ações para jovens de 15 a 17 anos no ensino fundamental - caderno 03 - trajetórias criativas:...

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Caro professor,A TRAJETÓRIA CONVIVÊNCIA tem como foco a interação,pois é a partir dela que todos desenvolvemos capacidades cognitivaspara aprendizagens de caráter intelectual e moral. Essas aprendizagenssão fundamentais no trato e na convivência do dia a dia,considerando-se que embasam as relações entre indivíduos etambém entre coletividades.É necessário investir na qualidade das relações que estabelecemoscom os outros, e a escola, por ser um espaço de interação econvivência diárias – um ambiente educativo por excelência – precisaplanejar e colocar em prática ações e atividades que envolvam atodos em um mesmo processo de aprendizagem, no qual têm vez asrelações colaborativas, cooperativas e solidárias.

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  • trajetrias criativasJOVENS DE 15 A 17 ANOS NO ENSINO FUNDAMENTAL

    Uma proposta metodolgica que promoveautoria, criao, protagonismo e autonomia.

    CADERNO 3 TRAJETRIA

    CONVIVNCIA

  • Centro de Informao e Biblioteca em Educao (CIBEC)

    T766

    Trajetrias criativas : jovens de 15 a 17 anos no ensino

    fundamental : uma proposta metodolgica que promove

    autoria, criao, protagonismo e autonomia : caderno 3 :

    trajetria convivncia / [organizadores, Italo Modesto Dutra ... et

    al.]. -- Braslia : Ministerio da Educao, 2014.

    16 p.: il.

    ISBN 978-85-7783-159-3

    1. Ao Educativa. 2. Ensino Fundamental. 3. Permanncia na

    Escola. 4. Interao social. I. Dutra, Italo Modesto.

    CDU 373.3

    Presidncia da Repblica

    Ministrio da Educao / Secretaria de Educao Bsica

    Diretoria de Currculos e Educao Integral

    Organizadores

    Italo Modesto Dutra; Mnica Baptista Pereira Estrzulas; Roslia Procasko Lacerda; Rosane Nunes Garcia; e

    Simone Rocha da Conceio.

    Autores

    Bonatto, Mnica Torres; Conceio, Simone Rocha; Dutra, Italo Modesto; Estrzulas, Mnica Baptista

    Pereira; Goulart, Lgia Beatriz; Farias, Stela Maris Vaucher; Ferreira, Ivana Ktia de Souza; Figueir, Mirian

    Raquel Buiz Mion; Fuchs, Ana Carolina Mller; Garcia, Rosane Nunes; Lacerda, Roslia Procasko; Mattos,

    Eduardo Britto Velho; Mizusaki, Lucas Eishi Pimentel; Pereira, Tatiana Cibele Mendona; Souza, Henry

    Daniel Lorencena; Taufer, Adauto Locateli; Terra, Lcia Couto; Zalla, Jocelito.

    Participantes do Trajetrias Criativas

    Equipe Le@d (2011-2012): Dutra, Italo Modesto (coordenador); Bonatto, Mnica Torres; Conceio,

    Simone Rocha; Estrzulas, Mnica Baptista Pereira; Goulart, Lgia Beatriz; Farias, Stela Maris Vaucher;

    Ferreira, Ivana Ktia de Souza; Figueir, Mirian Raquel Buiz Mion; Fuchs, Ana Carolina Mller; Garcia,

    Rosane Nunes; Lacerda, Roslia Procasko; Mattos, Eduardo Britto Velho; Mizusaki, Lucas Eishi Pimentel;

    Pereira, Tatiana Cibele Mendona; Souza, Henry Daniel Lorencena; Taufer, Adauto Locateli; Terra, Lcia

    Couto; Zalla, Jocelito.

    Equipe Le@d (2013-2014): Estrzulas, Mnica Baptista Pereira (coordenadora); Conceio, Simone Rocha;

    Dutra, Italo Modesto; Goulart, Lgia Beatriz; Hermes, Mara; Farias, Stela Maris Vaucher; Ferreira, Ivana

    Ktia de Souza; Figueir, Mirian Raquel Buiz Mion; Fuchs, Ana Carolina Mller; Garcia, Rosane Nunes;

    Lacerda, Roslia Procasko; Mattos, Eduardo Britto Velho; Mizusaki, Lucas Eishi Pimentel; Pedroso, Helena;

    Saenger, Liane; Souza, Henry Daniel Lorencena; Westermann, Lige Deolinda.

    Escolas: EEEF Brigadeiro Antnio Sampaio (Alvorada); EEEM Campos Verdes (Alvorada); EEEB Prof. Gentil

    Viegas Cardoso (Alvorada); EEEF Pres. Joo Belchior Marques Goulart (Alvorada); EEEF Jlio Brunelli (Porto

    Alegre); EEEM Maurcio Sirotsky Sobrinho (Alvorada); EEEF Anto de Faria (Porto Alegre); EEEF Eva

    Carminatti (Porto Alegre); EEEF Nossa Senhora da Conceio (Porto Alegre); EEEM Prof. Oscar Pereira (Porto

    Alegre); EEEM Rafaela Remio (Porto Alegre); EEEF Santa Rita de Cssia (Porto Alegre).

    SEDUCRS: Naia La-Bella

    Projeto grco e Diagramao

    Simone Rocha da Conceio

    Reviso

    Sueli Teixeira Mello

  • trajetrias criativasJOVENS DE 15 A 17 ANOS NO ENSINO FUNDAMENTAL

    MINISTRIO DA EDUCAO

    Secretaria de Educao Bsica

    Diretoria de Currculos e Educao Integral

    AUTORIA

    Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    Laboratrio de Estudos em Educao a Distncia - [email protected]

    Braslia, 2014

    Ministrio da Educao

    Uma proposta metodolgica que promoveautoria, criao, protagonismo e autonomia.

    1 EDIO

    CADERNO 3 TRAJETRIA

    CONVIVNCIA

  • Caro professor,

    A TRAJETRIA CONVIVNCIA tem como foco a , interao

    pois a partir dela que todos desenvolvemos capacidades cognitivas

    para Essas aprendi-aprendizagens de carter intelectual e moral.

    zagens so fundamentais no trato e na convivncia do dia a dia,

    considerando-se que embasam as relaes entre indivduos e

    tambm entre coletividades.

    necessrio investir na qualidade das relaes que estabe-

    lecemos com os outros, e a escola, por ser um espao de interao e

    convivncia dirias um ambiente educativo por excelncia precisa

    planejar e colocar em prtica aes e atividades que envolvam a

    todos em um mesmo processo de aprendizagem, no qual tm vez as

    relaes colaborativas, cooperativas e solidrias.

    Ouvir os jovens sob a perspectiva das relaes interpessoais

    pode ser um caminho interessante para iniciarmos o trabalho nesta

    trajetria que desaa os estudantes a construrem conhecimentos

    sobre o interagir e o conviver, a partir de suas vivncias, reexes e

    questionamentos sobre essas vivncias.

    ()

    Entre as diferentes estratgias de trabalho que os professores

    podem lanar mo para interagir e conviver com seus estudantes, as

    sadas a campo, em funo das oportunidades de perspectivao dos

    pontos de vista e do revezamento de papis desempenhados no

    grupo, contribuem para o processo de compreenso de si e do outro.

    O conviver inclui deparar-se com

    sentimentos, como a raiva, o medo, o

    amor, a amizade, a justia/injustia...

    O conviver remete ao respeito pelos

    acordos livremente estabelecidos com

    o outro.

    O conviver inclui respeito s regras

    em diferentes ambientes:

    lazer, famlia, trabalho, escola...

    Colaborar, cooperar e ser solidrio

    trajetrias criativas | 1

    v i nv cn io acv i nv cn io acv i nv cn io ac

    Trajetria

    Viver com... o outro, conviver.

    [continua na pgina 3]

  • 2 | trajetrias criativas

    Primeiras ideias:

    sensibilizao, preparao, planejamento.

    Execuo da estratgia:

    observaes e seus registros.

    Explorao e organizao dos registros:

    rocas sistemticas entre grupos, comparar

    registros, estabelecer relaes.

    Objetivos:

    observar, registrar e descrever as interaes e a

    convivncia resultando na produo de esquetes e

    mapas conceituais.

    ATIVIDADE

    DESENCADEADORA

    INICIAO

    CIENTFICA

    AO

    INTEGRADORA

    ATIVIDADE

    DISCIPLINARATIVIDADE

    INTERDISCIPLINAR

    HOJE DIA DE FEIRA!

    A FESTA DE BABETTE

    ESQUETES E MAPAS CONCEITUAIS

    A FESTA DE BABETTE

    alimentao x nutrio; caderno de receitas; dirio de

    alimentao; comidas tpicas; construo de valores;

    diversidade cultural; conduta e regras de convivncia; relaes

    de poder e trabalho.

    VOC TEM FOME DE QU?

    necessidades individuais e coletivas do ser humano; cultura

    (msica, artes visuais, teatro, comida, etc); sade; educao;

    empatia; solidariedade; colaborao.

    MUNDO DO TRABALHO

    prosses; mercado de trabalho; formao prossional;

    condies de trabalho; economia; poltica; administrao;

    sociologia; setores primrio, secundrio e tercirio; empresas

    pblica, privada e de economia mista; capital e fora de

    trabalho.

    CORPO EM AO

    EDUCAO FSICA: condutas e expresso

    corporal; danas; msicas; ritmos; jogos;

    esportes coletivos competitivos/cooperativos;

    regras;

    CESTAS BSICAS

    CINCIAS DA NATUREZA: alimentao x nutrio; necessidades

    nutricionais x hbitos alimentares

    CINCIAS HUMANAS: alimentao x convivncia/interao

    social; renda familiar x cesta bsica; relaes de compra e de

    venda; populao x cultura; construo das relaes pessoais e

    coletivas.

    MATEMTICA: sistemas de medidas; regra de trs; clculo do

    salrio mnimo; quantidades calricas; receitas e despesas;

    HISTRIA, MEMRIA E NARRATIVA

    CINCIAS HUMANAS: relaes interpessoais; histria das

    feiras/mercados locais; lendas e mitos do local; histria x memria

    LINGUAGENS: entrevistas, narrativas orais; textos

    narrativos/descritivos;

    O infogrco possibilita visualizar um exemplo de congurao de atividades que integram uma determinada TC.

    Sua estrutura espiralada forma-se a partir da proposio de uma atividade desencadeadora e

    de seus desdobramentos na forma de diferentes atividades derivadas, relacionadas ou no entre si.

  • Atividades que envolvam a imerso em diferentes espaos de

    interao e convivncia permitem a problematizao de temas

    variados, tais como: o trabalho, a alimentao, a renda e o consumo,

    as manifestaes culturais, por exemplo.

    O mercado pblico e as feiras livres so excelentes opes

    para organizarmos sadas a campo com uma turma de estudantes e

    seus professores. Esses locais, que poderiam ser descritos como

    estmagos das cidades, so importantes centros de compra e venda

    de alimentos, alm de outros produtos. Uma visita ao mercado ou

    feira permite, ainda, que o visitante conhea caractersticas

    particulares da cultura local, alm de possibilitar interaes e trocas

    entre vendedores e consumidores, entre visitantes, inclusive entre os

    de diferentes culturas. Assim, mercados e feiras constituem-se,

    tambm, como espaos destinados convivncia.

    Visitas ao mercado pblico, feira livre, feira de artesanato,

    ao mercado do bairro ou ao brique de nossas cidades, por exemplo,

    proporcionam imerses em contextos adequados aos nossos

    objetivos de observar, registrar e descrever as interaes e a

    convivncia que ali acontecem, os modos e os meios que as pessoas

    utilizam para se expressarem, os cdigos e as regras vigentes no

    ambiente, entre outros aspectos.

    Feira era um lugar enorme, onde

    cabiam todas as cores do mundo.

    Alm da sacola de feira, era muito

    necessrio que todos levassem suas

    bocas l era regra falar e

    experimentar antes de comprar.

    Minha av tinha o poder de

    adivinhar, entre os milhares de

    tomates, mesmo que eles fossem

    iguaizinhos, qual era o mais

    saboroso. E s no quebrar a pontinha

    do quiabo ela era capaz de saber qual

    daria o melhor refogado.

    [texto de Julia Medeiros publicado na

    revista BRAVO!, edio de janeiro de 2012]

    A atividade desencadeadora pode

    ser permeada por diversas outras

    propostas. A equipe de professores

    tem total liberdade para criar suas

    propostas, a partir das questes que

    emergirem no trabalho com o grupo

    de estudantes. Pode ser interessante

    uma anlise prvia de toda a

    trajetria, pois assim ser possvel

    criarem as suas propostas e escolhas,

    tendo em vista toda caminhada,

    mesmo que ao longo do trabalho

    sejam necessrios ajustes.

    No mercado ou na feira, possvel

    explorar cheiros, cores, sabores, como

    tambm captar rudos e sons, alm de

    perceber texturas de uma grande

    variedade de elementos ali

    presentes... Como registrar essas

    variadas sensaes, impresses e

    descobertas?

    trajetrias criativas | 3

    Atividade desencadeadora

    Hoje dia de feira!

    quer ideias?Lembrete!4 etapas de uma atividade desencadeadora1. primeiras ideias - sensibilizao /preparao /planejamento2. execuo da estratgia /observaes e seus registros3. explorao e organizao dos registros 4. elaborao de relaes /compreenso /aprendizagem

    uma dica

  • A atividade de sada a campo para uma visita ao mercado

    pblico ou feira, pode ser iniciada com uma conversa a respeito de

    espaos similares que os estudantes j conheam. A nalidade

    realizarmos um levantamento sobre aspectos que mais lhes chamam

    a ateno nesses locais. Para desencadear a conversa, possvel

    propor questes semelhantes as que seguem:

    Vocs costumam frequentar algum mercado pblico ou feiras livres

    da cidade?

    Ao pensar no mercado, na feira, que concepes vocs tm acerca

    desses locais?

    Como so as pessoas que os frequentam? Quais so os tipos de

    produtos/servios que encontramos l?

    Qual a origem dos alimentos comercializados nesses locais?

    Quais so os aromas e os sons predominantes?

    H manifestaes artsticas nesses espaos?

    Que curiosidades o mercado/feira desperta em vocs?

    Como vocs descreveriam esses espaos de comrcio popular, em

    termos das relaes interpessoais ali presentes?

    Que tal escolhermos um mercado ou uma feira livre em nossa

    cidade, para uma visita?

    Sendo a proposta de sada a campo feita pelo professor, ento

    produtivo faz-la de tal forma que os jovens estudantes se

    interessem pelo tema e se vinculem atividade. Para isso, uma

    sugesto convid-los a fazer parte das tratativas desde o incio.

    preciso que, alm de questes sugeridas pelo professor,

    tambm seja assegurada aos estudantes a chance de contribuir com

    suas ideias e de auxiliar no planejamento da sada a campo.

    Com a nalidade de provocar os

    estudantes a participarem das

    atividades, que tal propor uma busca

    de imagens na internet que mostrem

    grandes mercados?

    El Rastro, Madrid

    Feira de San Telmo, Argentina

    Feira de Tlatleloco, Mxico

    La Boquera, Barcelona

    Mercado Pblico de So Paulo

    Mercado Publico de Porto Alegre

    Mercado Modelo de Salvador

    4 | trajetrias criativas

    1. primeiras ideias - sensibilizao /preparao /planejamento

    uma dica

  • Destacamos que essa abertura s contribuies dos

    estudantes vlida, igualmente, na fase de elaborao conjunta de

    combinaes que otimizaro a qualidade das observaes e registros,

    durante a sada a campo.

    importante, ainda, assegurarmos aos estudantes as

    condies materiais ou de infraestrutura para realizarem seus

    registros, evitando-se perder a oportunidade de obterem dados

    preciosos para o posterior desenvolvimento de atividades derivadas,

    em diversas reas do conhecimento. Ao se sentirem conantes para

    realizar a atividade, avaliaro que esto sendo respeitados como

    aprendizes. Isso os levar a se sentirem valorizados quanto a sua

    capacidade e implicados com a produo que resultar de seu esforo

    e dedicao. Como consequncia, ser grande a chance de

    permanecerem vinculados proposta de trabalho e dispostos a

    conservar os acordos, tanto com colegas quanto com professores, na

    sequncia e ao longo da proposta.

    Assim, a fase de sensibilizao atravs da conversa inicial e o

    planejamento conjunto da sada so muito importantes para garantir

    a valorizao das iniciativas de professores e estudantes, o que

    resultar em um sentimento de obrigao interior, conquistado ao

    longo das interaes e da convivncia entre indivduos que se

    respeitam mutuamente.

    Como fazer os registros?

    Para melhor organizar a visita ao mercado ou feira livre,

    preciso combinar com os estudantes como realizar os registros das

    observaes nos ambientes vis i tados. Voc, professor,

    preferencialmente, contar com outros colegas e auxiliares para

    realizar a sada a campo. Dessa forma, o grupo de estudantes tem a

    opo de se subdividir, em grupos menores. Cada grupo de

    estudantes poder eleger uma ou mais formas de registro,

    considerando-se os recursos materiais disponveis para a produo de

    fotograas, desenhos, vdeos, gravao de udio, realizao de

    entrevistas, elaborao de relatos escritos, etc.

    Ser indispensvel providenciar, com antecedncia, tais

    recursos e materiais. Depois, orientar o seu manuseio e combinar as

    regras de sua utilizao em rodzio, para assegurar que sejam

    trajetrias criativas | 5

    importante!

  • compartilhados entre colegas de um grupo ou entre grupos. A

    captao de imagens e sons, bem como a elaborao de textos, ser

    feita com auxlio das tecnologias digitais, sendo possvel enviar ou

    postar esses registros diretamente em sites ou blogs na internet.

    conveniente que essas postagens estejam previstas e faam parte de

    procedimentos que permitam reunir os registros que sero

    compartilhados e utilizados em atividades escolares posteriores.

    O que registrar?

    Professores e jovens elegem aspectos que sero observados

    na sada a campo. desejvel que levem em considerao as

    caractersticas dos espaos, mercado ou feira que escolheram visitar.

    E, principalmente, que atendam a um levantamento de interesses e

    curiosidades da classe, bem como propsitos do projeto curricular.

    preciso entrelaar as demandas dos estudantes aos objetivos

    principais da trajetria, isto , observar as interaes entre as

    pessoas que agem e convivem no espao a ser visitado.

    Se houver condies, a partir do levantamento de interesses e

    curiosidades, cada grupo de estudantes escolher um foco especco

    de observao ao qual estaro vinculadas as atividades derivadas que

    sero desenvolvidas posteriormente, na volta escola.

    Sugestes de possveis focos de observao, por grupo:

    a estrutura fsica e a organizao espacial do local, de modo que,

    no retorno escola, sirvam de referncia para o desenho de sua

    planta baixa, construo de maquete ou modelo 3D digital;

    a caracterizao das pessoas que circulam/frequentam o ambiente

    para comprar, divertir-se, contratar servios, alimentar-se,

    trabalhar etc, destacando as relaes (se de cortesia, de amizade,

    informais, formais, por exemplo), estabelecidas entre

    frequentadores, entre vendedores e compradores, expectadores e

    artistas, empregados e empregadores...;

    a oferta de diferentes produtos/servios, segundo o tipo/a

    natureza, a qualidade, a variedade dos processos de produo das

    mercadorias, a variao dos preos, a presena de grupos

    6 | trajetrias criativas

    importante!

    importante!

  • caractersticos de compradores para os diferentes produtos; faixa

    etria dos frequentadores...

    as informaes sobre a histria e a memria do local; as

    narrativas dos frequentadores, os sentimentos em relao

    histria daquele espao; e

    as manifestaes artsticas presentes, tais como apresentaes

    musicais, exposio de artes visuais, performances diversas e a

    receptividade dos frequentadores a estas manifestaes.

    Vamos sada!

    Os professores e os estudantes, organizados em pequenos

    grupos, iniciam a visita ao mercado ou feira livre. importante que

    estejam preparados para produzir observaes e, simultaneamente,

    seus registros correspondentes. Trata-se de uma atividade muito

    dinmica, pois estaro imersos no ambiente, interagindo e

    observando interaes, tal como essas ocorrem no mundo real.

    Para que a atividade transcorra organizadamente,

    importante que os grupos escolham rumos diferentes, evitando-se o

    acmulo de pessoas em um mesmo local, o que poderia dicultar as

    observaes. prtico combinarem alguns locais estratgicos e

    horrios de encontros para se reorganizarem de tempos em tempos,

    e fazer novos percursos e deslocamentos no interior daqueles

    espaos. Caso julguem necessrio, os grupos tambm podem visitar

    o mercado ou a feira em dias e/ou horrios diferentes. Ser produtivo

    trabalhar com o contraste das observaes e dos registros!

    trajetrias criativas | 7

    2. execuo da estratgia /observaes e seus registros

  • De volta escola!

    Professor, aps a visita, preciso destinar algum tempo para

    os estudantes organizarem seus registros, de forma que venham a

    ser compartilhados e discutidos por todos. Uma sugesto convidar

    uma outra turma de estudantes para participar das trocas e

    discusses, bem como contar com outros professores, de acordo com

    as estratgias de trabalho que se seguirem.

    possvel que os grupos tenham visitado o mercado/feira livre

    em diferentes dias da semana e, por isso, talvez tenham registros

    bem diferenciados. Esse fato pode ser um mote interessante para

    desencadear atividades derivadas em mais de uma rea do

    conhecimento. Essas atividades, no retorno escola, demandam a

    disponibilidade dos professores para interagir, assistir e orientar os

    estudantes.

    relevante para a aprendizagem promover trocas, se possvel

    sistemticas, entre grupos de estudantes da mesma turma ou de

    diferentes turmas da escola, via sistemas digitais de interao e

    comunicao, para que comparem registros, estabeleam relaes e

    troquem ideias sobre seus achados.

    O que aprendemos?

    A partir das discusses que se realizaram e dos registros

    elaborados depois da sada a campo, os estudantes, ainda nos

    mesmos grupos, apresentam observaes na forma de breves

    esquetes, atravs dos quais iro destacar as relaes interpessoais

    que mais lhes chamaram ateno na visita ao mercado ou feira.

    8 | trajetrias criativas

    3. explorao e organizao dos registros

    4. elaborao de relaes /compreenso /aprendizagem

  • Como estratgia para orientar a montagem dos esquetes,

    voc, professor, pode solicitar que os estudantes ressaltem uma ou

    mais palavras-chave que representem as interaes observadas nas

    diferentes situaes de convivncia durante a sada. Essas palavras-

    chave precisam car em segredo e os demais grupos devem, durante

    as apresentaes, tentar adivinhar que palavra esta, a partir de

    pistas dadas em um jogo de mmica, por exemplo.

    Essas palavras-chave, posteriormente, sero utilizadas pelos

    estudantes na construo de mapas conceituais (MC) sobre as

    relaes interpessoais presentes nesses espaos de convivncia.

    A apresentao dos esquetes e a construo dos mapas

    decorrentes da atividade podem ser desencadeadoras de questes a

    serem trabalhadas na iniciao cientca, na medida em que,

    possivelmente, suscitem a curiosidade dos estudantes sobre as

    questes comercias que regem o mercado ou a feira, e at mesmo

    questes que envolvam produo e preparo da alimentao, sua

    composio, seu valor nutricional etc...

    Desde nossos ancestrais, a alimentao tem sido um eixo

    articulador da sociabilidade. Alm disso, a alimentao se estrutura

    nas diferentes populaes humanas a partir da cultura dos povos.

    Portanto, a alimentao pode inuenciar signicativamente a

    construo das relaes pessoais e coletivas. A m de explorar este

    aspecto importante da alimentao e sua relao com a interao

    social/ convivncia, sugerimos que voc, professor, promova um

    levantamento e uma discusso com os estudantes sobre itens de

    uma cesta bsica, realizando uma reexo sobre as necessidades

    reais de uma pessoa durante um ms, o que oferecido como padro

    em cada regio e os hbitos alimentares de seus habitantes. As

    perguntas a seguir so sugestes para orientar o debate.

    Produo, distribuio e comrcio de

    produtos que encontramos no

    mercado pblico ou nas feiras livres.

    Produo de produtos orgnicos nas

    proximidades da escola, do bairro ou

    da cidade.

    trajetrias criativas | 9

    Atividade derivada

    Cestas bsicas

    saiba

  • Como surgiu o termo cesta bsica?

    Que alimentos compem uma cesta bsica?

    Como se escolhem os produtos que devem compor uma cesta

    bsica?

    H diferentes cestas bsicas no Brasil e no mundo?

    Existe uma relao entre a renda familiar e a cesta bsica?

    A montagem da cesta bsica pode sofrer inuncia de questes

    culturais?

    Anal, para que serve uma cesta bsica?

    Como o valor do salrio mnimo se relaciona com a composio da

    cesta bsica?

    Que tal fazer uma lista de alimentos para compor uma cesta

    bsica ideal? Veja que essencial, construir, juntamente com os

    estudantes, algumas relaes entre as necessidades nutricionais dos

    indivduos, hbitos alimentares e os alimentos que compem uma

    cesta bsica ideal. Esses temas podem ser trabalhados com o auxlio

    dos sistemas de medidas, a regra de trs e as operaes elementares,

    a m de calcular as quantidades de calorias dirias necessrias para a

    faixa etria dos estudantes.

    Aps a construo da lista, que tal aproveitar a sada a campo

    ao mercado pblico/feira para avaliar o custo da cesta bsica, tendo

    em vista o atendimento das necessidades nutricionais de uma pessoa

    ao longo de um ms?

    A ida ao mercado pblico/feira pode ser uma oportunidade

    para vericar preos, visualizar a qualidade dos produtos, observar as

    relaes entre aqueles que realizam as compras e aqueles que

    vendem. Dessa forma, pode-se vericar se a cesta bsica ideal

    sugerida pelos alunos vivel, tendo como referncia o salrio

    mnimo (nacional/regional). Pode-se, ainda, pensar na estrutura

    nanceira de uma famlia imaginria (me, pai, av, dois lhos, tio,

    por exemplo), calculando-se as receitas (salrios) e as despesas

    (custos com a alimentao). , tambm, vivel elaborar planilhas e

    grcos representativos dessas receitas e despesas para contrast-

    Brasil e suas regies: uma nica

    cesta bsica?

    10 | trajetrias criativas

    vamos pensar...

  • los com os custos da alimentao. Cada estudante simularia custos

    para a aquisio de alimentao desta famlia imaginria, e como

    cada integrante colabora com a receita familiar.

    Outra simulao a ser explorada, professor, recai sobre as

    interaes que ocorrem entre os membros da famlia durante a

    aquisio, o preparo e o consumo dos alimentos.

    Como se constituem as interaes nessa famlia imaginria?

    Quais os sentimentos presentes nos diferentes momentos da

    convivncia diria?

    As atividades podem se valer de abordagens mais gerais e, aos

    poucos, derivar para outras mais especcas, prprias dos

    componentes curriculares, tais como: Matemtica, Cincias, Histria

    e Lnguas Estrangeiras.

    A convivncia em espaos como os mercados pblicos foram

    se constituindo ao longo dos tempos e muito da histria desses

    lugares carrega a marca das relaes interpessoais constitudas entre

    os que frequentam esses lugares, ou tem razes em acontecimentos

    pregressos, muitas vezes at marcantes. Que tal conhecer a histria

    do mercado por meio do relato de pessoas que ali convivem? Nesse

    sentido, uma possibilidade de atividade seria a realizao de

    entrevistas orais (recorrendo ao gravador, celular ou cmera de

    vdeo) ou escritas, planejadas e executadas pelos estudantes durante

    a visitao ao mercado ou feira. Para isso, fundamental preparar

    previamente um questionrio, dividir as tarefas e decidir o foco a para

    coleta de dados. Pode-se explorar aspectos da memria do lugar

    visitado que sejam do interesse dos estudantes, como por exemplo:

    histrias de vidas prossionais, narrativas, contos e causos cmicos

    e/ou fantsticos que envolvam o ambiente ou, mesmo, lendas e mitos

    relacionados ocupao do espao.

    Alguns mercados pblicos

    municipais e outros centros de

    comrcio possuem acervos com fotos

    e reportagens, alm de documentos

    ociais sobre a construo do espao

    fsico e produes escritas sobre sua

    histria. Se essas fontes forem de fcil

    acesso, os prprios estudantes podem

    conhec-las, levantando e

    selecionando dados de acordo com as

    perguntas e dvidas que surgirem.

    Que tal aproveitarmos o momento

    para discutirmos a relao entre

    memria do espao e histria

    apresentada por meio dos acervos?

    trajetrias criativas | 11

    quer ideias?

    Atividade derivada

    Histria, memria e narrativa

  • A atividade da entrevista pode ainda ser aproveitada para um

    trabalho de reviso e de construo de textos narrativos e descritivos.

    Se for de interesse dos jovens, por que no reelaborar literariamente

    uma das memrias recolhidas nas entrevistas? O importante que os

    limites entre a histria (experincia humana ao longo do tempo) e a

    memria (narrativa afetiva e comemorativa sobre o passado) quem

    bastante visveis.

    Outra ideia, ainda, dividir os estudantes em dois grupos,

    cada qual responsvel pela criao de uma das narrativas. No nal, os

    estudantes apresentam suas produes aos colegas e trocam suas

    impresses sobre elas.

    possvel pensar a convivncia por meio de diferentes

    manifestaes da cultura corporal de movimento. Na atividade de

    visitao feira ou mercado seria bastante interessante que os

    estudantes observassem as condutas e expresso corporal das

    pessoas que ali transitam, assim como as modalidades de danas,

    msicas, ritmos e jogos que possam fazer parte da dinmica daquele

    contexto.

    Aps a visitao, os estudantes podem comparar as condutas

    observadas com as diferentes formas de expresso corporal que eles

    conhecem, a exemplo dos diversos tipos de jogos e esportes de

    carter coletivo.

    Ser que esses jogos so praticados da mesma forma na

    escola, nos clubes, nas associaes ou nos estdios? So sempre

    competitivos ou exigem cooperao?

    Professor, que tal realizar uma atividade envolvendo jogos

    e/ou esportes que exijam conduta cooperativa? Uma boa estratgia

    para isso adaptar os jogos e os esportes tendo em vista reelaborar

    regras e adaptar aes para cumprir o objetivo do jogo.

    12 | trajetrias criativas

    Atividade derivada

    Corpo em ao

  • Voc pode obter informaes sobre as

    diferenas entre jogos cooperativos e

    competitivos e obter outros

    materiais,no referencial da Educao

    Fsica em: Lies do Rio Grande.

    Disponvel no site:

    http://www.educacao.rs.gov.br

    Uma sugesto seria a confeco da bola

    tal como no lme Innocent in

    Ruanda.

    Cuca ou 'Kuchen' em alemo.

    uma espcie de bolo/po elaborado

    com fermento biolgico. Em sua

    forma mais simples recoberta com

    uma farofa crocante, feita com

    farinha, acar e manteiga. Em suas

    variaes recebe pedaos de frutas

    logo abaixo da cobertura de farofa.

    Bastante apreciada na regio sul do

    Brasil, principalmente nas cidades

    sob inuncia da imigrao alem.

    Fast Food (Comida rpida) o

    nome dado ao consumo de refeies

    preparadas e servidas em um curto

    intervalo de tempo. (sanduches,

    pizzas, pastis, etc.). Bastante

    criticada atualmente devido aos altos

    ndices calricos em comparao ao

    benefcio nutricional.

    quer ideias? Dessa maneira, seria interessante que duplas de estudantes participassem de uma partida de futebol com adaptaes que

    exigissem condutas cooperativas entre eles. Para tanto, cada time de

    futebol jogar com cinco duplas e um goleiro. As possveis

    adaptaes so as que seguem:

    jogar em dupla, ambos com as mos dadas ou amarradas com

    elsticos;

    jogar em dupla, sendo que um participante ca com os olhos

    vendados e o outro no; ou

    jogar individualmente, com todos os integrantes vendados,

    utilizando uma bola feita com guizos em seu interior.

    Outra possibilidade realizar campeonatos e amistosos entre

    as pessoas da comunidade no espao da escola, pois esse tipo de

    atividade propicia a integrao e possibilita diferentes modalidades de

    interaes sociais, as quais podem gerar temas para debates e outras

    atividades.

    com linguia, queijo com goiabada, po com leo de Cuca

    oliva, feijo com arroz, po com manteiga e caf com leite, . fast food

    Qual a alimentao do brasileiro?

    As refeies costumam demarcar momentos importantes no

    cotidiano das pessoas, pois, muitas vezes, se constituem como

    encontro entre familiares, colegas da escola, etc., nos quais h a

    convivncia entre pessoas que compartilham o alimento, contam

    histrias, trocam ideias e estabelecem laos afetivos, ou reproduzem

    comportamentos aprendidos com as geraes anteriores. Assim, so

    constitudos valores e aprendidas condutas e regras sociais.

    A alimentao tambm pode reetir a diversidade de culturas e

    contribui para construo da identidade de um povo. As receitas

    culinrias reetem tradies construdas no decorrer dos tempos.

    trajetrias criativas | 13

    uma dica

    Atividade derivada

    A festa de Babette

    voc sabia ?

  • Os processos de produo de alimentos envolvem relaes de

    poder e trabalho que perpassam a vida de todos.

    So inmeras as possibilidades temticas de abordagem desse

    assunto no contexto escolar. Pode ser oportuno, por exemplo, iniciar

    com a apresentao do lme A Festa de Babette que mostra a

    histria de uma senhora que, ao enriquecer subitamente, decide

    oferecer um banquete para celebrar com sua comunidade. O especial

    nesse lme que a prpria Babette se dedica a preparar os pratos do

    banquete, e o faz com os melhores ingredientes que consegue

    encontrar.

    A partir do lme seria possvel propor uma reexo a respeito

    da relao entre o banquete preparado e a interaes da personagem

    com a comunidade na qual est inserida. Em seguida pode-se

    promover um encontro em que os alunos elaboram e compartilham

    uma refeio, com tempo para trocar ideias e reetir sobre a

    importncia e os diferentes desdobramentos, positivos e negativos,

    dessa ao cotidiana, aparentemente simples.

    Dessa forma, a classe, ao preparar uma receita que ser

    saboreada por todos, aproveita o momento da refeio com os

    colegas para realizar discusses que envolvam a alimentao. Que tal

    fazer o registro dessa experincia atravs de fotos, vdeos ou at

    mesmo da confeco de um , caderno de receitas e que este possa ser

    publicado/postado?

    O que voc acha dos estudantes identicarem quais os

    prossionais que trabalham no mercado ou feira (garons, feirantes,

    vendedores ambulantes, artesos, seguranas etc.)?

    Aps o levantamento, os estudantes poderiam elaborar e

    coletar relatos e informaes sobre as rotinas dos trabalhadores e sua

    formao prossional. Como so as relaes de trabalho? Como so

    as condies de trabalho?

    Dirio de alimentao

    Que tal propor que cada estudante

    faa um dirio de alimentao, seu ou

    da sua famlia, registrando o que

    consumido para que, posteriormente,

    seja trabalhada a interpretao das

    tabelas nutricionais? Dessa forma

    poder ser explorado o clculo das

    calorias, a composio dos alimentos,

    a utilizao ou no de conservantes,

    alm da comparao entre os dados.

    A partir dessa atividade o estudante

    ter ferramentas para analisar, com

    base em dados concretos, o que

    considerada uma alimentao

    adequada, qual o consumo de

    calorias e nutrientes necessrios para

    manter uma boa sade. Pode ser

    muito interessante assistir ao

    documentrio Super Size Me, do

    norte-americano Morgan Spurlock,

    que aborda as consequncias de uma

    alimentao baseada apenas em

    fast foods. Outros prossionais

    envolvidos na rea de nutrio, alm

    do professor, podem auxiliar no

    desenvolvimento das atividades.

    Aqui, ali em qualquer lugar

    Aquilo que comemos, como tudo que

    sofre a ao humana, tambm tem

    histria. Muitos produtos e

    ingredientes hoje comuns no

    cardpio brasileiro, e at

    considerados tpicos, como a

    banana, o arroz e a pimenta, no so

    originrios de nosso territrio.

    Por que no pesquisar as origens e a

    trajetria desses elementos at sua

    assimilao em nossa vida? Que

    alimentos compem uma refeio

    considerada tipicamente brasileira?

    Qual a alimentao do brasileiro?

    Que inuncias culinrias dos

    habitantes de outros pases esto

    presentes diariamente na mesa dos

    brasileiros? Qual a origem das

    comidas mais comuns em cada regio

    do Brasil? Estes questionamentos

    podem ampliar o ponto de vista dos

    estudantes acerca da natureza, da

    alimentao, da diversidade cultural

    e tais temas podem inspirar a

    formulao de perguntas para a

    iniciao cientca.

    14 | trajetrias criativas

    quer ideias?

    Atividade derivada

    Mundos do trabalho

  • Os estudantes poderiam construir um quadro comparativo, a

    partir da perspectiva dos trabalhadores entrevistados, elencando as

    diculdades e as satisfaes que encontram em cada uma das

    atividades.

    possvel intervir na realidade?

    Para nalizar, os jovens elaboram um plano de sugestes com

    ideias para superar as diculdades apontadas pelos trabalhadores.

    Que tal pensar sobre o papel da tecnologia nesse contexto? Ela

    poderia ser empregada para melhorar a vida desses prossionais?

    Alm da alimentao, do que o homem precisa? Sade,

    educao, arte...

    Atravs de imagens, msicas e textos, possvel explorar

    diferentes necessidades do ser humano.

    A msica Comida da banda Os Tits, composta por Arnaldo

    Antunes e Marcelo Fromer, pode ser um caminho. Ao ouvi-la, pode-

    se estabelecer relaes entre o que os estudantes pensam, sentem e

    expressam como necessidades bsicas.

    Os estudantes podem fazer entrevistas na escola e na

    comunidade, buscando entender quais as necessidades do conjunto

    de pessoas, em relao sade, educao, cultura. A partir dessa

    coleta e anlise de dados e discusses, possvel pensar em

    intervenes que o grupo possa fazer em relao s demandas

    levantadas. Por exemplo: a escola precisa reorganizar o espao da

    biblioteca, ou o ptio das crianas? O que os estudantes propem e

    podem fazer para ajudar? A comunidade sente falta de aes voltadas

    sade? Que aes podem ser organizadas para estimular a

    modicao dos hbitos da comunidade?

    Os estudantes podem pensar sobre

    as transformaes no mercado de

    trabalho. Que prosses

    desapareceram nas ltimas

    dcadas? Quais os motivos das

    mudanas? Que novas atividades

    prossionais podem surgir no

    futuro prximo?

    A dinmica de visitas e estudos de

    mundos do trabalho pode se

    estender para muitos contextos,

    apresentando reas de atuao

    diversas. Os Centros de Integrao

    Empresa Escola podem ser contatos

    interessantes para o professor

    procurar empresas que abram suas

    portas para os estudantes de Ensino

    Mdio, apontando perspectivas

    possveis. Visitar pginas virtuais

    de feiras tecnolgicas tambm pode

    ser interessante.

    Com base nas experincias vividas

    na atividade, os estudantes podem

    simular uma empresa real. Que

    produtos seriam vendidos? Como

    seria feita sua distribuio? Quem

    compraria tal produto? Como o

    produto seria divulgado? Que

    prossionais seriam necessrios

    para colocar a empresa em

    funcionamento?

    As prosses que os estudantes

    conhecerem podero ser

    classicadas de acordo com

    conceitos econmicos, poltico-

    administrativos e sociais, por

    exemplo - setores primrio

    (produo agrcola), secundrio

    (manufatura), tercirio (servios);

    empresas pblica, privada, de

    economia mista; capital e fora de

    trabalho.

    ONU, UNESCO

    protagonismo

    trajetrias criativas | 15

    quer ideias?

    Atividade derivada

    Voc tem fome de qu?

    saiba

  • Veja, professor, imprescindvel que os debates tenham

    alguma forma de registro (seja em forma de texto, blog, imagem,

    instalaes artsticas) que organizem as ideias levantadas e

    possibilitem o desenvolvimento das perspectivas individuais e de

    grupo.

    O registro pode abranger o incio do processo das discusses,

    o decorrer das propostas de ao ou o desenrolar do trabalho.

    16 | trajetrias criativas

  • [email protected]

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