aÇÕes e conquistas da agropecuÁria brasileira§ão... · a cna apresentou à receita federal do...

100
AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL

Upload: dinhanh

Post on 16-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA

BRASILEIRACONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL

Page 2: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

DIRETORIA EXECUTIVA

TRIÊNIO 2014 – 2017

Kátia Regina de AbreuPresidente

João Martins da Silva Júnior1º Vice-Presidente

Eduardo Correa RiedelVice-Presidente de Finanças

Roberto SimõesVice-Presidente Executivo

José Zeferino PedrozoVice-Presidente Secretário

Assuero Doca VeronezVice-Presidente Diretor

Carlos Rivaci SperottoVice-Presidente Diretor

José Mário SchreinerVice-Presidente Diretor

Júlio da Silva Rocha JúniorVice-Presidente Diretor

Mário Antônio Pereira BorbaVice-Presidente Diretor

CONSELHO FISCAL

TRIÊNIO 2014 – 2017

EfetivosÁlvaro Arthur Lopes de AlmeidaRenato Simplício LopesRaimundo Coelho de Souza SuplentesJosé Álvares VieiraLuiz Iraçú Guimarães ColaresEduardo Silveira Sobral (In memoriam)

Page 3: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

Assuntos Econômicos ....................................................................................... 5

Mercado internacional .................................................................................... 8

Cereais, Fibras e Oleaginosas ...................................................................... 13

Café ........................................................................................................................ 17

Bovinocultura de Corte ..................................................................................20

Bovinocultura de Leite ...................................................................................24

Fruticultura ........................................................................................................28

Aves e Suínos ...................................................................................................... 31

Caprinos e Ovinos ............................................................................................33

Pesca ...................................................................................................................... 35

Aquicultura ......................................................................................................... 37

Silvicultura ..........................................................................................................40

Cana-de-Açúcar ................................................................................................42

Infraestrutura e Logística ............................................................................45

Política Agrícola ................................................................................................48

Meio Ambiente .................................................................................................. 51

Trabalho e Previdência Social ..................................................................... 55

Assuntos Fundiários .......................................................................................58

Empreendedores Familiares Rurais ......................................................... 61

Comissão da Região Nordeste do Brasil .................................................63

SENAR – Educação e Assistência Técnica ..............................................65

ICNA – Estudos e Pesquisas Sociais e do Agronegócio .....................70

Contribuição Sindical CNA .......................................................................... 75

Contribuição SENAR .......................................................................................93

Sumário

Page 4: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre
Page 5: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

3

AMIGO PRODUTOR,

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e o Serviço Nacional de Aprendiza­

gem Rural estão presentes no seu dia a dia, atentos às necessidades do nosso setor. E

para sermos mais eficientes na defesa dos interesses do campo e na solução dos pro­

blemas que dificultam a vida do segmento mais dinâmico da economia, atuamos não

apenas junto aos Poderes Executivo e Legislativo, como também acionando a Justiça

sempre que há ameaça aos direitos do produtor rural.

Construído com a contribuição da CNA, o Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015 disponi­

bilizou volume recorde de recursos: R$ 156 bilhões. E nossa luta foi recompensada com

três linhas de crédito específicas para a bovinocultura de corte, destinadas à aquisição

de animais para a engorda em sistema de confinamento, e à retenção de matrizes, com

prazo de até três anos para pagamento. A terceira linha de crédito foi para a aquisição

de matrizes e reprodutores, com limite de R$ 1 milhão por beneficiário e cinco anos

para pagamento, incluindo dois anos de carência.

Não fosse a firme ação da nossa entidade, 180 agroquímicos utilizados no controle de pra­

gas e doenças que afetam 56 culturas estariam proibidos no mercado nacional. O Tribunal

Regional Federal da Primeira Região só assegurou a comercialização e o uso desses produ­

tos, no dia 23 de abril, depois de acionado pela CNA, que fez seguidos alertas ao governo,

à justiça e à sociedade para as consequências desastrosas da proi bição desses defensivos.

Este 2014 revelou-se um ano de importância inédita para nossa agropecuária, porque

conseguimos colocar as propostas e aspirações do produtor rural brasileiro no topo da

agenda nacional. Prova disso foi o encontro histórico das maiores lideranças do país,

que pararam para ouvir o campo no dia 6 de agosto, quando os principais candidatos à

presidência da República foram sabatinados na sede da CNA em Brasília.

Mirando o futuro, assumimos o compromisso de oferecer ensino de excelência para

formar uma nova geração de técnicos de nível superior, preparados e comprometidos

com a modernização da agropecuária do nosso país. Assim, inauguramos a Faculdade

CNA de Tecnologia, projeto que obteve nota máxima do Ministério da Educação e

colocou em funcionamento, na sede da CNA em Brasília, o primeiro curso superior de

Gestão do Agronegócio.

Como um dos maiores desafios para a continuidade do crescimento do agronegócio

brasileiro é a formação de novas lideranças, a CNA e o SENAR criaram o programa CNA

Jovem. A primeira turma com 134 jovens, de 24 Estados, já está sendo formada.

Page 6: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

4

E por acreditar, que pode contribuir ainda mais com a multiplicação do conhecimento, o SENAR criou o programa de Assistência Técnica e Gerencial para auxiliar os produtores rurais que não tem acesso à extensão rural e às novas tecnologias. Em 2014, a entidade formou mais de 200 instrutores, de 25 Estados, no curso de Gestão Técnica e Econômica de propriedades rurais, com ênfase em Projetos de ATER. Esses instrutores multiplicadores estão formando os técnicos de campo que vão trabalhar diretamente com os produtores.

Criamos, também, a primeira ferramenta online para a elaboração de projetos de finan-ciamento rural, com acesso livre e gratuito. O site Agrosustenta foi desenvolvido em parceria com a BASF para auxiliar produtores e técnicos na elaboração de projetos sus­tentáveis, estimulando a adesão ao Programa de Agricultura de Baixo Carbono. Esta pla taforma facilita o acesso do produtor aos recursos financeiros do Programa ABC para a implementação de técnicas eficientes e sustentáveis, agregando valor aos pro­dutos do agronegócio e preservando o meio ambiente.

Estamos vigilantes para evitar prejuízos que possam comprometer o desempenho do nosso setor no exterior. Para combater os subsídios abusivos que distorcem mercados e prejudicam o produtor rural e o exportador brasileiros, esta Confederação criou um ob servatório para monitorar o processo de execução da nova Lei Agrícola norte­ameri­cana e da Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia.

Contabilizamos, ainda, a vitória da criação do Banco da Terra. Com ele, resolvemos o problema dos herdeiros de produtores rurais que agora têm a oportunidade de com­prar, com financiamento público, a parte de outros beneficiados do imóvel herdado. A CNA trabalhou para aprová-lo no Senado, convencida de que a nova lei beneficia aque­les que não têm seu pedaço de chão e que sonham com a possibilidade de comprar as terras por meio de financiamento.

E para fecharmos bem este ano, projetando novos avanços para 2015, o produtor ga­nhou um estímulo para aderir à irrigação, sistema de produção utilizado em apenas 6 milhões de hectares no Brasil. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) repassou às distribuidoras de energia o custo de aquisição e instalação dos equipamentos ne­cessários à aplicação dos descontos concedidos para ati vidades de irrigação e aquicul­tura. Até então, esta responsabilidade era do pro dutor rural.

O Sistema CNA/SENAR existe e atua com o propósito único de ajudá­lo a conquistar os instrumentos e condições de que precisa para semear suas vitórias. Você trabalhou com afinco este ano e nós estivemos ao seu lado. Vamos continuar juntos em 2015!

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNAServiço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR

Page 7: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

5

Ass

un

tos

Eco

mic

os

AÇÕES E CONQUISTAS 2014

As ações desenvolvidas pela Coordenação de Assuntos Econômicos no ano de 2014

compreenderam:

1. PROJETO CAMPO FUTURO

O Projeto Campo Futuro é realizado pela CNA e alia a capacitação do produtor rural à

geração de informação para administração de riscos de preços e aumento de custos na

propriedade rural. Com o intuito de gerar informações que servem de subsídios para

elaboração de políticas públicas e setoriais, foram realizados 113 painéis de levanta­

mento de dados para a composição dos custos de produção em 2014. Os painéis con­

templaram as seguintes atividades: aquicultura (8), aves (2), café (12), cana-de-açúcar

(15), fruticultura (7), grãos (30), ovinos (3), pecuária de corte (15), pecuária de leite (13),

silvicultura (4) e suínos (4).

Além dos painéis de levantamento de dados, são feitas atualizações mensais dos coe­

ficientes técnicos e econômicos das culturas citadas, sempre com o objetivo de avaliar

o comportamento dos preços dos insumos e produtos comercializados. Essas análises

geram publicações – Ativos do Campo – que auxiliam os produtores na gestão da ati­

vidade rural. Em 2014, foram realizadas 17 publicações: Café (3); Caprinos e Ovinos (1);

Pecuária de corte (3); Fruticultura (1); Grãos (3), Pecuária de leite (4); e Silvicultura (2).

ASSUNTOS ECONÔMICOS

Page 8: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

6

Essa publicação em formato de artigo fornece informações gerenciais, econômicas e

de mercado aos produtores, além de auxiliá­los na tomada de decisão. As publicações

são divulgadas no Canal do Produtor.

2. PUBLICAÇÃO DO PIB DO AGRONEGÓCIO E DO VBP DA AGROPECUÁRIA

Realização de pesquisas mensais do Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária e

do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio, que demonstram a rentabilidade do se­

tor e a geração de renda proporcionada pelas atividades ligadas ao agronegócio. Des­

ta forma, as publicações permitem que os produtores acompanhem o desenvolvimento

das culturas ao longo do ano, e antecipem­se a possíveis adversidades conjunturais e

econômicas.

3. REUNIÕES E SEMINÁRIOS

Grupo de Trabalho (GT) EconômicoNo segundo semestre de 2014, foi criado o Grupo de Trabalho (GT) Econômico, que

tem como principal objetivo promover maior aproximação e interatividade com o de­

partamento econômico das Federações de Agricultura e Pecuária de todo o Brasil, a

fim de estreitar as relações e gerar maior sinergia no Sistema CNA. Desta forma, possi­

bilitará a elaboração, em conjunto, de estudos técnicos e outros trabalhos importantes

para o setor agropecuário.

Desoneração do PIS/Confins da cadeia da estéviaA CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/

PASEP e da COFINS incidentes sobre a cadeia do adoçante natural estévia (Stevia re­

baudiana bertoni).

Foi apresentado ao órgão federal um estudo elaborado pela Coordenação de Assun­

tos Econômicos da CNA, mensurando o impacto da adoção de tal medida nas contas

públicas com a possível desoneração, por meio de renuncia fiscal.

O estudo constatou que, com a aprovação da desoneração, a renúncia fiscal será de

aproximadamente R$ 2 milhões, valor irrisório quando comparado às desonerações tri­

butárias de 2014, que até outubro deste ano atingiram R$ 84,5 bilhões. O estudo mos­

trou, ainda, que a medida irá refletir positivamente na parte social, visto que os atuais

produtores da planta são de pequenas propriedades administradas no âmbito familiar,

demonstrando também que a diversificação das culturas nas propriedades reflete po­

sitivamente na renda destes agricultores.

Page 9: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

7

Ass

un

tos

Eco

mic

os

4. ESTUDOS REALIZADOS

• Elaboração de Projeto de Lei (PL) para a criação da Agência Agropecuária de Pro­

moção e Exportação – AGROPEX.

• Apoio técnico/econômico na elaboração do estudo para alteração do Marco Regu­

latório de Agroquímicos – Decreto 4074/2002.

• Mensuração do impacto do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mer­

cante (AFRMM) incidente sobre os fertilizantes e o reflexo no custo da produção

agropecuária.

Page 10: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

8

MERCADO INTERNACIONALAÇÕES E CONQUISTAS 2014

SUPERINTENDÊNCIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

O mercado internacional é de vital importância para a expansão do agronegócio bra­

sileiro. O setor mostra competitividade ímpar no cenário global, garantindo ao país

posição de líder em produção e em exportação de muitos bens agrícolas. Sete das dez

principais posições na pauta exportadora do Brasil são do agronegócio que, este ano,

deve permanecer nos patamares de 2013, mas a participação do setor no total expor­

tado pelo país deve ser maior. Se no ano passado o agro foi responsável por 41,3% das

exportações, em 2014 as vendas de produtos agropecuários e agroindustriais devem

representar 42,3%.

As importações de produtos de origem animal e vegetal devem fechar 2014 em US$

16,8 bilhões. Este valor próximo ao observado em 2013 reflete o momento de cres­

cimento modesto da economia brasileira. A previsão é de encerrar o ano com um

superávit de aproximadamente US$ 83 bilhões na balança comercial dos produtos

do agronegócio.

Para promover maior inserção internacional é fundamental um esforço conjunto do

governo e da iniciativa privada na efetivação de novos acordos comerciais e de pro­

tocolos sanitários e fitossanitários do Brasil junto a importantes mercados mundiais.

Page 11: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

9

Me

rca

do

in

tern

ac

ion

al

Reconhecendo a importância do mercado internacional e para promover a competitivi­

dade do setor agropecuário, a CNA criou, em março de 2013, a Superintendência de Relações Internacionais (SRI).

Em 2014, a atuação internacional da CNA consolidou seu papel de principal represen­

tante do setor para questões de comércio exterior junto ao governo brasileiro e nos

principais fóruns de discussão sobre acesso a mercados. O ano foi marcado por im­

portantes ações em quatro grandes áreas: representação internacional; representação

junto a governos e entidades privadas do Brasil e do exterior; promoção de conheci­

mento sobre os principais mercados internacionais por meio de estudos, informativos e

seminários; e acesso a mercados.

1. REPRESENTAÇÃO INTERNACIONAL

A CNA está presente na União Europeia e na China por meio de seus escritórios de

representação em Bruxelas e em Pequim respectivamente. Os escritórios no exterior

buscam aproximar os países facilitando a interlocução com representantes do governo

e do setor privado, assim como auxiliar na elaboração de materiais como informativos,

estudos e alertas especiais.

Além dos escritórios no exterior, a CNA participa dos principais conselhos empresariais

e parcerias estratégicas com nossos parceiros mais importantes como a Parceria Estra­

tégica Brasil­União Europeia, o Conselho Empresarial Brasil­Estados Unidos, o Conse­

lho Empresarial Brasil­China e o Conselho Empresarial dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia,

China e África do Sul).

2. RELACIONAMENTO COM O GOVERNO E ENTIDADES SETORIAIS

Um importante mecanismo de interlocução entre o setor privado e o Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) foi retomado em 2014 após oito anos de

inatividade. A Câmara Temática de Negociações Agrícolas Internacionais do MAPA é

uma ferramenta de diálogo entre os setores do agronegócio e o governo em temas re­

lacionados à negociação de acordos internacionais, em especial protocolos sanitários e

fitossanitários, posicionamento sobre organismos geneticamente modificados, agenda

de agroquímicos e outros assuntos internacionais de interesse do setor.

Desde 2010, o Brasil possui oito adidos agrícolas nos principais mercados de interesse

do agronegócio: África do Sul, Argentina, China, Estados Unidos, Japão, Rússia, União

Europeia, e Organização Mundial do Comércio (OMC). Os adidos agrícolas exercem a

Page 12: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

10

missão permanente de assessoramento em assuntos agrícolas junto às missões diplo­

máticas brasileiras. A CNA atuou ativamente em parceria com esses representantes

monitorando a elaboração e execução de políticas agrícolas e promoveu um diálogo

com os adidos regressos de seus postos no exterior para fazer um balanço dessa pri­

meira experiência.

Além disso, a SRI promove reuniões técnicas de monitoramento dos principais mer­

cados internacionais com o MRE e o MAPA para buscar soluções a possíveis barreiras

de acesso ao mercado dos países e monitora os demais ministérios e agências rela­

cionadas ao setor.

3. ESTUDOS, BOLETINS INFORMATIVOS E OBSERVATÓRIOS

A SRI promoveu diversos estudos, boletins informativos e observatórios em 2014. Ao todo,

são 24 boletins de mercados específicos, sete boletins do agronegócio internacional, três

boletins especiais sobre as eleições na União Europeia, e três estudos sobre mercados e

políticas públicas internacionais com impacto no agronegócio brasileiros. A CNA também

instalou, em 2014, os observatórios da implementação das novas políticas agrícolas dos

Estados Unidos e da União Europeia e o observatório do impacto da perda da prefe­

rência tarifária no âmbito do sistema geral de preferencias (SGP) da União Europeia.

4. ACESSO A MERCADOS E NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS

A SRI participou de diversas reuniões das principais organizações internacionais com o

objetivo de defender as prioridades do agronegócio brasileiro nessas instituições.

A CNA esteve presente na Assembleia Geral da Organização Internacional do Trabalho

(OIT), participou da consulta regional da Organização das Nações Unidas para Alimen­

tação e Agricultura (FAO) sobre “Investimentos responsáveis para Agricultura” e parti­

cipou das reuniões da Federação de Associações Rurais do Mercosul (FARM) que une

Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.

Para além das organizações internacionais, a CNA acompanhou os desdobramentos das

negociações intra­Mercosul, do Mercosul­União Europeia, e das negociações comerciais

que estão sendo levada a cabo pelos grandes atores do comércio agrícola internacional.

Organizou missão à Genebra para dialogar com a Missão do Brasil junto à OMC sobre

as prioridades do agronegócio nas negociações comerciais multilaterais e promoveu

missão aos Estados Unidos e ao Canadá para elaboração de estudo sobre o processo

de registro de agroquímicos.

Page 13: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

11

Me

rca

do

in

tern

ac

ion

al

Áreas Ações

Representação Internacional

• Escritório na União Europeia: representação em diversos eventos de interesse em Bruxelas, elaboração de boletins especiais, informativos e estudos, organização e recepção de missões

• Escritório na China: elaboração de análises técnicas sobre comércio e investimentos chineses no setor agropecuário, monitoramento do mercado de commodities, participação no Congresso Mundial de Carnes e elaboração de informativos

• Apresentação no Fórum Econômico Mundial na cidade do Panamá

• Atuação nas reuniões do Conselho Empresarial Brasil­Estados Unidos como membro executivo

• Participação no Agricultural Outlook• Apresentação na Parceria Estratégica Brasil­União Europeia• Participação nas reuniões e eventos promovidos pelo Conselho

Empresarial Brasil­China• Acompanhamento das reuniões do Conselho Empresarial

dos BRICS• Participação na Feira Internacional World Food Moscow

Relacionamento com Governo e Entidades Setoriais

• Relançamento da Câmara Temática de Negociações Agrícolas Internacionais do MAPA

• Diálogo com Adidos Agrícolas• Reuniões de monitoramento com MRE/MAPA• Reunião com Ministro das Relações Exteriores para discutir

agenda internacional do agronegócio • Participação no “Diálogos de Política Externa” promovido pelo

Ministério das Relações Exteriores

Estudos, Boletins Informativos e Observatórios

• Estudo: Impactos das Políticas Agrícolas dos Estados Unidos e da União Europeia no Agronegócio Brasileiro

• Estudo: Impacto de picos tarifários na União Europeia para produtos do agronegócio brasileiro

• Estudo: Impacto de escaladas tarifárias na União Europeia para produtos do agronegócio brasileiro

• 12 Informativos da União Europeia• 12 Informativos da China• 7 Boletins do Agronegócio Internacional• Boletim Especial sobre as eleições do Parlamento Europeu• Boletim Especial sobre a nova Comissão Europeia• Boletim Especial sobre as eleições na União Europeia• Observatório do SGP da União Europeia • Observatório da implementação da nova política agrícola dos

Estados Unidos

Page 14: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

12

Áreas Ações

Acesso a Mercados e Negociações

• Elaboração de documento de posição da CNA sobre as negociações no âmbito da Rodada Doha de Desenvolvimento da Organização Mundial do Comércio (OMC)

• Missão à Genebra para interlocução com a Missão do Brasil junto à OMC

• Missão aos Estados Unidos e ao Canadá para elaboração de estudo sobre o processo de registro de agroquímicos

• Elaboração de resposta à consulta pública sobre abertura de mercado dos EUA para carne bovina in natura do Brasil

• Participação da consulta regional da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) sobre “Investimentos responsáveis para Agricultura”

• Participação na Assembleia Geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT)

Page 15: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

13

CEREAIS, FIBRAS E OLEAGINOSASAÇÕES E CONQUISTAS 2014

COMISSÃO NACIONAL DE CEREAIS, FIBRAS E OLEAGINOSAS

1. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

O Brasil, por ser o principal país na atividade agrícola em clima tropical, é caraterizado

pela necessidade de utilização de defensivos agrícolas na sua produção em escala co­

mercial. No entanto, esta tecnologia não tem conseguido atender de forma satisfatória

o setor produtivo. Problemas de regulamentação e, principalmente, a leniência dos

órgãos de regulamentação, têm impedido que importantes produtos formulados che­

guem ao produtor, resultando, muitas vezes, na ausência de agroquímicos específicos

para utilização em diversas culturas. Desta forma, a CNA tem trabalhado na construção

de um novo marco regulatório para defensivos agrícolas no país e lidera um grupo de

trabalho com o objetivo de desenvolver uma proposta de modificação do decreto que

regulamenta o sistema de agroquímicos no Brasil.

2. PROBLEMAS FITOSSANITÁRIOS

Os problemas fitossanitários ameaçam a produção agrícola em todo o mundo. No Brasil, este

problema é mais grave devido às condições de produção no clima tropical. De acordo com

vários pesquisadores, anualmente, doenças, pragas e plantas invasoras provocam

Page 16: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

14

quedas de 31% a 42% na produção mundial. As principais ameaças fitossanitárias estão

relacionadas a lagartas, à mosca branca e à ferrugem asiática. Assim, a comissão bus­

cou dar celeridade ao registro de novos inseticidas para o controle da mosca branca e

formulou estratégias de construção de um programa fitossanitário para seu controle.

Em relação à Helicoverpa armigera, buscou­se a orientação e a normatização quanto ao

uso dos inseticidas à base de benzoato de emamectina. No que diz respeito à ferrugem

asiática, a CNA solicitou ao MAPA maior agilidade no registro de fungicidas à base de

carboxamidas que se encontravam em análise na ANVISA e no IBAMA, com o objetivo

de garantir o controle da doença para a safra 2013/2014.

3. MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS E ÁREAS DE REFÚGIO

A perda de eficiência das cultivares transgênicas resistentes a insetos foi tema de dis­

cussão durante todo o ano. Um dos principais motivos é a falta de um programa de

manejo integrado de pragas e a adoção de áreas de refúgio nos cultivos transgênicos

de soja, milho e algodão. Assim, foi constituído o Grupo Técnico-Científico sobre Ma­

nejo de Resistência (GTMR), cujo objetivo é debater ações para manter a eficiência da

tecnologia e a segurança fitossanitária no campo.

4. CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA PÚBLICA PARA O TRIGO

A cadeia produtiva do trigo destaca­se como uma das mais importantes para a segu­

rança alimentar mundial. Entretanto, no Brasil, a atividade está concentrada em basica­

mente dois estados: Paraná e Rio Grande do Sul. A produção e o volume estão intima­

mente ligados às condições climáticas (chuvas e ou geadas), o que infere diretamente

na qualidade do produto final. Atualmente, apenas 20 % do cereal produzido possuem

características para o suprimento do mercado interno, o que faz com que sejamos al­

tamente dependentes de importações. Baseado nestas premissas, foi elaborado, em

conjunto com as federações de agricultura e pecuária, o “O Plano Nacional de Desen­

volvimento da Cadeia Produtiva da Triticultura”, documento publicado e encaminhado

ao governo federal, que contém informações estratégicas sobre o setor. Sua meta é

elevar a produção do cereal em 10 milhões de toneladas em quatro safras. O plano está

em fase de negociação.

5. CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA PÚBLICA PARA O MILHO

A CNA continuou com os esforços para garantir que o milho destinado ao Programa

de Vendas em Balcão, com a concessão de subvenção econômica da Companhia Na­

cional de Abastecimento (Conab) para as áreas de atuação da SUDENE. As propostas

Page 17: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

15

Ce

rea

is,

Fib

ras

e O

lea

gin

osa

s

elencadas foram encaminhadas aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimen­

to (MAPA), da Fazenda (MF) e da Casa Civil, com o intuito de minimizar os problemas de

oferta de milho para a região.

Uma segunda ação baseada na sustentação de preços e renda ao produtor no decorrer

de 2014 foi a solicitação de intervenção do governo federal, por meio dos leilões do

Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro). As intervenções garantiram aos

produtores remunerações próximas ao mínimo estabelecido.

6. CLASSIFICAÇÃO DE GRÃOS NA COMERCIALIZAÇÃO

Todos os anos, no momento da comercialização, os produtores de grãos têm se depa­

rado com grandes dificuldades em relação à classificação da sua produção. A CNA, em

conjunto com a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja, propôs um modelo de

classificação de grãos, mais transparente, que vise padronizar ações no momento da

entrega da produção, tanto para o setor produtivo quanto para o armazenador.

7. PRÊMIO DE SUBVENÇÃO AO SEGURO RURAL

Acompanhamento da utilização do seguro rural pelos produtores, bem como a des­

tinação de recursos oficiais para a redução dos custos dos prêmios das apólices. Fo­

ram enviados ofícios aos Ministérios da Fazenda e da Agricultura, Pecuária e Abas­

tecimento (MAPA), solicitando agilidade na liberação de recursos. A mensagem 319

da presidente da República, publicada no Diário Oficial da União, em 14 de outubro

de 2014, foi encaminhada ao Congresso Nacional com o texto do projeto de lei que

destina ao Orçamento Fiscal da União, em favor do MAPA, crédito suplementar no

valor de R$ 310.186.453,00 para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro

Rural (PSR).

8. REDUÇÃO DA ALÍQUOTA DE IMPORTAÇÃO DO FOSFATO DIAMÔNICO

Os fertilizantes representam cerca de 30% dos custos de produção das principais cul­

turas brasileiras. A produção agrícola nacional é altamente dependente da importação

deste insumo, chegando a representar 70% do total de fertilizantes à base de fosfato.

O fosfato diamônico, com teor de arsênio superior a 6 mg/kg, possui alíquota zero de

importação, ao passo que os demais similares, também classificados como fosfatos

diamônicos, com teor de arsênio inferior a 6 mg/kg, recolhiam tarifa de 6%. Assim, foi

proposta e aprovada a equiparação das tarifas de importação, reduzindo todas as alí­

quotas para zero, segundo a Resolução Camex nº 94.

Page 18: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

16

Ações Conquistas

Áreas de refúgio para OGMs

Criação do Grupo Técnico-Científico sobre Manejo de Resistência de Organismos Geneticamente Modificados (GTMR), com o intuito de acompanhar o desempenho das tecnologias “BT”, assessorar o MAPA nas avaliações de manejo de resistência, avaliar resultados e promover o levantamento e o intercâmbio de informações sobre o manejo de resistência em OGMs.

Construção de uma politica pública para o milho

Ativação do PEPRO e da AGF.

Classificação de grãos na comercialização

Participação, na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja, do GT para publicação de um manual de boas práticas para a armazenagem.

Prêmio de Subvenção ao Seguro Rural

Encaminhado ao Congresso Nacional, com o texto do projeto de lei que destina ao Orçamento Fiscal da União, em favor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, crédito suplementar, no valor de R$ 310.186.453,00, para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

Redução da alíquota de importação do fosfato diamônico

Solicitada a equiparação das tarifas de importação dos fosfatos diamônicos, reduzindo todas as alíquotas para zero, aprovada e publicada na Resolução Camex nº 94.

Page 19: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

17

CAFÉAÇÕES E CONQUISTAS 2014

COMISSÃO NACIONAL DO CAFÉ

Altas temperaturas e baixo volume de precipitação causaram perdas de até 40% na

safra de 2014, além da estimativa de comprometimento da safra a ser colhida em 2015.

Registros de uma significativa perda no rendimento dos grãos afetou fortemente

a renda do cafeicultor, mesmo diante da valorização acumulada dos preços do

produto em 2014. Esse cenário orientou as ações da Comissão Nacional do Café

na elaboração de propostas de políticas voltadas para garantia de renda e me­

lhoria da capacidade de pagamento do cafeicultor, com o objetivo de aumentar a

competitividade do setor.

A Resolução 4.289, de 22 de novembro de 2013, que autorizou a renegociação de par­

celas vencidas e vincendas, no período compreendido entre 01/7/2013 e 30/6/2014, rela­

cionadas às operações de crédito rural das lavouras de café arábica, exigiu amortização

mínima de 20% do saldo da parcela a ser pago até 15 de julho de 2014. Frente a isso, a

Comissão solicitou ao Governo a postergação para outubro de 2014 a data de amor­

tização, época em que o produtor teria condições de comercializar sua safra e quitar

a amortização. No dia 31 de julho, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estendeu o

prazo de pagamento da amortização para 31 de outubro de 2014.

Page 20: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

18

Considerando que a quebra da safra brasileira afetou diretamente a renda do pro­

dutor e, ainda, que inúmeros produtores não puderam se beneficiar da renegociação

por meio da Res. 4.289/13, pois quando a mesma foi publicada, a maioria das parcelas

do crédito rural já havia vencido, a Comissão solicitou ao Governo que as parcelas das

operações de custeio a vencer, vinculadas às lavouras de café arábica, no segundo

semestre de 2014, pudessem ser renegociadas, com início de pagamento em 2016.

A proposta ainda está em análise.

Medida aguardada desde 2011, a reabertura dos prazos para negociação de parcelas

das operações de crédito rural inscritas na Dívida Ativa da União, foi uma grande con­

quista. Com a aprovação da Lei 13.001, de 20 de junho de 2014, produtores que esta­

vam impedidos de negociar suas dívidas tiveram oportunidade de liquidar ou parcelar

seus débitos em condições diferenciadas.

Para o desenvolvimento do mercado e o aumento da competitividade do setor, são

necessárias ações focadas na redução do custo de produção, redução do passivo, me­

lhoria na gestão de custos e controle de risco de preços.

Reconhecendo a necessidade de oferecer ao produtor um mecanismo que lhe garanta

proteção contra possíveis desvalorizações do produto e assegure o preço, a Comis­

são estruturou um Programa de Garantia de Renda (PGR) em parceria com a BM&­

FBovespa. Ampliar o acesso dos produtores rurais à política de garantia de renda e

permitir que ele faça planejamento antecipado da comercialização, melhorando as­

sim sua condição de risco junto às instituições financeiras, são os principais objetivos

do PGR. Com o subsídio governamental ao prêmio das Opções de Venda de Café

Arábica da BM&FBovespa, acredita­se na racionalização no uso dos recursos públicos

e em um programa realmente capaz de atender as necessidades do cafeicultor. O PGR foi

apresentado aos Ministérios da Fazenda e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

(MAPA), que têm estudado junto à comissão o aperfeiçoamento da ferramenta para

sua operacionalização.

Por fim, visando viabilizar o controle da broca-do-café, segunda praga em importância

na cafeicultura brasileira, que até então não possui produto com eficácia de controle,

a Comissão solicitou ao MAPA o registro emergencial e a celeridade no processo de

importação do princípio ativo ciantraniliprole. Em 17 de julho de 2014, foi publicada a

Portaria Mapa nº 711, permitindo a importação de ciantraniliprole para compor produto

de combate à broca do café, no Estado de Minas Gerais, onde foi decretado estado de

emergência fitossanitária.

Page 21: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

19

Ca

Conquistas do setor cafeeiro – 2014

1Prorrogação do prazo de pagamento da amortização de 20% do saldo referente à Resolução 4298/13.

2Publicação da Lei 13.001, permitindo liquidação ou parcelamento de saldo das parcelas de crédito rural inscritas em Dívida Ativa da União.

3Decretado estado de emergência fitossanitária para Minas Gerais, para combater a broca­do­café.

4Autorização de importação de ciantraniliprole a ser usado em produtos para controle da broca­do­café em Minas Gerais.

5Lançamento da marca Região das Matas de Minas, que abriga 36 mil cafeicultores.

6 Atualização do preço mínimo do café conilon para R$ 180,80 a saca.

Page 22: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

20

BOVINOCULTURA DE CORTEAÇÕES E CONQUISTAS 2014

FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DA PECUÁRIA DE CORTE

1. PROTOCOLO DE RASTREABILIDADE

Publicação da IN nº 6, de 20/3/2014, que aprova os procedimentos de homologação,

estrutura básica e os requisitos mínimos do manual de procedimentos dos protocolos

de sistemas de rastreabilidade de adesão voluntária da cadeia produtiva de carne de

bovinos e de búfalos, quando suas garantias forem utilizadas como base para certificação

oficial brasileira. Finalização da proposta do Protocolo de Rastreabilidade de Adesão Vo­

luntária da União Europeia, nos termos da Lei nº 12.097/2009 e do Decreto nº 7.623/2011.

2. GT PARA REGULAMENTAÇÃO DE TRANSPORTE DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO OU INTERESSE ECONÔMICO POR MEIO RODOVIÁRIO

Participação na elaboração das propostas de resolução do Conselho Nacional de Trân­

sito (CONTRAN) que regulamenta o transporte de animais de produção ou de inte­

resse econômico. Atuou, ainda, na resolução do CONTRAN que regulamenta o curso

especializado obrigatório destinado aos profissionais em transporte de animais vivos

que exerçam atividades remuneradas e defendeu a simplificação das referidas normas

e a redução dos custos para o setor.

Page 23: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

21

Bo

vin

ocu

ltu

ra d

e C

ort

e

3. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 13, DE 29 DE MAIO DE 2014, DO MAPA

Proíbe a fabricação, manipulação, fracionamento, comercialização, importação e uso

de produtos antiparasitários de longa ação que contenham como princípios ativos as

lactonas macrocíclicas (avermectinas) para uso veterinário. Participação em reuniões

para defender a revogação da IN 13 e a adoção de medidas alternativas, tendo em

vista que a referida regulamentação é contrária aos interesses da bovinocultura brasi­

leira. Durante a Expointer, em Esteio (RS), a CNA entregou, ao ministro da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento, o ofício nº 405/2014 e a Nota Técnica nº 53/2014, propondo

a revogação da IN nº 13, de 29 de maio de 2014.

4. CAMPANHA NACIONAL CONTRA A PIRATARIA DE PRODUTOS PARA SAÚDE ANIMAL

A CNA aderiu à campanha, cujo objetivo é combater a crescente comercialização de

medicamentos veterinários ilegais que prejudicam a pecuária brasileira. A campanha,

lançada no dia 3 de setembro de 2014, durante a Expointer, tem por objetivo informar e

educar todos os elos da cadeia produtiva de proteína animal sobre os riscos e os male­

fícios do uso de medicamentos veterinários falsificados, contrabandeados, sem registro

e de formulações caseiras.

1. PLANO AGRÍCOLA E PECUÁRIO 2014/2015

Aprovação de duas propostas apresentadas pela CNA:

1. financiamento de custeio para aquisição de bovinos em confinamento;

2. aquisição de matrizes e reprodutores bovinos.

3. COMISSÃO TÉCNICA NACIONAL DA PRODUÇÃO INTEGRADA DA CARNE BOVINA

A Comissão, da qual a CNA participa, avalia a proposta de ser criada norma de Produ­

ção Integrada (PI) da carne bovina, conforme dispõem a Portaria nº 92, de 19 de junho

de 2013, e a Instrução Normativa nº 27, de 30 de agosto de 2010.

4. ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA PELA PECUÁRIA SUSTENTÁVEL

A CNA avalia as medidas a serem tomadas em relação ao Acordo de Cooperação Téc­

nica pela Pecuária Sustentável, celebrado entre o Ministério Público Federal (MPF) e a

Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC).

Page 24: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

22

5. PROJETO ESTUDO DO ABATE BOVINO NO BRASIL

Foi concluído o relatório da pesquisa sobre o Estudo do Abate Bovino no Brasil, desen­

volvido pelo Cepea/Esalq-USP, do qual a CNA participou como parceira financiadora.

Os resultados foram divulgados em setembro de 2014.

6. PACOTE TECNOLÓGICO DA BOVINOCULTURA DE CORTE

Elaboração de proposta, em parceria com o SENAR Nacional, de pacote tecnológico

para a bovinocultura de corte brasileira, com base na capacitação, na assistência

técnica e no financiamento.

Page 25: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

23

Bo

vin

ocu

ltu

ra d

e C

ort

e

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2014

Assunto Resultado

1. Protocolo de Rastreabilidade

Publicação da IN nº 6, de 20/3/2014, que aprova os procedimentos de homologação, estrutura básica e os requisitos mínimos do manual de procedimentos dos protocolos de sistemas de rastreabilidade de adesão voluntária da cadeia produtiva de carne de bovinos e de búfalos, quando suas garantias forem utilizadas como base para certificação oficial brasileira.

2. GT para Regulamentação de Transporte de Animais de Produção ou Interesse Econômico por Meio Rodoviário

Simplificação, visando à redução de custos, das propostas de resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) que regulamenta o transporte de animais de produção ou interesse econômico e da resolução do CONTRAN que regulamenta o curso especializado obrigatório destinado aos profissionais em transporte de animais vivos que exerçam atividades remuneradas.

3. Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015

Aprovação de duas propostas apresentadas pela CNA: 1) financiamento de custeio para aquisição de bovinos em confinamento; 2) aquisição de matrizes e reprodutores bovinos.

4. Ampliação da área livre de febre aftosa

Reconhecimento, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), da parte centro­norte do Estado do Pará e mais 7 estados como zona livre de febre aftosa com vacinação (AL, PE, PB, RN, CE, PI e MA). Com esse reconhecimento, aproximadamente 99% do rebanho bovino brasileiro já está em área livre de febre aftosa, com ou sem vacinação.

5. Fim do embargo da China

Fim do embargo sanitário da China às exportações de carne bovina brasileira e habilitação de novas indústrias frigoríficas do Brasil.

6. Exportações de carne bovina

As exportações de carne bovina somaram US$ 6,51 bilhões entre janeiro e novembro de 2014. Com esse resultado parcial, estima­se que as vendas externas de carne bovina in natura, industrializada e miudezas comestíveis de bovinos devem totalizar, neste ano, US$ 7 bilhões, um novo recorde para o setor.

Page 26: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

24

AÇÕES E CONQUISTAS 2014

COMISSÃO NACIONAL DE PECUÁRIA DE LEITE

1. MANUTENÇÃO DO FOSFATO BICÁLCICO NA LISTA DE EXCEÇÃO À TEC.

O principal componente utilizado na fabricação de suplementos minerais para alimen­

tação animal no Brasil é o fosfato bicálcico, que chega a representar até 60% dos custos

deste produto. Em 2008, devido aos altos preços dos suplementos minerais, a CNA

apresentou uma proposta para incluir o fosfato bicálcico na lista de exceção à Tarifa Ex­

terna Comum (TEC) do Mercosul, reduzindo essa alíquota de 10% para zero. No entan­

to, anualmente essa lista é revista e alguns produtos podem ser retirados, retornando

às tarifas anteriores. Neste sentido, foram realizadas análises sobre os impactos da reti­

rada do fosfato bicálcico da lista de exceção à TEC nos sistemas de produção de leite

e de corte. Como resultado, foi decidida, em reunião da Câmara de Comércio Exterior

(CAMEX), sua permanência na lista de exceção à TEC por mais um ano.

2. ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA OS PRODUTORES DE LEITE.

A expansão de programas de assistência técnica para produtores de leite com foco geren­

cial tem sido uma das principais ações da Comissão. Em 2014, evoluiu­se junto ao SENAR

na construção de um software de gestão da atividade leiteira. Além disso, foi publicado o

BOVINOCULTURA DE LEITE

Page 27: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

25

Bo

vin

ocu

ltu

ra d

e L

eit

e

edital de chamamento público nº 02/2014, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste­

cimento (MAPA), para seleção de propostas de projetos de assistência técnica para produ­

tores de leite nos três estados da região Sul, além de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. A

previsão é de que, em dois anos, se trabalhe com 4.680 propriedades produtoras de leite.

Deste total, o SENAR Nacional assistirá 3.680 propriedades, utilizando o modelo de assis­

tência técnica e gerencial, associado a capacitações de produtores.

3. GUIA ALIMENTAR DA POPULAÇÃO BRASILEIRA.

Foi colocado em consulta pública o Guia Alimentar da População Brasileira, documento

do Ministério da Saúde que traz recomendações para uma alimentação saudável no

Brasil. O material preocupa o setor lácteo em especial, por trazer informações equivo­

cadas sobre alimentos industrializados, o que pode desestimular o consumo de alguns

derivados do leite, como queijos e iogurtes. Neste contexto, a CNA, juntamente com

representantes do setor e profissionais da área de nutrição, elaborou um documento

científico para contrapor alguns pontos da publicação. O respectivo documento foi

consolidado em reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados

do MAPA e encaminhado ao Ministério da Saúde e à Subcomissão do Leite da Câmara

dos Deputados.

4. DEFESA COMERCIAL.

O acordo de cotas e preços para o leite em pó importado da Argentina foi renovado por

mais um ano, garantindo que não houvesse novos surtos de importação do país vizinho.

Outra ação nesta área refere-se à prorrogação da TEC para 11 produtos lácteos a 28%.

A decisão autoriza o Ministério das Relações Exteriores (MRE) a iniciar imediatamente

as negociações com os demais membros do Mercosul, solicitando a prorrogação, en­

quanto a alteração definitiva da TEC não é discutida e aprovada no âmbito do bloco.

5. REGULAMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO DE QUEIJOS ARTESANAIS.

Mesmo com a publicação da Instrução Normativa (IN) nº 30/2013, do MAPA, que regu­

lamenta a produção de queijos artesanais, o produtor ainda encontra dificuldades para

formalizá­la. Nesse sentido, o grupo de trabalho criado no MAPA, por solicitação da

CNA, continuou reunindo­se ao longo de 2014, apresentando como sugestão a elabo­

ração de uma norma exclusiva para produtos artesanais, cujos princípios norteadores

seriam: evitar a obrigatoriedade da aplicação de uma legislação projetada para gran­

des indústrias; promover equidade da legislação sanitária e criar marco legal para ativi­

dades de processamento artesanal de alimentos.

Page 28: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

26

6. REVOGAÇÃO DA IN-51/2013.

A IN nº 51/2013, do MAPA, autorizava os laticínios com inspeção federal nas áreas

de atuação da SUDENE a reidratar leite em pó para venda de leite fluido pelo prazo

de três anos, em função da forte seca na região. Após a publicação da norma, os

preços aos produtores nordestinos ficaram estagnados, enquanto no resto do Brasil

houve aumentos acima da média histórica. Ademais, a produção de leite da região

Nordeste aumentou consideravelmente de 2013 para 2014, o que não justificava

manter a reidratação do leite em pó. Diante desses fatos, a CNA, com apoio das

Federações de Agricultura e Pecuária da região Nordeste, articulou­se com parla­

mentares, apresentando os impactos negativos da referida IN, o que culminou na

apresentação do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.497/2014. Somado a isso, houve

reuniões com o MAPA, que resultaram na publicação da IN nº 22/2014 do MAPA,

que revogou a IN nº 51/2013.

7. TRIPANOSSOMOSE BOVINA.

Enfermidade transmitida pelo Trypanossoma vivax, por meio de insetos (mosca do es­

tábulo e mutuca), e também pelo compartilhamento de seringas utilizadas para a apli­

cação de medicamentos. A doença tem levado a óbito elevado número de bovinos lei­

teiros em Minas Gerais. O medicamento de maior eficácia no controle da doença não é

produzido no Brasil e precisa ser importado. No entanto, como não há registro no país,

o Ministério da Agricultura exige que a importação seja realizada em situações especí­

ficas, que não atendem aos produtores. A CNA e a Federação da Agricultura e Pecuária

do Estado de Minas Gerais (FAEMG) têm realizado reuniões com representantes do

MAPA, Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e pesquisadores para tentar encontrar

uma solução mais ágil para a importação do medicamento, além de estabelecer ações

de educação sanitária aos produtores.

8. NOVO CENSO AGROPECUÁRIO.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou reuniões para discussões

a respeito do questionário que será aplicado no novo Censo Agropecuário, previsto

inicialmente para ser realizado em 2016, tendo como ano base 2015. A CNA participou

das últimas discussões, apresentando sugestões que permitirão obter maiores informa­

ções sobre a produção nacional de leite. Não obstante, a Lei Orçamentária Anual (LOA)

2015, enviada ao Congresso Nacional, não contemplou as operações censitárias. Assim,

trabalha­se com a possibilidade de realização do Censo Agropecuário em 2017, tendo

como ano base 2016.

Page 29: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

27

Bo

vin

ocu

ltu

ra d

e L

eit

e

9. ACÚMULO DE CRÉDITO PRESUMIDO DO PIS/COFINS.

As distorções existentes na legislação do PIS/COFINS para as indústrias de laticínios

têm causado falta de isonomia competitiva no agronegócio do leite. A maioria dos

produtos lácteos é isenta de PIS/COFINS, o que gera um elevado acúmulo de créditos

para as indústrias que só trabalham com produtos desse segmento. Desta forma, foram

realizadas sucessivas reuniões com o Ministério da Fazenda, Receita Federal, Ministério

da Agricultura e a Subcomissão do Leite da Câmara dos Deputados, para buscar uma

proposta de isonomia tributária para o setor industrial. Apesar das tentativas de incluí­

­la em algumas medidas provisórias, não houve avanço.

Principais conquistas da pecuária de leite em 2014

Manutenção do fosfato bicálcico na lista de exceção à TEC, com alíquota zero

Publicação do edital de chamamento público nº 02/2014, do MAPA, para seleção de propostas de projetos de assistência técnica para produtores de leite na região Sul, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso

Renovação do acordo de cotas e preços para o leite em pó importado da Argentina

Prorrogação da TEC de 11 produtos lácteos em 28%

Revogação da IN nº 51/2013, do MAPA, que autorizava os laticínios com inspeção federal na região da SUDENE a reidratar leite em pó para venda de leite fluido por três anos

Page 30: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

28

FRUTICULTURAAÇÕES E CONQUISTAS 2014

COMISSÃO NACIONAL DE FRUTICULTURA

1. FLORICULTURA

A CNA realizou, em parceria com a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores

e Plantas Ornamentais, EMATER’s, SENAR, UnB e cooperativas de produtores de

flores, um curso de capacitação técnica de longa duração na área de floricultura e

plantas ornamentais. Todo o treinamento será disponibilizado até o final de 2014,

pelo método de Educação à Distancia (EaD), fazendo com que floricultores de todos

os estados tenham acesso ao conteúdo.

2. EXPORTAÇÃO/ABRAFRUTAS/PROJETO APEX

A Comissão Nacional de Fruticultura da CNA teve participação ativa no processo de

criação da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados

(ABRAFRUTAS). CNA e ABRAFRUTAS firmaram termo de parceria técnica para condu­

ção das ações da associação, entre as quais o projeto Apex/ABRAFRUTAS/ICNA, no

valor de R$ 4,9 milhões, pelo período de dois anos.

Page 31: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

29

Fru

ticu

ltu

ra

A comissão, juntamente com a ABRAFRUTAS, formou um grupo de trabalho (GT) para

discutir e apontar alternativas que minimizem os impactos do fim do Sistema Geral

de Preferências da União Europeia (SGP) aos exportadores brasileiros. O GT apontou

como alternativa ao SGP a abertura de novos mercados (EUA, Oriente Médio e Ásia).

A promoção para esta abertura será feita com recursos captados junto à Apex pela

ABRAFRUTAS, com os mercados alvos já definidos e a participação direta dos escritó­

rios de representação da CNA no exterior.

3. COMERCIALIZAÇÃO/CAMPO FUTURO

Elaboração, em conjunto com técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas­

tecimento (MAPA), de proposta técnica para definição do preço mínimo para a laranja

destinada à indústria na safra 2014/2015. Desta forma, o preço mínimo da laranja foi

definido em R$ 11,45 por caixa de 40,8 quilos em todo o Brasil. Este valor vigorará até

março de 2015.

Realização de levantamentos de custos de produção de mamão e maçã nos estados da

Bahia, Paraná e Espirito Santo. Os resultados foram validados e serão usados para au­

xiliar os produtores na gestão econômica de suas atividades e para nortear as políticas

públicas para o setor.

4. FITOSSANIDADE

Captação de recursos para controle emergencial da infestação da mosca­das­frutas

nos pomares do Vale do São Francisco e para reativação do sistema de monitora­

mento das áreas. O governo de Pernambuco já liberou R$ 2 milhões para custear as

ações iniciais de supressão populacional da praga e o governo da Bahia deve liberar

mais R$ 900 mil.

Implantação do projeto “Centro de Controle Biológico de Anastrepha fraterculus

(MOSCASUL)”. Foram alocados para a Embrapa, por meio de emenda parlamentar,

R$ 1 milhão para custeio da primeira fase do projeto.

Solicitação de alteração da IN n° 17/2010, do MAPA, que estabelece os procedimen­

tos para a inspeção fitossanitária dos pomares de mamoeiro (Carica papaya L.) nos

estados que possuem programas de exportação de mamão para o mercado america­

no. A proposta foi acatada pelo MAPA e possibilitou maior controle do mosaico e da

meleira do mamoeiro, aumentando a competitividade do mamão papaya brasileiro

no mercado internacional.

Page 32: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

30

5. DEFESA COMERCIAL

Mobilização para impedir a importação de bananas do Equador. O MAPA reforçou o

posicionamento do governo federal de que, enquanto o país não tiver confiança fitos­

sanitária e não tiver um mercado sadio para a importação de banana, não irá liberar a

aquisição da fruta do Equador.

AÇÃO CONQUISTA

Curso de capacitação técnica de longa duração na área de floricultura e plantas ornamentais.

Disponibilização do treinamento EaD, fazendo com que floricultores de todos os estados tenham acesso ao conteúdo.

Criação da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS).

Termo de parceria técnica ABRAFRUTAS/CNA e projeto Apex, no valor de R$ 8,5 milhões para aplicação no período 2015/2016.

Justificativa técnica para definição do preço mínimo para laranja destinada à indústria na safra 2014/2015.

Preço mínimo da laranja em R$ 11,45 a caixa de 40,8 quilos, para a safra 2014/2015 em todo o Brasil.

Captação de recursos para resolver, de forma emergencial, o controle do alto nível de infestação da mosca­das­frutas nos pomares do Vale do São Francisco.

Liberação de R$ 2,9 milhões para custear as ações iniciais de supressão populacional da praga.

Projeto “Centro de Controle Biológico de Anastrepha fraterculus (MOSCASUL)”.

Alocado para a Embrapa, por meio de emenda parlamentar de R$ 1milhão, para custeio da primeira fase do projeto.

Alteração da IN nº 17/2010, do MAPA, que estabelece os procedimentos para a inspeção fitossanitária nos pomares de mamoeiro nos estados que possuem programas de exportação de mamão para o mercado americano.

Maior controle do mosaico e da meleira do mamoeiro, aumentando a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional.

Impedir a importação de bananas do Equador

Importação suspensa enquanto o país não tiver confiança fitossanitária e um mercado sadio para a aquisição da fruta.

Page 33: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

31

AVES E SUÍNOSAÇÕES E CONQUISTAS 2014

COMISSÃO NACIONAL DE AVES E SUÍNOS

A defesa do produtor integrado foi o principal tema da pauta da Comissão Nacional de

Aves e Suínos em 2014. Os esforços concentraram­se fortemente junto ao Legislativo

para aprovação do Projeto de Lei (PL) nº 6.459, de 2013, que trata dos contratos de inte­

gração vertical em tramitação na Câmara dos Deputados.

Primeiramente, a comissão se reuniu com Federações de Agricultura e Pecuária e asso­

ciações regionais de avicultores e suinocultores e apresentou conteúdo da proposta e

suas implicações práticas, solicitando, em seguida, que procurassem os parlamentares

de seus municípios para explicar a importância da aprovação do projeto para os pro­

dutores integrados.

Outro ponto importante foi a busca de apoio das lideranças dos partidos políticos para

que o PL fosse incluído na pauta de votação e aprovado com o conteúdo do Senado,

para que não houvesse emendas e, subsequentemente, seguisse para a sanção da Pre­

sidência da República.

Contudo, tendo em vista a dificuldade de aprovação da matéria no Congresso Na­

cional, a comissão trabalha no desenvolvimento da atuação coletiva dos produtores

Page 34: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

32

integrados nas negociações contratuais. Foram elaborados os “circuitos de fortaleci­

mento da integração”, que reúne os produtores integrados nos principais estados pro­

dutores de aves e suínos, ministrando palestras sobre negociação contratual, associa­

tivismo e ação coletiva. Também foram apresentados cases de sucesso de associações

e grupos que obtiveram êxito na representação de seus integrantes frente às negocia­

ções com a agroindústria integradora.

O objetivo do circuito é desenvolver a união e o poder de negociação dos produtores

integrados perante a agroindústria nos sistemas de produção integrada, promovendo a

eficiência e equidade nos contratos e o associativismo entre produtores. Sendo assim,

os circuitos se estenderão no próximo ano e terão o apoio da Associação Brasileira dos

Criadores de Suínos (ABCS).

Uma importante conquista para o setor em 2014 foi o estreitamento do canal de diá­

logo entre avicultores integrados e agroindústria integradora, consolidando o Fórum

Nacional de Integração Avícola. Numa parceria da CNA com a Associação Brasileira de

Proteína Animal (ABPA), o Fórum tem o objetivo de desenvolver políticas e diretrizes

para o acompanhamento e desenvolvimento dos sistemas de integração de aves e pro­

mover o fortalecimento das relações entre o avicultor integrado e agroindústria integra­

dora. Este Fórum nada mais é que a atuação prática do PL 6.459, de 2013, mesmo antes

de virar lei. Em 2015, espera­se criar canal similar a este para o setor da suinocultura.

A Comissão também deu suporte e apoio à criação da Associação Brasileira de Avicultores

Integrados (ABAI), resultado da união de diversas associações regionais de avicultores

(BA, DF, GO, MG, MS, MT, PR e SC), com o objetivo de fortalecer e atuar em conjunto

com a CNA nos pleitos relacionados ao setor.

Conquistas 2014

Consolidação do Fórum Nacional de Integração Avícola.

Instituição da Associação Brasileira de Avicultores Integrados (ABAI).

Normatização do bem­estar animal no transporte de cargas vivas.

Aproximação institucional junto às associações regionais de avicultores e suinocultores, aumentando a representatividade e o reconhecimento da atuação da CNA para os dois setores.

Page 35: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

33

CAPRINOS E OVINOSAÇÕES E CONQUISTAS 2014 

COMISSÃO NACIONAL DE OVINOS E CAPRINOS

A Comissão elaborou proposta para a criação do Programa Nacional de Desenvolvi­

mento da Ovinocultura e Caprinocultura (Pronadoc), nos mesmos moldes do Programa

Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), por meio do Grupo de Trabalho

(GT) criado especificamente para atender essa demanda.

Durante as reuniões do GT, a Comissão realizou diversas alterações e adaptações ao

Pronadoc, algumas delas para atender demandas dos próprios integrantes do Grupo.

Foram feitas alterações na cadeia e mercado e nas solicitações debatidas nas reuniões

da Câmara Setorial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

A proposta final do Pronadoc foi apresentada e aprovada em reunião da Câmara

Setorial do MAPA e colocada à disposição para a análise das associações de produ­

tores ARCO e ABCC. Com essa proposta as entidades devem elaborar seus projetos

nas áreas de caprinos e ovinos.

Page 36: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

34

Conquistas 2014

• Criação do Programa Nacional de Desenvolvimento da Ovinocultura e Caprinocultura (Pronadoc)

• Aprovação do Pronadoc na Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do MAPA, com definição de quais associações executarão o programa em suas respectivas atividades.

Page 37: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

35

PESCAAÇÕES E CONQUISTAS 2014

COMISSÃO NACIONAL DE PESCA

A Comissão Nacional de Pesca solicitou participação no Conselho Nacional da Pesca

e Aquicultura (Conape). Este colegiado tem como finalidade subsidiar a formulação da

Política Nacional para a Aquicultura e Pesca e alavancar a articulação e o debate dos

diferentes níveis de governo e a sociedade civil organizada. Com assento no Conape, a

CNA passa a contribuir para o desenvolvimento e o fomento das atividades da pesca.

Com a aprovação da representatividade no MPA, após a cerimônia de posse no Co­

nape, a comissão participou de quatro reuniões do conselho e também de seminário,

no Rio de Janeiro, para elaboração do documento “Diálogos do Setor Pesqueiro e

Aquicola”, que propôs ações para as principais atividades vinculadas à pesca e à aqui­

cultura: pesca artesanal, industrial, amadora e ornamental, carcinicultura, maricultura e

aquicultura continental.

Participação nas reuniões do Programa Nacional de Controle Higiênico­Sanitário de

Embarcações Pesqueiras e Infraestruturas de Desembarque de Pescado – Embarque

Nessa. A inciativa tem por finalidade estabelecer as condições higiênico-sanitárias míni­

mas necessárias para a qualidade do pescado a ser utilizado como matéria­prima para

fins de manipulação e processamento nos estabelecimentos industriais.

Page 38: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

36

Conquistas 2014

• Assento no Conape (participação nas reuniões do colegiado consultivo do Ministério da Pesca e Aquicultura).

• Elaboração e priorização do Plano de Trabalho da Comissão Nacional da Pesca da CNA.

Page 39: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

37

AQUICULTURAAÇÕES E CONQUISTAS 2014

COMISSÃO NACIONAL DA AQUICULTURA

A aquicultura é a atividade que apresenta os maiores índices de crescimento no agro­

negócio no país, com variação de 15% a 30% nos últimos sete anos. Entretanto, os ór­

gãos fiscalizadores e as políticas públicas não conseguiram acompanhar esta expansão,

observando­se também aumento dos problemas sanitários no setor. Desta forma, as

ações da Comissão Nacional de Aquicultura da CNA, em 2014, foram focadas na sani­

dade pesqueira e na gestão da informação e de custos.

Diante da necessidade do rastreamento da origem dos recursos pesqueiros, a Comis­

são Nacional de Aquicultura, a Coordenação Nacional de Sanidade Animal da CNA e

o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) elaboraram proposta para criação de uma

Plataforma de Gestão da Pesca e Aquicultura (PGPA). A PGPA visa, entre outros pontos,

reduzir a burocracia na emissão do licenciamento ambiental, promover a qualidade dos

insumos – com alevinos livres de doenças – e fomentar a produção com linhas de cré­

dito adequadas à realidade do setor.

Em reconhecimento à importância da existência de uma ferramenta para consolidar

informações sobre a cadeia produtiva, a CNA, juntamente com o MPA, assinaram pro­

tocolo de intenções que dá início à criação da PGPA.

Page 40: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

38

Para propor soluções para conter o aumento dos problemas sanitários no setor, a

Comissão atuou junto ao MPA no projeto “Sistema de Vigilância Epidemiológica e

Certificação Sanitária na Piscicultura em Tanque Escavado no Brasil”. Com apoio das

Federações de Agricultura e Pecuária, foram identificados os estados com expressiva

produção de peixe cultivado em tanque escavado, interessados em participar do pro­

jeto, bem como as espécies de peixe que farão parte do mesmo. Os estados interes­

sados deverão servir de “piloto” para o projeto, e, assim, contribuir com a elaboração

de um estudo epidemiológico capaz de apresentar soluções para a prevenção da

contaminação do pescado cultivado em tanque escavado.

Como medida complementar, a Comissão atuou junto à Coordenação Nacional de

Sanidade Animal da CNA em projeto para mitigação de riscos de bactérias do gênero

salmonella e outros patógenos em peixes de cultivo processado em indústrias sob o

Serviço de Inspeção Federal (SIF). Com esta iniciativa, pode­se ter uma análise da con­

formidade dos produtos em relação à sua inocuidade. O projeto, quando concluído,

trará diagnóstico da situação brasileira quanto à prevalência/patogenicidade da salmo­

nella e outros patógenos em peixes de cultivo, bem como sua disseminação ao longo

da cadeia produtiva. Com isso, os procedimentos de fiscalização nos entrepostos de

pescado devem ser aprimorados e a qualidade do produto melhorada.

A ameaça a boa parte da produção aquícola, pesqueira e dos frigoríficos de pescado no

Brasil foi a Instrução Normativa nº 10, do MAPA, de 1º de abril deste ano, estabelecendo a

necessidade de emissão de um novo documento, a Guia de Trânsito (GT). Este documen­

to exigia que o trânsito dos produtos de origem animal – para qualquer fim (comestível

ou não comestível) – deveria ter relação com o Serviço de Inspeção Federal (SIF) para o

transporte interestadual.

Esse modelo inviabilizaria grande parte da produção de pescado e de muitos frigoríficos

no país, uma vez que o transporte entre a produção primária e o frigorífico é feito por

meio de nota fiscal, já que a Guia de Trânsito Animal (GTA) se enquadraria apenas para o

trânsito de animais vivos.

Após mobilização da CNA e das demais entidades ligadas ao setor, em 30 de maio de

2014 foi publicada a Instrução Normativa Interministerial (INI MAPA/MPA) nº 4, dando fim

ao problema, voltando a reconhecer a nota fiscal como documento hábil de origem. Vale

ressaltar que esta foi uma solução temporária ao problema, pois o MPA vem trabalhando

para estabelecer critérios e procedimentos para o controle do trânsito de organismos

aquáticos vivos e matéria­prima de animais aquáticos provenientes de estabelecimentos

de aquicultura e destinados a estabelecimentos registrados em órgão oficial de inspeção.

Page 41: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

39

Aq

uic

ult

ura

Em relação à gestão de custos, uma importante iniciativa da comissão foi a inclusão

da atividade aquícola no Projeto Campo Futuro. A partir da realização de painéis de

levantamento de custos de produção nas regiões da Baixada Cuiabana, Alta Floresta e

Sorriso (MT), Lago de Itaparica (BA e PE) e nas regiões central e sudeste de Tocantins

(TO), foram levantados os indicadores técnicos e econômicos das principais espécies

de pescado da aquicultura, com o objetivo de auxiliar o processo de gestão da pro­

priedade aquícola, além de produzir informações que possam servir como subsídio à

formulação de políticas públicas adequadas à necessidade do setor.

Conquistas do setor aquícola em 2014

1Realização de painéis para levantamento de custos de produção no Projeto Campo Futuro.

2Publicação da Instrução Normativa Interministerial (INI MAPA/MPA) nº 4, de 30 de maio de 2014.

3Elaboração de projeto para mitigação de risco quanto à presença da Salmonella em peixe de cultivo processado em indústrias sob Serviço de Inspeção Federal (SIF).

4Contribuição para viabilização do Sistema de Vigilância Epidemiológica e Certificação Sanitária na Piscicultura em Tanque Escavado no Brasil.

5Assinatura do Protocolo de Intenções entre CNA e MPA, dando início à criação da Plataforma de Gestão da Pesca e Aquicultura (PGPA).

Page 42: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

40

SILVICULTURAAÇÕES E CONQUISTAS 2014

COMISSÃO NACIONAL DE SILVICULTURA E AGROSSILVICULTURA

1. Lançamento da Política Agrícola para Florestas Plantadas, no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA);

2. Publicação do Decreto nº 8.375, de 11 de dezembro de 2014 que define a Política Agrícola para Florestas Plantadas;

3. Alteração dos prazos de reembolso, de 8 a 12 anos, para o período de 10 a 15 anos, quando o componente florestal estiver presente e justificado.

4. Adequação do Pronamp para o limite de crédito de custeio, com elevação de R$ 600 mil para R$ 660 mil, e aumento do limite de crédito para investimento, de R$ 350 mil para R$ 385 mil reais;

5. Elaboração do Plano Nacional para Desenvolvimento Florestal, que será o instru­mento norteador da Política Agrícola para Florestas Plantadas, com vigência por prazo indeterminado e horizonte de planejamento de dez anos.

6. Publicação da Portaria Interministerial nº 954, de 30 de Setembro de 2014, autori­zando o leilão de PEPRO da borracha natural para a safra 2013/2014, com um volu­me de R$ 20 milhões.

Page 43: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

41

Sil

vic

ult

ura

7. Elaboração da Agenda Estratégica da Câmara Setorial de Florestas Plantadas

2014/2019. Das 15 ações definidas para configurar a pauta das discussões da Câ­

mara, a Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA irá participar

ativamente da coordenação de cinco:

• Cédula de Crédito Florestal;

• Estratégia para Uso de Energia de Biomassa Florestal;

• Estratégia de Defesa Florestal;

• Sistema de Informação;

• Estratégia de Valorização do Uso de Madeira.

8. Seguem os demais pontos definidos na agenda, relacionados com outras comis­

sões nacionais da CNA:

• Marco legal da Política Nacional de Florestas Plantadas;

• Plano Nacional de Desenvolvimento das Florestas Plantadas;

• Seguro Rural Florestal;

• Apoio a investimentos de fundos de pensão no setor de florestas plantadas;

• Itens de natureza tributária;

• Estratégia para o uso de energia de biomassa florestal;

• Licenciamento ambiental;

• Biossegurança;

• Regulamentação do Código Florestal;

• Negociações Internacionais;

• Terceirização da Mão de Obra.

Principais conquistas do setor florestal em 2014

Lançamento da Política Agrícola para Florestas Plantadas.

Melhoria das condições de financiamento do Programa ABC.

Melhoria das condições de financiamento do PRONAMP.

Elaboração do Plano Nacional para Desenvolvimento Florestal.

Publicação da Portaria Interministerial nº 954, de 30 de Setembro de 2014, leilão de PEPRO da borracha.

Elaboração da Agenda Estratégica da Câmara Setorial de Florestas Plantadas 2014/2019.

Encaminhamento, à CTNBIO, do processo para aprovação do uso da biotecnologia arbórea no Brasil, nº 01200.000202/201471 – eucalipto geneticamente modificado (H421).

Page 44: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

42

CANA-DE-AÇÚCAR AÇÕES E CONQUISTAS 2014

COMISSÃO NACIONAL DE CANA-DE-AÇÚCAR

Com objetivo de reforçar e ampliar a relevância da CNA nas decisões setoriais foi fun­

damental a participação em conferências, fóruns e reuniões com os produtores de ca­

na­de­açúcar e com as principais lideranças do setor.

1. OS RESULTADOS OBTIDOS FORAM:

• Indicação e aprovação de um produtor de cana­de­açúcar para a presidência da

Câmara Setorial de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas­

tecimento (MAPA), possibilitando que a pauta elaborada pelos produtores seja va­

lorizada e permita maior interlocução nas instituições governamentais que definem

as políticas do setor;

• Criação do Fórum de fornecedores de cana-de-açúcar, que é uma instância de dis­

cussão e encaminhamento das demandas próprias dos produtores, reforçando a

união dos mesmos na apresentação e efetivação de ações determinantes na solu­

ção dos entraves da atividade;

Page 45: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

43

Ca

na

-de

-Açú

car

• Participação nas discussões para atualização dos parâmetros e coeficientes técni­

cos do Consecana. Conforme previsto em seu estatuto, o Consecana deve ser atua­

lizado. Neste momento, as novas condições de mercado e processos produtivos

precisam ser incorporadas, com a renda do produtor/fornecedor de cana adequa­

damente recomposta. Estudos com base no levantamento de custos do projeto

Campo Futuro – CNA/PECEGE – são importantes ferramentas de informações para

a obtenção dos objetivos.

• Está em andamento a criação de um fundo de apoio a atividade de pesquisa, ino­

vação e extensão específicas para o setor sucroenergético. Para viabilizar esta ação

foram realizadas reuniões com os diversos elos da cadeia produtiva canavieira, ins­

tituições de pesquisa e extensão, além do Ministério da Educação.

• Discussões com grupos proprietários de usinas foram realizadas com objetivo de

mitigar os efeitos do aumento da inadimplência do setor com os fornecedores de

cana­de­açúcar. Com a crise por que passa o setor, problemas desta natureza estão

cada vez mais presentes, precisam ser monitorados e soluções devem ser encontra­

das para que o produtor não seja prejudicado.

Política governamental:Com o objetivo de dar sustentabilidade e previsibilidade aos agentes da cadeia pro­

dutiva sucroenergética, foram desenvolvidas ações para a elaboração de documentos,

além da participação em reuniões e debates. O objetivo foi demonstrar às diversas

instâncias governamentais a importância do setor para a economia do país e a neces­

sidade de programas e políticas que possibilitem resultados positivos, consistentes, no

longo prazo.

Podemos destacar:• Manutenção e ampliação de programas com linhas específicas de financiamento

para o setor sucroenergético, exemplo: Prorenova e PAISS. Com isso, viabiliza­se

o investimento em pesquisa, inovação tecnológica, e a estabilidade na oferta dos

produtos com maior capacidade de estocagem, além da renovação/expansão das

áreas cultivadas;

• Aumento do teto da mistura do etanol anidro na gasolina de 25% para 27,5% (Lei nº

13.033/14), esta medida acrescenta um volume aproximado de 1,2 bilhões de litros de

etanol anidro por ano no mercado de combustíveis. E, ao mesmo tempo, retira ATR

(Açúcar Total Recuperável) que poderia ser utilizado na produção de açúcar, diminuin­

do sua oferta em um mercado mundial caracterizado por altos estoques do produto.

Page 46: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

44

• Mudança nas regras dos leilões de energia para que a biomassa de cana­de­açúcar

seja competitiva. Esse aperfeiçoamento na legislação possibilita que a cogeração

de energia seja importante fonte de renda para equilibrar o resultado financeiro

das usinas. É preciso, também, transferir parte desta renda para os fornecedores de

cana­de­açúcar.

Principais conquistas do Setor Sucroenergético em 2014

Aumento do teto da mistura de etanol anidro na gasolina de 25% para 27,5%. Lei nº 13.033/2014.

Continuidade e ampliação dos programas de apoio à inovação tecnológica industrial e agrícola, estocagem de etanol e renovação dos canaviais em programas como o PAISS e o PRORENOVA.

Inauguração da primeira planta de etanol celulósico ou de segunda geração (2G) em Alagoas.

Page 47: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

45

INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICAAÇÕES E CONQUISTAS 2014

COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA

A navegabilidade do rio Tocantins depende, dentre outras intervenções, da obra de der­

rocamento do Pedral do Lourenço (43 quilômetros de rochas). A CNA apresentou ao

Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) e à Universidade Federal

do Paraná (UFPR) as justificativas comprovando a relevância da hidrovia para o setor do

agronegócio. A obra garantirá o tráfego continuo, em trecho de aproximadamente 500

quilômetros, possibilitando redução do custo do transporte e maior competitividade dos

produtos brasileiros no exterior. Para os produtos agrícolas prevê-se o transporte de 8,6

milhões de toneladas/ano até 2031 (PHE, 2013). O edital de licitação foi publicado no se­

gundo semestre e adotará o Regime Diferenciado de Contratação (RDC).

Ainda no que se refere às hidrovias, vale destacar o acompanhamento junto ao DNIT do

cronograma de contratação e elaboração dos Estudos de Viabilidade Técnico Econô­

mico e Ambiental (EVTEAs) dos rios Madeira, Teles­Pires e Tapajós, Tocantins, Paraguai­

­Paraná e São Francisco. Nesse sentido, foi lançado o plano de melhoramento da Hidro­

via Paraná­Tietê, compreendendo a ampliação da extensão dos trechos navegáveis e

do tamanho dos comboios. Essa hidrovia é responsável pelo transporte de 6,2 milhões

de toneladas de produtos como a soja, milho, cana de açúcar, madeira e celulose. Tam­

bém foram divulgados a conclusão dos estudos e os projetos básicos e executivos do

Page 48: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

46

rio Parnaíba, onde estão previstos novos terminais portuários e operacionalização das

eclusas de Boa Esperança.

A CNA apresentou sugestões ao texto substitutivo do Projeto de Lei nº 5.335/2009

que regula a implantação de dispositivos de transposição de desníveis (eclusas) na Co­

missão Especial de Transposição Hidroviária de Níveis (CESP). As principais emendas

incluem a manutenção do princípio do Uso Múltiplo das Águas e estabelecimento das

condicionantes para a implantação de eclusas – de forma integral ou parcial – concomi­

tante com os barramentos em Usinas Hidrelétricas. Ambas foram acolhidas e inseridas

no texto do substitutivo aprovado pela Câmara dos Deputados.

Os modais rodoviários e ferroviários foram temas recorrentes da atuação da CNA. Des­

tacam-se as propostas para flexibilizar a Lei n. 12.619/2012, que disciplina o descanso

obrigatório dos motoristas profissionais. As negociações realizadas na Casa Civil e na

Comissão Especial da Câmara dos Deputados (CEMOTOR) convergiram com as prin­

cipais propostas do setor do agronegócio. O estabelecimento de regras claras para

evitar instabilidade jurídica e a implantação da lei limitada aos trechos rodoviários que

possuam infraestrutura adequada (pontos de parada para descanso e apoio) foram

algumas das mudanças adotadas ao regulamento.

Entre os estudos realizados, menciona­se o levantamento das obras/intervenções em

infraestrutura e logística prioritárias para o agronegócio. O relatório foi encaminhado

ao Ministério do Planejamento para inclusão nos programas do Governo. Os trechos

que merecem destaque são as rodovias BR-158, BR-319, BR-155 e BR-020. Por exemplo,

a BR­020 facilitará o transporte de produtos provenientes do oeste da Bahia. Segundo

levantamento da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Alba), a previsão

para a safra 2013/2014 é colher 8,7 milhões toneladas de grãos e fibras.

Na Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Agronegócio, do Ministério da

Agricultura (CTLOG/MAPA), os principais temas que tiveram participação da CNA fo­

ram: (i) nova regulamentação para o serviço de praticagem, com ênfase na formação

de mão-de-obra e habilitação de comandantes; (ii) variação da tolerância do peso por

eixo nos caminhões que trafegam nas rodovias nacionais, equiparando ao teto do Mer­

cosul que é de 10%; (iii) unificação do processo licitatório da Usina Hidrelétrica de Três

Irmãos com as eclusas e o canal Pereira Barreto; (iv) revisão e/ou elaboração de nova re­

gulamentação para a cabotagem; (v) aprimoramento da Lei n. 12.815/2013 por meio de

legislação infralegal (decretos e resoluções), principalmente nos aspectos relacionados

ao processo de licitação das áreas e terminais; e, (vi) consolidação dos corredores das

novas fronteiras (Centro­Norte), de maneira a reduzir os custos entre a porteira e porto

Page 49: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

47

Infr

ae

stru

tura

e L

og

ísti

ca

de embarque, aumentar a renda dos produtores e desafogar as rodovias das regiões

Sul e Sudeste. As propostas elaboradas pelos grupos de trabalhos criados nas CTLOG

foram encaminhadas à Casa Civil e órgãos responsáveis pelo planejamento, controle e

gestão do setor de transporte e logística.

Principais ações do setor de transportes e logística

Área Ação

Hidrovias

Publicação do edital de licitação para o derrocamento do Pedral do Lourenço (Hidrovia Tocantins).

Dragagem do Rio Madeira.

Contratação dos EVTEAs dos rios Arinos, Juruena, Teles­Pires,Tapajós, Araguaia e Tocantins.

Lançamento do plano de melhoramento da Hidrovia Paraná­Tietê e dos estudos e projetos básicos da hidrovia do Parnaíba.

Aprovação na Câmara dos Deputados do substitutivo ao Projeto de Lei nº 5.335/2009 (implantação de eclusas).

Proposta de unificação do processo licitatório da Usina Hidrelétrica de Três Irmãos com as eclusas e o canal Pereira Barreto.

Rodovias

Flexibilização da Lei n. 12.619/2012 (Lei dos Motoristas).

Equiparação da tolerância do peso por eixo ao teto adotado pelo Mercosul.

Portos

Proposta de nova regulamentação para os serviços de praticagem

Proposta de revisão e/ou elaboração de nova regulamentação para a cabotagem.

Proposta de aprimoramento da Lei n. 12.815/2013 (Lei dos Portos).

EstudosLevantamento das obras/intervenções em infraestrutura e logística prioritárias para o agronegócio.

Page 50: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

48

POLÍTICA AGRÍCOLAAÇÕES E CONQUISTAS 2014

1. CRÉDITO RURAL

Elaboração do PAP 2014/2015A política agrícola brasileira é pautada basicamente por seus instrumentos creditícios (custeio e investimentos agropecuários). Durante o primeiro trimestre de 2014, foram realizadas diversas reuniões com o objetivo de avaliar a execução do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/2014 e finalizar os estudos contendo propostas para a elaboração do PAP 2014/2015, anunciado em maio. Nestas reuniões, foram abordados os seguintes temas: acesso ao crédito rural; seguro rural; demandas por recursos; programas de inves­timentos; taxas de juros e comercialização.

Foram coordenados pela CNA, dois grupos de trabalho: um na área de crédito rural, para consolidação e apresentação de proposições no âmbito da Câmara Setorial de Crédito e Comercialização do MAPA; e outro sobre seguro rural, no âmbito da Câmara Setorial de Seguro Rural. As principais ações destes grupos foram: negociação e elabo­ração do PAP 2014/2015 e acompanhamento da aplicação dos recursos do “Programa de Subvenção do Seguro Rural (PSR)”, referentes ao PAP 2014/2015.

Foi solicitado ao governo federal, R$ 180 bilhões para o PAP 2014/2015. O pedido foi en­caminhado pela CNA, ao ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, represen­tantes da Casa Civil e Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

Page 51: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

49

Po

líti

ca A

grí

cola

Participação da CNA no lançamento do PAP 2014/2015, que disponibilizou R$ 156,1

bilhões em recursos aos produtores rurais. Deste total, R$ 112 bilhões foram para

financiamentos de custeio e comercialização e R$ 44,1 bilhões destinados aos progra­

mas de investimento. O valor representa aumento de 14,8% sobre os R$ 136 bilhões

do plano anterior.

Ampliação dos limites de crédito para custeio por produtor, de R$ 1 milhão para R$

1,1 milhão, elevação de 10% em relação à safra 2013/2014. Esse limite poderá ser

ampliado em até 45% com as seguintes condições: comprovação de reserva legal

na propriedade; utilização de instrumentos de mitigação de riscos, como seguro

rural ou contrato de opções; adoção de práticas conservacionistas, como o plantio

direto; rastreabilidade; produção orgânica; e adesão ao Cadastro Ambiental Rural

(CAR). Na comercialização, os limites de crédito por produtor foram elevados para

R$ 2,2 milhões.

Criação de dois grupos de trabalhos. O primeiro composto pelo MAPA, Ministério da

Fazenda (MF) e Ministério da Justiça (MJ), para avaliar e equacionar problemas relativos

aos custos de registros cartorários. O segundo, composto pelo MAPA, MF e Ministério

do Planejamento, ficou responsável pelos ajustes nos normativos dos títulos do agro­

negócio, demanda defendida pela CNA nas negociações do PAP 2014/2015. Esta é

uma medida de extrema importância para cumprir a agenda de melhoria do acesso ao

crédito pelo produtor rural.

Manutenção dos recursos para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural

(PSR), em R$ 700 milhões, prorrogação, para 2015, da obrigatoriedade da contratação

do seguro rural por médios produtores rurais. Sinalização do governo federal para a

realização de nova licitação dando continuidade ao Zoneamento Agroclimático, fer­

ramenta essencial para a gestão de riscos e eficiência da aplicação dos recursos do

crédito rural. Também foram mantidos:

• Os recursos para a sustentação de preços, em R$ 5,6 bilhões, sendo esses

considerados suficientes para a execução da Política de Garantia de Preços

Mínimos (PGPM);

• Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), orçado em R$ 4,5 bilhões, com

aumento dos limites de crédito por tomador, de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões.

Em relação ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), seus

recursos foram elevados para R$ 16,7 bilhões, alta de 26,5% em comparação com a safra

Page 52: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

50

anterior. Os limites de custeio subiram de R$ 600 mil para R$ 660 mil. No caso dos inves­

timentos, os limites de crédito foram elevados de R$ 350 mil para R$ 385 mil, aumento

de 10% em relação ao PAP 2013/2014.

2. TAXAS DE JUROS DO PAP 2013/14 E DO PAP 2014/2015:

Linhas de crédito

PAP 2013/2014 PAP 2014/2015

Variação (%)Taxa de juros ao

ano (%)Taxa de juros ao

ano (%)

Custeio e comercialização

5,5 6,5 18,2

Pronamp (médio produtor rural)

4,5 5,5 22,2

Funcafé 5,5 6,5 18,2

Programas de investimento

Moderfrota 5,5 4,5 e 6,0 ­

Irrigação, inovação e Armazenagem

3,5 4,0 14,3

Programa ABC 4,5 e 5,0 4,5 e 5,0 ­

PSI Rural 4,5 e 6,0 4,5 e 5,0 ­

PSI Cerealistas 4,5 e 6,0 5,0 ­

Pronamp (médio produtor rural)

4,5 5,5

Outros investimentos 5,5 6,5

Cooperativas

– Capital de giro 6,5 7,5 15,4

– Investimento 5,5 6,5 18,2

Fundos Constitucionais

3,53 4,71 a 8,83 ­

Page 53: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

51

MEIO AMBIENTEAÇÕES E CONQUISTAS 2014

1. CÓDIGO FLORESTAL.

Deu­se continuidade, no início de 2014, à discussão sobre a regulamentação do Có­

digo Florestal com a equipe técnica do Ministério do Meio Ambiente (MMA). No mês

de maio foram publicadas duas normas regulamentadoras do Código Florestal: a Ins­

trução Normativa nº 2/2014, que trata do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Decreto

nº 8235/2014 estabelecendo normas gerais complementares aos programas de Regu­

larização Ambiental dos Estados e do Distrito Federal. A partir da data de publicação

dessas normativas (05/05/2014), o produtor rural tem prazo de um ano, prorrogável por

mais um ano, para efetuar o cadastro ambiental rural. Muitas dúvidas surgiram com a

publicação destas normas, o que demonstra a necessidade de novas reuniões com téc­

nicos do MMA para dirimir estas dúvidas. Com a publicação da IN MMA 02/2014, fica

faltando aos estados – que ainda não o fizeram – publicar suas normas estaduais, refe­

rentes ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), através do qual será efetivada a

regularização das propriedades (que tiverem pendencias ambientais).

2. CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE.

O plano estratégico para Conservação da Biodiversidade, baseado nas metas globais

de Biodiversidade (conhecidas como “Metas de Aichi”), teve seu texto aprovado e

Page 54: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

52

publicado, na forma de resolução do Conselho Nacional de Biodiversidade (CONABIO

nº 6, de 03 de setembro de 2013). A CNA apresentou mais de 20 sugestões de alteração

no texto, reivindicando a alteração de diversos pontos da proposta governamental,

buscando adequar à realidade brasileira o conjunto das 20 metas do plano. No que se

refere ao conceito de “subsídios perversos” (aos quais os países executores das ações

devem reprimir e impedir tais condutas), na proposta apresentada pelo segmento am­

bientalista, o termo significa: “o financiamento de atividades produtivas, tais como ca­

na­de­açúcar, eucalipto e demais culturas exóticas, inclusive quando houver uso de

produtos químicos”. Se aprovado, tais atividades seriam consideradas não sustentáveis,

devendo o poder público reprimi­las e suprimir iniciativas a elas vinculadas. A CNA e

a CNI propuseram e conseguiram a alteração do texto. Assim, o setor produtivo não

será afetado e perseguido com a implementação da proposta ambientalista. As duas

entidades propuseram a definição de um processo participativo para a construção de

indicadores de avaliação relacionados com o cumprimento dessas metas, com parida­

de do setor produtivo nessas discussões. Não ficando a condução do processo sob o

comando (e maioria) de entidades indigenistas e ambientalistas. A CNA também pro­

pôs que tais metas sejam submetidas ao Congresso Nacional, e se tornem norma, en­

tendendo que a CONABIO não pode substituir o parlamento no que se refere à adesão

e implementação de tratados e acordos internacionais.

3. ACESSO AOS RECURSOS GENÉTICOS.

O governo encaminhou ao Congresso Nacional proposição legislativa (PL 7735/2014), rea­

valiação da Medida Provisória (MP) nº 2.186-16, de 2010, dentro de uma comissão interminis­

terial, visando regulamentar o acesso aos recursos genéticos, ao patrimônio genético e ao

conhecimento tradicional associado, matéria essa regulada pela MP 2.186/2001. O projeto

remete parte do setor agropecuário a essa MP, a qual possui vícios de caráter operativo que

dificultavam e oneravam a sua aplicação. Nas discussões em curso, uma taxação proposta

pelo governo poderá incidir sobre as atividades agropecuárias e florestais, atingindo até 1%

do rendimento líquido anual, incidindo sobre o material genético utilizado na agricultura e

pecuária, inclusive enzimas e microorganismos. O impacto no setor tende a ser relevante,

uma vez que somos grandes utilizadores de recursos genéticos. A CNA, juntamente com

a FIESP, OCB, CNI, setor florestal e FPA, apresentou mais de 100 emendas ao projeto, indi­

cando maioria na Comissão Especial que irá deliberar sobre o projeto. Diante disso, houve

flexibilização, por parte do governo (autor do projeto), tendo sido acordado os seguintes

ajustes, dentre outros, com relação ao conteúdo da futura norma: 1) Revogação da MP

2186, editada no ano 2000; 2) isenção da repartição de benefícios as espécies exóticas do­

mesticadas introduzidas no país (maioria das espécies comerciais em produção no Brasil),

bem como, as atividades econômicas destinadas à produção de alimentos, fibras, energia,

Page 55: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

53

Me

io A

mb

ien

te

insumos e outros produtos, subprodutos e derivados agrícolas, pecuários, pesqueiros e

florestais; 3) para espécies nacionais utilizadas em alimentação e na agricultura, a partir de

12 de outubro de 2014, ao invés de 2001, conforme proposta original do governo.

4. RECURSOS HÍDRICOS.

Deu-se continuidade às discussões sobre a definição do conceito de “pegada hídrica”,

por meio de incentivos a estudos, pesquisas e debates como um indicativo de uso e po­

luição da água por meio de sua quantificação e qualificação pelo indivíduo ou comunida­

de, em produtos, processos e sistemas, através de diferentes metodologias com métricas

e quantitativos de “pegada hídrica”, inclusive a edição da Norma ISO 14046. Antecipan­

do-se ao processo de definição do uso da água em qualidade e quantidade, a CNA,

por meio da Subcomissão dos Recursos Hídricos, buscou estabelecer parcerias com a

academia para elaborar os estudos pertinentes ao uso da água pela irrigação e pecuária,

buscando tornar a eficiência do uso da água uma vantagem competitiva. A subcomissão

de Recursos Hídricos da Comissão Nacional de Meio Ambiente tem acompanhado estes

projetos com o objetivo de adequá­los à realidade da agropecuária brasileira.

Foi também firmado acordo de cooperação técnica buscando-se alcançar o aprimo­

ramento da gestão integrada dos recursos hídricos, somando esforços na busca da

utilização adequada das paisagens rurais, conservação do solo e uso racional da água,

além da consolidação e expansão da agricultura irrigada. Foram definidos os gestores

que participarão do Comitê previsto no termo de cooperação técnica. Em reunião do

Comitê Gestor do Termo de Cooperação Técnica, foi sugerida uma nova proposta de

aditivo ao termo original, reformando­se os planos de trabalho existentes, estendendo

sua vigência. Devido às novas demandas almejadas, deverá ser suprimida a vedação da

transferência de recursos, a adição do plano de trabalho que trata da capacitação dos

produtores rurais para integração dos planos de bacia, a integração dos projetos BIOMA

e PRODUTOR DE ÁGUA. Por fim, ficou definida a confecção do Atlas da Irrigação

Brasileira, previsto no documento.

Principais conquistas do setor

Regulamentação do Código Florestal respeitando suas conquistas e garantindo a legalidade da exploração da propriedade rural.

Aprovação das Metas de Biodiversidade (Metas de Aichi) adequadas à posição de desenvolvimento sustentável e econômico da propriedade rural.

Adequação do Projeto de Lei sobre acesso aos recursos genéticos e conhecimento tradicional associado.

Page 56: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

54

Principais conquistas do setor

Renovação do termo de cooperação técnica entre a CNA, ICNA e ANA para incentivar a duplicação da área atualmente irrigada.

Adequação do conceito “Pegada Hídrica” aos interesses do setor produtivo rural.

Adequação do texto proposto para regulação do uso do bioma Cerrado aos interesses do desenvolvimento do setor produtivo.

Atuação direta nas revisões dos objetivos, metas e fundamento do programa de agricultura de baixa emissão de Carbono (PLANO ABC).

Reativação da Subcomissão Nacional dos Recursos Hídricos, com o objetivo de centralizar as discussões sobre agricultura irrigada junto às associações de irrigantes.

Composição da posição brasileira no Fórum Mundial da Água (WWC), inclusive com a proposta do conceito de Áreas de Preservação Permanente Mundial (APPs Mundiais).

Introdução do conceito de Áreas de Preservação Permanente Mundial (APPs Mundiais), no posicionamento brasileiro, para o Fórum Mundial da Água (WWC), que ocorrerá em abril de 2015, na Coréia do Sul.

Page 57: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

55

TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIALAÇÕES E CONQUISTAS 2014

COMISSÃO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA

Publicação da Portaria nº 1565/2014, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), es­

tabelecendo adicional de periculosidade para a categoria profissional dos motoboys.

Importante destacar que após tratativas da CNA junto à pasta, esta norma se aplicará

apenas ao setor urbano.

Prorrogação do prazo de implantação do eSocial, bem como a viabilização da parti­

cipação da CNA no grupo de trabalho que discute o manual de sua operacionaliza­

ção, que sofreu mais de quinhentas modificações. Destaca-se também o compromisso

do governo de criar grupo de trabalho específico para tratar do módulo do segurado

especial e do pequeno produtor rural. Ademais, a CNA promoveu reunião técnica com

o Grupo Gestor do eSocial a fim de dar conhecimento, esclarecer dúvidas e também

para permitir a manifestação do setor sobre o tema.

Atualização, com participação da CNA, do banco de dados do Cadastro Nacional de

Informações Sociais (CNIS). Esta medida permitiu que a maioria dos sindicatos vincu­

lados à CNA usufruísse do termo de cooperação técnica assinado entre os entes da

administração pública previdenciária e a CNA, para assegurar­lhes os benefícios con­

cedidos aos segurados especiais.

Page 58: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

56

Realização de treinamento sobre o procedimento de negociação coletiva, com o ob­

jetivo de aprimorar as técnicas de negociação coletivas dos representantes dos sindi­

catos e federações. Também foram ministrados cursos sobre o CNIS nas federações,

capacitando os colaboradores para a utilização do sistema. Uma nova capacitação já foi

elaborada e será implementada nos próximos meses, com o treinamento de multiplica­

dores para orientar o atendimento da fiscalização trabalhista nas propriedades rurais.

Elaboração de uma proposta patronal geral de revisão da Norma Regulamentadora

(NR) nº 31, entregue ao Ministério do Trabalho e Emprego.

Realização de um workshop sobre legislação trabalhista rural, visando ações proativas

para o ano de 2015.

Promulgação da Emenda Composicional nº 81, que alterou o artigo 243 da Carta Magna,

permitindo, na forma da lei, a expropriação das terras onde seja encontrada exploração

de trabalho escravo. A CNA participou ativamente das discussões. Apesar de o tema

ser bastante delicado para o setor, o texto constitucional somente terá eficácia após

aprovação de lei regulatória, ainda inexistente. No entanto, já tramita no Congresso

Nacional o PLS nº 432/2013, preveniu a regulamentação do procedimento expropria­

tório. Os debates estão sendo acompanhados pela CNA para assegurar ao produtor

rural brasileiro um mínimo de segurança jurídica nas relações de trabalho. O objetivo é

evitar que o dispositivo constitucional regulamentado seja utilizado como nova forma

de redistribuição de terras para concorrer com as políticas públicas já existentes, como

a reforma agrária, por exemplo.

Participação na 103ª Conferência da OIT, em Genebra (Suíça), com atuação da CNA

nos debates da Convenção 29 da OIT, que trata do trabalho forçado, contribuindo para

minimizar o impacto do protocolo e recomendação aprovados. Além de ratificar seu

conceito, foram apresentadas novas disposições complementares. Destaca­se, ainda,

a 18ª Reunião Regional Americana da OIT, em Lima (Peru), onde foi debatido o tema

“Desenvolvimento Sustentável com Emprego Pleno e Produtivo e Trabalho Decente”.

Page 59: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

57

Tra

ba

lho

e P

rev

idê

nc

ia S

oc

ial

Tema Ação

TransportePublicação da Portaria nº 1565/2014, pelo MTE, estabelecendo o adicional de periculosidade para a categoria profissional dos motoboys, aplicada, exclusivamente, ao setor urbano.

eSocial

Realização de treinamento na CNA para dar conhecimento e prestar esclarecimentos sobre o tema.

Criação a participação de grupo de trabalho que resultou em mais de 500 itens modificados no manual operacional do eSocial.

Criação de grupo de trabalho para discutir módulo específico para os segurados especiais e pequenos produtores.

Prorrogação do prazo de implementação de maio de 2014 para sine die.

Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS)

Atualização dos sindicatos no banco de dados do CNIS.

Realização de curso em cinco federações.

Negociação Coletiva

Construção e realização de curso “Como fazer negociação coletiva”.

NR 31 Elaboração de proposta de alteração da NR 31.

Workshop

Realização de workshop sobre legislação trabalhista rural.

Elaboração de anteprojetos de lei sobre temas sensíveis do setor.

Trabalho aos domingos e feriados

Revogação da Portaria Ministerial nº 375 de 2014.

Participação de grupo de trabalho para discutir o tema e elaborar uma proposta de portaria.

Fiscalização na Propriedade Rural

Criação do curso “Como atender a fiscalização na propriedade rural”.

Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS)

Criação e participação do grupo de trabalho para discutir as diretrizes do Conselho.

Fator Acidentário de Prevenção (FAP)

Criação e participação do grupo de trabalho que discutirá alterações do Fator Acidentário de Prevenção.

Trabalho Escravo

Participação da 103ª Conferência da OIT que debateu o tema.

Participação na elaboração da Emenda Constitucional nº 81.

Participação na elaboração da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 81.

Page 60: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

58

ASSUNTOS FUNDIÁRIOSAÇÕES E CONQUISTAS 2014

COMISSÃO NACIONAL DE ASSUNTOS FUNDIÁRIOS

1. RATIFICAÇÃO DOS TÍTULOS NA FAIXA DE FRONTEIRA.

A Comissão, em conjunto com a área de Relações Institucionais da CNA, identificou e

acompanhou a tramitação do substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ),

do Senado, (relator Senador Acir Gurgacz) ao PLC 90/2012 que promove a ratificação

dos títulos das alienações e concessões de terras públicas efetuadas pelos estados

situadas em Faixa de Fronteira. A ratificação permitirá que vários produtores passem a

ter maior segurança jurídica, direito de acesso a crédito, aperfeiçoamento da sucessão

de bens, partilhas e inventários.

A ratificação prevista é bastante abrangente:• determina a ratificação, de ofício, dos registros imobiliários referentes a imóveis rurais

de até 15 (quinze) módulos fiscais com origem em títulos de alienação ou de conces­

sões de terras devolutas expedidos pelos estados em faixa de fronteira, incluindo os

seus desmembramentos e remembramentos até a data de publicação da futura lei;

• possibilita a ratificação dos registros imobiliários dos imóveis rurais acima de

15 (quinze) módulos fiscais, desde que obtenham junto ao INCRA a certificação

Page 61: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

59

Ass

un

tos

Fu

nd

iári

os

georreferenciada do imóvel e a atualização da inscrição do imóvel no Sistema Na­

cional de Cadastro Rural (SNCR);

• revoga o Decreto-Lei nº 1.414/1975, que dispôs sobre o processo de ratificação e

sistematizou sua execução, e da Lei nº 9.871/1999, que questiona o domínio das

propriedades em toda a faixa de fronteira, estabelecendo pena de declaração de

nulidade dos títulos de alienação ou concessão.

2. REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA NA AMAZÔNIA LEGAL.

A Comissão fez gestões junto à Secretaria de Regularização Fundiária na Amazônia

Legal (SERFAL/MDA), apresentando reivindicações referentes ao Programa Terra Legal:

alteração do marco legal para consolidar e efetivar os procedimentos de regularização

fundiária de forma mais célere; e melhorias no recebimento e cobrança dos boletos de

pagamento da terra. Em setembro, a Comissão encaminhou à SERFAL/MDA contribui-

ções para aperfeiçoamento dos procedimentos de regularização fundiária na Amazô-

nia Legal, contando com participação especial do Sindicato dos Produtores Rurais de

Novo Progresso (PA).

3. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL (ITR).

Durante audiência pública na Comissão de Agricultura Pecuária, Abastecimento e Desenvol-

vimento Rural (CAPADR), da Câmara dos Deputados, no dia 6 de maio deste ano, que deba-

teu sobre celebração de convênios entre a Secretaria da Receita Federal, diversos municípios

e o Distrito Federal, com o objetivo de delegar atribuições de fiscalização e cobrança do

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR). A Comissão sugeriu: elaboração de levan-

tamentos do valor da terra nua pelas prefeituras ou Estado justificados por Laudos Agronô-

micos, conforme prevê a Lei nº 9.393/1996 combinada com a Lei nº 8.629/1993, e conforme

princípios da motivação e finalidade; que a CNA participe do Comitê Gestor do Imposto

sobre a Propriedade Territorial Rural (CGITR) e do Observatório Extrafiscal do ITR (OEITR).

Realização de palestra referente ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)

para o Programa Sindicato Forte do Senar, no dia 12 de setembro deste ano, na cidade

de Alexânia, em Goiás.

4. REDUÇÃO DE CONFLITOS FUNDIÁRIOS.

Gestões embrionárias visando definição de agenda conjunta com o INCRA para redu-

ção de conflitos de terras em determinadas localidades. O objetivo é desenvolver

Page 62: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

60

atividades que minimizem os conflitos agrários, de forma diferente da proposta apre-

sentada pela Ouvidoria Agrária Nacional.

5. PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2014.

Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da CNA (14/10/2014).

1

Automação da análise georreferenciamento. Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF). Instrução Normativa INCRA de nº 77/2013. As estatísticas do SIGEF comprovam o seu desempenho. Consulta ao SIGEF, em 10/10/2014, revelou que foram emitidas 50.864 certidões para 37,3 milhões hectares de terras em todo o Brasil durante onze meses.

2

Consolidação gradativa de conceitos e das salvaguardas fixadas pelo plenário de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), durante o julgamento da PET 3.388, que tratou da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima (PET 3388-4/RR).

3

Ratificação dos títulos na Faixa de Fronteira. Tramitação do substitutivo da CCJ (relator Senador Acir Gurgacz) ao PLC 90/2012 que promove a ratificação dos títulos das alienações e concessões de terras públicas efetuadas pelos Estados situadas em Faixa de Fronteira. Determina: a) a ratificação, de ofício, dos registros imobiliários referentes a imóveis rurais de até 15 (quinze) módulos fiscais; b) possibilita a ratificação dos registros imobiliários dos imóveis rurais acima de 15 (quinze) módulos fiscais, desde que obtenham junto a INCRA a certificação georreferenciada do imóvel e a atualização da inscrição do imóvel no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR).

4

Regularização Fundiária na Amazônia Legal. A Secretaria de Regularização Fundiária na Amazônia Legal (SERFAL/MDA) se comprometeu a alterar o marco legal do Programa Terra Legal (Lei nº 11.952/2009) para dar celeridade e aperfeiçoar os procedimentos de regularização fundiária e possibilitar o ingresso de novos beneficiários.

5

Mudança de paradigma com a edição da Lei nº 13.001/2014, que inclui o artigo 18-A à Lei nº 8.629/1996, permitindo que o agricultor proveniente da reforma agrária, bem sucedido, possa crescer e adquirir um segundo lote em seu assentamento. Trata­se de uma nova visão mais mercadológica e moderna da reforma agrária.

Page 63: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

61

EMPREENDEDORES FAMILIARES RURAISAÇÕES E CONQUISTAS 2014

COMISSÃO NACIONAL DOS EMPREENDEDORES FAMILIARES RURAIS

Com o crescimento e ampliação do número de sindicatos rurais patronais cadastrados

na base do sistema operacional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a

Comissão Nacional dos Empreendedores Familiares Rurais aumentou a quantidade de

agentes aptos a realizar as emissões do Documento de Aptidão ao Pronaf (DAP) nos

Sindicatos. Essas emissões permitem que os agricultores familiares e empreendedores

familiares rurais acessem as linhas de crédito do Pronaf e de outras políticas públicas

direcionadas especificamente aos pequenos produtores.

Foram elaboradas as propostas para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2014/2015

com a colaboração das federações do Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Espíri­

to Santo, Minas Gerais e Santa Catarina. O documento foi protocolado no MDA como

contribuição da CNA visando garantir melhorias na execução do Pronaf.

Outra ação importante foi a realização de treinamentos para agentes emissores

de DAP nas federações da Bahia, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina, Amazonas e

Espírito Santo. Os treinamentos contaram com a participação de 142 agentes emis­

sores e 12 presidentes de sindicatos rurais. Os sindicatos podem, a partir de seu

credenciamento, fazer emissões de DAP, dando aos associados e empreendedores

Page 64: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

62

familiares rurais de suas regiões acesso às políticas públicas destinadas a agricul­

tores que possuem o DAP.

A Cooperativa de Habitação, Produção e Serviços Rurais LTDA (Cohaps), uma das

Entidades Organizadoras (EO) do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), no

Rio Grande do Sul, e parceira da FARSUL, ficou impossibilitada de atender às deman­

das regionais do programa devido à falta de repasses financeiros do governo à Caixa

Econômica Federal (CEF) e, consequentemente, para os fornecedores de material de

construção. Após a CNA protocolar ofício solicitando ao Ministério das Cidades que

honrasse os compromissos da proposta inicial do PNHR, o governo federal liberou

recursos adicionais para o programa. Mesmo assim, a verba foi insuficiente para o

andamento de todas as obras, mas adequado para resolver as pendências e concluir

as obras já iniciadas.

Conquistas da Comissão 2014

• Treinamento DAP com capacitação de 142 agentes emissores em 06 federações. Com a capacitação, esses sindicatos vinculados ao sistema CNA também estão aptos a realizarem a emissão de DAP

• A Comissão teve êxito em suas ações junto ao Ministério das Cidades, ao sensibilizar o governo para a necessidade de serem injetados recursos financeiros ao PNHR. Os produtores aguardavam os recursos, já que a paralisação dos repasses impediu o andamento das obras. O fato é que as empresas de material de construção não entregavam o material sob a alegação de não receber os repasses da CEF. Esta, por sua vez, não recebia os recursos do governo

Page 65: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

63

COMISSÃO DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL AÇÕES E CONQUISTAS 2014

1. PLANEJAMENTO DO AGRONEGÓCIO DO NORDESTE

A Comissão da Região Nordeste do Brasil está desenvolvendo um estudo com o obje­

tivo de estabelecer uma agenda estratégica para o Agronegócio do Nordeste. A meto­

dologia utiliza oficinas de trabalho visando à identificação de pontos críticos ao desen­

volvimento do setor, bem como a elaboração de propostas para solucionar questões,

levando em conta três grandes blocos: sistema CNA/Federações/Sindicatos; ambiente

organizacional e institucional; e sistema de produção e produtores rurais.

Aos presidentes das Federações do Nordeste foi enviada uma planilha com a matriz

detalhada dos problemas e os desafios apresentados, a qual foi preenchida atribuin­

do nota de prioridade, de desempenho e de governabilidade. Foram encaminhados

à Comissão, até novembro, resposta de cinco estados: Pernambuco, Ceará, Alagoas,

Maranhão e Bahia.

Além disso, iniciaram as oficinas em cada um dos estados da região Nordeste, reunin­

do lideranças do setor, órgãos do governo e outras entidades ligadas diretamente ao

agronegócio, com o intuito de levantar as necessidades específicas de cada Estado,

com base no resultado do trabalho produzido na primeira etapa. Até o momento, seis

estados foram visitados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraiba e Pernambuco.

Page 66: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

64

2. ENDIVIDAMENTO RURAL

Este tema tem sido constantemente trabalhado por essa Comissão no sentido de orien­tar os produtores filiados às Federações dos Estados do Nordeste sobre como fazer para renegociar dívidas rurais, com base na Lei 12.844 de 19 de julho de 2013.

Os integrantes da Comissão participaram de várias audiências públicas sobre o tema, além de reuniões com a direção geral do Banco do Nordeste do Brasil S.A (BNB), no sentido de aparar as arestas e obter consenso sobre aspectos da aplicação da lei supracitada.

Foram agendadas reuniões com os técnicos dos Ministérios da Fazenda e da Integra­ção Nacional, para mostrar, com argumentos técnicos, as injustiças contidas na Lei 12.844/2013. O Governo prometeu e se comprometeu em corrigir as distorções apresen­tadas. Foram prorrogadas a validade de Resoluções do Conselho Monetário Nacional, n° 4211, 4212, 4250 e 4251, que tratam das negociações das dívidas rurais na região da área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE).

A Comissão prestou assessoria a parlamentares na elaboração de emendas para as medidas provisórias que tratavam da renegociação das dívidas rurais.

Em parceria com o BNB foi ministrado curso de capacitação de técnicos indicados pelas Federações do Nordeste. Estes foram treinados em áreas como a avaliação de imóveis rurais, de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Nas agências itinerantes do BNB foram ministrados cursos sobre endividamento rural, nas sedes de alguns Sindicatos dos estados do Maranhão, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais, com esclarecimento de todas as dúvidas dos produtores presentes às reuniões técnicas.

A Comissão está elaborando uma minuta de projeto de lei sobre negociação e a liqui­dação de todos os produtores rurais situados na área de abrangência da SUDENE, com dívidas junto às instituições financeiras. A minuta será apresentada e discutida com os demais presidentes de Federações. Se aprovada será submetida a um parlamentar para ser apresentada em forma de projeto no Congresso Nacional.

Os produtores rurais atendidos pela Comissão foram instruídos sobre questões rene­gociação de dívidas rurais, com êxito. Os problemas vêm sendo resolvidos, alguns de­les de elevada complexidade.

Page 67: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

65

SENAR – EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICAO Serviço Nacional de Aprendizagem Rural avançou em 2014 em sua missão de levar

educação profissional ao campo. Aderiu à Rede e-Tec Brasil do Governo Federal para

oferecer, também, cursos técnicos de nível médio a distância e iniciou a implantação

do programa de Assistência Técnica e Gerencial com Meritocracia, em vários Estados.

O SENAR começou a trilhar o caminho da inovação em 2013, quando criou o Departamen­

to de Inovação e Conhecimento e a Coordenação de Assistência Técnica e Extensão Rural.

Há 23 anos, o SENAR atende, gratuitamente, produtores, trabalhadores rurais e suas

famílias, em todo o País, com ações de promoção social, cursos e treinamentos.

Ao profissionalizar e oferecer ações de promoção social no meio rural, o SENAR contri­

bui efetivamente para o aumento de renda, integração e ascensão social das pessoas

a partir dos princípios de sustentabilidade, produtividade e cidadania, colaborando

também para o desenvolvimento socioeconômico do país.

O SENAR oferece cursos e treinamentos de Formação Profissional, em ocupações defi­

nidas pelo mercado de trabalho rural, em 8 linhas de ação: Agricultura, Pecuária, Silvicul­

tura, Aquicultura, Extrativismo, Agroindústria, Atividades de Apoio Agrossilvipastoril e

relativas à Prestação de Serviços e ações de Promoção Social em 7 áreas de atividades:

Alimentação e Nutrição, Artesanato, Saúde, Cultura, Esporte e Lazer, Educação e

Serviços Comunitários. E em 2014, passou a oferecer Formação Técnica de nível médio.

Page 68: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

66

AÇÕES E CONQUISTAS

1. FORMAÇÃO TÉCNICA

Rede e-TEC Brasil no SENAREm novembro de 2014, foi lançado o primeiro curso da Rede e­Tec Brasil no SENAR

– o Técnico em Agronegócio, com duração de dois anos. A formação será feita a

distância no portal www.senar.org.br/etec e também em encontros presenciais,

para atividades práticas, na rede nacional de polos de apoio presencial. Nove

Estados, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro,

Santa Catarina, Sergipe e Amazonas, participam da primeira fase, com a oferta de

1.250 vagas, em 18 polos.

Centros de ExcelênciaO SENAR também firmou parcerias e um convênio com o Banco Nacional de De­

senvolvimento Econômico e Social (BNDES) e vai implantar seus primeiros Centros

de Excelência em Educação Profissional e Tecnológica, em oito Estados e no Dis­

trito Federal. Serão 9 centros voltados para a gestão e para as principais cadeias

produtivas do agronegócio: cafeicultura; palma de óleo; bovinocultura de leite;

bovinocultura de corte; cana­de­açúcar; fruticultura; ovinocaprinocultura; flores­

tas; grãos, fibras e oleaginosas.

Os Centros de Excelência vão oferecer cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) e

Técnico de nível médio e superior, nas modalidades presencial e a distância. As primei­

ras unidades serão construídas já em 2015.

Técnico em FlorestasE o SENAR fechou 2014 com o Centro de Formação Técnica em Florestas pronto para

começar a funcionar no início de 2015, em Palmas, no Tocantins. O curso Técnico em

Florestas que terá processo seletivo em janeiro do ano que vem, formou a primeira

turma em maio de 2014, em Araguacema, numa parceria do SENAR com o Instituto

Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Tocantins.

Formação ProfissionalAs 27 Administrações Regionais promovem cursos e capacitações para desen­

volver competências profissionais e sociais voltadas para aproximadamente 300

profissões do meio rural, registradas na Classificação Brasileira de Ocupações,

CBO. E atualmente, são desenvolvidos diversos projetos e programas especiais,

em todo o Brasil.

Page 69: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

67

SE

NA

R –

Ed

uca

ção

e A

ssis

tên

cia

cn

ica

Pronatec O Pronatec do SENAR ampliou seu portfólio de cursos de 22, em 2012, para mais de

70 em 2014, E chega ao final deste ano com quase 20 diferentes parceiros demandantes,

entre os quais as Secretarias Estaduais de Educação e os Ministérios do Desenvolvimento

Social e Combate à Fome; Desenvolvimento Agrário; Justiça; Defesa; Pesca e Aquicultura;

Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Secretaria de Desenvolvimento Humano.

De 2012 até o momento, mais de 90 mil jovens foram capacitados pelo Pronatec do SENAR.

CNA JovemO agronegócio brasileiro é hoje exemplo para o mundo e, em um futuro bem próximo,

vai precisar de uma nova geração de líderes. Para formar essa geração, o Sistema CNA/

SENAR criou, em 2014, o programa CNA Jovem, voltado para brasileiros com espírito

de liderança, com idade entre 22 e 35 anos.

O SENAR é responsável pelo processo de formação desses jovens. Com metodologia

inovadora, o programa investe no desenvolvimento pessoal e profissional do jovem

como líder. Em aproximadamente 300 horas de formação a distância e quatro encon­

tros presenciais, ele é estimulado a identificar desafios práticos voltados para o Agro e a

propor planos de ação de grande relevância para o seu respectivo Estado. O programa

CNA Jovem também oferece curso de inglês online para os participantes.

A primeira turma, de 134 jovens, de 24 Estados, iniciou o processo de formação, em

novembro e vai concluir em março de 2015.

Agricultura de Precisão Em 2014, o SENAR fez novas parcerias com indústrias de máquinas de precisão, e capa­

citou 32 turmas de instrutores para levar cursos de Agricultura de Precisão aos produ­

tores. Alguns Estados já iniciaram as capacitações dos produtores, caso do Rio Grande

do Sul, Paraná, Goiás, Minas Gerais e Bahia.

A entidade também firmou parceria com a Embrapa Instrumentação – São Carlos/SP, que

capacitou cerca de 50 novos instrutores nos conteúdos teóricos da Agricultura de Precisão.

Este nivelamento conceitual é muito importante e necessário para preparar os instrutores

para os treinamentos práticos, com utilização das máquinas com tecnologias embarcadas.

ABC Cerrado O SENAR assinou, em 2014, acordo de US$ 10,6 milhões para a execução do Projeto ABC

Cerrado com o Banco Mundial. Numa ação conjunta com o Ministério da Agricultura e

Page 70: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

68

Embrapa, o SENAR vai disseminar práticas de agricultura de baixa emissão de carbono

e sensibilizar o produtor para que ele invista na sua propriedade de forma a ter retorno

econômico, preservando o meio ambiente.

Nessa parceria, o SENAR é o responsável pela formação dos instrutores e técnicos de

campo, pela formação profissional dos produtores rurais nas principais tecnologias de

baixa emissão de carbono e também pela assistência técnica em campo, nos oito Es­

tados do bioma Cerrado (BA, DF, GO, MS, MG, TO, MA e PI) O Projeto ABC Cerrado

irá capacitar em torno de 12.000 produtores rurais e assistir 1.600 produtores, em 4

estados (MS, GO, TO e MG).

E para agilizar a liberação de recursos da linha de crédito do Programa ABC, o SENAR

assinou um Termo de Cooperação com o BNDES, o Ministério da Agricultura, a Em­

brapa, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban/INFI) e a Associação Brasileira de

Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE).

A parceria vai desenvolver um programa de capacitação de projetistas e analistas finan­

ceiros para agilizar a liberação de recursos da linha de crédito do Programa ABC.

Assistência Técnica e Gerencial Com a enorme capilaridade que tem e por acreditar que pode contribuir ainda mais

com a multiplicação do conhecimento, o SENAR criou o programa de Assistência Técni­

ca e Gerencial com Meritocracia para auxiliar, principalmente, os produtores rurais das

classes C, D e E que não têm acesso à extensão rural e às novas tecnologias.

A produção assistida do SENAR trabalha com grupos de produtores selecionados e

é desenvolvida por metas. Em 2014, a entidade formou mais de 200 instrutores, de 25

Estados, no curso de Gestão Técnica e Econômica de propriedades rurais, com ênfase

em Projetos de ATER. Esses instrutores multiplicadores estão formando os técnicos

de campo que vão trabalhar diretamente com os produtores. Vários Estados já estão

promovendo o curso do Pronatec do SENAR voltado à Assistência Técnica e Gerencial.

Outros programas especiais do SENAR

Sertão Empreendedor

Empreendedor Rural

Negócio Certo Rural

Com Licença Vou a Luta

Page 71: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

69

SE

NA

R –

Ed

uca

ção

e A

ssis

tên

cia

cn

ica

Outros programas especiais do SENAR

Sindicato Forte

Capacitação Tecnológica de Instrutores e Técnicos

Mãos que Trabalham

Inclusão Digital

Útero é Vida

Ciranda da Cultura

Educação a DistânciaO acesso a um computador e a vontade de aprender garantem o sucesso dos cursos

a distância do SENAR, que fecha 2014 com 60 mil matrículas. A novidade do ano no

portal EaD SENAR foi o lançamento do Programa Capacitação Tecnológica de Instru­

tores e Técnicos, que oferece cursos gratuitos de capacitação tecnológica nas áreas de

Suinocultura, Floricultura, Silvicultura, Heveicultura, Bovinocultura de Leite e de Corte,

Piscicultura e Ovinocultura, por meio de vídeo aulas gravadas com especialistas de

ponta. Todos focados na atualização dos profissionais e nas principais mudanças e

transformações tecnológicas significativas no processo produtivo.

O portal EaD_SENAR, criado em 2010, oferece hoje 17 cursos, totalmente gratui­tos, para os brasileiros do campo.

Vídeos que informam e educamPara cumprir com sua missão no campo, o SENAR também usa outra ferramenta de en­

sino e informação – o vídeo. O tema destaque do último ano foi a lagarta Helicoverpa

Armigera, altamente destrutiva, nova no Brasil, e que causou muitos prejuízos em lavou­

ras de vários Estados.

Para ajudar o produtor rural, primeiro, a entidade lançou um vídeo informativo so­bre a lagarta. E em novembro, lançou um novo sobre Manejo Integrado de Pragas – MIP, que mostra o que pode ser feito para manejar a população de pragas e ga­rantir uma lavoura sustentável e produtiva. Esses dois vídeos e outros que podem ajudar o produtor rural, estão disponíveis no portal do SENAR: www.senar.org.br

Melhor comunicação com o campo e a cidadePara se comunicar mais e melhor com os brasileiros do campo e da cidade, o SENAR criou

perfis nas Redes Sociais e novas áreas no portal da entidade. Moderno e de fácil nave­

gação, o portal traz informações sobre os programas e cursos, notícias, vídeos e fotos.

Page 72: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

70

ICNA – ESTUDOS E PESQUISAS SOCIAIS E DO AGRONEGÓCIOAÇÕES E CONQUISTAS 2014

INSTITUTO CNA

MEIO AMBIENTE

AgrosustentaCriado o portal Agrosustenta para incentivar o desenvolvimento de projetos de baixa emissão de carbono e atender às diretrizes do Programa ABC (Agricultura de Baixo Car­bono) do Governo Federal. Apresenta informações sobre a linha de crédito e modelos de projetos sustentáveis, com informações técnicas e econômicas que auxiliam o produtor na tomada de decisão. Disponibiliza gratuitamente ferramenta online para a elaboração de projetos de recuperação de pastagens, integração lavoura pecuária e implantação do sis­tema de plantio direto. Desenvolvido pelo Instituto CNA, conta com o patrocínio da BASF e apoio da Ação Verde e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Agrega valor aos produtos do agronegócio por meio do monitoramento da redução das emissões de gases de efeito estufa e manutenção dos serviços ambientais promovidos pela implantação dos projetos sustentáveis elaborados com o suporte do Agrosustenta.

Baixo carbonoConstrução de um banco de dados, em parceria com o MAPA, para colaborar com a implantação do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e com a inserção da agricultura em uma economia de baixa emissão de carbono.

Page 73: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

71

ICN

A –

Est

ud

os

e P

esq

uis

as

So

cia

is e

do

Ag

ron

eg

óc

io

Inventário de GEEsDesenvolvimento do programa Por Um Inventário Correto para acompanhar a divul­

gação de informações a respeito da emissão de gases de efeito estufa das atividades

agropecuária e florestal, além de outros indicadores da sustentabilidade dos produtos

do agronegócio.

IRRIGAÇÃO

Plano estratégicoElaborado o Plano de Ações Estratégicas para a Agricultura Irrigada no Brasil para for­

necer subsídios que contribuam para o aperfeiçoamento das políticas públicas voltadas

à alavancagem da agropecuária irrigada no País. Aponta as regiões de maior potencial

para a irrigação, as técnicas mais adequadas, regras para financiamento dos projetos,

além do mapeamento das ações necessárias à construção de um ambiente de negó­

cios que favoreça o investimento privado. Encaminhado documento base à Presidência

da República, que demandou Termo de Referência para fins de captação de recursos

junto ao Governo Federal para a estruturação do Plano de Ações, com os objetivos

gerais e específicos a serem alcançados com as ações estratégicas para a agricultura

irrigada no Brasil.

PESQUISA

CompetitividadeDesenvolvido o Índice de Competitividade do Agronegócio, que permitirá a cons­

trução de indicadores que permitam avaliar e comparar, anualmente, a competi­

tividade do setor agropecuário nos 27 Estados brasileiros. Prevê, ainda, o moni­

toramento dos indicadores que influenciam a competitividade das empresas do

agronegócio, com base no modelo desenvolvido pelo ICNA, semelhante ao estudo

de competitividade mundial produzido pelo World Economic Forum, que avalia a

competitividade entre países. Criada a metodologia de agregação das variáveis de

cada indicador base do índice de competitividade destinado às respectivas Uni­

dades da Federação. Destacam­se entre esses indicadores os índices de infraes­

trutura, educação, saúde, ambiente/macro, inovação e mercado de trabalho, que

interferem no cálculo do índice de competitividade e na análise de desempenho, a

ser medido em todos os Estados.

Qualidade de moradiaCriado o Índice de Qualidade de Moradia, no âmbito do Observatório de Desprote­

ções Sociais no Campo, do Instituto CNA, com base nos dados do Instituto Brasileiro

Page 74: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

72

de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao ano de 2012. Desenvolvida metodologia

para a construção desse índice que medirá a qualidade dos domicílios nas áreas urba­

nas e rurais do Brasil. Além do índice nacional de qualidade de moradia, já foram cria­

dos índices dos Estados do Amazonas, Bahia e Tocantins. Até a conclusão do trabalho,

todas as Unidades de Federação terão os seus respectivos índices.

Estradas vicinaisCriação de um indicador de vulnerabilidade do transporte (IVT) para o Estado de

Rondônia, com base em metodologia desenvolvida pelo Instituto CNA. O traba­

lho identifica os municípios prioritários quanto à necessidade de investimentos

em ampliação e recuperação de estradas vicinais para a melhoria do escoamento

da produção agropecuária do Estado. Pouca informação é disponibilizada pelos

órgãos federais, estaduais ou municipais responsáveis pelo setor sobre a locali­

zação, extensão e atuais condições das estradas vicinais, que interligam os po­

los agropecuários às rodovias estaduais e federais, dificultando a formulação de

estratégias que atendam às lacunas da infraestrutura viária. Por esse motivo, o

Instituto CNA agregou dados sobre o sistema viário e a produção agropecuária

dos Estados, disponibilizados pelo IBGE e Federações da Agricultura. O crité­

rio estabelecido pelo IVT caracteriza a vulnerabilidade dos municípios quanto ao

transporte de produtos agropecuários, indicando prioridades quanto à ampliação

e recuperação das estradas vicinais. Produzido um relatório técnico do IVT do Es­

tado de Rondônia, que possui dados de boa qualidade sobre a sua malha viária,

para testar a metodologia. Serão elaborados relatórios técnicos do IVT para todas

as Unidades da Federação.

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Escolas esquecidasEstudo elaborado pelo Observatório das Desproteções Sociais no Campo, do Ins­

tituto CNA, com base nos dados do Censo Escolar 2012, do Instituto Nacional de

Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, do Ministério da Educação (Inep/

MEC), identificou 508 escolas esquecidas no campo, sem itens essenciais para funcio­

namento, de um total de 75.678 escolas existentes nas áreas rurais do País. O maior

número de escolas esquecidas foi encontrado no Pará, com 209 unidades, seguido

pelo Amazonas, com 202 escolas. Também foram localizadas nos Estados do Acre

(36), Maranhão (22), Bahia (12), Roraima (11), Pernambuco (6), Amapá (4), Mato Grosso

(3), Piauí (2) e Rondônia (1). Com boa repercussão na mídia, estima­se que as matérias

sobre o assunto atingiram mais de 8,2 milhões de pessoas, gerando mídia espontâ­

nea equivalente a mais de R$ 467 mil, caso os espaços ocupados fossem pagos.

Page 75: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

73

ICN

A –

Est

ud

os

e P

esq

uis

as

So

cia

is e

do

Ag

ron

eg

óc

io

Indicadores sociaisCriação de uma família de índices para identificar os vazios sociais no campo. Esse con­

junto de indicadores é formado por quatro índices, um para cada um dos Estados bra­

sileiros: índice de qualidade de moradia; índice de educação; índice de saúde e índice

de segurança. Metodologia de cálculo dos índices foi desenvolvida pelo Instituto CNA.

COOPERAÇÃO TÉCNICA

ExportaçãoParticipação e apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e CNA ao de­

senvolvimento de estudos estratégicos para diversificação da produção e exportação, a

serem realizados por intermédio do Instituto CNA e da empresa Macrologística Ltda, em

Goiás, Pará e Tocantins. Financiado por um termo de cooperação técnica, o projeto pre­

tende apoiar as cadeias alimentares não tradicionais, além de contribuir para a melhoria

dos processos de logística de exportação, identificar déficits na infraestrutura comple­

mentar e facilitar o acesso à alimentação produzida nos países beneficiários.

Processos seletivos Organização, planejamento, execução e acompanhamento dos processos de seleção e

recrutamento de profissionais qualificados aos cargos de supervisor técnico e técnico

de campo, para atuarem nas regionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SE­

NAR) dos Estados do Tocantins, Maranhão e Piauí, no âmbito do Programa de Assistên­

cia Técnica com Meritocracia do SENAR Nacional. Em 2014, foram realizados três pro­

cessos seletivos para o cargo de supervisor técnico e 14 para técnicos de campo. Esse

trabalho de seleção, desenvolvido pelo ICNA, envolve desde a elaboração de editais,

convocação e provas de seleção até a análise curricular e entrevistas para identificar

os perfis dos candidatos selecionados, além da aplicação de provas de conhecimento

específico, divulgação de resultados e convocação dos aprovados.

INOVAÇÃO

Aplicativo para celularCriação do aplicativo para celular CNA Brasil para o produtor rural denunciar invasões, in­

formar sobre eventos climáticos, surgimento de pragas e danos de infraestrutura e logís­

tica. Disponível para uso em smartphones ainda em 2014, o aplicativo é um canal direto

de comunicação rápida do produtor rural com a CNA e com todo o sistema de represen­

tação do setor. Ferramenta de fácil acesso e operação, serve para informar as entidades

do Sistema CNA a respeito dos conflitos, danos e prejuízos que provocam insegurança

jurídica no campo. Também estarão disponíveis no aplicativo desenvolvido pelo Instituto

Page 76: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

74

CNA outros serviços como notícias e alertas do Canal do Produtor, endereços e telefones

úteis com navegação de rota, indicadores econômicos, além de acesso ao site do Agro­

sustenta, que oferece modelos de projetos sustentáveis para as propriedades rurais.

SanidadeParceria do Instituto CNA com a empresa Módulo Security Solutions S.A. para a elaboração

e apresentação de projeto no âmbito do programa Inova Agro/2013, do Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de apoio à inovação tecnológica no setor

de agronegócio. Com esse projeto, o ICNA pretende contribuir para o controle e sanidade

da cadeia produtiva animal e vegetal, por meio do desenvolvimento do Software de Ras­

treabilidade e Gestão de Risco – Agro Monitor, capaz de monitorar a compra e venda de

insumos, formas e sistemas específicos de criação de animais e vegetais, dados estatísticos

e de abate, informações de mercado e outros parâmetros definidos por protocolos de ade­

são voluntária. O Agro Monitor é um projeto piloto da Sala de Situação do Agronegócio,

que utilizará a tecnologia de base adotada, com sucesso, nos centros de comando e con­

trole das 12 centrais da Copa do Mundo no Brasil. Possibilitará o rastreamento de quaisquer

“ativos” relacionados ao agronegócio brasileiro: propriedades, veículos, especialistas, ca­

beças de gado, cultivares, centros de pesquisa, empresas, associações, silos, portos, equi­

pamentos laboratoriais, entre outros. Projeto aprovado pelo BNDES, em março de 2014.

EDITORA ICNA

Serviços editoriaisExpansão da oferta dos serviços editoriais do Instituto CNA às entidades que integram o

Sistema CNA e demais interessados. Entre as ações executadas em 2014, está a elabora­

ção de cartilhas para o SENAR, utilizadas para reforçar a aprendizagem nos treinamentos

de Formação Profissional Rural (FPR) e as atividades de Promoção Social (PS). Produção

gráfica e editorial de folders e publicações técnicas para divulgar iniciativas como o projeto

Agrosustenta, Índice de Competitividade, índices de Moradia Rural e Urbana, Escolas Es­

quecidas, Ciranda da Cultura, Projeto de Regularização Ambiental da Floresta Nacional de

Itacaiúnas, além da criação de arquivo virtual do Relatório de Sustentabilidade 2014, para

publicação no Canal do Produtor. Produção de novos informativos institucionais, como o

Informativo sobre a Questão Indígena, Boletim ICNA e Abrafrutas Informa, entre outros.

Page 77: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

75

TÍTULO DO CAPÍTULOCONTRIBUIÇÃO SINDICAL CNACONTRIBUIÇÃO SINDICAL CNA – 2015

O QUE É A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL?

A contribuição sindical é devida por todos aqueles que participam de uma determina­

da categoria econômica, profissional ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato

representativo da categoria ou profissão (artigos 578 a 591 da CLT). De acordo com o

previsto no artigo 149 da Constituição Federal, essa contribuição tem caráter tributário,

sendo, portanto, obrigatória independentemente de o contribuinte ser ou não filiado

a sindicato.

CNA

Federações

Sindicatos Rurais

Produtores Rurais

Geração e emissão de guias Transmissão de dados

Preenchimento e entregado DITR até 30/09

Secretariada ReceitaFederal – SRF

Page 78: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

76

SISTEMA SINDICAL RURAL

É o Sistema que defende, trabalha e fala em seu nome e de todos os produtores rurais

do Brasil. Constituído de forma piramidal, tem em sua base 1.949 Sindicatos Rurais e

1.123 extensões de base, segundo dados do Departamento Sindical – DESIN em 12/11/2014.

Esses sindicatos são representados por 27 federações estaduais, que têm na Confe­

deração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a sua representação máxima. Criada

pelo Decreto­Lei n.º 53.516, de 31 de janeiro de 1964, a entidade é a legítima represen­

tante do setor rural brasileiro. Essa estrutura garante a presença do Sistema CNA em

qualquer ponto do País.

Assim como a CNA, as Federações atuam em seus Estados estimulando o fortalecimen­

to do sindicalismo rural, enquanto os sindicatos desenvolvem ações diretas de apoio

ao produtor rural, buscando soluções para os problemas locais de forma associativa.

Como líder do Sistema, a CNA é reconhecida como única representante da categoria

legalmente constituída. Abaixo demonstramos a quantidade de Sindicatos por Estado:

14 80

12

7

19

74

39

43

18

62 22

4527

1716

1095

122386

237

183

98

137

55

47

67

8RR

AM

AC

AP

PA

RO

MT

MA

TO

PI

CE RNPBPE

ALSEBA

MGGO

DF

MSSP

ES

RJPR

SCRS

LEGITIMIDADE ATIVA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA tem legitimidade ativa para a

cobrança da contribuição sindical rural, por força da Súmula nº 396 do STJ (Superior Tribu­

nal de Justiça). Devido ao convênio celebrado entre a Receita Federal e a Confederação,

a CNA passou a exercer a função de arrecadadora da contribuição sindical rural.

Page 79: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

77

Co

ntr

ibu

içã

o S

ind

ica

l C

NA

De acordo com o artigo 589 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o montante

da arrecadação deve ser partilhado entre as diversas entidades sindicais. Assim, Sindi­

catos, Federações e a Confederação têm legitimidade para a cobrança.

A contribuição sindical rural é obrigatória e continua a ser exigida do contribuinte por

determinação legal, em conformidade com o artigo 600 da CLT, sendo que a Secretaria

da Receita Federal não administra a referida contribuição, não tendo, conseqüente­

mente, legitimidade para a sua cobrança.

OBJETIVOS E FUNCIONAMENTO 

O principal objetivo do sistema sindical rural é a defesa dos seus direitos, reivindicações

e interesses, independentemente do tamanho da propriedade e do ramo de atividade

de cada um, seja lavoura ou pecuária, extrativismo vegetal, pesca ou exploração florestal.

O Sistema CNA trabalha inspirado em cinco princípios básicos:

• solidariedade social,

• livre iniciativa,

• direito de propriedade,

• economia de mercado

• interesses do País.

ORIGEM DOS RECURSOS

O sistema sindical rural é suprido por duas fontes de recursos que proporcionam

as condições necessárias para atuar em nome dos produtores rurais, defendendo

seus interesses e reivindicações. A mais expressiva delas é a contribuição sindical,

obrigatória, cobrada diretamente pelo sistema por intermédio da CNA, como esta­

belece a CLT.

A segunda forma de contribuição são as mensalidades espontâneas dos associados

aos sindicatos rurais.

QUEM PAGA A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL?

Esta contribuição existe desde 1943 e é cobrada de todos os produtores rurais –

pessoa física ou jurídica – conforme estabelece o Decreto­Lei n.º 1.166, de 15 de

abril de 1971, com a redação dada pelo artigo 5º da Lei 9701, de 18 de novembro

de 1998:

Page 80: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

78

Art. 5º – O art. 1º do Decreto-Lei nº 1.166, de 15 de abril de 1971, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 1º – Para efeito da cobrança da contribuição sindical rural prevista nos arts. 149 da Constituição Federal e 578 a 591 da Consolidação das Leis do Trabalho, considera-se:

II – empresário ou empregador rural:

a) a pessoa física ou jurídica que, tendo empregado, empreende, a qual-quer título, atividade econômica rural;

b) quem, proprietário ou não, e mesmo sem empregado, em regime de economia familiar, explore imóvel rural que lhe absorva toda a força de trabalho e lhe garanta a subsistência e progresso social e econômico em área superior a dois módulos rurais da respectiva região;

c) os proprietários rurais de mais de um imóvel rural, desde que a soma de suas áreas seja superior a dois módulos rurais da respectiva região.

CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO

O cálculo da contribuição sindical rural é feito com base nas informações prestadas

pelo proprietário rural ao Cadastro Fiscal de Imóveis Rurais (CAFIR), administrado pela

Secretaria da Receita Federal.

O inciso II do artigo 17 da Lei nº 9.393/96 autoriza a celebração de convênio entre a SRF

e a CNA com o objetivo de fornecimento dos dados necessários à cobrança da contri­

buição sindical rural.

Assim, nos termos da Instrução Normativa nº 20, de 17/02/98, que disciplina o proce­

dimento de fornecimento de dados da SRF a órgãos e entidades que detenham com­

petência para cobrar e fiscalizar impostos, taxas e contribuições instituídas pelo poder

público, foi firmado o respectivo convênio entre a União – por intermédio da SRF – e a

CNA, publicado no Diário Oficial da União de 21/05/98.

O cálculo do valor da contribuição sindical rural deve observar as distinções de base de

cálculo para os contribuintes pessoas físicas e jurídicas, definidas no § 1º do artigo 4º

do Decreto­lei nº 1.166/71:

Page 81: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

79

Co

ntr

ibu

içã

o S

ind

ica

l C

NA

1.º – Pessoa física – A Contribuição é calculada com base no Valor da Terra Nua Tributável (VTNt) da propriedade, constante no cadastro da Secretaria da Receita Federal, utilizado para lançamento do Imposto sobre a Proprie-dade Territorial Rural (ITR).

2.º – Pessoa jurídica – A Contribuição é calculada com base na Parcela do Capital Social – PCS, atribuída ao imóvel.

VALOR DO PAGAMENTO

Desde o exercício de 1998 está sendo lançada uma única guia por contribuinte, con­

templando todos os imóveis de sua propriedade declarados à Receita Federal.

Para a pessoa jurídica, o valor base para o cálculo corresponde à soma das parcelas do

capital social. Para a pessoa física, o valor base para o cálculo corresponde à soma das

parcelas do VTN tributável de todos os seus imóveis rurais no País, conforme declara­

ção feita pelo próprio produtor à Secretaria da Receita Federal.

Com base na tabela a seguir é possível calcular o valor que o produtor rural irá pagar

de contribuição sindical rural, conforme o inciso III do artigo 580 da CLT, com redação

dada pela Lei n.º 7.047/82:

1. CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL VIGENTE A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2015:

LinhaClasse de Capital Social ou Valor da Terra Nua Tributável (VTNt) (em R$)

Alíquota Parcela a Adicionar

1 3.659,81 Contr. Mínima R$ 29,27 ­

2 de 3.659,82 a 7.319,62 0,8% ­

3 de 7.319,63 a 73.196,25 0,2% 43,92

4 de 73.196,26 a 7.319.625,00 0,1% 117,12

5de 7.319.625,01 a 39.038.000,00

0,02% 5.972,82

6 Acima de 39.038.000,00Contr. Máxima R$ 13.780,42

­

Considerando a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), no

período de setembro/2013 a agosto/2014, a tabela foi corrigida em 6,18%.

Page 82: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

80

2. VEJA ABAIXO EXEMPLOS DE CÁLCULOS:

Cálculo simplificado (utilizando a parcela adicionar)Tomamos como exemplo o valor do capital social – PCS ou da terra nua tributável –

VTNt dos imóveis declarados pelo contribuinte: R$ 100.000,00

Nesse caso, aplicando o valor na tabela, utilizaremos a quarta linha para cálculo da con­

tribuição sindical rural, veja como:

Valor da CSR = Valor do capital social ou VTNt x alíquota + parcela adicional

Calculando: R$ 100.000,00 x 0,1% + R$ 117,12 = R$ 217,12

Cálculo progressivoCom a tabela progressiva, o valor da contribuição corresponde à soma da aplicação

das alíquotas sobre a parcela do capital social/VTN tributável, distribuído em cada classe.

Utilizando o exemplo anterior, abaixo aplicamos o cálculo progressivo:

LinhaClasse de Capital Social ou Valor da Terra Nua Tributável (VTNt) (em R$)

Parcela dos R$ 100.000,00 que se enquadra em cada faixa

Alíquota

Valor da Contribuição em cada Classe (em R$)

2 até 7.319,62 R$ 7.319,62 0,8% 58,57

3 de 7.319,63 a 73.196,25 R$ 65.876,63 0,2% 131,75

4 de 73.196,26 a 7.319.625,00 R$ 26.803,75 0,1% 26,80

Valor Total do Capital ou VTNt R$ 100.000,00 – 217,12

Valor Total da Contribuição Sindical = R$ 217,12

Nos cálculos exemplificados, o valor encontrado da contribuição sindical rural, a ser

pago pelo contribuinte, é o mesmo. Portanto, a parcela adicional constante da tabela

visa apenas simplificar o cálculo da contribuição.

QUEM COBRA?

Até o exercício de 1996, a cobrança era de competência da Secretaria da Receita Federal,

juntamente com a do ITR (Imposto Territorial Rural).

A partir de 1997, com a publicação da Lei nº 8.847/94, quem faz a cobrança é a Confede­

ração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), representante do sistema sindical rural.

Page 83: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

81

Co

ntr

ibu

içã

o S

ind

ica

l C

NA

COMO E QUANDO PAGAR?

A CNA envia ao produtor rural uma guia bancária, já preenchida, com o valor da sua

contribuição sindical rural de 2015. Até a data do vencimento, poderá pagá­la em

qualquer agência bancária. Depois dessa data, deverá procurar uma das agências

do Banco do Brasil para fazer o pagamento da sua contribuição, no prazo máximo

de até 90 dias após o vencimento, sendo o valor acrescido dos encargos legais.

Para as pessoas jurídicas, o vencimento é 31/01/2015 e, para pessoas físicas, em

22/05/2015.

DESTINO DA ARRECADAÇÃO 

Os recursos arrecadados, retirados os custos da cobrança, são distribuídos conforme

estabelece o artigo 589 da CLT, segundo a tabela a seguir:

Distribuição/Entidade %

Ministério do Trabalho 20

Sindicato Rural 60

Federação de Agricultura do Estado 15

CNA 5

Total 100

Quando os recursos arrecadados se referem a imóveis localizados em Municípios

onde não existe sindicato rural organizado ou extensão de base, os recursos são as­

sim distribuídos:

Distribuição/Entidade %

Ministério do Trabalho 20

Federação de Agricultura do Estado 60

CNA 20

Total 100

IMPUGNAÇÃO

Caso não haja concordância com os dados lançados na guia da contribuição sindical

rural, as impugnações deverão ser endereçadas até a data do vencimento, aos cui­

dados do Departamento de Arrecadação e Cadastro, na sede da Confederação da

Page 84: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

82

Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA (SGAN Q. 601 Bloco K Edifício Antônio Ernesto

de Salvo – Brasília/DF CEP – 70.830-021), ou pelo e-mail [email protected].

Atenção! Impugnações que forem encaminhadas fora do prazo descrito acima, mesmo

quando dadas como procedentes, podem ocasionar a geração de nova guia para reco­

lhimento com a incidência dos encargos previstos em Lei.

PAGAMENTO PARCELADO

A contribuição sindical não pode ser parcelada por força do que dispõe o artigo 580 da

CLT, que determina o recolhimento da contribuição sindical uma única vez, anualmente.

CORREÇÃO E ALTERAÇÃO DE INFORMAÇÕES DO PROPRIETÁRIO OU DO IMÓVEL:

Em caso de solicitação de alteração cadastral, o proprietário rural deverá protocolar o pe­

dido junto ao Sindicato Rural do seu Município, Federação da Agricultura do Estado ou

na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), endereçando o requerimen­

to, em qualquer das hipóteses, à CNA, juntamente com a documentação comprobatória:

escritura pública de compra e venda devidamente registrada no cartório de imóveis ou

cópia da Declaração do ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural).

CONTATOS NAS FEDERAÇÕES

UF E-MAIL TELEFONES

AC [email protected] 68-3224-1797 / 68-9985-6246

AL [email protected] 82-3217-9803

AP [email protected]­3242­1049 / 96­3242­105596­3242­2595

AM [email protected] 92-3198-8402

BA [email protected] 71­3415­7100

CE [email protected] 85-3535-8027

DF [email protected] 61­3242­9600

ES [email protected] 21-3185-9208

GO [email protected] 62­3096­2200

MA [email protected] 98-3311-3162

MT [email protected] 65-3928-4498 / 65-3928-4496

Page 85: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

83

Co

ntr

ibu

içã

o S

ind

ica

l C

NA

UF E-MAIL TELEFONES

MS [email protected] 67­3320­9700 / 67­3320­9717

MG [email protected] 31­3074­3070

PA [email protected] / 91-4008-532191-4008-5395

PB [email protected] 83-3048-6050 / 83-3048-6057

PR [email protected] 41­2169­7911 / 41­2169­7944

PE [email protected] 81-3312-8500

PI [email protected] 86-3221-6666

RJ [email protected] 21-3380-9500

RN [email protected] 84-3342-0200

RS [email protected] 51­3214­4400

RO faperon@enter­net.com.br 69­3223­2403

RR fernanda.oliveira@faerr­senar.com.br95-3623-0838 / 95-3623-083995­3224­7105

SC uga­[email protected] 48-3331-9700

SP [email protected] 11­3121­7233

SE [email protected] 79­3211­3264

TO [email protected] 63­3219­9255 / 63­3219­9254

NÃO RECEBIMENTO DA GUIA:

O proprietário de imóvel rural que, por qualquer motivo, não receber a guia de recolhi­

mento do exercício, deve procurar o Sindicato Rural do Município ou a Federação da

Agricultura do Estado munido da cópia do Documento de Informação e Apuração do Im­

posto Territorial Rural (DIAT), a fim de que sejam adotadas as providências para a emissão

de nova guia, ou retirar a 2ª via pelo Canal do Produtor – www.canaldoprodutor.com.br.

SEGUNDA VIA PELA INTERNET

Desde 2010, a CNA disponibiliza pela internet no endereço eletrônico www.canaldoprodutor.

com.br, no link da contribuição sindical, a emissão de 2ª via da guia da contribuição sindical rural.

Essa ferramenta visa simplificar para o contribuinte a retirada da guia da CSR com se­

gurança e rapidez.

A 2ª via retirada após a data do vencimento será acrescida de encargos legais.

Page 86: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

84

CERTIDÃO E DECLARAÇÃO NEGATIVA DE DÉBITOS

O contribuinte tem à sua disposição, no site www.canaldoprodutor.com.br, a compro­

vação das quitações da Contribuição Sindical Rural por meio da certidão ou declaração

negativa de débitos.

Detalhamento das opções:Certidão Negativa de Débito da CSR – Essa opção está disponível para aqueles pro­

prietários cujas contribuições dos últimos cinco exercícios estejam quitadas.

Declaração Negativa de Débito da CSR – Essa opção serve para comprovar exer­

cícios pagos, mesmo que não estejam com a totalidade dos últimos cinco exercícios

quitados.

Para tal, é necessário que o proprietário informe o seu CPF ou CNPJ e o número do

imóvel (SRF) de sua propriedade, constante na guia de recolhimento da contribuição

sindical rural.

INADIMPLÊNCIA E PENALIDADES

As penalidades aplicáveis aos casos de não pagamento estão previstas na Consolida­

ção das Leis do Trabalho (CLT), que são:

Não pagamento: O sistema sindical rural promoverá a cobrança judicial. Sem o comprovante de paga­

mento da contribuição sindical rural, o produtor rural pessoa física ou jurídica:

1. não poderá participar de processo licitatório;

2. não obterá registro ou licença para funcionamento ou renovação de atividades para

os estabelecimentos agropecuários;

3. a não observância deste procedimento pode, inclusive, acarretar, de pleno direito, a

nulidade dos atos praticados, nos itens I e II, conforme artigo 608 da CLT.

Pagamento com atraso:Se o pagamento for feito após a data de vencimento, haverá incidência de multa de

10%, nos primeiros 30 dias, mais um adicional de 2% por mês subseqüente de atraso, ju­

ros de mora de 1% ao mês e atualização monetária, conforme prevê o artigo 600 da CLT.

Page 87: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

85

Co

ntr

ibu

içã

o S

ind

ica

l C

NA

Dessa forma, a CNA não possui competência para reduzir ou retirar esses encargos, por

tratar-se de tributo parafiscal, instituído pela União, necessitando de autorização legal,

cabendo à Confederação somente a arrecadação do tributo.

USO DOS RECURSOS

O total arrecadado pela contribuição sindical rural é aplicado na prestação de serviços

aos produtores rurais em todo o País. A verdadeira representação de classe exige uma

estrutura forte e ágil. Nestes tempos de globalização da economia, além de atuar junto

às lideranças políticas locais, estaduais e nacionais, é preciso conquistar o respeito do

mercado internacional. Só uma representação constituída de forma eficiente poderá

concretizar as reivindicações do setor rural.

A CNA, as Federações de Agricultura dos Estados e os Sindicatos Rurais expressam e

defendem as reivindicações do setor, participando de debates, comissões, acordos e

convenções coletivas de trabalho, reuniões e outros foros de decisão. Além disso, o sis­

tema sindical rural é o canal indispensável para a transferência de informações sobre os

principais assuntos do dia­a­dia do produtor rural, como atualização da legislação agrí­

cola e agrária, cotações nacionais e internacionais, orientação sobre reforma agrária e

desapropriações, esclarecimentos de caráter jurídico, trabalhista, previdenciário e outros.

Por intermédio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), o sistema sindical

rural capacita e treina o pequeno produtor e o trabalhador rural. Desde 1993, o SENAR

já capacitou mais de 60 milhões de trabalhadores do campo em todo o Brasil.

COMISSÕES NACIONAIS

A CNA mantém à disposição dos produtores rurais Comissões Nacionais organizadas

para debater propostas dos diversos segmentos da economia rural para a solução dos

problemas da agropecuária. As Comissões são constituídas por líderes identificados

com as necessidades do setor e estão abertas à participação de todos os interessados.

Atualmente, existem 16 Comissões Nacionais em funcionamento, que são:

• Meio Ambiente

• Assuntos Fundiários

• Trabalho e Previdência

• Empreendedores Familiares Rurais

• Comissão da Região Nordeste do Brasil

Page 88: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

86

• Bovinocultura de Corte

• Bovinocultura de Leite

• Aqüicultura

• Aves e Suínos

• Pesca

• Ovinos e Caprinos

• Cereais, Fibras e Oleaginosas

• Café

• Fruticultura

• Cana­de­açúcar

• Silvicultura

Os temas coordenados pela Diretoria da CNA são os seguintes:• Logística e infraestrutura

• Comércio Exterior

• Defesa Sanitária

• Política Agrícola

• Tecnologia

• Assuntos Econômicos

REPRESENTAÇÃO DA CLASSE

A independência entre a estrutura sindical dos produtores rurais e o Governo abre um

espaço propício ao diálogo na busca de respostas para os problemas do setor rural. Entre

outros organismos, públicos e privados, a CNA representa a classe produtora junto ao:

• Conselho Assessor Nacional da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

• Conselho Consultivo do Campus Tecnológico Regional para o Nordeste

• Conselho Curador da Fundacentro

• Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus

• Conselho de Administração do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos

• Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social

• Conselho de Recursos da Previdência Social

• Conselho de Relações do Trabalho

• Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção

• Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

• Conselho Diretor do Fundo de Participação do Pis/Pasep

• Conselho Diretor do Programa de Reforma da Educação Profissional

• Conselho Fiscal do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas

Page 89: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

87

Co

ntr

ibu

içã

o S

ind

ica

l C

NA

• Conselho Nacional da Previdência Social

• Conselho Nacional da Saúde

• Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca

• Conselho Nacional de Educação

• Conselho Nacional de Imigração

• Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

• Conselho Político da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga

• Conselho Superior de Comércio Exterior

• Conselho Técnico Científico do Instituto Nacional do Semiárido

• Conselho Universitário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Câmaras Setoriais, Temáticas e outras• Câmara de Julgamento do Conselho de Recursos da Previdência Social

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Borracha

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cachaça

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Fruticultura

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Mandioca e Derivados

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Palma de Óleo

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Algodão e Derivados

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Aves e Suínos

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Caprinos e Ovinos

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Equideocultura

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Fibras Naturais

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Viticultura, Vinhos e Derivados

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Açúcar e Álcool

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Feijão

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel e Produtos das Abelhas

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco

Page 90: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

88

• Câmara Setorial de Portuários do Fórum Nacional do Trabalho

• Câmara Técnica de Gestão Territorial, Unidades de Conservação e demais

Áreas Protegidas

• Câmara Técnica sobre Espécies Exóticas Invasoras do Conabio

• Câmara Temática da Agricultura Orgânica

• Câmara Temática de Agricultura Sustentável e Irrigação

• Câmara Temática de Crédito e Comercialização do Agronegócio

• Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Agronegócio

• Câmara Temática de Insumos Agropecuários

• Câmara Temática de Seguros do Agronegócio

• Câmara Temática do Cooperativismo Agropecuário

Comissões, Comitês, Fóruns, Grupos de Trabalho e outros• Agenda Nacional de Trabalho Decente para a Juventude

• Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão

• Comissão Brasileira para o Programa o Homem e a Biosfera

• Comissão Coordenadora do Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas

• Comissão de Saúde Animal do Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul

• Comissão Especial de Recursos do Programa de Garantia de Atividade Agropecuária

• Comissão Nacional da Produção Integrada Agropecuária

• Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil – Conaeti

• Comissão Permanente da Nr 32 – Segurança e Saúde no trabalho em serviços de saúde

• Comissão Permanente Nacional Aquaviária

• Comissão Permanente Nacional Portuária

• Comissão Permanente Nacional Rural

• Comissão Técnica Consultiva do Sistema Nacional de Certificação de Unidades

Armazenadoras

• Comissão Técnica da Produção Integrada da Carne Bovina Agropecuária

• Comissão Técnica da Produção Integrada do Café

• Comissão Técnica do Programa de Avaliação da Conformidade para Cachaça

• Comissão Técnica Nacional da Cadeia Pecuária

• Comissão Técnica para Estudos e Proposição de Norma Técnica Específica de Boas

Práticas Agropecuárias para Bovinos e Bubalinos de Corte

• Comissão Tripartite de Igualdade de Oportunidade e Tratamento, de Gênero e

Raça no Trabalho

• Comissão Tripartite de Relações Internacionais

• Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho

• Comissão Tripartite do Programa de Alimentação do Trabalhador

• Comissão Tripartite Paritária Permanente

Page 91: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

89

Co

ntr

ibu

içã

o S

ind

ica

l C

NA

• Comitê Assessor do Conselho Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

• Comitê Assessor do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental

• Comitê Brasileiro de Normalização

• Comitê Brasileiro Para o Ano Internacional da Agricultura Familiar

• Comitê Codex Alimentarius do Brasil

• Comitê Coordenador do Projeto FAO/MMA

• Comitê de Cumprimento do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca

• Comitê de Marketing do Conselho Deliberativo da Política do Café

• Comitê Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Café

• Comitê Diretor de Planejamento Estratégico do Café

• Comitê Diretor de Promoção e Marketing do Café

• Comitê Diretor do Acordo Internacional do Café

• Comitê Gestor Central do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas do

Centro­Oeste

• Comitê Gestor do Fundo Setorial do Agronegócio

• Comitê Gestor do Programa Mais Ambiente

• Comitê Gestor do Programa Nacional de Fomento às Boas Práticas Agropecuárias

• Comitê Nacional de Zonas Úmidas

• Comitê Organizador da Reunião Comemorativa do Cinquentenário da OIC

• Comitê Técnico Consultivo do Serviço Brasileiro de Rastreabilidade de Bovinos

e Bubalinos

• Comitê Técnico do Conselho Deliberativo da Sudam

• Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva do Couro e Calçados

• Fórum Nacional de Aprendizagem Profissional

• Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil

• Fórum Nacional para Monitoramento da Resolução dos Conflitos Fundiários Rurais

e Urbanos

• Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

• Grupo de Apoio Permanente da Comissão Tripartite do Programa de Alimentação

do Trabalhador

• Grupo de Temático sobre Tributação na Cadeia Produtiva do Biodiesel

• Grupo de Trabalho Biotecnologia na Agropecuária

• Grupo de Trabalho da Agricultura

• Grupo de Trabalho da Norma Regulamentadora 11 – NR11

• Grupo de Trabalho de Contaminantes de Alimentos do Codex Alimentarius

• Grupo de Trabalho de Fiscalização e Certificação de Alimentos Importados do Co­

dex Alimentarius

• Grupo de Trabalho de Higiene de Alimentos do Codex Alimentarius

• Grupo de Trabalho de Pecuária de Corte e de Pecuária de Leite

Page 92: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

90

• Grupo de Trabalho de Resíduos de Pesticidas do Codex Alimentarius

• Grupo de Trabalho da Soja e Farelo de Soja

• Grupo de Trabalho do Bioma Caatinga, da Secretaria de Biodiversidades e Florestas

• Grupo de Trabalho do Comitê de Alimentos Seguros

• Grupo de Trabalho do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste

• Grupo de Trabalho em Biodiversidade

• Grupo de Trabalho FAT e FGTS

• Grupo de Trabalho Instrução Normativa MAPA 32/2011

• Grupo de Trabalho Interinstitucional para Desenvolver Estudos Sobre a Cultura da

Palma de Óleo

• Grupo de Trabalho Interinstitucional sobre Preservação e Restauração de Áreas de

Preservação Permanente

• Grupo de Trabalho de Logística e Infraestrutura – MAPA

• Grupo de Trabalho do Âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento do Agrone­

gócio do Café

• Grupo de Trabalho para Analisar o Cenário Atual de Superprodução Agrícola e suas

Perspectivas – MAPA

• Grupo de Trabalho para Criação de uma Rede Nacional de Informação para Micro

e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais

• Grupo de Trabalho para Discussão da Proposta de Resolução que dispõe sobre o

Controle da Utilização de Produtos ou Processos para Recuperação de Ambientes

Hídricos e dá outras Providências

• Grupo de Trabalho para Elaboração da Agenda Estratégica do Agronegócio do

Café do Brasil

• Grupo de Trabalho para Elaborar o Plano Nacional de Armazenagem

• Grupo de Trabalho para Eliminação Nacional da Discriminação no Emprego e na

Ocupação

• Grupo de Trabalho Parlamentar da Cabotagem

• Grupo de Trabalho sobre Agricultura de Precisão

• Grupo de Trabalho sobre Ajustes em Normativos dos Títulos do Agronegócio

• Grupo de Trabalho sobre Harmonização de Custos Cartoriais

• Grupo de Trabalho sobre Igualdade de Gênero no Mundo do Trabalho

• Grupo de Trabalho sobre o tema da Facilitação da Transição da Economia Informal

para a Formalidade

• Grupo de Trabalho Temático para Tratar do Tema Fundo de Catástrofe Securitária

• Grupo de Trabalho Tripartite da Agenda Nacional de Trabalho Decente

• Grupo de Trabalho Tripartite da Norma Regulamentadora 04 – NR 04

• Grupo de Trabalho Tripartite da Norma Regulamentadora 24 – NR 24

• Grupo de Trabalho Tripartite da Norma Regulamentadora NR 12

Page 93: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

91

Co

ntr

ibu

içã

o S

ind

ica

l C

NA

• Grupo de Trabalho Tripartite da Norma Regulamentadora NR 31

• Grupo de Trabalho Tripartite para Exame de Recomendação sobre Piso de

Proteção Social

• Grupo de Trabalho Tripartite sobre Trabalho em Altura

• Grupo Interconfederativo Empregador

• Grupo Permanente para Competitividade e Mercado (Conape)

• Grupo Técnico Científico Sobre Manejo de Resistência de Insetos – Praga a Proteí­

nas Isoladas de Bacillus Thuringiensis

• Grupo Técnico de Resíduos de Medicamentos Veterinários do Comitê do Codex

Alimentarius do Brasil

• Grupo Técnico de Trabalho do Programa Nacional de Controle Higiênico­Sanitário de

Embarcação Pesqueira e Infraestruturas de Desembarque do Pescado – GTT – Embarque

• Grupo Técnico GT­05 do Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos

• Grupo Técnico Permanente em Sanidade de Sementes

• Grupo de Trabalho para revisar a Estratégia Brasileira de Normalização e Regimen­

to Interno do Comitê Brasileiro de Normalização (CBN)

• Programa de Alimentação do Trabalhador

• Programa Nacional de Capacitação de Multiplicadores em Pesca e Aquicultura

• Programas Nacionais de Manejo Integrado Lagartas e Mosca Branca

• Subcomissão de Recursos Hídricos

• Subcomissão de Revisão do Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Traba­

lho Infantil e Proteção do Trabalho Adolescente

• Subgrupo de Assuntos Trabalhistas, Emprego e Seguridade Social do Mercosul

• Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias

Nos Estados e Municípios, as Federações e os Sindicatos mantêm interação cor­

respondente.

A CNA se relaciona, ainda, com inúmeras entidades civis e cooperativas ligadas a seg­

mentos de produtores, como a Federação das Associações dos Plantadores de Cana

do Brasil (FEPLANA); o Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC) e a Sociedade

Nacional da Agricultura (SNA). Preside o Conselho Superior de Agricultura e Pecuária

do Brasil (Rural Brasil), integrado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB),

Sociedade Rural Brasileira (SRB), Associação Brasileira de Criadores (ABC), Associa­

ção Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Associação Brasileira de Produtores de

Algodão (ABRAPA), Conselho Nacional do Café (CNC), União Brasileira de Avicultura

(UBA) e União Democrática Ruralista (UDR). Coordena, também, o Fórum Permanente

de Negociações Agrícolas Internacionais, integrado pela OCB e Associação Brasileira

de Agribusiness (ABAG).

Page 94: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

92

No âmbito internacional, a CNA está associada às seguintes entidades:• Aliança Láctea Global (ALG);

• Cairns Group Farm Leaders;

• Confederación Interamericana de Ganaderos y Agricultores (CIAGA);

• Comissão Sul­Americana Para a Luta Contra a Febre Aftosa (COSALFA) – OPAS/OMS;

• Comitê Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (COHEFA) – OPAS/OMS;

• Federación de Asociaciones Rurales del Mercosul (FARM);

• Federación Panamericana de Lecheria (FEPALE);

• Fórum Consultivo Econômico e Social do Mercosul (FCES);

• Fórum Mercosul da Carne;

• Fórum Mercosul do Leite;

• International Federation of Agricultural Producers (IFAP);

• Oficina Permanente Internacional de La Carne (OPIC);

• Seção Nacional de Coordenação dos Assuntos Relativos à Área de Livre Comércio

das Américas (SENALCA)

Page 95: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

93

CONTRIBUIÇÃO SENARCONTRIBUIÇÃO SENAR 2015

EXEMPLO DE CÁLCULO

1. UM IMÓVEL NO MUNICÍPIO DE CANINDÉ/CE (LOCALIZADO NA 6ª REGIÃO), COM ÁREA TOTAL DE 270,0 HECTARES E ÁREA APROVEITÁVEL DE 180 HECTARES:

Modulo fiscal do município50,0 hectares (referente à área aproveitável do imóvel)

Número de módulos fiscais do imóvel 180 há (área aproveitável) 50 (módulo fiscal do município) = 3,6 (módulo fiscal do

imóvel)

Valor Referencia do Município – VRRR$ 34,40 (ver na tabela da contribuição SENAR)

Valor da contribuição SENAR34,40 (VRR) x 21% (Lei) x 3,6 (módulo fiscal)

Total da contribuição SENARR$ 26,00

Page 96: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

94

2. UM IMÓVEL NO MUNICÍPIO DE PARANATINGA/MT (LOCALIZADO NA 20ª REGIÃO), COM ÁREA TOTAL DE 9.840,5 HECTARES E ÁREA APROVEITÁVEL DE 6.883,4 HECTARES:

Módulo fiscal do município90,0 hectares (referente à área aproveitável do imóvel)

Número de módulos fiscais do imóvel 6.883,4 ha (área aproveitável do imóvel) 90 (módulo fiscal do município) = 76,48 (módulo

fiscal do imóvel)

Valor Referencia do Município – VRRR$ 38,16 (ver na tabela da contribuição SENAR)

Valor da contribuição SENARR$ 38,16 (VRR) x 21% (Lei) x 76,48 (módulo fiscal do imóvel)

Total da contribuição SENARR$ 612,88

Tabela de valores para contribuição SENAR – 2015

Valores em Reais (R$)

Regiões e sub-regiões(tal como definidas pelo decreto n° 75.679, de 29 de abril de 1975)

34,404ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª e 9ª da segunda sub-região,10ª, 11ª e 12ª da segunda sub­região

38,161ª, 2ª, 3ª e 9ª da primeira sub­região,12ª da primeira sub­região, 20ª e 21ª

41,5314ª e 17ª da segunda sub­região,18ª da segunda sub-região

43,8817ª da primeira sub­região,18ª da primeira sub-região e 19ª

48,79 13ª, 15ª, 16ª e 22ª

Page 97: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

95

Guia de Recolhimento - Exercício de 2015Contribuição Sindical Rural/SENAR

Data do vencimento:

Endereço

Cidade

Nosso Número

Nome/Razão Social

(Autenticação Mecânica / RECIBO DO SACADO)

Dados dos Imóveis Rurais

CPF/CNPJ

Nº SRF UF MUNICÍPIO IMÓVEL ÁREA (ha) VTNT TRIBUT. /PCS Nº SRF UF MUNICÍPIO IMÓVEL ÁREA (ha) VTNT TRIBUT /PCS

Bairro

UF

CEP

Base de Cálculo R$

FICHA DE COMPENSAÇÃO

Autenticação Mecânica

Sacado:

Sacador/Avalista Código de Baixa

Instruções

Nº da Conta/Resp.

Data do Documento

Cedente

Local de Pagamento Vencimento

Carteira

Nº do Documento

Quantidade

Espécie Doc

Valor

Data do ProcessamentoAceite

Agência/Código Cedente

Nosso Número

( - ) Valor do Documento

( - ) Desconto

( - ) Outras Deduções/Abatimento

( + ) Mora/Multa/Juros

( + ) Outros Acréscimos

( = ) Valor Cobrado

001-9

Espécie

Pagável em qualquer agência bancária até a data do vencimento

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA

Sr. Caixa: Não receber Cheque.Até 3 (três) meses após o vencimento, pagável apenas nas agências do Banco do Brasil.Após o vencimento acrescentar no primeiro mês de atraso (Mora/Multa) R$A cada mês subseqüente acrescentar (Mora/Multa) R$

Não receber valor inferior ao total lançado impresso na guia ou guias rasuradas.

TABELA PARA CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL, VIGENTE A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2015

LINHA

CLASSES DE CAPITAL SOCIAL OUVALOR DA TERRA NUA TRIBUTÁVEL

(EM R$)ALÍQUOTA

PARCELA

A ADICIONAR

01

02

03

04

05

06

3.659,81

3.659,82

7.319,63

73.196,26

7.319.625,01

a

a

a

a

Até

De

Acima de 39.038.000,00

7.319,62

73.196,25

7.319.625,00

39.038.000,00

-

-

43,92

117,12

5.972,82

-

MODELO

Contr. Máx. R$ 13.780,42

0,8%

0,2%

0,1%

0,02%

Data do Documento:

Enquadramento Sindical Dados do Contribuinte

Contr. Mín. R$ 29,27

Contribuição Sindical

Contribuição SENAR

(+) mora/multa (CS)

(+) mora (SENAR)

Valor total lançado

VALOR COBRADO

GUIA ÚNICA REFERENTE AOS IMÓVEIS RURAIS DECLARADOS À RECEITA FEDERAL, listados a seguir:

ESTA GUIA NÃO QUITA DÉBITOS ANTERIORES

Nº do Documento

001-9

S e n h o r c o n t r i b u i n t e , m a n t e n h a e m d i a o r e c o l h i m e n t o d a C o n t r i b u i ç ã o S i n d i c a l R u r a l - C S R . P a r a a r e g u l a r i z a ç ã o d e e v e n t u a i s p e n d ê n c i a s o u m a i s i n f o r m a ç õ e s , e n t r e e m c o n t a t o c o m F e d e r a ç ã o d a A g r i c u l t u r a e P e c u á r i a d e s e u E s t a d o .

NOTAS:

1 - Enquadramento Sindical de acordo com as alíneas “a”, “b” e “c” do inciso II do art. 1º do Decreto-lei nº 1.166/71, com a redação dada pelo art. 5º da Lei nº 9.701, de 18 novembro de 1998 . Base de cálculo fixada conforme disposto no parágrafo 1º do art. 4º, do referido Decreto-lei. Para o contribuinte Pessoa Jurídica considera-se a parcela do capital social atribuída a cada imóvel e para o contribuinte Pessoa Física o valor da terra nua tributável do imóvel, conforme declarado à Receita Federal;

2 - A tabela é progressiva (inciso III do art. 580 da CLT). O valor da contribuição sindical corresponde à soma da aplicação das alíquotas sobre a parcela de capital social, ou valor da terra nua tributável, distribuído em cada classe, observado:a) Contribuição Mínima = R$ 29,27 quando o valor do capital social / valor da terra nua tributável total dos imóveis for até R$ 3.659,81 (CLT art. 580 § 3º);b) Contribuição Máxima = R$ 13.780,42 quando o valor do capital social / valor da terra nua tributável total dos imóveis for superior a R$ 39.038.000,00 (CLT art. 580 § 3º);

3 - A partir do exercício de 1998, está sendo lançada uma única guia por contribuinte, contemplando todos os imóveis de sua propriedade declarados à Receita Federal. O valor base para cálculo conforme tabela corresponde, portanto, à soma das parcelas de capital social/VTN tributável de todos os seus imóveis no país.

4 - Impugnação - Caso não haja concordância com os dados dos lançamentos constantes desta guia, as impugnações deverão ser endereçadas até a data do vencimento, ao Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.

5 - Cálculo da Contribuição Sindical:

Page 98: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre
Page 99: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

EXPEDIENTE

Eliane Vilela BrosowskiDepartamento de Arrecadação e Cadastro da CNA

Rosanne Curi ZarattiniDepartamento de Administração e Finanças do SENAR

FOTOS

Banco de Imagens CNAShutterstock

PROJETO GRÁFICO

Page 100: AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA§ão... · A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/ PASEP e da COFINS incidentes sobre

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNASGAN, Quadra 601, Lote K • Brasília-DF • CEP: 70.830-903Fone: 55 61 2109­1400Fax: 55 61 2109­1490www.timeagrobrasil.com.brwww.canaldoprodutor.com.br