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B4 Paraíba Terça-feira, 07 de janeiro de 2014 O Direito e o Trabalho [email protected] [email protected] Gestante pode perder direitos da estabilidade DORGIVAL TERCEIRO NETO JÚNIOR A Vara do Trabalho de Itabira-MG entendeu que houve abuso de direito no pedido de estabilidade gravídica feito por uma empregada, porque, mesmo já ciente da gravidez um dia após sua dispensa, ela não comunicou o fato à empresa e só veio a entrar com a ação pedindo a reintegração ou indenização substitutiva da estabilidade quando faltava apenas um mês para o fim do período estabilitário. A decisão contraria a jurisprudência dominante sobre o tema e o entendimento consolidado nas Sú- mulas nº 244, II, e nº 396, I, do TST, pelo qual o ajuiza- mento de ação trabalhista após transcorrido o prazo da estabilidade não caracteriza renúncia ao direito. Mas a magistrada manifestou sua discordância quanto esse entendimento, o qual, no seu ponto de vista, sugere que a mulher grávida, quando dispensa- da sem que a empresa tenha conhecimento da gra- videz, pode permanecer sem trabalhar, optando por reivindicar, posteriormente, apenas o pagamento das indenizações substitutivas do período da garantia. Situação essa que, no seu entender, execede os limites da boa fé e contraria o fim social do instituto. Pontuou a juíza que o objetivo do legislador ao instituir a garantia de emprego à gestante até cin- co meses após o parto foi o de garantir proteção à mulher e ao nascituro contra a dispensa arbitrária, de modo a incutir na mente dos empregadores que a gravidez é um episódio fisiológico normal e que, mesmo durante e após sua ocorrência, a mulher é plenamente capaz de trabalhar. Mas, no caso, a magistrada entendeu que, es- tando ciente um dia após a dispensa de que estava grávida, a empregada deveria ter comunicado esse fato à empresa para que esta tivesse oportunidade de reintegrar a trabalhadora no emprego, em obe- diência aos preceitos legais e constitucionais que regem a matéria. Para ela, houve abuso de direito por parte da empregada, que só propôs a reclama- ção trabalhista pleiteando a reitengração ou a inde- nização três meses após o parto, quando já passados 10 meses da dispensa. Por assim entender, a magistrada julgou impro- cedente o pedido de reintegração ou indenização substitutiva da estabilidade gestacional feito pela trabalhadora. (TRT 3ª Região – VT de Itabira-MG – Proc. 0001163-06.2012.5.03.0060) REPARAÇÃO POR RACISMO A Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro condenou o empregador a reparar um trabalhador demitido por racismo. O trabalhador afirmou que, embora detentor de estabilidade provisória, por ter sido eleito para repre- sentar os empregados na Cipa, acabou sendo demiti- do pelo fato de seu chefe não gostar de trabalhar com negros. O relator do recurso, desembargador Mário Sér- gio M. Pinheiro, destacou que o que mais chamou a atenção no processo foi o comportamento da empresa ao repetir em memoriais e sustentação oral que suas testemunhas eram negras. “Qual a diferença entre testemunhas negras, brancas, amarelas, índias, etc.?”. O relator, após examinar os depoimentos colhi- dos no processo, concluiu que eram verdadeiras as declarações da testemunha do trabalhador quando afirmou que “já viu o autor sofrendo com atitudes ra- cistas” e que o chefe “já chamou o autor de ‘macaco’”, restando configurada a prática de racismo. O magistrado destacou ainda que: ”A sociedade brasileira tem uma dívida a pagar pelo crime contra humanidade praticado contra a maioria negra do seu país. Deixar que fatos como esse fiquem sem a devida sanção implica abdicar do dever do Poder Judiciário em zelar pelos avanços conquistados de forma tão dura pela nossa sociedade e inscritos como cláusulas pétreas em nossa Constituição.” (TRT 1ª Região – 1ª Turma – Proc. n. 0000770- 67.2011.5.01.0482) Maioria será destinada a especialidade de Tecnologia da Informação TRT confirma concurso para este ano com 33 vagas Agradeço o empenho dos servidores que trabalharam direta e indiretamente no processo de implantação do novo sistema. Cumprimos nosso dever e agora estamos à disposi- ção para atender qualquer demanda sobre o PJe-JT Desembargador Leonardo Trajano, presidente do Comitê de Instalação do PJe-JT na Paraíba EXPEDIENTE Trabalhos voltam ao normal após recesso O Tribunal do Tra- balho da Paraíba, en- cerra, nesta terça-fei- ra, 7, o recesso forense e volta ao horário nor- mal de funcionamento. Todas as unidades no estado passarão a fun- cionar das 7h às 17h. Durante o reces- so, uma resolução ad- ministrativa estabe- leceu um sistema de plantão permanente de magistrados e servi- dores, cumprido de 20 de dezembro de 2013 até esta segunda-feira, 6, quando as unidades administrativas e ju- diciárias funcionaram das 8h às 12h. Vínculo Estagiário de Direito não exercia nenhuma atividade relativa ao curso superior. O Tribunal do Traba- lho da Paraíba confirmou a realização de concurso público para este ano de 2014, quando serão ofere- cidas 33 vagas, a grande maioria na área de infor- mática (Tecnologia da In- formação). Ainda não exis- te uma data definida, nem previsão se acontecerá no primeiro semestre. O pro- cesso está na fase de es- colha da empresa que vai realizar o concurso. Os estudos para a re- alização do concurso pú- blico no TRT paraibano co- meçaram no ano de 2010 e as vagas se destinam exclusivamente às áreas onde as especialidades são insuficientes ou simples- mente inexistentes. São vagas geradas principal- mente a partir de deman- das do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Con- selho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e para o cumprimento das metas anuais do Poder Judici- ário. Obedecem, ainda, a Resolução 90/2009 do CNJ que define um núme- ro mínimo de vagas na es- pecialidade Tecnologia da Informação. Para o cargo de Analis- ta Judiciário serão ofereci- das 18 vagas e para o car- go de Técnico Judiciário, 15. Para informática serão 22 vagas, entre analista e técnico. Já para saúde serão seis vagas, distribu- ídas entre várias especiali- dades. Com o lançamento do edital, os interessados vão tomar conhecimento de todos os requisitos. A Presidência do TRT definiu que o site da ins- tituição (www.trt13.jus.br) trará notícias sempre que houver uma novidade so- bre o concurso, para que os interessados tenham amplo conhecimento do certame. VAGAS OFERECIDAS CARGO: ANALISTA JUDICIÁRIO Especialidade Vagas Tecnologia da Informação 7 Contabilidade 2 Estatística 1 Medicina 1 Medicina do Trabalho 1 Psicologia 1 Fisioterapia 1 Odontologia 1 Enfermagem 1 Engenharia - Segurança do Trabalho 1 Arquivologia 1 Total de vagas para o cargo de Analista Judiciário: 18 CARGO: TÉCNICO JUDICIÁRIO Especialidade Vagas Tecnologia da Informação 15 Total de vagas para o cargo de Técnico Judiciário: 15 Total geral de vagas: 33 INSTALAÇÃO DO PJE-JT Tribunal cumpre meta de 2013 A Vara do Trabalho de Cajazeiras foi a última do ano a receber o processo eletrônico nacional O Tribunal do Traba- lho da Paraíba cumpriu o calendário de implantação do novo processo eletrôni- co, o PJe-JT, definido para o ano de 2013. A última unidade a receber o pro- cesso nacional foi a Vara do Trabalho de Cajazeiras. O Grupo de Trabalho e Negócios do PJe-JT capa- citou servidores, magistra- dos e advogados, orientou sobre as rotinas iniciais da Vara do Trabalho, repas- sou conhecimento sobre Certificação Digital e mos- trou a estrutura interna criada pelo Tribunal para dar suporte presencial e re- moto às Varas do Trabalho. Segundo o coordenador de Estatística e do Grupo de Trabalho e Negócios do PJe-JT, Ronaldo Costa, a implantação na VT de Ca- jazeiras foi tranquila. “O sistema funcionou perfeita- mente, atendendo a todas as demandas exigidas pelos instrutores e servidores”. O PJe-JT foi instala- do em oito Varas do Tra- balho, cumprindo a meta que estabelecia a implan- tação do processo em 40% das unidades da Justiça do Trabalho no Estado. O desembargador Leonardo Trajano, que preside o Co- mitê de Instalação do PJe- JT na Paraíba, agradeceu o empenho dos servidores que trabalharam direta e indiretamente no proces- so de implantação do novo sistema. “Cumprimos nos- so dever e agora estamos à disposição para atender qualquer demanda sobre o PJe-JT”, disse. A tarefa no estado foi cumprida pelo Grupo de Trabalho e Negócios para acompanhamento e expansão do Processo Judicial Eletrônico de 1º e 2º graus, com o apoio de vários setores do Regional. Criado pela presidência do TRT através do Ato TRT GP nº 348/2013, cabe ao Grupo o atendimento aos usuários para esclarecimento de dúvidas e resolução de problemas de funcionamento. É responsável ainda pela realização de fóruns de discussão entre os usuários. Segundo Cláudia Guimarães, que integra o grupo, em todas as unidades onde o PJe-JT foi adotado, os trabalhos estão acontecendo dentro da normalidade. “O grupo está à disposição para qualquer consulta sobre o novo sistema”, disse. O grupo ainda ministrou treinamento nas Varas que primeiro receberam o Processo Judicial Eletrônico Nacional na paraíba, a 1ª e a 2ª Varas de Santa Rita e a VT de Mamanguape. ! Treinamento para as unidades pioneiras Varas do Trabalho que tiveram o PJe-JT implantado em 2013: . Areia . Itaporanga . Itabaiana . Guarabira . Catolé do Rocha . Patos . Sousa . Cajazeiras NA PARAÍBA A Segunda Turma de Julgamento do Tribunal do Trabalho da Paraíba reconheceu o vínculo em- pregatício de estagiário de Direito que não exercia ne- nhuma atividade relativa ao curso superior. O cole- giado entendeu que a lei do estágio foi descumprida e determinou que a empresa Financeira Alfa S/A Crédito Financeiro e Investimentos e Banco Alfa S/A paguem verbas rescisórias referen- tes a horas extras, aviso prévio, férias, 13º salário, entre outros títulos duran- te o período em que esteve trabalhando na empresa. Segundo o processo, o estudante do curso de Di- reito firmou compromis- so de está- gio com a Fi- nanceira de 2010 a 2012, através da Associação Paraibana de Educação e Cultura. Contudo, as ati- vidades realizadas por ele correspondiam a prestação de serviços de financia- mento, in- vestimento e cobrança de crédito. “O recla- mante, por- tanto, não desempenhava nenhuma atividade com- patível com as disciplinas do curso de Direito capaz de justificar a finalidade precípua do aludido está- gio que é complementar o aprendizado com as situa- ções práticas vinculadas à graduação universitária”, destacou o desembargador Eduardo Sérgio, relator do processo nº 0089900- 77.2012.5.13.0004. CONDENAÇÃO DE FINANCEIRA Estágio sem atividade compatível

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B4 Paraíba Terça-feira, 07 de janeiro de 2014

O Direito e o [email protected]

[email protected]

Gestante pode perder direitos da estabilidade

DorGival Terceiro NeTo JúNior

A Vara do Trabalho de Itabira-MG entendeu que houve abuso de direito no pedido de estabilidade gravídica feito por uma empregada, porque, mesmo já ciente da gravidez um dia após sua dispensa, ela não comunicou o fato à empresa e só veio a entrar com a ação pedindo a reintegração ou indenização substitutiva da estabilidade quando faltava apenas um mês para o fim do período estabilitário.

A decisão contraria a jurisprudência dominante sobre o tema e o entendimento consolidado nas Sú-mulas nº 244, II, e nº 396, I, do TST, pelo qual o ajuiza-mento de ação trabalhista após transcorrido o prazo da estabilidade não caracteriza renúncia ao direito.

Mas a magistrada manifestou sua discordância quanto esse entendimento, o qual, no seu ponto de vista, sugere que a mulher grávida, quando dispensa-da sem que a empresa tenha conhecimento da gra-videz, pode permanecer sem trabalhar, optando por reivindicar, posteriormente, apenas o pagamento das indenizações substitutivas do período da garantia. Situação essa que, no seu entender, execede os limites da boa fé e contraria o fim social do instituto.

Pontuou a juíza que o objetivo do legislador ao instituir a garantia de emprego à gestante até cin-co meses após o parto foi o de garantir proteção à mulher e ao nascituro contra a dispensa arbitrária, de modo a incutir na mente dos empregadores que a gravidez é um episódio fisiológico normal e que, mesmo durante e após sua ocorrência, a mulher é plenamente capaz de trabalhar.

Mas, no caso, a magistrada entendeu que, es-tando ciente um dia após a dispensa de que estava grávida, a empregada deveria ter comunicado esse fato à empresa para que esta tivesse oportunidade de reintegrar a trabalhadora no emprego, em obe-diência aos preceitos legais e constitucionais que regem a matéria. Para ela, houve abuso de direito por parte da empregada, que só propôs a reclama-ção trabalhista pleiteando a reitengração ou a inde-nização três meses após o parto, quando já passados 10 meses da dispensa.

Por assim entender, a magistrada julgou impro-cedente o pedido de reintegração ou indenização substitutiva da estabilidade gestacional feito pela trabalhadora.

(TRT 3ª Região – VT de Itabira-MG – Proc. 0001163-06.2012.5.03.0060)

REPARAÇÃO POR RACISMO

A Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro condenou o empregador a reparar um trabalhador demitido por racismo.

O trabalhador afirmou que, embora detentor de estabilidade provisória, por ter sido eleito para repre-sentar os empregados na Cipa, acabou sendo demiti-do pelo fato de seu chefe não gostar de trabalhar com negros.

O relator do recurso, desembargador Mário Sér-gio M. Pinheiro, destacou que o que mais chamou a atenção no processo foi o comportamento da empresa ao repetir em memoriais e sustentação oral que suas testemunhas eram negras. “Qual a diferença entre testemunhas negras, brancas, amarelas, índias, etc.?”.

O relator, após examinar os depoimentos colhi-dos no processo, concluiu que eram verdadeiras as declarações da testemunha do trabalhador quando afirmou que “já viu o autor sofrendo com atitudes ra-cistas” e que o chefe “já chamou o autor de ‘macaco’”, restando configurada a prática de racismo.

O magistrado destacou ainda que: ”A sociedade brasileira tem uma dívida a pagar pelo crime contra humanidade praticado contra a maioria negra do seu país. Deixar que fatos como esse fiquem sem a devida sanção implica abdicar do dever do Poder Judiciário em zelar pelos avanços conquistados de forma tão dura pela nossa sociedade e inscritos como cláusulas pétreas em nossa Constituição.”

(TRT 1ª Região – 1ª Turma – Proc. n. 0000770-67.2011.5.01.0482)

Maioria será destinada a especialidade de Tecnologia da Informação

TRT confirma concursopara este ano com 33 vagas

Agradeço o empenho dos servidores que trabalharam direta e indiretamente no processo de implantação do novo sistema. Cumprimos nosso dever e agora estamos à disposi-ção para atender qualquer demanda sobre o PJe-JT

Desembargador Leonardo Trajano, presidente do Comitê de Instalação do PJe-JT na Paraíba

““

ExPEdIEntE

Trabalhos voltam ao normal após recesso

O Tribunal do Tra-balho da Paraíba, en-cerra, nesta terça-fei-ra, 7, o recesso forense e volta ao horário nor-mal de funcionamento. Todas as unidades no estado passarão a fun-cionar das 7h às 17h.

Durante o reces-so, uma resolução ad-

ministrativa estabe-leceu um sistema de plantão permanente de magistrados e servi-dores, cumprido de 20 de dezembro de 2013 até esta segunda-feira, 6, quando as unidades administrativas e ju-diciárias funcionaram das 8h às 12h.

VínculoEstagiário de Direito não exercia nenhuma atividade relativa ao curso superior.

O Tribunal do Traba-lho da Paraíba confirmou a realização de concurso público para este ano de 2014, quando serão ofere-cidas 33 vagas, a grande maioria na área de infor-mática (Tecnologia da In-formação). Ainda não exis-te uma data definida, nem previsão se acontecerá no primeiro semestre. O pro-cesso está na fase de es-colha da empresa que vai realizar o concurso.

Os estudos para a re-alização do concurso pú-blico no TRT paraibano co-meçaram no ano de 2010 e as vagas se destinam exclusivamente às áreas onde as especialidades são insuficientes ou simples-mente inexistentes. São vagas geradas principal-mente a partir de deman-das do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Con-selho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e para

o cumprimento das metas anuais do Poder Judici-ário. Obedecem, ainda, a Resolução 90/2009 do CNJ que define um núme-ro mínimo de vagas na es-pecialidade Tecnologia da Informação.

Para o cargo de Analis-ta Judiciário serão ofereci-das 18 vagas e para o car-go de Técnico Judiciário, 15. Para informática serão 22 vagas, entre analista e técnico. Já para saúde serão seis vagas, distribu-ídas entre várias especiali-dades. Com o lançamento do edital, os interessados vão tomar conhecimento de todos os requisitos.

A Presidência do TRT definiu que o site da ins-tituição (www.trt13.jus.br) trará notícias sempre que houver uma novidade so-bre o concurso, para que os interessados tenham amplo conhecimento do certame.

VAgAS OfERECIdAS

CARgO: AnAlIStA JudICIáRIO

Especialidade VagasTecnologiadaInformação 7Contabilidade 2Estatística 1Medicina 1MedicinadoTrabalho 1Psicologia 1Fisioterapia 1Odontologia 1Enfermagem 1Engenharia-SegurançadoTrabalho 1Arquivologia 1total de vagas para o cargo de Analista Judiciário: 18

CARgO: téCnICO JudICIáRIO

Especialidade VagasTecnologiadaInformação 15

total de vagas para o cargo de técnico Judiciário: 15

total geral de vagas: 33

InStAlAÇÃO dO PJE-Jt

Tribunal cumpre meta de 2013

a vara do Trabalho de cajazeiras foi a última do ano a receber o processo eletrônico nacional

O Tribunal do Traba-lho da Paraíba cumpriu o calendário de implantação do novo processo eletrôni-co, o PJe-JT, definido para o ano de 2013. A última unidade a receber o pro-cesso nacional foi a Vara do Trabalho de Cajazeiras.

O Grupo de Trabalho e Negócios do PJe-JT capa-citou servidores, magistra-dos e advogados, orientou sobre as rotinas iniciais da Vara do Trabalho, repas-sou conhecimento sobre Certificação Digital e mos-trou a estrutura interna criada pelo Tribunal para dar suporte presencial e re-moto às Varas do Trabalho. Segundo o coordenador de Estatística e do Grupo de Trabalho e Negócios do PJe-JT, Ronaldo Costa, a implantação na VT de Ca-jazeiras foi tranquila. “O sistema funcionou perfeita-mente, atendendo a todas as demandas exigidas pelos instrutores e servidores”.

O PJe-JT foi instala-do em oito Varas do Tra-balho, cumprindo a meta que estabelecia a implan-tação do processo em 40% das unidades da Justiça do Trabalho no Estado. O desembargador Leonardo Trajano, que preside o Co-mitê de Instalação do PJe-JT na Paraíba, agradeceu o empenho dos servidores que trabalharam direta e indiretamente no proces-so de implantação do novo sistema. “Cumprimos nos-so dever e agora estamos à disposição para atender qualquer demanda sobre o PJe-JT”, disse.

AtarefanoestadofoicumpridapeloGrupodeTrabalhoeNegóciosparaacompanhamentoeexpansãodoProcessoJudicialEletrônicode1ºe2ºgraus,comoapoiodeváriossetoresdoRegional.CriadopelapresidênciadoTRTatravésdoAtoTRTGPnº348/2013,cabeaoGrupooatendimentoaosusuáriosparaesclarecimentodedúvidaseresoluçãodeproblemasdefuncionamento.Éresponsávelaindapelarealizaçãodefórunsdediscussãoentreosusuários.SegundoCláudiaGuimarães,queintegraogrupo,emtodasasunidadesondeoPJe-JTfoiadotado,ostrabalhosestãoacontecendodentrodanormalidade.“Ogrupoestáàdisposiçãoparaqualquerconsultasobreonovosistema”,disse.OgrupoaindaministroutreinamentonasVarasqueprimeiroreceberamoProcessoJudicialEletrônicoNacionalnaparaíba,a1ªea2ªVarasdeSantaRitaeaVTdeMamanguape.

!Treinamento para as unidades pioneiras

Varas do trabalho que tiveram o PJe-Jt implantado em 2013:

. Areia

. Itaporanga

. Itabaiana

. guarabira

. Catolé do Rocha

. Patos

. Sousa

. Cajazeiras

nA PARAíbA

A Segunda Turma de Julgamento do Tribunal do Trabalho da Paraíba reconheceu o vínculo em-pregatício de estagiário de Direito que não exercia ne-nhuma atividade relativa ao curso superior. O cole-giado entendeu que a lei do estágio foi descumprida e determinou que a empresa Financeira Alfa S/A Crédito Financeiro e Investimentos e Banco Alfa S/A paguem

verbas rescisórias referen-tes a horas extras, aviso prévio, férias, 13º salário, entre outros títulos duran-te o período em que esteve trabalhando na empresa.

Segundo o processo, o estudante do curso de Di-reito firmou compromis-so de está-gio com a Fi-

nanceira de 2010 a 2012, através da Associação Paraibana de Educação e Cultura. Contudo, as ati-vidades realizadas por ele correspondiam a prestação

de serviços de financia-mento, in-vestimento e cobrança de crédito.

“O recla-mante, por-

tanto, não desempenhava nenhuma atividade com-patível com as disciplinas do curso de Direito capaz de justificar a finalidade precípua do aludido está-gio que é complementar o aprendizado com as situa-ções práticas vinculadas à graduação universitária”, destacou o desembargador Eduardo Sérgio, relator do processo nº 0089900-77.2012.5.13.0004.

COndEnAÇÃO dE fInAnCEIRA

Estágio sem atividade compatível

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B4 Paraíba Terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O Direito e o [email protected]

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Justiça do Trabalho julga dano do empregado

Dorgival Terceiro NeTo JúNior

É da competência da Justiça do Trabalho julgar ação de ressarcimento de danos causados por ex-empregado contra o patrão, em decorrência da relação de emprego, conforme decisão da Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, sob a relatoria da ministra Isabel Gallotti.

No caso, uma instituição de ensino sem fins lucra-tivos de Manaus, ajuizou ação pedindo o ressarcimento de quantias indevidamente apropriadas por um ex-em-pregado.

Sustentou que o ex-empregado exercia cargo de confiança e que, durante parte do período de vigência do contrato de trabalho, desviou mais de R$ 30 mil em provei-to próprio e de outra ex-empregada. A transação, segundo o instituto, era feita mediante subterfúgio escritural, com pagamento de salários superiores ao contratado, motivo da demissão por justa causa.

Além do valor desviado, a instituição alegou que é credor dos depósitos a maior feitos na conta vinculada do FGTS do ex-empregado. Por fim, assinalou que a justa cau-sa foi referendada pela Justiça do Trabalho em reclamação trabalhista ajuizada pelo empregado demitido.

A ação foi distribuída à Décima Vara do Trabalho de Manaus, mas o juiz declarou que, por possuir natureza ci-vil, a ação de reparação de danos por apropriação indébita deveria ser julgada pela Justiça comum.

Quando o processo aportou, por redistribuição, na Décima Vara Cível e de Acidentes do Trabalho de Manaus, o juiz também se declarou incompetente por entender que cabe à Justiça do Trabalho apreciar as consequências do ilí-cito praticado por empregado durante vigência de contrato de trabalho.

A relatora do conflito negativo de competência, ministra Isabel Gallotti, apesar de ressaltar a discrepância de entendimento existente sobre o tema no âmbito do próprio STJ, decidiu que a competência seria da Justiça do Trabalho.

Segundo a relator, o artigo 114 da Constituição Fede-ral dispõe que cabe à Justiça do Trabalho processar e julgar “as ações oriundas da relação do trabalho”, bem como “as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, de-correntes da relação de trabalho”, independentemente de ser a ação de autoria do empregado ou do empregador.

Para a ministra, foi em função do grau de confiança de que gozava no curso da relação de emprego que o ex-empregado teria direcionado para sua conta corrente va-lores superiores aos devidos pelo empregador, que agora busca reaver o excesso. Essa pretensão, disse ela, insere-se no artigo 114, incisos I e VI, da Constituição, “porque o su-posto ilícito foi cometido durante e em função da vigência do pacto laboral”.

(STJ – 2ª Seção – Proc. nº CC 122556)

ADVOGADO DE BANCO TEM JORNDA DE 06 HORAS/DIA

A Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Distrito Federal e Tocantins que o advogado de banco tem direito a jornada de trabalho de seis horas/dia.

O banco demandado negou a pagar horas extras ao empregado sob o argumento de que ele trabalhava como advogado e havia feito opção pelo regime de dedicação integral, nos termos da lei que rege a advocacia.

Em primeiro grau, o magistrado entendeu que não se podia aplicar a norma prevista no Estatuto da Advocacia para regular sua carga horária, porque “A autora é, como sempre foi, bancária, e como tal, tem sua jornada de traba-lho fixada por regra celetista (art. 224)”.

No Tribunal, a relatora, juíza convocada Elke Doris Just, apesar de anotar a recente mudança na jurisprudên-cia do TST, que passou a reconhecer o causídico de banco como categoria diferenciada de advogado e não bancário, manteve o deferimento de horas extras pelo fato de não ter ficado provado que a reclamante fizera opção pelo regime de dedicação exclusiva como advogada.

(TRT 10ª. Região – 2ª. Turma – Proc. 00522-2012-802-10-00-7-RO)

Empregado sofreu acidente causado por falha elétrica em sistema

Empresa é condenada por danos morais e estéticos

Ao contrário do que sustenta a defesa, a trabalhadora não se submeteu a nenhum processo de seleção, mas à efetiva fase de trei-namento para adquirir aptidão para o melhor desempenho da ativida-de, tendo cumprido jornada de trabalho exigida no contrato

Desembargador Paulo Américo Maia Filho

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fERIADOS E fACulTATIVOS

Calendário 2014 é divulgado pelo TRT

O calendário ofi-cial de 2014 da Justiça do Trabalho da Paraí-ba já foi publicado no site oficial do Tribunal Regional do Trabalho (www.trt13.jus.br). O ato foi assinado pelo desembargador Ubi-ratan Delgado, vice-presidente do TRT, no exercício da Presidên-cia e considera que a divulgação antecipada dos feriados beneficia-rá a população e os ad-vogados.

O calendário traz os feriados, pontos fa-cultativos e expediente

parcial na Justiça do Trabalho e pode ser consultado pelo link: https://www.trt13.jus.br/informe-se/ca-lendario/calendario-oficial-2014/view.

Neste mês de ja-neiro o calendário ain-da registra um feriado, é no município de Pi-cuí, na segunda-feira, 20, quando se come-mora o dia do padro-eiro local. Em fevereiro o calendário registra apenas um feriado. É no município de Gua-rabira, dia 2, que cai em um domingo.

A Primeira Turma de Julgamento do Tribunal do Trabalho da Paraíba deci-diu condenar a empresa Miriri Alimentos e Bioener-gia S/A ao pagamento de R$ 70 mil por danos morais e estéticos a um empregado que sofreu acidente causa-do por descarga elétrica no sistema de automação. O valor da indenização im-posto na 1ª Vara do Traba-lho de Santa Rita foi redu-zido após a reclamada ter recorrido da sentença.

A empresa solicitou reforma da decisão alegan-do que não deu causa ao acidente que vitimou o em-pregado e ofereceu com-pleta assistência. O em-pregado foi vitimado pela explosão de uma máquina denominada de “secador”, sofrendo lesões físicas e queimaduras de segundo e terceiro graus nas mãos, face, costas, coxa e pan-turrilhas, ficando incapaz para o serviço anteriormen-te prestado, sendo direcio-nado para outro setor.

A perícia constatou que o acidente só aconte-ceu porque o sistema de aterramento não estava adequado, o que ocasio-nou a explosão. Diante do resultado das provas téc-nicas, o juiz em primeiro grau reconheceu a respon-sabilidade da emprega-dora e impôs condenação por danos morais e esté-ticos no valor total de R$

Perícia constatou que o sistema de aterramento não estava adequado, o que causou a explosão

100 mil. O acidente cau-sou repercussão na vida do empregado, como so-frimento e angústia, além de deterioração e perda da qualidade de vida.

Visando manter a har-

monia das decisões profe-ridas os desembargadores decidiram reduzir a inde-nização por danos morais e estéticos, respectivamen-te aos montantes de R$ 40 mil e R$ 30 mil, totalizan-

do o valor de R$ 70 mil. O voto do relator, desembar-gador Paulo Américo Maia Filho foi acordado pelos de-sembargadores da 1ª Tur-ma. Processo nº 0102900-75.2012.5.13.0027.

PJE-JT NO INTERIOR

Tribunal reforça treinamentoO Grupo de Trabalho

e Negócios do Processo Ju-dicial Eletrônico da Justiça (PJe-JT) está reforçando o treinamento nas Varas do Trabalho de Cajazeiras, Sousa e Patos, buscando uma melhor utilização do sistema, bem como escla-recer procedimentos das fases de liquidação e exe-cução nas ações trabalhis-tas.

Em Cajazeiras e Sou-sa o trabalho foi concluído na semana passada e esta semana o trabalho acon-tece em Patos. Segundo o coordenador de Estatística e do Grupo de Trabalho e Negócios do PJe-JT, Ro-naldo Costa, em Cajazei-ras foram desenvolvidos mais de 19 modelos junta-mente com os servidores.

“Todos estão devidamente capacitados e motivados com o PJe-JT. Em Sousa orientamos os servidores sobre os 20 processos au-tuados nos últimos dias e em Patos estamos com mais de 60 processos sem nenhum problema, apenas pequenas dúvidas”, disse Ronaldo, informando que está agendando um treina-mento para os advogados da região de Patos.

“Acredito que o supor-te presencial foi muito pro-dutivo, trazendo tranquili-dade às Varas do Trabalho, demonstran-do a preocu-pação com que o TRT está tratando o projeto do

PJe-JT, com relação a con-tinuidade, suporte e aten-dimento”, concluiu.

Nova versão do PJe-JTNo início do ano a

versão 1.4.8 do PJe-JT foi colocada no ambiente de homologação e liberado o acesso para verificação das novas práticas e alteração de procedimentos. O Gru-po de Trabalho e Negócios, desde o último dia 4 está fazendo testes no novo sis-tema e preparando um do-cumento com uma lingua-

gem acessível a servidores e diretores das unidades sobre as mo-dificações e novas funcio-nalidades.

Os testes feitos na nova versão mostram que diversos procedimentos foram alterados causando maior celeridade no fluxo processual, tais como vi-sualização/liberação do segredo de justiça para os diretores, procedimen-to que anteriormente era visualizado somente pelos magistrados. A nova ver-são traz, ainda, facilidade no acesso e quantidade menor de ‘cliques’ para efetuar um procedimento.

Segundo Ronaldo Cos-ta, após os testes o Grupo de Trabalho enviará para a Secretaria de Tecnologia da Informação (Setic) do-cumento contendo todos os procedimentos. Depois, a nova versão irá para a área de produção.

AtendimentoSuporte presencial foi produtivo trazendo tranquilidade às Varas do interior

SENTENçA

Treinamento é tempo de serviçoUma trabalhadora

ganhou na Justiça Traba-lhista o direito de acres-centar em sua Carteira de Trabalho anotações do pe-ríodo em que realizou trei-namento na AEC – Centro de Contatos S/A, empresa que presta serviços à Cla-ro S/A. Em sua defesa, a AEC alegou que a empre-gada participou, apenas, de um processo seletivo, composto de provas de conhecimento, análise de capacidade de assimilação e ensinamentos e de uma entrevista, e negou que a mesma tenha participado de treinamento para o de-sempenho das atividades.

A Primeira Turma de Julgamento do Tribunal do Trabalho da Paraíba negou provimento ao re-curso ordinário promovido pela empresa e manteve a sentença arbitrada pela 2ª Vara do Trabalho de Cam-pina Grande. A Empresa pretendia a reforma da sentença, com o propósito de afastar o reconhecimen-to da relação de emprego no período em que a recla-mante esteve em treinamen-to, alegando que a autora do processo era mera can-

didata ao emprego.O relator do processo,

desembargador Paulo Amé-rico Maia Filho lembrou que os questionamentos sobre retificação contratual, nos termos mencionados, vem sendo constantemente ob-jeto de debates na Justiça do Trabalho, com decisões que, pelas provas nas quais se embasam, traduzem a certeza da prática ilíci-

ta por parte das empre-sas. As pro-vas se em-basam nos depoimentos de testemu-nhas, que

afirmam o cumprimento de jornada pelos candida-tos ao emprego.

Evidencia-se que, ao contrário do que sustenta a defesa, a trabalhadora não se submeteu a ne-nhum processo de sele-ção, mas à efetiva fase de treinamento, para adqui-rir aptidão para o melhor desempenho da atividade, tendo cumprido jornada de trabalho exigida no contra-to. A hipótese se configura nítido contrato de experi-ência, cujo tempo deverá ser incorporado ao contra-to por tempo indetermina-do. Processo nº 0153600-78.2013.5.13.0008.

DireitoTrabalhadora não se submeteu a processo seletivo, mas a efetiva fase de treinamento

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B4 Paraíba Terça-feira, 21 de janeiro de 2014

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Indenização em parcela única tem juros regressivos

DorgIval TerceIro NeTo JúNIor

Indenização em parcela única, com base em expectati-va de vida, requer juros regressivos ou redução percentual do valor final, conforme decisão da Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Mato Grosso do Sul.

Entendeu a Turma, sob a relatoria do juiz convocado Júlio César Bebber, que, quando valor da indenização é arbitrado em parcela única com base na expectativa de vida do trabalhador, devem ser aplicados juros regressivos ou fração percentual redutor do valor final uma vez que haverá ganho de capital.

O juízo de primeiro grau considerou 487 meses de expectativa do trabalhador e multiplicou pelo valor do salário da data do acidente, ou seja, R$ 386,00. Do total, extraiu 25%, que é o percentual de redução da capacidade laborativa do trabalhador após o acidente, chegando ao montante de R$ 46.995,50.

Entretanto, o relator do recurso, ressaltou que o valor da condenação correspondia à soma dos valores que o trabalhador receberá ao final do tempo de expectativa de vida, e em seguida fundamentou que “Se este valor, porém, for integralmente antecipado para o presente (pagamento em parcela única), permitirá ganho de capital. Em aplicação com rendimento de 0,5% de juros ao mês, por exemplo, o rendimento será de R$ 234,97 mensais. Por isso, sempre que se tomar a soma dos valores devidos ao final do tempo da expectativa deve-se, para pagamento em parcela única, aplicar juros regressivos ou fração ou percentual redutor da importância final”.

Ao final, a Turma determinou a aplicação do redutor no percentual de 50% do valor total, ficando o dano mate-rial em R$ 23.497,75.

(TRT 24ª Região – 1ª Turma – Proc. nº 0001006-87.2010.5.24.0005-RO.1)

CONDUTA TEMERÁRIA LEVA A CONDENAÇÃO DE RECLAMANTE E ADVOGADO

A Vara do Trabalho de Pontes e Lacerda, no Mato Grosso, condenou uma trabalhadora e seu advogado a pa-garem multa por litigância de má-fé no valor aproximado de 2 mil reais.

A penalidade foi imposta após a magistrada identifi-car “conduta temerária” da trabalhadora e de seu patrono legal por apresentarem inúmeras notas fiscais de compra de medicamentos que não possuíam relação alguma com alegado acidente de trabalho.

A trabalhadora ajuizou ação pedindo, entre outras coisas, o pagamento de indenização por danos materiais e morais devido a um acidente sofrido enquanto realizava a limpeza de um dos banheiros da empresa na qual atuava e que lhe acarretou lesões no joelho e pé esquerdo. As notas fiscais citadas pela magistrada foram apresentadas pela trabalhadora ao tentar comprovar as despesas com o trata-mento (danos emergentes).

A juíza prolatora da decisão, Rafaela Barros Pantarotto, observou que “O que consta, em verdade, da maioria das notas fiscais apresentadas pela autora, são medicamentos e outros produtos que, mesmo aos olhos de um leigo quanto às ciências médicas, claramente não possuem qualquer rela-ção com o infortúnio alegado”, bem assim que não foi apre-sentado pela trabalhadora qualquer receituário médico que demonstrassem serem necessários o uso de tais produtos.

Da lista constava itens como Vick Vaporub, Biotônico, xarope expectorante, creme cosmético para clareamento de pele e medicamentos voltados ao uso oftalmológico, para tratamento de doenças hepáticas, de diarréias e destinado ao combate de infecções pélvicas e ginecológicas.

A magistrada ainda pôs em destaque que “Nota fiscal que merece atenção, ainda, é aquela que demonstra a aqui-sição da pílula anticoncepcional Selene”.

Também foram apresentadas como comprovantes de gastos notas fiscais emitidas em datas anteriores à própria ocorrência do acidente de trabalho.

Por isso, a juíza julgou improcedente o pedido inicial e condenou a autora e seu advogado a pagarem multa por litigância de má-fé.

(TRT 23ª Região – VT de Pontes e Lacerda – Proc. PJe 0002130-48.2013.5.23.0096)

Juíza do TRT recebe carta anônima e solicita investigação do MPT

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to do TRT.F Pessoalmente, também nos horários do TRT.F Por carta: Ouvidoria do Tribunal Regional do Traba-

lho da 13ª Região, na Avenida Soares Corálio de Oliveira, s/n –Centro – João Pessoa – PB CEP: 58013-260.

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Investigação confirma trabalho escravo na Paraíba e em PE

Se a contratação de tais trabalhadores advém da imposição legal, certamente deveria preocupar-se em cumprir a norma traba-lhista, e não apenas se conformar em face do mero fato de que os cursos não estão sendo oferecidos. Deveria pleitear junto ao Senai a disponibilização dos cursos preparatórios de aprendizes

Desembargador Francisco de Assis Carvalho e Silva, Relator do processo

““

Juíza Maria líliam, da vara de Monteiro recebeu denúncias de trabalho escravo e clandestino

Através de uma carta anônima, a juíza titular da Vara do Trabalho de Mon-teiro, Maria Lilian Leal de Souza, recebeu denúncias de trabalho clandestino nas regiões de Cariri paraibano e solicitou a Procuradoria do Trabalho a verificação dos fatos. O Ministério Público do Trabalho, o Ministério do Trabalho e Emprego e a Polí-cia Rodoviária Federal apura-ram as acusações e confirma-ram a existência de trabalho escravo na cidade de Serra Branca (PB) e irregularidades nas atividades de alguns tra-balhadores do município de Água Preta (PE).

Na zona rural de Serra Branca, em estabelecimen-tos localizados na Pedreira do Tamboril e Pedreira do Sítio Serra Verde, foram en-contrados 21 trabalhado-res sem registros na CTPS e em condições de traba-lho degradantes. Segundo o relatório do MPT, os em-pregados trabalhavam por produtividade e não eram fornecidos Equipamen-tos de Proteção Individual (EPI’s). A equipe constatou, ainda, que havia manuseio de explosivos de forma ar-tesanal e sem nenhum trei-namento prévio, além da área não possuir sinaliza-

ção e plano de emergência. No total, foram constatadas 36 irregularidades.

Durante a operação, os trabalhadores receberam o pagamento das verbas tra-balhistas que juntas totali-zaram pouco mais de R$ 60 mil e indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 10 mil. Os Auditores Fiscais do Trabalho ainda entrega-ram ao responsável pelo lo-cal 16 autos de infração com as irregularidade encontra-

das. O proprietário assinou um termo de ajustamento de conduta que obriga o total cumprimento da legislação trabalhista em vigor.

No município de Água Preta (PE) também foram verificados vários trabalha-dores ruais em condições de trabalho inadequadas e a fiscalização feita por autri-dades daquele estado. Den-tre as 23 omissões traba-lhistas, a empresa Cachool Comércio e Indústria S.A

não disponibilizava instala-ções sanitárias em número adequado e também não fornecia EPIs aos trabalha-dores. Os empregados afir-maram que não havia férias anuais ou depósitos fundi-ários. Diante das condutas ilícitas, a empresa teve 20 autos de infração lavrados por conta das irregularida-de constatadas.

Ao todo, 3.508 traba-lhadores foram beneficiados com a operação.

Menores só podem trabalharse estiverem matriculados

Com o objetivo de fazer cumprir a legislação traba-lhista, a 2ª Turma de Jul-gamento do TRT da Paraíba negou provimento ao recurso da empresa Meta Empreendi-mentos LTDA, que se encon-tra na iminência de ser autu-ada e multada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por não ter contratado traba-lhador aprendiz, conforme de-termina o Artigo 429 da CLT.

A empresa passou por inspeção feita pelo MTE, que constatou a contratação de menores aprendizes sem es-tarem matriculados em curso compatível com a atividade desenvolvida, de acordo com o que determina o Artigo 428 da CLT, que diz: “Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo deter-minado, em que o emprega-dor se compromete a assegu-rar ao maior de 14 e menor de 18 anos, inscrito em progra-

ma de aprendizagem, forma-ção técnico-profissional me-tódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligên-cia, as tarefas necessárias a essa formação”.

Em sua defesa, a Meta declarou impossibilidade de cumprir a exigência da Lei, já que não existia entidade que oferecesse curso de formação de aprendizes da construção civil na Paraíba. Alegou ainda que entrou em contato com o Serviço Nacional de Apren-dizado na Indústria – Senai, que informou sobre a ausên-cia de aprendizes disponíveis, recusando-se a fornecer de-claração que retratasse tal circunstância.

O relator do processo, desembargador Francisco de Assis Carvalho e Silva, obser-vou que deveria a requerente ter demonstrado nos autos, de modo evidente, que envi-

dou esforços, no sentido de sugerir, cobrar e exigir que o Senai organize cursos que lhe permitam cumprir a obriga-ção legal. “Se a contratação de tais trabalhadores advém da imposição legal, certamen-te deveria preocupar-se em cumprir a norma trabalhista, e não apenas se conformar em face do mero fato de que os cursos não estão sendo oferecidos. Deveria sim, na qualidade de empresa da construção civil, pleitear jun-to ao Senai a disponibilização dos cursos de aprendizes”, disse o magistrado.

Decidiram os desembar-gadores negar provimento ao recurso, levando em conside-ração que a empresa só se pre-ocupou em contatar o Senai no mês em que ocorreu a inspeção do MPT, o que revela a falta de vontade de proceder ao cum-primento da obrigação traba-lhista. Processo nº 0106600-62.2012.5.13.0026.

Agressão a funcionária resulta em condenação da Cagepa

A Primeira da Turma de Julgamento do Tribu-nal do Trabalho da Paraíba condenou a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) ao pagamento por danos morais no valor de R$ 15 mil a empregada que foi agredida dentro do ambien-te de trabalho. O colegia-do entendeu que a Cagepa deveria melhorar a segu-rança no local para prote-ger a integridade física dos seus trabalhadores, já que o episódio aconteceu repe-tidas vezes na Companhia. O processo é proveniente da 5ª Vara do Trabalho de Campina Grande.

De acordo com o pro-cesso, a atendente comercial sofreu agressões físicas de uma cliente, quando estava

fazendo um atendimento. A empregada alegou que o epi-sódio causou marcas físicas e emocionais, obrigando-a pedir demissão do emprego. A Cagepa, por sua vez, afir-mou que não houve culpa, já que a agressão partiu de terceiros e que a empregada só deixou o emprego como atende comercial porque iria assumir outro. Dessa forma, alegou que não há nexo de causalidade entre a agressão física sofrida pela trabalhadora e a rescisão contratual.

Contudo, ficou consta-tado que tantos os empre-gados quanto o sindicato da categoria já reivindicaram a Cagepa e a polícia medi-das de proteção e seguran-ça, porque esses fatos são

recorrentes. Isto por que os clientes que procuram o serviço estão sofrendo ris-co de corte de água, luz e já chegam com os ânimos exaltados, havendo eminen-te risco de desentendimen-tos no local. “Para oferecer segurança, teria que adotar medidas mais práticas, a exemplo de colocação de di-visórias de vidro ou de ma-deiras, para evitar o contato direto e aberto entre clientes e atendentes. Entretanto, a reclamada não tomou, nem adotou medidas de seguran-ça aptas a proteger a integri-dade física dos seus empre-gados”, ressaltou o relator do acórdão, desembargador Leonardo Trajano. Núme-ro do processo: 030100-24.2013.5.13.0024.

Resolução

CNJ regulamenta implantação do PJe

Os tribunais brasileiros devem gradualmente implan-tar, no prazo de 3 a 5 anos, o Processo Judicial Eletrô-nico (PJe-JT), desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com os tribunais. Em 2014, a implantação deve ocorrer em pelo menos 10% dos ór-gãos julgadores de primeiro e segundo graus. A previsão consta da resolução do Con-selho Nacional de Justiça (CNJ) aprovada por unanimi-dade na terça-feira (17/12), na 181ª sessão ordinária. De acordo com a resolução, a im-plantação do PJe-JT deve ser concluída em 2018, quando todos os processos judiciais estarão tramitando exclusi-vamente por meio eletrôni-co pelo sistema PJe-JT. Os tribunais de pequeno porte, segundo estabelece a resolu-ção, devem ser os primeiros a concluir a implantação do PJe-JT, em 2016. Os de mé-dio porte terão até 2017 para implantar o sistema. Devido ao maior volume de proces-sos e complexidade, os tri-bunais de grande porte terão um ano a mais para concluir a implantação.

O projeto da resolução foi relatado pelo conselheiro Rubens Curado, que lembrou que a proposta teve a sua pri-meira versão em 2011, pas-sou por consulta pública e recebeu sugestões, muitas delas incorporadas ao texto aprovado nesta terça-feira. Na sessão, Curado agradeceu a todos que participaram do trabalho, em especial à Or-dem dos Advogados do Brasil (OAB) pela “louvável inicia-tiva de encaminhar diversas sugestões de aperfeiçoamen-to, todas debatidas e, na sua grande maioria, incorporadas ao texto da proposta”. Segun-do o relator, “o texto apresen-tado é fruto desse franco de-bate institucional e marca tão somente o início de uma nova etapa, a ser desenvolvida com esse mesmo espírito de cola-boração em prol do aprimo-ramento do sistema PJe-JT e do Poder Judiciário”.

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B4 Paraíba Terça-feira, 28 de janeiro de 2014

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Banco não pode invadir conta do empregado

Dorgival Terceiro NeTo JúNior

A Oitava Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro condenou uma instituição bancária a restituir, com juros e correção monetária, o valor de R$ 9.000,00 des-contado indevidamente da conta corrente de um empregado sob o pretexto de quitar uma dívida trabalhista deste com a instituição. A dívida do empregado com o banco se originou de antecipações de salário feitas pela instituição financeira entre janeiro e abril de 2011, quando o trabalhador rediscutia com o INSS a prorrogação de período de afastamento do tra-balho devido a uma doença ocupacional. Como a decisão na autarquia federal foi desfavorável à manutenção do benefício previdenciário, a empresa ré fez descontos relativos aos valo-res adiantados diretamente na conta corrente do empregado, por meio da qual ele recebia sua remuneração.

Entendeu a Turma que o débito trabalhista do emprega-do para com a instituição bancária não pode ser satisfeito por ato unilateral de retenção de valores na conta corrente da qual esta é depositária.

Para a Turma, existem duas relações contratuais distin-tas: uma trabalhista e outra bancária, onde, no caso de dívida bancária típica a obrigação do empregado pode ser feita pelo banco empregador por meio de retenção de saldo em conta corrente. Já, no tocante à dívida trabalhista, esta deve ser quitada por aplicação analógica da Lei nº. 10.820/2003, que dispõe sobre a autorização para desconto de prestações em folha de pagamento, com a retenção parcelada do próprio sa-lário – ainda assim, na proporção máxima de 30%, conforme o referido diploma legal, a fim de assegurar ao trabalhador a sua subsistência e de sua família, em observância ao princípio da proporcionalidade.

“O empregador que ostenta, ao mesmo tempo, a qualidade de banco e empregador, não pode invadir a conta corrente de seu empregado para dela retirar valores por dívidas relacionadas ao contrato de trabalho. A apropriação pelo empregador da conta do empregado configura verdadei-ro exercício arbitrário das próprias razões (figura, aliás, típica prevista no direito penal). A ação de cobrança (aqui reclama-ção trabalhista) é o meio adequado para ressarcimento dos valores adiantados ao autor por força da previsão contida em norma coletiva”, assinalou o redator designado, desembarga-dor Marcelo Augusto Souto de Oliveira, ao apreciar o recurso interposto pelo bancário.

Ao final, a Turma determinou que o banco restitua o valor descontado, com juros e correção monetária, a contar da data do saque, e que os descontos dos salários adiantados fi-quem limitados a 30% dos salários vincendos e/ou das verbas resilitórias devidas ao autor.

(TRT 1ª Região – 8ª Turma – Proc. 0000957-62.2011.5.01.0066)

VÍNCULOS DISTINTOS NÃO AFASTA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

A Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro decidiu, por unanimidade, que a Justiça do Trabalho é competente para julgar feitos que envolvam segu-rança, higiene e saúde dos trabalhadores, mesmo que no local de trabalho também existam aqueles submetidos a regimes estatutários. Na ação, o Ministério Público do Trabalho alegou existir o descumprimento de Normas Regulamentadoras relativas às condições do meio ambiente do trabalho em hos-pital público, onde trabalham pessoas vinculadas aos regimes celetista e estatutário.

No recurso, o Ministério Público do Trabalho alegou “que as normas relativas ao meio ambiente do trabalho são aplicáveis a todos os trabalhadores sem importar o regime jurídico que os vincula ao tomador de serviços”.

O relator do recurso, desembargador Mário Sérgio M. Pinheiro, observou que “a natureza do vínculo jurídico não tem relevância na hipótese, em que não se cuida de demanda proposta por servidores em face do Poder Público, mas de ação em que o Parquet postula a tutela de direitos sociais, metaindividuais, constitucionalmente reconhecidos a todo trabalhador, consoante previsão dos artigos 7º, XXII e 39, § 3º, da Carta Magna”.

Assim, o colegiado afastou a incompetência da Justiça do Trabalho e determinou o retorno dos autos à Vara de origem, a fim de que se prossiga no julgamento da Ação Civil Pública.

(TRT 1ª Região – 1ª Turma – Proc. 0001899-34.2012.5.01.0204)

Comparação foi feita com as postagens enviadas pelos Correios

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Diário Eletrônico comprova economia de quase 500 mil

No tocante aos danos morais, embora entenda que a re-clamada deve ressarcir o prejuízo experimentado pela autora com o roubo de sua motocicleta, uma vez que o veículo era utilizado para o trabalho e seu uso, exigido e custeado pela empresa, discordo quanto à existência de dano moral

Margarida Alves de Araújo Silva, juíza convocada, revisora do acórdão

““

O Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho da Pa-raíba, instrumento oficial utilizado para publicação e divulgação dos atos judi-ciais, publicou no ano de 2013 mais de cento e qua-renta mil documentos vin-dos das diversas Unidades de 1ª e 2ª instâncias. Os dados, extraídos do Relató-rio Anual de Atividades, de-monstraram que a utiliza-ção do veículo trouxe uma considerável economia na verba de custeio que an-teriormente era utilizada para o pagamento das pos-tagens via Correios.

De acordo com o re-latório, foram publica-das 87.823 notificações, 38.560 despachos, 9243 incidentes, 7101 decisões entre outros documentos, gerando uma economia de aproximadamente R$ 600 mil, tomando por base o valor de um registro pos-tal, ainda hoje utilizado em aproximadamente 5% dos processos ativos, geral-mente processos antigos e

Diário eletrônico da Justiça do Trabalho está disponível no site do TrT (www.trt13.jus.br)

em casos excepcionais.Segundo o coordena-

dor de publicação e infor-mação e gestor regional do DEJT, Rômulo Carvalho, paralelamente a econo-mia financeira direta, ou-tros custos são absorvidos com a utilização do Diário eletrônico, pois se forem medidas a quantidade de

papel, tinta e outros que deixaram de ser consumi-dos para a expedição des-ses documentos, o valor economizado superará o montante de R$ 800 mil.

O diretor da 6ª Vara do Trabalho de João Pes-soa, Abílio de Sá Neto dis-se que a implantação do DEJT foi uma atitude do

Tribunal Superior do Tra-balho (TST) que realmente trouxe economia para os Regionais. “Hoje, apenas 5% das correspondências são enviadas via Correios e Telégrafos”, disse, des-tacando que a Justiça do Trabalho não procura mais o reclamado, ele é quem a procura.

BALANÇO 2013

TRT julgou mais de 10 mil ações

Processos foram julgados pelo Pleno e pelas duas Turmas

O Tribunal do Traba-lho da Paraíba julgou no ano de 2013, 10.293 pro-cessos. Os julgamentos aconteceram no Tribunal Pleno e nas duas Turmas de Julgamento. Ao todo foram distribuídos para os três colegiados 10.968, sendo julgado 99% de sua totalidade durante o ano. Entre os processos judi-ciais eletrônicos (PJe-JT) foram julgados 184 pro-cessos no período de julho a dezembro, número que foi distribuído entre as duas Turmas e o Pleno.

Só a Primeira Tur-ma julgou em 2013 mais de 5.200, dos 5.450 que recebeu do setor de Dis-tribuição. Desses, 98,6% tiveram os acórdãos publi-cados dentro do prazo de dez dias. Em 2012, o nú-mero de processos julga-dos por essa Turma foi in-ferior, alcançando 4.370.

Já os recursos nos processos eletrônicos na-cionais, o PJe-JT, começa-

ram a ser julgados no mês de julho de 2013 pela 1ª Turma. Até o mês de de-zembro foram 46. Desse total, 45 foram publica-dos dentro do prazo de 10 dias.

aumento na 2ª TurmaA Segunda Turma de

Julgamento do TRT reve-lou um aumento no nú-mero de processos julga-dos em 2013 com relação a 2012. De janeiro a de-zembro de 2013 recebeu do setor de Distribuição 5.263, dos quais 4.701 fo-ram julgados, sendo 100% deles tiveram os acórdãos publicados dentro do prazo de dez dias. No mesmo pe-ríodo em 2012 foram dis-tribuídos 4.362, dos quais 4.229 foram julgados.

Com relação aos pro-cessos judiciais eletrôni-cos (PJe-JT), em 2013 a 2ª Turma julgou 61 proces-sos, dos 84 que recebeu. Do total, 100% foram pu-blicado dentro do prazo de

dez dias.O número de proces-

sos julgados em 2013 pelo Tribunal Pleno, colegia-do que reúne a totalidade dos desembargadores, foi maior do que os proces-sos distribuídos, já que nos mesmos autos podem conter dois acórdãos, ou seja, um julgamento para o Recurso Ordinário (RO) e um para o Embargo de Declaração (ED). Nos doze

meses foram distribuídos para o Pleno 255 proces-sos, sendo julgados 310 e 299 desses publicados no prazo de dez dias.

Pelo processo eletrô-nico nacional, o PJe-JT, foram julgadas 206 ações em 2013. A soma dos pro-cessos recebidos em PJe-JT no ano de 2013, envol-vendo o Pleno e as duas Turmas de Julgamento, chegou a 316.

Empresa é obrigada a pagar moto roubada

A Primeira Turma de Julgamento do Tribunal do Trabalho da Paraíba en-tendeu que a moto perten-cente a uma empregada, furtada quando prestava serviços em benefício da empresa Bimbo do Brasil Ltda, é de responsabilidade do empregador, que deve ressarcir a trabalhadora.

Segundo o processo, o veículo foi adquirido por R$ 3.490.00, com recur-sos próprios da empregada, e colocada à disposição da empresa. O colegiado, por maioria, condenou a empresa ao pa-gamento de indenização por dano material no valor de R$ 2 mil. A empregada alegou também que sofreu abalo psicológico e solicitou uma reparação por dano moral.

“No tocante aos danos morais, embora entenda que a reclamada deve res-sarcir o prejuízo experi-mentado pela autora com o roubo de sua motocicleta, uma vez que o veículo era utilizado para o trabalho e seu uso, exigido e cus-teado pela empresa, dis-

cordo quanto à existência de dano mo-ral. É certo que o veículo era utilizado para o ser-viço e, por esta razão,

a reclamada está obriga-da a reparar o prejuízo material. Não vislumbro no caso dano moral a in-denizar”, destacou a juíza convocada Margarida Al-ves de Araújo Silva, revi-sora do acórdão. Número do processo: 0007900-80.2013.5.13.0005

ResponsabilidadeVeículo era utilizado para o serviço, por isso a empresa deve reparar o dano material

Mantida condenação por exploração sexual

Uma mulher acusada de exploração e aliciamento sexual de crianças e adoles-centes entrou com recurso na segunda instância para exclusão dos danos morais coletivos deferidos na Vara do Trabalho de Sousa. O Tribunal do Trabalho da Paraíba negou o pedido por constatar que o seu depoi-mento no juízo de origem confessa claramente seu envolvimento com a prática de atividade ilícita.

A Ação Civil Pública foi interposta pelo Ministério Público do Trabalho após verificar que uma mulher utilizava-se de um estabe-lecimento comercial como local de fachada para pro-mover programas sexuais de mulheres, inclusive ado-lescentes, tirando lucros dessas atividades.

Em seu sua defesa, a mulher alegou que a apre-

ensão de uma menor no lo-cal se tratou de fato isolado e que ocorreu no momento em que seu estabelecimen-to não estava funcionando. Afirmou, ainda, que a me-nor teria ido até o local para visitar a irmã maior que prestava serviços de lim-peza, fato que não acarre-ta responsabilidade de sua parte. Disse que tudo po-deria ter sido esclarecido se tivesse havido o interroga-tório da menor e de outras pessoas.

Contudo, ao ser inter-rogada na primeira instân-cia, a acusada confessou claramente que sua ativi-dade comercial ia além do funcionamento de um bar convencional e que alugava quartos para que garotas realizassem programas se-xuais com clientes, consti-tuindo, assim, uma casa de prostituição.