acolytathus
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Boletim de formação para Acólitos.TRANSCRIPT
Ministério em foco
BBoolleettiimm ddee ffoorrmmaaççããoo ee eessppiirriittuuaalliiddaaddee ddoo MMiinniissttéérriioo ddooss AAccóólliittooss
Ano I – Nº02 – Outubro de 2012
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Estimados paroquianos,
Graça e Paz da parte de Cristo, Nosso Senhor!
Há muito nós, acólitos de São Sebastião (comunidade São José Operário) sentíamos a necessidade
de termos, a exemplo de muitas pastorais e movimentos católicos, um periódico que tratasse
especificamente de nosso ministério... Após muitas reuniões e conjeturas, entregues à vontade de Deus,
nós apresentamos com exultação nosso Acolytathus (do latim, “acolitato”), fruto de minuciosa
dedicação e esmerada atenção à liturgia católica.
O Acolytathus é uma proposta simples, cuja modesta formatação traz em si um intento bastante
audacioso: auxiliar na formação das comunidades no que diz respeito à liturgia católica, conscientizar a
todos acerca da importância dos acólitos na celebração da Santa Missa e da sua relevância na dinâmica
pastoral da Igreja.
Cientes de nossa condição e responsabilidade, obedientes ao Magistério da Igreja e aos textos
litúrgicos, queremos que o Acolytathus estreite os laços que nos fazem membros de um único corpo: o
Corpo Místico de Cristo!
Sugestões e críticas certamente nos serão dirigidas, principalmente porque trataremos de inúmeras
minúcias das normas litúrgicas que escapam à maioria das pessoas, principalmente nestes tempos de
“pentecostalismo carismático” em que tudo parece ser válido na liturgia. Na verdade, contamos com
cada crítica, para que nos auxiliem em nossa missão e aprimorem nossa intenção.
Oxalá não incorramos jamais no erro de dizer o que a Igreja não diz! E, se este não é nosso desejo, a
leitura atenta do Acolytathus nos prestará a oportunidade de retratação, caso necessário.
Portanto, e ademais, mantemo-nos confiantes que os sacerdotes que tiverem em suas
mãos este boletim nos prestarão seu valoroso auxílio; apenas assim
conduzidos, e pela ação do Espírito Santo, autor de nosso
empenho, poderemos colher bons frutos, do lugar que
Cristo nos chama a ocupar na Igreja nascida de Seu
Coração.
Queira Deus que possamos desenvolver nosso boletim
de tal forma que seja por vós aguardado com boa
expectativa e fervor!
Nos Corações de Jesus e Maria,
Fernando Martins
Coordenador e acólito.
Ministério em foco
Indubitavelmente o ápice da luz divina imersa no coração de um servo do Altar é o
Mistério Eucarístico. Aquele que é chamado, ou se sente, a servir ao Senhor na sua Ceia
deve ter claro e firme o conceito de que sua principal função é zelar para que o
mandamento de Jesus seja cumprido com perfeição. “Fazei isso em memória de mim”(Lc.
22, 19). Ele disse, quando instituiu a Sagrada Eucaristia.
Para tanto, com humildade o Acólito recebe uma rigorosa, porém necessária, formação a
fim de melhor cumprir o dever ao qual assumira. Conserva-se nele mesmo a pureza de
coração com que deve se apresentar na Ceia do Senhor, a disciplina comportamental e a
observância contínua aos mandamentos da Lei de Deus e da Igreja. Só com o ardente
desejo de viver transfigurado pelo Espírito Santo, no precioso ofício que pratica, é que o
Acólito doa-se por inteiro ao pão e vinho consagrados.
A adoração ao Santíssimo Sacramento se faz constantemente necessária para as
organizações de auxiliadores do Altar, pois através dela a felicidade é realmente
alcançada. Apenas contemplando em êxtase o Cristo em espécie é que se pode considerar
completa tal função ministerial, atinge-se no ato o objetivo de por própria atitude, de a
doração, regozijar-se com a benevolência e ânimo insuflados no ser, pelo Espírito
Santo, que anseia pela presença de Jesus em cada pequeno, no entanto digno, gesto a
serviço do Altar de Deus.
Os ciclos ininterruptos de orações manifestam o desejo daquele que serve de alcançar
e merecer as bênçãos celestes, de atingir com agrados à bem-aventurada Virgem Maria,
convidando-a assim a cobrir-lhe com seu manto e servir de base às suas ações. Sem o
diálogo com o Pai, os filhos e também servos são como fagulhas desencontradas de sua
crepitante origem. Na oração o Acólito põe à prova sua perseverança e os limites de sua
fé. Ao confiar a Deus seus medos e fraquezas o mesmo se fortalece com o consolo vindo do alto, assim
mantém-se fiel no seu ofício.
Não há mais o que atestar além das graças que se recebe do Céu, por meio da intercessão de nossos
santos patronos e de Nossa Mãe Maria.
Contudo, o servo do Altar faz de si um espelho para os irmãos, resgatando com sua luz àqueles
distantes da Santa Madre Igreja e convertendo aos cativos à liberdade da verdadeira Doutrina. É seu
dever e maior dádiva tomar em mãos a missão de com virtudes cristãs tornar cada obstáculo, imposto
pelo mal, nada mais que oportunidade de superação e cada árdua tarefa um abraço carinhoso do
Soberano Rei do Universo.
Jéssica Deógene.
Acólito
Ministério em foco
SSÃÃOO TTAARRCCÍÍSSIIOO DDEE RROOMMAA
AAccóólliittoo ee mmáárrttiirr ddaa EEuuccaarriissttiiaa,, aassssaassssiinnaaddoo eemm mmeeaaddooss ddoo
ssééccuulloo IIIIII,, nnaa CCiiddaaddee EEtteerrnnaa ddee RRoommaa.. ÉÉ oo pprriinncciippaall ppaattrroonnoo
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BBEEAATTOO AADDÍÍLLIIOO DDAARROONNCCHH
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A hagiografia trata, especificamente, do estudo das vidas dos Santos, bem como da sua composição
literária própria.
Os Santos são um tesouro da nossa Igreja, são modelos de vidas que seguiram o caminho apontado por
Cristo, que os levou à plenitude divina. São pessoas que, em sua vida terrena, tiveram plena consciência
de que a santificação pessoal é condição essencial para se ter comunhão com o Pai (cf. 2Cor.7,1).
E nós, mensalmente, nos dedicaremos a conhecer cada vez mais os santos que nos são patronos, ou seja,
nossos “padrinhos” diante de Deus... Não nos limitaremos, contudo, a estes tão somente, conheceremos
outros, cuja devoção à eucaristia mereceram-lhes destaque.
Sirvam-nos nossos Santos como “sinais” que refletem a luz do amor de Deus!
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Ministério em foco
QQuuaall oo ssiiggnniiffiiccaaddoo ddoo nnoommee ee ccoommoo ssuurrggiirraamm ooss ‘‘AAccóólliittooss’’??
O termo “Acólito” vem do grego: akólouthos
(ἀκόλουϑος), que significa “companheiro”. Este nome era
dado, na Antiga Grécia, a poucos privilegiados escravos,
que acompanhavam os seus donos em suas viagens.
Akólouthos, deriva, por sua vez, de Kéleuthos (que
significa Caminho). Deste modo, o acólito era aquele
escravo que, com seu dono, seguia determinado caminho, a
fim de ajudá-lo e servi-lo.
Na Igreja Romana, os acólitos surgiram já nos primeiros
séculos da Era Cristã; seu significado, na Liturgia, manteve
um sentido bastante similar ao que era aplicado aos
escravos gregos. A principal distinção era a servidão
voluntária dos que aderiam ao ministério eclesiástico,
servindo ao Senhor da Vida, em contraposição àqueles que
eram obrigados à subserviência pela lei do mais forte, servindo aos reis e senhores do mundo.
Pelo que nos chegou por meio de antigos documentos, sabemos que o ministério dos Acólitos possui
quase 1800 anos! Já no ano 251, o Papa São Cornélio cita em uma carta sua, dirigida a Fábio de
Antioquia da Síria, a presença de 42 acólitos que o auxiliavam nas Celebrações, em Roma. O papa nada
diz, contudo, quais funções desenvolviam.
Em 258, o bispo São Cipriano menciona a instituição do grupo dos Acólitos em seus escritos. No
Concílio de Cartago, no ano 398, foram aprovadas aquelas que são consideradas as primeiras instruções
específicas acerca da instituição e das funções dos Acólitos.
Em 450, o documento Statua Ecclesiae Antiqua, estabelece também um rito para a instituição de
acólitos, exigindo, como condição de admissão ao ministério, que os candidatos houvessem pertencido
por algum tempo à chamada Schola Cantorum (o grupo de homens, rapazes e meninos que cantavam as
Missas).
Nos fins do século IV o Papa Siríaco diz que os acólitos constituíam uma realidade em todas as
comunidades cristãs romanas. Ele também estabelecia que aos 20 anos de idade é que os candidatos
gozavam da maturidade e das condições julgadas ideais para se tornarem membros do ministério.
Perpassando o período das grandes perseguições cristãs – quando conhecemos a figura de São
Tarcísio –, do Concílio de Trento ao Ecumênico Vaticano II, até a atualidade, os acólitos têm um
histórico respeitável e significativo para a vida da Igreja... Hoje são instituídos ou não-instituídos,
homens e mulheres, meninos e meninas (dependendo do parecer do Bispo de cada igreja particular), têm
funções e condições claramente determinadas e um serviço que os põe lado a lado com o Cristo
Eucarístico!
[Extraído de nossa Apostila de formação]
O Acolytathus é uma publicação mensal e
independente, de responsabilidade do Ministério
dos Acólitos da Paróquia S.Sebastião de Sabará
Dúvidas, críticas e sugestões:
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