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Guarulhos, Arujá e Santa Isabel recebem mega operação

Forças de segurança estaduais, municipais e federais deflagram ontem uma operação nas cidades de Guarulhos, Arujá e Santa Isabel. O objetivo da ação é reduzir os índices criminais nessas cidades. Estão envolvidos na operação 1.009 agentes, 366 viaturas, uma aeronave, 18 cavalos e 22 cães. O resultado da força tarefa deverá ser divulgada ainda hoje.

A operação “Pequim” teve início pouco depois das 2 horas de ontem e percorreu bairros na zona leste de São Paulo na tentativa de localizar os suspeitos. Com manda-dos de prisão provisória e de busca e apreensão, os supostos integrantes foram sendo detidos um a um.

Uma lista passada à re-portagem apontam que os presos foram identificados como Alan Gomes da Silva; Alef Marques da Silva; Ander-son Souza Neves Antunes, o

“Chininha”; Ângelo Beraldo Santana; Bruno Henrique Pereira, o “Jajá”, “FJ” ou

“Feijão”; Diego Checa, de alcunha “Dieguinho” ou

“Di”; Diego Jose Pisolato, o

Todos os acusados são da capital“Boy” ou “Mulçumano”; Diego Palmeira Dos Anjos; Edvan Silva de Melo; Felipe Teixeira de Souza; Gilvan Cândido Simão Soares; Paulo Ricardo dos Santos; Paulo Roberto Rossini Garbelini, o “Betão”; Pedro Luiz Ferreira Bonifácio; Pedro Marcelino Gibin Júnior; Renato Carvalho de Almeida, o “Pêra”; Ueberte dos Santos da Silva; e William Maciel Ribeiro, o “Bonner”.

Vale lembrar que Pedro Bonifácio, Paulo Ricardo e Ueberte dos Santos, já haviam sido presos em dezembro quando foram flagrados na rodovia Mogi-Dutra (SP-88) com um dos carros utilizados nos crimes, um Hyundai HB 20. (F.M.)

Quadrilha que roubou mais de cem residências é presa

Acusados detidos ontem em São Paulo teriam cometido assaltos em residências de Mogi das CruzesPOLÍCIA CIVIL

A Polícia Civil de Mogi das Cruzes realizou uma operação na madrugada de ontem que culminou com a prisão de 18 pessoas de uma mesma quadrilha, especializada em roubo de residências. Batizada de “Pe-quim”, a força tarefa contou com 150 agentes, metade atuam na cidade, enquanto a outra parte trabalha nas delegacias subordinadas ao Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro).

Em conversa com a repor-tagem, o delegado-titular do 3º Distrito de Mogi, que fica em César de Souza, Alexandre Batalha, que esteve à frente de todo o trabalho, revelou que ainda existem cinco suspeitos foragidos e que a operação ganhou o nome da capital da China porque os criminosos tinham preferência em assaltar vítimas oriundas dos países asiáticos. Os crimes ocorriam em São Paulo, em bairros como o Morumbi, e Mogi das Cruzes e Suzano. Somente em Mogi eles são suspeitos de realizar cerca

Pelo menos 18 homens foram presos e levados para o 3º Distrito Policial de Mogi, que fica em César de Souza

de cem assaltos.Foi após um assalto ocor-

rido em dezembro, onde três pessoas foram presas, que a Polícia Civil come-çou as investigações para chegar à quadrilha, como explicou Batalha. “Depois de um roubo numa residência de família japonesa, a gen-te começou a investigar e descobrir algumas pessoas da quadrilha. Descobrimos, de início, quatro pessoas e conseguimos prender três na rodovia Mogi-Dutra (SP-88). O quarto indivíduo continuou o crime na cidade e as investigações continua-ram e descobrimos que eles faziam parte de uma grande quadrilha, destinada a roubar residências”.

Estão foragidos ainda cin-co suspeitos de integrar o grupo criminoso. De acordo com o delegado, eles foram identificados como Alexandre Schneider Remorini, Ediclei-ton Alves da Silva, Marcos Roberto Ferrari, Vinicius Araújo de Almeida e William Rodrigues de Almeida.

Todos os homens presos moram na cidade de São Paulo. A preferência por asiáticos

era porque, de acordo com o delegado, essas vítimas tinham o costume de guardar dinheiro em casa, em vez de abrir uma conta bancária.

Apreensões

Todos os detidos durante a madrugada tiveram a prisão provisória, de cinco dias, decretada. O delegado busca agora conseguir a prisão preventiva dos suspeitos para dar continuidade às investigações. “Apreende-mos diversos objetos, três rádios, celulares que eles utilizavam nos assaltos. Mas não encontramos armas”.

Quanto aos objetos rou-bados, Batalha informou que nada foi recuperado.

“Eles realizavam os crimes e depois revendiam os objetos para não chamar atenção e não identificar. Isso dificulta indiciar os suspeitos, mas conseguimos algumas provas, e acredito que eles sejam condenados pelos crimes, mas dificulta sim”, destacou.

Os presos foram indiciados por roubo à residência e formação de quadrilha. Eles serão levados para o Centro de Detenção Provisória (CDP).

Fábio Miranda

Daniel Carvalho

Integrantes utilizavam rádios da Polícia Militar

As investigações não param com a prisão dos 18 homens ocorrida na madrugada de ontem. Falta ainda descobrir, além do paradeiro dos outros cinco foragidos, como os rádios, que pertencem a Polícia Militar da capital, foram parar nas mãos dos criminosos.

O delegado do 3º Dis-trito Policial de César de Souza, Alexandre Batalha, informou que descarta a possibilidade de que algum policial militar esteja infil-trado na quadrilha, porém ele acredita que houve um

“descaminho” de dentro da corporação. “Descobrimos três centrais clandestinas que eles utilizavam como central da PM. Elas foram encontradas nos bairros da Vila Formosa, Vila Alpina e Tatuapé, todos na zona leste de São Paulo. Eles

tinham os rádios da Polícia Militar e conseguiam entrar na frequência para avisar sobre o policiamento”.

Com base nos dados dos equipamentos, a Polícia Ci-vil quer saber agora como esses rádios foram parar nas mãos dos bandidos. “A gente não acredita que há PMs evolvidos. Eles tinham os rádios da Polícia Militar, que foi desviado da própria

corporação. O que a gente quer saber é como esses aparelhos chegaram até a quadrilha. Vamos agora trabalhar com o intuito de identificar como os rádios foram subtraídos e como foram parar com eles”. Os rádios foram apreendidos. Três homens utilizavam os rádios para fazer a comunicação do grupo. (F.M.)

Equipamentos foram apreendidos com suspeitos

Daniel Carvalho