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Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011 Acesse nosso site: www.ocapuchinho.com.br

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Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011

Acesse nosso site: www.ocapuchinho.com.br

2 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011

Demonstrativo financeiro

BÊNÇÃO DE

SÃO FRANCISCO

DE ASSIS

“O Senhor te abençoe e te proteja.

Mostre-te a sua face e se

compadeça de ti.

Volva a ti o seu rosto e te dê a paz”

ORAÇÃO VOCACIONAL

Ó Deus, que não queres a morte do pe-cador, e sim, que se converta e viva, nós te suplicamos pela intercessão da Bem-aven-turada sempre Virgem Maria; de São José, seu esposo e de todos os santos, que nos concedas maior número de operários para a tua Igreja, que trabalhando com Cristo, se de-diquem e sacrifiquem pelas almas. Por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.

OUTUBRO – 2011

RECEITASDízimo paroquial ...........................................................R$ 60.343,00Ofertas ..........................................................................R$ 14.422,00Espórtulas/batizados/casamentos ...............................R$ 2.550,00Total ..............................................................................R$ 77.315,00

Dizimistas cadastrados ..................................................................1.290Dizimistas que contribuíram ..............................................................903Novos Dizimistas .................................................................................14

DESPESASDimensão Religiosa

Salários/encargos sociais/férias/rescisão ...................R$ 23.099,02Côngruas .......................................................................R$ 3.270,00Casa paroquial/Auxilio Alimentação - IPAS ...................R$ 8.106,09Desp.cultos /ornamentação/Cálices ............................R$ 5.729,00Luz/água/telefone ........................................................R$ 2.360,98Conserv. dos imóveis/ Pinturas/ Telhados ....................R$ 20.347,64Café do Dízimo e Homenagens .....................................R$ 4.072,50Manut. Moveis /Máquinas ............................................R$ 3.484,00Rouparia /Uniforme ......................................................R$ 641,32Despesas com correio (jornal e dizimo) .......................R$ 729,70Serviços de contabilidade ............................................R$ 96,00Serviços de alarme .......................................................R$ 180,00Manut. Veíc./Combustíveis/Seguros/IPVA ....................R$ 1.883,59Material de limpeza ......................................................R$ 612,30Material de expediente/xerox/Gráficas .........................R$ 1.691,00Revistas/internet/ WEB/”O capuchinho” ......................R$ 2.867,27Pla.de saúde de func. / farmácia/Exame .....................R$ 1.512,10Vales transportes e fretes ..............................................R$ 902,50Copa/Alimentação/Gás ...............................................R$ 722,32Total ..............................................................................R$ 82.307,33

Dimensão MissionáriaTaxa para Arquidiocese .................................................R$ 7.848,20Taxa para a Província freis Capuchinhos .......................R$ 6.287,93Mat.pastoral/catequético/Cursos.................................R$ 1.874,00Missões .........................................................................R$ 3.320,00Total ..............................................................................R$ 19.330,13

Dimensão SocialAção Social da Paróquia N. Sra. da Luz ........................R$ 4.000,00Total ..............................................................................R$ 4.000,00

TOTAL GERAL ................................................................R$ 105.637,46

NOVEMBRO – 2011

RECEITASDízimo paroquial .......................................................... R$ 60.105,00Ofertas ......................................................................... R$ 13.192,00Espórtulas/batizados/casamentos .............................. R$ 2.670,00Total ..............................................................................R$ 75.967,00

Dizimistas cadastrados ..................................................................1.300Dizimistas que contribuíram ..............................................................904Novos Dizimistas .................................................................................17

DESPESASDimensão Religiosa

Salários/encargos sociais/férias/13ºSal/Rescisão ... R$ 20.372,87Côngruas ...................................................................... R$ 3.815,00Casa paroquial/Auxilio Alimentação - IPAS .................. R$ 3.635,00Desp.cultos /ornamentação ........................................ R$ 1.381,00Luz/água/telefone ....................................................... R$ 2.978,81Conserv. dos imóveis/ Pinturas/ Telhados ................... R$ 15.241,00Café do Dízimo e Homenagens .................................... R$ 3.922,69Manut. Moveis /Máquinas/Relógio Ponto ................... R$ 2.692,00Aluguel de Andaimes ................................................... R$ 370,00Despesas com correio (jornal e dizimo) ...................... R$ 826,15Serviços de contabilidade ........................................... R$ 96,00Serviços de alarme ...................................................... R$ 180,00Manut. Veíc./Combustíveis/Seguros/IPVA ................... R$ 3.300,06Material de limpeza ..................................................... R$ 718,53Material de expediente/xerox/Gráficas ........................ R$ 1.478,00Revistas/internet/ WEB/”O capuchinho” ..................... R$ 2.945,10Pla.de saúde de func. / farmácia/Exame .................... R$ 1.485,29Vales transportes e fretes ............................................. R$ 775,90Copa/Alimentação/Gás .............................................. R$ 546,80Total ..............................................................................R$ 66.760,20

Dimensão MissionáriaTaxa para Arquidiocese ................................................ R$ 7.731,50Taxa para a Província freis Capuchinhos ...................... R$ 5.973,00Mat.pastoral/catequético/Cursos................................ R$ 1.796,30Total ..............................................................................R$ 15.500,80

Dimensão SocialAção Social da Paróquia N. Sra. da Luz ....................... R$ 4.000,00Total ..............................................................................R$ 4.000,00

TOTAL GERAL ................................................................R$ 86.261,00

Igreja matriz Nossa Senhora das Mercês

Horários e atendimentos

ENDEREÇO da paróquia e conventoAv. Manoel Ribas, 96680810-000 CURITIBA-PrTel. paróquia: (041) 3335.5752 (sec.)Tel. convento: (041) 3335.1606 (freis)Tel. Catequese: (041) 3336.3982

EXPEDIENTE da Secretaria paroquial: De segunda a sexta-feira Das 8h às 12h e das 13h às 18h Sábado das 9h à 12hMISSAS horárioSegunda-feira: 6h30Terça, quarta e quinta-feira: 6h30 e 19hSexta-feira: 6h30, 15h e 19hSábado: 6h30, 17h e 19hDomingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h

ENTREAJUDAQuinta-feira: 9h, 15h e 20h

NOVENA PERPÉTUA DE N. SRA. DAS MERCÊSSexta-feira 8h30 e 19h

ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTOSexta-feira das 9h às 19hBenção com o Santíssimo às 18h30

BÊNÇÃOS De segunda à sexta-feira: das 8h às 11h30 e das 14h às 18hSábado: das 9h30 às 11h30 e das 14h às 17hTelefone para agendar bênçãos: 3335.1606

Encontros de EntreajudaDepressão, desânimo, obsessões, possessões, soma-tizações, fobias, timidez, complexo de culpa, conceitos falhos de Deus, dependência de drogas, dificuldades con-jugais, problemas familiares e outros. Participe desses Encontros de Entreajuda com frei Ovídio Zanini, em todos os domingos, das 15 às 18h, no salão paroquial da Igreja das Mercês. O ingresso é de R$ 20,00 (vinte reais), com direito a um material de relax e programação mental. Será servido gratuitamente um lanche. Informações na secretaria paroquial, tel. 3335-5752, e-mail [email protected], celular da Ir. Alzira: 9971-8844.

ANIVERSARIANTESNossa paróquia felicita os aniversariantes do mês de dezem-bro, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa. Saúde, paz, prosperidade e que nunca falte o amor a Jesus Cristo e Nossa Senhora em suas famílias.

SUGESTÕESCaro leitor! Sua opinião e sugestões são muito importantes. Entregue-as na secretaria da paróquia ou envie-as para o e-mail [email protected]. - Se você quiser saber mais, envie suas perguntas às quais procuraremos respon-der. Mande seus artigos até o dia 20 de cada mês.

Expediente do Boletim | Pároco: Fr. Pedro Cesário Palma. Vigá-rios paroquiais: Fr. Ovídio Zanini, Frei Benedito Felix da Rocha e Frei João Daniel Lovato. Jornalista responsável: Luiz Witiuk - DRT nº 2859. Coordenação: Secretaria Paroquial e Diego Silva. Capa: Mayra Armentano Silvério. Diagramação: Edgar Larsen. Impres-são: Ed. O Estado do Paraná (tel. 3331-5106). Tiragem: 5.000 exemplares.

Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 3

Mensagem do PárocoNo mês de dezembro, nosso coração se volta para a man-

jedoura de Belém e contempla o Menino Deus nascido entre nós há dois mil anos e celebrado em cada Natal. É a festa da esperança, da paz, dos encontros, da amizade, da fra-ternidade, da alegria e do amor. É Deus que vem até nós, para nos levar até Ele. Em cada Natal, a criança de Belém chega com novos presentes pendurados na árvore da fé e da amizade. Não há repetição, nem rotina, porque o mistério da encarnação não se esgota. Há sempre uma mensagem nova no Natal, um sorriso diferente de Jesus, que nos aguarda de braços abertos para o Seu aniversário.

Celebramos também, na noite de 31 de dezembro, a pas-sagem para o Ano Novo. Queremos dar graças ao Senhor pelos benefícios que nos concedeu no ano que finda e pedir suas bênçãos para o ano que está chegando.

A Igreja consagra o primeiro dia do ano à Santa Maria Mãe de Deus. Por Ela, nos foi concedida a maior bênção e a fonte de todas as bênçãos, Jesus Cristo, luz e salvação de todos. É também dia da Paz. Esse dom divino que todos nós almejamos e que realiza-se entre nós quando superamos o egoísmo, a violência, a mentira, as trevas e as injustiças. Pe-çamos à Santa Mãe de Deus, Rainha da Paz, que nos ensine os caminhos da paz!

Frei Pedro Cesário Palma

Graças à generosidade dos paroquianos, dizimistas e benfeitores, arrecadamos no mês de outubro de 2011, os donativos abaixo discriminados:

DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: OUTUBRO/11

DestinatárioPeças de roupas

Calçadospares

Diversos TotalAlimentos

kg

N. Sra. da Luz (Vila) 1.117 114 180 1.411 400 kgAlmirante Tamandaré 1.356 53 83 1.492 395 kg Vila Verde 1.023 136 243 1.402 266 kgCerne - - - - 120 kgSetor Mercês 105 12 03 120 282 kgTotais 3.601 315 509 4.425 1.463 kg

À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz, doamos em dinheiro: R$ 4.000,00 para a promoção humana.

DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: NOVEMBRO/11

DestinatárioPeças de roupas

Calçadospares

Diversos TotalAlimentos

kg

N. Sra. da Luz (Vila) 2.592 254 329 3.175 360 kgAlmirante Tamandaré 2.022 176 519 2.717 360 kg Vila Verde 2.042 192 368 2.602 300 kgCerne - - - - 120 kgSetor Mercês 250 10 - 260 303 kgTotais 6.906 632 1.216 8754 1.443 kg

À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz, doamos em dinheiro: R$ 4.000,00 para a promoção humana.

“Deus ama quem dá com alegria” (2Cor. 9,7)Agradecemos a você, pela sua generosa doação.

Frei Pedro Cesário Palma - Pároco

AÇÃO SOCIAL DA PARÓQUIA N. SRA. DAS MERCÊS

4 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011

A Imaculada Mãe de DeusNo dia 8 de dezembro celebramos a solenidade

da Imaculada Conceição de Nossa Senhora e no dia 1º de janeiro, Ano Novo. Na oitava do Santo Na-tal, celebraremos a solenidade de Nossa Senhora, Maria Mãe de Deus. São duas solenidades referen-tes a essa criatura privilegiada por Deus, que se destacam pela importância desta Senhora, Virgem e Mãe, na História da Salvação, na Igreja.

Maria é Mulher ImaculadaPartimos sempre dos dados bíblicos. Que a Vir-

gem Maria tenha sido mesmo virgem, é um dado claramente atestado no Novo Testamento. Ele vin-cula duas tradições autônomas a respeito da virgin-dade de Maria, uma reforçando a outra:

a) A Tradição do Evangelista Mateus (1,18-25) faz, nada menos, que quatro referências à virginda-de da Mãe de Jesus:

• “Antes do coabitarem, aconteceu que elaconcebeu por virtude do Espírito Santo (v 18);

• O que nela foi concebido vem do EspíritoSanto (v 20);

• EisqueumaVirgemconceberáedaráàluzum filho...( v.23);

• E,semqueeleativesseconcebido,eladeuà luz o seu filho” (v.25).

b) A tradição do Evangelista Lucas (1,34-35):• “Como se fará isso, pois não conheço ho-

mem?”• O Espírito Santo descerá sobre ti (...) Por

isso, aquele que nascer de ti será chamado Filho de Deus”.

A Igreja toda, há séculos, professa a fé: “E se encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Ma-ria”. Ela é virgem por excelência.

A Igreja confirma, por seus legítimos represen-tantes, que Maria é virgem “antes do parto, no par-to e depois do parto”. É uma expressão lapidar, que retoma didaticamente o que se tornou corrente na catequese.

Para ver sobre este tema, leia o Catecismo da Igreja Católica (n. 496-507) e o livro: Dogmas Maria-nos, de Frei Cledovis Boff, OSM, editora Ave-Maria.

Deus Pai esconde seus segredos “aos sábios e entendidos” e os revela aos “pequeninos” ( Mt 11,25).

A virgindade é um privilégio, uma graça muito especial que Maria recebeu de Deus. Ela recebeu essa graça, em função de Cristo; é a tarefa que ela assumiu em proveito de toda a humanidade.

O grande mariólogo Frei Clodovis Boff afirma, no seu livro já citado, página 23, que os grandes re-formadores como Lutero, Calvino e Zwínglio nunca duvidaram da virgindade perpétua de Maria. Infeliz-mente, a maioria dos evangélicos acabou, com o tempo, perdendo essa herança preciosa. Mesmo para o Islã, Maria é sempre virgem, como se vê no Corão (19, 20; 21, 91; 66, 12). Para o livro santo dos Muçulmanos, os judeus que negam a virginda-de de Maria, nada mais fazem que levantar contra ela uma “calúnia enorme” (4,155).

Vejamos, portanto, que a fé na virgindade de Maria garante a fé na divindade de Jesus, “que foi concebido do Espírito Santo, nasceu da Virgem Ma-ria”. Maria é preservada do pecado por ser Mãe de Jesus, o Filho de Deus!

É importante também lembrar também das apa-rições de Nossa Senhora das Graças (1831-1832) e de Nossa Senhora de Lourdes (1857). A primeira preparou a fé no dogma da Imaculada e a segunda o confirmou.

O Papa Pio IX proclamou, como verdade de fé em 1854: “DECLARAMOS, PRONUNCIAMOS E DEFI-NIMOS como doutrina revelada por Deus, o seguin-te: A Beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cris-to, Salvador do Gênero humano, FOI PRESERVADA IMUNE DE TODA MANCHA DE PECADO ORIGINAL”.

Essa doutrina, pois, deve ser crida firmemente e inviolavelmente por todos os fiéis.

Maria é Mãe de DeusMaria é Mãe de Deus! As Escrituras comprovam

esta verdade que professamos. Vejamos:• “MãedomeuSenhor”(Lc1,43).“Senhor”é

na Bíblia um nome divino: é aplicado a Deus e ao Messias-Rei, enquanto representante de Deus.

• “Ele será grande e será chamado Filho doAltíssimo” (Lc 1,32). Maria, portanto, é Mãe do Filho de Deus.

Em Isaías (7,14) e em Mateus ( 1,23):• “EisqueumaVirgemconceberáedaráàluz

um filho, que será chamado Emanuel, que significa: Deus conosco”.

O Novo Testamento usa, em geral, a expressão “Mãe de Jesus” para falar de Maria. Sabemos, po-rém, que Jesus é Deus. Portanto, Maria é mãe de Deus.

O Concílio de Éfeso (431) declarou que Maria é “Mãe de Deus” (Theotókos), “segundo a carne”, assumida pelo Verbo. Os santos Padres não duvi-daram chamar a Santa Virgem Maria de Mãe de Deus (...) porque nasceu dela o Verbo (...) segundo a carne.

Os concílios ecumênicos subsequentes de Cal-cedônia (451), de Constantinopla II (553) e Cons-tantinopla III (681), confirmaram o Theotokos, a Santa Virgem Maria é “Mãe de Deus”. (Ver Cate-cismo da Igreja Católica nos números 495, 466-467 - Mãe de Deus); e números 967-970 - Mãe dos fiéis).

O franciscano Beato Duns Scotus, “doutor ma-riano” declara que depois de “Filho de Deus”, o título mais elevado é o de “Mãe de Deus”.

É bom saber que os grandes reformadores, como Lutero, Calvino e Zwínglio, admitiam o título “Mãe de Deus” (Ver obra citada a cima de Clodovis Boff, p.16).

Amiga e amigo leitor!Hoje, o título “Mãe de Deus” é muito familiar

para nós. Está na segunda parte da Ave-Maria: “Santa Maria Mãe de Deus”. Sem nenhuma dúvi-

da, Maria é “Mãe de Deus”. Há fundamentações muito consistentes a respeito disso nas Escrituras, na Tradição e no consenso de grandes Teólogos e também no “senso dos fiéis”. O mesmo se dá em relação à virgindade de Maria.

Nós, católicos, precisamos conhecer mais o que a Igreja ensina com segurança, para que não nos deixemos levar por doutrinas sem fundamen-tação bíblica, muito falsas a esse respeito, e de outros temas de nossa fé.

Louvemos a Deus pelas maravilhas que realizou em Maria, especialmente da Encarnação, em vista da nossa salvação. E confiemos na poderosa inter-cessão da Mãe de Deus junto a seu Filho Divino.

Somos chamados, como Maria, a encarnar a Pa-lavra, no dia a dia de nossa vida pessoal e social, conceber Cristo em nosso coração pela fé e gerá-lo pelo testemunho de nossa vida. A Igreja nos diz: “Sem Maria desencarna-se o Evangelho, desfigura--se e transforma-se em ideologia, em racionalismo espiritualista” (Puebla n.301).

Que a Mãe do Filho de Deus, nos ajude a enten-der um pouco mais o espírito do Natal que vamos celebrar e que tenhamos e sintamos durante todo o Ano de 2012, a proteção materna da Imaculada Mãe de Deus.

Feliz Natal a todos os amigos leitores deste in-formativo e um muito abençoado ano de 2012!

Frei João Daniel Lovato, [email protected]

Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 5

EpifaniaEpifania quer dizer “manifestação”. É a mani-

festação de Deus ao mundo. O nosso Deus é um Deus que se manifesta. Desde a criação do mundo até hoje, em todos os momentos, vivemos uma per-manente e insistente manifestação de Deus. Na sua imensa bondade, Deus insiste em se fazer pre-sente ao nosso lado. Na medida em que alguém, com esforço e com luta, se deixa tomar e penetrar por Deus, nesta mesma medida é premiado com a transparência divina de todas as coisas.

Os místicos nos dão a maior prova disso. São Francisco de Assis mergulhou de tal maneira no mistério de Deus que, de repente, tudo se trans-figurou para ele. Tudo falava de Deus: o verme da estrada, o fogo, o cordeiro do campo, os passari-nhos das árvores.

Deus enche tudo: Ele é imanência, transparên-cia e transcendência como diz São Paulo (Ef 4,6): “Só há um Deus e Pai de tudo, que está acima de tudo (transcendência), por tudo (transparência) e em tudo (imanência)”.

Com Tailhard de Chardin, que viveu semelhante vi-são sacramental, podemos dizer: “O grande mistério do cristianismo, não é exatamente a aparição, mas a transparência de Deus no universo. Oh, sim, Senhor, não somente o raio que aflora, mas o raio que pene-tra. Não vossa Epifania, Jesus, mas vossa diafania”.

Tudo ao nosso redor nos fala eloquentemente de Deus. Pena que nós ainda não nos deixamos penetrar por essa forte presença de Deus e então, infelizmente, permanecemos, em muito, ainda sur-dos e cegos a essas manifestações.

Além dessa diuturna Epifania ou Teofania, sem-pre houve e continua havendo momentos históricos de particular manifestação do nosso Deus. A festa

que chamamos de Epifania celebrada no dia 6 de janeiro ou no domingo depois do dia primeiro de janeiro é um desses históricos momentos de espe-cial manifestação.

Historicamente, a festa da Epifania surge no Oriente para celebrar o nascimento de Jesus, numa tentativa de cristianizar a festa do solstício, quando se cultuava o Sol vitorioso. Aliás, o mesmo fenô-meno ocorre quase que contemporaneamente em Roma, com festa do Natal sendo introduzida pelos Cristãos no solstício de inverno, quando os roma-nos celebravam o “Natalis Invicti”, festa do renasci-mento do sol, a grande divindade romana.

Os Cristãos de Roma, em peregrinação à terra santa, levam a festa do Natal e trazem para Roma a festa da Epifania. A partir de então, tanto no Orien-te como no Ocidente passam a celebrar o Natal no dia 25 de dezembro e a Epifania no dia 6 de janei-ro. Inicialmente, as duas festas tem o mesmo ob-jetivo: celebrar a manifestação de Deus. Claro que a grande manifestação de Deus foi o nascimento de Jesus. Se no Natal celebramos o nascimento de Jesus, na Epifania, celebramos a manifestação de Jesus, o Filho de Deus, a todos povos, representa-dos pelos Magos.

Ao celebrarmos a Epifania, como também qual-quer outra festa cristã, devemos distinguir dois planos: um plano histórico e um atual. O que sig-nificou no contexto do Evangelho e o que significa hoje para nós.

Na narração do fato bíblico, o autor sagrado fala dos Reis Magos, que representando os povos pa-gãos, ou seja, todos os não judeus, vêm a Belém e a eles Cristo se manifesta. Isso nos lembra um importante fato: a abertura dos horizontes da sal-

vação a todos os povos. São Paulo chama isso de “Mistério escondido nos séculos e revelado nos úl-timos tempos”. Portanto, também os Gentios são chamados em Cristo à mesma herança, a partici-par da mesma promessa por meio do Evangelho.

Para nós que vivemos esta realidade há séculos, o fato não nos impressiona. Pensemos na surpresa dos antepassados (não judeus) que eram excluídos da salvação, impuros, destinados à perdição.

Num plano de atualidade, o que significa para nós, hoje, a festa da Epifania? Basicamente é: Cristo hoje presente no mundo. Para encontrá-lo precisamos, as-sim como os Reis Magos, passar por Jerusalém, ou seja, pela Igreja. Fora da Igreja não encontramos Je-sus. Ele é a Cabeça e a Igreja, o Corpo. Nesse senti-do, o fato narrado no Evangelho é também símbolo do itinerário da fé. Os Magos abandonam o comodismo de seus palácios, de seus ambientes e vão à procura do Menino, iluminados e orientados pela estrela. Não desanimam com as primeiras dificuldades.

Cabe ainda aqui uma outra aplicação: em Jeru-salém sabiam (os sacerdotes, os estudiosos das Escrituras, os grandes do povo) onde se encontrava o Menino Jesus, o Messias; mas eles não foram.

Pensemos: quantos hoje sabem muito bem onde encontrar Jesus, onde Ele se manifesta. Até porque Jesus mesmo deixou muito claro no seu Evangelho onde Ele pode ser encontrado. Outros mostram até onde e como encontrar Jesus, mas eles mesmos não vão.

Que a celebração da Epifania nos torne fortes como os Reis Magos; como eles, possamos sair do nosso comodismo e a despeito de todas as difi-culdades, partirmos ao encontro do Cristo onde Ele realmente está.

Frei Davi Nogueira Barboza

6 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011

ESPAço BíBlIcoO conhecimento de Deus nos transforma em missionários

Estamos concluindo este ano. Neste semestre fi-zemos uma bela caminhada com os fiéis da Paróquia Nossa Senhora das Mercês no curso que tratou do Evangelho de Mateus. Falávamos da importância de estudar e nos aprofundar nas Sagradas Escrituras, mas que tudo isso deveria nos ajudar a seguir melhor a Jesus Cristo, já que saber de Bíblia não é o foco principal, e sim perceber como a Palavra de Deus, que é viva e eficaz (Hebreus 4,12; Isaías 55,10-11), nos ajuda a ser melhores discípulos e discípulas de Cristo.

A Sagrada Escritura, inúmeras vezes, nos exorta sobre a necessidade de conhecermos a Deus. O pro-feta Oséias, em um contexto próprio, fala do amor de Deus dirigido ao povo que o havia abandonado, que o Senhor seduziria o povo e falaria em seu coração (Oséias 2,16) e conclui: “Eu te desposarei a mim na fidelidade e conhecerás o Senhor” (Oséias 2,22).

Várias vezes esse profeta fala da necessidade que o povo tem de conhecer ao Senhor. Mas o que significa conhecer? Biblicamente, conhecer indica uma adesão total de uma pessoa a uma realidade. Em outros termos, indica a intimidade/ relaciona-mento profundo com o outro. No caso de Oséias, seria como afirmar que o povo havia se separado de Deus (e por isso o povo é tratado como a es-posa infiel – Oséias 2,4-15), e deveria conhecer a Deus, ou seja, voltar a ter um relacionamento pro-fundo e íntimo com Deus: “Conheçamos, corramos atrás do conhecer o Senhor” (Oséias 6,3).

As Sagradas Escrituras nos predispõe a conhe-cer a Deus para então sermos discípulos-missioná-rios. O evangelista João nos apresenta um bonito exemplo de pessoa que cresce no relacionamento com Cristo, chega a conhecê-lo, e só depois vai anunciá-lo. Veja o texto da Samaritana, em João 4,1-34. Jesus está junto ao poço, com a mulher. Pede água para ela (4,7). A mulher se dirige a Je-sus: “como, sendo judeu, tu me pedes de beber...” (4,8). No primeiro contato com o Mestre a mulher o chama de judeu, apenas mais um homem judeu.

Em seguida, Jesus fala para ela: “se conheces-ses o dom de Deus...” (4,10). Parece que a Samari-tana vai interagindo com Jesus, faz como que uma catequese com o próprio Cristo. Resultado: esta-mos praticamente no meio do diálogo, e agora ela se dirige a Jesus como profeta: “vejo que és profe-ta” (4,19). Profeta já é um título maior, parece que a mulher já o conhece mais.

No final do diálogo, percebemos que a Sama-ritana já não chama Jesus nem de judeu, nem de profeta. Ela cresce ainda mais no conhecimento do Senhor, a ponto de chamá-lo de Cristo: “Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Não seria ele o Cristo?” (4,29). Chamar Jesus de Cristo implica reconhecer que ele é um Ungido de Deus, o Messias (Christos é a tradução grega do hebraico Meshiah – Messias, que significa Ungido).

O bonito de toda esta história, além desse cres-

cimento da fé da Samaritana e do aprofundamento do conhecimento do Senhor, é notar que ela se tor-na uma discípula. Ela larga o balde com o qual iria tirar água do poço. Deixou o que era mais impor-tante e que lhe ajudaria a viver, “e correu à cidade” (4,28) dizendo “vinde ver o Cristo” (4,29).

À medida que nos aprofundamos na Sagrada Escritura, e participamos mais da vida da comuni-dade, vamos crescendo no conhecimento de Deus, na intimidade com Cristo.

É semelhante ao que acontece quando conhece-mos outra pessoa: no início sabemos pouco sobre ela, mas chega um momento que somos capazes de saber detalhes de sua vida, nos preocuparmos e alegrarmos com ela. Mas com Deus, damos um passo a mais: quando nos tornamos mais íntimos com Ele, quando nosso conhecimento de Deus se alarga, nos lançamos na missão.

Que o Senhor nos dê a graça de crescermos ainda mais na intimidade com Ele, para sermos seus ver-dadeiros discípulos e discípulas.

Paz e Bem!

Frei Rogério Goldoni Silveira –

OFMCapfreiroger@yahoo.

com.br

Frei Rogério retorna com o curso bíblico no segundo semestre de 2012

Papai Noel: um símbolo questionávelEstamos chegando ao final de mais um ano. O

mundo todo se volta para as festas Natalinas e Ano Novo. Enquanto isso, vai passando pela nossa men-te toda uma simbologia. Muitas delas de origens pagãs, mas, hoje com sentido cristão muito bonito.

Existem alguns símbolos que são especialíssi-mos, como a árvore, o presépio, a coroa do Adven-to, etc. Mas o símbolo que mais chama a atenção e, diria, que talvez esteja muito desvirtuado é a fi-gura simpática do “Bom Velhinho”, o Papai Noel.

Navegando na internet, encontrei vários artigos fazendo menção do rumo que tomou a figura de Papai Noel. Alguns o associam ao consumismo, outros querem matá-lo, outros o chamam de co-munista. Afinal, temos que concordar que as fes-tas natalinas, bem como todas as outras festas e comemorações se transformaram em verdadeiras oportunidades de se ganhar muito dinheiro.

Não sou contra o crescimento do comércio e nem das muitas oportunidades de trabalho que trás para pessoas que não têm emprego e que, às vezes, até passam por necessidades.

Mesmo assim, quero que o leitor me acompa-nhe para ver o processo evolutivo da figura de Pa-

pai Noel, sendo associada à venda de produtos e com lucros exagerados.

Dizem que a figura do bom velhinho foi inspira-da na pessoa de um bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas po-bres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas. Foi transformado em san-to (São Nicolau) após várias pessoas relatarem mi-lagres atribuídos a ele.

Com o passar do tempo, na Alemanha, come-çou-se a associar a imagem de São Nicolau ao Na-tal e, em pouco tempo, esse costume se espalhou pelo mundo inteiro. Conta-se que, nos Estados Uni-dos, ele ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.

Inicialmente, o bom velhinho era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou ver-de escura. Em seguida, ainda nos Estados Unidos, foi criada uma nova imagem nas cores vermelha e branca, com cinto preto.

Teria sido a Coca-Cola quem associou essa figu-ra ao seu produto, o refrigerante, cuja embalagem tinha as mesmas cores. Essa campanha publicitá-

ria fez tanto sucesso que logo se espalhou pelo mundo todo.

Sabendo de tudo isso, resta a nós cristãos e cristãs, resgatarmos o verdadeiro sentido do Natal, vivenciarmos profundamente seu espírito e abrir-mos o nosso coração para que a alegria do Natal chegue aos lares pobres, às pessoas que passam fome e que estão perdendo sua dignidade. Mas, antes disso, façamos o possível para pensarmos um pouco antes de comprar qualquer coisa e per-guntarmos se realmente isso é necessário.

Com certeza teremos um Natal muito mais fra-terno, de muito mais vida e de muito mais amor.

Boas Festas a todos.

Paz e Bem.

Frei Benedito Félix da Rocha

Vigário Paroquial

[email protected]

Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 7

NoSSoS FREISO frei que já passou por “poucas e boas”

Ele ficou em pé e, ba-tendo no peito, falou “escute. Atire aqui! Ati-re pois hoje o casamento não sai. Se quiser casa-mento, que ve-nha amanhã”. Essa foi uma das várias si-tuações de perigo e intimi-dação que frei

Adelino Lolvatel, de 82 anos, teve que enfrentar. Em uma das comunidades onde celebrava missas, precisou ser firme em sua decisão de não realizar um casamento à força. “Passei bastante apuro no meu trabalho pastoral, de me esperarem na es-trada, quererem me bater, me mostrar revólver... O casamento, por exemplo, tem suas leis. A gen-te explicava e muita gente não aceitava. Levavam uma vida bagunçada [com infide-lidade, adultério, promiscuidade] e até traziam testemunha falsa”, relembra o padre que afirma ter passado por apuros em diversas vezes, ao tentar explicar para al-gumas pessoas que casamento não se realizava de um dia para o outro, nem mediante a violên-cia.

Hoje, frei Adelino mora com os capuchinhos nas Mercês. Por uns três anos, trabalhou sozinho em Itapoá (SC) mas, por proble-mas de saúde, acabou vindo para Curitiba fazer seus tratamentos. “Estou me tratando aqui desde maio. Fiz tudo quanto é tipo de exame e ainda há mais alguns pra fazer”, conta. Para piorar, se machucou e diz estar surpreso com a falta de mobilidade na terceira idade. “Nesses dias, estava andando pela calçada, tropico e caio com o corpo em cima do meu braço. É incrível como a gente vai ficando ve-lho e cai facilmente”, comenta.

Membro de uma família composta por 10 ir-mãos, frei Adelino aproveitou a instalação de um seminário perto da sua casa e passou a integrá--lo juntamente com seu primo. “Isso aconteceu em 1942, em Lacerdópolis (SC), quando eu tinha 12 anos”, explica. Além da pouca idade, frei Adelino precisou driblar a dificuldade de aprendizado. “Já havia ido à escola, mas mal sabia ler e escrever quando entrei no seminário”. Em 1943, foi para Botiatuba, Almirante Tamandaré (PR), fez todo o

ginásio e noviciado lá. Comple-tou os estudos em Filosofia e Teologia aqui nas Mercês. “Me tornei sacerdote em 1955. Nos primeiros cinco anos, trabalhei em lombo de cavalo. Atendia cinquenta e poucas igrejinhas. Pra fazer esses ‘atendimentos’ viaja 20 dias por mês, fora de casa”, esclarece.

O padre conta também que atuou em diversas comunidades por muitos anos a fio: 12 anos em Cruzeiro do Oeste (PR), 12 anos em Dois Vizinhos (PR), 7 anos em Capitão Leônidas Mar-ques (PR) e um ano no Paraguai, em dez pequenas comunidades de brasiguaios. “Naquele tem-po, a gente nem era sofrido, nem tinha tanta facilidade. Éra-mos jovens e eu aceitava traba-lhar com gosto naquilo que es-colhi fazer, que era ser padre”.

Uma nova Igreja para

os novos temposFrei Adelino ad-

mite que os tempos mudaram. Entretanto, defende uma receita tradicional para atrair a juventude à vida re-ligiosa e sacerdotal. “Pra mim, tem que ser através do exemplo... Da vida que se leva, da simplicidade, humilda-

de, estudo e oração”. Ele atribui a mudança do perfil do jovem a aspec-tos históricos e sociais. “Pra dizer a verdade, tro-cou o sistema. Naquele tempo as famílias eram mais numerosas e havia mais disciplina. A crian-ça não é mais recreativa por si mesma, ela já en-contra tudo fácil”.

Durante muitos anos de sacerdócio, frei Ade-lino celebrou missas em latim, época em que também precisou lidar com situações desafia-doras, tanto quanto na ocasião narrada no iní-cio desse texto. “O pa-dre rezava a missa de costas e o povo fazia o que bem entendia. O

povo era muito simples e cuspia no chão, conversa-vam, entravam na igreja com cachorro...”

Para ele, muita coisa mudou pra melhor com o Concílio Vaticano II. “O povo gostou porque daí eles rezavam na língua materna. Teve um padre que não queria essa transformação, mas o povo vinha pra mim e pedia para dizer a esse outro padre que re-zasse em português e de frente para eles”.

Esse novo fôlego de vida sobre a Igreja continua ecoando através do tempo. Exemplo disso é a par-ticipação mais ativa dos leigos. “Hoje em dia, dá pra ver quanta gente faz a sua parte pra ajudar na comunidade. Naquele tempo, era só o padre para fazer casamentos, rezar a missa e realizar peque-nas reuniõezinhas... Hoje em dia, os próprios fiéis é que estudam e comandam vários grupos”.

Esse novo papel assumido por membros da co-munidade, segundo frei Adelino, foi essencial para ajudar na formação dos católicos. “Hoje em dia tem mil e uma pastorais. Então, se tornou mais fá-cil fazer o povo entender melhor as coisas da Igre-ja, a sua fé, o seu batismo...”

Para encerrar, o frei nos deixa sua mensagem. “É preciso ter fé naquilo que a gente faz. Muitas vezes, podemos fazer mil e uma coisas, mas a gente faz por fazer. Só que tem uma passagem nas escrituras que diz que a fé sem obras não vale nada. Então é pre-ciso acreditar naquilo que a gente faz e agir”.

Colaboração: Diego Henrique da Silva

8 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011

BÊNÇÃO DE

SÃO FRANCISCO

DE ASSIS

“ O Senhor te

abençoe e te proteja.

Mostre-te a tua face e

se compadeça de ti.

Volva a ti o seu rosto

e te dê a paz.”

O Batismo de JesusCom a Festa do Batismo de Jesus, é con-

cluído o tempo do Natal. É uma ótima oportu-nidade para examinarmos a nossa própria vida batismal hoje e a ação da Igreja para educar e evangelizar os novos cristãos.

O Batismo de Jesus, por João, no Rio Jor-dão, é um evento que nos mostra com intensi-dade como o Salvador quis solidarizar-se com o gênero humano, imerso no pecado. João chamava à penitência e administrava um ba-tismo de conversão. No entanto, Jesus, o Cor-deiro sem mancha, que veio tirar o pecado do mundo, submete-se ao batismo de João. É um momento de Epifania, quando a Trindade se manifesta e aparece claramente a missão do Filho que deve ser escutado.

Podemos obser-var, no episódio do batismo do Senhor, que Deus assume tudo o que é próprio da nossa frágil con-dição humana. Je-sus não teve peca-do, mas, num gesto de solidariedade para com toda a humanidade, assu-miu o que decorre do nosso pecado, desde o batismo dos pecadores até a morte da cruz.

A vida, as atitu-des e as palavras de Jesus, nos esti-mulam a amar com todas as nossas forças a Deus, que tanto nos ama, e a nos tornar mais compassivos e con-descendentes para com todos aqueles que, de uma ou de outra maneira, so-frem e precisam de nossa solidariedade. A contemplação da ca-ridade divina deve encher nosso coração de caridade. São Paulo ensinou-nos, entre outras coisas, que a caridade é prestativa, não é or-gulhosa, alegra-se com o bem, tudo crê, tudo espera, tudo desculpa.

O batismo que recebemos foi o batismo instituído por Jesus, o batismo da Nova Alian-ça. O batismo de João era apenas um sinal de conversão. O Batismo que Jesus confiou à Sua Igreja é um sinal eficaz, pois não só signi-fica, mas realiza a libertação e a renovação de nosso ser, tornando-nos filhos de Deus à se-melhança do único Filho. Os Santos Padres da

Igreja chegaram a dizer que Jesus desceu às águas justamente para santificá-las e transmi-tir-lhes aquele poder de purificação e renova-ção, que é exercido toda vez que a Igreja batiza em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Ao celebrarmos a Festa do Batismo do Se-nhor Jesus, temos diante de nós uma ocasião propícia para renovar nossas promessas ba-tismais. Viver intensamente os compromissos de nosso batismo é o grande convite que Deus faz a cada um de nós. A graça divina jamais falta àquele que, com sinceridade de coração, procura viver segundo o “homem novo”, nasci-do da água e do Espírito.

Que a graça do batismo nos torne, na Igreja e através da Igreja, o Corpo místico do Senhor, verdadeiros discípulos-missio-nários de Jesus. O batismo liga-nos também à Igreja, à qual Cristo uniu-se de maneira irrevo-gável. Não pode-mos querer Cristo sem Sua Igreja. O “Cristo total” é a Cabeça e o Corpo. Contemplando, as-sim, o Mistério de Cristo, que resplan-dece na face da Igreja e vivendo a graça do nosso ba-tismo, anunciemos com humildade e caridade a fé que nos salva e enche de alegria a nossa vida.

Neste novo ano litúrgico que se ini-cia com o Advento e o nascimento de Je-sus, Senhor e Deus de todo o universo, devemos, como ba-

tizados, acolher Jesus em nossos corações e em nossas vidas, trazendo-nos uma conversão autêntica a ponto de nos tornarmos verdadei-ros discípulos de Cristo, cumprindo assim nos-sa missão em nossa família e em toda socie-dade, de levar a Boa Nova de Cristo, batizando a todos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

A força do batismo faz maravilhas na pessoa e na sociedade.

Diácono Jorge A. F. Andrade

Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 9

BÊNçÃoSComeçar o ano novo é bom, melhor

ainda com as bênçãos de Deus!Dia 6 de janeiro de 2012 (Primeira sexta-feira

do ano), os Freis Capuchinhos das Mercês estarão realizando a tradicional bênção dos motoristas, ve-ículos, pessoas, água e objetos, fato este que já faz parte do calendário de eventos religiosos de Curitiba e Região Metropolitana.

Serão 15 horas ininterruptas (das 6h às 21h) em que muitos freis do Estado do Paraná e Santa Catarina estarão à disposição para abençoá-los.

As bênçãos serão realizadas nas ruas que con-tornam a Igreja Nossa Senhora das Mercês e tam-bém no interior da Igreja, para as pessoas que vêm de ônibus, ou que assim o desejarem.

No interior da Igreja, os freis estarão atendendo confissões e abençoando pessoas, água e obje-tos. As celebrações deste dia serão realizadas nos seguintes horários: 6h30 (Missa); 8h30 (Novena); 15h (Novena) e 19h (Missa).

Os voluntários que, generosamente, auxiliam os freis neste ministério, colaborando para o bom êxi-to deste evento, já podem se inscrever na Secreta-ria Paroquial ou pelo telefone 3335-5752.

É mais um momento para fortalecermos a nos-sa confiança de que tudo aquilo que se deseja um dia se alcançará estando em sintonia com Deus, fonte de todas as bênçãos.

Até o dia 6 de janeiro!Frei Darci Roberto Catafesta

Guardião do Convento N. Sra. das Mercês

10 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011

Preparai o caminho, Jesus procura abrigo2011 chega ao seu final e já se fala em novos

planos, projetos, propósitos, objetivos de melhoria e tantos sonhos para o Novo Ano. É tempo de re-ver o que foi feito e o que ficou para traz. É tempo de balanço, não somente material, financeiro, mas também familiar, espiritual...

Acima de tudo, é tempo de parar um pouco, e dizer MUITO OBRIGADO! Foram tantas as bênçãos derramadas em nossos caminhos!!!. Será que to-mamos consciência da infinidade de graças, que o Senhor nos concede a cada ano, a cada dia, a cada instante!?

Viemos ao mundo, tal qual uma semente, que Deus colocou em campo fértil, para que pudésse-mos germinar, crescer, cultivar-nos e produzir fru-tos. O final de ano é um momento de reflexão. É uma pausa para rever o que vivemos, o que produ-zimos... No turbilhão da vida é preciso parar... Silen-ciar a mente, olhar para dentro de si e perguntar-se: que tipo de sementes plantei, que frutos eu produzi no decorrer deste ano? Valeu a pena tanto esforço, tanta correria, noites de insônia, preocupações? Será que me tornei uma pessoa melhor? Na minha família, no meu trabalho, na minha igreja... Eu es-tive atento às pessoas mais próximas, acolhendo, ouvindo, dando carinho, sendo sinal de esperança?

No final da vida, Deus nos questionará apenas sobre a vivência do Amor. “Eu tive fome e me des-

te de comer, Eu tive sede e me deste de beber... Estava nu e me vestiste, enfermo ou na prisão e vieste me ver...”

A preparação para o Natal deveria ser, antes de tudo, um tempo forte, de oração, de meditação e re-flexão profunda, para rever a vivência do AMOR. Ele, Jesus (disfarçado de tantas formas), bate na nossa porta todos os dias, com fome, talvez nem tanto de pão, mas com fome de carinho, de afeto, com sede de justiça, de compreensão, de acolhida... Ele precisa de ouvidos que se disponham a ouvi-Lo, a reconhecê-Lo como irmão, filho do mesmo Pai... Ele pode vir disfarçado no doente espiritual, naquele que perdeu a fé e a esperança... Ou no irmão que está preso pelas correntes da droga, do álcool...

Se corresse hoje a notícia de que Jesus iria nascer em alguma cidade, certamente a maioria de nós nos apressaria para visitá-Lo, adorá-Lo...

Não podemos voltar a Belém, mas podemos preparar-Lhe um presépio mais moderno, todo iluminado, aquecido, repleto de presentes... Pode-mos preparar o verdadeiro presépio em nosso co-ração, com as luzes da solidariedade, com o calor da harmonia familiar e que os presentes sejam nossas atitudes de acolhida, nossos gestos de bondade, de perdão e verdadeiro amor.

Portanto, a Belém de hoje pode ser a sua casa, a sua empresa, a sua escola...

Na manjedoura deste Natal, podemos ver a face sofrida de tantos irmãos que vivem em nosso meio, doentes, deprimidos, sem fé, sem esperança.

o mundo tem fome de amorNeste mundo tão conturbado, cheio de violên-

cia, podemos ouvir o grito silencioso dos incompre-endidos, dos mal amados, dos injustiçados. Que a magia do Natal, desperte a solidariedade, atitudes de acolhida, gestos de bondade e verdadeiro amor. Sejamos Missionários do Amor, Faróis de Esperan-ça, todos os dias, em todos os lugares, para cada ser humano que cruzar em nossas vidas.

Assim, vamos doar AMOR neste Natal e no decorrer de todo o Novo Ano. Que nossas mesas sejam fartas com gestos de acolhida! Que nossas mãos sejam focos de luz que rompem as trevas, que acende a esperança. Que o Deus Menino ve-nha renascer em cada coração, despertando o ver-dadeiro Amor e a alegria de servir e ajudar.

Que em 2012, as portas, do amor, da fé e da esperança, se abram para acolher a todos, com ternura e carinho.

Feliz e santo natal!Nelly Kirsten

Parapsicóloga Clí[email protected]

PARAPSIcologIA E qUAlIDADE DE vIDA – N° 54Paranormalidade não deve

ser confundida com HiperestesiaComeçando o estudo dos fenômenos paranor-

mais, é preciso esclarecer que muitos acontecimen-tos normalmente entendidos como paranormais, de fato não o são. É o caso de todos os fenômenos que envolvem hipersensibilidade dos sentidos.

Somos capazes de perceber, por meio dos nossos sentidos (ao menos inconscientemente), estímulos mínimos e amplificá-los. Esta extraordinária capacida-de de sentir chama-se, tecnicamente, hiperestesia. As pessoas que captam frequentemente estes estí-mulos mínimos são chamadas “sensitivas”.

Há sensações que, por serem tão pequenas, não são percebidas pelo consciente, mas que podem ser captadas pelo Subconsciente. O consciente, no entanto, pode ser treinado para perceber estas sen-sações, chegando a graus fantásticos de hipereste-sia. É o que acontece com: pintores que distinguem matizes nas cores completamente indiferenciáveis para o comum das pessoas; degustadores de comi-das e bebidas que percebem sabores normalmente não percebidos; cegos e surdos-mudos que frequen-temente apresentam algum sentido superdesenvol-vido. É o exercício que lhes permitiu a manifestação da hiperestesia. Se podem manifesta-la, é porque a capacidade estava aí, é porque o ser humano possui

uma grande capacidade sensorial.Pessoas histéricas, por exemplo, podem apresen-

tar hipersensibilidade auditiva (hiperacusia), ouvindo mínimos sons a grandes distâncias. Podem também apresentar grande intolerância para certos odores ou sabores, podem ter também hipersensibilidade à dor ou ao tato, de modo que um pequeno estímulo causa forte dor. A hipersensibilidade visual pode ser obser-vada em muitos portadores de neuropatia, que veem pequenos objetos distantes como se usassem binó-culos. A neuropatia sensorial é uma doença que afeta os nervos que levam informações das sensações das várias partes do corpo para o cérebro.

Com hipnotizados, especialmente sensitivos, é mais fácil experimentar a que graus de hipersensi-bilidade pode chegar o ser humano. Com os olhos bem fechados, alguns hipnotizados sentem os raios luminosos com tal nitidez, que conseguem ver até objetos sumamente distantes, impossíveis de ser percebidos (conscientemente) por qualquer outra pessoa, em estado normal e com os olhos abertos.

Mais do que sensibilidade, a hiperestesia pare-ce, às vezes, uma amplificação exagerada da sen-sibilidade. Não só se percebe, mas “se aumenta” o poder do estímulo exterior. Por exemplo, uma mão

colocada a 40 centímetros do dorso descoberto de uma hipnotizada, fazia com que ela se curvasse para diante, se queixando do grande calor.

Os fenômenos acima citados são muitas vezes confundidos com os fenômenos paranormais: Tele-patia, Clarividência, Precognição. Só se pode pen-sar na possibilidade de um fenômeno paranormal se qualquer explicação normal for impossível ou muito pouco lógica. Se os fatos podem repetir-se com regularidade e precisão contínua em determi-nadas pessoas, como acontece nos fenômenos de hipersensibilidade dos sentidos, então trata-se de fenômenos sensoriais e não de fenômenos para-normais. Não se deve explicar por mais aquilo que pode ser explicado por menos.

No atendimento terapêutico, os sensitivos e pa-ranormais podem encontrar adequada orientação. A Parapsicologia pode ser de grande ajuda também para os casos de: depressão, medos, síndrome do pânico, estresse, ansiedade, bloqueios, traumas, dependências químicas e superação de perdas.

Flávio Wozniack - Parapsicólogo(41)3336-5896 ou (41) 9926-5464

[email protected]

Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 11

volUNTARIADo

Sou casada, tenho três filhos e duas netinhas. Sou voluntária na Paróquia Nossa Senhora das Mercês há 12 anos. Iniciei como leitora nas nove-nas do Cristo Partido, nas sextas-feiras, às 19h. Depois, participei das equipes de liturgia da paró-quia e até hoje faço parte das mesmas como coor-denadora de liturgia.

Também entrei para o Apostolado da Oração e, atualmente, me encontro como coordenadora des-se grupo. Sou apaixonada por esse movimento, em especial pelo Sagrado Coração de Jesus.

Pertenço à Ordem Franciscana Secular da Fra-ternidade Nossa Senhora das Mercês, onde já fui vice-ministra por seis anos, e secretária do Conse-lho Regional da Ordem Franciscana Secular.

Pertenço à Pastoral do Dízimo, onde já fui secre-tária, ao Grupo Santa Rita e ao Serviço de Animação Vocacional (SAV), onde também colaborei como se-cretária, quando era chamada. Já pertenci ao Con-selho Paroquial de Pastoral (CPP), também como secretária. Sou ministra da Sagrada Eucaristia.

Também pertenço ao movimento de Entreajuda da Paróquia, no qual comecei como recepcionis-ta, dando ao público, todas as informações sobre esse movimento. Amo o que faço, sou muito feliz por ser voluntária em minha paróquia.

Sônia Marlene Ristow

Sônia atua como voluntária há mais de uma

década e afirma amar o que faz

Sagrada Família de Nazaré

A FAMÍLIA DE NAZARÉ é uma família como qualquer família de ontem, de hoje ou de ama-nhã, que se defronta com crises, dificuldades e contrariedade. No entanto, é uma família unida e solidária. Nela, existe verdadeiro amor e soli-dariedade. Não hesita enfrentar os perigos do deserto e o desconforto do exílio, quando um de seus membros corre risco.

É uma família que escuta a Palavra de Deus e, nessa escuta, consegue vencer as contrarieda-des, superar os riscos e descobrir os caminhos para assegurar a seus membros a vida e o futuro.

JOSÉ aparece atento às indicações de Deus, e aceita a sua vontade. Tudo sacrifica em defesa da vida daquele menino, que Deus lhe confiou.

É uma família que obedece a Deus! Diante das indicações de Deus, não discute nem argumen-ta; mas cumpre à risca os desígnios de Deus. E

é, precisamente, o cumprimento obediente dos projetos de Deus, que assegura a essa família um futuro de vida, de tranquilidade e de paz.

A Sagrada Família é modelo da família cristã. Costuma-se dizer isso não tanto em seu contex-to sociocultural e histórico, mas quanto em seus valores fundamentais, especialmente o amor, que lhe deram coesão, significado e missão de salvação nos planos de Deus.

Jesus quis nascer e crescer numa família humana; teve a Virgem Maria como Mãe e José como pai, que o educaram com imenso amor. Eis porque a família de Jesus merece ser chamada ‘santa’, totalmente imbuída do desejo de cum-prir a vontade de Deus, encarnada na adorável presença de Jesus.”

Colaboração: Izilda de Figueiredo

12 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011

HOMENAGEMA Pastoral da Pessoa Idosa presta uma home-

nagem a você, Denize, pelo seu aniversário, dia 23 de dezembro.

Todo brilho da natureza,toda vida que respira,todas as coisas sábias e maravilhosasfoi Deus quem fez.Fez também com que você,um dia nascesse e viesse a enfeitar e alegrarnossas vidas.

Agradecemos a você pelo trabalho, carinho e dedicação.

Parabéns, felicidades! Que Deus lhe dê muitos anos de vida, saúde, alegria e paz.

Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 13

Dezembro: Mês da Paz

“Paz representa a tranquilidade da ordem”. É uma bela definição da Filosofia. Para os romanos, “si vis pacem, para bellum”. = “Se queres a paz, prepare a guerra”. Esta é uma visão militar de paz. Percebemos que a paz possui diversos aspectos: paz econômica, paz social, paz individual, paz reli-giosa e assim por diante.

O que nos interessa aqui é a paz pessoal ou individual. Trata-se de um estado emocional posi-tivo e este precisa de imagens. Nenhuma imagem produz tanta paz como o presépio de Belém com José e Maria com seu Menino, anjos cantando a glória de Deus nas alturas e paz aos homens de boa vontade, e os pastores trazendo ofertas. O midraxe dos Reis Magos que representam a todos nós ensina o correto caminho da paz nos símbolos do ouro que reconhece Jesus como rei, da mira como sinal da conversão e do incenso da adora-ção a Deus.

João Batista prega no deserto o fundamento da paz cristã, que consiste na preparação do co-ração para a vinda de Cristo Jesus. “Convertei-vos e crede no Evangelho. Endireitai os caminhos do Senhor; aplainai suas veredas. Ele vos batizará

com o Espírito Santo” (Mt 3, 1-11). Já faz uns dois mil anos que Cristo nasceu entre nós e mais da metade da população mundial ainda não o aceita como Redentor e único Mediador com Deus.

Ninguém conheceu o coração humano como Jesus, que nos advertiu: “É de dentro do coração dos homens que saem as intenções malignas: prostituições, roubos, assassinatos, adultérios, ambições desmedidas, maldades, devassidão, inveja, difamação, arrogância, insensatez” (Mc 7, 21-22). Quer dizer, a paz brota de um coração lim-po. No tempo de Jesus ninguém conhecia a pala-vra depressão, paranoia, esquizofrenia e outras. A depressão representa um dos maiores problemas da humanidade. No tempo de Jesus era conhe-cida como possessão demoníaca ou possessão de memórias negativas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que até o ano 2020 teremos uns dois bilhões de depressivos. Como isso é alar-mante!

Para o cristão, o caminho da paz é amar a Je-sus. “Se alguém me ama, guardará a minha pa-lavra e meu Pai o amará, e a ele viremos e nele estabeleceremos morada. Dou-vos a paz, a minha

paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Jo 14, 23-27). A paz é o dom principal das bem--aventuranças: “Bem-aventurados os limpos de coração porque verão a Deus. Bem-aventurados os mansos. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5, 4-9). Ver a Deus é um paraíso!

Todo dia vemos e ouvimos imagens de violên-cia nos meios de comunicação social, que pro-duzem medo e insegurança. Precisamos utilizar imagens de paz como uma floresta balançando suavemente ao vento, lagos serenos com seus marrequinhos deslizando como pequenos barcos, luar e entardecer, passeios nos parques e praias com suas gaivotas e biguás celebrando a liberda-de, o poema do namoro e noivado, a graça de uma criança adormecida no colo da mãe ou do pai e, principalmente, imagens religiosas como o presé-pio e a ressurreição de Jesus. É bom lembrar o princípio de Psicologia: “O que imaginamos tende a acontecer”.

Frei Ovídio Zanini

14 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011

A História do Natal

cURIoSIDADESNatal, suas tradições e costumesAs tradições e costumes são uma maneira de

fazer presente o que ocorreu ou o que se costuma-va fazer nos tempos passados e celebrar momen-tos importantes.

Os presépiosNo ano 1223, São Francisco de Assis deu ori-

gem aos presépios que atualmente conhecemos, popularizando entre os leigos um costume que até esse momento era do clero, fazendo-o popular.

Os hinos e cantigas de natal As primeiras cantigas de Natal foram compostas

pelos evangelizadores no século V, com a finalidade de levar a Boa Nova aos aldeãos e camponeses que não sabiam ler. Suas letras eram inspiradas na liturgia da Natal. No século XIII estendem-se por todo o mundo. Cantar cantigas de Natal é um modo de demostrar nossa alegria e gratidão a Jesus e escutá-los durante o Advento, ajuda à preparação do coração para o acontecimento do Natal.

Os cartões de NatalO costume de enviar mensagens natalinas se

originou nas escolas inglesas, onde era pedido aos estudantes que escrevessem algo que tivesse a ver com a temporada natalina., Essas mensagens deveriam ser escritas antes que os alunos saíssem para as férias de inverno e enviadas para os seus pais, através do correio.. Em 1843, W.E. Dobson e Sir Henry Cole fizeram os primeiros cartões de Natal impressos, com a única intenção de pôr, ao alcance do povo inglês, as obras de arte que repre-sentavam o Nascimento de Jesus.

Papai Noel (Santa Claus) ou São NicolauA imagem de Papai Noel, velhinho gorducho e

sorridente que traz presentes às crianças boas no dia do Natal, teve sua origem na historia de São Nicolau. Existem várias lendas que falam acerca da vida deste santo. Em certa ocasião, o chefe da guarda romana daquela época, chamado Marco, queria apoderar-se de umas jovenzinhas se seu pai não lhe pagasse uma dívida. Nicolau então tomou três sacos cheios de ouro e, na Noite de Natal, em plena escuridão, chegou até a casa e colocou os sacos pela chaminé, salvando, assim, as meninas. Marco, que queria acabar com a fé cristã, mandou

queimar todas as igrejas e prender todos os cris-tãos. Assim Nicolau foi capturado e preso. Quando o imperador Constantino se converteu e mandou liberar todos os cristãos, Nicolau havia envelheci-do. Quando saiu do cárcere, tinha a barba crescida e branca e tinha as roupas vermelhas que o dis-tinguiam como bispo; contudo, os longos anos de cárcere não conseguiram tirar sua bondade e seu bom humor.

Os cristãos da Alemanha tomaram a história dos três sacos para tecer a história de Papai Noel, velhinho sorridente vestido de vermelho, que entra pela chaminé no dia de Natal para deixar presentes para as crianças boas. O exemplo de São Nicolau nos ensina a ser generosos, a dar aos que não têm e a fazê-lo com discrição, com um profundo amor ao próximo. Ensina a estar atento às necessidades dos demais, a sair de nosso egoísmo, a ser ge-nerosos não só com nossas coisas, mas também com nossa pessoa e nosso tempo. Por isso, o Na-tal é um tempo propício para imitar São Nicolau em suas virtudes.

Notícias da Catequese Árvore de NatalFique de olho nas datas!!!

Pais e catequistas, fiquem atentos às datas que se seguem:

• Confraternizaçõesdefinaldeanoparaca-tequistas, catequizandos e pais - primeira semana de dezembro;

• Iníciodamatrículaparaopróximoanodacatequese: dia 7/2. A taxa será de R$ 60. As crianças que precisarem de bíblias po-derão comprá-las na ocasião da matrícula por R$ 20;

• Reunião com os pais e catequizandospara o início das atividades, seguida da Missa do Envio às 10h30 - dia 4/3;

• IníciodosencontrosdeCatequese-dia6/3

Os antigos germânicos acredita-vam que o mundo e todos os astros estavam sustentados pendendo dos ramos de uma árvore gigantesca de Odim e rendiam culto a cada ano. Contam que São Bonifácio, evange-lizador da Alemanha, derrubou a ár-vore que representava o deus Odim e, no mesmo lugar, plantou outro pi-nheiro, símbolo do amor perene de Deus e o ador-nou com maçãs e velas, dando-lhe um simbolismo cristão: as maçãs representavam as tentações; e as velas representavam Cristo, a luz do mundo. Este costume se difundiu por toda a Europa e Amé-rica.

A tradição foi evoluindo: trocaram as maçãs por bolas e as velas por luzes que representam a alegria e a luz que Jesus Cristo trouxe ao mundo. As bolas, atualmente, simbolizam as orações que fazemos durante o perí-odo de Advento. As bolas azuis são orações de arrependimento, as prate-adas de agradecimento, as douradas

de louvor e as vermelhas de preces. Costuma-se colo-car uma estrela na ponta do pinheiro, que representa a fé que deve guiar nossas vidas. Também é comum pôr adornos de diversas figuras na árvore de Natal. Estes representam as boas ações e sacrifícios, os “presentes” que daremos a Jesus no Natal.

Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 15

Fatos da Vida Paroquial

AcoNTEcEU

Boas vindas aos novos dizimistas – Neste mês de novembro foram cadastrados os novos dizimistas Rose May Consentino, Maria Cláudia Gonçalves, Alex Sandro Rezende, Janete Gonçalves Gilbertoni, Albano Zoschke Neto, Miguel Silveira Prestes Junior, Mônica Maxemiuk Sousa, Maria Aparecida Vicente, Gilson Bueno Pilar, Amarildo Genheveski de Souza, Ariana Lima Guimarães, Maria Gorete Lima Nunes, Jonglas Mendes dos Santos, Mario Luis Bossini, Jean Carlos Ceranto Garutt, Marly Ce-ranto Garutt, Edney Pryplotsky e Ana Cristina G. A. Souza

Freis Capuchinhos participam de confraternização ar-quidiocesana - Juntamente com outros sacerdotes de pa-róquias do setor Mercês, os freis Pedro Cesário, Benedi-to Félix, João Daniel Lovato e Davi Barbosa participaram de uma almoço comemorativo com o clero. A confrater-nização aconteceu no dia 23 de novembro, no município de Quitandinha (PR) e foi uma forma de celebrar todos os encontros do setor, realizados ao longo do ano.

vAI AcoNTEcER

Missa de Natal - Conhecida popularmente como “Mis-sa do Galo”, será celebrada às 19h. Teremos a participa-ção do grupo musical liderado pelo nosso estimado Frei Juarez. No domingo, dia de Natal, as missas ocorrerão nos horários de sempre.

Jantar dos Solitários – Na noite de Natal, logo após a missa das 19h, será realizada a tradicional confraterni-zação dos solitários no Salão Paroquial. O objetivo dessa ação é oferecer um momento de partilha entre os que se encontram na solidão.

Natal Solidário com Jesus – A Paróquia Nossa Senhora das Mercês em nome da comunidade e benfeitores do Natal Solidário com Jesus vai participar de confraterniza-ções com a entrega dos kits de Natal para as Paróquias Irmãs assistidas durante este ano. A Paróquia Nossa Sra. da Conceição, de Almirante Tamandaré, vai receber os pre-sentes no dia 10 de dezembro (sábado); a Paróquia Nossa Sra. da Luz, na Vila Verde, receberá no dia 11 (domingo) e no dia 18 (domingo) será a vez da sede da Paróquia Nossa Sra. da Luz, no CIC. Todas as entregas terão início às 15h.

Primeira sexta-feira do ano, dia das bênçãos – No dia 06 de janeiro de 2012, os freis capuchinhos realizarão a tradicional maratona de bênçãos de veículos, pessoas e objetos durante 15 horas, das 6h às 21h. Venha participar desse dia festivo e começar o ano coberto de bênçãos!

O Capuchinho se despede de nossos leitores neste

ano, desejando a todos um feliz e santo Natal, próspero Ano Novo e divertidas férias. Retornaremos com a nossa primeira edição de 2012, em março. Até lá!

Secretaria da Paróquia

Formação profissional e capacitação para o trabalho

A Escola Vicentina Técnica de Enfermagem Catarina Labouré (ETECLA) oferece vários cursos na área da saúde. Inscreva-se já! As matrículas estão abertas.

Informações: (41) 3219-3650 ou acesse o site www.etecla.com.br

TÉCNICO EM ENFERMAGEMInício do curso: 06 de fevereiro de 2012Duração: 2 anosHorário: manhã, das 7h às 11h30 ou à tarda, das 13h45 às 18h15Requisitos: idade mínima de 18 anos, Ensino Médio concluído ou cursando o 2° ano.Para matrículas até 20 de dezembro, desconto de 20% na primeira parcela.

ESPECIALIZAÇÃO EM NÍVEL TÉCNICO EM ENFERMAGEM DO TRABALHOInício: 27 de fevereiro de 2012Duração: 6 mesesHorário: 19h15 às 22h30 (de segunda a quinta-feira)Requisitos: diploma de Técnico em Enfermagem

CAPACITAÇÃO PARA CUIDADOR DE IDOSOSInício: 05 de março de 2012Duração: 2 mesesHorário: noite, das 19h às 21h15 ou à tarde, das 14h às 16h30Requisitos: idade mínima de 18 anos e Ensino Fundamental concluído

CAPACITAÇÃO PARA HOME CARE (Atendimento domiciliar)Início: 06 de março de 2012Duração: 6 mesesHorário: 19h00 às 21h15 (de terça a quinta-feira)Requisitos: ter concluído o Técnico em Enfermagem ou Auxiliar de Enfermagem

CAPACITAÇÃO PARA INSTRUMENTAÇÃOInício: 07 de março de 2012Duração: 4 mesesHorário: manhã, das 7h50 às 11h30 (às segundas, quartas e quintas-feiras)Requisitos: ter concluído o Técnico em Enfermagem ou Auxiliar de Enfermagem

CAPACITAÇÃO PARA CUIDADOR INFANTILInício: 08 de março de 2012Duração: 3 mesesHorário: noite, das 19h às 21h15 (às terças e quintas-feiras)Requisitos: idade mínima de 18 anos e Ensino Fundamental concluído

Feliz Natal e próspero e abençoado Ano Novo!

16 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011

Muito Obrigado, Feliz Natal e

Feliz Ano Novo!Ao chegar o fim do ano, dizemos muito obrigado primeiramente a Deus por tantas graças que

nos concedeu durante este tempo. Certamente, todos nós sentimos a presença amorosa e for-talecedora de nosso Deus em todos os momentos do ano mas, sobretudo, quando precisamos de discernimento e força em nossas vidas.

Agradecemos a querida Mãe, Nossa Senhora das Mercês, que não nos deixou faltar o vinho da alegria, da esperança, da fé e do amor em nossa caminhada deste ano.

Muito obrigado à você que participou de nossa paróquia; que cultivou sua fé, animou sua esperança e fortaleceu seu amor; que desempenhou serviços em prol da comunidade nas pas-torais, grupos e movimentos; que partilhou a vida e os bens para que mais gente tivesse vida. Que Deus e Nossa Senhora das Mercês recompense você e sua família por todo bem realizado.

Feliz Natal! Que a festa do Menino Deus lhe traga paz, alegria, saúde e muito amor. Que na noite luminosa do nascimento de Jesus você possa, como José e Maria, os pastores e os Reis Magos, ser envolvido pela sua Luz e proclamar com os Anjos: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados!”.

Feliz Ano Novo! Que este lhe seja de muitas e boas realizações. Disse São Paulo: “Quem está em Cristo é uma nova criatura; as coisas antigas passaram, eis que tudo se fez novo” (2Cor 5,17). Que o Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, conceda a você e sua família esta vida sempre reno-vada no amor, na fé e na esperança.

Frei Pedro Cesário PalmaPároco