actas 6º congresso florestal nacional

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SPCF 6º CONGRESSO FLORESTAL NACIONAL, Ponta Delgada, Outubro 2009

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  • SPCF 6 CONGRESSO FLORESTAL NACIONAL, Ponta Delgada, Outubro 2009

  • TEMAS

    1 FFFLLLOOORRREEESSSTTTAAA,,, AAAMMMBBBIIIEEENNNTTTEEE EEE BBBIIIOOODDDIIIVVVEEERRRSSSIIIDDDAAADDDEEE

    2 FFFLLLOOORRREEESSSTTTAAA EEE RRREEECCCUUURRRSSSOOOSSS GGGEEENNNTTTIIICCCOOOSSS

    3 FFFLLLOOORRREEESSSTTTAAA EEE PPPRRROOOTTTEEECCCOOO

    4 FFFLLLOOORRREEESSSTTTAAA,,, CCCOOOMMMPPPEEETTTIIITTTIIIVVVIIIDDDAAADDDEEE EEE IIINNNDDDSSSTTTRRRIIIAAA

    5 FFFLLLOOORRREEESSSTTTAAA EEE EEENNNEEERRRGGGIIIAAA

    6 FFFLLLOOORRREEESSSTTTAAA EEE GGGEEESSSTTTOOO MMMUUUNNNIIICCCIIIPPPAAALLL

    7 FFFLLLOOORRREEESSSTTTAAA,,, PPPOOOLLLTTTIIICCCAAA EEE DDDEEESSSEEENNNVVV... RRRUUURRRAAALLL

  • LISTA DE COMUNICAES

    TEMA 1 Orais Silvopastoral Systems: a Contribution to Mitigation of Greenhouse Gas Emissions (CO2 and CH4) 11 Fernndez-Nuez, R.; Rigueiro-Rodrguez, A.; Mosquetera-Losada, M.R

    Localizao e Caracterizao de Povoamentos Mistos em Portugal Continental com Base no Inventrio Florestal Nacional 20 Canelas, J.; Godinho, P.; Lopes, D.M.; Luis, J.S.

    Grupo APFCertifica Uma Gesto de Futuro 29 Santos Silva, M.C.; Barata, C.A.; Ribeiro da Cunha, M.

    Estimativa do Sequestro Anual de Carbono da Floresta de Eucalipto e Pinheiro Bravo em Portugal de Acordo com o Protocolo de Quioto 36 Tom, M.; Baptista Coelho, M.; Soares, P.

    Emisses de Dixido de Carbono de Origem Fssil Associado Floresta de Eucalipto e Pinheiro Bravo 45 Dias, A.C.; Arroja, L.; Capela, I.

    Eddy Covariance Fluxes and Gas Exchange Manuseaments can Improve Carbon Balance Estimates by Process Based Models in Forest Ecosystem 55 Minunno, F.; Cerasoli, S.; Mateus, J.; Pita, G.; Rodrigues, A.; Pereira, J.S.

    Pinus sylvestris L. de Origem Autctone em Portugal: Crnica de uma Reapario Anunciada? 69 Almeida, L.R.; Fernandes, M.M.

    Presena de Taxus baccata nos Aores 78 Ferreira, R.; Simeone, M.C.; Schirone, A.; Piredda, R.; Vessela, F.; Schirone, B.

    Monitorizao da Abundncia da Codorniz na Ilha de So Miguel 89 Leito, M.; Rodrigues, T.; Jesus, A.; Gonalves, D.

    Gesto de Recursos Cinegticos no Arquiplago dos Aores - Colaborao DRRF - CIBIO/UP 90 Gonalves, D.; Lima, H.F.; Alves, P.C.; Mendes, J.

    O Carbono nos Solos Florestais de Portugal Continental e Relaes com Factores Ambientais 91 Martins, A.; Raimundo, F.; Duarte, J.; Farropas, L.; Mano, R.; Sousa, V.; Loureno, M.; Aranha, J.; Madeira, M. Posters O FOREST-BGC no Estudo de Dinmicas de Carbono em Eucaliptais com Recurso a Imagens LANDSAT TM 101 Nunes, LC.; Lopes, D.M.

    Simulao de Impactos das Alteraes Climticas na Produo Primria Lquida de Povoamentos de Eucalipto e Pinheiro Bravo no Norte de Portugal 108 Lopes, D.; Nunes, L.; Rodrigues, A.; Gomes, C.; Pereira, M.; Teixeira, A.; Fernandes, C.; Brito, C.

    Danos Provocados pelo Fogo sobre a Vegetao Natural em uma Floresta Primria no Estado do Acre, Amaznia Brasileira 116 Araujo, H.B.; Oliveira, L.C.

    Anlise Espacial da Mortalidade do Sobreiro em S. Bartolomeu da Serra (Santiago do Cacm) 123 Costa, A.; Pereira, H.; Madeira, M.

    Distribuio de Espcies de Palmeiras em Diferentes Tipologias Florestais e seu Potencial para Manejo na Amaznia Ocidental 130 Oliveira, L.C.; Araujo, H.J.

    Avaliao da Capacidade de Fixao de Carbono em Povoamentos Mistos no Norte de Portugal 140 Lopes, D.; Nunes, L.; Godinho, P.; Bento, J.; Patrcio, M.S.; Gonalves, C.; Oliveira, .; Monteiro, M.L.; Lus, J.S.; Rego, F.

  • Efeito do Destroamento ou da Remoo das Infestantes e da Fertilizao no Crescimento de Pinheiro Bravo e da Vegetao do Sob Coberto 142 Xavier, R.; Pires, A.L.

    Macrofungos no Parque Natural de Montesinho: Diversidade, Conservao e Utilizao Sustentvel 149 Rodrigues, A.P.

    A Gesto de Bosques Autctones no Parque Natural de Montesinho: Casos Prticos de Interveno 164 Rodrigues, A.P.

    Medio e Modelao da Intercepo da Precipitao num Povoamento de Pinheiro Bravo na Serra do Caramulo 173 Fernandes, I.A.; Ferreira, R.S.; Keizer, J.J.

    O Solo como Factor Determinante do Desenvolvimento do Pinhal Bravo nas Dunas do Litoral Centro Portugus 183 Oliveira, M.; Gomes, F.; Pscoa, F.; Almeida, A.C.

    Eroso do Solo aps Incndios Florestais a Mltiplas Escalas Espaciais 193 Keizer, J.J.; Nunes, J.P.; Fernandes, I.A.; Ferreira, R.S.; Pereira, L.M.; Varela, M.E.; Pereira, V.M.; Santos, A.S.; Malvar, M.C.; Maia, P.A.; Fernandes, H.; Faria, S.; Coelho, C.O.; Vieira, D.C.; Prats, S.A.; Benali, A.; Sande Silva, J.; Magalhes, M.C.; Ferreira, A.J.

    Equaes de Biomassa para Eucalyptus globulus em Portugal: Uma Avaliao do Carbono Envolvido na Explorao Florestal 202 Fontes, L.; Tom, M. ;Baptista Coelho, M.

    SIMPLOT Simulador Regional de Eucalipto Baseado em Parcelas de Inventrio 207 Barreiro, S.; Tom, M.

    Implementao do Plano Regional de Erradicao e Controlo de Espcies de Flora Invasora em reas Sensveis PRECEFIAS, na Regio Autnoma dos Aores 217 Bettencourt, M.; Verssimo, E.; Costa, M.; Melo, J.; Pimentel, P.

    Identificao de Lacas Orientais por Pirlise Analtica 219 Frade, J.; Graa, J.; Ribeiro, I.; Rodrigues, J.

    Aplicao Qmico-Taxonmica da Pirlise Analtica. Identificao de uma rvore Laqufera 225 Frade, J.; Ribeiro, I.; Graa, J.; Vasconcelos, T.; Rodrigues, J.

    Compostagem de Resduos de Curtumes com Resduos Florestais 231 Pereira, J.; Viana, H.; Marques, F.; Teixeira, D.; Perdigo, A.; Pinto, A.; Rodrigues, P.

    Regenerao Natural Ps-Fogo em Pinhal Bravo no Vale do Tmega: Respostas aps 5 anos 235 Almeida, L.; Aranha, J.; Bento, J.; Fernandes, P.; Fonseca, T.; Lopes, D.; Marques, C.; Rodrigues, J.

    Alometria, Dinmicas da Biomassa e do Carbono Fixado em algumas Espcies Arbustivas de Portugal 244 Viana, H.; Fernandes, P.; Rocha, R.; Lopes, D.; Aranha, J.

    Caracterizao da Paisagem Mediterrnica: Estudo de Caso em Vila Nova de Foz Ca 253 Gonalves, R.; Teixeira, D.; Barracosa, P.; Viana, H.

    Estado da Arte da Investigao Silvcola de Folhosas de Mdio Crescimento em Povoamentos Puros e Mistos 262 Monteiro, M.L.; Patrcio, M.S.; Nunes, L.; Pereira, E.

    Serra do Maro: 90 Anos de Regime Florestal 272 Crte-Real, L.; Devy-Vareta, N.; Bento, J.

    Persistncia da Correco de Deficincias de Boro em Espcies Florestais 287 Bento, J.; Coutinho, J.; Silva, D.

    Caracterizao Biolgica e Molecular de Espcies Bioindicadoras para a Determinao de Zonas de Instabilidade Ecolgica nos Ecossistemas do Aquiplago dos Aores 294 Marcelino, J.; Giordano, R.; Soto-Adames. F.; Garcia, P.; Resendes, R.; Silva, L.; Medeiros, A.; Webber, E.; Santos, O.

  • TEMA 2 Orais Estimativa do Parentesco numa Populao de Melhoramento de Eucalyptus globulus atravs de Microsatlites Nucleares 296 Ribeiro, M.M.; Sanchz, L.; Borralho, N.; Marques, C.M.

    Variao da Composio Qumica Dentro e Entre Famlias de Pinus pinaster Aiton da Mata Nacional de Escaroupim 305 Alves, A.; Santos, A.; Simes, R.; Gaspar, M.J.; Lousada, J.L.; Fevereiro, P.; Aguiar, A.; Rodrigues, J.

    Variabilidade Gentica e Plasticidade Fenotpica de Caracteres Adaptativos em Pinheiro Bravo 310 Ala, R.; Majada, J.; Feito, I.; Chambel, M.R.; Climent, J.

    Comparao da Tolerncia ao Frio entre Provenincias de Pinheiro Bravo Mediante Simulao de Geadas 318 Chambel, M.R.; Ballesteros, E.; Pardos, M.; Climent, J.

    Ensaios Genticos de Cryptomeria japonica nos Aores 324 Belerique, J.; Nbrega, C.; Penacho, L.; Correia, I.; Moutinho, C.; Costa, J.; Silva, E.; Quintela, M.; Faria, C.; Almeida, M.H.

    Novas Perspectivas para o Melhoramento Gentico do Eucalipto em Portugal 325 Rezende, G.D.; Arajo, J.A.; Tavares, S. Posters Estratificar para Estimular a Germinao de Sementes Florestais Tempos de Tratamento e Regime de Temperatura 329 Pinto, G.

    A Enxertia do Castanheiro em Carvalho 335 Conceio, R.; Barracosa, P.; Viana, H.; Costa, D.T.

    TEMA 3 Orais A Frequncia dos Incndios e a Eroso dos Solos O Caso da Serra Cabreira 339 Leite, F.F.; Gonalves, A.B.

    Modelos de Combustvel Florestal para Portugal 348 Fernandes, P.M.; Gonalves, H.; Loureiro, C.; Fernandes, M.M.; Costa, T.; Cruz, M.G.; Botelho, H.

    O Impacto dos Critrios Econmicos na Gesto do Risco dos Incndios 355 Reva, V.; Viegas, D.X.

    Deteco, Identificao e Quantificao do Nemtode-da-Madeira-do-Pinheiro, Bursaphelenchus xylophilus 365 Abrantes, I.; Fonseca, L.; Conceio, L.; Mota, M.; Barbosa, P.; Vieira, P.; Amorim, A.; Pereira, F.; Asch, B.V.; Moreira, C.; Egas, C.; Pinheiro, M.; Gomes, P.

    O Estado Sanitrio dos Povoamentos de Cryptomeria japonica na Ilha de So Miguel 370 Nbrega, C.; Medeiros, V.; Bicudo, N.; Jesus, A.; Belerique, J.; Bragana, H.; Sousa, E.

    Programa de Aco Nacional para Controlo do Nemtodo da Madeira do Pinheiro. Uma Nova Estratgia de Controlo 371 Rodrigues, J.M.; Sousa, E.

  • Posters A Qualidade dos Dados Dendrocaustolgicos e a Investigao Cientfica O Caso da Serra da Cabreira 382 Gonalves, A.B.; Leite, F.F.

    O Nemtodo da Madeira do Pinheiro (NMP) em Portugal Medidas Tomadas e suas Consequncias 389 Borges, C.M.C.

    Estado Sanitrio de rvores Urbanas e sua Relao com a Disseminao Area de Fungos 398 Ramos, A.P.; Moreira, R.; Caetano, M.F.; Fabio, A.; Fabio, A.

    Utilizao do Cipreste na Salvaguarda da Economia Rural, do Ambiente e da Paisagem Mediterrnica: Preveno e Gesto de Riscos Naturais 406 Dias, P.S.S.; Ramos, A.P.; Caetano, M.F.; Varela, J.; Rosendo, J.; Raddi, P.

    Tema 4 Orais Primeiro Certificado de Grupo Baseados nos Princpios do FSC, Assistido por uma Ferramenta Web de Apoio Gesto Florestal, Geocerne 414 Calisto, L.

    Novos Mtodos de Proteco da Madeira 421 Esteves, B.; Pereira, H.

    Estudo do Comportamento Mecnico de Vigas Macias e Laminadas de Madeira de Castanho 429 Ribeiro, A.S.; Salavessa, E.; Lima, A.M.; Lousada, J.L.

    Potencial Tecnolgico da Madeira de Quercus faginea Lam. para Revestimento de Superfcies 438 Ramos, S.; Knapic, S.; Machado, J.S.; Nunes, L.; Pereira, H.

    Valorizao da Madeira Redonda de Pinheiro Bravo 445 Morgado, T.; Machado, J.S.; Dias, A.; Cruz, H.; Rodrigues, J.

    Planning and Acquisition of Control Data to Validate Forest Inventory and the Estimation of Fuel Variables Derived from LiDAR Data and High Resolution CIR Images 454 Pereira, L.G.; Gonalves, G.; Soares, P.; Cambra, S.; Carvalho, S.; Tom, M.

    Acumulao de Carbono nos Produtos Florestais 463 Dias, A.C.; Arroja, L.; Capela, I.

    A Certificao Florestal: Estratgia de Competitividade da Produo Florestal Nacional 472 Brgido, S.A.

    Certificao Florestal Urgente! 477 Guimares, P.; L, J.; Soares, J. Posters Variao das Componentes da Densidade Entre e Dentro das rvores de Quercus faginea 483 Louzada, J.L.; Knapic, S.; Pereira, H.

    Embalagens de Produtos Hortofrutcolas: Sero as Embalagens de Madeira menos Higinicas do que as Embalagens de Plstico? 493 Abrantes, A.; Fernando, A.; Mendes, B

    Predio de Peso de Cortia Extrada ao Nvel da rvore para Cortias com Diferentes Idades de Criao 499 Paulo, J.A.; Tom, M.; Tom, J.

    A Produo e Aplicaes do leo de Pinho 500 Pestana, M.; Machado, H.; Anjos, O.

    Identificao Anatmica de Madeiras Usadas na Construo das Gaiolas Pombalinas 508 Quilh, T.; Tavares, F.; Candeias, P.; Melo, J.; Saporiti, J.

    A Fileira da Resina em Portugal Posicionamento e Competitividade 513 Pestana, M.; Palma, A.

  • A Influncia do Cerne do Eucalipto na Produo de Pasta para Papel 525 Loureno, A.; Gominho, J.; Pereira, H.

    Inventariao e Caracterizao do Material Lenhoso de Cryptomeria japonica na Ilha do Faial Estudo Preliminar 532 Correia, I.; Medeiros, V.; Aranha, J.

    Variabilidade Anatmica da Teca (Tectona grandis) de Timor-Leste 536 Cardoso, S.; Sousa, V.; Quilh, T.; Pereira, H.

    Impacto de Modalidades de Gesto do Montado de Sobro na Qualidade da Cortia para a Produo de Rolhas e Discos 544 Tinoco, I.; Gomes, A.A.; Pestama, M.

    Caracterizao Biomtrica das Fibras da Madeira e Casca de Acacia melanoxylon e Eucalyptus globulus 554 Tavares, F.; Quilh, T.; Miranda, I.; Bessa, F.; Santos, C.; Pereira, H.

    Estrutura e Caracterizao Anatmica da Madeira de Carvalho-Portugus (Quercus faginea Lam.) 563 Sousa, V.B.; Cardoso, S.; Pereira, H.

    New Highly Efficient Method of Polyoxometalate (POM) Catalyzed Ozone Bleaching of Industrial Eucalypt (E. globulus) Kraft Pulp 572 Shatalov, A.A.; Pereira, H.

    Avaliao de Plantaes de Castanea sativa Instaladas ao Abrigo dos Programas Comunitrios no Distrito de Bragana 578 Patrcio, M.S.; Nunes, L.F.; Monteiro, M.L.

    Comportamento Higroscpico da Madeira de Quinze Espcies Comercializadas no Brasil 587 Oliveira, J.T.; Lovatti, L.P.; Mauri, R.; Duarte, A.P.

    1 Inventrio Florestal da Regio Autnoma da Madeira (IFRAM1) 598 Rocha da Silva, P.C.

    Economic Sustainability of Different Cork Oak Forest Management Systems 605 Pinheiro, A.C.; Ribeiro, N.A.; Surov, P.; Ferreira, A.G.

    Caracterizao da Composio Qumica da Madeira de Quercus faginea 612 Sousa, V.B.; Cardoso, S.; Miranda, I.; Pereira, H.

    Aplicao de Espectroscopia de Infravermelho Prximo (NIR) na Determinao da Densidade Bsica em Estilha de Acacia melanoxylon (R. Br.) 618 Santos, A.; Alves, A.; Simes, R.; Simes, R.; Anjos, O.; Tavares, M.; Tavares, F.; Nunes, L.; Knapic, S.; Pereira, H.; Rodrigues, J.

    Avaliao dos Nveis de Rudo em Quatro Modelos de Motosserra 623 Carvalho, S.; Viana, H.; Marques, F.

    Influncia dos Parmetros Operacionais nos Resultados do Teor e Composio da Lenhina Obtidos por Pirlise Analtica 629 Alves, A.; Santos, A.; Simes, R.; Rodrigues, J.

    Aplicao de Espectroscopia de Infravermelho Prximo (NIR) na Determinao do Teor de Lenhina em Amostras de Pinheiro Bravo 638 Alves, A.; Santos, A.; Simes, R.; Rodrigues, J.

    Influncia da Preparao da Amostra nos Resultados da Anlise da Composio Qumica da Madeira 641 Santos, C.; Alves, A.; Graa, J.; Rodrigues, J.

    Variao Estrutural Quantitativa do Lenho de Eucalyptus dunnii de Quatro Idades Provenientes da Regio Sul do Brasil 651 Oliveira, J.T.; Mauri, R.; Pdua, F.A.

    Caracterizao dos leos Essenciais de Espcies do Gnero Eucalyptus da Mata Experimental do Escaroupim 658 Faria, J.M.S.; Sanches, J.; Lima, A.S.; Mendes, M.D.; Figueiredo, A.C.; Trindade, H.; Pedro, L.G.; Barroso, J.G.

    Dinmicas de Crescimento em Povoamentos Mistos de Pinheiro Bravo e Quercneas no Distrito de Vila Real Comparao com Povoamentos Puros 662 Rodrigues, M.A.; Lopes, D.M.; Leite, M.S.

  • Estudo de Alternativas Manuteno Tradicional nas Faixas de Proteco s Linhas da Rede Nacional de Transporte de Electricidade 667 Matos, I.; Gaspar, J.; Pscoa, F.

    Forest and Fuel Variables Estimation and Digital Terrain Modelling with Airborne Laser Scanning and High Resolution Multi-Spectral Images 679 Pereira, L.G.; Gonalves, G.; Soares, P.; Tom, M.

    Vendas de Madeira nos Permetros Florestais do Barroso-Padrela. Variao dos Preos e Factores Explicativos 684 Duro, M.R.G.; Bento, J.

    TEMA 5 Orais Capacidade da Deteco Remota na Criao de Mapas de Ocupao de Solos em Sistemas Florestais Heterogneos: Estudo de Diferentes Classificadores 696 Gomes, P.M.M.; Lopes, D.M.

    Determinao de reas Potenciais para Instalao de Culturas Lenhosas com Fins Energticos no Distrito de Bragana 707 Amaral, A.; Castro, J.P.; Aranha, J.; Azevedo, J.

    Simulao de Povoamentos de Eucalipto para Produo de Biomassa 715 Barreiro, S.; Tom, M.; Soares, P.

    Quantificao da Biomassa Florestal Residual em Povoamentos de Pinheiro Manso na Mata Nacional do Escaroupim 719 Soares, P.; Cardoso, S.; Tom, M.; Carvalho, J.L.; Carrasquinho, I.

    Sustentabilidade no Comrcio de Biomassa Florestal 725 Silva, T.C.; Carvalho, J.L.

    A Biomassa Verde e Lenhosa dos Espaos Urbanos como Fonte Energtica para os Edifcios Pblicos da Cidade de Viseu 733 Viana, H.; Pinto, N.; Costa, D.T.; Barracosa, P. Posters Biomassa e Partio de Carbono em Acacia longifolia 740 Morais, M.C.; Freitas, H.

    BIOENERGISA Um Campo Pedaggico de Plantas Bioenergticas 746 Gominho, J.; Pereira, H.

    Avaliao do Potencial de Pinus palustris para Gerao de Energia 750 Silva, D.A.; Andrade, C.; Trianoski, R.; Matos, J.L.M.; Rosot, N.C.

    Instalao de um Ensaio de Produo Intensiva de Biomassa Lenhosa para Energia 757 Miranda, C.; Amaral, A.; Fonseca, F.; Ribeiro, A.C.; Pinto, M.A.; Santos, S.; Castro, J.P.; Patrcio, M.S.; Nunes, L.; Azevedo, J.C.

    Estabelecimento de Modelos Alomtricos para Predio da Biomassa Area de Eucalyptus globulus 765 Viana, H.; Cardoso, A.; Correia, R.; Lopes, D.; Aranha, J.

    Estabelecimento de Modelos Alomtricos para Predio da Biomassa Area da Pinus pinaster 771 Viana, H.; Dias, S.; Marques, C.; Cruz, M.; Lopes, D.; Aranha, J.

  • TEMA 6 Orais Efeitos do Clima, da Poluio Atmosfrica e do Estado Sanitrio das rvores na Produo e nas Caractersticas de Plens Alergisantes 777 Fabio, A.; Ramos, A.P.; Caetano, M.F.; Ferreira, M.; Alves, A.; Rodrigues, J.C.; Abreu, F.; Francisco, A.J.; Nogueira, L.; Moreira, R.; Fabio, A.

    Sistema de Anlise para Produo da Cartografia de Perigosidade de Incndio Florestal 786 Nunes, G.

    Preservao e Valorizao do Patrimnio Arbreo. Estudos de Avaliao Biomecnica: Estudo de Casos 794 Barracosa, P.; Viana, H.; Teixeira, D.; Coimbra, F.

    Controlo das Invasoras Hedychium gardnerianum e Gunnera tinctoria em reas Florestais na Ilha de S. Miguel - Aores 802 Penacho, M.L.T.; Amaral, R.S.; Malveiro, A.; Machado, C.A.S.; Aranha, J.T.M. Posters Evoluo na Estrutura Espacial de uma rea Proposta para Paisagem Protegida (1990-2005) Vila Nova de Paiva (Portugal) 808 Santos, V.; Barracosa, P.; Viana, H.

    Controlo da Invasora Pittosporum undulatum em reas Florestais na Ilha de S. Miguel - Aores 822 Penacho, M.L.T.; Amaral, R.S.; Malveiro, A.; Machado, C.A.S. TEMA 7 Orais Territrios Comunitrios (Baldios) no Portugal Contemporneo: O Programa Nacional de Valorizao dos Territrios Comunitrios PNVTC 827 Lopes, L.; Crte-Real, L.; Rego, A.J.

    Os Servios Pblicos Florestais tero Razo para Existir? 838 Borges, C.M.; Amaral, M.R.

    As Polticas Pblicas Florestais e o Ordenamento Florestal 844 Amaral, M.R.

    Novos Modelos de Governana e o Sector Florestal Portugus 850 Carvalho, P.O. Posters O Papel das Folhosas e dos Povoamentos Mistos nos Planos Regionais de Ordenamento Florestal 852 Nunes, L.F.; Rego, F.C.; Monteiro, M.L.; Patrcio, M.S.

    reas Florestais Protegidas na Europa 863 Almeida, A.F.

    A Percepo da Populao Portuguesa sobre os Incndios Florestais e as suas Causas 873 Galante, M.; Alves, P.I.; Cavaco, V.; Miguel, M.

    Anlise de Rentabilidade das reas Submetidas a Regime Florestal 883 Machado, H.; Louro, G.

    Procedimentos de Avaliao em Programas e Projectos Florestais. Uma Aplicao para a NUT Cvado 890 Silva, I.M.; Bento, J.

  • COMUNICAES TEMA 1

    10

    Comunicaes Orais

  • COMUNICAES TEMA 1

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    Silvopastoral Systems: a Contribution to Mitigation of Greenhouses Gas Emissions

    (CO2 and CH4)

    Fernndez-Nez E., Rigueiro-Rodrguez A. and Mosquera-Losada M.R. Crop Production Department. Escuela Politcnica Superior. Campus de Lugo. University of Santiago

    de Compostela, 27002 Lugo, ESPANHA Abstract. Carbon sequestration is promoted as a practice to offset the negative consequences of greenhouse gas emissions. This study aims to estimate carbon sequestration in silvopastoral systems established with two different forest species (Pinus radiata D. Don and Betula alba L.) at 833 trees ha-1 and fertiliser with dairy sludge. Carbon sequestration was more important in soil component. C sequestration was higher under Pinus radiata silvopastoral system due to the higher growth rate of this species compared to Betula alba. Key words: pine, birch, carbon sequestration

    *** Introduction Kyoto Protocol allows countries to count net changes in gas emissions due to human induced land use and forestry activities, such as afforestation, reforestation and deforestation (art. 3.3) and optionally forest management (art. 3.4) (UNFCCC, 1998). The European Union agreed to reduce its greenhouse gas emissions by 8% by 20082012, from base year levels (1990) (EEA, 2003). Silvopastoral systems could contribute to the mitigation of climate change performing to a greater degree as sinks for greenhouse gases when compared to systems that are exclusively agricultural. In this type of systems tree species and an adequate management of the pasture carrying capacity will contribute to increase carbon sequestration. Carbon storage in a silvopastoral system is balanced by the emissions of greenhouse gases (CH4 and N2O) produced by the ruminants that feed on it. The amount of GHC emitted by livestock depends on the stocking rate, which depends on pasture production that is affected by tree development after afforestation. Thus, these should also be evaluated. Materials and Methods Experimental design The experiment was conducted in Lugo (NW Spain) at 439 meters above sea level in 1995 and over a soil that was previously used for potato cultivation. The annual precipitation and the annual average temperature over the last 30 years were 1300 mm and 12.2 degrees C, respectively. Generally, moisture deficits that limit vegetative growth have been recorded in July and August due to drought. The experimental design was established using random blocks with three replicas. Treatments consisted of the evaluation of two forest species: Pinus

  • COMUNICAES TEMA 1

    12

    radiata D. Don (pine), from container plants, and Betula alba L. (birch), from bare roots, established at 833 trees ha-1. Each replica has an area of 64 m2 and 25 trees were planted with an arrangement of 5 x 5 stems, forming a perfect square. At the end of the winter of 1995, after ploughing, the plots were sown with Dactylis glomerata L. var. Saborto (25 kg ha-1) + Trifolium repens L. var. Ladino (4 kg ha-1) + Trifolium pratense L. var. Marino (1 kg ha-1). The plots were fertiliser with dairy sludge in the first year (1995) at 154 m3 ha-1. In the two years following (1996 and 1997), the plots were not fertilised, but they were fertilised again from 1998 until the conclusion of the study (2005) with 500 kg ha-1 of 8:24:16 (N: P2O5: K2O) fertiliser complex in March and 40 kg of N (calcium ammonium nitrate 26% N) ha-1 in May (following a standard procedure for the region). A low pruning (at 2-m high) was performed on pine at the end of 2001 and the birch was given a formational pruning with the objective of producing quality timber. Field samplings Soil In order to determine the edaphic C content, a random sample was taken in 1995 and in January 2006 using a drill at a sampling depth of 25 cm, where the most organic matter accumulates. Once the samples were collected, they were taken to the laboratory, air-dried and sieved through a 2 mm screen. The total C content was determinated using the Saverlandt method (GUITIN and CARBALLS, 1976). Trees Tree diameter and total height measurements were taken in December 2005 from the inner nine trees, to avoid border effects. The diameter of each inner plot tree was measured using a caliper at 1.30 m from the ground (diameter at breast height), and the tree height was estimated using an hipsometer. The biomass contents of the trees were determined via allometric equations based on diameter determined by the National Institute of Agricultural Research and Technology and Food of Spain (MONTERO et al., 2005) and has been used in the national carbon accounting system. On the other hand, pine needle litterfall was hand separated from the same samples used for pasture production, as will be described in the next paragraph. No count was taken of the fallen birch leaves in the plot since the count of the birch leaves (being a deciduous species) was included in the estimate of the aboveground biomass of the tree (Figure 1). Pasture Aboveground biomass: during the 11 years studied the pasture was harvested (May, June, July and December) using a hand harvester between six of the nine most central trees to eliminate the border effect. A sub-sample was taken, labelled and delivered to the laboratory. Once in the laboratory, two samples (100 g each) were taken to determine the relative proportions of the litterfall and pasture components after hand separation. These samples were oven-dried (72 hours x 60C) to quantify the contribution (Mg DM ha-1) of litterfall and pasture components to the carbon sequestration model.

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    Belowground biomass: to determine the carbon content in roots less than 2 mm in diameter (no distinction was made between tree and grass roots), samples were taken during the fall of the final year of the study at a depth of 15 cm (using a drill 5.1 cm in diameter at a depth of 5 cm). The carbon content of roots more than 2 mm in diameter was determined by the allometric relationships described in MONTERO et al. (2005). Samples were then sieved (with a 2-mm mesh screen) and pressure-washed with water. Then, the samples were air-dried and the root: shoot ratio of the pasture was determined to estimate the root biomass present in the plots in 2005. Carbon balance estimation To compare the carbon balance of the system (Figure 1), three main components were considered: Tree, Soil and Pasture (including Animal losses). The C stored in trees and soil was estimated using data from 2005, while that of pasture was the average of samples collected between 1995 and 2005.

    Measurement ofaverage diameter

    (year 2005)

    Animal losses

    Estimation o f livestock load basedon pasture production (1995- 2005)

    CH4 emissions

    C balance estimations

    Leaves

    Branches

    Trunk

    Root system

    Litterfall

    C in aboveground

    bioma ss

    C in belowgroundbiomass

    Estimation of the annualaverage pasture

    production (1995-2005)

    Estimation of the rootsbiomass

    (year 2005)

    N2O emissions

    C percentage estimation

    (year 2005)C in the soil (year 2005)

    Atmosphe ricdeposition

    N2O emissions

    LeachingSystem componentsTree

    Pasture

    Soil

    Figure 1 - Components of the system considered in order to evaluate the carbon balance in the study. The sampling period or year used to estimate the balance is shown between brackets

    Soil carbon estimation Soil carbon storage: once the actual percentage of edaphic carbon was estimated in the laboratory, the content of carbon in each of the treatments was calculated taking into account the soil density (1.1 Mg m-3) and the sample depth. Soil carbon losses: following the Guidelines of the IPCC (1996), the direct N2O emissions (stabling period and grazing period) and indirect N2O emissions (atmospheric deposition and

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    leaching) were calculated. The equivalent CO2, amounts due to the N2O emissions, was determinate (IPCC, 1996). Tree carbon estimation Using the equation established by MONTERO et al. (2005) for Pinus radiata and Betula spp. and the data obtained from measuring the tree diameter at breast height, the aerial biomass of the following components of the tree cover were determined: trunk, fine and thick branches, leaves and roots (Figure 1). Once this value was obtained, the C content for this biomass was calculated multiplying by 0.50 (MONTERO et al., 2005). The litterfall C content (pine plots) in the last year was obtained by multiplying the litterfall biomass (Mg DM ha-1) by 0.49 (GMEZ-REY, 2002). Pasture carbon estimation Aboveground: The C content corresponding to the aerial section of the herbaceous stratum (pasture + silage) was calculated taking into account that the percentage of organic matter found in the pasture in Galicia is around 90.36% (FLORES et al., 1992), and the C content in a pasture will be 50% of the organic matter (MONTERO et al., 2005). Belowground: From the soil samples, and as in the procedure previously explained, we obtained a value of the ratio of Root/Aboveground biomass in the pasture that was 32.37%. Then, the root biomass was determined by applying this ratio to pasture production (pasture + silage). Once the root biomass was determined, the C content was estimated to be 49.67% of that value (GORDON et al., 2005). Livestock With the goal of quantifying the potential GHG effect of the animals, we determined an average annual pasture carrying capacity (PCC) that the system could support based on actual annual pasture production in each treatment (STEINFELD et al., 2006). Livestock will be in the pasture approximately seven months and stabled for the remaining five months, during which the animals feed on grass silage. Of the various systems of management proposed for the sheep that are raised for meat production in Galicia (ZEA-SALGUEIRO, 1992), those that are best adapted to the conditions in our system are for sheep of the Galician breed of 35 kg of live weight. Estimation of livestock carbon losses: the CH4 emissions (enteric fermentation and manure management emissions) and N2O emissions (stabling period) resulting from sheep livestock management, as well as their equivalents in terms of CO2 were estimated (Figure 1). The method used to estimate this emission is described by the IPCC (1996). Statistical analyses C in soil, tree diameter, tree height and annual pasture production variables were analysed by a factorial ANOVA, using treatments and blocks as factors within each year. The significant differences between means were determined using the LSD test (SAS, 2001).

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    Results and Discussion In our study, establishing a forest on abandoned agricultural land with a nearly neutral pH (RIGUEIRO-RODRGUEZ et al., 2000) caused an increase in acidity in the soil six years after planting (MOSQUERA-LOSADA et al., 2006). Low soil pH may inhibit litter decomposition. From the time that the system was established (126.50 Mg C ha-1), independent of the forest species used, an increase in the soil C content (though not significant) was observed in 2005 (Figure 2).

    Annual pasture production

    b

    a

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

    Years

    Mg DM ha-1

    Diameter

    b

    a

    0

    4

    8

    12

    16

    Year 2005

    (cm

    )

    Heighta

    b

    0

    5

    10

    Year 2005

    (m)

    Mg C ha-1

    0

    100

    200

    Year 2005

    (Mg

    C h

    a-1)

    Pine

    BirchSOIL

    TREE PASTURE

    Stocking rate (SR annual)

    0

    5

    10

    15

    20

    1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005Years

    Sheep ha-1

    LIVESTOCK

    Figure 2 - Tree measurements (height (m) and diameter (cm)), annual pasture production (Mg DM ha-1), carbon in soil (Mg C ha-1) and stocking rate under Pinus radiata and Betula alba plantations. Different letters indicate significant differences between treatments

    The height and diameter reached by Pinus radiata was significantly higher (P < 0.001) than that of Betula alba (Figure 2). Increased growth translated into an increased tree biomass accumulation (Table 1) and increased C content (73% higher under pine that under birch). In both forest species, the highest biomass accumulation occurred in the aerial component, with the root component contributing little (3:1). On the other hand, litterfall content in the pine plots in 2005 was 1.11 Mg ha-1. This resulted in an average C content of 0.54 Mg C ha-1. Of the total fixed carbon in the tree stratum, the percentage of carbon accumulation accounted for by the fallen needles was 1.4%.

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    Annual pasture production levels were lower than of the interval defined by MOSQUERA-LOSADA et al. (1999) in Galicia (Figure 2) (6-12 Mg DM ha_-1). Fertiliser treatments had a significant effect (P = 6%, P = 11% and P < 0.05 in 1995, 1998 and 1999, respectively) on annual pasture production in those years when climatic conditions allowed tree growth. On the other hand, annual pasture production was low in those years when fertilization was not applied (1996 and 1997) because there was not a residual effect of inorganic fertilization (RIGUEIRO-RODRIGUEZ et al., 2000). In both forest species, the highest level of pasture production was found in 2001 (9.7 and 8.7 Mg DM ha-1 under pine and birch, respectively) as a result of the low pruning in the systems and an unusually rainy summer (238 mm). After year 2001 until 2005, annual pasture production was drastically reduced in both established systems (e.g. 5 Mg DM ha-1 less under pine and under birch in 2002 with respect 2001) because a negative relationship was establishing between pasture production and tree canopy development.

    Table 1 - Total tree biomass (Mg DM ha-1) and total carbon in the tree mass (Mg C ha-1) determined for the year 2005 by taking into account the average diameter obtained for Pinus radiata and Betula alba, where: BF: trunk biomass; BR>7cm: biomass of branches greater than 7 cm; BR2-7cm: biomass of branches with diameters between 2-7 cm; BR7cm BR2-7cm BR7cm BR2-7cm BR

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    Table 2 - Estimates of total N2O emission (direct and indirect) in Mg ha-1 from the soil during the 11 study years under Pinus radiata and Betula alba

    Years 1995-2005 Pinus radiata Betula alba

    Stabling 20.2210-3 22.6610-3 Pasturing 24.4210-3 27.3810-3 Total 44.6410-3 50.0410-3 Direct

    Equiv CO2 13.83 15.51

    Deposition 2.0710-3 2.0910-3 Leaching 36.0410-3 36.7510-3 Total 38.1110-3 38.8410-3 Indirect

    Equiv CO2 11.81 12.04 Total Equiv CO2 25.64 27.55 Equiv CO2 year-1 2.33 2.50

    Table 3 - Estimates of the total emissions (Mg ha-1) of methane (ECH4) and oxides of nitrogen (EN2O) due to the manure management of livestock during the period between 1995-2005, where: Efer: CH4 emissions from enteric fermentation; Eest: CH4 emissions from manure management; Nex: total N excreted by livestock during the 11 years of the study, and EquivCO2: CO2 equivalents (Mg ha-1)

    Years 1995-2005 Pinus radiata Betula alba Efer 0.545 0.560 Eest 9.810-3 1010-3 ECH4 Equiv CO2 (Mg ha-1) 11.65 11.97

    Nex 0.894 0.918 N2O 28 10-3 29 10-3 EN2O Equiv CO2 (Mg ha-1) 8.7 8.9

    Total Equiv CO2 (Mg ha-1) 20.35 20.87

    Figure 3 shows the final balance of the carbon cycle. Large differences were not found in the annual global balance of carbon sequestration in the studied systems (2.4 Mg C ha-1 year-1 more under pine). However, the capacity for carbon sequestration (Mg C ha-1 year-1) among the different components of the system was different under two silvopastoral systems. While under pine, the soil shows the highest level of C fixation, followed by tree cover, and finally, by pasture (soil > tree > pasture) under birch, the C stored in the pasture component is higher than that of the tree (soil>pasture>tree) due to the lower rate of tree growth.

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    Aboveground =2.51 Mg C ha-1 year-1

    Belowground = 0.85 Mg C ha-1 year-1 20.17 Mg C ha-1 year-120.17 Mg C ha-1 year-1

    Emissions of CH41.06 Mg CO2 ha-1 year-1

    (0.29 Mg C ha-1 year-1)

    Emissions of N2O

    0.7 9 Mg CO2 ha-1 year-1

    (0.21 Mg C ha-1 year-1)

    Atmosphere

    Emissions of N2O

    2.33 Mg CO2 ha-1 year-1

    (0.6 3 Mg C ha-1 year-1)

    Litterfall = 0.5 4 Mg C ha-1 year-1

    Aboveground= 2 .62 Mg C ha-1 year-1

    Belowground= 0.56 Mg C ha-1year-1

    Soil = 14.22 Mg C ha-1 year-1

    Pinus radiata D. Don

    Aboveground = 0 .70 Mg C ha-1 year-1

    Belowground =0.20 Mg C ha -1 year-1 17.76 Mg C ha-1 year-117.76 Mg C ha-1 year-1

    Emiss ions of CH41.09 Mg CO2 ha-1 year-1

    (0 .30 Mg C ha-1 year-1) (

    Emiss ions of N2O

    0.81 Mg CO2 ha-1 year-1

    (0.22 Mg C ha -1 year-1)

    Atmosphere

    Emiss ions of N2O

    2.50 Mg CO2 ha-1 year-1

    (0.68 Mg C ha-1 year-1)

    Aboveground = 2.69Mg C ha-1 year-1

    Belowground = 0.63 Mg C ha-1 year-1

    Soil = 14.74 Mg C ha-1 year-1

    Betula alba L.

    Figure 3 - Carbon balance (Mg C ha-1 year-1) for those systems established Conclusions The largest stock of C was found in soil, independently of canopy cover. Pinus radiata growth was higher than Betula alba, which contribute to enhance the higher capacity for

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    carbon sequestration under pine. GHG emissions (soil and livestock) were compensated by the C sequestered in the pasture component.

    Acknowledgments The authors would like to thank Teresa Lpez Pieiro, Jos Javier Santiago Freijanes, Divina Vzquez Varela, Pablo Fernndez Paradela and Mnica Garca Fernndez for their collaboration in the realisation of this study. References EEA, 2003. Greenhouse gas (GHG) emissions from the European Union have increased for the second

    consecutive year, moving the EU further away from meeting its commitment to achieve a substantial emissions cut by the 2008-2012 period. (http://www.eea.europa.eu/pressroom/newsreleases/ghg-2003-en)

    FERNNDEZ-NEZ, E., 2008. Sistemas silvopastorales establecidos con Pinus radiata D. Don y Betula alba L. en Galicia: productividad, biodiversidad y sumideros de carbono. MSc thesis. USC, Spain.

    FLORES CLAVETE, G., GNZALEZ ARREZ, A., DAZ NEZ, M., 1992. Produccin ovina sobre praderas de zona costera de Galicia: efecto del sistema de pastoreo (rotacional y continuo) y de tres niveles de intensidad de pastoreo sobre la produccin de pasto y produccin animal. Xunta de Galicia, Spain.

    GMEZ-REY, M.X., CALVO DE ANTA, R., 2002. Datos para el desarrollo de una red integrada de seguimiento de la calidad de suelos en Galicia (N.O. de Espaa): Balances geoqumicas en suelos forestales (Pinus radiata). 1. Aportes de elementos por deposicin atmosfrica y hojarasca. Edafologa 9(2): 81-196.

    GORDON, A.M., NARESH, R.P.F., THEVATHASAN, V., 2005. How much carbon can be stored in Canadian agroecosystems using a silvopastoral approach? In: MOSQUERA-LOSADA, M.R., MCADAM, J., RIGUEIRO-RODRGUEZ, A. (Eds.), Silvopastoralism and land sustainable management. CAB International, Wallinford, pp. 210-219.

    GUITIN OJEA, F., CARBALLAS FERNNDEZ, T., 1976. Tcnicas de anlisis de suelos. Pico Sacro, Spain. IPCC (IntergovernmentalPanel on Climate Change), 1996. Reporting Instructions Guidelines for National

    Greenhouse Gas Inventory, vol 2. Intergovernmental Panel on Climate Change. (http://www.ipcc.ch/about/index.htm).

    MONTERO, G., RUIZ-PEINADO, R., MUOZ, M., 2005. Produccin de biomasa y fijacin de CO2 por los bosques espaoles. INIA: Serie forestal n13, Madrid, Spain.

    MOSQUERA-LOSADA, M.R., GONZLEZ-RODRGUEZ, A., RIGUEIRO-RODRGUEZ, A., 1999. Ecologa y manejo de praderas. Ministerio de Agricultura, Pesca y Alimentacin, Madrid, Spain.

    MOSQUERA-LOSADA, M.R., FERNNDEZ-NEZ, E., RIGUEIRO-RODRGUEZ, A., 2006. Pasture, Tree and Soil Evolution in Silvopastoral Systems of Atlantic Europe. For. Ecol. Manag. 232: 135-145.

    RIGUEIRO-RODRGUEZ, A., MOSQUERA-LOSADA, M.R., GATICA-TRABANINI, E., 2000. Pasture production and tree growth in a young pine plantation fertilization with inorganic fertilisers and milk sewage in northwestern Spain. Agroforest. Syst. 48: 245-256.

    SAS, 2001. SAS/Stat User's Guide: Statistics Ed. SAS Institute Inc. Cary NC, USA. STEINFELD, H., GERBER, P., WASSENAAR, T., CASTEL, V., ROSALES, M., DE HAAN, C., 2006. Livestocks long

    Shadow, Environmental issues and options. LEAD-FAO, Roma. UNFCCC, 1998. Kyoto protocol to the United Nations framework convention on climate change.

    http://unfccc.int/resource/docs/convkp/kpeng.pdf. Cited 11 05 2009. ZEA-SALGUEIRO, J., 1992. Produccin de ovino de carne en Galicia, Memorias del Centro de Investigacin.

    Xunta de Galicia, Spain.

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    Localizao e Caracterizao dos Povoamentos Mistos em Portugal Continental com Base no Inventrio Florestal Nacional

    Jos Canelas1, Paulo Godinho2, Domingos Mendes Lopes3 e Jaime Sales Luis3

    1Aluno do 2Ciclo de Engenharia do Ambiente da Universidade de Trs-os-Montes e Alto Douro. Quinta de Prados, 5001-801 VILA REAL

    2INRB. L-INIA. Unidade de Silvicultura e Produtos Florestais. Av. da Repblica, Quinta do Marqus, 2780-159 OEIRAS

    3Universidade de Trs-os-Montes e Alto Douro. Departamento de Cincias Florestais e Arquitectura Paisagista. Quinta de Prados, 5001-801 VILA REAL

    Resumo. No mbito do projecto da FCT PTDC/AGR-CFL/68186/2006 procurou-se perceber que tipo de povoamentos mistos constituem actualmente a floresta em Portugal Continental, com base nos dados do 5 Inventrio Florestal Nacional. De um total de 355737 fotopontos que cobrem toda a rea continental Portuguesa foram seleccionados aqueles que constituam povoamentos florestais mistos. Posteriormente foi identificada a espcie dominante, as espcies dominadas e a sua localizao geogrfica. Do estudo constactou-se que o pinheiro bravo lidera com 30% do territrio como espcie dominante, e lder nas associaes de espcies. Seguidamente, a espcie que aparece com um pouco menos de percentagem o sobreiro. Neste ranking segue-se o eucalipto, azinheira e outros carvalhos como espcies dominantes. Tambm nos mistos e pelos mesmos nesta viso simplista dos nmeros a monocultura de pinheiro bravo e de eucalipto se reflectem. Seguidamente efectuou-se uma anlise mais detalhada dentro de cada espcie dominante com representao significativa. Assim, o pinheiro bravo tem a sua maior expresso com o eucalipto ultrapassando mais de 50% do total da sua representao no territrio, seguindo-se associaes de pinheiro bravo com outros carvalhos com uma representao de 9,951%, e assim sucessivamente. Estas expresses anteriormente descritas so agora representadas em mapas construdos com estes valores. Cada um deste mapa referente espcie dominante e cada cr nele distribuda representa uma associao de espcies. O estudo centrou a sua ateno nos mistos ecologicamente mais relevantes, isto , que na sua consociao apresentam pelo menos uma espcie folhosa. Como resultado final fica uma descrio actual da localizao dos povoamentos mistos, com especial relevncia para a gesto destes espaos.

    ***

    Introduo

    Com este estudo pretende-se identificar e analisar a distribuio geogrfica dos povoamentos florestais mistos em Portugal Continental com base nos dados do 5 Inventrio Florestal Nacional. Dado a importncia de conhecer quais as associaes florestais que prevalecem em Portugal continental e suas consequncias ambientais promovida a realizao deste trabalho, foi construda uma base de dados atravs de um levantamento completo dos fotopontos, para identificao das situaes de mistos identificadas para posterior seleco de informao dendromtrica disponvel, a fim de ser ento possvel, caracterizar os povoamentos florestais

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    quanto sua fase de desenvolvimento, volume, potencial produtivo e quanto sua diversidade vegetal.

    ndices de caracterizao dos povoamentos florestais mistas

    Este 5 Inventrio Florestal Nacional permitiu apurar as reas relativas ao uso/ocupao do solo no territrio continental Nacional. Esta foi efectuada por amostragem, atravs da aplicao sobre o ortofotomapa de uma grelha de pontos de 500 m x 500 m no terreno, a visualizar no ecr do computador, num total de 355737 fotopontos. Designa-se por ortofotomapa um conjunto de fotografias ortorrectificadas com 4 km (E/W) x 5 km (N/S), correspondentes a 1/8 da folha da cartografia 1:25000 do Instituto Geogrfico do Exrcito (IGEO), passvel de ser integrado num Sistema de Informao Geogrfica (SIG) para interpretao visual. Cada ponto da grelha de 500 m x 500 m corresponde a um fotoponto, identificado atravs do cdigo que lhe corresponde.

    Classificao adoptada

    A classificao adoptada neste 5 inventrio permitiu classificar as reas de terreno quanto ao uso do solo, ocupao e outras classificaes. No uso do solo, esta classificao subdividiu-se em dois parmetros: Natureza e tipo de solo. Dentro da subdiviso natureza o terreno foi classificado em seis classes cada uma com o seu cdigo. As classes distinguiram-se em povoamentos florestais, outras formaes lenhosas, matos, agricultura, outros usos e guas interiores. A subdiviso tipo de solo foi classificada em apenas dois parmetros cada um destes com o respectivo cdigo e classificaram o terreno quanto presena ou ausncia de espcies. J na classificao da ocupao do solo, este atributo refere-se composio de espcies florestais existindo uma ocupao a trs nveis:

    Ocupao principal (OP); Ocupao secundria (OS); Presena de mais do que duas espcies (OE);

    Os povoamentos so considerados puros, quando na mancha florestal uma s espcie responsvel por 75%, ou mais do coberto. Neste caso, foi indicada a mesma espcie em Ocupao principal (OP) e em Ocupao secundria (OS). Os povoamentos classificaram-se como mistos quando, havendo vrias espcies em presena, nenhuma atingiu os 75% do coberto. Neste caso, considerou-se espcie dominante (OP) a que foi responsvel pela maior parte do coberto. As espcies florestais arbreas a considerar e cdigos respectivos foram as descritas na Tabela 1. Nas outras classificaes, foi dado importncia actividade sob-coberto, grau de coberto e qual a sua dimenso, apenas s situaes em que houve casos de povoamentos florestais e outras formaes lenhosas.

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    Tabela 1 - Cdigo das espcies arbreas

    Espcies Cdigo

    Pinheiro bravo Pb Pinheiro manso Pm Outras resinosas Rx

    Sobreiro Sb Azinheira Az

    Outros carvalhos Qx Eucalipto Ec

    Castanheiro Ct Accia Ac

    Outras folhosas Fx

    Quantificao dos povoamentos florestais mistos

    O estudo agora descrito foi feito recorrendo ao ArcGis para a seleco, tratamento de dados e elaborao de mapas. O trabalho comeou com uma base de dados de 355737 fotopontos que cobriram toda a rea continental Portuguesa dos quais atravs de uma primeira seleco para a obteno de espaos arborizados restaram apenas 124787 fotopontos, tendo sido todos os restantes eliminados. Destes 124787 fotopontos de espaos arborizados espalhados pelo Pas, foi feita uma triagem para saber quantos fotopontos correspondem a povoamentos florestais mistos. Atravs desta seleco no programa ArcGis, verificou-se que apenas 24248 fotopontos correspondem a povoamentos florestais mistos. Na fase posterior procurou-se identificar qual a espcie dominante e quais as espcies dominadas. Para a obteno das associaes de espcies foram importados os resultados anteriormente obtidos para uma tabela de dupla entrada em Microsoft Excel, na qual foram inseridas linhas com o cdigo da espcie dominante (MO) e nas colunas a espcie dominada (SO) anteriormente descritas. Dessa tabela, resultaram todas as associaes encontradas neste caso em povoamentos florestais mistos em territrio continental.

    Resultados

    Numa anlise tabela 2 pode ser claramente observado que o pinheiro bravo sai destacado com quase 30% do territrio como espcie dominante, e claramente lder nas associaes de espcies povoadoras do territrio continental Portugus. Seguidamente, a espcie que aparece dominante mas com um pouco menos de percentagem o sobreiro, espcie esta que ainda ultrapassa os 21% de ocupao florestal mista Portuguesa. A terceira maior percentagem referente ao eucalipto com 15,1% de ocupao. A azinheira e outros carvalhos no atingem os 10,0% de liderana na ocupao em povoamentos florestais mistos e o pinheiro manso exprime-se como espcie dominante em apenas 5,1% do Pas. Depois desta anlise de taxas de ocupao do territrio passa-se a efectuar uma anlise mais detalhada dentro de cada espcie dominante com representao significativa.

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    Tabela 2 - Percentagem das associaes florestais em Portugal Continental

    Rtulos de

    Coluna (SO)

    Rtulos de linha (MO) Ac Az Ct Ec Fx Md Ot Pb Pm Qc Qx Rx Sb W

    Total Geral

    Ac 0,000 0,000 0,000 0,045 0,037 0,000 0,004 0,276 0,000 0,000 0,008 0,000 0,000 0,000 0,371

    Az 0,000 0,000 0,000 0,082 0,235 0,099 0,025 0,103 0,099 0,223 0,528 0,008 8,260 0,054 9,716

    Ct 0,000 0,004 0,000 0,004 0,066 0,000 0,000 0,111 0,000 0,000 0,499 0,000 0,004 0,000 0,689

    Ec 0,037 0,157 0,012 0,000 0,949 0,000 0,004 12,038 0,351 0,025 0,672 0,012 0,829 0,016 15,102

    Fx 0,062 0,132 0,049 0,499 0,000 0,000 0,008 1,126 0,082 0,021 1,394 0,136 0,635 0,029 4,174

    Md 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,004 0,000 0,004 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008

    Ot 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,012 0,000 0,000 0,000 0,000 0,012

    Pb 0,404 0,198 0,148 16,076 3,221 0,000 0,012 0,000 1,076 0,045 6,838 0,091 1,703 0,012 29,825

    Pm 0,000 0,091 0,000 0,239 0,128 0,000 0,000 0,738 0,000 0,000 0,025 0,012 3,848 0,021 5,101

    Qc 0,000 0,033 0,000 0,029 0,008 0,012 0,021 0,000 0,000 0,000 0,177 0,000 0,004 0,000 0,285

    Qx 0,004 0,305 0,577 0,421 3,270 0,000 0,000 4,574 0,021 0,478 0,000 0,103 0,194 0,004 9,951

    Rx 0,000 0,004 0,004 0,008 0,169 0,000 0,000 0,054 0,021 0,000 0,124 0,000 0,012 0,000 0,396

    Sb 0,004 11,341 0,016 0,450 1,081 0,000 0,012 2,124 5,708 0,107 0,392 0,025 0,000 0,025 21,284

    W 0,000 0,746 0,000 0,029 0,087 0,000 0,000 0,062 0,161 0,000 0,144 0,000 1,856 0,000 3,085

    Total Geral

    0,511 13,011 0,808 17,882 9,250 0,111 0,087 21,210 7,518 0,916 10,801 0,388 17,346 0,161 24248

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    A associao de pinheiro bravo tem a sua maior expresso com o eucalipto ultrapassando mais de 50,0% do total da sua representao em territrio Portugus. Segue-se a associao de pinheiro bravo com outros carvalhos com uma representao de 10,0%, e a associao com o sobreiro atinge 1,703% e com o pinheiro manso apenas 1,1% do continente. A segunda espcie com maior percentagem de dominncia o sobreiro o qual ocupa 21,3% do Pas como espcie dominante em associaes florestais. Destas associaes destacam-se o sobreiro com a azinheira com 11,3%; o sobreiro com o pinheiro manso com 5,7%; a associao desta espcie com o pinheiro bravo que pouco ultrapassa os 2%; e com outras folhosas que pouco passa de 1% do territrio Portugus. A terceira espcie com maior liderana em povoamentos florestais mistos o Eucalipto. As associaes com maior significado desta espcie so com o pinheiro bravo em 12,0%; seguindo-se a associao com o outras folhosas em 0,9%; com o sobreiro em 0,8%; com outros carvalhos em 0,672%; e com o pinheiro manso em 0,351%. Em quarto lugar so encontrados outros carvalhos os quais com as suas associaes dominam 10,0% do territrio Portugus. Destaca-se a associao destas espcies com pinheiro bravo que ocupa 4,6% do territrio; a associao com o outras folhosas que representa 3,3% do territrio. A associao de outros carvalhos com castanheiro j s representa 0,6%.

    Distribuio geogrfica das povoamentos florestais mistas

    Nesta comunicao, devido ao limite de exposio, apenas vo ser apresentadas as trs principais espcies, em temros de rea de ocupao. Sob a forma cartogrfica, cada espcie vai ser identificada por um cdigo de cor, facilmente identificavel atravs da legenda em cada mapa. A primeira espcie que aparece na legenda sempre a espcie dominante e a segunda a espcie dominada. A descrio geogrfica vai ser efectuada com base nos limites dos distritos do Pas. A ordem da classificao da distribuio a mesma que a anterior dando prioridade associao florestal com maior taxa de ocupao no Pas e assim sucessivamente.

    Pinheiro Bravo

    Como facilmente se pode observar pela Figura 1, o pinheiro bravo tem grande expresso com o eucalipto representado pela cor "mars red" a qual se distribui essencialmente por todo o litoral Norte e Centro do Pas. A associao de pinheiro bravo com outros carvalhos est representada pela cor "tulip pink" a qual se estende por todo o interior Norte e Centro, podendo aparecer um ponto ocasionalmente num outro local do Pas sem qualquer significado. A associao com sobreiro encontra-se essencialmente a Sul do rio Mondego, sendo facilmente identificvel com a cor "solar yellow" e tem grande representao nos distritos de Castelo Branco, Santarm, Lisboa e Setbal. A zona Oeste dos distritos de Portalegre e vora apresenta ainda alguns focos desta associao. ainda de realar uma pequena presena desta associao a Norte do Pas na fronteira Sul dos distritos de Bragana e Vila Real na regio da terra quente de Mirandela.

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    Figura 1 - Distribuio geogrfica do Pinheiro bravo

    A associao desta com pinheiro manso est identificada com a cor "peony pink" encontrando-se a sul do rio Tejo apenas na faixa litoral acabando com o limite do distrito de Setbal.

    Sobreiro

    De um modo geral, o sobreiro aparece abaixo do rio Tejo (Figura 2) tendo apenas alguma importncia na terra quente de Mirandela e pouco espalhado no distrito de Bragana. A maior associao em que o Sobreiro domina com a Azinheira. Esta associao est basicamente distribuda em todo o interior alentejano e algarvio apresentando uns pequenos focos de presena espalhados na terra quente de Mirandela. A segunda maior associao com o pinheiro manso, associao esta que se encontra basicamente em todo o litoral alentejano. Aparecem ainda manchas com significado desta associao mais para interior nos distritos de Portalegre e vora. Com menos expresso apenas so apresentados uns focos dispersos nos distritos de Lisboa, Beja e Faro. Seguindo a ordem de grandeza, a associao seguinte com o pinheiro bravo. A sua maior concentrao situa-se no Ribatejo nos distritos de Castelo Branco e de Portalegre, a qual se encontra na terra quente de Mirandela, uma pequena mancha no distrito de Castelo Branco Existem ainda uns pontos dispersos nos distrito de Lisboa e Setbal mas com pouco significado estendendo-

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    -se at ao litoral alentejano no distrito de Beja. J a Norte, novamente a sua presena notada na fronteira Sul dos distritos de Bragana e de Vila Real.

    Figura 2 - Distribuio geogrfica do Sobreiro

    Eucalipto

    notrio que a maior associao de eucalipto em que este dominante com o pinheiro bravo, estendendo-se desde o Alto Minho at regio de Estremadura foz do rio Tejo, no distrito de Lisboa. Esta a associao existe tambm a norte do rio Tejo algumas manchas desta espcie espalhadas por Castelo Branco e Santarm. J a sul do rio Tejo, a associao destas duas espcies praticamente inexistente pois apenas so visveis na figura anterior alguns pontos no distrito de Setbal, dois pontos no distrito de Beja e trs pontos no distrito de Faro. A segunda associao mais significativa do eucalipto com outras folhosas. Esta associao marca presena em todos os distritos do litoral Norte e Centro e estende-se um pouco por todo o Sul do Pas. Outra associao com relevncia com o sobreiro que no Norte marca presena no distrito de Bragana, no Centro no distrito de Castelo Branco e por todo o Sul do Pas. A Norte do Pas h ainda uma associao significativa de eucalipto com outros carvalhos nos distritos de Viana do Castela, Braga, Porto e Bragana. Na zona Centro esta associao marca presena embora em pouco nmero nos distritos de Aveiro e Coimbra. J no Sul do Pas praticamente inexistente.

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    Figura 3 -Distribuio geogrfica do Eucalipto

    Aspecto geral dos povoamentos florestais mistos e consideraes finais

    Chegado ao final da quantificao e distribuio geogrfica por espcie dominante, foi elaborado um mapa em que se concentrou toda a informao atrs analisada com todas as espcies dominantes e respectivas associaes onde atravs deste mapa possvel ficar com uma ideia do que so os povoamentos florestais mistos em Portugal (Figura 4). A sua anlise permite compilar toda a informao anterior e comprovar a sensao que o senso comum nos indica e que os dados de campo comprovam. Estas anlises so importantes na medida em que nos do pistas para a evoluo futura da nossa floresta, porque nos indicam igualmente onde existem os focos de resistncia monocultura que prevalece no sistema florestal de Portugal Continental (ainda que por vezes os mistos encontrados sejam mais dessa monocultura como o de pinheiro bravo com eucalipto). Etapas posteriores deste estudo centrar-se-o na anlise da estrutura dendromtrica destes mistos e da quantificao dos crescimentos verificados bem como da biodiversidade destes ecossistemas.

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    Figura 4 - Distribuio geral das espcies florestais

    Agradecimentos

    Agradece-se Autoridade Florestal o facto de nos ter permitido aceder aos dados do ltimo Inventrio Florestal Nacional, bem como ao projecto PTDC/AGR-CFL/68186/2006, no qual se insere o presente estudo.

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    Grupo APFCertifica Uma Gesto de Futuro

    Maria da Conceio Matos Santos Silva, Carlota Azevedo Coutinho Alves Barata e Mariana Ribeiro Telles Ribeiro da Cunha

    Associao de Produtores Florestais de Coruche. Rua dos Guerreiros n 54, 2100-183 CORUCHE A procura global de produtos certificados - cortia e eucalipto, impulsionou na Associao dos Produtores Florestais de Coruche a implementao do sistema de certificao de grupo APFCertifica, tendo por objectivo promover a gesto florestal responsvel e a preservao da biodiversidade atravs da obteno da certificao FSC, salvaguardando funes econmicas, ambientais e sociais da floresta. Este projecto desenvolve-se maioritariamente em montados de sobro, localizados na Charneca Ribatejana 10550 ha, sendo que a valorizao da sociedade aos produtos florestais certificados veio alterar a gesto praticada. A maioria da rea florestal associada da APFC corresponde a Montados de Sobro, um ecossistema moldado pelo Homem ao longo dos sculos, o qual associa ao sobreiro, a explorao da cortia e do sob coberto, atravs do pastoreio de gado e da prtica da cinegtica. Este sistema e a sua extenso em Portugal, reconhecido pelo World Wildlife Fund for Nature (WWF), a maior ONG de conservao a nvel global, como nico no Mediterrneo ocupando 736.700 hectares do territrio nacional. A conservao da biodiversidade apenas um dos servios ambientais prestados pelo sobreiro, o qual contribui tambm positivamente para a conservao do solo e da gua, e ainda para o sequestro de carbono. Em Setembro de 2006, um conjunto de associados desencadeou na Associao dos Produtores Florestais do Concelho de Coruche e Limtrofes (APFC) o incio do processo de certificao florestal das suas exploraes, atravs do Forest Stewardship Council (FSC). O FSC uma entidade no governamental que promove a nvel internacional a gesto responsvel das florestas atravs do cumprimento de princpios ambientais, sociais e econmicos. Existem mais de 100 milhes de hectares de floresta certificada pelo FSC em cerca de 90 pases diferentes. A certificao FSC da Gesto Florestal Responsvel baseia-se numa norma internacional, organizada em 10 Princpios e 56 Indicadores, sendo a implementao dos Princpios 6, 8 e 9 a que mais contribui para a conservao da Biodiversidade. Cada um dos critrios subdivide-se posteriormente em indicadores os quais so adaptados nacionalmente atravs de reunies de stakeholders. Esta interpretao nacional foi j realizada em Portugal estando a informao acessvel em www.fscportugal.org.

    Princpio 1: Obedincia s Leis e aos Princpios do FSC

    Princpio 2: Direitos e Responsabilidades de Posse e Uso

    Princpio 3: Direitos dos Povos Indgenas

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    Princpio 4: Relaes Comunitrias e Direitos do Trabalhadores

    Princpio 5: Benefcios da Floresta

    Princpio 6: Impacto Ambiental A gesto florestal deve conservar a diversidade biolgica, e valores a ela associados, os recursos hdricos, os solos, os ecossistemas e paisagens frgeis e singulares, mantendo assim as funes ecolgicas e a integridade das florestas.

    Princpio 7: Plano de Gesto

    Princpio 8: Monitorizao e Avaliao A monitorizao deve ser realizada de forma apropriada escala e intensidade da gesto florestal para avaliar o estado da floresta, as produes de cada produto florestal, a cadeia de responsabilidade, as actividades de gesto e os impactos sociais e ambientais.

    Princpio 9: Manuteno de Florestas de Alto Valor de Conservao As actividades de gesto em Florestas de Alto Valor de Conservao devem manter ou melhorar os atributos que definem tais florestas. As decises sobre Florestas de Alto Valor de Conservao devem ser sempre tomadas segundo o princpio da precauo.

    Princpio 10: Plantaes de rvores Neste sentido, e conscientes de que a explorao do montado de sobro em tudo diferente da explorao madeireira, a APFC implementou um sistema de certificao de grupo o Sistema APFCertifica de acordo com os princpios e critrios do FSC. O Grupo APFCertifica foi auditado em Setembro de 2007, com emisso do certificado FSC em 16 de Abril de 2008. O relatrio de auditoria pode ser consultado em http://www.soilassociation.org/library na pasta Woodmark public FSC certification reports. A adeso ao esquema de certificao de GRUPO APFCertifica aberta a qualquer produtor florestal associado da Associao de Produtores Florestais do Concelho de Coruche e Limtrofes (APFC). Antes de serem integrados no GRUPO os proponentes devem implementar e demonstrar capacidade de gesto florestal de acordo com os requisitos do esquema de certificao de Grupo e com os Princpios e Critrios do FSC. Os membros devem manter os objectivos de cumprir com os requisitos do Grupo e com a Norma FSC, incluindo quaisquer alteraes que se verifiquem, as quais tm de ser implementadas num perodo mximo de 12 meses. Inicialmente constitudo por 4 membros, abrangendo uma rea de 6569 ha, maioritariamente localizados no Ribatejo, o Grupo APFCertifica cresceu at data para 13 membros (10550 ha) no Ribatejo, Alentejo e na Cova da Beira.

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    Figura 1 - Membros e candidatos do Grupo APFCertifica

    Com base nos Princpios e Critrios do FSC, o sistema APFCERTIFICA formado por 2 dois manuais:

    O Dossier de Controlo, utilizado ao nvel do funcionamento do Grupo formalizando os processos de auditoria interna, adeso, monitorizao e abandono dos membros;

    O Dossier de Gesto, disponibilizado aos membros (produtores florestais) para implementao e monitorizao do processo de certificao.

    A gesto florestal orientada anteriormente por princpios maioritariamente econmicos, incorporou com a certificao FSC preocupaes ambientais e sociais, as quais apresentamos resumidamente abaixo. Os principais resultados obtidos foram:

    a. A implementao de processos de monitorizao das reas florestais

    b. A integrao de preocupaes de conservao e gesto da biodiversidade nas tradicionais prticas de gesto florestal

    c. Identificao das espcies ameaadas potencialmente presentes nas exploraes florestais certificadas e identificao de medidas de gesto favorveis sua conservao

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    d. A delimitao de reas nas exploraes florestais nas quais o principal objectivo a conservao da biodiversidade, constituindo estas reas cerca de 10% da rea florestal total

    e. Identificao de reas de Alto Valor de Conservao e implementao de medidas de monitorizao e gesto adequadas

    f. Integrao na gesto florestal de resultados de consultas s comunidades locais

    g. Maior valorizao econmica dos produtos certificados

    Os estudos existentes sobre os montados de sobro reconhecem a sua importncia scio-econmica e a sua diversidade biolgica potenciada por uma gesto florestal sustentada que promove um mosaico de habitats diferenciados (e.g. montado, montado com pastagem, reas de matos com diferentes idades, estruturas, formas e dimenso, povoamentos mistos com outras espcies arbreas, reas agrcolas) cuja diversidade de estrutura, vertical e horizontal, favorece coberto de fuga, nidificao, alimentao a vrias espcies animais e vegetais. No mbito dos Princpios 6 e 9 do FSC os membros do Grupo APFCertifica incorporaram nas suas exploraes florestais prticas de promoo da biodiversidade, algumas das quais relacionadas com a manuteno perpetuidade do montado de sobro assegurando nveis adequados de regenerao dos sobreiros. A integrao de preocupaes de conservao e gesto da biodiversidade nas tradicionais prticas florestais aplicveis totalidade da rea florestal consiste na:

    Manuteno de um coberto florestal de rotaes longas de espcies arbreas como o sobreiro, o pinheiro-manso ou a azinheira que assegurem adequada cobertura e nveis de matria orgnica do solo;

    Manuteno de vegetao arbustiva, nomeadamente os matagais mediterrnicos ricos em espcies da famlia das leguminosas importante como coberto de abrigo e nidificao de vrias espcies de fauna e avifauna;

    Manuteno de pastagens permanentes, que asseguram o coberto e a proteco do solo;

    Preservao de uma proporo de rvores longevas, cavernosas, mortas ou decrpitas que podem favorecem algumas espcies de avifauna.

    A alterao de prticas florestais adversas conservao da biodiversidade nomeadamente:

    Reduo das intervenes florestais na vegetao das linhas de gua - reconhecidas como de elevada importncia para a biodiversidade passam a ser sujeitas a intervenes pontuais e localizadas (com seleco de rvores de futuro, remoo das rvores que impedem a passagem da gua e conduo das rvores em alto fuste). As linhas de gua com vegetao em bom estado de conservao formam um habitat distinto das reas envolvente e desde que adequadamente geridas constituem

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    importantes pontos de concentrao de biodiversidade. Desde que adequadamente conservadas as linhas de gua so fundamentais na regulao de processos de infiltrao e escorrimento de gua, assim como da reteno dos nutrientes do solo. Este tipo de vegetao beneficia ainda espcies ameaadas como o rato de cabrera, a lontra, ou passeriformes como o rouxinol dos canios.

    As intervenes no sob coberto promovem o mosaico de habitat - atravs da manuteno de reas de mato mais desenvolvido. Os matagais mediterrnicos, com a sua diversidade de espcies, so ricos em frutos (e.g. medronheiro, pilriteiro) que no Outono so procurados por vrias espcies de aves e alguns mamferos. A composio diversa destes matagais, com arbustos de alturas variadas, favorece a nidificao e diferentes passeriformes (e.g. Sylvia spp.) que a encontram coberto de predadores. As zonas de mato so tambm fundamentais para coberto de abrigo ao coelho-bravo, uma espcie-chave nos ecossistemas mediterrnicos. Por outro lado, a prpria diversidade florstica dos matagais mediterrnicos relevante fundamentando a classificao destes habitats. A manuteno de reas de matos favorece tambm a existncia de presas e a ocorrncia de predadores com estatuto de ameaa como a guia-calada, o milhafre-real ou a guia-cobreira.

    Identificao das espcies ameaadas, de acordo com as categorias do IUCN, potencialmente presentes nas exploraes florestais certificadas, com base no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal:

    A APFCertifica realizou um inventrio de espcies com estatuto de ameaa potencialmente ocorrentes nas reas do grupo. Tratando-se de ocorrncia potencial, e no comprovada no terreno, o princpio da precauo conduz os produtores florestais adopo de medidas de gesto que no coloquem em causa o habitat, ou seja no so praticadas operaes que constituam ameaas existncia das espcies listadas, aumentando o potencial de ocorrncia destas espcies nas herdades do Grupo APFCertifica.

    A delimitao de zonas nas exploraes onde o principal objectivo a conservao da biodiversidade e que por isso so geridas para este objectivo, representando estas zonas cerca de 10% da rea florestal total (cerca de 1000 ha, distribudos por 21 exploraes florestais) e identificao dos respectivos atributos de conservao

    Galerias ripcolas que se aproximam do habitat classificado pela Natura2000 92AO, subtipo pt04 Salgueirais arbustivos de Salix salvifolia subsp. salvifolia

    Montados de sobro anlogos ao habitat 6310; Manchas de mato com espcies caractersticas do habitat 5330 Matos

    termomediterrnicos pr-desrticos;

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    Pontos de gua com a vegetao ripcola envolvente em estado de conservao favorvel ou em recuperao; As barragens e os pontos de gua em geral so fundamentais para diversas espcies de fauna, para alm de suprirem necessidades da fauna, podem potencialmente constituir, em conjunto com a vegetao envolvente, importantes locais de concentrao de espcies (fauna e flora) distintas das ocorrentes nas zonas envolventes e contribuir para a riqueza em espcies da rea. A manuteno adequada da vegetao nas margens poder proporcionar habitat para espcies limcolas ameaadas como o Goraz ou a Gara Pequena ou passerifomes como o Rouxinol dos canios;

    Habitats marginais (ex. afloramentos rochosos, runas, hortas, pomares) - Estes elementos so interessantes para a conservao da biodiversidade pois fornecem alimento a vrias espcies (hortas e pomares) assim como abrigo de nidificao (e.g. morcegos ou algumas aves com interesse de conservao nidificantes em runas);

    Reconhecimento do conceito de Florestas de Alto Valor de Conservao e identificao destas reas em duas exploraes:

    O conceito de FAVC, introduzido pelo FSC em 1999, concentra-se nos valores que tornam os ecossistemas florestais relevantes em termos de conservao e preconiza a adaptao da gesto das unidades de explorao florestal de modo a salvaguardar ou melhorar a condio dos Atributos de Conservao (AAVC);

    A classificao das reas como FAVC voluntria, integrando actualmente o Grupo duas FAVC uma explorao que est inserida no Stio de Cabeo (Rede Natura 2000) e uma galeria ripcola envolvente a uma albufeira, a qual no intervencionada h muitos anos e se encontra em bom estado de conservao, e que constitui um excelente coberto de abrigo para passeriformes nidificantes em torno da rea da barragem assim como um excelente coberto de proteco s aves aquticas invernantes e algumas limcolas.

    No mbito dos princpios 4 e 5, verificou-se uma maior consciencializao social dos produtores florestais atravs do aumento da transparncia na gesto praticada, nomeadamente pela disponibilizao de um resumo pblico do Plano de Gesto Florestal e um resumo pblico anual da Monitorizao realizada. fomentada a participao dos principais interessados pela gesto florestal praticada, quer ao nvel do Grupo, atravs do envio de cartas abertas, ou de consultas mais direccionadas a especialistas. Nos membros do Grupo so auscultadas as Juntas de Freguesia, e os principais stakeholders como os trabalhadores, os prestadores de servios, os caadores, pescadores, os habitantes, apelando-se at participao de quem passa atravs da afixao de placas informativas no exterior das propriedades certificadas. Os comentrios dos stakeholders so reunidos e processados ao nvel do Grupo. Para alm da participao social, verificou-se tambm o aumento da formao, e da comunicao aos trabalhadores e prestadores de servios, bem como uma melhoria na utilizao dos Equipamentos de Proteco Individual.

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    Do ponto de vista estratgico, a aposta da APFC na certificao FSC da gesto florestal responsvel, foi impulsionada pela procura dos mercados vincolas internacionais por rolha de cortia certificada pelo FSC, a qual era praticamente inexistente no mercado nacional em 2006/07. Sendo a certificao individual um processo bastante oneroso para os produtores, o modelo de Certificao de Grupo facilitou o acesso dum maior n. de exploraes florestais, uma vez que a APFC garante apoio tcnico, monitorizao e reduo dos custos. Este processo garantiu ainda resultados relativos competitividade em dois nveis:

    Ao nvel dos produtores florestais, pois a certificao FSC actualmente uma vantagem comercial, no s pela posio mais competitiva no mercado, uma vez que a procura de cortias certificadas ainda largamente superior oferta, mas tambm pelo acrscimo de valor que se verificou no mercado da cortia;

    A preservao da biodiversidade um trunfo da rolha face aos vedantes alternativos, podendo influenciar na deciso de compra de vinhos em mercados internacionais sensveis s questes ambientais, como o mercado ingls.

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    Estimativa do Sequestro Anual de Carbono da Floresta de Eucalipto e Pinheiro Bravo em Portugal de Acordo com o Protocolo de Quioto

    Margarida Tom, Marta Baptista Coelho e Paula Soares

    UTL. Instituto Superior de Agronomia. Centro de Estudos Florestais. Tapada da Ajuda, 1349-017 LISBOA

    Introduo Portugal, ao abrigo do Protocolo de Quioto, est obrigado a reportar as emisses e remoes de carbono relativo s actividades elegveis no Art3.3 (Florestao e Desflorestao) e no Art3.4: Gesto Florestal, Gesto Agrcola e Gesto de Pastagens. Neste documento apresentada a metodologia desenvolvida pelo ISA para estimar o sequestro de carbono nos povoamentos de eucalipto e pinheiro bravo nas actividades elegveis pelos artigos 3.3 e 3.4 (Gesto Florestal) do Protocolo de Quioto. Esta estimativa baseada num simulador do desenvolvimento da floresta, o SIMYT (forest simulator based on yield tables). O SIMYT baseado numa tabela de produo mdia construda com os dados do IFN de modo a reproduzir a evoluo dos povoamentos reais com um ndice de qualidade da estao mdio e uma densidade, para cada idade, correspondente mdia do pas. O uso deste simulador implica o uso dos seguintes inputs:

    1. Uma tabela de produo mdia para cada espcie estas tabelas de produo mdias foram construdas usando o modelo GLOBULUS 3.0 (SOARES et al., 2006) para o eucalipto e o modelo Pbravo (PSCOA, 1987) para o pinheiro bravo, tendo como base os dados de campo dos dois ltimos inventrios florestais nacionais (IFN 1995/1997 e IFN 2005/2006). Estas tabelas reproduzem, tanto quanto possvel, os valores por hectare observados para cada idade nos povoamentos puros regulares classificados como povoamentos industriais. Tambm incluem outros tipos de povoamentos como os no industriais (sub-lotados), irregulares e bosquetes e clareiras.

    2. Estimativas das reas de cada um dos tipos de povoamento: povoamentos regulares de diferentes idades (povoamentos de diferentes idades so considerados como diferentes tipos de povoamento para facilitar a explicao), no industriais, irregulares, clareiras e bosquetes. Os povoamentos mistos dominantes e dominados foram includos decrescendo as correspondentes reas estimadas para cada idade de acordo com a razo entre o volume mdio por hectare de povoamentos dominantes de eucalipto e o valor da tabela de produo para a mesma idade, obtendo assim reas equivalentes a povoamentos puros. A soma da rea dos povoamentos puros com as reas equivalentes a puros que

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    entram em conta com os povoamentos mistos ser, daqui para a frente, designada por rea de eucalipto.

    3. Parmetros da simulao: inclui uma srie de parmetros usados na simulao, tal como o ano de incio da simulao, nmero de anos a simular, idade mnima para corte, idade mnima para uso industrial aps fogo, percentagem de uso pela indstria aps fogo, percentagem anual de povoamentos no industriais cortados, percentagem anual de povoamentos irregulares cortados e idade mxima admitida para povoamentos industriais.

    4. Cenrio: o cenrio descreve os valores das variveis de controlo para cada ano da simulao. Estas variveis so: volume cortado, rea ardida, rea de novas plantaes, percentagem de rea abandonada aps corte.

    A apresentao da metodologia utilizada est dividida em vrios pontos: 1) dados usados; 2) estimativa da taxa de florestao e desflorestao; 3) estimativa do sequestro anual de carbono nas novas plantaes aps 1990 (actividade 3.3 - florestao); 4) estimativa do sequestro anual de carbono na rea que era floresta antes de 1990 e se mantm floresta (actividade 3.4 Gesto Florestal). Nos pontos 3) e 4), assim como nos resultados, toma-se como exemplo o caso do eucalipto. Usou-se uma metodologia semelhante para o pinheiro bravo.

    Metodologia Dados usados Este estudo usou dados dos ltimos trs Inventrios Florestais Nacionais: IFN 1990/1992, IFN 1995/1997 e IFN 2005/2006. O IFN 1990/1992 produziu a cartografia de ocupao do solo para 1990, designada por COS90 (IGEO, 2009). Esta cartografia foi usada como base para a identificao das reas de novas plantaes (Quioto act. 3.3 florestao) e de reas florestais convertidas em outros usos (Quioto act.3.3 desflorestao). Os dados dos dois ltimos inventrios nacionais, IFN 1995/1997 e IFN 2005/2006, foram usados para a estimativa do sequestro de carbono.

    Estimativa de reas de florestao e de taxas de desflorestao Para estimar as reas de desflorestao e florestao anuais foram usadas duas fontes de dados: - COS90, cartografia de ocupao do solo em 1990 - Fotointerpretao de fotografias areas do IFN 2005/2006 (355737 fotopontos) A cartografia da COS90 foi sobreposta com os fotopontos de 2005. Os fotopontos (IFN 2005/2006) localizados em reas no disponveis na COS90 foram excludos, resultando um total de 334261 fotopontos que puderam ser usados para estimar as reas de florestao e desflorestao.

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    Tabela 1 - Classificao dos fotopontos para a estimativa das reas de florestao e desflorestao

    As reas associadas a cada categoria foram estimadas com base na proporo de fotopontos associados a cada uma delas em relao ao nmero total de fotopontos da rea florestal. No caso do eucalipto o balano entre florestao e desflorestao positivo para o perodo entre 1990 e 2005 (41583ha, o que corresponde a 2772 ha ano-1) e no caso do pinheiro bravo negativo (-242152 ha, o que corresponde a -16143 ha ano-1) para o mesmo perodo.

    Estimativa do sequestro de carbono nas reas de novas plantaes (act. 3.3 florestao) Esta simulao foi feita com a tabela de produo construda com os dados do IFN 1995/97 e usando os seguintes pressupostos, no que diz respeito s variveis de controlo:

    1. As novas plantaes aps 1990 foram plantadas para a produo de madeira e portanto cortadas aos 12 anos (rotao normalmente usada pela indstria); assim, a idade mnima para corte (um dos parmetros da simulao) foi fixado em 12 anos e foi dado ao volume da procura um valor muito alto, impossvel de atingir, de modo a "forar" o simulador a cortar todos os anos todos os povoamentos que atingem aquela idade.

    2. rea plantad0a anualmente igual taxa de florestao.

    3. A desflorestao ocorre nas novas plantaes aps 1990 com a mesma intensidade que nos outros povoamentos.

    4. Os fogos florestais ocorrem nas novas plantaes aps 1990 com a mesma intensidade que nos outros povoamentos.

    Estimativa do sequestro de carbono relativo desflorestao (act. 3.3 - desflorestao) A estimativa do sequestro de carbono relativo desflorestao (tambm definida como actividade 3.3 - desflorestao) engloba a desflorestao ocorrida tanto nas novas plantaes como na rea referida como "Gesto florestal". Os valores apresentados para a desflorestao correspondem soma das fraces dos valores de sequestro de carbono obtidos com a simulao para a act. 3.3 e 3.4. Essas fraces correspondem proporo de rea desflorestada nas novas plantaes e nas reas de gesto florestal em relao respectiva rea total.

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    Estimativa do sequestro de carbono nas reas de Gesto Florestal (act. 3.4) O sequestro de carbono na rea florestal que j era floresta antes de 1990 foi estimado usando os dados do IFN 2005/2006 para construir a tabela de produo mdia para 2006. A simulao com o SIMYT foi feita para o perodo de 2006-2012 tendo em conta os resultados obtidos na simulao anterior para a actividade 3.3:

    Ao volume de procura total em cada ano foi diminudo o volume de madeira cortada em cada ano no perodo 2006-2012 nas novas plantaes aps 1990, obtendo-se o volume da procura para a rea correspondente actividade 3.4.

    rea de cada classe de idade em 2006 (rea de eucalipto total) foi diminuda a rea da classe de idade correspondente obtida para as novas plantaes em 2006, obtendo-se assim a distribuio de reas por classe de idade para a rea correspondente actividade 3.4.

    Resultados

    Estimativa do sequestro de carbono nas reas de actividade 3.3 (novas plantaes e desflorestao) As figuras 1 a 3 mostram alguns dos resultados mais importantes da simulao da evoluo dos povoamentos de eucalipto afectos actividade 3.3. A figura 1 mostra a evoluo das reas, a figura 2 a evoluo do volume e a figura 3 a evoluo do sequestro de carbono. Como esperado, as novas plantaes esto a sequestrar uma grande quantidade de carbono devido elevada taxa de florestao estimada. Na figura 1 pode ver-se que, com excepo de pequenos cortes em povoamentos ardidos, os cortes s comeam a ocorrer quando as plantaes de 1990 atingem os 12 anos mantendo-se, a partir da, uma rea de corte aproximadamente constante, embora se note o impacto dos grandes fogos, at que os povoamentos plantados em 1990 atinjam os 24 anos (para alm do horizonte de simulao), altura em que ocorrer um novo acrscimo de rea cortada. Na figura 2 pode ver-se que a evoluo do volume cortado acompanha um padro correspondente. A evoluo do volume em p reflecte, de forma drstica, o efeito do incio dos cortes e dos grandes incndios de 2003 e 2005. As tabelas 2 e 3 mostram os valores de sequestro e perda de carbono estimados para a actividade 3.3 florestao e actividade 3.3 - desflorestao desde o comeo do perodo de compromisso. Nestas tabelas os Ganhos correspondem ao crescimento total em carbono, enquanto que o sequestro lquido o carbono realmente sequestrado aps todas as perdas terem sido descontadas: carbono dos produtos e perdas de carbono devido ao corte e fogo.

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    Figura 1 - Simulao da evoluo da rea florestal de eucalipto correspondente s novas plantaes aps 1990 (act 3.3)

    Figure 2 -Simulao da evoluo do volume correspondente s novas plantaes de eucalipto aps 1990 (act 3.3)

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    Tabela 2 - Simulao do sequestro de carbono no perodo 2008-2012 correspondente s novas plantaes de eucalipto aps 1990 (act 3.3). O ano 2008 est indicado a bold

    Tabela 3 - Simulao do sequestro de carbono no perodo de 2008-2012 correspondente Desflorestao em povoamento de eucalipto (act 3.3). O ano 2008 est indicado a bold

    Figura 3 - Simulao da evoluo do sequestro de carbono correspondente s novas plantaes de eucalipto aps 1990 (act.3.3)

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    Estimativa do sequestro de carbono nas reas de Gesto Florestal (act.3.4) Os resultados da simulao para o eucalipto feita para a actividade 3.4 so mostrados nas figuras 4 a 6 e nas tabelas 5 e 6. Na figura 5 pode-se verificar que no foi possvel atingir o volume da procura correspondente actividade 3.4. Este facto implica que na realidade devem ter ocorrido cortes nas novas plantaes em povoamentos de idade inferior a 12 anos, isto , o volume cortado nas reas da act.3.3 deve ter sido superior ao apresentado no grfico.

    Figura 4 - Simulao da evoluo da floresta de eucalipto correspondente rea de Gesto Florestal de eucalipto (act.3.4)

    Tabela 4 - Simulao do sequestro de carbono para o eucalipto no perodo 2008-2012 correspondente s reas de Gesto Florestal (act. 3.4). O Ano 2008 est a bold

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    Figura 5 - Simulao da evoluo do volume correspondente rea de Gesto Florestal de eucalipto (act. 3.4)

    Figura 6 - Simulao da evoluo do sequestro de carbono no perodo 2008-2012 correspondente s reas de Gesto Florestal de eucalipto (act. 3.4)

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    Discusso Neste trabalho apresentou-se a metodologia que de momento est a ser utilizada para fazer a estimativa de sequestro de carbono em povoamentos de eucalipto e pinheiro bravo para o Protocolo de Quioto. H ainda perspectivas de melhoramento da metodologia apresentada. O principal ponto est relacionado com a estimativa das taxas de florestao e desflorestao cuja metodologia ser diferente da apresentada assim que a cartografia da COS90 for rectificada e estiver disponvel a cartografia referente a 2007 (COS2007). Em relao simulao da evoluo dos povoamentos de eucalipto, est j disponvel um simulador baseado na projeco de cada parcela de inventrio e que inclui um modelo para a projeco de povoamentos irregulares (BARREIRO e TOM, 2009). Espera-se usar este simulador antes da submisso final do sequestro de carbono para 2008. Outro problema detectado tem a ver com a estimativa das idades nos povoamentos de eucalipto no ltimo IFN. De facto, verificou-se que a estimativa para a mdia do ndice de qualidade da estao, calculado com a altura dominante e a idade mdia das rvores dominantes de cada parcela, muito inferior estimada com os dados do IFN 1995/1997. No faz sentido que esta diminuio seja real, mas sim fruto de uma deficiente estimativa de idades. As parcelas de campo foram revisitadas por equipas especificamente treinadas pela CELPA para a estimativa de idades cerca de um ano aps terem sido medidas durante o IFN 2005/2006, estando a ser negociado o acesso a esses dados de modo a ser possvel "corrigir" a tabela de produo obtida para 2006. O SIMYT tem alguns pressupostos que podem ser melhorados no futuro: 1) os povoamentos regulares so cortados dos mais velhos para os mais jovens, estando a ser implementado um novo algoritmo que considera probabilidades de corte para cada idade; 2) o simulador assume que todos os povoamentos ardidos que no so abandonados so imediatamente cortados e plantados no ano seguinte, podendo ser considerado um tempo varivel entre o fogo, corte e plantao em futuras simulaes, o mesmo acontecendo aps corte; 4) se o volume da procura no atingido aps a simulao do sequestro de carbono para a rea de actividade 3.4 possvel fazer repeties iterativas das simulaes 3.3 e 3.4 at que o volume da procura seja atingido. A melhoria das estatsticas do volume cortado anual tambm crucial para as estimativas do sequestro de carbono. Bibliografia BARREIRO, S., TOM, M., 2009. SIMPLOT: Simulating the impacts of fire severity on sustainability of eucalyptus

    forests in Portugal. Ecol. Indicat. doi:10.1016/j.ecolind.2009.06.015. DGRF, 2006. Manual de instrues para a realizao do trabalho de fotointerpretao 5 Inventrio Florestal

    Nacional. Direco Geral dos Recursos Florestais, Lisboa, Portugal (publicao interna). IGEO, 2009. www.igeo.pt/produtos/CEGIG/COS.htm consultado em Maro de 2009. PSCOA, F, 1987. Estrutura, crescimento e produo em povoamentos de pinheiro bravo. Um modelo de

    simulao. Tese de doutoramento. ISA/UTL, Lisboa. SOARES, P., OLIVEIRA, T., TOM, M., 2006. O modelo Globulus 3.0. Publicaes GIMREF - RC2/2006.

    Departamento de Engenharia Florestal, Instituto Superior de Agronomia, Lisboa.

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    Emisses de Dixido de Carbono de Origem Fssil Associadas Floresta de Eucalipto e Pinheiro Bravo

    Ana Cludia Dias, Lus Arroja e Isabel Capela

    Universidade de Aveiro. CESAM - Departamento de Ambiente e Ordenamento, 3810-193 AVEIRO Resumo. No mbito das actividades de gesto florestal so realizadas diversas operaes mecanizadas e motomanuais que contribuem para a emisso de CO2 decorrente da queima de combustveis fsseis. O objectivo deste estudo consistiu no desenvolvimento de uma metodologia para a determinao das emisses de CO2 de origem fssil associadas gesto florestal e sua aplicao floresta de eucalipto e pinheiro bravo em Portugal. As emisses foram calculadas para todas as operaes integradas nas fases de preparao do terreno, estabelecimento e conduo dos povoamentos florestais, explorao florestal e estabelecimento da rede viria e divisional. As emisses de CO2 foram estimadas em 10,7 e 9,4 kg CO2 por m3 de madeira sem casca, respectivamente para o eucalipto e o pinheiro bravo. Os resultados da anlise de sensibilidade efectuada demonstram que, mesmo mantendo uma gesto florestal de acordo com as regras de boas prticas e um nvel de mecanizao elevado, possvel atingir um decrscimo nas emisses de CO2 de cerca de 20%, tanto na floresta de eucalipto como na floresta de pinheiro bravo. Nos povoamentos de pinheiro bravo, o decrscimo nas emisses de CO2 pode ser alargado quase at aos 25% se, adicionalmente, for aproveitada a regenerao natural.

    ***

    Introduo As florestas desempenham um papel importante no ciclo do carbono. Por um lado, constituem reservatrios de carb