acervo civoneum_icap_plano de cultura do recife pe 2009 2019_457

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    Prefeitura do Recife

    Secretaria de Cultura

    Conselho Municipal de Poltica Cultural

    PLANOMUNICIPAL DE

    CULTURA DORECIFE

    2009/2019

    Novembro 2008

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    Prefeitura do Recife

    Prefeito

    Joo Paulo Lima e Silva

    Vice-Prefeito

    Luciano Siqueira

    Secretrio de Assuntos Jurdicos

    Bruno Ariosto Luna de Holanda

    Secretrio de Coordenao Poltica de Governo

    Mcio Magalhes

    Secretrio de Cultura

    Joo Roberto Costa do Nascimento (Peixe)

    Assessora Executiva

    Maria do Cu do Esprito Santo Cezar

    Assessor JurdicoFernando Van Der Linden de Vasconcellos Coelho

    Diretor Presidente da Fundao de Cultura Cidade do Recife

    Fernando Duarte da Fonseca

    Assessor Executivo

    Jos Fernando Pereira da Costa

    Diretor de Desenvolvimento e Descentralizao Cultural

    Alberto Rezende Soares

    Diretor de Gesto dos Equipamentos Culturais

    Fernando Augusto de Souza Lima

    Diretora Administrativo-Financeira

    Sandra Simone dos Santos Bruno

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    Conselho Municipal de Poltica Cultural

    PresidenteJoo Roberto Costa do Nascimento (Peixe)

    Secretrio GeralJoo Amaro Monteiro da Silva

    Suplente do Secretrio GeralAdriano Souza Arajo

    Conselheiros Titulares

    Poder PblicoSecretaria de Cultura

    Joo Roberto Costa do Nascimento (Peixe)Josuel Jos de Oliveira SilvaCristiana Santiago TejoFranciza Lida Toledo

    Fundao de Cultura Cidade do Recife FCCRFernando Duarte da FonsecaFernando Augusto de Souza Lima

    Secretaria de TurismoSamuel Oliveira Neto

    Secretaria de Educao, Esportes e Lazer

    Maria de Ftima Pontes

    Secretaria de Poltica de Assistncia SocialJos Antnio Bertotti Jnior

    Secretaria de Cincia, Tecnologia e Desenvolvimento EconmicoJos Oto de Oliveira

    Secretaria de Planejamento Participativo, Obras e Desenvolvimento Urbano e AmbientalRosana Alves Soares

    Secretaria de Gesto Estratgica e Comunicao SocialGeorge Washington Meireles da Silva

    Secretaria de FinanasElisio Soares de Carvalho Jnior

    Fundao do Patrimnio Histrico e Artstico de Pernambuco FUNDARPETerezinha de Jesus Carlos de Arajo

    Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional IPHANFrederico Farias Neves de Almeida

    Representao Regional do Ministrio da CulturaJorge Clsio da Silva

    Centro de Artes e Comunicao da Universidade Federal de Pernambuco UFPE

    ngela Freire PrystonFundao Joaquim Nabuco FUNDAJSilvia Gonalves Paes Barreto

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    Cmara de Vereadores do Municpio do RecifeCaio Pires

    Elediak Francisco Cordeiro

    Sociedade Civil

    Frum Permanente de Artes VisuaisElias Izidorio Cavalcanti

    Frum Permanente de DesignMaria Tereza Lopes

    Frum Permanente de ArtesanatoJacilia Bonfim Dias

    Frum Permanente de Patrimnio e ArquiteturaJoo Amaro Monteiro da Silva

    Frum Permanente de AudiovisualOsman Godoy

    Frum Permanente de LiteraturaAlexandre Jos Ferreira dos Santos

    Frum Permanente de MsicaAdriano Souza Arajo

    Frum Permanente de Artes CnicasLadimir Ferreira da Silva (Mika)

    Frum Permanente de Ciclos CulturaisAlzira Maria Dantas (Abanadores do Arruda)

    Aelson Ferreira da Hora (Boi Faceiro)

    Frum Permanente da Regio Poltico-Administrativa 01 RPA 01Carlos Augusto da S. Pereira

    Frum Permanente da Regio Poltico-Administrativa 02 RPA 02Severino Carlos de Amorim

    Frum Permanente da Regio Poltico-Administrativa 03 RPA 03Jos Dagoberto Barbosa da Silva

    Frum Permanente da Regio Poltico-Administrativa 04 RPA 04Joo Agostinho de Lima Ferraz

    Frum Permanente da Regio Poltico-Administrativa 05 RPA 05

    Snia Maria de Oliveira Pinto

    Frum Permanente da Regio Poltico-Administrativa 06 RPA 06Jos Cleto Machado de Oliveira

    Frum Temtico de Cultura do Oramento ParticipativoOsas de Morais Borba Neto

    Frum Permanente de Produtores CulturaisCarla Valena (Relicrio Produes Artsticas E. Ltda)

    Frum Permanente de Trabalhadores da CulturaPaulo Marques Ferreira

    Frum Permanente de Instituies Culturais No-GovernamentaisCarlos Alberto Carvalho Pinto (Grupo Joo Teimoso)

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    Conselheiros Suplentes

    Poder Pblico

    Secretaria de CulturaMaria do Cu do Esprito Santo Cezar

    Maria de Betnia Correia de ArajoMaria dos Prazeres Firmino Barros

    Maria do Carmo Conceio Llis (Carmem Llis)

    Fundao de Cultura Cidade do Recife FCCRJos Fernando Pereira da Costa

    Inaldo Fornelos da Silva Pontes

    Secretaria de TurismoAna Cristina Moraes da Silva

    Secretaria de Educao, Esportes e LazerGenivaldo Batista da Silva

    Secretaria de Poltica de Assistncia SocialEdvaldo da Luz Pereira

    Secretaria de Cincia, Tecnologia e Desenvolvimento EconmicoMaria Ermnia Silva DOliveira

    Secretaria de Planejamento Participativo, Obras e Desenvolvimento Urbano e AmbientalMaurlio Nunes da Silva

    Secretaria de Gesto Estratgica e Comunicao SocialAnnelise Pires F. de Oliveira

    Secretaria de Finanas

    Petrnio Lira Magalhes

    Fundao do Patrimnio Histrico e Artstico de Pernambuco FUNDARPERoberto Carneiro da Silva

    Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional IPHANMarcelo de Brito A. Pontes Freitas

    Representao Regional do Ministrio da CulturaSantino Magalhes Cavalcanti

    Centro de Artes e Comunicao da Universidade Federal de Pernambuco UFPELucilo Medeiros Dourado Varejo

    Fundao Joaquim Nabuco FUNDAJCynthia Gomes Falco Pereira

    Cmara de Vereadores do Municpio do RecifeFernando Nascimento

    Henrique Leite

    Sociedade Civil

    Frum Permanente de Artes VisuaisBruno Albuquerque Monteiro

    Frum Permanente de DesignEduardo Reynaldo Alves Maia

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    Frum Permanente de ArtesanatoNivaldo Jorge da Silva

    Frum Permanente de Patrimnio e ArquiteturaPricles Duarte da Fonseca

    Frum Permanente de LiteraturaJos Bezerra de Lemos

    Frum Permanente de MsicaWenyton Marinho da Silva

    Frum Permanente de Artes CnicasZacarias Gouveia de Lima (Zacaras Garcia)

    Frum Permanente de Ciclos CulturaisAntnio Paulino da Silva Neto (Maracatu Almirante do Forte)

    Tnia Lima Costa (Tribo Indgena Tapirap)

    Frum Permanente da Regio Poltico-Administrativa 01 RPA 01Ronaldo Francisco dos Passos

    Frum Permanente da Regio Poltico-Administrativa 02 RPA 02Cludia Antonia dos Santos

    Frum Permanente da Regio Poltico-Administrativa 03 RPA 03Antonio Paulino da Silva Neto

    Frum Permanente da Regio Poltico-Administrativa 04 RPA 04Antonio Marcio de Castro

    Frum Permanente da Regio Poltico-Administrativa 05 RPA 05Eric Chaves do Nascimento Cunegundes

    Frum Permanente da Regio Poltico-Administrativa 06 RPA 06

    Ednelson Farias FernandesFrum Permanente de Produtores CulturaisEriangelis Naderlli da Silva (Borba Neto Produes Artsticas)

    Frum Permanente de Trabalhadores da CulturaNewton Cordeiro Caivano

    Frum Permanente de Instituies Culturais No-GovernamentaisTelma Maria Andrade Ferreira (ACAAPE)

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    Comisses Especiais do Conselho Municipal de Poltica

    Cultural para elaborao do Plano Municipal de Cultura

    Comisso 1 - Diversidade, Descentralizao e Direitos Culturais

    Alzira Maria Dantas (Abanadores do Arruda) - Frum Permanente de Ciclos CulturaisCarlos Augusto da S. Pereira - Frum Permanente da RPA 01Jos Cleto Machado de Oliveira - Frum Permanente da RPA 06Josuel Jos de Oliveira Silva Secretaria de CulturaSnia Maria de Oliveira Pinto - Frum Permanente da RPA 05

    Comisso 2 - Economia da Cultura

    Alexandre Jos Ferreira dos Santos / Jos Bezerra de Lemos Frum Permanente deLiteratura

    Ana Cristina Moraes da Silva Secretaria de TurismoCarla Valena (Relicrio Produes Artsticas E. Ltda) Frum Permanente de ProdutoresCulturaisJoo Roberto Costa do Nascimento (Peixe) Secretaria de CulturaJos Fernando Pereira da Costa FCCROsas de Morais Borba Neto Frum Temtico de CulturaOsman Godoy Frum Permanente de udiovisualPaulo Marques Ferreira Frum Permanente de Trabalhadores da Cultura

    Comisso 3 - Formao e Intercmbio Cultural

    Aelson Ferreira da Hora (Boi Faceiro) Frum Permanente de Ciclos Culturais

    Jacilia Bonfim Dias / Nivaldo Jorge da Silva Frum Permanente de ArtesanatoJos Dagoberto Barbosa da Silva Frum Permanente da RPA 03Maria Tereza Lopes Frum Permanente de DesignSeverino Carlos de Amorim Frum Permanente da RPA 02Telma Maria Andrade Ferreira (ACAAPE) Frum Permanente de Instituies No-Governamentais

    Comisso 4 - Patrimnio Cultural e Arquitetura

    Franciza Lida Toledo Secretaria de CulturaJoo Agostinho de Lima Ferraz / Antonio Marcio de Castro Frum Permanente da RPA

    04Joo Amaro Monteiro da Silva Frum Permanente de Patrimnio e ArquiteturaMarcelo de Brito A. Pontes Freitas IPHANRoberto Carneiro da Silva FUNDARPE

    Comisso 5 - Gesto Pblica da cultura

    Adriano Souza Arajo / Wenyton Marinho da Silva Frum Permanente de MsicaCristiana Santiago Tejo / Maria de Betnia Correia de Arajo Secretaria de CulturaEdvaldo da Luz Pereira Secretaria de Poltica de Assistncia SocialElias Izidorio Cavalcanti Frum Permanente de Artes Visuais

    Fernando Augusto de Souza Lima FCCRLadimir Ferreira da Silva (Mika) Frum Permanente de Artes Cnicas

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    Comisses Tcnicas da Secretaria de Cultura

    Comisso Tcnica 1 - Economia da Cultura

    Hlio Constantino da Silva

    Isabel Cristina Alves da Silva

    Joo Roberto Costa do Nascimento (Peixe)Maria Juciane Silva Monteiro

    Maria Leoni de Souza Correia

    Renata Pedrosa Domingos

    Sandra Simone dos Santos Bruno

    Comisso Tcnica 2 - Msica, Audiovisual, Artes Cnicas e Literatura

    Adelmo Apolnio da Silva

    Aderval Paulino Filho (Vav Paulino)

    Andr de Mendona Brasileiro de Oliveira

    Clio Rodrigues de L. PontesDbora Euclides do Nascimento

    Helosa Arcoverde de Morais

    Jos Ernesto de Barros

    Lcia Machado Barbosa

    Manoel Deodoro Liberalquino Ferreira (Neneu Liberalquino)

    Maria do Cu do Esprito Santo Cezar

    Osman Giuseppe Gioia

    Oswaldo Pereira da Silva

    Roberto Alexandre Macedo

    Sebastio Albemar Gonalves de Arajo

    William Wilson de Santana

    Comisso Tcnica 3 - Artes Visuais, Design e Artesanato

    Andr Luiz Aquino Almeida

    Cristiana Santiago Tejo

    Daniela Brilhante de Medeiros

    Fernando Augusto de Souza Lima

    Luciana Cristina Silva Soares

    Marcio Jos Nogueira Almeida

    Mateus de S Leito

    Renata Galvo de Melo

    Comisso Tcnica 4 - Patrimnio Cultural e Arquitetura

    Ana Patrcia Uchoa Guimares

    Anazuleide Ferreira

    Carmem Lcia Piquet Gonalves de Oliveira

    Franciza Lima Toledo

    Gabriela Maria Severiem dos Santos

    Leonor Mesel

    Lorena Correia VelosoLuiz Eduardo Pinheiro Sarmento

    Maria de Betnia Correia de Arajo

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    Maria do Carmo Conceio Llis (Carmem Llis)

    Renata Alexandrina Loureno

    Comisso Tcnica 5 - Cultura PopularAlexandre Romulo Alves Amorim

    Claudilene Maria da SilvaJosu Jos de Oliveira Silva (Uel)

    Lindivaldo Oliveira Jnior

    Maurico Jorge Cavalcanti

    Miriam Brasileiro de Freitas Dourado

    Comisso Tcnica 6 - Formao Cultural

    Amara de Oliveira Cunha

    Maria do Socorro Machado

    Zlia Ramos Sales

    Comisso Tcnica 7 - Espaos Pblicos de Cultura

    Alberto Rezende Soares

    Ana Patrcia Guimares

    Bruno Padilha Castanha

    Evandro Jos do Nascimento

    Frederico Cavalcanti Batista

    Luiz Cleodom Valena de Melo

    Marcelo de V. Cavalcanti Melo

    Maria da Conceio T. Farias

    Maria dos Prazeres Firmino de BarrosNiziane Miotto

    Silvia Maria Emerenciano de Melo

    Tnia Silveira de S

    Comisso Tcnica 8 - Gesto Pblica da Cultura

    Fernando Augusto de Souza Lima

    Inaldo Fornelos da Silva Pontes

    Jos Fernando Pereira da Costa

    Jose Santana Monteiro de Vasconcelos

    Maria do Cu do Esprito Santo Cezar

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    PLANO MUNICIPAL DE CULTURA DO RECIFE

    SUMRIOMENSAGEM DO PREFEITO

    PROJETO DE LEI

    AnexoPLANO MUNICIPAL DE CULTURA DO RECIFE

    Apresentao | 14

    1.Introduo | 15A Importncia do Plano Municipal de Cultura | 15

    2.Concepo da Poltica Cultural |17 O Papel do Estado na Gesto Pblica da Cultura | 17 Uma Concepo Ampla de Cultural | 17 Recife Multicultural Valorizao da Diversidade | 17

    3.Plano Estratgico da Gesto Cultural | 19 Histrico | 19 Objetivos Estratgicos da Poltica Cultural | 19 Principais Pontos de Mudana na Poltica Cultural | 19

    4.Recursos para a Cultura | 20 Evoluo do Oramento da Cultura no Recife | 20 Recursos do SIC Sistema de Incentivo Cultura | 23 Recursos de Patrocnios e Convnios | 26 Composio do Oramento da Secretaria de Cultura | 30 Posicionamento do Recife no Plano Nacional | 34 Posicionamento do Recife no Plano Internacional | 39

    5.Diagnsticos e Desafios | 40 Economia da Cultura | 40 Msica | 42Audiovisual | 44Artes Cnicas | 47 Literatura e Bibliotecas | 48

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    Artes Visuais | 50 Design | 52Artesanato | 55 Patrimnio Cultural e Arquitetura | 56 Cultura Popular | 58 Formao Cultural | 60 Espaos Pblicos de Cultura | 61

    6.Diretrizes Gerais | 64 Diretrizes | 64

    7.Programas Estratgicos | 66 Programa Estratgico 1 Diversidade, Descentralizao e Direitos Culturais | 66

    Valorizao da Diversidade e da Cultura Local | 66

    Descentralizao Cultural | 69 Direitos Culturais | 70 Promoo de Polticas de Transversalidade | 70

    Programa Estratgico 2 Economia da Cultura | 71 Cultura e Turismo | 71 Fomento e Financiamento Produo Cultural | 74 Sistema de Incentivo Cultura | 76 Sistema Municipal de Informaes Culturais | 76 Gerao de Trabalho e Renda e Direitos do Trabalhador da Cultura | 76 Redes Culturais | 77 Cultura e Comunicao | 77

    Programa Estratgico 3 - Patrimnio Cultural e Arquitetura | 78 Proteo e Promoo do Patrimnio Cultural Material e Imaterial | 78 Sistema Municipal de Preservao do Patrimnio Cultural | 79 Sistema Municipal de Museus, Centros de Memria e Arquivos | 79 Cultura Afro-Brasileira | 80 Educao Patrimonial | 80

    Programa Estratgico 4 - Formao e Intercmbio Cultural | 81 Formao Cultural | 81 Formao de Pblico | 82 Promoo de Intercmbio Cultural | 83

    Programa Estratgico 5 - Gesto Pblica da Cultura | 84 Sistema Municipal de Cultura | 84 Gesto Democrtica | 84 Rede de Equipamentos Culturais | 85 Estrutura Administrativa | 87

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    PLANO MUNICIPAL DE CULTURA DO RECIFE

    Excelentssimo SenhorJosenildo Sinsio

    Presidente da Cmara de Vereadores do Recife

    Recife, 18 de novembro de 2008.

    Senhor Presidente,

    Encaminhamos a Vossa Excelncia e a seus ilustres pares, para que seja submetido deliberao desse poder Legislativo, o presente Projeto de Lei que institui o PlanoMunicipal de Cultura do Recife para 2009 a 2019.

    A elaborao dos Planos de Cultura Municipais, Estaduais e Nacional, numa aoconjunta do Poder Executivo e Sociedade Civil, e suas aprovaes pelas respectivasCasas Legislativas fazem parte do processo de implementao do Sistema Nacional deCultura e so peas fundamentais para a consolidao das polticas pblicas de culturacomo polticas de Estado.

    Construdo democraticamente pelo Poder Pblico e Sociedade Civil, o Plano Municipal deCultura do Recife, elaborado pelo Conselho Municipal de Poltica Cultural, representa aconsolidao de um grande pacto poltico no campo da cultura, que transformado emLei por essa Cmara, dar estabilidade institucional, assegurando a continuidade daspolticas pblicas de cultura que vm sendo implementadas nos ltimos anos e

    estruturando o desenvolvimento da cultura da nossa cidade, no horizonte dos prximosdez anos.

    O Plano define os conceitos de poltica cultural, apresenta diagnsticos e aponta osdesafios a serem enfrentados em cada rea cultural, formula diretrizes gerais eestrutura a interveno do governo municipal atravs de cinco programas estratgicosque agrupam tematicamente os planos, programas, projetos e aes a seremimplementadas a curto, mdio e longo prazo.

    Com este Plano o Recife segue a sua trajetria histrica de vanguarda poltica e cultural,devendo se constituir numa das primeiras cidades do pas a ter um Plano Municipal deCultura aprovado por sua Cmara de Vereadores.

    Contamos com o imprescindvel apoio dessa Casa Legislativa para que a nossa cidadedisponha de um consistente instrumento de planejamento estratgico, capaz de orientara gesto cultural do municpio e possibilitar, de forma transparente, o acompanhamentode sua implementao pela sociedade.

    E, confiando na aprovao deste Projeto de Lei, pela relevncia da matria de que trata,reiteramos a Vossa Excelncia e ilustres pares os nossos protestos de elevada estima edistinta considerao.

    Joo Paulo Lima e Silva

    Prefeito do Recife

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    PLANO MUNICIPAL DE CULTURA DO RECIFE

    PROJETO DE LEI N 032/2008

    Institui o Plano Municipal de Cultura do Recife

    para o decnio 2009-2019.

    O PREFEITO DO RECIFE, no uso das atribuies previstas no art. 26 da Lei OrgnicaMunicipal, submete Cmara Municipal do Recife o seguinte Projeto de Lei:

    Art. 1 Fica institudo o Plano Municipal de Cultura do Recife para o decnio de 2009-2019, conforme especificado no Anexo nico desta Lei.

    Art. 2 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Recife, 18 de novembro de 2008.

    Joo Paulo Lima e SilvaPrefeito do Recife

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    Anexo

    PLANO MUNICIPAL DE CULTURA DO RECIFE

    ApresentaoNeste inicio de sculo as grandes cidades do mundo esto passando por profundastransformaes, se renovando, se reinventando e ao mesmo tempo, na construo de suasidentidades, buscando se reencontrar com as suas origens, com o seu passado. Neste processocomplexo e conflitante, num ambiente de mltiplos tensionamentos, a cultura surge como ogrande fator de criatividade e humanizao do ambiente urbano, de coeso entre os diversosgrupos e indivduos que convivem nos seus espaos, se constituindo no verdadeiro elo derelacionamento entre o seu passado e futuro.

    O Recife vive este momento e tem sido palco, nos ltimos oito anos, de uma rica experincia de

    gesto cultural onde a cidade vem sendo repensada com ousadas propostas nas quais a culturaocupa um papel de centralidade, com polticas pblicas implementadas em todas as suas reas,com as mais diversas expresses e manifestaes sendo devidamente valorizadas, com a cidadeconquistando visibilidade como um importante plo cultural, se consolidando como a CapitalMulticultural do Brasil e entrando definitivamente nos circuitos internacionais da cultura.

    Este Plano representa a concluso de um ciclo, iniciado em 2001 com a criao da Secretaria deCultura e a elaborao do Plano Estratgico de Gesto Cultural para a Cidade do Recife, e o inciode um novo, onde estas polticas pblicas de cultura, construdas democraticamente com asociedade ao longo destes oito anos, so institucionalizadas e consolidadas pelo LegislativoMunicipal como Polticas de Estado.

    o principal legado que a atual gesto e o Conselho Municipal de Poltica Cultural deixam cidade do Recife, definindo conceitos e princpios de poltica cultural, apresentando um amplodiagnstico e apontando os desafios a serem superados, pensando e estruturando odesenvolvimento cultural da cidade no horizonte dos prximos dez anos. Propondo uma polticade transversalidade onde a cultura atue integrada s outras reas da gesto e interagindo com adinmica da cidade e dos cidados.

    Com este Plano o Recife segue o caminho de outras cidades do mundo, como Barcelona eBuenos Aires, com as quais tem mantido uma relao de cooperao e que j tm uma tradiode planejar estrategicamente a gesto da cultura. As experincias destas cidades foramreferenciais importantes na formulao deste documento.

    O significado deste Plano Municipal transcende a cidade do Recife e representa, tambm, umaimportante contribuio construo do Sistema Nacional de Cultura, estimulando outrascidades do pas a seguirem o seu exemplo.

    Este grande desafio foi vencido pelo total envolvimento dos integrantes de nossa equipe e deoutros rgos governamentais e, principalmente, dos representantes da sociedade civil, emtodas as etapas de sua construo.

    Nos sentimos muito orgulhosos por este processo e pelo excelente produto resultante destaousadia democrtica.

    Joo Roberto Costa do Nascimento (Peixe)

    Secretrio de Cultura e Presidente do Conselho Municipal de Poltica Cultural

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    PlanoMunicipal

    de Culturado Recife1. Introduo

    A Importncia do Plano Municipal de Cultura

    Os Planos Municipais, Estaduais e Nacional so peas fundamentais para a consolidaodas polticas pblicas de cultura como polticas de Estado, no processo deimplementao do Sistema Nacional de Cultura.

    Este Plano Municipal de Cultura consolida o processo em curso na cidade do Recife.

    Elaborado pelo Conselho Municipal de Poltica Cultural, resulta do Plano Estratgico deGesto Cultural para a Cidade do Recife, das diretrizes aprovadas na Plenria Final daIII Conferncia Municipal de Poltica Cultural do Recife, das idias e propostasapresentadas por intelectuais, artistas, produtores, gestores pblicos e privados e doscidados recifenses que participaram dos Fruns Permanentes, dos debates pblicos e

    das Pr-Conferncias que antecederam a Conferncia Municipal e, especialmente, dascontribuies dos conselheiros que participaram das Comisses Temticasresponsveis pelo aprofundamento das discusses sobre os seus cinco eixos

    estratgicos e das reunies do Pleno que o aprovou, aps um amplo, rico e democrticodebate.

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    Construdo democraticamente pelo Poder Pblico e Sociedade Civil representa ainstitucionalizao das polticas pblicas de cultura que vm sendo implementadas nacidade nos ltimos anos, que agora ultrapassam o patamar de Polticas de Governo paratornarem-se Polticas de Estado. Este Plano significa a consolidao de um grande pactopoltico no campo da cultura que, transformado em Lei pela Cmara de Vereadores,

    dar estabilidade institucional, assegurando a continuidade das polticas pblicas decultura.

    O Plano define os conceitos de poltica cultural, apresenta diagnsticos e aponta osdesafios a serem enfrentados em cada rea cultural da cidade do Recife, formuladiretrizes gerais e estrutura a interveno do governo municipal atravs de cincoprogramas estratgicos que agrupam tematicamente os planos, programas, projetos eaes a serem implementados nos prximos dez anos.

    O Plano constitui o Sistema Municipal de Cultura e representa uma importantecontribuio do Recife para implementao do Sistema Nacional de Cultura, estimulandoque outras cidades e estados brasileiros tambm elaborem seus Planos de Cultura.

    Tem como referenciais norteadores, a nvel internacional, a Agenda 21 da Cultura e aConveno da Unesco sobre a Proteo e Promoo da Diversidade das ExpressesCulturais, e, a nvel nacional, a proposta do Plano Nacional de Cultura aprovada peloConselho Nacional de Poltica Cultural. Considerou, ainda, a nvel local, as diretrizes depoltica cultural expressas no documento Pernambuco Nao Cultural.

    Foi importante, tambm, para a sua fundamentao os dados socioeconmicos e degesto pblica resultantes dos estudos e pesquisas de mbito nacional, realizados peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), em parceria com o Ministrio daCultura, e, localmente, as informaes contidas no documento Turismo e Cultura, da

    pesquisa Empresa & Empresrios, elaborada pela TGI Consultoria em Gesto, emconjunto com o Instituto da Gesto e Ceplan Consultoria Econmica e Planejamento.

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    2. Concepo da Poltica Cultural

    O Papel do Estado na Gesto Pblica da Cultura

    A cultura um direito fundamental do ser humano e ao mesmo tempo um importantevetor de desenvolvimento econmico e de incluso social. uma rea estratgica para odesenvolvimento do pas. Sem dirigismo e interferncia no processo criativo, ao Estadocabe assumir plenamente seu papel no planejamento e fomento das atividadesculturais, na preservao e valorizao do patrimnio cultural material e imaterial dopas e na estruturao da economia da cultura, sempre considerando em primeiro planoo interesse pblico e o respeito diversidade cultural.

    Cada vez mais a cultura ocupa um papel central no processo de desenvolvimento dascidades, exigindo das gestes locais o planejamento e a implementao de polticas

    pblicas que respondam aos novos desafios do mundo contemporneo. Polticas quevalorizem as razes histricas e culturais das cidades, que reconheam e promovam adiversidade das expresses culturais presentes em seus territrios, que intensifiquem astrocas e os intercmbios culturais, que democratizem os processos decisrios e o acessoaos bens e servios culturais, que trabalhem a cultura como um importante fator dedesenvolvimento econmico e de coeso social.

    Uma Concepo Ampla de Cultura

    A cultura deve ser considerada sempre em suas trs dimenses: 1) enquanto produo

    simblica, tendo como foco a valorizao da diversidade das expresses e dos valoresculturais; 2) enquanto direito de cidadania, com foco na universalizao do acesso cultura e nas aes de incluso social atravs da cultura; e 3) enquanto economia,com foco na gerao de emprego e de renda, no fortalecimento de cadeias produtivas ena regulao da produo cultural e dos direitos autorais, considerando asespecificidades e valores simblicos dos bens culturais. Adotar essa concepo implicaem reconhecer a cultura como fenmeno plural e implementar uma poltica capaz deresponder s demandas oriundas das suas diferentes manifestaes, desde osconhecimentos e as artes tradicionais at os mais elaborados produtos culturais da altatecnologia. , exatamente na condio de sujeitos e produtores de cultura, encaradanessas trs indissociveis dimenses, que os cidados devem ser chamados a participarda elaborao da poltica cultural da cidade.

    Esta concepo ampla de cultura implica em considerar todos os indivduos, e noapenas os artistas, como sujeitos e produtores de cultura. nesta condio de agentesculturais, que o conjunto dos cidados deve se constituir no foco das atividades eprojetos da administrao governamental.

    Recife Multicultural A Valorizao da Diversidade

    Uma poltica cultural democrtica reconhece a existncia de mltiplas culturas dentro deuma mesma sociedade. Entendendo a cidade como o grande cenrio da produo

    cultural contempornea - um espao de liberdade e de encontro dos diferentes devebuscar estimular a autonomia dos diferentes grupos culturais, facilitar os canais decomunicao com o poder pblico e, principalmente, promover um dilogo intercultural

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    envolvendo todos os atores presentes na cena cultural da cidade. Um dilogo queultrapasse as fronteiras territoriais do municpio e se estenda outras cidades do pas edo mundo.

    Ao Estado cabe reconhecer, valorizar, dar visibilidade e apoiar as mltiplas expressesculturais, contemplando as diversas manifestaes: eruditas e populares; profissionais e

    experimentais; consagradas e emergentes; e, reconhecendo as dinmicas inovadoras,tambm aquelas gestadas nos diferentes movimentos sociais comunitrios, religiosos,tnicos, de gnero, entre outros.

    O conceito de uma autntica multiculturalidade deve estar associado umbilicalmente valorizao da diversidade cultural e ao fortalecimento da democracia cultural.

    A cidade do Recife teve uma formao histrica caracterizada pelo encontro das culturasindgenas, africanas e europias, com a forte presena dos colonizadores portugueses eholandeses, e, posteriormente, ao longo do ltimo sculo, de migrantes das maisdiversas nacionalidades. A cena cultural recifense resultante desse processo histricoe as polticas pblicas devem buscar prioritariamente fortalecer a sua identidade comocidade multicultural, valorizando todas as suas expresses culturais tendo como metaestratgica para os prximos dez anos consolidar o Recife como a Capital Multiculturaldo Brasil.

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    3. Plano Estratgico de Gesto CulturalHistrico

    A Secretaria de Cultura do Recife, criada em julho de 2001, elaborou e implementou nosltimos sete anos o Plano Estratgico de Gesto Cultural para a Cidade do Recife, o qualfoi enriquecido ao longo dos anos no debate com a sociedade civil, atravs das diversasinstncias de participao criadas pelo Governo Municipal: Plenrias Anuais de Culturado Oramento Participativo, Frum Temtico de Cultura do Oramento Participativo,Conselho Municipal de Poltica Cultural, Fruns Permanentes e Conferncias Municipaisde Cultura.

    O Plano Estratgico adotou como princpios bsicos que orientaram todas as suas aes,a pluralidade, a participao e a valorizao da cultura local, definindo objetivosestratgicos para a gesto cultural da cidade e assinalando os principais pontos de

    mudana que deviam marcar a poltica cultural.

    Objetivos Estratgicos da Poltica Cultural

    Desenvolver a cultura em todos os seus campos como expresso eafirmao de identidade.

    Democratizar o acesso e descentralizar as aes culturais, nummovimento de mo dupla centro-periferia / periferia-centro.

    Inserir a cultura no processo econmico como fonte de gerao edistribuio de renda.

    Consolidar o Recife no circuito nacional e internacional da cultura.

    Principais Pontos de Mudana na Poltica Cultural

    Implementar um modelo de gesto moderna, transparente e democrtica. Viabilizar uma poltica cultural ampla e integrada no espao

    metropolitano.

    Dar visibilidade, estimular e valorizar a produo cultural local. Estimular, atravs da cultura, o exerccio da cidadania e da autoestima

    dos recifenses, especialmente dando aos jovens uma perspectiva defuturo com dignidade.

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    4. Recursos para a CulturaEvoluo do Oramento da Cultura no Recife

    Com a criao da Secretaria de Cultura, no ano de 2001, alm de ter um rgoespecfico para a sua gesto, a rea da cultura passou a ter um oramento prprio queteve uma evoluo crescente nos ltimos oito anos, saindo do percentual de 1,33% doOramento do Municpio, no ano de 2001 para 3,73 % em 2008, chegando em 2007 aatingir 3,94%. No perodo de 2001 a 2004, primeira gesto do Prefeito Joo Paulo, opercentual mdio do oramento da cultura foi de 2,53% e no perodo de 2005 a 2008,correspondente sua segunda gesto, foi de 3,55%. Anualmente, se somam a esteoramento os recursos do Sistema de Incentivo Cultura, provenientes de rennciafiscal do Municpio. Com a criao, na estrutura da Secretaria de Cultura, da Diretoria deCaptao de Recursos e Marketing Cultural foi possvel com o seu trabalho ampliarainda mais os recursos para a cultura, atravs de convnios com instituies

    governamentais e de patrocnios de empresas pblicas e privadas. O SIC acrescenta aooramento da cultura, anualmente, recursos em torno de 2,0% e os patrocnios econvnios, em torno de 10,0% do oramento da Secretaria de Cultura. importanteressaltar, ainda, que outros rgos da Prefeitura do Recife tambm investem na cultura,a exemplo das obras de preservao da memria urbana e do Complexo TursticoCultural Recife/Olinda realizadas com recursos oramentrios da Secretaria dePlanejamento Participativo, Obras e Desenvolvimento Urbano e Ambiental, da Secretariade Servios Pblicos e da URB - Empresa de Urbanizao do Recife, dos eventosrealizados pela Secretaria de Turismo, das atividades culturais realizadas pela Secretariade Educao, Esportes e Lazer e das aes de divulgao da programao culturalrealizadas pela Secretaria de Gesto Estratgica e Comunicao, entre outras.

    ANO ORAMENTOMUNICPIO (R$)

    ORAMENTOSEC. CULTURA (R$)

    %

    2001 668.741.412,00 8.920.875,00 1,33

    2002 863.369.440,00 27.654.420,00 3,20

    2003 959.399.486,00 25.165.363,00 2,62

    2004 1.151.284.696,00 30.430.243,00 2,64

    2005 1.179.550.368,00 33.064.860,00 2,80

    2006 1.349.676.608,00 47.251.411,00 3,50

    2007 1.622.790.923,00 63.894.202,00 3,94

    2008* 1.838.717.539,00 68.640.510,30 3,73

    TOTAL 2001 A 2008 9.633.530.472,00 305.021.884,30 3,17

    TOTAL 2001 A 2004 3.642.795.034,00 92.170.901,00

    TOTAL 2005 A 2008 5.990.735.438,00 212.850.983,30

    MDIA 2001 A 2004 23.042.725,25 2,53

    MDIA 2005 A 2008 53.212.745,83 3,55

    PREFEITURA DO RECIFE

    SECRETARIA DE CULTURAEVOLUO DO ORAMENTO - 2001 A 2008

    * Para o ano de 2008 foi considerada a posio do oramento at o ms de outubro.

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    PREFEITURA DO RECIFE

    EVOLUO DOS RECURSOS PARA A CULTURA2001 A 2008

    ANO TOTAL RECURSOSCULTURA (R$)

    ORAMENTOSECRETARIACULTURA (R$)

    % SIC (R$) % PATROCNIOS ECONVNIOS (R$)

    %

    2001 10.266.427,55 8.920.875,00 86,89 662.552,55 6,45 683.000,00 6,652002 29.140.523,76 27.654.420,00 94,90 824.000,89 2,83 662.102,87 2,27

    2003 29.817.618,60 25.165.363,00 84,40 761.249,69 2,55 3.891.005,91 13,052004 36.981.297,72 30.430.243,00 82,29 765.464,72 2,07 5.785.590,00 15,64

    2005 41.686.043,68 33.064.860,00 79,32 878.858,92 2,11 7.742.324,76 18,572006 55.377.475,84 47.251.411,00 85,33 783.313,73 1,41 7.342.751,11 13,26

    2007 72.259.425,57 63.894.202,00 88,42 995.186,57 1,38 7.370.037,00 10,202008* 76.951.472,73 68.640.510,30 89,20 746.950,00 0,97 7.564.012,43 9,83

    TOTAL 2001 A 2008 352.480.285,45 305.021.884,30 86,54 6.417.577,07 1,82 41.040.824,08 11,64

    TOTAL 2001 A 2004 10 6.2 05 .86 7,6 3 9 2.1 70 .9 01 ,0 0 8 6,79 3.01 3.2 67 ,8 5 2 ,8 4 1 1.0 21 .6 98,78 1 0,3 8

    TOTAL 2005 A 2008 24 6.2 74 .41 7,8 2 2 12 .8 50 .9 83 ,3 0 8 6,43 3.40 4.3 09 ,2 2 1 ,3 8 3 0.0 19 .1 25,30 1 2,1 9

    MDIA 2001 A 2004 23.042.725,25 753.316,96 2.755.424,70MDIA 2005 A 2008 53.212.745,83 851.077,31 7.504.781,33

    SECRETARIA DE CULTURA

    * Para o ano de 2008 foi considerada a posio do oramento at o ms de outubro.

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    Recursos do SIC Sistema de Incentivo Cultura

    O Sistema de Incentivo Cultura do Recife, institudo no ano de 1996 atravs da Lei n16.215/96, realiza, anualmente, uma seleo de Projetos Culturais atravs de EditalPblico, utilizando a modalidade do mecenato, com o uso do mecanismo da rennciafiscal do ISS, pelo Municpio. A Lei atual prev como limite da renncia o valor

    correspondente a 1,0% da receita do ISS do ano anterior. Nos ltimos sete anos, de2001 a 2007, o SIC aprovou projetos no montante de R$ 6.793.086,19, sendo captadopelos proponentes o montante de R$ 5.670.627,07. Os valores autorizados anualmentepara captao variaram de 0,50% a 0,68% do valor da receita do ISS do ano anterior,com um percentual mdio de 0,55% para o perodo. Os valores captados anualmente,tambm apresentaram variaes, sendo o ano de 2002 o que atingiu o percentual maisalto de captao, com 99,52% e o ano de 2006 o que apresentou o menor percentual,com 65,28% do valor aprovado. A mdia de captao nestes sete anos correspondente 83,48% do valor aprovado, considerado um nvel elevado de captao secomparado com o da Lei Rouanet, por exemplo, que de apenas 20,0%.

    Apesar de se justificar pela grande vitalidade destes segmentos, se constata umagrande concentrao dos recursos nos projetos de Msica, Artes Cnicas e Audiovisual,que juntos atingem 77,80% do total. A garantia prevista no Edital, a partir do ano de2005, de contemplar pelo menos um projeto de cada segmento cultural contribuiu paradiminuir esta concentrao, no entanto, ainda insuficiente. Outras iniciativas devem sertomadas para estimular que os demais segmentos tenham uma maior participao noEdital e na partilha dos recursos. necessrio, tambm, atualizar a Lei n 16.215/96com relao incluso de outros segmentos culturais como artesanato, design, artesdigitais, formao cultural, entre outros, bem como para promover as alteraesnecessrias para compatibiliz-la com as novas polticas culturais, especialmente sreferentes ao financiamento pblico da cultura.

    Alm da atualizao da Lei n 16.215/96, urgente a regulamentao do FundoMunicipal de Cultura, j previsto na atual legislao, inclusive para possibilitar astransferncias de recursos dos Fundos Nacional e Estadual de Cultura, como previstono processo de funcionamento do Sistema Nacional de Cultura.Como o valor autorizado para captao nos ltimos sete anos tem ficado em torno de0,50% da receita do ISS do ano anterior e os fruns da cultura propem que estepercentual seja de, no mnimo, 1,00%, a posio mais equilibrada dividir os recursosdo SIC, permanecendo com 0,50% para o mecenato e disponibilizando mais 0,5% parao Fundo Municipal de Cultura, atingindo o mnimo de 1,00% proposto e possibilitandocom o seu funcionamento a ampliao dos Editais Especficos para as diversas reas dacultura, contemplando especialmente aquelas iniciativas de grande importncia culturale de pouco potencial de captao por no serem do interesse mercadolgico dasempresas.

    No plano nacional, importante assinalar as mudanas previstas para a Lei Rouanet e acriao de novos mecanismos de financiamento, a serem realizadas pelo Ministrio daCultura e, a nvel local, as mudanas j implementadas nos dois ltimos anos peloGoverno do Estado, atravs da Fundarpe, com alteraes no processo e nos critrios deseleo do Funcultura e, principalmente, com o aumento significativo dos recursosdisponibilizados para os Editais Pblicos.

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    SECRETARIA DE CULTURARELAO DA RECEITA DO ISS COM O SIC - 2001 A 2008

    ANO RECEITA ISS(R$)

    ANO SIC/AUTORIZADO(R$)

    % SIC/ISS

    1999 96.476.355,04

    2000 112.444.287,12 2001 765.597,57 0,682001 134.516.376,57 2002 827.999,39 0,62

    2002 150.842.202,51 2003 799.999,60 0,53

    2003 166.505.220,25 2004 900.000,00 0,54

    2004 201.907.808,36 2005 999.489,16 0,50

    2005 233.955.861,86 2006 1.200.000,00 0,51

    2006 260.103.938,76 2007 1.300.000,11 0,50

    2007 286.032.266,10 2008 1.500.000,00 0,52

    2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 TOTAL

    APROVADO 765.597,57 827.999,39 799.999,96 900.000,00 999.489,16 1.200.000,00 1.300.000,11 6.793.086,19CAPTADO 662.552,55 824.000,89 761.249,69 765.464,72 878.858,92 783.313,73 995.186,57 5.670.627,07% CAPTADO 86,54% 99,52% 95,16% 85,05% 87,93% 65,28% 76,55% 83,48%

    SIC - SISTEMA DE INCENTIVO CULTURAEVOLUO - 2001 A 2007

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    RECURSOS APROVADOS POR SEGMENTO CULTURAL2001 A 2008

    SEGMENTO 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 TOTAL

    MSICA 303. 079, 00 255. 710, 25 272. 668, 57 276. 000, 00 324. 119, 38 365. 701, 36 434. 625, 63 534. 720, 00 2.766.624,19ARTES CNICAS 182. 809, 00 241. 576, 78 180. 000, 00 251. 000, 00 281. 472, 19 361. 510, 36 279. 959, 75 333. 861, 00 2.112.189,08

    CINEMA, VDEO E FOTO 191. 470, 57 134. 198, 03 118. 000, 00 163. 000, 00 111. 200, 00 225. 607, 09 310. 624, 17 317. 842, 00 1.571.941,86ARTES GRFICAS E PLSTICAS 40. 372, 57 88. 736, 00 70. 675, 40 110. 000, 00 37. 478, 90 89. 662, 02 91. 077, 86 142. 516, 00 670.518,75

    LITERATURA 17.910, 00 14. 030,00 61. 183,64 40. 000,00 57. 773,69 61.654, 90 92.037, 28 90. 131, 00 434.720,51PESQUISA CULTURAL 0 93.748,33 0,00 0 26.302,00 70.715,29 65.963,42 30.980,00 287.709,04SEGMENTOS INTEGRADOS/OUTROS 30.000,00 0,00 60.000,00 60.000,00 126.543,00 0,00 0,00 0,00 276.543,00

    PATRIMNIO E ARQUITETURA 0 0 37.472,35 0 34.600,00 23.149,00 25.712,00 49.950,00 170.883,35TOTAL 765.641,14 827.999,39 799.999,96 900.000,00 999.489,16 1.198.000,02 1.300.000,11 1.500.000,00 8.291.129,78

    SISTEMA DE INCENTIVO CULTURA - SIC

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    Recursos de Patrocnios e Convnios

    Os recursos provenientes de patrocnios so captados junto s empresas pblicas eprivadas com a utilizao da Lei Rouanet ou atravs de recursos de marketing direto dasempresas. A captao via Lei Rouanet foi iniciada no ano de 2003, tendo umcrescimento progressivo nos quatro primeiros anos e se mantido praticamente nomesmo patamar nos dois ltimos. a de maior peso, representando quase a metadedos recursos captados. A via marketing direto e a de convnios tm apresentadograndes variaes, tendo a primeira um peso maior que a segunda. Com relao participao das empresas, tanto via Lei Rouanet quanto por marketing direto h umapresena um pouco maior de empresas estatais.

    ANO TOTALRECURSOS

    CAPTADOS

    PATROCNIOSLEI ROUANET

    % PATROCNIOSMARKETING

    DIRETO

    % CONVNIOS %

    2001 683.000,00 0,00 0,00 433.000,00 63,40 250.000,00 36,602002 662.102,87 0,00 0,00 510.002,87 77,03 152.100,00 22,972003 3. 891. 005, 91 1. 785. 000, 00 45, 88 1. 456. 205, 91 37, 42 649. 800, 00 16, 702004 5. 785. 590, 00 2. 252. 000, 00 38, 92 2. 658. 600, 00 45, 95 874. 990, 00 15, 122005 7. 742. 324, 76 2. 620. 000, 00 33, 84 3. 780. 406, 00 48, 83 1. 341. 918, 76 17, 332006 7. 342. 751, 11 3. 210. 000, 00 43, 72 2. 714. 934, 00 36, 97 1. 417. 817, 11 19, 312007 7. 370. 037, 00 3. 930. 000, 00 53, 32 2. 248. 522, 00 30, 51 1. 191. 515, 00 16, 172008* 7. 564. 012, 43 1. 710. 000, 00 22, 61 3. 936. 612, 43 52, 04 1. 917. 400, 00 25, 35

    TOTAL 2001 A 2008 41.040.824,08 15.507.000,00 37,78 17.738.283,21 43,22 7.795.540,87 18,99

    TOTAL 2001 A 2004 11.021. 698, 78 4. 037. 000, 00 36, 63 5. 057. 808, 78 45, 89 1. 926. 890, 00 17, 48

    TOTAL 2005 A 2008 30.019.125,30 11.470.000,00 38,21 12.680.474,43 42,24 5.868.650,87 19,55

    MDIA 2001 A 2004 2. 755. 424, 70 1. 009. 250, 00 36, 63 1. 264. 452, 20 45, 89 481. 722, 50 17, 48

    MDIA 2005 A 2008 7. 504. 781, 33 2. 867. 500, 00 38, 21 3. 170. 118, 61 42, 24 1. 467. 162, 72 19, 55

    SECRETARIA DE CULTURAEVOLUO DOS RECURSOS CAPTADOS - 2001 A 2008

    * Para o ano de 2008 foi considerada a captao at o ms de outubro.

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    SECRETARIA DE CULTURA

    EVOLUO DA CAPTAO DE RECURSOS VIA LEI ROUANET2001 A 2008

    ANO TOTAL CAPTAOLEI ROUANET

    (R$)

    EMPRESASESTATAIS (R$)

    % EMPRESASPRIVADAS (R$)

    %

    2001 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

    2002 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

    2003 1.785.000,00 1.110.000,00 62,18 675.000,00 37,82

    2004 2.252.000,00 1.520.000,00 67,50 732.000,00 32,50

    2005 2.620.000,00 2.540.000,00 96,95 80.000,00 3,05

    2006 3.210.000,00 1.090.000,00 33,96 2.120.000,00 66,04

    2007 3.930.000,00 1.880.000,00 47,84 2.050.000,00 52,16

    2008* 1.710.000,00 1.260.000,00 73,68 450.000,00 26,32

    TOTAL 2001 A 2008 15.507.000,00 9.400.000,00 60,62 6.107.000,00 39,38

    TOTAL 2001 A 2004 4.037.000,00 2.630.000,00 65,15 1.407.000,00 34,85

    TOTAL 2005 A 2008 11.470.000,00 6.770.000,00 59,02 4.700.000,00 40,98

    MDIA 2001 A 2004 657.500,00 351.750,00

    MDIA 2005 A 2008 1.692.500,00 1.175.000,00 * Para o ano de 2008 foi considerada a captao at o ms de outubro.

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    SECRETARIA DE CULTURA

    EVOLUO DA CAPTAO DE RECURSOS VIA MARKETING DIRETO2001 A 2008

    ANO TOTAL CAPTAOMARKETING

    DIRETO (R$)

    EMPRESASESTATAIS (R$)

    % EMPRESASPRIVADAS (R$)

    %

    2001 433.000,00 403.000,00 93,07 30.000,00 6,93

    2002 510.002,87 322.500,00 63,23 187.502,87 36,77

    2003 1.456.205,91 897.000,00 61,60 559.205,91 38,40

    2004 2.658.600,00 1.494.000,00 56,19 1.164.600,00 43,81

    2005 3.780.406,00 2.334.406,00 61,75 1.446.000,00 38,25

    2006 2.714.934,00 1.584.934,00 58,38 1.130.000,00 41,62

    2007 2.248.522,00 1.351.522,00 60,11 897.000,00 39,89

    2008* 3.936.612,43 1.761.000,94 44,73 2.175.611,49 55,27

    TOTAL 2001 A 2008 17.738.283,21 10.148.362,94 57,21 7.589.920,27 42,79

    TOTAL 2001 A 2004 5.057.808,78 3.116.500,00 61,62 1.941.308,78 38,38

    TOTAL 2005 A 2008 12.680.474,43 7.031.862,94 55,45 5.648.611,49 44,55

    MDIA 2001 A 2004 779.125,00 485.327,20

    MDIA 2005 A 2008 1.757.965,74 1.412.152,87 * Para o ano de 2008 foi considerada a captao at o ms de outubro.

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    SECRETARIA DE CULTURA

    EVOLUO DA CAPTAO DE RECURSOS VIA CONVNIOS2001 A 2008

    ANO TOTAL CAPTAOCONVNIOS (R$)

    GOVERNOFEDERAL (R$)

    % GOVERNOESTADUAL (R$)

    % INSTITUIESPRIVADAS (R$)

    %

    2001 250.000,00 0,00 0,00 250.000,00 100,00 0,00 0,00

    2002 152.100,00 0,00 0,00 100.000,00 65,75 52.100,00 34,252003 649.800,00 70.000,00 10,77 550.000,00 84,64 29.800,00 4,59

    2004 874.990,00 350.000,00 40,00 400.000,00 45,71 124.990,00 14,282005 1.341.918,76 650.000,00 48,44 300.000,00 22,36 391.918,76 29,212006 1.417.817,11 537.884,11 37,94 636.200,00 44,87 243.733,00 17,19

    2007 1.191.515,00 641.370,00 53,83 488.545,00 41,00 61.600,00 5,172008* 1.917.400,00 138.000,00 7,20 1.705.000,00 88,92 74.400,00 3,88

    TOTAL 2001 A 2008 7.795.540,87 2.387.254,11 30,62 4.429.745,00 56,82 978.541,76 12,55

    TOTAL 2001 A 2004 1.926.890,00 420.000,00 21,80 1.300.000,00 67,47 206.890,00 10,74

    TOTAL 2005 A 2008 5.868.650,87 1.967.254 ,1 1 33,52 3 .1 29.745,00 53 ,3 3 771.65 1,76 13,15

    MDIA 2001 A 2004 105.000,00 325.000,00 51.722,50

    MDIA 2005 A 2008 491.813,53 782.436,25 192.912,94 * Para o ano de 2008 foi considerada a captao at o ms de outubro.

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    Composio do Oramento da Secretaria de Cultura

    Na composio do oramento da Secretaria de Cultura os itens que apresentam osmaiores custos so os referentes aos eventos dos ciclos culturais e promoo deaes culturais que, juntos, somam 60,80%, a seguir vem o item pessoal com 27,17%.Estes itens representam 87,97% do oramento, restando apenas 12,03% para osdemais. Evidencia-se a necessidade de um reequilbrio na composio do oramento,com uma melhor distribuio dos recursos disponveis, a fim de possibilitar que oconjunto dos projetos/atividades possa ser desenvolvido e as aes previstas realizadas.

    SECRETARIA DE CULTURACOMPOSIO DO ORAMENTO DA CULTURAANO 2007

    PROJETO/ATIVIDADE %

    CICLOS CULTURAIS CARNAVAL, SO JOO E NATAL 40,75PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 27,17PROMOO DE AES CULTURAIS 20,05

    APOIO ADMINISTRATIVO S AES DA SECULT 3,99

    PROGRAMAO DOS EQUIPAMENTOS CULTURAIS 2,46MANUTENO DOS EQUIPAMENTOS CULTURAIS 1,70INVESTIMENTOS EM EQUIP. E BENS CULTURAIS 1,23COORDENAO DA POLTICA CULTURAL 1,12DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA DA CULTURA 0,48

    ENCARGOS COM BENEFCIOS AOS SERVIDORES 0,45COMPLEXO TURSTICO CULTURAL RECIFE/OLINDA 0,35PRESERVAO DA MEMRIA URBANA 0,19

    ENCARGOS COM OBRIGAES TRIBUTRIAS 0,07

    TOTAL GERAL 100,00

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    CARNAVAL MULTICULTURAL DO RECIFE

    EVOLUO DOS CUSTOS E DAS FONTES DE RECURSOS - 2001 A 2008

    ANO CUSTO TOTAL DOCARNAVAL (R$)

    RECURSOS SECULT(R$)

    % RECURSOS OUTROSRGOS PCR (R$)

    % RECURSOSPATROCNIOS ECONVNIOS (R$)

    %

    2001 3.757.846,35 3.607.846,35 96,01% 0,00 0,00% 150.000,00 3,99%2002 4.855.914,93 4.821.914,93 99,30% 0,00 0,00% 34.000,00 0,70%

    2003 8.675.123,86 6.684.123,86 77,05% 0,00 0,00% 1.991.000,00 22,95%2004 10.298.733,46 7.236.733,46 70,27% 0,00 0,00% 3.062.000,00 29,73%

    2005 12.128.131,54 6.970.078,68 57,47% 2.048.052,86 16,89% 3.110.000,00 25,64%2006 17.073.658,49 9.545.085,68 55,91% 2.828.572,81 16,57% 4.700.000,00 27,53%2007 2 4.87 0.15 4,69 1 7.09 9.4 73,7 6 6 8,75 % 3 .680 .680 ,93 14 ,80% 4 .090 .000 ,00 16 ,45%

    2008 3 6.75 8.14 0,87 2 3.09 1.0 09,7 7 6 2,82 % 9 .237 .131 ,10 25 ,13% 4 .430 .000 ,00 12 ,05%

    11 8.41 7.70 4,19 7 9.0 56.2 66,4 9 66,7 6% 17 .794 .437 ,70 1 5,03% 21 .567 .000 ,00 1 8,21%

    2001 A 2004 27.587.618,60 22.350.618,60 81,02% 0,00 0,00% 5.237.000,00 18,98%

    2005 A 2008 9 0.83 0.08 5,59 5 6.70 5.6 47,8 9 62,43 % 17 .794 .437 ,70 1 9,59% 16 .330 .000 ,00 1 7,98%

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    SECRETARIA DE CULTURARELAO ENTRE O ORAMENTO DA SECRETARIA DE CULTURA

    E O ORAMENTO DO CARNAVAL MULTICULTURAL - 2001 A 2008

    ANO ORAMENTOTOTAL SECULT(R$)

    ORAMENTOSECULTCARNAVAL (R$)

    %

    2001 8.920.875,00 3.607.846,35 40,44

    2002 27.654.420,00 4.821.914,93 1 7,44

    2003 25.165.363,00 6.684.123,86 2 6,56

    2004 30.430.243,00 7.236.733,46 2 3,78

    2005 33.064.860,00 6.970.078,68 2 1,08

    2006 47.251.411,00 9.545.085,68 2 0,20

    2007 63.894.202,00 17.099.473,76 26,76

    2008 68.640.510,30 23.091.009,77 33,64

    TOTAL 305.021.884,30 79.056.266,49 25,92

    2001 A 2004 92.170.901,00 22.350.618,60 24,25

    2005 A 2008 212.850.983,30 56.705.647,89 26,64

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    ANO APOIOS E CACHS(R$)

    ACRSCIMOANO ANTERIOR(%)

    ACRSCIMO2001 (%)

    2001 420.940,002002 604.540,00 43,62 43,622003 857.870,00 41,90 103,802004 947.430,00 10,44 125,07

    2005 948.980,00 0,16 125,442006 1.173.940,00 23,71 178,892007 3.749.942,42 219,43 790,852008 4.185.150,00 11,61 894,24

    TOTAL 12.888.792,42

    2001 A 2008

    CARNAVAL MULTICULTURAL DO REC IFE

    APOIOS E CACHS

    INVESTIMENTOS NAS AGREMIAES CARNAVALESCAS

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    Posicionamento do Recife no Plano Nacional

    De acordo com a Pesquisa do IBGE, tendo como Ano Base 2005, o oramento dacultura da Prefeitura do Recife, correspondente 2,3% do Oramento Geral doMunicpio, , em termos percentuais, o segundo maior entre as capitais brasileiras,ficando abaixo apenas da Prefeitura da Cidade de Boa Vista, capital do Estado de

    Roraima, que foi de 3,1%. Como o percentual do oramento da cultura da Prefeitura doRecife nos anos seguintes foi de 3,5% (2006), 3,94% (2007) e 3,33% (2008), provvel que atualmente ocupe o primeiro lugar.

    ORAMENTO DA CULTURA NAS CAPITAIS BRASILEIRASCLASSIFICAO POR %

    ANO 2005 / FONTE IBGE

    CIDADE ORAMENTO

    MUNICPIO(R$)

    ORAMENTO

    CULTURA(R$)

    %

    1 BOA VISTA (RR) 245.683.983,08 7.623.046,97 3,10

    2 RECIFE (PE) 1.453.416.656,91 33.475.197,43 2,30

    3 ARACAJ (SE) 465.638.342,41 7.777.481,47 1,67

    4 RIO DE JANEIRO (RJ) 7.811.185.897,43 89.231.035,98 1,14

    5 TEREZINA (PI) 576.716.778,44 6.268.877,11 1,09

    6 PALMAS (TO) 248.131.157,00 2.541.915,00 1,02

    7 VITRIA (ES) 631.329.729,58 6.403.658,41 1,01

    8 PORTO ALEGRE (RS) 2.029.967.770,08 20.240.273,00 1,00

    9 SO PAULO (SP) 15.070.862.475,48 142.653.251,33 0,95

    10 CURITIBA (PR) 2.364.862.872,97 20.209.556,76 0,85

    11 SO LUS (MA) 793.027.075,97 6.488.051,79 0,82

    12 BELO HORIZONTE (MG) 2.877.636.926,56 23.235.992,32 0,81

    13 BELM (PA) 884.651.373,17 6.982.504,27 0,79

    14 GOINIA (GO) 1.289.169.912,18 9.636.348,00 0,75

    15 NATAL (RN) 613.045.480,74 4.192.232,10 0,68

    16 FLORIANPOLIS (SC) 430.516.657,55 2.726.224,80 0,63

    17 BRASLIA (DF) 6.862.631.401,03 43.349.796,00 0,63

    18 MACAP (AP) 182.725.066,15 1.056.016,60 0,58

    19 RIO BRANCO (AC) 220.551.003,90 1.042.656,87 0,47

    20 CAMPO GRANDE (MS) 794.928.372,09 3.484.390,25 0,4421 MANAUS (AM) 1.177.198.821,33 5.150.914,47 0,44

    22 FORTALEZA (CE) 1.740.422.822,34 4.716.262,29 0,27

    23 SALVADOR (BA) 1.445.211.981,70 2.949.205,79 0,20

    24 CUIAB (MT) 516.937.130,28 1.048.316,82 0,20

    25 PORTO VELHO (RO) 258.923.299,00 273.276,13 0,11

    26 MACEI (AL) 573.173.788,10 283.010,30 0,05

    27 JOO PESSOA (PB) 570.431.548,60 39.583,20 0,01

    TOTAL GERAL 52.128.978.324,07 453.079.075,46 0,87

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    De acordo com a Pesquisa do IBGE, tendo como Ano Base 2005, o oramento dacultura da Prefeitura do Recife, correspondente R$ 33.475.197,43 o quarto maiorentre as capitais brasileiras, ficando abaixo apenas das cidades de So Paulo, Rio deJaneiro e Braslia.

    ORAMENTO DA CULTURA NAS CAPITAIS BRASILEIRASCLASSIFICAO POR VALOR (R$)ANO 2005 / FONTE IBGE

    CIDADE ORAMENTOMUNICPIO(R$)

    ORAMENTOCULTURA(R$)

    %

    1 SO PAULO (SP) 15.070.862.475,48 142.653.251,33 0,95

    2 RIO DE JANEIRO (RJ) 7.811.185.897,43 89.231.035,98 1,14

    3 BRASLIA (DF) 6.862.631.401,03 43.349.796,00 0,63

    4 RECIFE (PE) 1.453.416.656,91 33.475.197,43 2,30

    5 BELO HORIZONTE (MG) 2.877.636.926,56 23.235.992,32 0,81

    6 PORTO ALEGRE (RS) 2.029.967.770,08 20.240.273,00 1,00

    7 CURITIBA (PR) 2.364.862.872,97 20.209.556,76 0,85

    8 GOINIA (GO) 1.289.169.912,18 9.636.348,00 0,75

    9 ARACAJ (SE) 465.638.342,41 7.777.481,47 1,67

    10 BOA VISTA (RR) 245.683.983,08 7.623.046,97 3,10

    11 BELM (PA) 884.651.373,17 6.982.504,27 0,79

    12 SO LUS (MA) 793.027.075,97 6.488.051,79 0,82

    13 VITRIA (ES) 631.329.729,58 6.403.658,41 1,0114 TEREZINA (PI) 576.716.778,44 6.268.877,11 1,09

    15 MANAUS (AM) 1.177.198.821,33 5.150.914,47 0,44

    16 FORTALEZA (CE) 1.740.422.822,34 4.716.262,29 0,27

    17 NATAL (RN) 613.045.480,74 4.192.232,10 0,68

    18 CAMPO GRANDE (MS) 794.928.372,09 3.484.390,25 0,44

    19 SALVADOR (BA) 1.445.211.981,70 2.949.205,79 0,20

    20 FLORIANPOLIS (SC) 430.516.657,55 2.726.224,80 0,63

    21 PALMAS (TO) 248.131.157,00 2.541.915,00 1,02

    22 MACAP (AP) 182.725.066,15 1.056.016,60 0,58

    23 CUIAB (MT) 516.937.130,28 1.048.316,82 0,20

    24 RIO BRANCO (AC) 220.551.003,90 1.042.656,87 0,47

    25 MACEI (AL) 573.173.788,10 283.010,30 0,05

    26 PORTO VELHO (RO) 258.923.299,00 273.276,13 0,11

    27 JOO PESSOA (PB) 570.431.548,60 39.583,20 0,01

    TOTAL GERAL 52.128.978.324,07 453.079.075,46 0,87

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    Considerando os dados da Pesquisa do IBGE, tendo como Ano Base 2005, o oramentoper capita da cultura na cidade do Recife, correspondente R$ 21,83, o segundomaior entre as capitais brasileiras, ficando abaixo apenas da cidade de Boa Vista, que de R$ 30,51.

    ORAMENTO DA CULTURA NAS CAPITAIS BRASILEIRASCLASSIFICAO VALOR PER CAPITA (R$)

    ANO 2005 / FONTE IBGE

    CIDADE ORAMENTOCULTURA(R$)

    POPULAO ORAMENTOPER CAPITA(R$)

    1 BOA VISTA (RR) 7.623.046,97 249.853 30,51

    2 RECIFE (PE) 33.475.197,43 1.533.580 21,83

    3 VITRIA (ES) 6.403.658,41 314.042 20,39

    4 BRASLIA (DF) 43.349.796,00 2.455.903 17,65

    5 ARACAJ (SE) 7.777.481,47 520.303 14,95

    6 RIO DE JANEIRO (RJ) 89.231.035,98 6.093.472 14,64

    7 PALMAS (TO) 2.541.915,00 178.386 14,25

    8 PORTO ALEGRE (RS) 20.240.273,00 1.420.667 14,25

    9 SO PAULO (SP) 142.653.251,33 10.886.518 13,10

    10 CURITIBA (PR) 20.209.556,76 1.797.408 11,24

    11 BELO HORIZONTE (MG) 23.235.992,32 2.412.937 9,63

    12 TEREZINA (PI) 6.268.877,11 779.939 8,04

    13 GOINIA (GO) 9.636.348,00 1.244.645 7,7414 FLORIANPOLIS (SC) 2.726.224,80 396.723 6,87

    15 SO LUS (MA) 6.488.051,79 957.515 6,78

    16 NATAL (RN) 4.192.232,10 774.230 5,41

    17 BELM (PA) 6.982.504,27 1.408.847 4,96

    18 CAMPO GRANDE (MS) 3.484.390,25 724.524 4,81

    19 RIO BRANCO (AC) 1.042.656,87 290.639 3,59

    20 MANAUS (AM) 5.150.914,47 1.646.602 3,13

    21 MACAP (AP) 1.056.016,60 344.153 3,07

    22 CUIAB (MT) 1.048.316,82 526.830 1,99

    23 FORTALEZA (CE) 4.716.262,29 2.431.415 1,94

    24 SALVADOR (BA) 2.949.205,79 2.892.625 1,02

    25 PORTO VELHO (RO) 273.276,13 369.345 0,74

    26 MACEI (AL) 283.010,30 896.965 0,32

    27 JOO PESSOA (PB) 39.583,20 674.762 0,06

    TOTAL GERAL 453.079.075,46 44.222.828 10,25

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    Posicionamento do Recife no Plano Internacional

    Com a economia da cultura crescendo num ritmo mais acelerado que o conjunto daeconomia mundial e a cultura ocupando um papel cada vez mais importante nodesenvolvimento das cidades, esta rea passou a ser tratada com prioridade pelosgovernos das mais importantes cidades do mundo, com reflexo direto na ampliao dos

    recursos destinados cultura nos seus oramentos.

    Tomando como referncia os estudos comparativos dos oramentos de algumas dasmais importantes cidades da Amrica Latina e Europa, consideradas refernciasculturais a nvel mundial, constantes do Plano Estratgico de Cultura da Cidade deBuenos Aires, podemos verificar que o oramento da Secretaria de Cultura do Recife(considerando a mdia dos ltimos quatro anos) tem um bom posicionamento nvelinternacional, ficando abaixo dos oramentos das cidades de Barcelona e Buenos Aires eacima dos oramentos das cidades de So Paulo, Madrid e Mxico.

    ORAMENTO DA CULTURA NAS CIDADES NO PLANO INTERNACIONALFONTE: PLANO ESTRATGICO DE CULTURA DA CIDADE DE BUENOS AIRES

    CIDADE %

    1 BARCELONA 4,70

    2 BUENOS AIRES 4,17

    3 RECIFE 3,43

    4 SO PAULO 1,29

    5 MADRID 1,18

    6 MEXICO 0,56

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    5. Diagnsticos e DesafiosEconomia da Cultura

    Hoje, num mundo globalizado, com o avano tecnolgico dos meios de transporte queencurtam cada vez mais as distncias entre as cidades e, especialmente, dos meios decomunicao que possibilitam a circulao instantnea das informaes a todos ospontos do planeta, a cultura passou a ser um dos ativos mais fortes da nova economiamundial, seja como contedo das informaes veiculadas nos meios de comunicao,seja pela fora das indstrias culturais no mercado global, seja pela crescente expansodo turismo cultural.

    Recife, desde sua formao, abriga povos das mais diversas procedncias, portadoresde credos, valores e culturas diferenciadas. Esta diversidade propiciou a formao deuma cidade culturalmente rica e mltipla, com uma intensa e criativa produo cultural

    em todas as linguagens artsticas e uma fortssima cultura popular.Toda esta imensa riqueza cultural a situa numa excelente posio no novo cenrio dacultura e da economia mundial e representa, hoje, um enorme potencial dedesenvolvimento para a cidade com a criao de oportunidades para seus artistas, arestaurao dos seus monumentos e bens culturais, a promoo da renovao urbana eda requalificao dos seus espaos pblicos, o desenvolvimento das suas indstriasculturais, o incremento do turismo cultural e, especialmente, a melhoria material eespiritual dos seus habitantes.

    Dois projetos estruturadores, tendo a cultura como eixo central, com papisdiferenciados e complementares, so fundamentais para a viabilizao deste processo

    de desenvolvimento: o Complexo Turstico Cultural Recife/Olinda e o ProgramaMulticultural do Recife.

    O Plano do Complexo Turstico Cultural Recife/Olinda prope um conjunto de aesestratgicas, apontando as intervenes prioritrias e a integrao dos programas jexistentes; as diretrizes de uso e ocupao do solo com os usos e atividadesrecomendados e tambm os indicativos de zoneamento e regulao. Prope ainda ummodelo de gesto, com a definio dos papis dos diferentes agentes pblicos eprivados que atuam na rea e as formas de cooperao entre eles, bem como aparticipao da sociedade no processo.

    No seu territrio, localizado na rea central da Regio Metropolitana do Recife,encontram-se os bens mais significativos do patrimnio cultural material e imaterial doEstado de Pernambuco. Tem como maiores referncias a Ilha do Bairro do Recife, beroda cidade, com sua rea porturia, casario ecltico e extraordinria beleza da paisagemnatural e o Stio Histrico de Olinda, tombado como Patrimnio Cultural da Humanidade.Possui uma significativa concentrao de equipamentos de grande porte j implantadose em implantao, voltados para a cultura, lazer, eventos, comrcio, tecnologia,comunicao e uma enorme capacidade para atrair novos investimentos.

    Por sua localizao privilegiada e a existncia de considerveis reas subutilizadas ouvazias, conta, hoje, com o maior volume de investimentos pblicos e privados na cidade,se constituindo na rea com maior potencial de desenvolvimento da regiometropolitana. Nove grandes programas e projetos governamentais j atuam nesta rea

    com grande volume de investimentos: Monumenta, Porto Digital, Prometrpole, ViaMangue, Capibaribe Melhor, Prodetur, Habitar Brasil/BID, Programa de Reabilitao dereas Urbanas Centrais e Programa de Habitao de Interesse Social.

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    Sendo um Plano previsto para execuo em 15 anos, tem, alm das diversas obrasconcludas e em execuo, um grande nmero de intervenes previstas para osprximos anos. Hoje, o seu maior desafio retomar o Modelo de Gesto, reativando oseu Ncleo Gestor integrado pelos Governos Municipais do Recife e Olinda, o Governode Pernambuco e o Governo Federal, para definio conjunta do formato da EntidadeImplementadora responsvel pelo desenvolvimento das operaes urbanas e demais

    aes necessrias sua implementao e instalao da Cmara Tcnica de Cultura eTurismo, visando facilitar o desenvolvimento de aes integradas de cultura e turismono territrio.

    O Programa Multicultural do Recife, atravs dos Festivais, dos Mercados e da Rede deRefinarias Multiculturais tem por objetivo central formar produtores, artistas e pessoaltcnico para o novo cenrio da economia da cultura na cidade do Recife. Tem comopblico alvo prioritrio os jovens na faixa etria compreendida entre os 16 e os 25 anos,particularmente aqueles que se encontram em situao de vulnerabilidade social expostos a drogas, violncia e marginalidade visando despertar o interesse pelacultura e capacit-los para atuar no mercado cultural. O Programa busca valorizar asmanifestaes culturais de cada RPA, contribuir para a criao, fortalecimento, formao

    e articulao de redes culturais entre os grupos locais, estimular a pesquisa e ainstalao de centros de referncia e memria e criar espaos para elaborao depolticas de promoo de direitos culturais das comunidades.

    Girando pela cidade, o Festival Multicultural o momento inicial de implantao dasaes do Programa em cada RPA. A partir do Cadastro Cultural da Cidade e do perfilscioeconmico, histrico-cultural e urbanstico da RPA, feito o mapeamento daregio. So relacionados os artistas, produtores e instituies que atuam na rea culturale os locais apropriados para as atividades e eventos. A partir destas informaes soidentificados os potenciais participantes do Festival para cursos, oficinas e eventos, bemcomo os parceiros, em um processo amplamente debatido e decidido entre gestores ecomunidade.

    Ao final de cada Festival realizado o Mercado Multicultural onde acontecemapresentaes culturais e so expostas e/ou comercializadas as produes das oficinas.

    A etapa mais avanada do Programa consiste, dentro de uma poltica dedescentralizao cultural, na implementao da Rede de Refinarias Multiculturais,constituda por equipamentos culturais de grande porte e alta qualidade, voltadas paraformao, produo e difuso cultural, localizados nas diversas RPAs da cidade. AsRefinarias so centros de referncia e articulao da produo cultural de cada RPA epontos de conexo desta produo com os circuitos culturais e tursticos da cidade,inserindo-os nas cadeias produtivas da economia da cultura.

    Os grandes desafios do Programa Multicultural, nos prximos anos, so: implementar a

    Rede de Refinarias, construir um modelo pedaggico que atenda s especificidades daformao cultural bsica e se articular com centros de nvel mdio e superior,possibilitando uma formao continuada dos alunos, assegurando uma maiorqualificao profissional e a conseqente insero no mercado cultural. Para vencerestes desafios imprescindvel uma maior articulao com os demais rgosgovernamentais municipais, estaduais e federais envolvidos com estas questes, paranuma atuao conjunta, como prevista no Sistema Nacional de Cultura, construiremum plano de formao cultural integrado.

    A compreenso do papel estratgico que a cultura pode desempenhar para odesenvolvimento da cidade fundamental para a definio das polticas pblicas para a

    rea, especialmente para os investimentos pblicos e privados para o setor.A maior barreira para o desenvolvimento da economia da cultura na cidade do Recifecontinua sendo a viso limitada que grande parte dos atores da poltica e da economia

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    local tem da cultura, vendo apenas o seu papel simblico, dando, ainda, poucaimportncia sua dimenso econmica.

    No entanto, alguns fatos so significativos para sinalizar que esta viso comea amudar: planos estruturadores de implementao em longo prazo, como o ComplexoTurstico Cultural Recife/Olinda e a Rede de Refinarias Multiculturais comeam a serimplementados por governos e iniciativa privada; a Prefeitura do Recife a que, hoje,

    proporcionalmente mais investe na cultura em todo o pas; o entendimento do tradeque a cultura o grande diferencial competitivo do Recife com relao outros destinostursticos da regio; os Centros Culturais de grande porte que esto sendoimplementados na cidade; a incluso do setor Turismo e Cultura, na dcima edio daconceituada pesquisa Empresa & Empresrios (que significa o reconhecimento do setor,pelos seus organizadores, como um dos dez mais importantes da economia do Estado);a importncia adquirida pelo Carnaval Multicultural do Recife no cenrio nacional einternacional; a estruturao de um Calendrio Cultural, com os eventos realizados emdatas previamente definidas, possibilitando uma maior profissionalizao da produo ea sua venda pelo setor turstico.

    Outra dificuldade para o fortalecimento da economia da cultura na cidade do Recife e no

    Estado de Pernambuco a falta de dados e indicadores sobre o desempenho do setor,como assinalado na pesquisa Empresa & Empresrios, o que dificulta a implementaode polticas pblicas para estimular o desenvolvimento das indstrias culturais e aatrao de novos investimentos pblicos e privados para a cultura.

    Em parte, esta deficincia est sendo sanada com as pesquisas realizadas pelo IBGE, emparceria com o Ministrio da Cultura, no entanto necessria a realizao de pesquisasmais especficas sobre o desempenho da cultura local, tendo um maior aprofundamentosobre a economia da cultura na cidade do Recife. Outro entrave a fragilidadeeconmica e baixo nvel organizacional dos empreendedores locais do setor cultural.

    Apesar destas dificuldades, a economia da cultura tem avanado muito nos ltimos

    anos. Os indicadores apontam para excelentes oportunidades de mercado para a culturapernambucana nos prximos anos e a cidade do Recife, estrategicamente posicionadacomo a Capital Multicultural do Brasil, dever ocupar lugar de destaque cada vez maiorno cenrio nacional e internacional da cultura e do turismo cultural.

    Msica

    A cidade do Recife tem na msica o smbolo maior da sua diversidade cultural.

    Com uma riqueza extraordinria de ritmos e gneros, a msica pernambucana ocupalugar de destaque no cenrio nacional e projeta-se cada dia mais no plano internacional,com artistas, grupos musicais e manifestaes da cultura popular apresentando-se empalcos de inmeros pases.

    Os avanos tecnolgicos tm provocado profundas mudanas no processo criativo e nomercado fonogrfico em todo o planeta. Conhecido como um pas de grande diversidadecultural e um dos mais importantes do cenrio musical internacional, o Brasil passa porum momento de crise na indstria fonogrfica e por uma redefinio da legislao dosdireitos autorais e da propriedade intelectual, com reflexos na produo musical em todoo pas.

    No estado de Pernambuco e, especialmente na cidade do Recife, nos ltimos anos o

    segmento musical local vem passando por muitas transformaes e conquistandoavanos. O principal deles diz respeito tecnologia. Muitos compositores de diversosgneros esto compondo, gravando e distribuindo suas msicas atravs de

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    computadores. uma forma de amenizar a atual situao do mercado, aps osurgimento macio da pirataria e a conseqente crise das gravadoras, que no estomais investindo no lanamento de novos talentos.

    Com essa real possibilidade de gravar e as facilidades advindas com as Leis de Incentivo Cultura (nas esferas federal, estadual e municipal), houve um significativo aumento nonmero de lanamentos de CDs e, em decorrncia, de shows. No Recife, os artistas

    contam com apresentaes em grandes casas como o Chevrolet Hall, os teatros daUFPE, Guararapes, Parque e Santa Isabel, e em espaos pblicos como as Praas doMarco Zero e Arsenal da Marinha, o Cais da Alfndega e a Rua da Moeda, no Bairro doRecife, o Ptio de So Pedro, no Bairro de So Jos e o Cais da Aurora, no Bairro da Boa

    Vista.

    Esses shows nos espaos pblicos so de acesso gratuito e em sua maior parterealizados pela Prefeitura do Recife nos grandes ciclos culturais, o Carnaval Multicultural,o So Joo e o Natal. O primeiro fez da Festa de Momo no Recife a mais diversificada detodo o pas, reunindo em vrios plos, centralizados e descentralizados, apresentaesda cultura popular e de grandes nomes da msica regional e nacional de diversosestilos. O So Joo do Recife consolidou-se como o mais autntico musicalmente,trazendo de volta para os principais palcos os grandes nomes do forr p-de-serra,tendo como resultado a recuperao do mercado dos festejos juninos pelos forrozeirostradicionais e casas especializadas em forr funcionando o ano inteiro, sempre lotadas.

    A incluso de artistas variados nas grades de programao das festividades movimentoua cidade tanto cultural quanto economicamente. Artistas locais, novos e veteranos dediversos estilos foram valorizados, ganharam novos espaos, passaram a recebermelhores cachs e a divulgar seus trabalhos para um pblico maior, conquistandoinclusive projeo nacional e internacional.

    A multiculturalidade tambm beneficiou e incentivou a diversidade de estilos existentesna msica pernambucana. Durante o Carnaval, o Natal e o So Joo, alm das msicas

    tradicionais de cada ciclo, gneros como o rock e a msica eletrnica vm tendo seuespao garantido nos palcos, o que antes no acontecia, possibilitando novas trocas eexperimentaes musicais e a renovao, inclusive, dos prprios gneros tradicionais.

    As orquestras itinerantes de frevo ganharam mais apresentaes e aumentaram onmero de participantes, que agora tm possibilidade de tocar durante todo o ano.

    Nesses ltimos anos, o investimento nas orquestras de frevo se refletiu na qualidademusical e melhor estruturao das mesmas, desde as tradicionais at as novas.

    O frevo foi alvo, tambm, de importantes aes para a sua renovao e difuso, como osubstancial acrscimo na premiao do Concurso de Msica CarnavalescaPernambucana, beneficiando os compositores de frevo de rua, de bloco e cano, e

    ainda os autores de maracatu e caboclinhos.A msica instrumental, por sua vez, teve um incremento, com o acrscimo de concertosda Orquestra Sinfnica do Recife, da Banda Sinfnica da Cidade do Recife e a realizaode eventos como o Mimo e o Virtuose, que realizam apresentaes nos Teatros de SantaIsabel e do Parque e em igrejas, valorizando a msica erudita e popular de excelncia eestimulando o acesso aos equipamentos municipais por parte do pblico, que vemlotando as casas. importante, ainda, ressaltar o trabalho de carter social e deexcelentes resultados artsticos da Orquestra Sinfnica Jovem do ConservatrioPernambucano de Msica e da Orquestra Criana Cidad Meninos do Coque, queobtiveram grande repercusso nacional.

    Tambm houve uma revalorizao do choro, com a abertura de novas casas destinadass apresentaes do gnero e, tambm, a criao de novos grupos formado por jovens,

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    que tocam para um pblico de vriadas faixas etrias. Esses conjuntos tm sedestacado, lanado CDs e realizado shows em outras cidades brasileiras.

    O rock ganhou mais espao com a ampliao da grade de programao dos FestivaisAbril Pro Rock, Rec Beat (no Plo Mangue do Carnaval Multicultural) e a criao denovos eventos que, tambm, apresentam atraes nacionais e internacionais, a exemplodo No Ar Coquetel Molotov, ou lanam no mercado novos grupos, como o Pr Amp e o

    Rock no Ptio.

    Por fim, a cultura afro-brasileira tambm conseguiu estabelecer um espao importantedentro do cenrio musical recifense, com a Tera Negra, que acontece no Ptio de SoPedro h seis anos, trazendo atraes da cultura popular, como grupos de maracatu,afox, reggae, samba, entre outros, levando semanalmente ao local um pblico mdiode trs mil pessoas.

    Os ltimos anos exibiram a reafirmao do talento de cones da msica pernambucana,a afirmao do trabalho solo de artistas que integravam conjuntos bem-sucedidos e arenovao artstica com o surgimento de novos talentos.

    O momento extremamente positivo, no entanto, algumas dificuldades persistem para

    dar visibilidade e valorizar devidamente a msica pernambucana, e, principalmente, paraconsolidar o mercado local da msica, possibilitando a permanncia na cidade dos seusgrandes artistas e o desenvolvimento da economia da cultura e do turismo cultural dacidade do Recife. A fragilidade do mercado local ocorre em diversos elos da sua cadeiaprodutiva, desde a formao musical, passando por limitaes na produo,especialmente na estrutura empresarial, nos recursos tecnolgicos e na qualificao dopessoal tcnico de estdio e de palco e, principalmente, na difuso, com a poucadivulgao da msica pernambucana nos meios de comunicao, especialmente nastelevises e rdios locais.

    Este Plano deve definir estratgias para garantir a continuidade das polticas e aesbem sucedidas e superar este quadro de dificuldades, tendo como meta consolidar, nosprximos anos, a cidade do Recife como um dos mais importantes e criativos centrosmusicais do Brasil e do mundo.

    Audiovisual

    Com a retomada do cinema brasileiro a partir do incio da dcada de 1990, um dosgrandes destaques tem sido a produo pernambucana, com vrios filmes vencedoresde festivais no Brasil e em outros pases. Com uma nova gerao de criativos ecompetentes cineastas e uma linguagem prpria, o cinema pernambucano tem ocupadoum importante espao e conquistado o respeito da crtica e a admirao do pblico.Surgido paralelamente ebulio cultural do movimento mangue beat, foi se firmando etornou-se um dos elementos mais importantes da produo cultural pernambucananeste incio de sculo e um dos fatores determinantes para a recuperao da auto-estima dos pernambucanos e recifenses. Por sua abrangncia tem influenciado e sidoinfluenciado por outras linguagens artsticas, num rico processo de renovao dosvalores estticos das artes visuais, das artes cnicas, da fotografia, do design, da moda,da msica, presentes no novo cinema pernambucano.

    Este sucesso tem incentivado o surgimento de uma nova gerao de cineastas, muitojovens e criativos, que j esto se destacando no cenrio local e nacional.

    Com as Oficinas de Iniciao e Cursos Bsicos oferecidos pelo Programa Multicultural daPrefeitura do Recife promovendo os primeiros contatos dos jovens com a criao eproduo audiovisual e, principalmente, com o funcionamento dos Cursos de Cinema da

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    Universidade Salgado Filho, do Curso de Cinema de Animao da AESO e daUniversidade Federal de Pernambuco, em nvel de graduao, novos cineastas com umaformao mais qualificada devero surgir neste cenrio, fortalecendo ainda mais aproduo audiovisual local. Neste campo da formao foi importante a realizao noRecife, em 2006, do Seminrio Produire au Sud para a formao de produtores decinema no Brasil, numa parceria da Prefeitura do Recife, Fundaj, Prefeitura de Nantes,

    Embaixada do Brasil na Frana e Aliana Francesa no Recife. O sucesso da iniciativainspirou a realizao no ano seguinte do curso Introduo ao Documentrio Criativo,ministrado pelo consultor do Produire au Sud, Gualberto Ferrari.

    Na rea de exibio, o Recife embora j no disponha dos cinemas de rua, comoantigamente, possui por outro lado 55 salas exibidoras, a quase totalidade nos Multiplex,ainda insuficientes se considerarmos que a populao de baixa renda no costumafreqentar estes cinemas. Com o Projeto Cinema Popular implementado nos teatros doParque e Apolo, a Prefeitura do Recife vem democratizando o acesso do pblico aocinema. O Parque oferece, de segunda quarta-feira, uma programao ecltica defilmes nacionais e internacionais, entre curtas e longas-metragens, com ingressospopulares ao preo simblico de R$ 1,00. Com uma programao de filmes de

    qualidade, incluindo documentrios e campees de bilheteria, tem alcanado uma mdiade 60 mil espectadores/ano. Uma experincia de sucesso que se tornou referncianacional. O Cinema Apolo, que exibe filmes independentes e de arte, tambm funcionade segunda quarta-feira, com ingressos populares ao preo de R$ 4,00 e R$ 2,00.

    Alm da programao normal, o Parque e Apolo exibem Mostras e Festivais, entre asquais destacam-se: Festival Trois Continents, Semana do Cinema Sueco, PernambucoCultural, Ciclo de Cinema Portugus, Festival do Minuto, Mostra de Cinema Francfono,Novos Realizadores Espanhis, Cinema de Israel, Ciclo de Debates Mondialization,Tempo Glauber, 100 anos do Cinema Japons. Entre os Festivais j consagrados pelopblico esto a Itinerncia do Festival Internacional de Curtas-Metragens de So Paulo eo Panorama Recife de Documentrios.

    A Fundao Joaquim Nabuco tem exercido um importante papel na rea do audiovisual,tendo recuperado e requalificado as instalaes do Cinema da Fundao, onde mantmuma intensa e qualificada programao. Alm disso, tem atuado na rea de formao,com a realizao de cursos e na de produo, atravs da Massagana MultimdiaProdues e do apoio aos produtores locais. A Fundaj ainda promove, anualmente, umConcurso para Realizao de Documentrios, oferecendo prmios em dinheiro, locaode equipamentos e servios aos vencedores. Desde 2007, instituiu o Concurso de

    Videoarte, que seleciona projetos para serem realizados com o apoio tcnico daMassagana Multimdia.

    Uma grande conquista do setor audiovisual local foi a instalao do Centro Tcnico do

    udio Visual do Norte e Nordeste - CANNE, viabilizado atravs de parceria do Ministrioda Cultura com a Fundao Joaquim Nabuco, Governos Estaduais, Prefeituras e outrasinstituies, disponibilizando equipamentos e servios, bem como cursos para asdiversas atividades da produo audiovisual, beneficiando os realizadores das duasregies.

    O Cine PE - Festival do Audiovisual o evento de cinema mais popular do pas, atraindoa cada edio um pblico maior formado por cinfilos, jornalistas e profissionais docinema. Realizado pela BPE Bertini Produes e Eventos Ltda., conta com o importanteapoio da Prefeitura do Recife, Governo do Estado, Governo Federal e empresas pblicase privadas. O pblico tem a oportunidade de assistir as produes atravs de ingresso apreo popular e as exibies gratuitas realizadas ao ar livre nos bairros da cidade. O

    Festival promove, ainda, outras iniciativas voltadas para a democratizao do acesso aosfilmes. Uma delas a Mostrinha voltada para alunos da rede pblica de educao. Asoutras so as oficinas de cinema realizadas nas comunidades.

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    O Festival de Cinema Francfono, parceria entre a Prefeitura do Recife e o Consulado daFrana, realizado anualmente no Cinema Apolo, com entrada gratuita.

    Em 2006, o Cinema Apolo sediou a Mostra Audiovisual Etnogrfica e a Semana deCinema Sueco, uma realizao conjunta da Embaixada da Sucia no Brasil e dasSecretarias de Cultura, de Turismo e de Gesto Estratgica e Comunicao Social daPrefeitura do Recife.

    Foi realizada no Recife, em 2006, pela primeira vez fora do territrio francs, umamostra do Festival des Trois Continents, importante evento cultural realizadoanualmente na cidade de Nantes.

    Em 2006, tambm foi realizada a quinta edio do Festival Varilux de Cinema Francs.

    Desde 2003, o Cinema do Parque e o Cinema Apolo so o palco do Panorama Recife deDocumentrios J a Livraria Cultura tem sido o cenrio para os lanamentos de livros,palestras e debates com realizadores sobre a atividade audiovisual em Pernambuco.

    No fomento produo audiovisual, alm do apoio atravs das Leis de Incentivo Cultura do Estado (Funcultura) e do Municpio do Recife (Sistema de Incentivo Cultura

    SIC), realizado anualmente o Concurso de Roteiros Ary Severo/Firmo Neto e oFestival de Vdeo do Recife, numa parceria da Prefeitura do Recife com o Governo doEstado.

    Em 2008, vrios projetos de exibio e formao de platia foram includos na pauta doCinema Apolo, onde foram criados os projetos Cineclube e Cinema Falado. No primeiro,crticos, escritores, professores e jornalistas so convidados para assistir aos filmes edebat-los com o pblico.

    A idia de cineclube foi ampliada tambm para outros espaos, alm dos cinemasmunicipais, com a realizao de debates no Centro Pblico de Casa Amarela. Ainda em2008, a gerncia de Audiovisual da Prefeitura do Recife vai implantar um grande projetode exibio em seis pontos culturais (Bibliotecas Populares de Afogados e Casa Amarela,Nascedouro de Peixinhos, Stio Trindade, Centro Pblico de Casa Amarela e Ptio de SoPedro), com apoio da Programadora Brasil, que disponibilizou mais de 300 filmes, entrecurtas, mdias e longas-metragens produzidos no pas. No prximo ano, a Cinemateca

    Alberto Cavalcanti ir ganhar espao exclusivo, climatizado, para a salvaguarda de seuacervo, que dever crescer com a incorporao de novos filmes de cineastaspernambucanos.

    Em 2008, o audiovisual pernambucano obteve uma grande vitria com o lanamentopelo Governo do Estado de um edital especfico para a rea, com recursos doFuncultura, no valor R$ 2.100.000,00. Este edital ter seu valor ampliadoprogressivamente nos prximos anos e dever provocar um grande impacto na

    produo audiovisual local.A instalao do Centro Cultural Estao Cinema So Lus, anunciada pelo Governo doEstado, outro fato muito importante para o audiovisual pernambucano. O Centrodever atuar na formao de pblico e reforar os espaos de exibio do cinemapernambucano e nacional, a exemplo do j vem sendo feito pela Prefeitura do Recifenos Cinemas do Parque e Apolo e que dever se ampliar com a instalao das RefinariasMulticulturais.

    As perspectivas para os prximos dez anos so muito promissoras para o cinemapernambucano, no entanto preciso resolver vrios pontos de estrangulamento queainda persistem na rea da formao, da produo e da difuso, principalmente alimitao dos recursos para a rea. Pelos altos custos que envolvem a produocinematogrfica, a soluo destas questes no depende apenas de polticas locais,depende principalmente de mudanas nas polticas nacionais. Para isso imprescindveluma ao mais articulada dos gestores pblicos e dos diversos atores envolvidos com a

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    cadeia produtiva do audiovisual pernambucano visando provocar alteraes maisprofundas nas polticas de fomento e financiamento cultura do Governo Federal,especialmente a desconcentrao dos recursos do Ministrio da Cultura e das EmpresasPblicas e Privadas que se beneficiam das Leis de Incentivo Cultura baseadas nomecanismo da renncia fiscal.

    Pela sua abrangncia, envolvendo os mais variados segmentos culturais, o audiovisual

    estratgico para o desenvolvimento da cultura e da economia do Estado dePernambuco, especialmente para a cidade do Recife, devendo ser tratado como umarea prioritria da gesto cultural.

    Artes Cnicas

    O segmento de artes cnicas vem experimentando, nos ltimos tempos, avanos naconstituio de uma poltica para o setor. No mbito do Governo Municipal a criao daSecretaria de Cultura e posteriormente a reforma administrativa da Prefeitura do Recife,

    em sintonia com a instncia Federal, proporcionou o surgimento de um novo cenriocultural. Para o que concorreram aes pontuais importantes no plano estadual, numsomatrio de intervenes que vieram contribuir para a otimizao das artes cnicaslocais.

    Como exemplo dessas conquistas, observam-se melhorias na gesto das polticas paraas artes cnicas, resultando na criao das Gerncias Operacionais de Artes Cnicas ede Teatros, que proporcionou uma ao efetiva e sistemtica na manuteno erequalificao dos equipamentos.

    Essa poltica desdobra-se na reformulao e requalificao dos Festivais de Teatro eDana e na criao da Mostra de Circo do Recife no mbito da gesto municipal. Tais

    iniciativas somadas s aes de outras instncias como Festival de Inverno deGaranhuns e o Circuito Pernambucano de Artes Cnicas (Governo Estadual); PalcoGiratrio do Sesc, Janeiro de Grandes Espetculos, Todos Vero Teatro, Festival deTeatro para Criana, Festival Estudantil de Teatro e Dana, Mostra Brasileira de Dana,Plataforma de Dana, Festival de Teatro de Rua, (iniciativa privada e entidades declasse), o surgimento de novos criadores, grupos e companhias, o crescimento e ofortalecimento de organizaes e entidades de classe, Fruns Permanentes a partir danova constituio do Conselho Municipal de Poltica Cultural.

    Ressaltamos a importncia da poltica de fomento para a cadeia produtiva das artescnicas, que gerou aumento significativo na produo local de espetculos variados. Naesfera municipal, alm do apoio institucional aos diversos festivais da cidade, destacam-

    se ainda o Sistema de Incentivo Cultura e o Fomento s Artes Cnicas. No mbitoestadual o Funcultura tem