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APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO – LEGITIMIDADE PASSIVA – É parte legítima pessoa jurídica com a mesma denominação da empresa contratada e pertencente ao mesmo grupo econômico. Juros remuneratórios limitados a 12% ao ano, observados os parâmetros vigentes. Incidência do CDC. Preliminar desacolhida e apelo improvido. (TJRS – APC 70003456019 – 16ª C.Cív. – Relª Desª Helena Cunha Vieira – J. 20.02.2002) APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO REVISIONAL DE CARTÃO DE CRÉDITO – APELAÇÃO NÃO CONHECIDA – AUSENTES OS REQUISITOS DO ART. 514 DO CPC – Não tendo o recorrente trazido, nas razões do apelo a exposição do direito e razões do apelo, a exposição do direito e razões para nova decisão, não impugnando a sentença, o recurso não preenche os requisitos para conhecimento. Apelo não conhecido. (TJRS – APC 70003552874 – 16ª C.Cív. – Relª Desª Helena Cunha Vieira – J. 20.02.2002) APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO REVISIONAL – INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA – Possibilidade da autonomia da vontade interpretado com os demais princípios que regem os contratos. Juros remuneratórios de 2,50% ao mês mantidos porque ausente previsão legal ao tipo contratual. Não estabelecida a TR, cabe corrigir monetariamente o débito pelo IGP-M. Embora em tese possível a revisão de toda a contratualidade em razão da novação, presente o ato jurídico perfeito. Entendimento do 8º grupo cível. Precedente jurisprudencial do STJ. Apelo do banco parcialmente provido e apelo dos autores improvidos. (TJRS – APC 70003362282 – 16ª C.Cív. – Relª Desª Helena Cunha Vieira – J. 20.02.2002)

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Page 1: APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO · cÍvel manifestamente improcedente – aÇÃo revisional – contrato de arrendamento mercantil – a decisÃo monocrÁtica

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO – LEGITIMIDADE PASSIVA – É parte legítima pessoa jurídica com a mesma denominação da empresa contratada e pertencente ao mesmo grupo econômico. Juros remuneratórios limitados a 12% ao ano, observados o s parâm etros vigentes. Incidência do CDC. Preliminar desacolhida e apelo improvido. (TJRS – APC 70003456 019 – 16ª C.Cív. – Relª Desª Helena Cunha Vieira – J. 20. 02.2002)

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO REVISIONAL DE CARTÃO DE CRÉDITO – APELAÇÃO NÃO CONHECIDA – AUSENT ES OS REQUISITOS DO ART. 514 DO CPC – Não tendo o recorrente trazido, nas razões do apelo a exposição do direito e razões do apelo, a exposição do direito e razões para nova decisão, não impugnando a sentença, o recurso não preenche o s requisitos para conhecimento. Apelo não conhecido. (TJRS – APC 70003552874 – 16ª C.Cív. – Relª Desª Helena Cunha Vieira – J. 20.02.2002)

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO REVISIONAL – INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA – Possibilidade da autonomia da vontade interpretado com os demais princípios que regem os contratos. Juros remuneratórios de 2,5 0% ao mês mantidos porque ausente previsão legal ao tipo contratual. Não estabelecida a TR, cabe corrigir monetariamente o débito pelo IGP- M. Embora em tese possível a revisão de toda a contratualidade em razão da novação, presente o ato jurídico perfeito. Entendim ento do 8º grupo cível. Precedente jurisprudencial do STJ. Ape lo do banco parcialmente provido e apelo dos autores impr ovidos. (TJRS – APC 70003362282 – 16ª C.Cív. – Relª Desª Helena Cunha Vieira – J. 20.02.2002)

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APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE CRÉDITO PESSOAL – Reconhecimento do limite máximo dos encargos em 12% ao ano, estabelecido o percentual a través dos parâmetros existentes no ordenamento jurídic o. Incidência do CDC. Apelo improvido. (TJRS – APC 70003505740 – 16ª C.Cív. – Relª Desª Helena Cunha V ieira – J. 20.02.2002)

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE – INCIDÊNCIA DO CDC – Juros remunerató rios limitados a 12% ao ano, observados os parâmetros legais vigentes. P rincípio da autonomia da vontade interpretado com os demais princípios que regem os contratos. Afastada a capit alização dos juros, visto que o contrato revisando na admite a periodicid ade anual. TR não contratada, o que não permite sua utilização. Comissão de permanência excluída po rque vinculada a taxas de mercado. Encargos moratórios d evidos relativamente ao débito decorrente de cláusulas man tidas, incidindo multa contratual. Apelo pa rcialmente provido. (TJRS – APC 70003255197 – 16ª C.Cív. – Relª Desª Helena Cunha Vieira – J. 20.02.2002)

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA – AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO – RECONVENÇÃO – AÇÃO REVISIONAL – Independentemente de admitir-se ou não reconvenção, a matéria de defesa não se encontra limitada no âmbito da ação de busca e apre ensão. A contestação não sofre a limitação prevista no art. 3º, § 2º, do DL nº 911/64. Precedente do Superior Tribunal de Ju stiça. Os juros remuneratórios encontram-se limitados a 12% a o ano, tanto pelo entendimento da auto aplicabilidade da n orma constitucional, quanto pela incidência da legislaçã o infraconstitucional. Cumpre reafirmar, por outro la do, que as normas do Código de Defesa do Consumidor, segundo entendimento deste órgão fraci onário e do egrégio sétimo grupo cível desta corte, tem aplicação nas operaçõe s bancárias. O Superior Tribunal de Justiça, por sua vez, também firmou orientação no sentido de encontrarem- se as instituições financeiras sujeitas aos princípios e regras do

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Código de Defesa do Consumidor. Entre os inúmeros julgados destaco os recursos especiais nº 57974/RS(94/0038615-0), Rel. O Sr. Ministro Ruy Rosado de Aguiar e 142799/RS(97/0054586- 5), Rel. o Sr. Ministro Waldemar Zveiter. A limitação da taxa de juros, ass im, encontra amparo também nas disposições do Código de Defesa do Consumidor- se assim não pudesse ser entendido. Isto é, afastando- se a incidência da norma constitucional, do Decreto 22.626/33 e do Código de Defesa do Consumid or. Por depender a primeira de r egulamentação e o segundo e terceiro por não se aplicarem as instituições finan ceiras, assim mesmo o apelante não poderia exigir taxa de j uros superiores a 12% a. a., Pois não comprovou nos auto s tenha autorização do CMN para praticar taxas superiores. No que tange a comissão de permanência, cumpre reafirmar q ue a mesma não é devida, mesmo que não cumulada com corr eção monetária. – Resulta, daí, que não se pode falar em mora. E que não se pode imputar culpa a devedor pelo não pa gamento de valores que não sã o realmente devidos. Precedente: Recurso Especial n° 82560-SP. Encontrando- se descaracterizada a mora, conforme acima analisado, é de ser improvido o apelo, visto que o autor e mesmo carece dor da ação proposta. Para que pudesse ser operada a revis ão contra tual no âmbito da própria ação de busca e apreensão necessário se fazia o ajuizamento de reconvenção, q ue era possível na espécie. Neste sentido temos precedente s da egrégia 14ª Câmara Cível desta corte e do Superior Tribunal de Justiça. No caso em exame, contudo, embora tenha sido proposta reconvenção não houve recurso contra sua extinção. Assim, neste ponto, assiste razão ao apel ante ante a ausência de condenação nos ônus da sucumbência relativamente a reconvenção. Impõe- se, em conseqüência, o provimento também do recurso adesivo, na parte que diz com os ônus sucumbenciais. No que tange a litispendênci a, matéria argüida na ação revisional, assiste razão a o apelante. Configurada estava a litispendência, pois tratavam- se das mesmas partes, da mesma causa de pedir e do mesmo pedido. Apelo e recurso adesivo parcialmente provid os. (TJRS – APC 70001362805 – 13ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio de

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Oliveira Canosa – J. 26.02.2002)

AGRAVO INTERNO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO A APE LAÇÃO CÍVEL MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE – AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – A DECISÃO MONOCRÁTICA MANTEVE A R. SENTENÇA QUE: (A) DESCARACTERIZOU O CONTRATO – (B) AFASTOU A COMISSÃO DE PERMANÊNCIA – (C) PROIBIU A CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS – QUANTO A DESCARACTERIZAÇÃO DO CONTRATO A RECORRENTE ALEGA QUE A MATÉRIA NÃO É PACÍFICA, CITANDO PRECEDENTES DA – 1ª e da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça. A decisão da egrégia 1ª Turma, além de diz er com matéria tributária, não reflete a orienta ção dominante do Superior Tribunal de Justiça sobre a matéria. Tanto é assim que as turmas componentes da 2ª Seção (3ª e 4ª) dec idem a matéria monocraticamente. O próprio egrégio Superio r Tribunal de Justiça já afirmou, enfrentando a matér ia em questão (co nforme se verifica na emenda abaixo transcrita) que a existência de julgado isolado e divergente do entendimento predominante, que não prevaleceu nas manifestações posteriores da turma, não afasta a possibilidade de o relator decidir monocraticamente .. AGRESP 286332/MG ; Agravo regimental no Recurso Especi al (2000/0115199-1) No que tange ao julgamento da egrégia 3ª Turma (RESP nº 164918/RS), tenho que a recorrente e stá litigando de má- fé. É que a publicação do acórdão é que é recente e não a data do julgamento do recurso. Veri fica- se, portanto, mediante uma leitura atenta da decisão mo nocrática ora atacada, que o recurso citado pela recorrente é anterior ao julgamento do RESP nº 279023 (fl. 142), indicado po r este relator, razão pela qual se conclui, facilme nte, que o precedente mencionado pela agravante se encontra su perado nas turmas integrantes da 2ª Seção. A alegação de q ue a matéria não é pacífica neste Tribunal também não so corre a recorrente. O precedente citado é da colenda 1ª Câm ara Especial Cível (q ue veio a substituir as antigas Câmaras de Férias Cíveis), que julga, assim, recursos interpos tos durante o período de férias. Isto quer dizer que se trata d e posição

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isolada neste Tribunal e não reflete a posição do 7 º grupo cível (composto por esta 13ª e pela 14ª Câmaras Cíveis), o qual é o competente para o julgamento da matéria ne sta Corte, conforme se verifica pela leitura atenta do precedente citado as fls. 140/142. O art. 557 do Código de Pro cesso Civil não exige que a questão seja pacífica, e sim qu e seja orientação dominante no Tribunal. Relativamente a c omissão de permanência o recurso é inepto, tendo em vista q ue não foram atacados os fundamentos da decisão monocrátic a. Quanto ao anatocismo a recorrente está litigando de má-fé. O contrato traz exp resso na sua cláusula nº 13 a cobrança de juros os quais, não podem ser capitalizados. As ale gações de que não foi assegurado o contraditório, a ampla def esa e nem observado o duplo grau de jurisdição não possui nen hum cabimento. Com efeito, a apelante, in conformada com a r. Sentença, apelou. Daí exerceu seu direito. Não rest a dúvida que esta Corte é a instância recursal competente pa ra exame da irresignação, bem como este relator, desembargad or deste egrégio Tribunal, a quem foi distribuído o recurso, pode ria examinar a matéria, de forma monocrática, amparado no artigo 557 do CPC. É de se lembrar, ainda, que o di reito a ampla defesa não compreende o de ver assegurado o acolhimento da pretensão deduzida. A ampla defesa n ão é ofendida pelo disposto no artigo 557 do Código de Processo Civil, conforme já assentado pelo egrégio Supremo T ribunal Federal. Agravo previsto no art. 557, § 1º, do CPC parcialmente conhecido e improvido. Multa aplicada. (TJRS – AGV 70003553971 – 13ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio de Oliveira Canosa – J. 26.02.2002)

AGRAVO INTERNO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE – AÇÃO REVISIONAL – TUTELA ANTECIPADA – O recurso é inadmissível ante a inépcia da peça recur sal. Com efeito, não cabe no agravo interno rediscutir a matéria, mas si m para ser demonstrado que a decisão contrária a orientação do colegiado. É de se lembrar que manutenção provisóri a na posse do bem, conferida pela decisão então combatid a, foi confirm ada nos termos da orientação deste colegiado, do

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Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal (fls. 73/75); Sendo que a proibição de inscrição do nome da parte autora/agravada em bancos de dados de consumo e inadimplentes foi ratificada em co nsonância com a orientação deste órgão fracionário e do Superior Tribunal de J ustiça (fls. 76/80). – A possibilidade de julgamento monocrático foi justificada (fls. 80/81), portanto, s. M. J. , Não faltou a análise do caso concreto no presente recurso. A v aga alegação de que o presente caso é sui generis carece de fundame ntação, pois não restou demonstrado pelo recorrente nenhum motivo que afastasse a aplicação da jurisprudência consoli dada. Aplicação da Súmula nº 182 do Superior Tribunal de Justiça. Além d e inadmissível e infundado. O recorrente reconhece que a matéria está pacificada neste grau recursal, sendo que a possibilidade de concessão das liminares pleiteadas encontra amparo em orientação de Tribunal Superior. Sendo in epta a peça recursal e infunda do o agravo, conseqüentemente, é meramente protelatória a irresignação, impondo- se, neste caso, a aplicação da multa prevista no § 2º, do art . 557 do Código de Processo Civil. Agravo interno (art. 557, § 1º, do CPC) não-conhecido. Multa aplicada. (TJRS – A GV 70003559481 – 13ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio de Oliveira Canosa – J. 26.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – Pedido de levantamento de depósitos admitidos em ação revisional. Possibilida de. Conseqüências. Trata-se de oferta condicional da pr estação, para desonerar- se dos efeitos da mora. Os depósitos foram realizados pelas quantias entendidas como devidas e não pelos valores contratados, visto que estes últimos deveriam ser atualizados pelo dólar norte- americano. Assim, desacolhida que foi a pretensão, encontra- se o recorrido a dever importância bem maior da que a entendida como devida. Não há, desta forma, qualquer risco com o levantamento das importâncias depositadas. Não há, por outro lado, prejuízo no levantamento dos depósitos efetuados. Se t ivesse reconhecida como legítima a pretensão, estaria o oferente desonerado da mora e, com o leva ntamento da importância, estaria solvendo a obrigação. Se re jeitada sua pretensão, como veio a ocorrer, com o levantamento da

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importância pelo credor ainda ass im seria beneficiado, pois estaria o credor, ora agravante, recebendo valor me nor que aquele que entende devido, em prazo diverso do ajus tado, o que equivale a moratória. Agravo provido. (TJRS – AGI 70001449941 – 13ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio de Oli veira Canosa – J. 26.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – MONTEPIO DA BRIGADA MILITAR – ANTECIPAÇÃO DE TUTELA – Durante a tramitação de ação revisional de contratos bancários se justif ica determinação a instituição financeira no sentido de que se abstenh a de cadastrar o nome dos autores nos registros de devedores inadimplentes até final julgamento do fei to. Desconto em folha de pagamento decorrente de emprés timo. Possibilidade. É devido o desconto em folha de paga mento autorizado pelo funcionário público e previamente ajustado pelas partes quando firmaram a avença. Valor da cau sa. Nas ações em que a parte pretende revisar cláusulas con tratuais e encargos ditos abusivos, mostra- se adequado atribuir a causa o valor de alçada, diante da impossibilidade de afe rição de valor líquido e certo, posto depender do recálculo da dívida, após examinado o pleito revisional. Artigo 258, do Código de Processo Civil. Agravo provido em parte. (TJRS – AGI 70003680014 – 5ª C.Cív. – Relª Desª Ana Maria Nedel Scalzilli – J. 28.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – Demanda revisional de cunho declaratório não enseja o manejo de liquidação, por contrastar com a regra do art. 603 do CPC. Deram pr ovimento. Unânime. (TJRS – AGI 70003533833 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos – J. 20.02.2002 )

AGRAVO DE INSTRUMENTO – ARRENDAMENTO MERCANTIL – AÇÃO REVISIONAL – ANTECIPAÇÃO DE TUTELA – O agravado obteve a concessão de tutela, em 06/ 09/20 01, na ação possessória intentada contra a ora recorrente, sendo o manda do expedido em 10/09/2001. Assim, nesta fase, inviá vel a concessão da tutela de manutenção provisória do b em na posse da recorrente. – O pedido de vedação de protesto de títulos cambiários, encaminhado de forma genérica ( fls. 34,

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item a3), também não era d e ser deferido, segundo orientação deste colegiado. – Viabilidade de concessão de liminar obstativa da inscrição do nome do autor em banco de dados de consumo enquanto pendente demanda que tenha por objeto a definição da existência do débito ou seu m ontante. – 11ª conclusão do CETARGS. Agravo parcialmente provi do. (TJRS – AGI 70003457231 – 13ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio de Oliveira Canosa – J. 26.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – ARRENDAMENTO MERCANTIL – AÇÃO REVISIONAL – PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA – Depósito de prestações o contrato previa o pagament o de 24 parcelas mensais, cada uma no valor de r$ 558,89. A primeira prestação tinha seu vencimento aprazado para 05/01/ 1998. O contrato, assim, teria seu termo em 05/12/1999. O r ecorrente, pelo que se verifica da peça vestibular da conexa ação possessória, suspendeu os pagamentos em 05/05/1998, tendo pago 04 parcelas. Mesmo considerando a desnaturação do contrato, as prestações já encontram- se todas vencidas. Não se vê, assim, como autorizar depósito de segurança, em parcelas mensais (20 parcelas), dilatando o prazo c ontratual. No caso em exame, encontrando- se vencidas todas as contraprestações, o depósito deve compreender o tot al das parcelas. É que não há como se falar em parcelas vi ncendas, conside rando que a última teve seu vencimento aprazado para 05/12/2000. Manutenção provisória na posse do bem. A agravada já obteve, nos autos da ação possessória, a concessão da tutela antecipada pleiteada. Não se te m conhecimento sobre eventual revogação da lim inar concedida e nem se tal decisão foi atacada, via agravo de ins trumento. Não se vê, assim, nesta fase, como deferir a tutela pleiteada possível é a concessão da liminar obstativa de insc rição do nome do recorrente em bancos de dados de consumo e inadimp lentes, visto que relevante os fundamentos deduzido s na demanda revisional. Vedação de protesto a recorr ida já levou a aponte título vinculado ao contrato. O prot esto, por sua vez, já encontra- se lavrado desde 27/07/98. Assim, nesta parte, o pedido encontra-se prejudicado. – Por outro lado, a concessão de tal tutela, de forma genérica, inibiri a o acesso do credor aos remédios legais previstos no ordename nto

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jurídico para a satisfação do seu crédito. No senti do do descabimento de tal pretensão, em ação revis ional, genericamente, temos o AI nº 598 211 738, desta Câm ara, Rel . O eminente des. José Antônio Cidade Pitrez (j. Em 0 3/12/98), onde são indicados vários precedentes do extinto Tr ibunal de Alçada do Estado sobre a matéria. Cabe ao devedor, como ficou assentado, defender- se na via própria e adequada. Inversão do ônus da prova. A hipossuficiência do ag ravante, no caso dos autos, nesta fase do procedimento, não restou demonstrado. É que o Código de Defesa do Consumidor prevê que todo o consumidor é vulneráve l, isto, contudo, não quer dizer que todos sejam hipossuficiente. Na pres ente ação revisional o debate somente envolve questões de dir eito, o que pode ser verificado simplesmente pela análise d o contrato entabulado. Desnecessário, portanto, se fa z a declar ação da inversão do ônus da prova. Com efeito, send o discutida a validade de cláusulas contratuais, que podem ser verificadas mediante a simples leitura do contrato, desnecessário se faz a declaração de inversão do ôn us da prova. Agravo parcialmente provido. (TJRS – AGI 70003436896 – 13ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio de Oliveira Canosa – J. 26.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE MÚTUO – CRÉDITO ROTATIVO – INDEFERIMENTO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA – Não há qualquer ilegalida de no registro do nome do autor em cadastros de inadimplentes tendo em vista que, mesm o que afastados os juros objeto da ação revisional, reman esce a dívida original. Peculiaridades do caso concreto. A gravo desprovido. * (TJRS – AGI 70003519139 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Cacildo de Andrade Xavier – J. 20.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO REVISIONAL – PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA – FALTA DE PEÇA NECESSÁRIA – Verifica- se que o agravante, embora afirme não possuir cópia do contrato firmado entre as parte s, não trouxe qualquer outro documento para comprovar o alegado, isto é, a exigência de valores indevidos. Não se pode, assim, verificar a probabilidade da existência do direito alegado pe lo

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autor/agravante. Trata- se, assim, relativamente as tutelas pleit eadas, de agravo de instrumento mal instruído, vist o que não juntadas peças necessárias. Exibição de documen to- no caso em exame, o agravante, fundando a pretensão no Código de Defesa do Consumidor, faz pedido exibição de documentos e inversão do ônus da p rova. Não se trata, aqui, de inverter do ônus da prova, como deixou assentado o eminente des. Márcio Borges Fortes, quando do julga mento dos AI ns. 598 194 579 e 598 304 681, mas de aplica ção do princípio da carga dinâmica da prova, pela qual est á incumbida a parte que maior facilidade tem de produ zi-la em juízo. Agravo conhecido em parte e, nesta parte, pr ovido. (TJRS – AGI 70003136942 – 13ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio de Oliveira Canosa – J. 26.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO REVISIONAL – Exame dos pedidos de tutela antecipada postergados. Reconsideração parcial da decisão. O ato do juiz qu e posterga a análise de liminar. No caso o exame de tutela ant ecipada, de regra, é irrecorrível por tratar- se de despacho, nos termos do art. 504 do Cód igo de Processo Civil. Pode, contudo, caracterizar decisão interlocutória quando traz pre juízo a parte. É de se observar, neste passo, a lição do il ustrado ministro jubilado Athos Gusmão Carneiro (o novo rec urso de agravo e outros estudos, 3ª edição, foren se, fls. 17). O recurso, neste caso, tem sua abrangência limitada a urgência ou não da medida. A limitação referida, que importa em não avançar no exame do pedido deduzido em sede de tute la antecipada. Deferimento ou não da medida se explica por não ter ha vido decisão negativa em primeiro grau. Se assim nã o fosse entendido, haveria supressão de um grau de ju risdição. Reconsiderada parcialmente a decisão, é aplicável a espécie, relativamente ao ponto que restou apreciado, os ter mos do art. 529 do Código de P rocesso Civil, com redação determinada pela Lei nº 9139/95. Relativamente a po sse provisória do bem, não se vê, nesta fase, urgência no exame da medida. É de se lembrar que, mesmo em caso de concessão da tutela , a medida não impediria que o agravado viesse a intentar ação em busca do bem. – No que tange aos depósitos das parcelas, foram as mesmas admitidas p elo

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valor entendido como devido. Ausente, assim, o inte resse de recorrer. Agravo parcialmente conhecido e, nesta pa rte, improvido. (TJRS – AGI 70003269966 – 13ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio de Oliveira Canosa – J. 26.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO REVISIONAL – Contrato de adesão ao sistema Creditec de crédito ao consumi dor. Empréstimo pessoal. Pedido de tutela antecipada. Possibilidade d e vedação de inscrição do nome do autor como devedor em banco de dados de consumo e inadimplentes enquanto pendente demanda que tenha p or objeto a definição da existência do débito ou seu m ontante. 11ª conclusão do CETARGS e precedentes do Superior Tribuna l de Justiça. Pretensão de obstar sejam levados a protesto títulos vinculados ao contrato. Inviabilid ade. O pedido de não inscrição do nome do recorrente em ca rtórios de protestos envolve pretensão que importa em não apontamento e protestos de títulos. Não se vê, neste ponto, contudo, possibilidade de antecipação da tutela. A concessão de tal tutela inibiria o acesso do credor aos reméd ios legais previstos no ordenamento jurídico para a satisfação do seu crédito. No sentido do descabimento de tal pretensã o, em ação revisional, genericamente, temos o AI nº 598 2 11 738 , desta Câmara, Rel. O eminente des. José Antônio Cid ade Pitrez (j. Em 03.12.1998), onde são indicados vário s precedentes do extinto Tribunal de Alçada do Estado sobre a matéria. Cabe ao devedor, como ficou assentado, def ender- se na via própria e adequada. Agravo parcialmente prov ido. (TJRS – AGI 70003561388 – 13ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio de Oliveira Canosa – J. 26.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO REVISIONAL – Contrato de abert ura de crédito para financiamento direto ao usuário . Posse provisória do bem. – A matéria que diz com a vedação de encaminhamento do nome do autor para cadastros d e restrição ao crédito, tutela também deferida pela j ulgadora, não é objeto do presente recur so, visto que não devolvida a este grau de jurisdição. – A questão que diz com a ausência ou a escassa fundamentação, ante o consignado na pa rte inicial da decisão atacada, deverá ser levada a apr eciação do

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colegiado, muito embora tenha o signatário posiçã o firmada quanto a matéria. É que a julgadora não deixou de e xternar seu convencimento, reconhecendo a plausibilidade no pedido. (TJRS – AGI 70003431319 – 13ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio de Oliveira Canosa – J. 26.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO REVISIONAL – CARTÃO DE CRÉDITO – PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA – Viabilidade de concessão de liminar obstativa da in scrição do nome do autor em banco de dados de consumo enquanto pendente demanda que tenham por objeto a definição da existência do débito ou seu montante. – 11ª conclusão do CETARGS. Agravo provido. (TJRS – AGI 70003113230 – 13ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio de Oliveira Canosa – J. 26.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE PENSÃO – Montepio dos funcionários do município de Porto Alegre. Pre scrição. Em se tratando de relação jurídica de trato sucessivo, de natureza previdenciária, a prescrição e regida pelas normas da seguridade social. Prescrição qüinqüenal. Aplicação do disposto no art. 178, § 10, incisos i e II, do Códi go Civil. Apelo improvido. (TJRS – APC 70003423001 – 5ª C.Cív. – Relª Desª Ana Maria Nedel Scalzilli – J. 21.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE MÚTUO – APLICAÇÃO DO CDC – Figurando de um lado a empresa fornecedora de crédito e de outro o mutuário, estabelece-se cri stalina relação de consumo, incidindo na espécie as disposições do CDC. Juros remuneratórios. Não pactuados devem, em regra , ser fixados em 6% ao ano, a teor dos arts. 1.062 e 1.06 3 do CC, combinado com o art. 1º do Decreto nº 22.626/33. Po rém, pedido pelo mutuário a limitação em 12% ao ano, considerando esse patamar como razoável, assim são definidos. Precedente do tribunal. Capitalização me nsal. Inadmissível capitalização em qualquer periodicidad e, por ausência de previsão legal. Apelação desprovida, po r maioria. (TJRS – APC 70002994812 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO –

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APLICAÇÃO DO CDC – Figurando de um lado a empresa fornecedora de crédito e de outro o mutuário, estab elece-se cristalina relação de consumo, incidindo na espécie as disposições do CDC. Empresa fornecedora de crédito. Natureza. Losango fomento comercial Ltda. Ou losang o promotora de vendas Ltda. Não é instituição finance ira, de modo que não opera ao ab rigo da Lei de reforma bancária, que libera a convenção dos juros remuneratórios . Capitalização mensal. Inadmissível capitalização em qualquer periodicidade, por ausência de previsão legal. Sucu mbência. Invertida. Apelação provida. (TJRS – APC 7000279505 2 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO – ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM – EXTINÇÃO DA AÇÃO – A extinção de ação que pretende a nulidade de cláu sulas contratuais se impõe, p or ilegitimidade passiva, porque a demandada figura como mera coobrigada da avença pac tuada com instituições financeiras, que não figuram no pó lo passivo, as quais dispuseram sobre os juros e encar gos referidos na inicial. Precedentes jurisprudenciais. Negaram provimento. (TJRS – APC 70003538493 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO – Na hipótese do contrato de cartão de crédito, o us uário adquire mercadorias de empresas conveniadas e procede a retirada de numerário em Caixas 24 Horas para pagam ento em determinado prazo, mediante taxa de administração estipulada. Na eventualidade do incumprimento da obrigação o usuário confere a administradora, que salda pontu almente as pendências, poderes para financiar o valor devid o em instituição financeira, repassando- lhe os custos daí decorrentes. Não comprovada a má administração da operadora, não há que se discutir o preço dos custos e o valor dos encargos, já que mercadoria não é da administradora, que não é instituição financeira, m as obtida no mercado. Além disso, tendo em conta as peculiari dades e finalidade dos contratos de cartões de cré dito, o titular do

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cartão, ao aderir a contratação e aceitar as normas fixadas pela administradora, tem pleno conhecimento dos jur os e demais encargos que incidirão no negócio , caso ele optar pelo pagamento parcial das faturas ou financiar o s aldo existente, descabendo a pretensão de revisar o cont rato. Recurso de apelação improvido. (TJRS – APC 70003554 532 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel – J. 2 0.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO – JUROS REMUNERATÓRIOS – Não constitui abuso nem ilegalidade, a administradora do cartão de crédito transferir ao usuário os encargos financeiros relativos a capital obtido no mercado, de acordo com m andato contratual conferido pelo devedor, porque se trata de prática derivada de pac to previamente ajustado e estando os juros repassados em patamares que afastem manifesta situação de abusivi dade. Incidência dos juros até a inatividade da conta com a administradora, aplicando- se, após, os juros e encargos legais. Capitalização mensal. Inadmissível em perio dicidade mensal por ausência de previsão legal, porém, não h avendo recurso da parte contrária, permanece a anual defin ida na sentença. Repetição de valor es. Possível a repetição de indébito de modo simples, não em dobro, além das hi póteses de erro ou coação, quando houver crédito remanescen te decorrente de eventual pagamento a maior. Sucumbênc ia. Redimensionada. Apelação do autor desprovida a unanimidade, e parcialmente provida a da demandada por maioria. (TJRS – APC 70003084233 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO – JUROS REMUNERATÓRIOS – Não constitui abuso nem ileg alidade, a administradora do cartão de crédito tran sferir ao usuário os encargos financeiros relativos a capital obtido no mercado, de acordo com mandato contratual conferido pelo devedor, porque se trata de prática derivada de pac to previamente ajustado e estando os juros repassados em patamares que afastem manifesta situação de abusivi dade. Incidência dos juros até a inatividade da conta com a administradora, aplicando- se, após, os juros e encargos

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legais. Capitalização mensal. Inadmissível capitali zação em qualquer periodicidade, por ausência de previsão le gal. Repetição de indébito. Possível a repetição de indé bito, além das hipóteses de erro ou coação, quando houver créd ito remanescente decorrente de eventual pagamento a mai or. Multa contratual. Incide quando estipulada no contrato e estando em mora o devedor. Negócio posterior a vigê ncia da Lei 9.298/96 aplica- se a redução para 2%. Encargos contratuais. São devidos tendo em vista expressa pr evisão contratual. Sucumbência. Redimensionada. Apelação parcia lmente provida por maioria, e recurso adesivo desprovido a unanimidade. (TJRS – APC 70003046646 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO – JUROS REMUNERATÓRIOS – Não con stitui abuso nem ilegalidade, a administradora do cartão de crédito transferir ao usuário os encargos financeiros relativos a capital obtido no mercado, de acordo com mandato contratual conferido pelo devedor, porque se trata de prática derivada de pac to previamente ajustado e estando os juros repassados e m patamares que afastem manifesta situação de abusivi dade. Incidência dos juros até a inatividade da conta com a administradora, aplicando- se, após, os juros e encargos legais. Juros moratórios. Possível a sua incidência em 1% a . M. Desde que pactuados, caso dos autos. Litigância de má- fé. Não restando comprovada a ocorrência de nenhuma da hipóteses do art. 17 do CPC, não cabe a condenação da apelada como litigante de má- fé. Negaram provimento a apelação, por maioria. (TJRS – APC 70003121704 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21. 02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO – CLÁUSULA MANDATO E JUROS REMUNERATÓRIOS – Não constitui abuso nem ilegalidade, a administ radora do cartão de crédito transferir ao usuário os encargos financ eiros relativos a capital obtido no mercado, de acordo co m mandato contratual conferido pelo devedor, porque se trata de prática derivada de pacto previamente ajustado e estando os juros

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repassados em patamares que afastem manifesta situaç ão de abusividade. Incidência dos juros até a inatividade da conta com a administradora, aplicando- se, após, os juros e encargos legais. Repetição de valores. Pedido estra nho a lide. Proibição de inscriçã o do devedor em órgãos de proteção ao crédito. A matéria encontra- se pacificada na jurisprudência da corte e do STJ no sentido de proibir o credor de in screver o devedor em órgãos de proteção ao crédito (SERASA, S PC, etc. ) Enquanto perdurar ação revisiona l que discuta em juízo a composição da dívida. Sucumbência. Redefinida. Ap elação parcialmente conhecida a unanimidade, e parcialment e provida por maioria. (TJRS – APC 70003012168 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21.02 .2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO – CASO CONCRETO – MATÉRIA DE FATO – INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL – CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO – Tendo em conta as peculiaridades e finalidade dos contratos de cartão de crédito, o titular do car tão ao aderir a contratação e aceitar as normas fixadas pela admini stradora, tem pleno conhecimento dos juros e demais encargos que incidirão no negócio, caso ele optar pelo pagamento parcial das faturas ou financiar o saldo existente, descabe ndo a pretens ão de revisar o contrato atento ao fato, ainda, de que não se observa a cobrança de encargos e juros abusi vos capaz de ensejar a nulidade de cláusulas do contrat o (AC nº 598259745). Apelo provido e recurso adesivo prejudi cado. (TJRS – APC 70003439908 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Vicente Barrôco de Vasconcellos – J. 13.03.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO – CASO CONCRETO – MATÉRIA DE FATO – INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL – CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO – Tendo em conta as peculiar idades e finalidade dos contratos de cartão de crédito, o titular do cartão ao aderir a contratação e aceitar as normas fixadas pela admini stradora, tem pleno conhecimento dos juros e demais encargos que incidirão no negócio , caso ele optar pelo pagamento parcial das faturas ou financiar o saldo existente, descabendo a pretensão de revisar o contrato atento ao fato, ainda, de que não se

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observa a cob rança de encargos e juros abusivos capaz de ensejar a nulidade de cláusulas do contrato (AC nº 598259745). Apelo desprovido. (TJRS – APC 70003436151 – 15ª C.C ív. – Rel. Des. Vicente Barrôco de Vasconcellos – J. 13.03.200 2)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO – CASO CONCRETO – MATÉRIA DE FATO – INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL – CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO – Tendo em conta as peculiaridades e finalidade dos contratos de cartão de crédito, o titular do cartão ao aderir a contratação e aceitar as normas fixadas pela administradora, tem pleno conhecimento dos juros e demais encargos que incidirão no negócio, caso ele optar pelo pagamento parcial das faturas ou financiar o saldo existente, descabe ndo a pretensão de revisar o contrato aten to ao fato, ainda, de que não se observa a cobrança de encargos e juros abusi vos capaz de ensejar a nulidade de cláusulas do contrat o (AC nº 598259745). Primeiro apelo provido e segundo prejud icado. (TJRS – APC 70003531258 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Vicente Barrôco de Vasconcellos – J. 13.03.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO – APLICAÇÃO DO CDC – Figurando de um lado a administradora e de outro o usuário, estabelece- se relação de consumo, incidindo na espécie as disposições do CDC . Juros remuneratórios. Não constitui abuso nem ilegalidade , a administradora do cartão de crédito transferir ao u suário os encargos financeiros relativos a capital obtido no mercado, de acordo com mandato contratual conferido pelo devedo r, porque se trata de prática derivada de pacto previamente ajustado e estando os juros repassados em patamares que afastem manifesta situação de abusividade. Incidênc ia dos juros até a inatividade da conta com a administrado ra, aplicando-se, após, os juros e encargos legais. Capitalização. Inexistente previsão legal a autorizá- la para o caso, não há que se admitir a capitalização em qualquer periodic idade. Sucumbência. Redimensionada. Apelação parcialmente provida, por maioria. (TJRS – APC 70003134681 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21.02 .2002)

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AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO – APLICAÇÃO DO CDC – Figurando de um lado a administradora e de outro o usuário, estabelece- se relação de consumo, incidindo na espécie as disposições do CDC. Juros remuneratórios. Não constitui abuso nem ilegalidade , a administradora do cartão de crédito transferir ao u suário os encargos financeiros relativos a capital obtido no mercado, de acordo com mandato contratual conferido pelo devedo r, porque se t rata de prática derivada de pacto previamente ajustado e estando os juros repassados em patamares que afastem manifesta situação de abusividade. Incidênc ia dos juros até a inatividade da conta com a administrado ra, aplicando-se, após, os juros e encargos l egais. Capitalização. Inexistente previsão legal a autorizá- la para o caso, não há que se admitir a capitalização em qualquer periodic idade. Repetição e compensação de valores. Possível a repe tição de indébito, além das hipóteses de erro ou coação, qua ndo houver crédito remanescente decorrente de eventual pagamento a maior. Compensação. Cabível operar- se a compensação porventura superveniente por ser corolá rio básico da revisão de dívidas. Permissivo legal do C C, art. 1.009 c/c art. 964. Inscrição em cadast ros de inadimplentes. A matéria encontra- se pacificada na jurisprudência da corte e do STJ no sentido de proibir o credor de inscrever o d evedor em órgãos de proteção ao crédito (SERASA, SPC, etc. ) Enquanto perdurar ação revisional que discuta em juízo a composição da dívida. Dita medida pode ser concedida em anteci pação de tutela face a presença dos requisitos para tanto, a medida que o devedor não pode ser tratado como inadimplente en quanto aguarda manifestação do poder judiciário a respeito . Sucumbência . Redimensionada. Apelação parcialmente provida, por maioria. (TJRS – APC 70003095676 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21.02 .2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO FIXO – APLICAÇÃO DO CDC – Figurando de u m lado a empresa fornecedora de crédito e de outro o mutuário, estabelece- se cristalina relação de consumo, incidindo na espécie as disposições do CDC. Revisão de contratos extintos. Não se revisam, em nome da segurança do a to

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jurídico perfeito. Demonstrad a a existência de novação, impõe- se a revisão apenas nos contratos vigentes, respeitando- se os negócios contratados e cumpridos. Juros remuneratórios. Pendente de regulamentação o art. 1 92 § 3º da Constituição Federal, como já decidiu o STF, inaplicável e a limitação das taxas de juros em 12% ao ano. Impos sibilidade de limitação com fundamento em legislação infraconstitucional, pois as instituições f inanceiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional não se a plicam as disposições do Decreto 22.626/33. Observância do pr incípio pacta sunt servanda, mesmo em sua relatividade. Capitalização mensal. Inadmissível capitalização, p or ausência de previsão legal. Correção monetária. IGP -M. Considerando o IGP- M como o fator de correção que melhor reflete a desvalorização da moeda, deve prevalecer, substituindo qualquer outro. Comissão de permanênci a. Mostra- se ilegal e abusiva a pretensa cobrança da comissão de permanência, fixada unilateralmente pelo credor, e x vi do art. 115 c/c art. 145, V, do CC, e art. 51, IV, do CDC. Encargos moratórios. Incidem desde que expressamente pactuad os e existindo a mora. Sucumbência. Redimensionada. Preliminares rejeitadas e ape lação parcialmente provida. (TJRS – APC 70002607653 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE – JUROS REMUNERATÓRIOS – Pendente de regulamentação o art. 192 § 3º da Constituição Federal, como já decidiu o STF , inaplicável e a limitação das taxas de juros em 12% ao ano. Impossibilidade de limitação com fundamento em legi slação infraconstitucional, pois as instituições financeir as integrantes do Sistema Financeiro Nacional não se aplicam as disposições do Decreto 22.626/33. Observância do pr incípio pacta sunt servanda, mesmo em sua relatividade. Inc idência dos juros contratados até a inativação da conta, nã o verificada tendo em vista que o correntista ti nha se utilizado do numerário (r$ 893,18), aplicando- se, após, os juros e encargos legais. Capitalização de juros. Inexistent e previsão

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legal para a capitalização mensal, é de ser excluíd a. Correção monetária. Deve ser aplicado o IGP-M como fator de correç ão, por melhor refletir a desvalorização da moeda. Sucu mbência. Redimensionada. Apelação parcialmente provida, por maioria. (TJRS – APC 70003120540 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO D E ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE – JUROS REMUNERATÓRIOS – Não pactuados e não indicada a taxa em extratos devem, em regra, ser fixados em 6% ao a no, a teor dos arts. 1.062 e 1.063 do CC, combinado com o art. 1º do Decreto nº 22.626/33. Porém, pedido pelo correntista a limitação em 12% ao ano, considerando esse patamar como razoável, assim são definidos. Precedente do tribun al. Capitalização mensal. Inadmissível, na espécie, cap italização mensal de juros, por ausência de previsão legal. Co rreção monet ária. Considerando que a TR consiste em taxa remuneratória do mercado financeiro e não índice de correção monetária, deve ser aplicado o IGP-M como fator de correção, por melhor refletir a desvalorização da moeda. Comi ssão de permanência. Ainda que não venha cumulada com a cor reção monetária, mostra- se ilegal e abusiva a pretensa cobrança da comissão de permanência, fixada unilateralmente pel o credor , ex vi do art. 115 c/c art. 145, V, do CC. Apelação desprovida. (TJRS – APC 70003077138 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 28.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE – REVISÃO JUDICIAL – POSSÍVEL O EXAME DA RELAÇÃO CONTRATUAL PELO CDC E PELO DIREITO COMUM PARA ADEQUAÇÃO DO CONTRATO AOS PARÂMETROS LEGAIS E RAZOÁVEIS – APLICAÇÃO DO CDC – Figurando de um lado a instituição financeira, na condição de fornecedora da quantia c reditada, e de outro, o correntista creditado, estabelece- se cristalina relação de consumo, incidindo na espécie as disposi ções do CDC. Juros remuneratórios. Pendente de regulamentaç ão o art. 192 § 3º da Constituição Federal, como já deci diu o STF, inaplicável e a limitaçã o das taxas de juros em 12% ao ano.

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Impossibilidade de limitação com fundamento em legi slação infraconstitucional, pois as instituições financeir as integrantes do Sistema Financeiro Nacional não se a plicam as disposições do Decreto 22.626/33. Observância d o princípio pacta sunt servanda, mesmo em sua relatividade. Inc idência dos juros contratados até a inativação da conta, ap licando- se, após, os juros e encargos legais. Multa contratual. Incide quando estipulada no contrato e estando em mora o d evedor. Negócio posterior a vigência da Lei 9.298/96 reduz- se o percentual contratado para 2%correção monetária. Considerando que a TR consiste em taxa remuneratóri a do mercado financeiro e não índice de correção monetár ia, deve ser aplicado o INPC como fator de corre ção, por melhor refletir a desvalorização da moeda. Capitalização m ensal. Inadmissível, na espécie, capitalização mensal de j uros, por ausência de previsão legal. Comissão de permanência . Mostra- se ilegal e abusiva a pretensa cobrança da comissão de perman ência, fixada unilateralmente pelo credor, ex vi do art. 115 c/c art. 145, V, do CC, e art. 51, IV, do CDC. Repetição de indébito em dobro. Inviável a repetição de indéb ito em dobro sob pena de se propiciar o enriquecimento sem causa. Sucumbência. Redimens ionada. Apelação do banco parcialmente provida por maioria, e recurso adesivo parcialmente provido a unanimidade. (TJRS – APC 70002780690 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO E EMBARGOS À EXECUÇÃO – CONFISSÃO DE DÍVIDA – POSSIBILIDADE DE REVISÃO LIMITADA AO CONTRATO EM ABERTO – APLICAÇÃO DO CDC – Juros remuneratórios não limitados quando não demonstrada excessiva onerosidade. Capitalização de juros inadmitida porque ausente su bst rato legal. Comissão de permanência não incidente , eis que cláusula potestativa. Multa contratada de 2%. Repet ição do indébito inadmitida ante a ausência de prova do pag amento por dolo ou culpa do credor. Vedada a inscrição do mutuário nos cadastros de cr édito enquanto não decidida a lide. Recurso provido, em parte. (TJRS – APC 70002430544 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel – J. 20.02 .2002)

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AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO – POSSIBILIDADE DE REVISÃO E APLICAÇÃO DO CDC – Juros remunera tórios limitados quando demonstrada excessiva onerosidade. Capitalização mensal afastada porque s em substrato legal específico. Comissão de permanência não incidente, eis que cláusula potestativa. Multa como contratada (2%). Juros de mora de 1 % ao mês. TR não incidente porque não contratada. Recurso conhecido em parte e parcia lmente provido. (TJRS – APC 70002441210 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO – ILEGITIMIDADE ATIVA – PESSOAS FÍSICA E JURÍDICA – Confusão entre as pessoas física e jurídica, tratan do-se de firma individual, reconhecida. Precedentes jurispru denciais. Falta de prova da forma de constituição da pessoa j urídica. Ônus da agravante. Negaram provimento. (TJRS – AGI 70003444296 – 19ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Rafael dos Santos Júnior – J. 26.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO – Contrato de limite de crédito real empresa plus. Caso concreto. Matéria de fato. Interpretação de cláusula contratual. Código de Defesa do Consumidor. Limite constitucional dos juros. Jur os moratórios. Capitalização. Correção monetária. Comi ssão de permanência. Multa. Repetição de indébito. Compensa ção. Apelo provido em parte. (TJRS – APC 70003570751 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Vicente Barrôco de Vasconcellos – J. 13.03.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO – CONTRATO DE FINANCIAMENTO – POSSIBILIDADE DE REVISÃO E APLICAÇÃO DO CDC – REVISÃO INADMITIDA PARA CONTRATOS QUITADOS – Juros remuneratórios limitados quando demonstrada exce ssiva onerosidade. Juros de mora como contratados. Capitalização mensal inadmitida p orque sem substrato legal específico. Comissão de permanê ncia afastada porque cláusula potestativa. Repetição do indébito não acolhida ante a ausência da prova do erro no p agamento. Recurso do requerente provido em parte e desprovida a

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apelação da requerida. (TJRS – APC 70002469567 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO – PO SSIBILIDADE DE REVISÃO E APLICAÇÃO DO CDC – Juros remuneratórios limitados quando demonstrada excessiva onerosidade. Questão d e fato . Capitalização mensal afastada porque sem substrat o legal específico. Comissão de permanência não incidente, eis que cláusula potestativa. Recurso desprovido. (TJRS – APC 70002429579 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO – POSSIBILIDADE DE REVISÃO LIMITADA A PARTIR DA RENEGOCIAÇÃO – APLICAÇÃO DO CDC – PERÍCIA DESNECESSÁRIA – Juros remuneratórios limitados quando demonstrada excessiva onerosidade. Capitalização mensal afastada porque sem substrato legal. Comissão de permanência excluída, eis que cláusula potestativa. Repetição do indébito não admitida ante a ausência da prova do pagamento por dolo ou culpa do credor. Multa reduzida para 2%. Preliminar rejeitada e recu rso parcialmente provido . (TJRS – APC 70002371714 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO – Contrato de abertura de crédito em conta corrente – Cheque especial. Matéria de fato. Caso concreto. Interpretação de cl áusula contratual. Limite da revisão. Limitação constituci onal dos juros. Capitalização. Multa. Repetição de indébito. Apelo provido em parte. (TJRS – APC 70003677846 – 15ª C.C ív. – Rel. Des. Vicente Barrôco de Vasconcellos – J. 27.0 2.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO – Contrato de abertura de crédito em conta corrente – Cheque espe cial – Pessoa física. Matéria de fato. Caso concreto. Inte rpretação de cláusula contratual. Limitação constitucional dos j uros. Capitalização. Comissão de permanência. Multa. Dano moral. Primeiro apelo provido em parte e segundo desprovid o. (TJRS – APC 70003671823 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Vicente Barrôco de

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Vasconcellos – J. 27.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO – Contrato de abertura de crédito e conta corrente cheque- ouro cláusulas especiais. Contrato de adesão a produtos e serviços . Matéria de fato. Caso concreto. Interpretação de cláusula c ontratual. Código de Defesa do Consumidor. Limitação constituc ional dos juros. Capitalização. Comissão de permanência . Multa. Devolução em dobro. Inscrição da devedora no rol de maus pagadores. P rimeiro apelo provido e segundo desprovido. (TJRS – APC 70003014057 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Vicente Barrôco de Vasconcellos – J. 27.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO – Contrato de abertura de crédito em conta corrente – Pessoa jurí dica – Conta empresarial. Caso concreto. Matéria de fato. Interpretação de cláusula contratual. Código de Def esa do Consumidor. Limite da revisão. Limite constituciona l dos juros. Capitalização. Correção monetária. Multa. Re petição de indébito. Apelo provido em parte e recurso adesivo desprovido. (TJRS – APC 70003626397 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Vicente Barrôco de Vasconcellos – J. 27.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO – Contrato de abertura de crédito em conta corrente cheque especi al pessoa físi ca. Caso concreto . Matéria de fato. Interpretação de cláusula contratual. Limite da revisão. Limite cons titucional dos juros. Capitalização. Correção monetária. Multa . Repetição de indébito. Compensação. Apelos providos em parte. (TJRS – APC 70003184793 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Vicente Barrôco de Vasconcellos – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO – CONTRATO CREDICOMP PF CONFISSÃO DE DÍVIDA PRÉ-FIXADO – MATÉRIA DE FATO – CASO CONCRETO – INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL – LIMITAÇÃO CONSTITUCIONAL DOS JUROS – JUROS MORATÓRIOS – COMISSÃO DE PERMANÊNCIA – MULTA – DANO MORAL – Primeiro apelo provido em parte e segundo desprovid o. (TJRS – APC 70003266442 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Vicente Barrôco de Vasconcellos – J. 20.02.2002)

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AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO – POSSIBILIDADE DE REVISÃO E APLICAÇÃO DO CDC – Juros remuneratórios limitados quando demonstrada excessiva onerosidade (18,36% ao mês). Cabível, no caso, a compensação do s valores. Apelo improvido. (TJRS – APC 70003488392 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel – J. 20.02 .2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO – CÉDULA RURAL – POSSIBILIDADE DE REVISÃO – APLICAÇÃO DO CDC – Juros remuneratórios não limitados quando não demonstrada excessiva onerosidade. Capitalização mensal adm itida quando contratada. TR não contratada e não incident e. Multa como estipulada. Inadmissibilidade de elevação dos encargos na inadimplência (comissão de permanência), além de 1% ao ano de juros de mora. Repetição do indébito inacolh ida ante a ausência d e prova da ocorrência de dolo ou culpa do credor. Vedação de inscrição nos cadastros de crédito até o trânsito em julgado. Recurso provido, em parte. (TJRS – APC 70002441046 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CARTÃO DE CRÉDITO – REVISÃO JUDICIAL – Possível o exame da relação contratual pelo CDC e pelo direito comum para adequação do contrato aos parâmetros legais e razoáveis. Juros remuneratórios . Não constitui abuso nem ilegalidade, a administradora d o cartão de crédito transferir ao usuário os encargos financ eiros relativos a capital obtido no mercado, de acordo co m mandato contratual conferido pelo devedor, porque se trata de prática derivada de pacto previamente ajustado e estando os juros repassados em patamares que afastem manifesta situação de abusividade. Incidência dos juros até a inatividade da conta com a administradora, aplicando- se, após, os juros e encargos legais. Repetição de indébito. Possível a repetição de indébito, além das hipóteses de erro ou coação, quando houver crédito remanescente decorrente de eventual pagamento a maior. Sucumbência. Redimensionada. Ape lação parcialmente provida, por maioria. (TJRS – APC 70003292877 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villar inho – J. 21.02.2002)

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AÇÃO REVISIONAL DE CARTÃO DE CRÉDITO – REVISÃO DE CONTRATOS QUITADOS – Não se revisam, em nome da segurança do ato jurídico perfeito. Demonstrada a e xistência de pagamentos, impõe- se a revisão a partir destes. Juros remuneratórios e cláusula mandato. Não constitui abuso nem ilegalidade, a administradora do cartão de crédito transferir ao usuário os encargos financeiros relativos a capital obtido no mercado, de acordo com mandato contratual conferido pelo devedor, porque se trata de prática der ivada de pacto previamente ajustado e estando os juros repassados em patamares que afastem manifesta situação de abusivi dade. Incidência dos juros até a inatividade da conta com a administradora, aplicando- se, após, os juros e encargos legais. Aplicação do CDC. Figurando de um lado a administradora e de outro o usuário, estabelece- se relação de consumo, incidindo na espécie as disposições do CDC . Repetição de indébito. Possível a repetição de indé bito, além das hipóteses de erro ou coação, quando houver cré dito remanescente decorrente de eventual pagamento a mai or. Preparo. Deserção. Conforme preceitua o art. 511 do CPC, no ato da interposição do recurso deve o recorrente co mprovar o respectivo preparo sob pena de deserção . Não prova da a ocorrência de justa causa, consoante art. 183 do CPC, com a protocolização opera- se preclusão consumativa ao direito de preparo. Precedentes deste tribunal e do STJ. Sucum bência. Redefinida . Apelação parcialmente provida por maio ria, e recurso adesivo não conhecido a unanimidade. (TJRS – APC 70003017944 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL DE CARTÃO DE CRÉDITO – APLICAÇÃO DO CDC – Figurando de um lado a administradora e de outro o usuário, estabelece-se relação de con sumo, incidindo na espécie as disposições do CDC. Juros remuneratórios . Não constitui abuso nem ilegalidade, a administradora d o cartão de crédito transferir ao usuário os encargos financ eiros relativos a capital obtido no mercado, de acordo co m mandato contratual conferido pelo devedor, porque se trata de prática derivada de pacto previamente ajustado e estando os juros repassados em patamares que afastem manifesta situa ção de

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abusividade. Incidência dos juros até a inatividade da conta com a administradora, aplicando- se, após, os juros e encargos legais. Capitalização mensal. Inexistente previsão legal a autorizá-la para o caso, não há que se admi ti- la, porém, não havendo recurso da parte contrária, permanece a periodicidade anual definida na sentença. Cor reção monetária. O IGP- M e o fator de correção que melhor reflete a desvalorização da moeda. Multa. Contrato celebrado posteriormente a Lei nº 9.268/96, impõe- se a redução do percentual para 2%. Compensação de valores. Não con heço do pedido diante da ausên cia de interesse recursal tendo em vista a sentença ter admitido. Apelação do réu desp rovida a unanimidade, e apelação do autor desprovida por mai oria. (TJRS – APC 70003059276 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL – DIRECIONAMENTO A ENTIDADE CO-DEVEDORA – Ilegitimidade flagrante da demandada, nem mesmo de forma indiciária resulta confirmada imputa da participação no resultado operacional. Apelo despro vido. (TJRS – APC 70003532868 – 16ª C.Cív. – Rel. De s. Paulo Augusto Monte Lopes – J. 27.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CRÉDITO PESSOAL – JUROS REMUNERATÓRIOS – Ante o julgamento da ADIN nº 4- 7/DF, firmou-se entendimento no sentido da não auto- aplicabilidade do art. 192, § 3º, da CF/88, sendo vedado ao le gislador infraconstitucional contrariar suas disposições, an te a eficácia negativa intrínseca as normas constitucion ais de efeito limitado. Ademais, cuidando- se de hipótese de pactuação abusiva de juros considerada a conjuntura econômica atual do país, pro vocando onerosidade excessiva em detrimento do consumidor, deve ser nulificada a respectiva cláusula, com aplicação do disposto no a rt. 51, IV e § 1º, III, todos do CDC. Flagrada, no caso concreto , pactuação abusiva de juros remuneratórios, impõe-se a redu ção a 12% (doze por cento) ao ano, taxa compatível com a legi slação constitucional e infraconstitucional , bem como com a nova conjuntura socioeconômica. Capitalização. Ausente autorização legal prevalece o disposto no art. 4º d o d. Nº

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22.626/33, o que afa sta tal possibilidade por se tratar de contrato com prazo inferior a um (1) ano. Juros de mora. Ausente convenção, prevalece a taxa legal, sendo in egável a mora do devedor. Comissão de permanência. Pactuada com violação ao disposto no art. 115, C. Civil, a fastando sua exigibilidade. Compensação e/ou repetição do indébi to. Atendendo o devedor pelo menos em parte três (3) da s prestações e de forma voluntária, desatende o pleit o o disposto no art. 965, C. Civil. Apelo provido em pa rte. (TJRS – APC 70003926664 – 16ª C.Cív. – Rel. Des. Paulo Augusto Monte Lopes – J. 20.03.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CRÉDITO PESSOAL – JUROS REMUNERATÓRIOS – Ante o julgamento da ADIN nº 4- 7/DF, firmou-se entendimento no sentido da não auto- aplicabilidade do art. 192, § 3º, da CF/ 88, sendo vedado ao legislador infraconstitucional contrariar suas disposições, an te a eficácia negativa intrínseca as normas constitucion ais de efeito limitado. Ademais, cuidando- se de hipótese de pactuação abusiva de juros considerada a conjuntura econôm ica atual do país, provocando onerosidade excessiva em detrimento do consumidor, deve ser nulificada a respectiva cláusula, com aplicação do disposto no a rt. 51, IV e § 1º, III, todos do CDC. Flagrada, no caso concreto , pactuação abusiva de juros remuneratórios, impõe- se a redução a 12% (doze por cento) ao ano, taxa compatível com a legi slação constitucional e infraconstitucional , bem como com a nova conjuntura socioeconômica. Capitalização. Ausente autorização legal prevalece o disposto no art. 4º d o d. Nº 22.626/33, o que afasta tal possibilidade por se tr atar de contrato com prazo inferior a um (1) ano. Juros de mora. Ausente convenção, prevalece a taxa legal, sendo in egável a mora do devedor. Comissão de permanência. Pactuada com violação ao disposto no art. 115, C. Civil, afastando sua exigibilidade. Correção monetária. Indexador IGP- M. Compensação e/ou repetição do indébito. Atendendo o devedor pelo menos em parte três (3) das prestações e de forma voluntária, desatende o pleito o disposto no art. 965, C. Civil. Apelo provido em parte. (TJRS – APC 70003723 889 – 16ª C.Cív. – Rel. Des. Paulo Augusto Monte Lopes – J. 2 0.03.2002)

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AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE FINANCIAMENTO E CONTRATO DE EMPRÉSTIMO – APLICABILIDADE DO CDC – O Código de Defesa do Consum idor rege as operações bancárias, por se tratar de relações de consumo. Ju ros remuneratórios. Limitação. Mesmo que não se admita a limitação dos juros remuneratórios em 12% ao ano co m fundamento no disposto constitucional – Parágrafo 3º do art. 192 da Constituição Federal – Nem com base na Lei de Usura, não pode persistir, em face da excessiva abusividad e ou onerosidade, bem como ofensa ao CCB e ao CDC, a cob rança dos juros as taxas de 9,5% e 9,3% ao mês, após a im plantação do plano real. Capitalização. Nos contratos sub judice não se admite a capitalização de juros, pois apenas é admi tida quando fundada em Lei Especial . Anotação do nome d o devedor nos cadastros de maus pagadores. Correta a proibição da anotação do nome do devedor nos cadast ros de maus paga dores até o trânsito em julgado da decisão. Sucumbência. Não é caso de majoração da verba honor ária, em face da singeleza da demanda . No entanto, com o provimento do apelo nos demais pontos, devem ser in vertidos os ônus da sucumbência, porém, em face da f alta de amparo legal do critério utilizado pela sentenciante, os h onorários advocatícios são fixados em reais. Deram parcial pr ovimento a apelação. Unânime. (TJRS – APC 70003702297 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos – J. 06.03.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE FINANCIAMENTO – POSSIBILIDADE DE REVISÃO – Mesmo não tendo havido qualquer fato extraordinário ou imprevisível que te nha tornado excessivamente onerosa a contratação, é possível a revisão do contrato, diante da abusiv idade de algumas cláusulas, em face da aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor . Juros remuneratórios. Limitação. Mesmo que não se admita a limitação dos juros remuneratórios em 12% ao ano co m fundamento no disposto constitucional – Parágrafo 3 º do art. 192 da Constituição Federal. Nem com base na Lei de Usura, não pode persistir, em face da excessiva abusividade ou onerosidade, bem como ofen sa ao CCB e ao CDC, a cobrança dos juros a taxa de 10,80% ao mês, após a implantaç ão do plano

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real. Correção monetária. Com a limitação dos juros remuneratórios em 12% ao ano, deve ser recomposto o valor da moeda, devendo ser aplicado o IGP-M como indexado r. Repetição do indébito. Não tendo havido sequer aleg ação da existência de erro, dolo ou culpa quando do pagamen to , descabe a repetição do indébito. Anotação do nome d a devedora nos cadastros de maus pagadores. Correta a proibiçã o da anotação do nome da devedora nos cadastros de maus pagadores até o trânsito em julgado da decisão. Suc umbência. Com o provimento parcial do apelo da autora, deve a instituição financeira arcar com a integralidade dos ônus da su cumbência. Negaram provimento a primeira apelação e deram provimento, em parte, a segunda. Unânime. (TJRS – APC 700033144 57 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcel los – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE FINANCIAMENTO – Limitação dos juros a taxa de 12% ao ano, face ao D ecreto nº 22626/33. Aplicação do Código de Defesa do Consumid or. Vedação de capitalização mensal, segundo art. 4 º d o Decreto nº 22626/33. Nulidade da cláusula que prevê cumulaç ão de correção monetária e comissão de permanência. Apelo provido. * (TJRS – APC 70003550662 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Cacildo de Andrade Xavier – J. 20.02.2002)

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AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE FINANCIAMENTO – APLICABILIDADE DO CDC – O Código de Defesa do Consumidor rege as operações bancárias, por se trat ar de relações de consumo. Juros remuneratórios. Limitação. Mesmo que não se admita a limitação dos juros remuneratórios em 12% ao ano com fundamento no disp osto constitucional – Parágrafo 3º do art. 192 da Constituição Federal – Nem com base na Lei de Usura, não pode persistir, em face da excessiva abusividade e onerosidade, bem c omo ofensa ao CCB e ao CDC, a cobrança dos juros a taxa de 8,70% ao mês, após a implantação do plano real. Sucumbência. Com o provimento do apelo, a instituiç ão financeira deve arcar com a integralidade do s ônus da sucumbência. Deram provimento. Unânime. (TJRS – APC 70003670718 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE FINANCIAMENTO – APLICABILIDADE DO CDC – O Código de Defesa do Consum idor rege as operações bancárias, por se tratar de relações de consumo. Juros remuneratórios. Limitaçã o. Mesmo que não se admita a limitação dos juros remuneratórios em 12% ao ano com fundamento no disp osto constitucional – Parágrafo 3º do art. 192 da Cons tituição Federal – Nem com base na Lei de Usura, não pode persistir, em face da excessiva abusividade e onerosidade, bem como ofensa ao CCB e ao CDC, a cobrança dos juros a taxa de 16% ao mês, após a implantação do plano real. Capitaliz ação. No contrato su b judice não se admite a capitalização de juros, pois apenas é admitida quando fundada em Lei Especi al. Comissão de permanência. Nula é a cláusula que prev ê o pagamento de comissão de permanência calculada de a cordo com as taxas praticadas pela instituição financeira no dia do pagamento, por infringir o art. 115 do Código Civil . Juros moratórios. Admite- se que pela mora dos juros contratados estes sejam elevados de 1% e não mais (Dec. 22.626/ 33, art. 5º). Multa moratória. Inócuo o apelo neste ponto, p ois al ém de já ter sido contratada em 2% sobre o valor do débit o, a autora não manifestou inconformidade a respeito de sua cob rança. Anotação do nome da devedora nos cadastros de maus

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pagadores. Correta a proibição da anotação do nome da devedora nos cadastros d e maus pagadores até o trânsito em julgado da decisão. Compensação. Nenhum prejuízo tr ará a instituição financeira a compensação dos valores já pagos com o saldo devedor, após o expurgo dos juros exorb itantes. Sucumbência. Mesmo com o provimento parcial do apelo, devem ser mantida a condenação da instituição finan ceira ao pagamento dos ônus da sucumbência, porém, em face d a extinção da URH, os honorários advocatícios são fix ados em reais. Deram parcial provimento. Unânime. (TJRS – APC 70003524196 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE EMPRÉSTIMO – Tendo a sentença sido favorável a apelante no tocante a a capitalização, não há de ser conhecido o recurso, n o tocante, por ausência de pre juízo. Juros remuneratórios limitados a 12% ao ano. Incidência do CDC. Capitalização afasta da no contrato de empréstimo, inexistente legislação auto rizadora. Apelo parcialmente conhecido e provido. (TJRS – APC 70003353869 – 16ª C.Cív. – Relª Desª Helena Cunha V ieira – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE EMPRÉSTIMO – Pedido de concessão de assistência judiciária gratuita já deferido em primeira instância. Revisão dos contratos anteriore s. Tratando-se de direito disponível, a continuidade d a relação negocial importa a aquiescência com os lançamentos dos encargos, motivo pelo qual, somente o contrato em a berto é passível de revisão. Existente na inicial pedido de revisão de todos os contratos firmados entre as partes, resta possibilitada a revisão do contrato de fls. 38/40, tão-somente. Deram parcial provimento a apelação. Unânime. (TJRS – APC 70003721990 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos – J. 06.03.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE EMPRÉSTIMO – APLICABILIDADE DO CDC – O Código de Defesa do Consumidor rege as operações bancárias, por se trat ar de

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relações de consumo. Juros remuneratórios. Limitaçã o. Prevalecem os juros contratados 2,8% ao mês – Quando não verificada excessiva onerosidade ou abusividade, um a vez que já decidida pelo STF a não auto- aplicabilidade do parágrafo 3º do art. 192 da Constituição Federal. Capitalização. No contrato sub judice não se admite a capitalização de juros, pois apenas é admitida quan do fundada em Lei Especial. Uso da TR como inde xador da correção monetária. A TR, porque instituída pela Le i nº 8.177/91, e índice oficial de correção monetária, m as só pode ser utilizada quando expressamente pactuada no cont rato. In casu, não houve contratação, devendo prevalecer o I GP-M. Honorários a dvocatícios. Majorados os honorários advocatícios fixados na sentença. Sucumbência. Com o provimento parcial do apelo da instituição financei ra, são redimensionados os ônus da sucumbência, porém, em f ace da extinção da URH, os honorários advocatícios são fixados em reais. Deram parcial provimento a apelação e pro veram o recurso adesivo. Unânime. (TJRS – APC 70003730520 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcel los – J. 06.03.2002)

AÇÃO REVISIONAL – Contrato de abertura de crédito e escr itura pública de abertura de crédito pessoal. Impossibilidade de revisão. Tendo sido desfeito o v ínculo contratual que mantinham as partes, é inviável a re visão, sob pena de ofensa ao ato jurídico perfeito, assegurado pelo art. 5º, inciso XXXVI, da Constit uição Federal. Rejeitaram as preliminares e negaram provimento a apelação. Unâni me. (TJRS – APC 70003541760 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos – J. 06.03.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO – REVISÃO DOS CONTRATOS ANTERIORES – Tratando- se de direito disponível, a continuidade da relação negocial importa a aquiescência com os lançamentos dos encargos, motivo pelo qual, somente o contrato em a berto é passível de revisão. Juros remuneratórios. Limitaçã o. Mesm o que não se admita a limitação dos juros remuneratór ios em 12% ao ano com fundamento no disposto constituciona l –

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Parágrafo 3º do art. 192 da Constituição Federal – Nem com base na Lei de Usura, não pode persistir, em face d a excessiva abusividade ou oner osidade, bem como ofensa ao CCB e ao CDC, a cobrança dos juros a taxa de 11,85% ao mês, após a implantação do plano real. Negaram proviment o a apelação e ao recurso adesivo. Unânime. (TJRS – APC 70003737756 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos – J. 06.03.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO – REVISÃO DOS CONTRATOS ANTERIORES – Tratando- se de direito disponível, a continuidade da relação negocial importa a aquiescência com os lançamentos dos encargos, motivo p elo qual, somente o contrato em aberto é passível de revisão. Período de incidência dos juro s remuneratórios e moratórios. São devidos durante a vigência do contrato e após o inadimplemento do devedor, sob pena de, incidindo apenas juros moratórios de 12% após o ajuizamento da ação ser premiada a inadimplência. J uros remuneratórios. Limitação. Mesmo que não se admita a limitação dos juros remuneratórios em 12% ao ano co m fundamento no disposto constitucional – Parágrafo 3º do art. 192 da Constituição Federal – Nem com base na Lei de Usura, não pode persistir, em face da excessiva abusividad e ou onerosidade, bem como ofensa ao CCB e ao CDC, a cob rança dos juros a taxa de 11,85% ao mês, após a implantaç ão do plano real. Taxas e tarifas não contratadas. Não po de ser atendido o pedido de exclusão das taxas e tarifas n ão contratadas, pois o art. 286 do Código de Processo Civil veda a elaboração de pedido genérico. Compensação. Honor ários advocatícios. Possibilidade. Embora seja certo que a Lei nº 8.906/94 assegura pertencer ao advogado a verba honorária incluída na condenação, e igualmente verdadeiro, no que seja atinente ao instituto da sucumbência e a dist ribuição dos ônus, que continuam tendo aplicação as normas do Có digo de Processo Civil. Sucumbência. Com o provimento pa rcial dos apelos, devem ser redimensionados os ônus da sucumbência. Deram parcial provimento as apelações. Unânime. (TJRS – APC 70003564556 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos – J. 20.02.2002 )

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AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO – IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO – Tendo sido desfeito o vínculo contratual que mantinham as part es, é inviável a revisão, sob pena de ofensa ao ato jurídico perfeito, assegurado pelo art. 5º, inciso XXXVI, da Constitui ção Federal. Negaram provimento. Unânime. (TJRS – APC 70003652120 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos – J. 06.03.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO – APLICABILIDADE DO CDC – O Código de Defesa do Consumidor rege as operações bancárias, por se t ratar de relações de consumo. Juros remuneratórios. Limitaçã o. Mesmo que não se admita a limitação dos juros remunerató rios em 12% ao ano com fundamento no disposto constitucional – Parágrafo 3º do art. 192 da Constituição Federal – Nem com base na Lei de Usura, não pode persistir, em face da excessiva abusividade ou onerosidade, be m como ofensa ao CCB e ao CDC, a cobrança dos juros que giram em torno de 10% ao mês, após a implantação do plano re al. Capitalização. No contrato sub judice não se admite a capitalização de juros, pois apenas é admitida quan do fundada em Lei Especial. Uso da TR como indexador d a correção monetár ia. A TR, porque instituída pela Lei nº 8 .177/91, e índice oficial de correção monetária, ma s só pode ser utilizada quando expressamente pactuada no cont rato. In casu, não houve contratação, devendo prevalecer o I GP-M. Sucumbência. Com o provimento do ape lo, devem ser invertidos os ônus da sucumbência. Deram provimento a apelação. Unânime. (TJRS – APC 70003554417 – 15ª C. Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL – Cessão do crédito objeto do litígio a Caixa Econômica Federal. A competência passa a ser da Justiça Federal. Acolheram a preliminar e declinaram da competência para a Justiça Federal. Unânime. (TJRS – APC 70003514080 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos – J. 06.03.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CARTÃO DE CRÉDITO – LIMITAÇÃO

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DOS JUROS A TAXA DE 12 % AO ANO – Vedação de capitalização mensal, pois esta deve ser anual. Dec reto nº 22.626/33. Multa fixada em 2% ao mês, consoante Lei nº 9298/96 e juros moratórios de 1% ao ano. Aplicação do Código de Defesa do Consumidor. Repetição de forma simples, ante a ausência de má- fé por parte da administradora na cobrança de encargos pre vistos no contrato, estando dentro do contexto litigioso da causa. Apelo despro vido. * (TJRS – APC 70003472438 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Cacildo de Andrade Xavier – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CARTÃO DE CRÉDITO – LIMITAÇÃO DOS JUROS A TAXA DE 12 % AO ANO – VEDAÇÃO DE CAPITALIZAÇÃO – DECRETO Nº 22.626/33 – Multa fixada em 2% ao mês, consoante Lei nº 9298/96. Juros moratóri os limitados em 1% ao ano. Aplicação do Código de Defe sa do Consumidor. Apelação provida. * * (TJRS – APC 70003653052 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Cacildo de Andrade Xavier – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CARTÃO DE CRÉDITO – LIMITAÇÃO DOS JUROS A TAXA DE 12 % AO ANO – LÍCITA A CLÁUSULA-MANDATO INSERTA NO CONTRATO – VEDAÇÃO DE CAPITALIZAÇÃO – Vedação da cumulação de correção mone tária com comissão de permanência, eis que abusiva. Aplicação do Código de Defesa do Consumidor. Apelo provido em parte. * (TJRS – APC 70003571056 – 6ª C. Cív. – Rel. Des. Cacildo de Andrade Xavier – J. 20.02.2002 )

AÇÃO REVISIONAL – CARTÃO DE CRÉDITO – LIMITAÇÃO DOS JUROS A TAXA DE 12 % AO ANO – LÍCITA A CLÁUSULA-MANDATO INSERTA NO CONTRATO – VEDAÇÃO DE CAPITALIZAÇÃO – Multa moratória fixada em 2%, consoante Lei nº 9298/96 . Aplicação do Código de D efesa do Consumidor. Repetição de indébito de forma si mples, ante a ausência de má- fé por parte da administradora na cobrança de encargos previstos no contrato, estando dentro d o contexto litigioso da causa. Apelo provido em parte . * (TJRS – APC 70003602059 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Cacildo de Andrade Xavier – J. 20.02.2002)

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AÇÃO REVISIONAL – CARTÃO DE CRÉDITO – LIMITAÇÃO DOS JUROS A TAXA DE 12 % AO ANO – LÍCITA A CLÁUSULA-MANDATO INSERTA NO CONTRATO – VEDAÇÃO DE CAPITALIZAÇÃO – Juros moratórios de 1% ao ano, consoante o disposto no art. 5º da Lei da usura . Multa fixada em 2% ao mês, consoante Lei n º 9298/96. Vedada a cumulação da comissão de permanência com correção monetária. Correção monetária pelo IGP- M. Aplicação do Código de Defesa do Consumidor. Repetição de indébi to de forma simples, ante a ausência de má- fé por parte da administradora na cobrança de encargos previstos no contrato, estando dentro do contexto litigioso da c ausa. Apelação provida em parte. * * (TJRS – APC 70003405 149 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Cacildo de Andrade Xavier – J. 2 0.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CARTÃO DE CRÉDITO – LIMITAÇÃO DOS JUROS A TAXA DE 12 % AO ANO – A limitação dos juros a 12% ao ano impõe- se face o disposto no Decreto 22623/33. Correção monetária pelo IGP- M, por melhor refletir a realidade inflacionária do período. Aplicação do Código de Defesa do Consumidor. Apelo desprovido. * (TJRS – APC 7000338 8907 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Cacildo de Andrade Xavier – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CARTÃO DE CRÉDITO – Juros remuneratórios limitados a 12% ao ano. Capitaliza ção anual. Expurgo da comissão de permanência. Apelo provido. (TJRS – APC 70003594603 – 5ª C.Cív. – Relª Desª Ana Maria Nedel Scalzilli – J. 28.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CARTÃO DE CRÉDITO – ENCARGOS CONTRATUAIS – Através da cláusula mandato, a admin istradora pode obter junto a instituição financeira , em nome do titular, financiamento por valor não excede nte ao saldo devedor. Em relação ao custo do financiamento é feito o trespasse ao titular. Não comprovado qual o encargo do efetivo financiamento, a fixação destes a taxa média de mercado não subsiste frente ao disposto no art. 115 do C. Civil. Redução dos juros a 12% ao ano. Capitalizaçã o. Art. 4º, d. Nº 22.626/33. Anual. Repetição do indébito . Pos sibilidade

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por se tratar de revisão do indevido. Tran sação. Não configura transação a concessão por parte da credora de prazo para a liquidação do passivo. Apelo provido. (TJRS – APC 70003736055 – 16ª C.Cív. – Rel. Des. Paulo Augusto Monte Lopes – J. 13.03.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CARTÃO DE CRÉDITO – CLÁUSULA-MANDADO – NULIDADE – CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – Reconhecida a relação de consumo entre a administradora de cartões de crédito e seus associa dos. Juros remuneratórios. Salvo quando demonstrar a obt enção de financiamento em nome dos associados, a administradora de cartões de crédito não está autorizada a cobrar juros superiores a 12% ao ano, não se beneficiando com o art. 4º da Lei nº 4.595/64. Portanto, a redução é feita com fu ndamento no CDC. Repetição do indébito. Com a redução dos ju ros é permitida a compensação ou restituição de valores, de forma simples, sob pena de se tornar inócua a decisão ape lação desprovida. (TJRS – APC 70003497591 – 16ª C.Cív. – Rel. Des. Paulo Augusto Monte Lopes – J. 20.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL – CARTÃO DE CRÉDITO – As atividades que envolvem crédito bancário se constituem relação de consumo. Artigo 3º, parágrafo 2º do CDC. Juros remuneratórios limitados a 12% ao ano. Capitalizaçã o anual. Correção monetária pelo IGP- M. Expurgo da comissão de permanência. Admitid a a compensação e a restituição simples, entre débitos e créditos se houver saldo a maior em favor de uma das partes. Artigo 1009 do Código Civi l. Entendimento do colegiado. Apelo provido, em parte. (TJRS – APC 70003507316 – 5ª C.Cív. – Relª Desª Ana Maria Nedel Scalzilli – J. 28.02.2002)

AÇÃO REVISIONAL – ADITAMENTO A CONTRATO DE CRÉDITO ROTATIVO – PACTA SUNT SERVANDA – A tese concernente a imutabilidade dos contratos depois de firmados, em total obediência ao princípio da pacta sunt servanda, não me rece acolhida. Juros remuneratórios. Limitação. Mesmo que não se admita a limitação dos juros remuneratórios em 12% ao ano com fundamento no disp osto

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constitucional – Parágrafo 3º do art. 192 da Constituição Federal – Nem com base na Lei de Usura, não pode persistir, em face da excessiva abusividade ou onerosidade, be m como ofensa ao CCB e ao CDC, a cobrança dos juros a taxa de 8,4213% ao mês, após a implantação do plano real. Capitalização. No contrato sub judice não se admite a capitalização de juros, poi s apenas é admitida quando fundada em Lei Especial. Multa moratória. Devida no percentual de 2%, pois quando da contratação já vig ia a Lei 9.298/96. Juros moratórios. Inócuo o apelo neste po nto, pois além de não ter havido irresignação por parte da au tora, a sentenciante não se manifestou a respeito da cobran ça dos mesmos. Comissão de permanência. Nula é a cláusula que prevê o pagamento de comissão de permanência calcul ada de acordo com as taxas praticadas pelo mercado no dia do pagamento, por infringir o a rt. 115 do Código Civil. Sucumbência. Fixado, de ofício , a propositura da a ção revisional como o momento processual em que deve se r apurada a vantagem obtida com a revisão. Negaram provimento a apelação. Unânime. (TJRS – APC 7000354 0176 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Ba rcellos – J. 20.02.2002)

AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO – ANTECIPAÇÃO DE TUTELA – PROIBIÇÃO DE INSCRIÇÃO DO DEVEDOR EM ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – A matéria encontra-se pacificada na jurisprudência da corte e do STJ no sentido de proibir o credor de inscrever o devedor em órgão s de proteção ao crédito (SERASA, SPC, etc. ) Enquanto p erdurar ação revisional que discuta em juízo a composição d a dívida. Dita medida pode ser concedida em antecipação de tutela face a presença dos requisitos para tanto, a medida que o devedor não pode ser tratado como inadimplente enquanto agu arda manifestação do poder judiciário a respeito. Agravo de instrumento provido. (TJRS – AGI 70003667789 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21.02 .2002)

AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE –

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ANTECIPAÇÃO DE TUTELA – Proibição de inscrição do devedor em órgãos de proteção ao crédito. A m atéria encontra- se pacificada na jurisprudência da corte e do STJ n o sentido de proibir o credor de inscrever o devedor em órgãos de proteção ao crédito (SERASA, SPC, etc. ) Enquant o perdurar ação revisional que discuta em juízo a com posição da dívida. Dit a medida pode ser concedida em antecipação de tutela face a presença dos requisitos para tanto, a medida que o devedor não pode ser tratado como inadimplente en quanto aguarda manifestação do poder judiciário a respeito . Agravo de instrumento provido. (TJRS – AGI 70003667292 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 21. 02.2002)

AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO DE MÚTUO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO – ILEGITIMIDADE PASSIVA – A pretensão revisional deve ser dirigida contra a insti tuição financeira que concedeu o empréstimo, no cas o, o Banco Meridional S/A. E não contra a GBSR – Grêmio Beneficente dos Servidores Rodoviários intermediado ra, que não é instituição financeira. Recurso desprovido. ( TJRS – APC 70003429487 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel – J. 20.02.2002)

AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS – CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO – CARÊNCIA DE AÇÃO – FALTA DE INTERESSE DE AGIR – PRELIMINAR ACOLHIDA – Não se revela adequada a ação de prestação de contas ao en sejo de opor tunizar o acerto de contas entre o titular do cartã o e a administradora relativamente a quantificação dos en cargos cobrados, sabidamente o escopo da pretensão do auto r da ação, hipótese que impõe ação revisional específica . Assim, impõe-se acolher a prelim inar de carência de ação por absoluta falta de interesse de agir, resultando o p leito em sobrecarga desnecessária aos juizados já abarrotado s e oneração dispensável as partes, com custas e honorá rios advocatícios. Preliminar acolhida e demais questões do recurso prejudicadas. (TJRS – APC 70003661147 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel – J. 27.02.2002)

AÇÃO DE COBRANÇA E RECONVENÇÃO COM PLEITO

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REVISIONAL – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO – A AJG e concedida mediante mera alegação de necessid ade da parte, se inexistente prova excludente da insuficiê ncia financeira. Juros remuneratórios limitados quando demonstrada excessiva onerosidade. Aplicação do CDC . Capitalização mensal indevida ante a ausência de su bstrato legal específico. TR não contra tada. Multa pretendida em 2%. Comissão de permanência não exigida e nem contratad a. Apelação provida em parte. (TJRS – APC 70002387256 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel – J. 20.02 .2002)

ALIMENTOS – EXECUÇÃO (CPC, ART. 733) – AMEAÇA DE PRISÃO CIVIL – ALEGAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS PARA O ADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR – AÇÃO REVISIONAL EM PROCESSAMENTO – IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO EM SEDE DE HABEAS CORPUS – DEPÓSITO PARCIAL NÃO AFASTA A SEGREGAÇÃO – CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO DEMONSTRADO – ORDEM DENEGADA – A via estreita do habeas corpus não se presta a discussão sobre insuf iciência de recursos do devedor de alimentos. (TJSC – HC 01. 000367-3 – C.Fér. – Rel. Des. Nilton Macedo Machado – J. 31. 01.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – ACTIO REVISIONAL DE ALIMENTOS – PEDITO DE TUTELA ANTECIPADA PARA MINORAÇÃO DA VERBA ALIMENTAR – POSSIBILIDADE – PROVA INEQUÍVOCA E RECEIO DE DANO AO AGRAVANTE PRESENTES – SATISFAÇÃO DOS REQUISITOS EXIGIDOS PELO ARTIGO 273 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – RECURSO CONHECIDO E PROVIDO INTEGRALMENTE – Havendo prova inequívoca da modificação dos rendimentos do agrava nte, com a constituição de nova família, impõe- se a concessão da tutela antecipada para que os alimentos sejam minorados, d esde que preservados os interesses do agravado. (TJSC – AI 0 0.018096-3 – 2ª C.Cív. – Rel. Des. Vanderlei Romer – J. 15.02. 2001)

REVISIONAL DE ALIMENTOS – REDUÇÃO DO QUANTUM – COMPROVAÇÃO – ADMISSIBILIDADE – RECURSO DESPROVIDO – O valor fixado a título de alimentos pode ser revisto a qualquer momento, desde que se demonstre a

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ocorrência de alteração da situação econômica do alimentante e a necessidade do alimentando. (TJSC – AC 00.010762-0 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Ruy Pedro Schne ider – J. 20.02.2001)

CONTRATO BANCÁRIO – DIS CUSSÃO ACERCA DA EXATIDÃO DO QUANTUM DEBEATUR – PROBABILIDADE DE ÊXITO EM FACE DA MATÉRIA AVENTADA – INSCRIÇÃO EM ÓRGÃO PROTETIVOS DO CRÉDITO – PREMATURIDADE DA MEDIDA – AGRAVO DE INSTRUMENTO ACOLHIDO – Vinculado o débito motivador da inadimplência dos recorrentes a contrato bancário sobre o qual pende açã o revisional, com possibilidade total de êxito, prema tura é a inscrição do nome dos obrigados nos cadastros de re strição ao crédito. (TJSC – AI 00.021384-5 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Trindade dos Santos – J. 05.02.2001)

CONTRATO BANCÁRIO – AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL EM TRAMITAÇÃO – POSSIBILIDADE DE ÊXITO – VEDAÇÃO À INSCRIÇÃO DOS NOMES DA OBRIGADA PRINCIPAL E DOS DEVEDORES SOLIDÁRIOS NOS CADASTROS DE RESTRIÇÃO DO CRÉDITO – TUTELA ANTECIPADA NEGADA – DECI SÃO REFORMADA – AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO – I – Pendente discussão judicial sobre o contrato bancár io tido como inadimplido, havendo plausibilidade nas teses jurídicas invocadas e, pois, possibilidade de êxito da ação r evisional intentada, não há como se admitir a inscrição do nome da obrigada principal e de seus garantes nos órgãos re stritivos do crédito. II – Ainda que seja a cautelar o procedimento adequando para a obtenção da vedação de inscrição d o nome dos devedores nos órgãos de registro creditór io negativo, não constitui nenhuma heresia jurídica a sua concessão no âmbito da tutela antecipada, privilegiando- se, em relação à forma, o conteúdo da pretensão. (TJSC – AI 00.01769 5-8 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Trindade dos Santos – J. 08.02.2 001)

CONTRATOS BANCÁRIOS – AÇÃO REVISIONAL – DISCUSSÃO DO EXATO MONTANTE DO DÉBITO – POSSIBILIDADE DE ÊXITO NÃO AFASTADA – INSCRIÇÃO DOS NOMES DOS OBRIGADOS NOS REGISTROS

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CREDITÓRIOS NEGATIVOS – TUTELA ANTECIPADA – INDEFERIMENTO – DECISÃO INSUBSISTENTE – AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO – É medida de todo salutar a vedação da inscrição dos nomes dos obrigados em con tratos bancários nos organismos controladores do crédito, quando pendente ação revisional cuja possibilidade de êxit o não está afastada. Muito embora seja mais adequada juridicamente, para tal finalidade, o uso da medida cautelar, não se constitui em heresia jurídica o deferimento da tutela antecip ada para tal finalidade, pena de tornar- se preponderante a forma em detrimento do conteúdo. (TJSC – AI 00.016006-7 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Trindade dos Santos – J. 08.02.2001)

ARRENDAMENTO MERCANTIL – MEDIDA CAUTELAR PREPARATÓRIA – VIABILIDADE JURÍDICA DAS TESES EMBASADORAS DA AÇÃO REVISIONAL – A SER INTENTADA – LIMINAR INDEFERIDA – DECISÃO REFORMADA – AGRAV O DE INSTRUMENTO, PARA TANTO, PROVIDO – Deixando entrever as teses jurídicas que sustentarão a ação revisional de contrato de arrendamento mercantil a ser ajuizad a uma total possibilidade de êxito, impõe- se deferida em favor da devedora a medida cautelar p reparatória intentada com a finalidade de evitar a inscrição do nome da arrenda tária nos órgãos controladores do crédito. (TJSC – AI 00.0028 56-8 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Trindade dos Santos – J. 08.02.2 001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – ARRENDAMENTO MERCANT IL – CODECON – INCIDÊNCIA – AÇÃO REVISÓRIA – CAUTELAR INCIDENTAL – VEDAÇÃO DE INSCRIÇÃO DO NOME DA DEVEDORA EM CADASTROS RESTRITIVOS DO CRÉDITO – DEFERIMENTO – ATAQUE RECURSAL, NESSE ASPECTO, EXTEMPORÂNEO – PERMANÊNCIA DO BEM EM PODER DA ARRENDADORA – VIAB ILIDADE JURÍDICA DO PLEITO REVISÓRIO – PROVIDÊNCIA INCENSURÁVEL – RECLAMO RECURSAL DESACOLHIDO – I – Os contratos de qualquer espécie, inclusive os de arrendamento mercantil, su bmetem-se às normas protetivas do Código de Defesa do Cons umidor. II – Versando a insurgência recursal sobre dois despachos prolatados em datas distintas, prejudicado parcialm ente fica o

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exame da proposição irresignatória externada, quand o em relação ao primeiro desses despacho o ataque recurs al é deduzido extemporaneamente. III – Aj uizada, pela arrendatária, ação revisional de contrato de leasin g, pendente, pois, discussão a respeito do efetivo quantum debea tur de sua responsabilidade, com a devedora estando a cons ignar em juízo os valores que entende devidos, nada estar ia a justific ar a apenação da empresa devedora com a retirada do bem arrendado de sua esfera de posse. Nessas circunstâncias, adequada e justa é a decisão que ga rante à arrendatária a posse do bem objeto do contrato em discussão, porquanto obstada a caracterização de s ua mora. (TJSC – AI 00.000815-0 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Trindade dos Santos – J. 08.02.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL – RETENÇÃO – BEM OFERECIDO A TÍTULO DE COMODATO – RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO – Ação revisional não pode ser resguardada por retenção de objeto concedido a título de comodato, a menos que se trat e de detenção de boa- fé e tenham sido realizadas benfeitorias. (TJSC – AI 99.018075-1 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Wilson Augusto do Nascimento – J. 13.02.2001)