ação revisional de contrato de adesão

Upload: andre-menezes-gomes

Post on 06-Apr-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/3/2019 Ao Revisional de Contrato de Adeso

    1/13

    EXCELENTSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ___VARACVEL DA COMARCA DE BLUMENAU/SC

    FULANDO DE TAL, brasileiro, desempregado, maior, inscrito no CPF sob n.XXXXXXXXXXXXXX e RG sob n. XXXXXXXX, residente e domiciliado na ruaXXXXXXXX, n. XXXX, - bairro XXXXXX, CEP XXXXXXX na cidade de Blumenau/SCvem, por sua procuradora presena deste MM. Juzo, com o costumado e profusorespeito e o devido acatamento, promover a presente

    AO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO C/C PEDIDO LIMINARE CONSIGNAO EM PAGAMENTO

    em desfavor de XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, pessoa jurdica de direito privado, comfilial na rua XXXXXXXXXXXXXXX, n. XXXXXXX, na cidade de Blumenau/SC,passando, para tanto, a expor e requerer o seguinte:

    PRELIMINARMENTE:

    ISENO PROVISRIA DE CUSTAS PROCESSUAIS

    O Autor informa e declara a este d. Juzo que necessita MOMENTANEAMENTE dabenesse relativa a iseno de custas e/ou despesas processuais iniciais, pois nodispe, repita-se, MOMENTANEAMENTE de recursos econmicos suficientes parafazer frente a essas despesas sem prejudicar o seu prprio sustento material e deseus filhos.

    MRITO:

    DOS FATOS

    O Autor firmou CONTRATO DE FINANCIAMENTO com a Requerida pagando, paratanto, 36 (trinta e seis) parcelas no valor de R$ 240,65 (duzentos e quarenta reais esessenta e cinco centavos);

    O autor atualmente tem quitado at a parcela de n. 23/36, e pretende quitar asdemais parcelas, dentro de seus vencimentos, porm devido a embaraosfinanceiros o Autor corre o risco de ver suas parcelas restantes em atraso.

    No entanto, em que pese continuao do contrato, pretende o Autor corrigiralgumas ilegalidades que vm sendo exigidas pelo Requerido, que se aproveita da

    diferena prpria das relaes de consumo e dos poderes conferidos pelosinstrumentos de adeso, para com isso se enriquecer ilicitamente, causando

  • 8/3/2019 Ao Revisional de Contrato de Adeso

    2/13

    prejuzo de montante considervel ao Autor.

    DA COMPETNCIA

    sabido que a lei 8.078/90, conhecido como Cdigo de Defesa do Consumidor,

    garante um maior equilbrio entre as partes conhecidas como fornecedor econsumidor, sendo que aquela hipossuficiente, no caso o consumidor, vem semanter em um padro de equidade graas aos dispositivos contidos na lei supracitada.

    Desta feita, cumpre explicitar a orientao dada pelo CDC acerca da competnciapara ajuizamento da ao, verbis:

    Art. 101. Na ao de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e servios,sem prejuzo do disposto nos Captulos I e II deste ttulo, sero observadas asseguintes normas:

    I - a ao pode ser proposta no domiclio do autor.

    Com isto, procede-se o pedido do Autor em que a ao seja postulada no seuprprio domiclio;

    DA APLICAO DO CDC AOS CONTRATOS DE ADESAO E A ABUSIVIDADECONTRATUAL

    A doutrina e a jurisprudncia, em unssono, atribuem aos negcios celebrados entreo Autor e a R o carter de contrato de adeso por excelncia.

    Disciplina o art. 54 do C.D.C., acerca do que contrato de adeso, verbis:

    Art. 54. Contrato de adeso aquele cujas clusulas tenham sido aprovadas pelaautoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor deprodutos ou servios, sem que o consumidor possa discutir ou modificarsubstancialmente seu contedo.

    Nos contratos de adeso, a supresso da autonomia da vontade inconteste. Assimo sustenta o eminente magistrado ARNALDO RIZZARDO, em sua obra Contratos deCrdito Bancrio, Ed. RT 2a ed. Pag. 18, que to bem interpretou a posiodesfavorvel em que se encontram aqueles que, como o Autor, celebraram

    contratos de adeso junto ao banco, verbis:

    Os instrumentos so impressos e uniformes para todos os clientes, deixandoapenas alguns claros para o preenchimento, destinados ao nome, fixao doprazo, do valor mutuado, dos juros, das comisses e penalidades.

    Assim, tais contratos contm inmeras clusulas redigidas prvia eantecipadamente, com nenhuma percepo e entendimento delas por parte doaderente. Efetivamente do conhecimento geral das pessoas de qualidade mdiaque os contratos bancrios no representam natureza sinalagmtico, porquantono h vlida manifestao ou livre consentimento por parte do aderente com

    relao ao suposto contedo jurdico, pretensamente, convencionado com o credor.

    http://blogcocp.blogspot.com/2009/02/modelo-acao-revisional-de-contrato-de.htmlhttp://blogcocp.blogspot.com/2009/02/modelo-acao-revisional-de-contrato-de.htmlhttp://blogcocp.blogspot.com/2009/02/modelo-acao-revisional-de-contrato-de.htmlhttp://blogcocp.blogspot.com/2009/02/modelo-acao-revisional-de-contrato-de.htmlhttp://blogcocp.blogspot.com/2009/02/modelo-acao-revisional-de-contrato-de.htmlhttp://blogcocp.blogspot.com/2009/02/modelo-acao-revisional-de-contrato-de.html
  • 8/3/2019 Ao Revisional de Contrato de Adeso

    3/13

    Em verdade, no se reserva espao ao aderente para sequer manifestar a vontade.O banco se v no direito de cobrar o devedor. Se no adimplir a obrigao, dentrodos padres impostos, ser esmagado economicamente.

    No se tem, por parte da instituio financeira, nenhum tipo de possibilidade de

    manifestao de vontade por parte do aderente, que verdadeiramente s se fazpresente para a assinatura do contrato, tendo, assim, que se sujeitar a todo tipo deinfortnio e explorao econmica que se facilmente observa, pois a qualidade deaderente s tem uma condio: Se no assinar, nas condies estipuladas pelainstituio financeira, no h liberao do crdito.

    Nessa perspectiva, o bom intrprete no abdica de pensar e, logo, no temereavaliar suas opinies; prefere os riscos da transformao cmoda inopernciaque conserva a iniqidade.

    E assim se compreende a inteno do Autor, que nada mais do que pagar aquiloque devido, com os valores corrigidos, seguindo os padres da funo social e daboa-f nas relaes contratuais.

    Ensina Edilson Pereira Nobre Jnior, em sua obra intitulada A proteo contratualno Cdigo do Consumidor e o mbito de sua aplicao. Revista de Direito doConsumidor, So Paulo, v. 27, p. 59, jul./set. 1998, verbis:

    manifestao do consentimento e sua fora vinculativa seja agregado oobjetivo do equilbrio das partes, atravs da interferncia da ordem pblica e daboa-f. Ao contrato, instrumento outrora de feio individualista, outorgadatambm uma funo social" 4.4_ "Timbra em exigir que as partes se pautem pelocaminho da lealdade, fazendo com que os contratos, antes de servirem de meio deenriquecimento pelo contratante mais forte, prestem-se como veculo deharmonizao dos interesses de ambos os pactuantes" (p. 62).

    E continua seu brilhante ensinamento:

    "No campo contratual, a tutela desfechada pelo CDC se sustm basicamente emquatro princpios cardeais, atuando na formao e no cumprimento da avena,quais sejam a transparncia, a boa-f, a eqidade contratual e a confiana" (p. 76).

    Cludia Lima Marques, atenta ao surgimento de um novo modelo contratual,propala haver "uma revalorizao da palavra empregada e do risco profissional,

    aliada a uma grande censura intervencionista do Estado quanto ao contedo docontrato, um acompanhar mais atento para o desenvolvimentoda prestao, umvalorizar da informao e da confiana despertada. Alguns denominam derenascimento da autonomia da vontade protegida. O esforo deve ser agora paragarantir uma proteo da vontade dos mais fracos, como os consumidores. Garantiruma autonomia real da vontade do contratante mais fraco, uma vontade protegidapelo direito." (Contratos bancrios em tempos ps-modernos - primeiras reflexes.Revista de Direito do Consumidor, So Paulo, v. 25, p. 26, jan./mar., 1998). (grifonosso).

    O Estatuto do Consumidor acoima de nulidade as clusulas que estabeleam

    obrigaes inquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagemexagerada ou sejam incompatveis com a boa-f e reprime, genericamente, as

    http://blogcocp.blogspot.com/2009/02/modelo-acao-revisional-de-contrato-de.htmlhttp://blogcocp.blogspot.com/2009/02/modelo-acao-revisional-de-contrato-de.htmlhttp://blogcocp.blogspot.com/2009/02/modelo-acao-revisional-de-contrato-de.html
  • 8/3/2019 Ao Revisional de Contrato de Adeso

    4/13

    desconformes com o sistema protetivo do Codex, seno vejamos:

    Art. 51. So nulas de pleno direito, entre outras, as clusulas contratuais relativasao fornecimento de produtos e servios que:

    IV. Estabeleam obrigaes consideradas inquas, abusivas, que coloquem oconsumidor desvantagem exagerada, ou sejam incompatveis com a boa f ou aeqidade;

    XV - estejam em desacordo com o sistema de proteo ao consumidor;

    O novo enfoque da boa-f vista como princpio geral de direito, "permite aconcreo de normas impondo que os sujeitos de uma relao se conduzam deforma honesta, leal e correta" (Maria Cristina Cereser Pezzella. O princpio da boa-fobjetiva no direito privado alemo e brasileiro. Revista de Direito do Consumidor,So Paulo, v. 23/4, p. 199, jul./set., 1997).

    No aspecto objetivo, a bona fides incompatvel com as clusulas abusivas,opressoras ou excessivamente onerosas, e abrange um controle jurdico corretivoda relao negocial (v. Luis Renato Ferreira da Silva. Clusulas abusivas: naturezado vcio e decretao de ofcio. Revista de Direito do Consumidor. So Paulo, v.23/4, p. 128, 1997).

    A teor do disposto no art. 3, 2, da Lei n. 8.078 de 11.09.1990, considera-se aatividade bancria alcanada pelas normas do Cdigo de Defesa de Consumidor,includa a entidade bancria ou instituio financeira no conceito de "fornecedor" eo aderente no de "consumidor".

    E para que no reste dvida acerca da aplicao do CDC basta a citao da Smula297 do Superior Tribunal de Justia, que assim dispe:

    Smula 297. "O Cdigo de Defesa do Consumidor aplicvel s instituiesfinanceiras."

    Com efeito, sendo aplicado o Cdigo de Defesa do Consumidor ao presentecontrato, tambm passa a ser possvel a modificao ou reviso das clusulascontratuais onerosas, com base no art. 6, inc. V, do mesmo codex, que estabelece:

    Art. 6. So direitos bsicos do consumidor:

    V. A modificao das clusulas contratuais que estabeleam prestaesdesproporcionais ou sua reviso em razo de fatos supervenientes que as tornemexcessivamente onerosas.

    Acerca das possibilidades de modificao dos contratos excessivamente onerososno mbito das relaes de consumo, NELSON NERY JUNIOR e ROSA MARIAANDRADE NERY, p. 1352, anotam:

    "Modificao das clusulas contratuais. A norma garante o direito de modificaodas clusulas contratuais ou de sua reviso, configurando hiptese de aplicao do

    princpio da conservao dos contratos de consumo. O direito de modificao dasclusulas existir quando o contrato estabelecer prestaes desproporcionais em

  • 8/3/2019 Ao Revisional de Contrato de Adeso

    5/13

    detrimento do consumidor. Quando houver onerosidade excessiva por fatossupervenientes data da celebrao do contrato, o consumidor tem o direito dereviso do contrato, que pode ser feita por aditivo contratual, administrativamenteou pela via judicial".

    "Manuteno do contrato. O CDC garante ao consumidor a manuteno do contrato,alterando as regras pretorianas e doutrinrias do direito civil tradicional, queprevem a resoluo do contrato quando houver onerosidade excessiva ouprestaes desproporcionais".

    "Onerosidade excessiva. Para que o consumidor tenha direito reviso do contrato,basta que haja onerosidade excessiva para ele, em decorrncia de fatosuperveniente. No h necessidade de que esses fatos sejam extraordinrios nemque sejam imprevisveis. A teoria da impreviso, com o perfil que a ela dado peloCC italiano 1467 e pelo Projeto n. 634-B/75 de CC brasileiro 477, no se aplica srelaes de consumo. Pela teoria da impreviso, somente os fatos extraordinrios eimprevisveis pelas partes por ocasio da formao do contrato que autorizariam,no sua reviso, mas sua resoluo. A norma sob comentrio no exige nem aextraordinariedade nem a imprevisibilidade dos fatos supervenientes para conferir,ao consumidor, o direito de reviso efetiva do contrato; no sua resoluo".

    NELSON ABRO em Direito bancrio, 6. ed. rev. atual. ampl.. So Paulo: Saraiva,2000, p. 339, esclarece:

    "Reputam-se abusivas ou onerosas as clusulas que impedem uma discusso maisdetalhada do seu contedo, reforando seu carter unilateral, apresentandodesvantagem de uma parte, e total privilegiamento d'outra, sendo certo que areanlise imprescindvel na reviso desta anormalidade, sedimentando umaoperao bancria pautada pela justeza de sua funo e o bem social que deve,ainda que de maneira indireta, trilhar o empresrio do setor."

    Portanto, admite-se a reviso das clusulas do contrato em discusso com aconseqente nulidade daquelas tidas como abusivas, a teor do disposto no art. 6,inc. V, do Cdigo de Defesa do Consumidor, no se cogitando de prevalncia doprincpio do pacta sunt servanda.

    DA ABUSIVIDADE DA TAXA DE JUROS

    Somente possvel descobrir a taxa de juros utilizada no contrato ora discutido com

    uma calculadora financeira nas mos e com o conhecimento prvio do valor inicialda dvida, da quantidade de parcelas e do valor das parcelas.

    Entretanto, obvio que os consumidores em geral, inclusive o Autor da presentedemanda, no tem como hbito o transporte de calculadoras financeiras consigo, emuito menos o conhecimento prvio da operao de tal equipamento, o quecertamente prejudica o conhecimento da taxa utilizada. Alm do mais, na prtica severifica que os contratos de financiamento, como o presente, so assinados embranco e posteriormente encaminhados para o preenchimento dos valores.

    Com efeito, a Lei 8.078/90 clara ao desobrigar o Autor ao cumprimento de

    contratos confusos, e principalmente se expressa previso das obrigaes, sempreinterpretando as disposies de forma mais favorvel ao consumidor, neste sentido:

  • 8/3/2019 Ao Revisional de Contrato de Adeso

    6/13

    Art. 46. Os contratos que regulam as relaes de consumo no obrigam osconsumidores, se no lhe for dada oportunidade de conhecimento prvio de seucontedo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar acompreenso de seu sentido e alcance.

    Art. 47. As clusulas contratuais sero interpretadas de maneira mais favorvel aoconsumidor.

    Desta feita, tem-se que a taxa de juros convencionadas no foi aplicada dentro daconformidade com o que a Lei prev;

    cedio que as Instituies financeiras podem cobrar juros acima de 1%. Noentanto, devem se ater aos juros aplicados no mercado ocasio da assinatura doinstrumento de adeso, o que no caso em voga no ocorreu, chegando a incrveis4,95% a. m., o que no final acarreta somente de juros MAIS DO QUE O VALORFINANCIADO, conforme corrobora planilha em anexo;

    Isto sem falar em demais cominaes que acarretam cobranas excessivas,tomando como exemplo uma simples folha de papel A4 feita pelo autor quecomprova a cobrana exagerada de R$ 104,38 (cento e quatro reais e trinta e oitocentavos) apenas pelo atraso no pagamento, que foi de s e to somente 21 (vintee um) dias;

    Fora o restante das cobranas de carter abusivo, que esto sendo detalhadamentedemonstradas em anexo;

    DOS JUROS CAPITALIZADOS E DA COMISSO DE PERMANNCIA

    A Smula n. 121 do STF, estabelece que: " vedada capitalizao de juros, aindaque expressamente convencionada".

    Infelizmente a Medida Provisria 1.963 trouxe algumas consideraes acerca dacapitalizao de juros, a saber:

    Art. 5. Nas operaes realizadas pelas instituies integrantes do SistemaFinanceiro Nacional, admissvel a capitalizao de juros com periodicidade inferiora 1 ano;

    Todavia, o eminente jurista PAULO BROSSARD em artigo intitulado Juros com Arroz,d uma verdadeira aula do que efetivamente vem ocorrendo com esta atitudeadotada pelo governo, abaixo:

    "Enquanto isso, a generosidade oficial para com as instituies financeiras continuasem limite. Ao serem divulgados os resultados dos bancos no ano passado, quandoa nao inteira sofreu duros efeitos da recesso, viu-se que atingiram ndicesjamais vistos, chegando a mais de 500% em certos casos. Pois exatamente agora, oimpagvel governo do reeleito, invocando relevncia e urgncia, editou mais umamedida provisria oficializando o anatocismo, que o velho Cdigo Comercial, ocdigo de 1850, j vedava de maneira exemplar, e que a nossa tradio jurdica

    condenou ao longo de geraes. Alis, na linha da lei de usura, de 1933, ajurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, cristalizada na Smula 121, segundo a

  • 8/3/2019 Ao Revisional de Contrato de Adeso

    7/13

    qual vedada a capitalizao de juros, ainda que expressamente convencionada.Sabe o leitor a fundamentao da medida urgente e relevante? que a cobranade juros sobre juros vinha sendo praticada pelos bancos. Em vez de condenar oabuso, pressurosamente, o governo homologou o abuso mediante medidaprovisria. um escrnio. A medida apareceu na 17 edio da MP n 1.963; na

    calada da noite foi gerada."Esta "generosidade oficial para com as instituies financeiras" vem de h muitotempo, desde a edio da Medida Provisria n 1.367 reeditada sob o n 1.410 (istoj em 1996) que pretendia aniquilar com as regras legais j consagradas peladoutrina e pelo Poder Judicirio, liberando a capitalizao de juros ao ms, semestreou ano, alm de outras barbaridades.

    Ocorre que esta Medida Provisria, que s vem a ajudar as instituiesfinanceiras, afronta diretamente os ditames da Lei de Usura e a Smula 121 do STF,agredindo moral e economicamente uma sociedade que vem durante anostentando se recuperar de problemas financeiros, tais como: inflao, desvalorizaode moeda, estagnao econmica, entre outras coisas;

    Apesar desta atitude adotada pelo governo num primeiro momento vir a prejudicare muito a sociedade, deve-se levar em considerao os comentrios e ahermenutica que deve envolver o Cdigo de Defesa do Consumidor;

    O CDC, em seu art. 46 disciplina:

    Art. 46. Os contratos que regulam as relaes de consumo no obrigaro osconsumidores se no lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prviode seu contedo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo adificultar a compreenso de seu sentido e alcance. (grifo nosso)

    Conforme o que se disciplina acima, os contratos de adeso, aonde a capitalizaode juros informada, devem explicitar O PRVIO CONHECIMENTO DE SEUCONTEDO;

    Fcil de entender o que ocorre nos contratos firmados com as instituiesfinanceiras. Em uma simples olhadela em qualquer contrato de adeso observa-seuma clusula dizendo: capitalizao de juros, MENSAL;

    No entanto, as clusulas contratuais neste tipo de obrigao devem, facilmente,explicar ao Aderente o que significa a capitalizao de juros, pois a legislao prev

    que qualquer homem mdio deveria ter como entender esta situao;

    Ocorre que apesar de a lei ser bastante objetiva, as instituies financeiras no sedo ao luxo de adequar seus contratos a esta situao;

    Neste momento oportuno questionar: Quantos sabem o que capitalizar juros?

    Poucos atualmente sabem o que significa capitalizar juros mensalmente, pois anica coisa a que lhe dado conhecimento no momento da contratao aquantidade de parcelas e o valor de cada prestao;

    Neste enfoque, claro e cristalino que empresas como a Requerida no tentam deforma alguma esclarecer aos seus clientes as reais situaes de seus contratos, o

  • 8/3/2019 Ao Revisional de Contrato de Adeso

    8/13

    que garante um enriquecimento ainda maior por parte deste tipo de empresa, quese aproveita da diferena na relao de consumo para a cada dia obter mais e maisvalores econmicos aos seus cofres;

    Razes pelas quais, no pode o Autor ser obrigado a arcar com um valor calculado

    de forma ilegal, devendo ser recalculado os valores, mediante a aplicao da taxade juros contratada de forma simples.

    DA INCONSTITUCIONALIDADE DA MEDIDA PROVISRIA N. 1.963/2000 E DAMEDIDA PROVISRIA N. 2.170-36/2001

    A Medida Provisria n. 1.963, de 30 de maro de 2000, inovou ao autorizar acapitalizao de juros em periodicidade inferior a um ano, bem como a edio danova Medida Provisria, de n. 2.170-36, de 23 de agosto de 2001, cujo artigo 5manteve a possibilidade de capitalizao de juros em perodo inferior a um ano,dispositivo esse que ainda estaria em vigor em razo do disposto na EmendaConstitucional n. 32/01.

    No entanto, o MINISTRO SYDNEI SANCHES proferiu voto favorvel suspenso dosefeitos do artigo 5 da Medida Provisria n 2.170-36/01 nos autos da ADIN 2316-1,em trmite perante o EGRGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

    Basta uma rpida consulta pgina do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no endereohttp://www.stf.gov.br, para que se observe na ntegra a deciso que transcrevoabaixo, grifando a parte que entendo mais importante, seno vejamos:

    ADIN 2316-1, DECISO DA LIMINAR:

    Aps o voto do Senhor Ministro Sydney Sanches, Relator, suspendendo a eficciado artigo 5, cabea e pargrafo nico da Medida Provisria n 2170 36, de 23 deagosto de 2001, pediu vista o Senhor Ministro Carlos Velloso. Ausente,justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Maurcio Corra. Presidnciado Senhor Ministro Marco Aurlio. Plenrio, 03.04.2002.

    E realmente, so vrias as inconstitucionalidades em torno do dispositivo. Primeiroporque no atendem aos requisitos de urgncia e relevncia descritos no artigo 62,"caput", da Constituio Federal.

    Com efeito, no se pode reputar urgente uma disposio que trate de matria h

    muito discutida na jurisprudncia nacional que, por sua vez, manifestaentendimento francamente contrrio a essa possibilidade.

    Logo, deveria haver a anlise do Poder Legislativo e a implementao dos debatesnecessrios em razo dos reflexos que a medida leva sociedade como um todo.

    Ademais, a inexistncia de urgncia e relevncia tambm se reflete no fato de quea capitalizao de juros mencionada no dispositivo est restrita s instituiesfinanceiras.

    Quer dizer que a urgncia s se verifica para os prprios beneficiados da norma

    (Bancos), j que, para todos os demais, representa verdadeiro descompasso entre aprestao e a contraprestao, alm de onerar um contrato que por natureza

  • 8/3/2019 Ao Revisional de Contrato de Adeso

    9/13

    desiguala os contratantes (de adeso).

    Num segundo momento tambm temos a inconstitucionalidade da referida MedidaProvisria, porque a matria tratada de competncia do Congresso Nacional,segundo o inciso XII, do artigo 48 da Constituio Federal, que se refere a matria

    financeira, cambial e monetria, instituies financeiras e suas operaes.

    No sendo possvel o Presidente da Repblica, como se fosse um Ditador, baixarseu Decreto, estabelecendo a sua vontade, como quer e de qualquer matria, aomenos num Estado Democrtico de Direito como o nosso, onde o ordenamentojurdico e a Constituio devem ser respeitados.

    Neste sentido os Tribunais vem declarando a inconstitucionalidade do artigo 5 daMedida Provisria 2.170/01, que teria autorizado capitalizao de juros emperodos inferiores a um ano, a exemplo do primeiro caso (lder case) julgado pela3 TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO, nos autos daAPELAO CVEL n. 2001.71.00.004856-0, com Relatrio do DESEMBARGADORFEDERAL LUIZ CARLOS DE CASTRO LUGON, publicado do DJU 11 de fevereiro de2004, s pginas 386/387.

    No mesmo sentido lder case acompanham outros julgados:

    1600127567 - EMBARGOS DE DECLARAO - AUSNCIA DE OMISSO - MP 2170/90 -A deciso afastou a capitalizao dos juros em perodo inferior a um ano,autorizando a capitalizao anual. Especificamente quanto Medida Provisria n1.963, houve manifestao expressa j que "a Corte Especial do TRF da 4 Regioacolheu, por maioria, o incidente de inconstitucionalidade da MP n 2.170-63, de23/08/2001 (ltima edio da MP n 1.963-17, publicada em 31/03/2000)". (TRF 4R. - EDcl 2002.71.04.008019-6 - 3 T. - Rel Juza Fed. Vnia Hack de Almeida - DJU03.08.2005 - p. 635)

    Seguindo o mesmo entendimento: (TRF 4 R. EDcl 2002.71.00.028168-3 3 T. Rel Juza Fed. Vnia Hack de Almeida DJU 15.06.2005 p. 725) E inmeros outrosjulgados da mesma Corte Federal.

    Razo pela qual, mesmo aps a publicao as fatdicas Medidas Provisrias, aindano possvel aplicao da forma capitalizada de juros no presente contrato,devendo ser declarada a inconstitucionalidade do artigo 5 do citado RemdioProvisrio, sendo mantido o entendimento clssico dos Tribunais brasileiros, no

    sentido de continuar proibindo os abusos das instituies financeiras, em capitalizaros juros cobrados.

    Sob a tica do Cdigo de Defesa do Consumidor, os contratos com a naturezaadesiva so contratos pr-formulados, aonde a nica manifestao de vontade doagente adquirente a assinatura, sob forma de coao, haja vista o mesmo s temduas possibilidades: ou assina, e sai com o bem; ou no assina, e sai sem o bem.

    Desta forma, a adesividade do contrato fica claramente demonstrada, pois oconsumidor que pretende adquirir determinada coisa ou valor tem como nica eexclusiva atribuio a fazer a assinatura do contrato.

    Neste sentido, deve-se entender que mesmo convencionada, a aplicabilidade da

  • 8/3/2019 Ao Revisional de Contrato de Adeso

    10/13

    capitalizao de juros tambm faz parte das clusulas contratuais abusivas, e devese operar sua nulidade de pleno direito, pois o consumidor de forma alguma podeoptar ou discutir a incidncia deste encargo dentro da relaofornecedor/consumidor.

    por demais oneroso garantir a instituio financeira o direito de efetuar acobrana dos valores referentes capitalizao de juros, pois o consumidorconforme j narrado acima, somente tem a obrigao de duas coisas quandocontrata com um banco. Assinar e pagar o que l est inserido.

    No preciso nem analisar o contrato realizado para saber que ocorreu a aplicaodos juros de forma capitalizada, prtica esta reiterada pelas instituies financeiras,apesar da constante proibio da legislao e dos Tribunais brasileiros.

    Alm da prtica de juros abusivos, existe ainda a cumulao de comisso depermanncia juntamente com outros encargos, o que sabido ser proibido inclusivecom decises pacificadas a respeito desta matria.

    DA PRETENSO LIMINAR

    Com base nas ilegalidades argidas e demonstradas no contrato que acompanha,fica claro que o Autor tem o direito de ver reduzido s parcelas que lhe so exigidasmensalmente.

    Num segundo momento tambm se percebe o perigo na demora, pois com osabusos do Requerido dificulta a quitao total do emprstimo, o que pode acarretaro atraso no pagamento e a inscrio do nome do Autor nos cadastros negativistas.

    Mesmo porque, a devoluo dos valores indevidamente exigidos muito demorada,o que importaria em excessiva vantagem ao Ru, em detrimento dahipossuficiencia natural do Autor;

    Alm do mais, o Autor pretende fazer o pagamento dos valores que entende devidoem juzo (mediante a taxa de juros correta e a aplicao de forma simples),evitando desta forma o enriquecimento ilcito do Requerente, com base nas suasprticas abusivas (utilizando taxa maior do que a contratada e ainda de formacapitalizada).

    DEMAIS ILEGALIDADES

    No presente caso existe ainda a ilegalidade das taxas exigidas para emisso dosboletos e da anlise de crdito, o que continua sendo exigido pelas instituiesfinanceiras.

    Tais tarifas apresentam-se manifestamente abusivas ao consumidor, pois tanto aanlise necessria concesso do crdito como os gastos com a emisso dosboletos de pagamento traduzem despesas administrativas da instituio financeiracom a outorga do crdito, no se tratando de servios prestados em prol doconsumidor. At porque questiona-se como seria se por um acaso o crdito nofosse autorizado, seria o valor administrativo cobrado? O que objetivamente no

    ocorre, sendo este valor atribudo apenas queles a quem o crdito permitido, oque claramente errado ser feito.

  • 8/3/2019 Ao Revisional de Contrato de Adeso

    11/13

    Ademais, os juros remuneratrios j correspondem aos lucros da operao decrdito, no podendo a instituio financeira impor ao consumidor as despesasinerentes a sua prpria atividade sem qualquer contrapartida.

    Desse modo, nos termos do art. 51, inciso IV, do Diploma Consumerista, tem-se quea cobrana de tais tarifas caracteriza vantagem exagerada da instituio financeirae, portanto, nulas as clusulas que as estabelecem.

    Nesse diapaso:

    COBRANA DE TARIFA E/OU TAXA NA CONCESSO DO FINANCIAMENTO.ABUSIVIDADE. Encargo contratual abusivo, porque evidencia vantagem exageradada instituio financeira, visando acobertar as despesas de financiamento inerentes operao de outorga de crdito. Inteligncia do art. 51, IV do CDC. Disposio deofcio (...) (TJRS, Apelao Cvel n. 70012679429, rel. Desa. Angela Terezinha deOliveira Brito, julgado em 06.04.2006).

    Logo, no h o que se falar em cobrana de tarifas que objetivam concesso oumanuteno da conta, uma vez que se transformam em vantagens excessivas aofornecedor, consoante demonstrado acima.

    ANTE O EXPOSTO, REQUER EM TUTELA ANTECIPADA:

    A) Seja concedido ao Autor o direito a SUSPENSO do pagamento das parcelasrestantes at a apresentao do contrato de financiamento firmado entre as partespelo banco ru, pois o mesmo no ato do financiamento j deveria ter entregue umacpia ao Autor e no o fez, dificultando o acesso ao questionamento do contratojudicialmente, num claro ato que trar maior demora por parte do poder judicirio,com fulcro, ainda, nos artigos 46, 47 e 74 (por interpretao) do Cdigo de Defesado Consumidor;

    B) Em caso de V. Exa., entender por no suspender o pagamento, requer-se queseja concedido ao Autor o direito a depsito judicial do valor apurado como sendo ocorreto para o presente contrato, aplicando os juros da taxa SELIC, conformedisposto pelo Banco Central, em cima do valor financiado, conforme planilha emanexo, com fulcro, ainda, no Princpio Geral de Cautela (CPC, artigo 798), posto que ressabido que Da mihi facto dabo tibi jus (d-me os fatos e te darei o direito).Quem vem a juzo tem, em princpio, o direito de uma prestao judiciria quanto

    ao mrito. Assim toda nfase deve ser posta em tal sentido, evitando-se, tantoquanto possvel, destruir o processo com questes prejudiciais e nulidades quedestroem a seiva que d vida ao processo, com prejuzo para as partes edesprestgio para o Judicirio (AC 53.895, TARJ, Relator Severo da Costa, RF254/288) Compndio Jurdico Marcus Cludio Aquaviva, Editora Jurdica Brasileira,fl. 409 grifamos.

    C) Em caso de negativa da suspenso do pagamento e do dposito judicial a menor,requer-se ALTERNATIVAMENTE o pedido de DEPSITO JUDICIAL do valor integral dasparcelas, no montante de R$ 240,65 (duzentos e quarenta reais e sessenta e cincocentavos), iniciando o depsito dos valores a partir da citao da parte r, sem

    acarretar juros at a data de incio do depsito, a serem depositados mensalmentena conta a ser aberta no poder judicirio, valor este atualmente cobrado pelo

  • 8/3/2019 Ao Revisional de Contrato de Adeso

    12/13

    Requerido como parcela do financiamento, conforme cpia de folha do carn emanexo;

    D) Conforme pedido acima exposto, pede-se que seja a Requerida citada, na pessoade seu representante legal, sobre o depsito do valor judicial, impedindo o mesmo

    de negativar o nome do Autor nos rgos de crdito SPC/SERASA, bem comoimpedindo o Requerido de exigir outro valor a ttulo de pagamento das parcelas docontrato ora em contenda, ambos os pedidos sob pena de multa diria a serarbitrada pelo juzo.

    E) Requer tambm que na citao seja o Requerido IMPEDIDO de envio decorrespondncias ou qualquer outro tipo de meio coercitivo para tentar,FOROSAMENTE, fazer com que o autor desista de seu direito ou pague o valordevido que no atravs de depsito judicial, pois este ato configura um ASSDIOMORAL desnecessrio por parte do Requerido;

    F) Requer ainda que no momento da citao do Requerido para apresentao docontrato de financiamento celebrado entre as partes, seja citado o mesmo nosentido IMPEDITIVO de ajuizamento de ao acautelatria de BUSCA E APREENSO,ou qualquer outra que tenha por objetivo a remoo do bem, o que configuraclaramente LITIGNCIA DE M F, pois o Autor est depositando os valores emjuzo, no pedindo que seja eximido desta responsabilidade e haja vista a presenteao estar trazendo em seu bojo exatamente a discusso acerca do contratoreferente ao bem mvel financiado;

    REQUER AINDA:

    A) Em caso de negativa do direito a tutela antecipada, requer-se que tenha o Autoro direito a manter o pagamento via depsito judicial, do valor integral das parcelas,at o trnsito em julgado da presente ao;

    B) A citao do Requerido, na pessoa de seu representante legal para, querendo,contestar a presente, dentro do prazo processual permitido, sob pena de confessoquanto a matria de fato e de direito.

    C) Seja julgada totalmente procedente a presente demanda, para a reviso integralda relao contratual, e declarar a nulidade das clusulas abusivas, bem como aconsignao, com o conseqente expurgo dos encargos que se consideraremonerosos, tudo calculado na forma simples e sem capitalizao mensal.

    D) Seja aplicado a inverso do nus da prova, consoante art. 6, VIII do CDC,obrigando o Requerido a apresentar o original do financiamento, assinado peloAutor, bem como a provar em juzo que deu ao Autor o direito de conhecer o que capitalizao de juros, bem como explicaes ao Autor referente a outras clusulasde carter adesivo, como antecipao de vencimento, comisso de permanncia,TAC, TEC;

    E) Protesta pela prova documental que acompanha e as demais que se fizeremnecessrias no decorrer da instruo processual; todas em direito admitidas, sem aexcluso de nenhuma, pericial caso houver necessidade devendo ser esta arcada

    pelo Requerido.

  • 8/3/2019 Ao Revisional de Contrato de Adeso

    13/13

    F) A condenao do Requerido a rever a taxa de juros e a forma de aplicao dosjuros, bem como o expurgo da cobrana de juros sobre a TAC e a eliminao daprpria TAC, e demais encargos de administrao (emisso de carn, etc),recalculando o valor das parcelas fixas, devolvendo os valores indevidamenteexigidos, devidamente atualizados (INPC), mais os juros moratrios (taxa selic) e os

    devidos honorrios advocatcios, estes ltimos conforme de praxe.

    F) Caso no seja deferida a TUTELA ANTECIPADA, em sendo exigidos valoresindevidos, combatidos nesta actio, o Requerido, tambm deve ser condenado devoluo dos valores exigidos e pagos em dobro, atualizados e com juros.

    G) Requer seja concedido o benefcio da justia gratuita em favor Autor, por setratar de pessoa sem condies de arcar com custas processuais, sem prejuzo deseu sustento e de seus filhos, consoante declarao de insuficincia financeira quea esta acompanha (doc. Anexo); em caso de negativa do pedido supra, ento quese conceda o perodo de 06 (seis) meses, para que se possa fazer o pagamento dascustas processuais, sem prejuzo de julgamento.

    H) seja condenado o Requerido ao pagamento das custas processuais e honorriosadvocatcios na base legal de 20% (vinte por cento) do valor da condenao, bemcomo os honorrios de sucumbncia, aps o trnsito em julgado.

    D-se a causa o valor de (coloque o valor final do contrato, pois se colocar a menoro juiz ir, ex officio, corrigir);

    Nestes Termos,

    Pede deferimento.

    Blumenau, 22 de outubro de 2008.