acima de nós

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Laura e Rafael não poderiam ser mais diferentes. Ele nasceu em uma das famílias mais ricas da cidade de Catalina, e sempre teve tudo o que quis. Já ela é de origem humilde, e seu grande sonho é conseguir uma vida melhor. Mais do que isso, a visão que ambos têm de Deus é oposta: Laura o vê como um Deus de amor, enquanto Rafael não entende como Ele pode permitir que tantas coisas ruins aconteçam, incluindo uma tragédia que o assombra. Quando o comportamento de Rafael começa a preocupar seus pais, ele é forçado a encontrar um emprego. A partir daí, esses jovens se encontram e a vida deles nunca mais será a mesma. Ela estava ocupada demais para se apaixonar, e ele sequer sabia que era capaz de sentir algo assim, mas, quando os planos de Deus são traçados, estão sempre acima de nós.

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São Paulo, 2015

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Acima de nósCopyright © 2015 by Tais Cortez FerreiraCopyright © 2015 by Editora Ágape Ltda.

preparaçãoHideide Torres

revisãoPatrícia MurariVânia Valente

diagramaçãoRebeca Lacerda

capaDimitry Uziel

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip)(Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)

Cortez, TaisAcima de nós / Tais Cortez. -- Barueri, SP : Editora Ágape, 2015.

1. Ficção brasileira 2. Ficção cristã I. Título.

15 -09482 CDD-869.93

Índice para catálogo sistemático:1. Ficção cristã : Literatura brasileira 869.93

editora ágape ltda.Alameda Araguaia, 2190 – Bloco A – 11o andar – Conjunto 1112 cep 06455 -000 – Alphaville Industrial, Barueri – sp – BrasilTel.: (11) 3699 -7107 | Fax: (11) 3699 -7323www.editoraagape.com.br | [email protected]

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográ� co da

Língua Portuguesa (1990), em vigor desde 1o de janeiro de 2009.

GERENTE EDITORIALLindsay GoisAUXILIAR DE PRODUÇÃOEmilly ReisAQUISIÇÕESCleber Vasconcelos

EDITORIALJoão Paulo PutiniNair FerrazRebeca LacerdaVitor Donofrio

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De toDos os livros que já escrevi, e de todos os que escreverei, este será sempre o mais especial, pois uniu os dois dons que Deus me deu: escrever e pregar o Evangelho.

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Agradecimentos

A Deus, que me Amou tAnto que enviou seu único fi-lho, Jesus, para me salvar e pagar o preço pelos meus pecados. Obrigada pelo perdão, amor e por todas as bênçãos que tem derramado sobre minha vida.

A meus pais, que sempre me incentivaram a ler e escre-ver. Obrigada pelo amor e apoio em tudo, e por se alegrarem com minhas vitórias.

À minha mãe e à minha avó, que foram as primeiras lei-toras e revisoras deste livro. Obrigada pela ajuda e pelas pala-vras de encorajamento. Adorei acompanhar a reação de vocês enquanto liam.

Ao meu marido, Neto, que sempre acreditou em minha trajetória como escritora.

A Francine Porfírio, Fernanda Braga, Natália Mussato, Fernanda Poli e às dezenas de blogueiras queridas que eu tive o prazer de conhecer. O carinho que vocês têm por mim e meus livros é maravilhoso. Espero escrever muitas outras histórias para encantá-las.

Ao leitor, que se interessou em conhecer esta história. Espero que ela, mais do que um belo romance, seja um ins-trumento para que o amor de Deus alcance o seu coração.

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De rei a plebeu1 A viDA foi generosA com rAfAel mAzolini. Nasceu em berço de ouro: seu pai, Antônio, era dono de uma bem--sucedida empresa de telefonia. A mãe, Rosana, formada em medicina, optou por não exercer a profissão quando o filho nasceu, pois queria passar mais tempo dedicando-se à família.

Quando Rafael completou seis anos, seus pais decidiram sair de São Paulo. O trânsito caótico, a poluição intensa e a violência não eram o ambiente no qual desejavam criar o filho. Por isso, mudaram-se para Catalina, no interior, onde poderiam ter uma vida mais tranquila e segura.

Em uma cidade de pouco mais de vinte mil habitantes, a família Mazolini tornou-se conhecida em poucas semanas. Com o passar dos anos, investiram e melhoraram o lugar, adquiriram e abriram diversos estabelecimentos comerciais, desde um salão de beleza a oficinas automotivas.

Antônio quis que o filho estudasse em um dos colégios da cidade, junto a crianças de diferentes classes sociais. Ele poderia tê-lo enviado para fora do país, como fizeram alguns de seus amigos, porém gostava de ter o filho por perto. Man-ter a família unida era sua prioridade.

Rafael não teve problemas em adaptar-se, pois fazer ami-gos sempre foi algo fácil para ele, embora poucos fossem os que realmente o viam por trás de sua fortuna.

Conhecer mulheres também nunca foi um problema. Des-de os quinze anos, elas rapidamente demonstravam interesse.

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Não era apenas pelo dinheiro. Ele teria recebido tratamento similar mesmo que não fosse o único herdeiro dos milhões de seu pai. Afinal, que garota resistiria a um jovem bonito, de olhos verdes, pele bronzeada e cabelos castanhos, cujo mero sorriso provocava frio no estômago?

Ao completar dezesseis anos, ele começou a andar com um grupo de garotos problemáticos na cidade de Catalina. Eles gostavam de beber, brigar, usar drogas e apostar corrida de carros. Com o dinheiro de Rafael, davam festas regadas com a álcool, drogas e confusão. Foi em uma delas que sua vida começou a mudar.

As férias tinham começado e os pais viajavam em sua milésima lua de mel. Ele, como de costume, aproveitava a casa vazia para chamar os amigos e conhecidos. Compraram bebidas, drogas e contrataram um DJ da cidade vizinha. Ra-fael pagou tudo.

– Cara, você dá as melhores festas! – disse Fábio, seu me-lhor amigo.

– Você tinha alguma dúvida? – Rafael virou um copo de vodca garganta abaixo.

– E você, já sabe o que vai fazer agora?A formatura de Rafael aconteceu há uma semana. Agora

aos dezoito anos, Antônio o pressionava para que decidisse o curso e a faculdade que pretendia fazer, mas Rafael fugia do assunto.

– Ainda não pensei muito nisso.– Nem precisa! – brincou Fábio.Fábio era um dos poucos amigos que gostavam de Rafael

de verdade, por quem ele era e não pelo que tinha. Eles se conheceram no primeiro ano do ensino médio e, desde então,

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eram inseparáveis. Isso não impedia que, ora ou outra, sentis-se inveja quando se dava conta de como seria confortável ter a situação financeira do amigo.

O pai de Fábio era dentista, e a mãe, professora. Ele nunca passou nenhuma necessidade, mas nunca pôde se dar ao luxo de não se preocupar com dinheiro. Diferentemente de Rafael, Fábio já havia decidido o que faria de sua vida. Depois de estudar assiduamente durante anos, conseguiu uma vaga para cursar Administração de Empresas na Uni-camp, a universidade pública de Campinas. Os pais estavam orgulhosos e aliviados, pois não conseguiriam arcar com os custos de uma faculdade particular.

– Putz – Fábio gemeu.Rafael seguiu o olhar do amigo e viu Natália, sua ex-na-

morada, olhando-o com a expressão de vítima. Ela não havia aceito o término do namoro e insistia que ele lhe desse uma chance. Ficaram juntos por quase seis meses, até que ela desco-briu uma de suas infidelidades. Furiosa, terminou o relaciona-mento e, depois de uma semana, passou a tentar reatar.

– Foi você quem a chamou? – perguntou Rafael, irritado.– Por acaso eu sou maluco?– Melhor ver o que ela quer – resmungou, aborrecido.Rafael a achava muito atraente. Os cabelos loiros e bri-

lhantes alcançavam os quadris, e os olhos escuros eram sen-suais e misteriosos. Os seios eram fartos e convidativos, prin-cipalmente porque ela costumava usar decotes profundos. Rafael a conheceu em uma festa e, mais tarde, descobriu que o pai de Natália era empregado de seu pai e gerenciava uma loja de equipamentos esportivos. A amizade entre as famílias dificultava o distanciamento.

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– Oi, meu lindo.– Entrando de penetra? – perguntou, friamente.– Precisava conversar com você.– Não começa, Nati. A gente não tem mais nada para

conversar.– Temos sim. – Ela o envolveu pelo pescoço, puxando-o

para perto. – Por que você fica me tratando assim? Nós cos-tumávamos nos divertir tanto!

– Até você terminar comigo – retrucou.Natália tinha sido a primeira mulher a fazer isso e, por

mais que ele a tivesse traído, seu orgulho o impedia de rea-tar. Além disso, não sentia vontade de estar em nenhum re-lacionamento, pois era independente demais para lidar com cobranças.

– Sinto sua falta – sussurrou em seu ouvido.– Nati, eu…Ela o beijou antes que terminasse a frase. Natália era uma

garota decidida que sabia lutar pelo que queria. A traição de Rafael a havia humilhado, mas a razão prevaleceu ao decidir que o perdoaria. Afinal, nenhum outro rapaz poderia lhe ofe-recer o futuro que ela desejava.

Rafael a afastou e ela lhe lançou um olhar magoado. A atenção dos dois foi atraída pelo som de gritos. Ele pediu que Natália esperasse ali e foi ver o que estava acontecendo, certo de que se tratava de uma briga. Desviando-se das pessoas, ele parou ao ver o corpo ensanguentado de Paulo, um colega que havia estudado com ele e Fábio durante o ensino médio.

Samanta, a namorada de Paulo, chamava desesperada-mente pelo nome dele e seu rosto estava manchado de rí-mel. Muitos convidados também gritavam, assustados,

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especulando o que tinha acontecido. Rafael se aproximou e tentou sentir o pulso do colega. Nada. O coração não batia e ele não respirava.

– Chamem uma ambulância!Foi o suficiente para os convidados irem embora, pois

não demoraria muito para a polícia aparecer fazendo per-guntas. Havia drogas e bebidas em todo lugar, mas Rafael permaneceu ao lado do amigo inconsciente até que os para-médicos chegaram.

Esperou no hospital até receber a notícia de que Paulo havia falecido, vítima de um tiro. A notícia o deixou em cho-que. Ele não tinha a menor ideia do que havia acontecido, mas isso não impediu que a polícia o interrogasse durante horas e entrasse em contato com seus pais.

Em uma cidade pequena, um fato como aquele mobili-zava todos. Outros convidados foram procurados e interro-gados. De acordo com a investigação, o incidente decorreu de uma briga entre Paulo e André, com quem Samanta supos-tamente estaria tendo um caso. O agressor fora encontrado, escondido na casa dos pais, e preso.

Rafael não conhecia André. Ele, provavelmente, havia sido convidado por algum de seus amigos. Por que aquela festa não foi como as outras, em que as brigas terminavam sem que ninguém tivesse morrido? E por que um cara legal como Paulo teve que morrer daquele jeito horrível?

Antônio e Rosana chegaram no dia seguinte e, por mais que Rafael já parecesse arrasado, eles não pouparam as recriminações.

– Como você pôde fazer isso? Dar uma festa pelas nossas costas? – gritou Rosana. – Nós sempre confiamos em você!

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– E o que aquelas drogas estavam fazendo em casa? – exaltou-se Antônio, igualmente enfurecido.

– Você está usando drogas, Rafa? – choramingou Rosana. – Não acredito que o meu próprio filho é um drogado!

– Eu não sou um drogado, mãe – murmurou, sem conse-guir olhá-la nos olhos.

– Mas você sabia das drogas? – insistiu Antônio.Rafael assentiu.– Eu nunca imaginei que pudesse ficar tão decepcionado

com você – Antônio disse friamente.– Nós sempre lhe demos tudo! – soluçou Rosana. – Por

que você fez isso?– Foram as amizades! – opinou o marido. – E a falta de

responsabilidade também! Ele nunca trabalhou. Não sabe o que é passar necessidade, por isso não valoriza o que tem!

– Sim – ela concordou, assoando o nariz.– Mas isso vai mudar – determinou, chamando a atenção

do filho, que levantou o rosto para olhá-lo. – Você não vai mais gastar nenhum centavo meu.

– O quê?– Vai decidir em que vai querer se formar ou vai procurar

um emprego. É estudar ou trabalhar. Filho meu não vai ser vagabundo, nem drogado!

Rafael não sabia o que queria estudar ou para qual facul-dade iria, e acabou perdendo o início do ano letivo. Mesmo com o aviso, ele achou que o pai voltaria atrás, mas Antônio estava irredutível.

Sem dinheiro, Rafael não pôde mais sustentar seus ami-gos interesseiros, acostumados às bebidas e drogas que con-sumiam sem pagar, e eles foram se afastando.

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Por fim, o rapaz decidiu que precisava arrumar um em-prego. Chegar a essa conclusão foi mais fácil do que encon-trar algum lugar onde pudesse trabalhar. Sua fama na cidade era a de um garoto irresponsável, bagunceiro e pouco confiá-vel. Ninguém queria uma pessoa assim.

Antônio pensou em interferir; afinal, ele possuía muitos negócios e poderia encontrar uma posição confortável para o filho. Entretanto, se fizesse isso, Rafael não aprenderia que as pessoas precisam lutar para conseguir alguma coisa e que é preciso lidar com as consequências de suas ações.

– Ele está tentando – Rosana tentou persuadir o marido a ajudar.

– Ele precisa tentar mais.– Ninguém quer dar um emprego a ele – lamentou.– Rô, isso é tão difícil para você quanto é para mim, mas

é para o bem dele. Ele vai encontrar algo, mesmo que não seja o que espera.

E Antônio estava certo. No segundo mês de procura, Rafael viu no jornal que o Hospital Boa Esperança estava contratando. Sem ter opção, foi até o lugar para se informar melhor. Aguardou mais de uma hora antes de ser recebido por uma senhora.

Ela aparentava ter quase cinquenta anos e sua face rosada e os olhos gentis davam-lhe um aspecto amigável. Prendia os cabelos em um coque alto e usava óculos com uma armação alaranjada. Apresentando-se como Ana, contou que era a res-ponsável pelo processo seletivo. Rafael estranhou quando, ao se apresentar, a mulher não reconheceu o seu nome.

– Você é nova na cidade?– Sim. Fui transferida há cinco meses.

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Ele se sentiu aliviado. Não conhecer sua fama era um ponto positivo. Se não conseguisse aquele emprego, dificil-mente acharia outra coisa. Antes de continuar a conversa, Ana analisou o currículo que ele havia levado.

– Você nunca trabalhou antes?– Não.– E por que acha que seria adequado para a vaga?– Na verdade, o anúncio que eu vi não dizia qual era a função.– Ajudante de limpeza.Rafael abriu e fechou a boca, surpreso. Ele sequer costu-

mava limpar o próprio quarto, o que diria um hospital. Ficou em silêncio por alguns segundos, enquanto ponderava sobre a situação. Era óbvio que faxineiro não era a profissão de seus sonhos, mas até então ele não havia conseguido nada. Talvez fosse a única oportunidade de ter um emprego.

Se tivesse sorte, Antônio perceberia que aquilo era lou-cura e devolveria sua mesada, concedendo ao filho aquele úl-timo ano de liberdade até que chegasse a época das provas de vestibular. Rafael conseguiria tempo para pensar no que faria e dinheiro para voltar a sair.

Assim, ele pensou antes de responder, tentando evitar uma nova rejeição.

– Sou responsável e aprendo rápido. Preciso desse empre-go e só quero uma chance para provar que sou a pessoa certa.

Ana suspirou, observando-o em silêncio. Com roupas sociais e uma aparência impecável, ele passava a imagem de alguém confiável. No entanto, ela estava ciente de que preci-sava fazer a escolha certa pelo bem de seu próprio emprego.

– Vou lhe dar uma semana de experiência – decidiu. – Esteja aqui amanhã às 7h30.

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– Obrigado – sorriu, satisfeito.– Não faça com que eu me arrependa! – disse, bem-hu-

morada.– Não vou – assegurou.O pai não o havia ajudado a encontrar um emprego e

isso o irritou. Ele poderia estar em um escritório, sem fazer nada, mas, em vez disso, teria que trabalhar como ajudante de limpeza. Só o cheiro do hospital fazia seu estômago revi-rar, e ele nunca teria procurado emprego ali se não estivesse desesperado.

Ao chegar em casa, a mãe perguntou se havia encontrado algo. Ela fazia a mesma pergunta todo dia e ele costumava não responder, deixando-a falar sozinha. Dessa vez, assentiu. Rosana soltou um gritinho e foi logo contar ao marido. An-tônio quis confirmar a novidade com o filho.

– Conseguiu emprego onde?– No Hospital Boa Esperança.– Um hospital? – estranhou. – Fazendo o quê?– Ajudante de limpeza! O que você esperava? – falou,

irritado. – Se tivesse me ajudado, estaria trabalhando em algo melhor.

– Não é isso. Apenas fiquei surpreso. E você precisava fazer isso sozinho.

– E fiz. Provei que consigo, e que não preciso da sua aju-da. Está satisfeito? – perguntou, sarcástico.

– Você pode não entender, filho, mas eu só quero o seu bem.– Pois é, eu não entendo.

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