam de guias aos programadores e controladores e também de critérios para medir o desenvolvimento do departamento.

Page 96: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

96

Políticas de Estoques

• Determinar o número de itens e o que deve permanecer em estoque;• Metas da empresas quando a tempo de entrega dos produtos ao

cliente;• Definição do número de depósitos de almoxarifados que abastecerão

a demanda;• Até que nível deverá flutuar os estoques para atender uma alta ou

baixa demanda ou uma alteração de consumo;• Determinar quando se deve reabastecer o estoque e as prioridades;

Estas políticas são diretrizes que, de maneira geral, são as seguintes:

Políticas Alternativas de Estoque

Page 97: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

97

Políticas de Estoques

Cont...

• Quando e como acionar o departamento de compras para executar a

aquisição de estoque;• Como armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as

necessidades;• Como controlar o estoque em termos de quantidade e valor e de que

forma fornecer informações sobre sua posição;• Como manter inventários periódicos para avaliação das quantidades

e estados dos materiais estocados;• Como e de que forma identificar e retirar do estoque os itens

danificados ou obsoletos;

Políticas Alternativas de Estoque

Page 98: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

98

Políticas de Estoques

Controle dos Estoques

Basicamente os Sistemas de Controle de Estoques consistem em:

• Ficha Kardex: ficha de papel manipulada em fichários metálicos;• Planilha Eletrônica usada em microcomputador;• Sistema Informatizado Local;• Sistema informatizado Corporativo (em Rede em toda a Organização

ou Cadeia de Abastecimento).

Page 99: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

99

Políticas de Estoques

O objetivo de uma melhor controle de estoques é garantir estoques

baixos e seguros ao funcionamento dos serviços da empresa, com

redução de custos com armazenagem, de grandes áreas de estocagem,

desperdícios, furtos, perdas e menor valor imobilizado de recursos.

A política de redução de estoques não deve comprometer o bom

atendimento às necessidades de materiais aos clientes.

Controle dos Estoques – Trade-off

Page 100: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

100

Políticas de Estoques

Métodos de Colocação de Pedidos

– Revisão Periódica:– São feitos pedidos em intervalos regulares de tempo, porém, as

quantidades pedidas são variáveis.Problema: num pico de demanda (alteração na tx de demanda) pode faltar o produto.

– Revisão Contínua:– Ou pedido de quantidades fixas, em que o ritmo de pedido é

irregular, porém, o tamanho do pedido é constante.Problema: checar continuamente os estoques pode gerar custos;

Page 101: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

101

Políticas de EstoquesMétodos de Colocação de Pedidos

T T T T Tempo

Nível de Estoque

Revisão Periódica

Tempo

Nível de Estoque

Revisão Contínua

Intervalos regulares de tempo, porém, as quantidades pedidas são variáveis.

Intervalos irregulares de tempo, porém, as quantidades pedidas são fixas.

Page 102: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

102

Políticas de Estoques

Revisões Contínuas : usado principalmente na indústria, para itens do tipo B e C.

Revisões Periódica: usado na indústria para itens do tipo A e nos serviços, comércio e empresas públicas para todos os tipos de itens

(Fonte: MACHLINE Claude, Compras, estoques e inflação. RAE 21(2);7-15,1981)

Quando colocar um Pedido

Page 103: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

103

Políticas de Estoques

Os pontos cruciais deste modelo são a determinação da quantidade mínima para a estocagem de um item antes do " disparo" do lote de ressuprimento e também o tamanho do próprio lote de ressuprimento que será disparado.

Todas as vezes que certa quantidade de um item é retirada do estoque, o saldo remanescente é analisado e se este saldo for menor que uma certa quantidade pré-determinada, chamada ponto de reposição, é disparada a aquisição ou fabricação de uma nova quantidade chamada lote de ressuprimento.

Modelo de Ponto de Reposição

Page 104: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

104

Políticas de Estoques

TEMPO

ESTOQUE

Q max

(EstoqueMáximo)

Ponto deReposição

Estoque de Segurança

Tempo de Ressuprimentoou Lead Time

Estoque Virtual

E médio =

E min+Q max/2

Conceito de Lead time: tempo decorrido desde a colocação de um pedido de ressuprimento até que o material esteja disponível para utilização.

Modelo de Ponto de Reposição

Page 105: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

105

Políticas de Estoques

Quando há incertezas, quer quanto à demanda, quer quanto à duração do ciclo de atividade, faz-se necessária a formação de estoque regulador usualmente chamado de estoque de segurança.

PR = D x T + ES

Onde:PR = Ponto de ressuprimento em unidades de produtoD = Demanda diária médiaT = Duração média do ciclo de atividadesES = estoque regulador em unidades

Quando colocar um Pedido

Page 106: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

106

Políticas de Estoques

Determinação de um Lote de CompraO princípio que rege a determinação de lotes de compra visa ao equilíbrio entre o custo de manutenção de estoque e o custo de emissão e colocação de pedidos a fornecedores.Importantíssimo lembrar que:

Estoque Médio = Pedido de Ressuprimento + Estoque de Segurança 2

Portanto:Quanto > pedido de compra > estoque médio > custo anual manutenção de estoque

Todavia:Quanto > pedido de compra = menos pedidos serão necessários < custos totais de emissão e colocação de pedidos

Page 107: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

107

Políticas de EstoquesLote Econômico de Compra

O lote econômico de compra – LEC é a quantidade do pedido de ressuprimento que minimiza a soma do custo de manutenção de estoques e de emissão e colocação de pedidos.

LEC =

Onde: LEC = lote econômico de compraCo = custo de emitir e colocar um pedidoCi = custo anual de manutenção de estoqueD = volume anual de vendas, em unidadesU = custo por unidade

Page 108: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

109

Políticas de Estoques

O lote econômico de compra – LEC é a quantidade do pedido de ressuprimento que minimiza a soma do custo de manutenção de estoques e de emissão e colocação de pedidos.

Onde: LEC = √2 x 19 x 2.400

0,20 x 5

LEC = √291.200 = 301,993 arredondando 300

Lote Econômico de Compra

Page 109: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

110

Políticas de Estoques

Custo anual de emissão e colocação de um pedido é de:

Custo anual de manutenção de estoque é de:

Lote Econômico de Compra

Page 110: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

111

Políticas de Estoques

Custo de emissão e colocação de um pedido é de $ 152,002.400/300 x $19

Custo de manutenção de estoque é de $ 150,00[300/2 x (5 x 0,20)]

Neste caso, portanto, para auferir a vantagem de compras mais econômicas, os pedidos devem ser feitos para 300 unidades. Seriam colocados, ao longo do ano, oito pedidos e o estoque médio seria de 150 unidades. Um lote econômico de compra de 300 unidades implica a adoção de um estoque adicional no sistema, na forma de um estoque básico, já que o estoque médio aumenta de 100 para 150 unidades disponíveis.

Lote Econômico de Compra

Page 111: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

112

Exercícios De Lote EconômicoQuestão 1 – Uma empresa compra um tipo de matéria-prima vinte vezes ao ano. O custo total anual de pedido é de R$ 6.250,00. Qual o custo unitário do pedido?

Questão 2 – Material estocados com o código 6640 é comprado em lotes com 3.000 unidades, permanecendo em estoque por um períodos de 4 meses. Supondo que o preço do material seja de R$ 4,00, a taxa de armazenagem 6%. Calcule o custo de armazenagem.

Questão 3 – As aquisições de cartucho para impressora são realizadas 8 vezes ao ano. O custo total anual de pedido é de R$ 2.800,00. Calcule o custo unitário de pedido.

Questão 4 – O item lâmpada fluorescente tem seu preço de compra de R$ 8,00; o consumo anual é de 15.000 unidades e são compradas coma freqüência de 6 vezes ao ano, permanecendo em estoque por um período de 2 meses, a taxa de armazenagem é de 4%. Calcule o custo de armazenagem.

Questão 5 – Durante o ano serão compradas 2.750 unidades de uma peça. O custo do pedido é de R$ 40,00 e o custo de armazenagem é de 12%. O preço de compra é de R$ 5,00. Calcule o custo total anual de estoque se aas peças forem compradas em lotes de 275 e 550 unidades.

Questão 6 – Serão compradas 2.000 unidades de uma peça por ano. O custo do pedido é de R$ 10,00; o custo de armazenagem é de 10%, o preço de compra é de R$ 3,00. Calcule o custo total de estoques se as peças forem compradas em lotes de 500 e 2.000 unidades.

Questão 7 – A Gráfica Print utiliza 14.000 tubos de tintas de Kraft de 100 ml por ano. O administrador de estoques solicitou a aquisição em lotes de 1.000 e 700 tubos. O Custo do pedido é de R$ 70,00, o fator de armazenagem é de 8%, o preço de um tubo é de R$ 1,50. Calcule o custo total anual de estoque para os lotes de compra acima e indique a alternativa que represente menor custo para a empresa.

Page 112: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

113

Noções Básicas de Almoxarifado

Page 113: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

114

Page 114: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

115

Page 115: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

116

Page 116: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

117

ALMOXARIFADO

Recebimento Armazenagem Distribuição

Descarga

ConferênciaQuantitativa

ConferênciaQualitativa

Regularização

Guarda

Preservação

Separação

Liberação paraEntrega

Venda deInservíveis

Programação

Entrega

Organização do Almoxarifado

Page 117: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

118

Embora não haja menção na estrutura organizacional do almoxarifado, o controle dos estoques depende de um sistema eficiente, o qual deve fornecer, a qualquer momento, as quantidades que se encontram à disposição e onde estão localizadas, as compras em processo de recebimento, as devoluções ao fornecedor e as compras recebidas e aceitas.

Controle

Page 118: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

119

Recebimento

As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material na entrega pelo fornecedor até a entrada nos estoques e compreendem os materiais com política de ressuprimento e os de aplicação imediata, sofrendo critérios de conferência quantitativa e qualitativa.

A função de recebimento de materiais é módulo de um sistema global integrado com áreas de contabilidade, compras e transporte e caracterizada como interface entre o atendimento do pedido pelo fornecedor e os estoques físico e contábil.

Page 119: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

120

Podemos então dizer que o recebimento compreende quatro fases distintas:

1. Entrada de materiais;

2. Conferência quantitativa;

3. Conferência qualitativa;

4. Regularização.

Recebimento

Page 120: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

121

Cuidados especiais devem ser tomados no tocante à disposição dos materiais no almoxarifado, o qual pode conter produtos perecíveis, inflamáveis, tóxicos e outros, que somados à variedade total, definirão os meios de armazenagem.

Logo, a guarda obedece critérios definidos no sistema de instalação adotado e no layout, proporcionando condições físicas que preservem a qualidade dos materiais, de conformidade com o plano de armazenagem, objetivando-se a ocupação plena do prédio, bem como ordem e arrumação.

Armazenagem

Page 121: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

122

Armazenagem

A melhor forma de guardar é aquela que maximiza o espaço disponível nas três dimensões do prédio: comprimento, largura e altura.

A armazenagem é composta por seis fases:1. Verificação das condições pelas quais o material foi recebido (proteção e

embalagem);

2. Identificação dos materiais;

3. Guarda na localização adequada;

4. Informação da localização física de guarda ao controle;

5. Verificação periódica das condições de proteção e armazenamento;

6. Separação para distribuição.

Page 122: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

123

7 Segredos da Armazenagem

Algumas características que devem ser avaliadas em relação a armazenagem:

1. O antigo processo já não funciona;

2. Distância é a inimiga da produtividade;

3. Controle do inventário realmente significa assumir o controle;

4. Apenas toque no material quando puder agregar valor;

5. Os funcionários produzem mais quando controlam seu próprio trabalho;

6. Mais rápido sempre é melhor;

7. Clientes e fornecedores são parte do processo.

Page 123: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

124

Com relação ao primeiro segredo “se não quebrou, não conserte”. Se estiver vendendo seguros, poderia achar o programa existente do cliente falho. No armazém, preserve as coisas que estão funcionando bem e se concentre naqueles processos que não funcionam efetivamente.Na armazenagem, quanto maior a distância menor a produtividade. Num grande armazém, sempre existe algum produto que está afastado, mas os pontos remotos deveriam ser reservados para os itens de baixo giro e aqueles de baixa popularidade localizados próximos da porta.O controle de inventário é um ponto chave freqüentemente desprezado para a melhoria. Este controle começa identificando os itens que são separados com maior freqüência.Sugerir que se toque no material apenas para agregar valor é uma idéia potencialmente perigosa. Levada aos extremos, negaria à administração a capacidade de reordenar o armazém. Os melhores armazéns são aqueles onde existem freqüentes ajustes no layout e onde produtos estocados são consolidados para criar espaço. A rearmazenagem pode e agrega valor criando um layout de estocagem mais eficiente.Deixar que os funcionários controlem seu trabalho pode melhorar a qualidade, bem como a produtividade. No armazém, o controle é perdido quando as pessoas não possuem as ferramentas adequadas e suficientes para realizar o trabalho. Por exemplo, quando existe falta de empilhadeira, certos funcionários podem estar esperando a empilhadeira voltar antes de poder paletizar ou desfazer um palete de material. Alguns armazéns usam a filosofia “Um Homem/Uma Máquina” para certificar que todos tenham as ferramentas que precisem.Com a ênfase de hoje sobre o tempo do ciclo do pedido, o desempenho mais rápido apenas traz melhorias, enquanto a velocidade não provocar sacrifícios na acuracidade.Quando reconhecermos a importância de fornecedores e clientes, então deveremos quebrar as relações antagônicas. Se sua empresa possui pessoal de compras que acreditam que a compra é um jogo de “gotcha”, você terá relações com o fornecedor que serão menos do que perfeitas. Na armazenagem de terceira parte, observe não apenas o cliente, mas também o cliente de seu cliente, a empresa que recebe seus embarques. Entender as necessidades das pessoas que recebem os embarques que você faz, assegura que você esteja controlando a qualidade destes embarques. Você já acompanhou um embarque até a doca de seu cliente para verificar o seu aspecto ao ser descarregado? Se não o faz, perdeu a chance de tornar o cliente parte do seu processo.

Reinaldo A. Moura,Engenheiro com pós graduação em Engenharia da Produção. Fundador e Diretor do Instituto IMAM, Chefe das Missões Técnicas do IMAM à Ásia. Consultor e Instrutor da IMAM Consultoria, com especialização em Logística, Engenharia Industrial, Movimentação de Materiais, Produtividade e Qualidade. Autor de diversos livros publicados pelo IMAM.Tel. (0--11) 5575 1400 [email protected] http://www.imam.com.br/

Page 124: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

125

Distribuição

As funções anteriormente relacionadas, receber e guardar, ficarão superadas se a distribuição ao usuário (cliente) não se concretizar. Os materiais devem ser distribuídos aos interessados mediante programação de pleno conhecimento entre as partes envolvidas.

Page 125: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

126

Page 126: Administração de Materiais ll - 1º Bimestre

127

Obrigado!

Sérgio Bahri(42) 9972 4945

[email protected]