EXCELENTSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA DE FAMLIA DA COMARCA DE ANICUNS - GO.

MARIA ILDES ROSA DE JESUS, brasileira, casada, trabalhadora rural, portadora da cdula de identidade RG n 3.948.340 SSP/GO, inscrita no CPF sob o n 372.883.425-49, residente e domiciliada na Rua Bouganville, Qd- 07 Lt- 15, Vila Santa Lucia, Anicuns- Gois, CEP: 76170000 por intermdio de sua procuradora Dr(a). Juliana Vieira Borges Matos, brasileira, solteira, advogada, devidamente inscrita na OAB/GO sob o n 28.272, vem, alta e honrosa presena de Vossa Excelncia, propor:AO DE INTERDIO E CURATELA COM PEDIDO DE CURATELA PROVISRIA EM ANTECIPAO DE TUTELA

em face deADAILDA ROSA DE JESUS, brasileira, solteira, do lar, portadora da cdula de identidade RG n 0766704815 SSP/GO, inscrita no CPF sob o n 047.883.365-29, residente e domiciliada na Rua Bouganville, Qd- 07 Lt- 15, Vila Santa Lucia, Anicuns- Gois, CEP: 76170000 (mesmo endereo da Requerente), pelos motivos de fato e direito que passa a expor:I - DOS FATOS

A interditanda, irm da autora, portadora de distrbio mental, de acordo com o relatrio mdico fornecido pelo (S.U.S) Sistema nico de Sade, assinado pelo Dr. Danilo N. Vargas- CREME- GO n 15964 e laudo mdico expedido na data 09.05.2011, pelo Dr. Jose Domingos Machado, CRM/BA 4382. Assim, a sua capacidade cognitiva mostra-se prejudicada, tornando-a inapta a estabelecer diretrizes sua vida social.

Diante deste dficit intelectual duradouro, a interditanda, apesar da sua maioridade civil (39 anos), vive sob a vigilncia da autora, j que no detm o elementar discernimento para alimentar-se apropriadamente, medicamentar-se rigorosamente de acordo com as prescries mdicas e administrar um benefcio LOAS, que recebe mensalmente do INSS, cujo nmero do Benefcio 546250286-5, conforme o Carto de Benefcio em anexo.

II - DO DIREITOA comprovada incapacidade do interditando para atuar na vida civil o torna sujeito curatela, conforme preceitua o Cdigo Civil:

Art. 1.767, esto sujeitos curatela:I aqueles que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discernimento para os atos da vida civil;II aqueles que, por outra causa duradoura, no puderem exprimir sua vontade;III os deficientes mentais, os brios habituais e os viciados em txico;IV os excepcionais sem completo desenvolvimento mental;V os prdigos.III- DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS DO PEDIDO

a) DA LEGITIMIDADE PARA A PROPOSITURA DA AO:

A medida imposta atravs do processo de interdio, a ser promovido pelos legitimados previstos no Cdigo Civil:

Art. 1.768. A interdio deve ser promovida:I - pelos pais ou tutores;II - pelo cnjuge, ou por qualquer parente;III - pelo Ministrio Pblico.

IV- DA CURATELA PROVISRIA - TUTELA ANTECIPADA

O artigo 273, do CPC, disciplina a concesso da tutela de urgncia. Em seu inciso primeiro, nota-se evidente embasamento para o deferimento no presente caso, j que o interditando no possui total noo dos acontecimentos a sua volta.Art. 273 - O juiz poder, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequvoca, se convena da verossimilhana da alegao e:

I - haja fundado receio de dano irreparvel ou de difcil reparao; ou

II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propsito protelatrio do ru.

Nesse sentido, vem por meio desta exordial, requerer a concesso da tutela antecipada, tendo em vista a necessidade de recebimento do benefcio de Prestao Continuada de Assistncia Social Loas pelo Instituto Nacional de Seguro Social, nb: 546250286-5, o qual percebe todo ms para a sua subsistncia, onde inclui alimentao e medicamentos.

V DO PEDIDO

Diante de todo o exposto, requer:a) a gratuidade das custas processuais pelo benefcio da justia gratuita, fundada no que dispe o artigo 5, inciso LXXIV da Constituio Federal e o art. 4 da Lei n. 1.060/50;

b) determinar a citao da interditanda, a fim de ser interrogada perante este respeitvel Juzo, em data a ser determinada por Vossa Excelncia, e aps, caso queira, possa impugnar o pedido de interdio, no prazo legal, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia.

c) concesso da antecipao dos efeitos da tutela, considerando presente os pressupostos essenciais para tal medida, seja a Requerente nomeada curadora provisria da interditanda, expedindo-se termo de curatela provisria para que a requerente possa continuar a receber o benefcio assistencial.

d) decorrido o prazo estipulado pelo artigo 1.182, caput, do Cdigo de Processo Civil Brasileiro, NOMEAR o competente perito para a realizao de exame mdico-pericial no interditando e elaborao do respectivo laudo.

e) a intimao do digno Membro do Ministrio Pblico, nos termos do 1 do art. 1.182 do CPC;f) seja julgado PROCEDENTE os pedidos, confirmando-se a antecipao da tutela, para nomear em definitivo a autora como curadora da interditanda, que dever represent-la ou assisti-la em todos os atos de sua vida civil, de acordo com os limites da curatela prudentemente fixados na sentena.

g) DECRETAR, ao final, por sentena, a INTERDIO da Sra Adailda Rosa de Jesus e NOMEAR sua CURADORA a Sra. Maria Ildes Rosa de Jesus, sua irm (ora acionante); bem como, logo em seguida, determinar a intimao desta ltima para, no prazo legal, PRESTAR O COMPROMISSO DE ESTILO, ex vi do artigo 1.187, inciso I, do Cdigo de Processo Civil Brasileiro.

Por fim, requer provar o alegado por todos os meios admitidos em Direito, notadamente, depoimento pessoal do requerido, oitiva de testemunhas, ora arroladas, juntada de documentos, presentes e ulteriores, estes caso necessrio, percia, inspeo judicial, bem como, quaisquer outras providncias que Vossa Excelncia julgue necessrias perfeita resoluo do pleito; ficando tudo de logo requerido.

Para os efeitos legais e fiscais, d-se presente o valor de R$ 724,00 (setecentos e vinte e quatro reais).

Termos em que pede e espera Deferimento.Anicuns, 23 de abril de2014.

JULIANA VIEIRA BORGES MATOSOAB/GO: 28.272

HUMBERTO JLIO MARTINSESTAGIRIO