abordagens e usos da história oral

Upload: adriano-codato

Post on 06-Apr-2018

226 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    1/185

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    2/185

    Disponibilizado em: http://www.cpdoc.fgv.br

    REFERNCIA BIBLIOGRFICA:

    Proibida a publicao no todo ou em parte; permitida a citao. Acitao deve ser textual, com indicao de fonte conforme abaixo.

    ENTRE-VISTAS: abordagens e usos da histria oral /Marieta de Moraes Ferreira (Coordenao); Alzira Alves

    de Abreu.... [et al]. Rio de Janeiro: Ed. FundaoGetulio Vargas, 1998. 316 p. il.

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    3/185

    Disponibilizado em: http://www.cpdoc.fgv.br

    REFERNCIA BIBLIOGRFICA:

    Proibida a publicao no todo ou em parte; permitida a citao. Acitao deve ser textual, com indicao de fonte conforme abaixo.

    ENTRE-VISTAS: abordagens e usos da histria oral /Marieta de Moraes Ferreira (Coordenao); Alzira Alves

    de Abreu.... [et al]. Rio de Janeiro: Ed. FundaoGetulio Vargas, 1998. 316 p. il.

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    4/185

    Entre-vistas: abordagens e

    usos da histria oral

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    5/185

    Entre-vistas: abordagens e

    usos da histria oral

    Marieta de Moraes Ferreira (coord.)

    Alzira Alves de Abreu

    Ignez Cordeiro de FariasJos Luciano de Mattos Dias

    Maria Celina D'rajoaly Sila Mota

    VerenaAlerti

    EIT GET G

    Ro J 1

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    6/185

    SBN 85225-074

    rs sdos e Fd Gto Vgi B 1 22253- d Jr si

    Ob pda pe Cselh El d FG a d to u p d r

    Cp Fa

    9

    ED DA FAO GET AS

    : cso e C ve

    M Pas d a

    Editor : Clv Al Mends d Moe L Mjm deCaz Bad M m Ma Lc o Ve e Mgalhes

    Edio d R da Si T", Jay F zM zdo Bo, Ovl Si Sm Ads d n Fm Ci a B

    Pgf H e

    Pjeo g Cmp

    Evs g i l/ Cdera Maea d Mor F; zr As dAeu [ ] ni E Funt , 9.

    x12

    Cm a olab d I Core d Fa ou Mt Mi MlySl d Mt V A

    1 ria F, Mas. I r s d F V

    CDDCDU 3038

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    7/185

    Smro

    Apresentao uiiMaieta d Moraes Ferreir

    Histria ora um nvenro das difeenas Manea d Mores Fei

    Os anos de chumbo: memra da gerrha 14AiraAlvesdAbu

    "Idas e "fat na enreita de Mns rnosd eo Fran

    VereAlberi

    Em nm da indendnia, da neutaidad dampetnia o deimeno deOavio Goua de B e Deio Nogea 66

    Marly Si lua Moa

    Rgstro orl sra e grandes rgnizas J Lu Ma Dis

    Um na polti enresta m o generalAntnio ury 124Igez Coei aris

    Ovind miares imagens de u der que se foi 4 Mari CeliaD'Arajo

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    8/185

    Apresent

    Desde ua ao m 1975 a hoje, o gra de Hsra Ora doCPDO fomo um cervo de 340 deomens 2.567 horas dftas gavadas. Voltado cialmente a o edo da e ocaaser o rgma comeo recohendo a hsra de vda dem bc de desacado hra rcn do pas Oex fdmna que orienou a coiuo do acero fo a Rvouo de 19, e os rme enrevsado erncm grao quse engjou na oca em fno dess even-chave Em Sa rme fse orn o rogma dedcuse rodz fones ra esudo de emas como movmens cos do ees regonas m ou oica ea rasa no s30.

    A da sgda metade dos ano 80 sem aandonr sa

    nha j adcona de aaho com ees ocs o grad tra ar m noo o dronndo eforora o esdo de agncs c aan m dferns eres daoma como a ers a Eeor o B ena e oBNDE. O esmo ra o engajmn nesa nova ra res deconvos neiuconas vsndo conuo de ceros sric a r da mada de deomen d cnco grns oico envovidos com sas orgna. n de va modolgc manvmse a hs de vda ms so-s a od

    z cm mor ndade ensa mc de eeno mardzda cmrm ao ogos deoe do ado

    Mas cnmn o O ooue ra o esdo do momen oco-mr u de ogem ao goe de 64 e ao rge uno se ou no s Em oo desa nova oemca esu

    rramse novas nhas d equa comeoue a rcohr novorqvos rado earrmse novo o de eneva.o o deomens que rcurm a ajeas d dferens a

    gados ao movmen de 64 cmo mtre oico tnaa derna esudn a mas recen aqe do arvo do oga d a

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    9/185

    A mesm emp m qu iucia su aceo a ong d a, gama de Hsi Oal d CPDOC xecu ias uasativdads. Md pa a mnagem de u pgama pesoucra e frce cs paa dients insiuie Coeue prcessu seu acerv de md a de abl ao pbc Pbcu

    gs e et depen d a-che da pca da buraia brsiras. O mi pincpa dea pubica ivg tr ac a um pbic ma amp n dpesua necsias pa a aplia da anli da hia cn

    mprne brasea O pps psusads da casa uzaa gamen as enistas de hisa a m sua ses aig irs pnchend as lacuas da dumnta escia cmpvnd u de sr a asscia n ns ca e ai

    Nssa inten nes i n exaan uiiza s depimet d aa d a Oa d CPDOC cm n paa ni de um deinad ema nem eda enisas ue ns sn ndem e a ppi hara ex agus dpments ndiduas u cnjunt ddepmens de md a apna sua psbdade mi cmduments cnd O aig u e seguem dicui a das entesa a la nisad-nead a la passadpesene s ncs ns e f cndu UE

    gaia mmi d dpn pss de cnu da ua"dentdde as dss e su igniicads as na oaes 'btdas e s ns camps de abh da decn

    eha d dmens asd pa da dn dagn ir: qusms cina nia u cnunos deensa ue ssm epenas d ace d ga dHsria Ora d CPDOC ue xpsasm din mmnosda ua lu u dssem epet a dins a cnunturs pbemcas u aduzism memia angicaQuisems rabha cm ns tanscia nias edadas uma z u cada um deses pc plca aas nma na d dpimen

    Ds ee gs e mpm pm Ha um Ineni das Dienas de minha auia apeena mad gera da aea d us ds ns as cds cm eu da discipina da hisia Discu s mpasse e deaeenads pa hisr a bem cm as pcpais aodagens

    qu caczm us dest md d pesqusa.O segnd aig Os ns de Chum Mema da Gueilhade Aza Aes de bu naa u cnun d niss d

    VI

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    10/185

    s d d cm joe da ei euda qe no p6, noBasi optam ea a mada om om d ieeo ltica O aho eta a mpcia dos dpoimen orais omoisrmet p e preenche lcun metais cad na

    gi do gm mi e ia quese que a no conn-

    to de ttas tai cmo s moti qe eam gei, he i, as ni d denidd e s ccesac e a imo.

    O c g Id" e Fa" a Ena e onoAris d e Fro de Veren Aei eoa pciadume s isas ria com membros d elipta riera, om ba aevt de onso Ano e Monc teo pr de concei u prcm na eeva, moo de poio e plava 'poo de ao pra eeti e aa cm oo o expca a ato potc e chamar aaeno pa midae o em rasier

    O q igo, Em Nome da epedi d Nedd da Compec: Depoimes de Oti Gua e ues e Deno Ngea e Mry Sva d Moa como oetvodiscuti o uo ds epoment ors pra o estudo da el br-t das em go d mn conma e fncei Esto. O ponto cea bho li daos memr o n Cenl e refmi da etidad d gpue oi hm d 'os monriss" No is e ecupro psdo epedc utdd e mpna emcomo eemetves n sto a s d mdo dos ocrtas

    O quto ig, Regiso O, Hiti rdes Ognizsde J Lucao d Mt ia, m omo popta peetgum ex ceca do esevlmeno de aceo ora e

    iv hia e empr e ogaiaes m bas csde depomenos sobr Petror a Eeor. Em spcal, oexmiad s psibilde do rgs or p su dpoeso de tom e di e aodoso iddosns-

    ro pr mntgem e um pt t d depimet et.

    sex tg Um T ota Ee m Gn- Anno Co Micy e gz orde e is z -

    es obre o depomen um mtr mis o oo potc que deu su eesta ad n g d rgimmi, no. pe mme aba pupo s

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    11/185

    lho pont a so de mundo do depn p de uslos so oro mita pms a inns.

    Finmn, o imo igo Ovndo os Miiaes: Imgen dum Po u s Foi d ai Cn D'ajo mm se ddc ns dos dimenos d um go d ma qu exeeam

    impones ns no g nsdo m 1. A pincipaldfn dsss demenos em elao uel emindo no igonio es n nuna m u foam omdos so o longodo no d 13, undo os ies vim dado o d vgm mpo O eo cen do lo plo vso de mundodos mis m o s ppos e socedde u drg ods dcds ss vs d sus senmnos de dsvozo csso.

    Os bos i pesntdos so vadoes d du aodgns ndmnis no cmpo d hsa oa: e enfa mponc ds dpoimnos oris omo insmntos para penc s cns deids pes fons sis prga imonci ds psenas e consde mmr omo oo d sudo m s msmo. Rgiso Ol Hs e GndsOgns si no pimeo cso nuno "dis aosn Envs de onso nos o Ouvindo os ils esaria nosegndo J os gos soe mm d gl do Bnco

    n pr cong s ds odgnsCom s o pndemos lcn agns oivos m p

    mio g urmos con p s discusss u se vano ul stgio d vouo sogfc d hsia o Nos

    limos nos m-s pdo onsidrvmn os aos nesecpo sendo gnd o nmo de dpomnos didos d piss iscs uim omo fone mr colado po mio dnteviss ois nd u m mno esc em cescido g mene o neo d los ddicdos uma eo soe ospoms modolgcos d isi ol No co sieo condo sts imos nd so numicn pouco pessivos pdomnndo edio de dpoimnos. ness spo nossosoo nn s uga p do comnio soeopolemsspecc!s cd ns o conunto de eneviss i

    do susci

    ndmos em gndo g dnd i gimdde domo psn como oo d invesigo par hsa Ao

    fo ssummos onc e peinnc dos vos oams camamos aeno paa o o de u a is oa nsu modo no m m em si esm O dpoeno o ons

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    12/185

    do com o aUlio do pequdor a -Se uma fon que ser subetid anie h omo ququer oua.

    Noo objvo, amen dvugar e es arqez e a mpoa a do eo aqu aprenado o a emu a erur de nov ihas squsa nos ps

    d ia e da hsr da adnisao pa, do esuddo po de omada de do e d poas ecnms mpemenda no p Eos de que depomen orvado

    no eo do CPDC, em omo ous que rvenua vem aeohdo, oitiro ons inesves para o edo de madmen ra o enmen d iedade ser

    M d Morae FeeaCoordenadora do Progma de H Oado CFGV

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    13/185

    Histria oral inventrio diferenas *

    Mara Mra Frrra

    A discusso acerca dos problmas metdogics da hstra ortmdesptado, de modo gera pou ntresse entr os hsradores.Ist s xpca em grnde pa pea rsstnca dsss spcilsta

    m ncoorr ao seu unvrso d psqsa a possbldade do uso dfontes oras Ta dsntress e dsoana rsutam por sua vzd omas rragadas d se conebr a hstra e a validade de sus

    onsAnsoldao da discplna da hstra e a prossonalzao do

    hstrador no scuo XX mpusrm o domnio absout dos documentos escros como onte em demnto da trado orl expusndo memra m avor do ato A crao dos rquvos naconas

    pradigmas d nstuo organzada m o da ont esita

    conduziu ao dsnvomen dos sudos dos prodos mais emoosassegrdo a suprmaca da histia medal rgndo a anlisdo polt m abordagem essna para s chgar a uma hsracentca Pralmnt vnculava-se a trado ora ao nedtoou o passado rcen s sidads sem sta classs pulaes stabelecndose asm uma hrrquia dos cmpos d nhcimnto de fontes de objes

    ; Es mdelo domnnt no sculo XX u tnha como ena hstr potca voltavas pra os acdns as crcunstncas

    d conuntra nglgncndo as tculas dos ents m suascausas mas prondas Era o xempo tp da hsia dta meielk. Uma hisra natva esta a uma dscro nar esm evo que conenaa sua ano nos grands personagnsdesprezdo s multdes alhadoras2

    * Es abaho} cjo tulo e ipa na ra d Pa Vyn, inue ddf: (S Paulo Bral. 13) fo anao nno mo o Hra Oa Mmia n XVI Ennto Al

    A, z m Cxm (MG m oo Pqda o V oa IF&R oa ita a

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    14/185

    Do pon de vista da periodizao enqun a histria antiga emedieval recebia maior aeno e constitua-se em objeto de reexesmais aprondadas, a isria conempornea era mrgnalizada ededa apenas como um apndice conolgico sem identcaorica. Ajustiicaiva pa tal scionmento era a concepo de

    que uma isa s nasce pra uma poca qundo esta j esttotalmente morta o que implicava a crena em um passado ixo ederminado

    Combase na aegao da impossbilidade de he serem apicadas regas cienticas oi assim recusado hisria contmporea oestatuto de hisria No pano rico a hsria deveria ser identcada com o passado o que excluiia o perodo mais ecente No panomeodolg ooamse em queso as fons contemprneas

    rras em razo dos mies legais pra a cosulta e ao mesmo emposperabundanes em vude da mpliao da no de arquivo. Aistria contemporea ou se uma isia sem objeto semestatuto e sem deino algo ainda muio pxmo muio paca eomene ideoogizad pelo discuso universalista do Ocidene3

    Aps ter desutado de mpo prestgio dnte do o scuo XIX,est moelo enou em processo de declnio A ndao na FrnadarevistaAals, em 929 e da coe Patique des Haus tudesem 1948 iria dar puso a um prndo moviment de ransoma

    o no cmpo da ista. Em nome de uma hisria otal ua novagerao de hsoriadores cohecid mo d Aa psoua quesion a egemonia da hstria poltica imputandohe umnmero nndve de deeitos era eitisa nedtica indivdualsta actu subjetiva psicologizante m contapartida esse grpodeendia uma nova cncepo em que o econmico e o scia cupava lugr prviegiado

    sa nova hisria sustentava que as esrtas dveis so

    maisrais e deerinanes do que os acidents de conjunta Seuspressupostser que os enmenos is em a lona draoso mais sincativos do que os moenos de aca plitude eque omaens coetivos m mais potcia sobr o csoda histria do que as nciativas ndividuais ealdades do trabaho e da poduo e no mas os regimes potis e os eventsdeveria ser obje da ano dos isoadoes O ndaental erao estudo das esturas em que assia primaza no mais o que mnes o que se v mas o que est por s do mnies O que

    iportava era identcr as ras que ndependenmene dasres e das nns dos ndivduos mndam os mecanismosonmicos orgnza as rlaes siais engendr as oas do

    2

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    15/185

    dsso. D armo de um sepo rdcl entre o objeo docoheceno hstrco propramen dto e a onscnca subetvados ores4

    Est nov mne de fzer hstr no altru contudo a postr nror no que dz respeto ao perodo de nre e fons.a mesma forma como na hsra vnmnte os perodos uereceberam maor tno e se orm avo dos estudos rnovadosform prortimen o medevl e o modeo. O sulo X mnteve o estga de obeto de estudo probemtco, e a egtmdde desu abordgem pe hstr o onstntmente uestond Ampossbdde de recuo no mpo lad dculdde de aprcara mporc e dmeso a ongo przo dos enmenos bem comoo rsco de ca no puro reato oastco foram mas um vezcoocdos como empechos pr a hsra do scuo X E anda ue

    Jcues Goff eh pontdo conust d hstra contmpo e pe no sr como uma tef urgent pouco fo fetnesse sendo O conmporneo d ser mr ds cncassocs em ger mas no da hsra. Com sso a hstr do scuo ou-se um hstr sem hsrdores

    A mens sforao ue se operou no campo da hsra prr d Fan e que se dndu par ouros pss tampoucouestonou o predomno absoluo ds ons esrts. o conroo refrmou o vorzr o estudo ds esuturs dos processos de

    ong dro a nova sra atrbuu s fons seras e s casde untfco uma mportnca ndmenta. Em conapdao desvor se do ppe do ndvduo das onunts dosaspectos cutas e potcos tambm desuacou o uso dos rs

    pessos ds hsras de vda das bografas. Condenvase a susubetvdde evntvmse dvds sobre as vss dsrcds uepresentavm efatzv-se a dudde de se obtr relats dedgnos. Aegvse tambm ue os depomens pessoas no d ser

    consderdos prsenttvos de um poa ou um gupo po expernc ndvdu expressava uma vso pauar ue noe generes.5 No pres dzer ue os soadresdentcdos com a do dos Anna excuam s ossbldadesde ncorporo do uso das fonts ors.

    A hsta oa foa hsia

    Se esta er postura dos profssonas da hsra nem por sso oneresse peos reatos oras ue as estver n ogem da

    3

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    16/185

    hsoroga cssca desaparece ompetment Alm do ma,o desevovmeno tecnolgico aa agora psbildade de gs-tro_ A coeta de depoimets peoais mediane a uiizao de

    m gavador iniiouse na dcada de4 m o joa AlNens qe desenole um progama de entevisa votado pa

    a ecperao de iormae aerca da atao dos gp domns noamecano. Ese pogma veio a conur o Coum-bia Ora y Oce, orgasmo qe seu de modeo para outosntr criados nos os 0 em loas e quvo no Texa,Berkeey e L gees_ Ee peo cico de expno do qe ecmo de hisria ora pivlegou o etudo da els e se aiuua refa d peenher a acna do go escrio aav dafoao de arquvo com a acta

    A plena expanso desse pocesso, que constu um verdaderbm tve g apenas na segnda metade dos ano 60, pongan-doe ao ongo da dcada de 0 especment no EUA. D 196 a197 asiue a m extraordino dsenvolmen do ende htria ora naquee pa mpado e o seu nmeo de 89 paami idades Em 1967 foi criada a America Hi Assa-ton pesdda p Nens e m 73 o anada a Ol HtRw A gea do Viet e as plos diri cs, avadaslasmorias de negos muheres, migantes etc, er8 agora a

    prncpas responveis pea afmao da htria orl, qe pcurava d voz aos excludos ecup as aea dos gruposdomad ti do equcment o qe a hitria ocia ufradunte tao mp. A hitria orl se rmava aim comoinsmen de nuo de dnidade de upo e de oma-o l uma hiria ora mitat. Esta pta enetn,

    nove a acolhida en a muidade acadmica e meno andaen o hadoe s qios na da meic Hisociaion em 1973 e 9 for pl d ness debas obre

    a guer do Vietn envolvendo ativt poios e quvsa,acusado de rgi ttemo avorveis ineeno noaa naqule pa.

    A par de 975 ngou a po de compmsso geda porRnald Gee em eu Envep o o, obseadose oadven de ma sra or univeria, pm ms voada praa aea do excludos7 A peupao de Ge na aso appr ua valiao d vea caivas de ea de deimen

    epahada po EUA e uger ltaiv pa m morcnle do mar exnte, em m prmens pa uaeo e quvmen, enando espcimen a mti d

    4

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    17/185

    orgzao dos bacos de daos e da elaborao de catogos edices. Anda que mus desses predmenos hm-se cosoldado, toando a hsa oral mas aceta nos meo acadmcosamercaos o ppo Grele chmou a ano para a asnc deuma dscusso medoga mas consen que densse paes

    e trosDe toda foma, a da da stra orl como a dos excudos

    epande para outros pases ghando adeps n Ingae,onde foram cadas a revsa O Histo em Esex e a Oa HsoSocety (93) A pubcao da obra de Paul Thompson voi ofhe p, em 9 racalzou a da de que a hsra oral m porfno devolver a hsra do vo, promover a democratzao dahstra em s mesma A hsra oral devera se frmar como uma

    contrahstra operado uma verso raca nos modos e objtsconsagrados Devera ser ma stra mltne e polcmeneengaada ssa orentao se expadu guamente na Aemaa ena Itla A Fra anda qe mas lenamene tambm prduzuos prmeros abahos de hsra ora, merecendo deque asconbues de Dael Bertaux em defesa de uma socologa quatatva mas capaz de perceber a mobdade sal

    A peneao da hsra ora na comudade dos hsrados

    apes de ags ponos de fndade m nova stra, quevalorzava o estudo s excludos ntuou porm eentadofors rssas verdade qe nos UA e na ngaa o uso dasonts oras enconou maor aceao ppcado o desenvovmento de uma a expressva de abaho voada pa o esdoda casse abalhadra e das mnoras Devee assal ada aorgaldade da hsra oral brtca que no se aracouportaament como acadmca ou uvestra Aos pesqsadoes e estudosos alnhou se m gade nmeo de lfabezadoresde aduos, paa os quas a hsra oral eprsenva um nsmeno estmulador da auocona dos nalfabs permdo quemelhor se exprmssem e de dclta deos de zer a hsa de suas rgazas Dos 250 rquvos ora que Pal Thompsonecenseou apenas cerca de 20 erm d orgem unversra

    Na Faa a fore psena da o s Anaks e o doo dabordagem esrta e quattatva da hstra, como j fo dtreveamse fatores nbdores do uso das fontes ors gnndo o

    cut do regsr escr Muto embora Dle Voman assne aesna de agun abahs na Fraa na a de uma hsaora mas engaada ests m pouca represenatvdade nmrca.!

    5

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    18/185

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    19/185

    noao da sri plc e n pens detinada r el,oeu m reaoza d ppe d jeio na ita Dendea noa posa frm tbds nvo sgniicds s depoimens ls pesoi e bogaias e mi do seus defe

    foa eaado Em defe d brdgm bgfc gmen

    se e o reao pessoa pdi ssgr ransmo de umepna clea, csitundose em m epreseno que es

    pha a o de mnd. Como dizi Giovann Lv "nenmsma de fa fcenm edo pa elmn d

    psldade de scha cosien de mnpao ou intoda ega Assm, a bog coti o ugr paa e vecr

    beade de e a peas dpem e pa e obsevar mo no-n onaen smas nivo

    Esss anfe cdas n cmp da sri em gere n hsr d sulo X em prcu, geraam uma nov dc-so re o ppel ds fontes s, pemindo que a sa orocpe novo epo nos debae sofos aas

    _ Em prmero lg, emergn d hsr d sco X com novo esu, defd pr n como a sra do mp

    preen prtn poda d snudde de cnver cm emnhs vvos que r spec ond o bo dosridr, coa obrgarimene em fo o dea elao aos

    depomen rs13 Am do, as pprs tnsfmes dsceddes mdea e as coseqens mdn n cntedo dsrquvs, qe cd vez ms pm dsp de gs onompsoa tndnia uma reviso d ppe d fons ecsQ ori > r u lad, reo d polo revlrz do ppel dueo eimulam o edo ds prso de md de decs Esenoo obe de nlse pr eu o, tambm d mor opodde

    o so do depimens rs Os qo eits dcimendeam npecer tross mends ds prs deisrosMuis deises s mds aavs d cmnic oral, ds art-ae pessoas; o ne de prblema id r

    psoamn no pr de creer. Par upr essa lcns d-mea s deoiment oras velmse de ande vl

    Assocd em rade pe renoao da str potpodese deca m da hs da dmito prcupad em exporr nos ms e mdo e em et mais pndmen sbre seu ppro eso. Tmm a o uso de fns ris pde er de gnde ldade O depomen no aux nron de orgngma dsrt e no escaecimen

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    20/185

    das nes dos diferns, rgos como peritem novas anisessobre suas relaes e sobre os processos de tomada de deciso.Possibltam tambm refetr sob tmas como o esprt s dosncionrios pernncas e ransformaes em ses contos ge racionas em sus projetos e pesentaes Permtem emsma

    qe a desio das grandes estruas d lgar a ma hisra doshomens!4 Uma eceira lnha de renovao no cmpo da hisria do scoX opero -se pelava da hisria das representaes do imagnrosocal e dos usos poticos do passado pelo present aavs do debatesobre as reaes ene hstra e memra odem ser citdos a os

    rabhos de Mrice Aguilon ierre Nora e Henry Rousso Nora eses coaboradores na obr Les lieux d mmore, tlizando uma

    noo renovada de memria coletiva prmitram aos histordores repens a es ene o p e pesene e defii paa ahstria do mpo presente o estdo dos usos do passado O aoraprondaand a distino ene o relto hisc e o dscrso damemra e das ecordaes A hstria bsca poduzir um nhecimento racional uma anlse crtica aavs de uma exposo lgicados aconecimentos e vdas do passado A mema tambm umaconsro do passado mas patada em emes e vvnias; ea eve e os evens so lembrados da expernca sbseqente das necessidades do presente!5

    Esta ha historofca que explora as elaes en memriae hsria rompe com uma vso deermnista que mit a liberdadedos homens cooca em evidnca a conso dos ators de saprpria identidade e reequacona as elas ene passado e presen ao reconhecer clramente que o passado nsd segundoas necessidades do present Anda que baseada nas font escrtaspossibilita a maior aberra capaz de neutralizar em prte e

    ndietamente a adcionais ticas feitas ao so das fontes oraiscnsideradas subjetvas e dstrcda

    Ao esqadnhar os usos pltics do psado ente ou ao prpro estdo das vies de mundo de deinados pos siais nconuo de rspost paa o seus prblemas estas noas nade squia tmbm possibilitm que as envsta orais se mvst como memrias que espelh dermnadas repsentassim a possveis distes dos depimens e a fata de veraci

    dade a ees mptada dem s encaradas de uma nova mnerano cmo uma desquicao mas como ma fon adcion praa psquisa

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    21/185

    Todos esses spetos e m caaizdo as foes nocmpo da hsra nas ds timas dadas abrrm m ddaum spo pra o reohecino do so das ons oais gtidode uma oma ou de our, maor legtimdade pa a hista oaCab aida desar s pipais abodages qu m caracrzado

    o seu desenvovimeno ms ren.

    A

    Um aaao ms ded do amo do ue m sdo cado dehisti oa nos eme det duas nhas de aao ueemoa ecdenes e etecradas em mis asos eeam

    aordaens disintas pmea deas utiia a deomnao hstia o aapotaamete om os depoeos orais como smns paeeche as aunas dexadas peas os escias Esta abordagemtem-se vodo tao ar os estdos ds eis das poias psimpmenadas pelo sado com pra a ecupeao da trerados pos ecdos, cuas os so espeiamnte peras Nopimeiro so, o esudo d admstao pblia ds deorias deempes e espelme o aompaheo do proesso de mada

    de decises em dieres espaos e rpos so os temas domatesN reuperao da hsa dos exudos os depometos oaspodem serv o apeas a objevos aadmos mo costtusee istmenos de onso de dntdde e de rnsomaosoia Anda ue esa senda lh s troduzam cocetos de

    mmra cev, o se evdeca um dscsso mais apoJdadasoe as mpaes do uso da no de mema Em muitos asosa o de mem apesenada omo go esel e ongelado nopassdo a se esgaado pe pesqusado

    O ono ea ue ua as preoupaes dquels que sededm ao esudo das s e dos que se oam pa o esudo dosdos ganr o mxmo de ecdade de obevdade aosdpomeos oas podudos Os snes pr se a sobeto srm a ouao no caso dos sudos acadmcos deoteros de enisas conssns, de ma a cotoa o depo mento bem como o abho om oas fonts de foa a reneemetos pa ea a cnaproa e c as ds. om

    ase esses roedimetos egemse gmens em desa distria oal como pz de prest atos ue se o minam sbjetvdde possum nstrmenos pa oro-la Nsta iha

    9

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    22/185

    podm e das da q dado a ded dfen, amaioia do abho e Pa omo e gad e da iaoa ormeca

    Um nd aodaem o mo da sta o aq qevega o edo d eeenas bui m ppe t

    eae ene mem a, bcdo ai uma dsoma end do usos pocos do pasado Net vet a suj- dade e s dfoma do dpomto o o o ia comoeemno negaios p o uo d hra or ostmeta laoao do oeos e izo das neias o eoescialmn votadas pra a chaem ds iormae asntao d emo q pom contir m conaa dmaa cormr ou coner deomno obdo A d-

    to da mmia podem e ms m ecso do q mpobm q a eacdad do doetos o a oocnr. o repos dea io os bao do squs-dors do Iu d'Hitoire d Tem n n Fr, specl-mee Mich ollak e do Ceo a Edo Cuais Contmpono ocaizdo em Brmgham ge? ai e-mene au homson ree e coodo a dcso dosuo da da peetae como dc a publicocona om Raa Samue, my i y(odres 990).

    t m bodgm, asim mo primea m ido adotdr o edo da it pot udo a o pricipa compeed o se maginio potico e tambm pra o tudo da

    reprene ds cmda popuars. N caso odva rocpo domiat tm sido cdmca, cado o objeivo de mobo potic bsat seudrido.

    s trasfomes e m mrd o mp da s brdoespao paa o sudo do rs, d po, da ua, e cor

    porado o ppe n prsso ocal vm poao emado o uso d onts as gdo a dscoasua u da sa oral. tren, apesr dessa tsfoms, deba a epeio da legimdde d iria or o asun esvdo So co s vie d storidos deeetes pss o ue trabahm com dieetes bodge dsaficdo este mdo de peis s rsicis vo d eeiocompe a p d vio de e o depoime or pea aanrga ao esoameto d expreso "hisri or em fvor de

    fos ors pricip tica exresso hi or gse a d

    ue as iedade modes et do l p

    10

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    23/185

    perspectva de que um depoimn oral gnha sua plena sgnfcao em conono com o docmento escri. Am dsso, "hstraoral a embtda a nno d se consttur em discpna capazde uma inrpretao cientca ecamoado-se assm sa ndade de prod ns que sero obje d anlses e ntrpras

    Fnamente crtcase a noo de que a hsra ora seria ma oasria uma sra eatva mas comprometda com a mtncia poltca do que com o gor dos modos acadmcos. Na vsodsses crticos a histra ora, tanto dos vencidos como dos vencedores estara marcada por deormaes deogcas18

    Dierentemente o uso da expresso "ons oras parce ncontr ma acetao maorA denomnao ampa e pode sr aplcada quqer depomnto ora produzdo por quaquer ndduo em

    ciunstncia sem nenuma preprao pra H a madierna em rao hstra ora q prssupe a poduo dumafon oral especca resuta de processo de eborao epesquisa por pa de specasta Oemprego generaizado daepesso ont ora conduzira equipao de uma ote produda peo historador com quaquer outa on ora rvendo maisumaz uma z d md da hsa ora

    Uma aativa apresntaa por Da Vodmn pra eent as mbigdades robemas medolgcos envovdos no so daexpresso "stria ora bscr uma termnologia mas adqadaa prir da dstino entre "documentao sonora e "dOumntaooral. A prmera incuria iormaes regsradas aavs do somem sndo ampo enquano a segunda seria o pdu d desmhos oras regsados pa docmentas. A mesaara pope uma distino splementa ente "dumntao orale on ora esta ltima denda como o maerial recohdo por umpesqisador pra as necesdades e sua pesqsa em no de sas

    pses partcules1 pae os probemas de ermnooga outro aspecto negatvo do

    uso das ontes oras apontdo pos hsraores a diiudde deconrole a comndade acadmica sobre as ons produzidas aparti de entrevists, peo ato de estas prmancrm nas mos depesqusadors ndvduas no sendo acad sua consuta aodemais nterssados Pa cono st dcudde, mtos arquvos e bbioecas tm ado aceros de depoimenos oras prodidos

    por ses pesquisadores mas tmbm abertos para o recbmno erquivamento de conuns d depoimentos prodzidos por pesqsadors xeos como o caso do Arquvo da Cidade de Baceon2

    1 1

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    24/185

    da q objto d poo tdo mdogo m oi a hisra oal no como uma dsplna, a com mtodo d pquia q prod ma ont pa m rvadom tent tan o o d ot a moromprn da ono da tratgia d a da rprn

    a d gp ndvdo m ma daa odad.

    1 a aomanhar ese proccsso d maeia delhada ve oson Pau A vozd passad; hstr Rio de Jane az e Tea, 12 ca lI, 782.

    2 Ferera Mieta d Mos A ova vha hisi: o eo da ista oltcaEss Hstrcs

    (10): 26] 2 Ver c e sa conemonea: uma sra ii Priodes Paris, ITP, 199; Glam Mar (dir) L'lat des scienes soies enFance,' hstoentmrT, u pliqe Paris, Dcouvere 69.4 hartr Rger. histo ujurd'hu doutes, ds, propostos Conenaponucada no semnrio PDOC 20Anos em sembro de 193

    vi Giova s sages de la biographc nnws - nme SU iss 6):U2-G 1996 Trbich he O mo da hstororaa Les Caies d 2)4-6nov992

    ele, na Thc cveopmen o ctural pecuits and o ohlsto n Le Ud Sas. 3-15; e C y er t s? rendly cique of ora hso'y h Ot Reu New York Th a Hsy

    Assiao 44 Joutard, Phlpp_ e uix qi n enne s Pas, Hachet, p 1 Arhv oales une aue hs An - nme S Ciis()124an/c 1 e Joutard Phlpe - cit., p -.

    1 oma anie istria oa I inales de los a chnyFeneO ceon (514-1991 e mbm Trbitsch M Op ct

    1 Gilaume O ; e Peschansy Dens PoUa, Mchae & Rouss, e ms s ne mh ne 've des senes ss. as,IT9922 vGo saes e la boe, 1 Paky s; oak, cha & so 1ey Op ct" p 21 Thulle, Gu P une v de lhii minsrave cnmpo'ane Muement Si Ps, Oriers 71 Noa Pe () Ls ie d mmoie as Gamad194 19 99 vs_; e Ozof Mona. L pass recomp. Mgze tie ( ev. 99

    16 Thomson Pa A voz o cit1 P chael. Mema esquecme slnco o Hiss - e Memra e detdade soa sdos Hsrs 1022 Tosonii or o memoes. A v w . a. 2Oxford niveiy es no lo)

    12

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    25/185

    Joutad, Phip. O cit . e 246 Vldma Dan fniI e sagsLs H (1):3-5 nv1992 an Mrcdes Tx d'hre H- 198

    13

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    26/185

    Os as chmb memraderrl *

    lz l

    atremos aq de algs ma qe nos paem signcatvos,gdos aosjoe que op6 be opaam pa t adamo foa d neno pa. No eha

    : so d esgor o 'ssno. Ao conro queemos smpemen

    lent qestes qe anda so nversas azer dados or-maes qe ajdem no esremeno ds erodo de nossa h-tra

    Mas netent nossa nno expa as motvas dosoves qe ene e aadaram a pldade d o prssona de ssso pr uma opo ola qe os levva ndesdade ao t m vda amar e m as reaes deaiade a ma vda de resies maeas prso e mesmo mor sob torura Mis desses oves rm orndos ds lasesmdas banas do Rio de Jnero esdam em olgos e niversdades m boa qadade de ensno e esavm sndo preparadospa assr postos de deana na sedade.! Ear o cmnoqe ees peerm a ega a assals a bnos e a qs aseqesros d dipomas a aes oenas mpa enender osvalos qe orm amitdos pelas geraes predenes as dsqe lavm na sedade e as foas de soalao poa aqe oram sbmetdos. Tdo sso emente onr pra ela

    r ese perodo a da sra brasea reee qe o adda de 0.

    Quando deidos abal com os camados "gueleroservo" o ra, vemo qe enn gma d-ldades na medda em qe nossa pesqa tve no na metadedos anos Em primeo lgr abaar m o empo pesene

    Es estudo s ralizou poq Clos Cl Wainer, CsarBnjamin Ci Bmn Dl Ao Ris, lc Pndolf. Fndo Gabera

    Jam Bncho L o ao alo Bni se dspusam a al sobss rotos iais sonh soimtos sqsadoa do CV dotoa sologa pa Univsidad d s

    14

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    27/185

    sempre envolve o problema do acesso documentao. Tivemosdificuldades nessa nha tanto no qe dz respeo dumentaoofcia dos rquivos policiais dos servos de nfomao dos mnsos etc como das ppras organaes potcas engajadas nalua amada. A impensa era praticamente a nica fon que podeia

    ser pesquisada mas se em conutas polticas noais umafonte qe deve ser utiada com muita catea no perodo estudadohavia dificudades suplemntaes A censua a que form submtdos os meos de comnicao princpalmen aps o Ato Institucionaln' levou a impensa a pubicr nformes em escal sobre operl e a atuao dos geiheos ndientes m a vso polcaou dos rgos de represso e inormao Evidentmente st ntroduia deomaes que esses rgos pcuavam pasr pra o

    gde pico a imagem de que aqueles ovens eram pessoas semos s nos neucos deensres de ds quelevaam desio da sociedade.

    Decidimos ento om depoimentos orais dos ntigos guei-heros e cosr histrias de ida como mtodo de nvestgao.sto nos pertia preencher a falta de dumentos escrs e seaa foa de reconstitui no s o passado vivdopor aquees ovensmas o passado herdado aquee nsmtido pea na e peasgeras antriores Ao ongo dos anos 85-8 consttumos assim

    m conunto de enevistas sobre as quais femos aqu agumaeexes2

    s o foi elabordo aps a seleo de agus emas que formaborddos nas enevstas, como as motvas que evaam gerriha; o s clndestino a heraa famlir (consderada do pono dest do sistema de valores); a distno en teoriso gueilaO maerial aqui apresentado obvmen represena a verso dosgerilheiros sobre sua atuao suas motvaes as uncas e os

    sigfcados de suas aes Os depoiments pemm dentfcar aimagem que aquees oven consam de si e do po no qua setearam o espao sa que uparam anda o preo de daconsudo por aquea gerao3

    Trabalhmos om a memra de ndvduos que tihm ene 30e 45 anos qundo nos deram seus depoimens. Agora eram oalstas professoes uverstos prossons lbers poltcos. Muts estavam dndo pela primea e sua verso do que fo utarmada Pdemos obsevr que ecostituio do passado por essesex-geiheiros dstinta da que geralmente feta pelos pticosprofssonas mas velhos. nevstas com aores poltcos de dadeavnada mosram uma memra crstada sobre os acnecen-

    15

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    28/185

    tosavs q l vivram ou seja evlam uma vers qe fisendo esrtrda a longo da vda muio cmm, ns dvrsasves q sses entrevstads peem a nrao d um acnei-mno zemn d a dn cm mem aav, msma entonao de v> as mesmas bsrvas O discrso est

    prono pra fiar ma imagem na histria. J no caso dos antigsguerrilheros, notase q ao reoem aos mesms aontecimn-tos es o aem rriado e asentando ouros detaes pois no and m csz d dcurs e da mmr

    A nise dss cnno de enevtas mosa mbm q asotities de as as atituds valres que s aitsomo sitivos q so vis com enateedors da onduta da-qes ovns so qas smpr onvrgenes n eao d nevsad M n mmnt em u sr sts rlaivas rtiade aes vioenta, os dmntos mem a xplcitr divrgnce rvelar oios indivdais de grpo Apaem ent jfiaivas que ossibltam a xpca desses ats. A bsa narerncia a passado, de picas q ganm a o d cmne cosnd ao tablho Pllak chma de"nquadramno da mmria4

    S sss os specos qe ems discutr ao xminrmos omonossos enrevistados abordm os emas que senams.

    Cmo tda ger a dos as d m no Brasil se mo aprr d m aconecmento ndadr: a Rvolo de e sesdsdobrmentos com o Ao Instituinal n 5 O momen mitarde sgcu ara o vns dessa mc, m b

    n cmh d artia na vda d a At fnal dos ns 60a mincia poltia no ra uma oo demtiva odos rtndimtrmin os estudos ingrssr na vida profssiona No havaprdsposo ra nsformr a atvdade oltca d clg u daunverdde m mtm de emp Entato, s a fla de espao a mnfesta d is e flta dlibrdad pa at poitimnt m posomnnsfm mn essa grapa rmas e ca qe oenvolm a negao ltca, ms sm s ilens.

    Ve a n vir d n dpn cd m ge vvu ess mmn: di u era mu qxesc, csmre m en E tha e nsfma mn

    6

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    29/185

    quer dizer, parcipa de um posso mut mpoa de ns-mo. Em , eu estav fazend o 3 o csso E com se euesivesse me pepd p en num fes e de repene baram a po bom, acu es. E ns? Agr que ns ome set o goso vs ns echm po En h esse

    ado, um dup stro com o que nos bu com poran cra e com a esueda que no e nda, uer dier, que noesisiu"

    A deso u mad cm nico ch pa de oregme m nsldo em 96 se deu p ds ces edssidnis ocds prncpamente no Pid Cmust s-eo Nunc demas embra que foam as vehs dnas oB, endo ee igu mo C Mghe M Ave,Joaum Cma Fee, over Teles Aponio de Cvo eou qu pvm pur po e rganzcn deno dpdo a ons as eses e orentae do Co Cen. raees os prncps resposves pea orgni e mpa dsmvmens de gel qe sgrm no Bras p de 1 erecebera a adeso d mimen esudti, em epe do Ro denei e So o

    P ess gero de ven esd B e um pdoderrtdo, esponsvel pel qued d geo nstucin de J

    Gou. E ms, o PCB n hvia cuprdo su mis vlucona e do d refom. da a esquerd anr a 14 eravst como um esud inompeene que s nha cmetd ers.O der do CB Lus Cros eses e s vels liderns dopado om eceo dques ue nhm aderdo u mdano em dos nem respeados peo seu psd Ao n joe geeos s gorvam e mesmo desprev A de-rad do egme democti mpu uma nva etua d ps

    do_ Vros dos nsss enrevsds reditava ue o no ero drvuo omev om eles pasad n pv A ees esavdestda um mss especia n his a de no det , db o regime mi e faz ev it.Vmse cmo vgd d iedde: A gen sva mnd'

    Enett o qe onsamo que a mor dese vesgorva a hsa B e s dvers vgens de nesse ueesm den d pdo assm cmo deens resdadas em no d onjuna pc n e exte Do

    mesm md grava nses ue estav sendo pubcdpels pequdore beos be ms d sedde raieconmpre. uore ido e mpe quees ue expc

    17

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    30/185

    vam o psso sal rase as d ria mis cmoCao Pado n Nson Wk Sor Ru Mao Man.

    Ao sobe a ads lua ard, B beva u na paem qu f ua p poca, a da d rvuo sava dada:no pcse sr ques da euo foa fia a tica

    ado pacica Sn mua a d n er consrdo nssapo um pica mas da sb uma qustqu mu mas complx do qu na poca u pud percbe. Nsdscu mo fa a pta eoucina, e haa drsasheaas m uma hegmoa d ui cbna Mas quto d uptura eoucon no dsu"

    A osio ao gme l s nnsou no n de 98mdo n no Bri m nos EUA Fa, ap emnh

    un pss da mca Lana pr movmens sudnis des uoidade s g vgns na sodad sses movns d ugr nmers paas das quais ms impon oi d 26 d junho no o d Jno. Deaprpm de 10 mi pssas m pos cna as oln-is patcads pea lca gn d ns no cen da cddngd sude pops F promoda peo movostdnti conou com pcpa d esoon r igsos popuas

    eindicas sudntis saecto ds b-dads demoa suspnso d cea pnsa con-so d ms bas pa a educao, pcpamene pa -sdde Onndmen dssas gncias a poibi, po ped goo d qulque po de maesa m d o eoc m mp do ono d ontesta que psua vz o aompnhada ela ec d epeso icia.Ese quado gvu ainda mas cm a pomulgao, m 3 d

    dmo d 98 do Isona O qu cofiu conoms autoitrios iadoes ao rge nsaad m 1.6o nse novo qua iucna, qundo e du o ruxo domoimnto sudt qundo os eudnes dxam s quu oen de sudanti pasa ntegr os gposrocionros d lua ada e n n cndesidd

    Cmbra que qund sg o 5, ossibidades d umau potca c muo bquedas. J ava uma prpa .J havia m cs um mmen ado m ppa A mhaatuao nqunt osa r mui secund orque eu n fae des cos no o Esa csado Eu j npoda aze coss o snda pue u e m mdo ( ) No

    8

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    31/185

    havia nenuma possbdad mas d fazr nada. gn nha qus pparar para a lta ada'

    Pra nr ma rganza d ua rmada, jovm passavapo agmas apas, q faza com q a pcipa em asvonas n dpndss d ma c A mara ds ns

    ados rfr-se a ma nrada gradava, sm a prcp e ndsrpras o d dciss nvvend prbmas d consina Ao srefr sua nada na a armadaDmba q "dos ns fmaados d ququer pripao na vda pca Eu da qu agn ev ma fona e d rpn fi corada qur diz rauma grao q v su camh boquado Eu n ta dad q a mna pricpao n mvmno sd m vra asr m mian As cisas q fazia ram coisas naturasngavam o m unvrso E cocionava ss i psnan

    d a psdn d grmo oganzava fss rganavaasmbas sds faa ves mu proo d vda ra serngnho A nada na candsindad go dpos d A Insi n 5 foi m camn naur da cnnra ca quns svmos vvnd Os coqs oos sobr o cmnh asr orm ns quando foi sndo dnd inmig Naquapa a m dba n ns sob a candinidad sadvra s ma dorrnca d prss poco m risc d prss, n ma dmonsa d vra mai d um ngaamnmi d m gau d coscnca mao

    Ser

    Mas qu sr cndsno? Cm sss vns vvrm ssa rncia? A candsndad imp m primr gar ma rpa

    sca candsno passa a vv mgm d mnd bgada adr m nm faso, a s afasr da fama dos amgos a nmais qnar go ou a unvrsidad vr ugrs pbcosond possa s rcocido Essa sta va ma mudnacompano codno d \a pssa Embora ngnd as fosd odrdad nr os membros do gr pra muios ssaxprca oi doorsa J paa otrs oi mns amca

    Pa B po xempo a xprinca da cndsndad fi vvidasm gnds pobms E s du cona d qu ra a nds

    indad quando pr qu n pda mais vr a nmada aom ra m ovm sa fas fo vvida sm aumas: "Eu nhapouc a pdr, qur dzr u ra muio vm n nha as mut

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    32/185

    estveis. A rptura dos laos com mnha fa fo reativmentenqa eu no tnha pofsso eu no tinha csaento bemdefindo, no tia fhos no tna nada E sso me dava umadspobdade mut grnde"

    Pra E, o prblema da candestndade era rmper cOm os laos

    fmes gerrhero no da-ada, poda passar por um cdadonoral Vo dfcmente era dentfcado na rua como al. Algmas pessoas tham os retrats coocados nas predes da cdade,passavam peo retat se vm e tham a certza de que no seramdentcadas dessa manera. Isso poque as pessos usavam dsfrces depos as foogfas em ger erm muio dferentes dareadade A andesndade no mpeda de oc praa acnema.. No era sso Isso a no ta o menor prbema difcudade era voc cort os aos fares. Vo tha que aban

    don a facudade abadonr o oca de morada o ocl de abahoVoc nha que usa uma nova documentao ea u novo mundoue voc crava, sem lgaes com o seu passado .. Voc ha queromper com essas cosas . . Eu sempre f uma pessoa gada nafama e pra mm pesava mu.

    A cndestidade por ouo ado crava um mundo mut fechado cotdio grava em too do que !contecia com o gpo, sdscusses erm sobe os docments ou xts produdos pea

    orgaao, sob o que ocora com os ous grupos et vees,eventos menoes ganhav grndes dmenses para o cndesoEembra que a preocupao com a poca nacona naquea pocano exsta se mudou um mns no regme mtr, ns consdervmos que aquo no tiha nehum sgnicado, no aeravanada A eno era tta compea e absouta desse exteror

    s dados e formaes que ndcav que o Bras vora aee, pncpamen no e 1969no e e pa

    maora das draas do movment de geha s ndces decrescmen econmco, o aumen da ofeta de emprego a dmnuo da xa de ao as nses sobe o apoio dos ssarados aoregme mi eam consderados fomaes mpuadas peogoveo

    Um dos nssos entrevsados erma que a candestndadeobrgava os seus quadros a vver em t enao Ee embra quea gene morava em quarts augados, no podos r bibloca,os ma nteressados am joas Lr um vr, na ba dessas,

    mu dfc Tem gen at que coege Eu no conegia oha rendade, de ve em qundo eu cosega er mces maser m vr de economa, de potca numa baa dessa, em que

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    33/185

    para r ao baneiro v tnha que ado, muito voent. Paravocs term uma da - sso se ou focrco - a VarPamaes,que era uma organizao que no estava nessa oensiva de aes eachegou num detemnado moment a crar a chamada (comsso deacompanhamento da readade' que tra como uno juntr re

    cos de joas coa numa oha, t cpa e passar pra osquaros da organizao. Isso porque a grande maoa dos quadrosde esquerda daquea poca no ia sequer o oa, quanto masvos"

    De acodo com os depomentos que temos mesmo as oras deazer eram preencidas com assuntos preocupaes igadas ao movimento potco. A eita era sobre o comunsmo nteacona ocotdno a praa as estas eram para dscutir assuntos gados ao

    movmento as pessoas s se encontrav s tnh ntresse emconversr com quem era do grpo Formavam um gueto segndo umdos nossos entevstados.

    A ptcipao em organzaes revoucionras exiga entreoutas aes asstos a bancos e quts seqesros e mesmo aexecuo de supostos nimgos do moviento O conjun das enrevstas nos permi acompanhr o modo como os ovens am senegando nova vda como se adaptavam a um novo contxt ecomo redenam sua dentdade em uma stuao de ruptra com o

    cotidano.No ncio os assatos a bancos e a sentineas de quarts era

    ut ces do ponto de vsta operacona pois no ava reao neUesquema de segrana Os bncos contavam com um ou dos gardalados na porta ou no nteror mas no tnham aaes gados adeegacias nem cabines prova de baa Todo esse esquema oimpantado exatamente aps o nco da ao dos guerreos gono comeo, portanto era c evr o dnhero do banco e as armas

    dos guadas Bastava se aproxmr do grda fng que se ia peduma ormao e da inco ao assao Os guardas em gera notentavam resstr. Esse tipo de ao era preceddo de um evantamento mnucioso do oca quando se obsevava a rotna do banco oudo qure e se examnava as

    /sadas possveis

    Em gera um nmero grande de pessoas prticpava dessasoperaes, seja na ase premna sea no momento da ao Esse um dos aspectos paa os quas nossos enrevstados chama aateno pa deencir a ao dos geheros da ao dos banddos Estes como m por obetivo ao assatar bancos a apopraodo dnheo no tm interesse em envover mutas pessoas, o queredundara em menor cota de deiro paa cada particpante Por

    21

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    34/185

    otro lado, os gerilheos estavam prepados em fazer maperao segra sem motos, eridos ou resos Evidenemenam ma capacidade de organzao sperior, e da evolveremmas vees dos gpos em m assat, m que erava o banco eot qe cava nas medies pra em caso d agm plemadr coera ao prmeiro.

    Esse po de ao qe denicada omo grave rasgresso dasregras sociais e severamee critcada pela sociedade, oi vivida deorma dierencada por esses jovs de classe mdia urbna Parags, apaeemee o oxe grdes coos e qesonametos as paa oros cooco dvidas qesionmentos ticos emorais Percee-se qe os egerreros ao alaem sore essema no m pies egene

    verdade qe avia uma epicao racoal ma siicativapotica uma eerncia ao movimeno operio ineacional, Rvouo Rssa H ma ierata qe procra sc dossses atos como neessros na medda em que so pratcados praalcnr oevos nores o seja pra ssa movimenos qetam pea redeno dos pobres em p da sa soc ossosentrevisados sicm sas aes porqe elas erm pracadas empol da coletividade pea casa revocionria ao cono do crmn mgn qe v smpemnte a

    prprio em ma ao indivdal Esta era a distino sica qazm.

    Nossa perga sore como es vverm a epenia de asalt ancos qrs, e que premas icos se coocavamrecee resposas discrepanes Para B as reaes varavam mtode ndvdo pra nddo ma mane gea eravivido como ma violncia contra toda a nossa ormao Paaalgas pessoas o caso do Star, por exemplo era patico m n nt el mem Ot p so

    iam menos " E cotua: E aco q viv prlemas ticos nodo oo de ista tero mas ivi a rmra vez em qe ive mtio o qa e e tiha ceado ma pessoa m polao cao Fo a pimea vz qe essa coisa de airr m ma pessoase colco de ma manea mito cla . E a passado gs oros roos mas daqls q igm sab gmi, d? Qr z, de orma ss irteio me oa atoe proemas ticos Embora o tro oss d ado a ado o ao

    d t arado ma pssoa ralm m oo ma ovasao Na poa m q isso ao s odos os qestionvamos sobr a vadade do ao q fazamos Fo ma

    22

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    35/185

    oca em que havi ma reso ctjca, e esav cuse doaa a Bah fo m oco s de eu , e gen quea samas no inha como".

    Pra o ueheo F na ocso em que esses os nove rndes roblemas de conscnca pos esamos asslando

    os bancos e no um fmacuco o dono de boqm Des onode isa no hava oema de ordem mo, o que haa sm eam certo ocesso de datao uma fom de auao que edesconecida e noa aa todos ns qe azia inclse iscosmaores dfcldades maoes aa a su execuo; ago e no meembro de neum cso sea den da ognzao a qe eu n- se em ots em qe ea hado obms de naumoral".

    O obema da c os qesonamos e dem m sgm qando drae um ao on m ea fdo omoo Mos dos nossos ensados dem qe assvam aomnhar eos oas o oltim mco o inoraes obe fam do oca moo Isso os choca muito, e v ques-onmento, emboa hoesse ambm a scaa de uea moou femento se dea em comb de qe a bala e aceto o codea cedo m dos ouconos

    Am dos asss bancos e qs a a obno de cssfinanceiros e ms os gueheos mm eaam seqessde dilomas esangeos egndo a seu sga a beaode isoneros oicos. A d dos seqesos sgu de acodo cmossos entrevsdos num momeno em que se cas sefzam sem mandado de so e no haa abea de ssoel no hendo otno deo de defesa uas vees aci o os mlaes no omaam nem o fao d so nem o

    l de o eso se enconav nem suas condes fsca ecogas s famas em obgdos coe edednas ocs ou ecoe a amgos qe thm acsso amos oidades z os desacdos. A ocaa-o od emar em6

    A da do seqeso de dplatas fo ssm ma o esoe essas dcudades mas o ncme m ma dcham a aeno aa o momeno mado de mos a

    su esnca a de caaz as smas e o oo d o Ha m obetio co de ogd oca as d maao de imaco

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    36/185

    Sr a m rrho

    Pod agor pgntr ul o anaansitid pa faqa o pj de v sd em su mo omo os paragir opo pot dos fios e ess s posconam dine

    d Os dpometos precem c que auees joes h de

    um lsse md scende r a m stmas dvors ts ue s evm a ns um poto de vidgo o q ees uprm poss de idana n soiedd.Ern onnta poltc de m derdo momen hs-tco ofecehe, cmo posbdade de cntiza dss poo calmn rem vgrda d momnto studani,

    e em seg d d mment de gelha. es qu s-tavm sendo ppos p seem os mhos 8 mais cmp-s, dees ns s m ue deveram tu posson-me, fom chados se gd dos movimens degea

    Tdo que gao e ves que n t 14 25aos em 6 o nt nos momeno e guer o ve m aer om o A mem sss oves exguei-hes o eam a eao da f, d e n hi m

    poo dos cmnos poticos q ees estm sgundo Hvaeo e md ao eu o ms a mm ma ceracompnci mesmo, em agns csos, cmpdad. N eaml predomv um atud d aceto compro tantpo pa dos pis mo dos fihos. A ge ds ns rebds lutvcont s ttues utotas cora dadura m msman bm eainen

    mo que dern's n geo mais oem a

    ee ppi u n p pro d 30 os. A ger masvh como a mnha nd de ma o tria snc er go mis dpn o sntido d q t sedo n he om a aJa O m hoq o meu ao oingdo prspectva q a faa m oaa A paso e ag qu e nco omea a ua un ogo um gaou

    v o nh vv t gdne o hq om a a

    M la pt dt pr_ um houe conta a ntuis. Oqda mit mas dieo ona a dadra mltr ontra s

    nsttus" C s identc como nascdo ad em m aioper, d aia d cls mda pai pueno comnte uuta paa q os fios vessm duo e tivesm a

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    37/185

    ascnso oia e o oeguiu tr Eto o m pai meprparou tina a into d me prpa paa u ser m r queia trablar o Bno do Basl Porqu o Bano do Brasil aqeapoca ra a ppctiva m rssa qu xisia. Ns td, su td aqu m pa u u u fos

    Se ohro os dpoms d E A obsmos ue os lasanam o ado da coo da afivdd do dlogo da a deidias o mio famlia. Havia um ivestment a dcao dosos ma popao m pp-ls p t. E. p mpo se dnfa cmo p a fma d proprietoss do ado mao pa de ogem mgae pssiona ibUma amla votda pra duao dos fios m atia muddicada a obrs de crdad mu rvotada nta as njusassocas O pai iectua er um pssoa de dis d esqura iba pgsita Em cas E s acotmo sd d a debaes sb dfns m pricpame ob ca. O paa mu ct m o o rgm m saurado m 19mas uad prcebe u os hs omavam a s gar aos gposde sqeda, enou m pnico e como a itc dumene opo pela ua aada. Diz E: "Eu m m qu qdo meo omou l cava m pouco apno . Ae pai s zand p fu d fho cdo ue auo o pda

    d oa oa pou prsso ra mui e porue a gta cama u isso tdo pssaa com o m Qu dizeree nuca m ncntvou ptcpao ao nio .. .

    Esa g su uvd m ca as has m u af d dsusses pois, comtios sob osaonmnos d d-ada da poca s oais dos rmcomprdos idos pa amia gundo os ossos evsdos,tms como o drt dcao paa tda a popuao o poblmads faas as dispts e os vos ptdos poicos stvprsn as dsss fe Haia um pup cm ust d um poo d sa so de azer cadade de pracr bm de d sm s ms dos gers m m glcalis praas

    A m dA gd su a prat d um casmtrdcna pa smpe ue " mas mo pass peoba de ma aga do e um i en o eio do us Qed, a rqueza fo ma osa no ltvad m ca, gha he,

    sb na vda, nunca oam voizados. Es dzam que s devermos tr uma pisso oesa uma vid cfv gm m casa iaa auagao A ge a uma fma

    25

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    38/185

    mod. Um ass md mesa. ua ssms iddd omd de ad, m o vo amva um d a genpsa f m Pos, m em pss baa) m Tp-l m hots mdts a mh mla por exmo m zds Qm e ms e? Os ivs e

    pm d mo ms eh paa ma mo veho cm vh nn caam s e avia d hgr e lavgm m ma dos otos

    a d osss vsdos, ss thm possp ss po d d h poad a s m o d, e r d up dos ho rt, ha m et p e ques hm f. Os s m mt momets demnoho pel uao do hos ms que a esh sse pergs

    m os lho m hi. A aa he pa m enre d.Lma u onda m gneo me e au m ss opo mS no no cha qe gete s rsd r emb m aqus me ma deqds Ov v ldo 8 jn tm se fd nm O a so a etar tds s c que pne ms fzm s hs po m e A, a h e um ouroh ia d a da ca auara

    rplm udo f ndo me grir d ps. A t q e e p ene m uui u ste h pgtu: E, es lh u eroi qe sm bos d Bs?", Su soa No es o te A qu ag podeu ! ur. Nsse om p dss: "N ee s ldpl vlicidde d jues, ue s edr e subsii A diz que pa (e dogd s dedi dcom mui gh mb no cnd pli

    cs m dr m dsar H empe o do d fhmrrrem s ms pes t.

    E q q et pt m o a qudo soua clesndae be seu o e sodrdd mo- qu f ps e tord. O p crm quid pc-l qudo r o u de n q do mid "Me dz No d e for ps vu me uh . ' E p pie qe u f dl . E

    f m pco chordo d do u d uiuse adors se eu co c qu in ando og e u 'No ih h

    26

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    39/185

    conta mas que eu no quero ouvr, s quero saber o segint qal a cosa mas poane q u sso fazr por o?' E a: Mtrr da P o que u quero E dss Pod dxr qu u vou aertudo que u posso pa conseg sso.' realmnt ele se mnhou

    enoremente. Naquela pa ra dclo qualquer tpo de pstlo dgamos (.) as ele consguu .."A maora dos pas oereceu apoo sodaedad aos lhos o

    vst-os na cadea contaou advogados, buscou agos que pudsse ajudar a nrerr em sua bertao ou na obeno de mlhoscodes de prso supotou toda sote de hmlhaes.

    Mas houve tmbm m ouo tpo de reao dante da meaa dprso dos lhos que o a de tentr covenc os a se enegaem polca pos els os pas seram os adores dan da polca ou do

    tres do o comportento dos lhos ss attude s mansu no nco do movmto de gueha, quando anda no s havamnstaado os todos de rpresso mas vontos nvolvendo atortra e o assassao dos presos.

    r rrr r rrr

    IMveto de guerrlha" e luta rmada so dnomnas utadas po ossos enrevstados ao cracezm a ao poltca daqal prcpam. ntrtanto os res os rgos d segnae os ornas aavam em subverso teosmo ato d or camava esses ovens de suversvos ou eorsts

    eto que no est consenso ne os cntstas socas,qant demo e dstno n ess mos. Guha guarevoluonra rorsmo so denomnaes qu s reerm volnca potca prolongada. A gurlha uma modldad prtculr

    de coto que s nstala quando uma organao aca ataca umpodmai or tndo se olc plo uso da volnca, ou saprocurando nvestr na ora para aumentar a prpra ora.7 Agerrha e cractera pela recusa do combat onta e decsvo epor aaques costants ao nmgo nu espao lmtado crndo sentnt d nsgaa

    O rrorsmo u mtodo de ao qu mpca a ecusa dasmedaes ou ngas substtudas pela ao volnta. ma

    estraga que pod ser usada por gpos ou psos com deaspotcos totalmente derenes. Aps da dvrgnca d obvosobsera s uma gande semlna ente os meos emprgads ploserrorstas de erea esqerda xtrema deta.8

    27

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    40/185

    erorimo os meios de cmna cmo sa rbuna9Tm co stens a de a amaa o assassnat deadersros em nme oben d detos ocos cao d gha n Bai e em dvesos ass d a ma Lana ddeo nacn ao dos asos dos landess e ds pasnos

    H and aSo e mnras dentro d pases onde predominmstue demctcas qu aam m nom da docrac masgm contra dmcac o xmo as Bada Vmes daIlia, o BaadeMenf da Alema a n Dec d Fan pos japoneses.

    Nss cnnto de domno moa e os enrsados mdfuldds em a ompaao d sas aes cn1 as dosrostas para rorismo, comparad a grri, m uma

    cnao negaa. utizada na oa pos os d repress o qu mas pon n momen em qe orm tnados osdons, as crcas da socdade ao roismo em mutoe nd m sa os exempos inds da Ia e da Aemana.uitas ezes arece n neesdade e at o oon aso a as ognzaes a prc d ats negavs condnads como njtfcado. Enea aguns x geheis denm as as praicram com dos esas rpalmnemes

    Uma das pcas arsnadas isando a fsa a paa-o ene geha e trrrsm omo dz E a qu "orism s vota s ees na a ppa enqun que n-qea poca, eu me embr um ds nossas preoupe e mmso era uma csa fotssima na rga mbm a oamoriz a pua, po co esgd sempre; mosque nngum qea aze ma pa a ppao qu s stvmossd bem d d mundo Os casos m qe o dst

    sicamen ram os nims 'decdos a mada repessAo cmprr momen de rri d Brasi com s aeroristas epes Fcnsda e ta me! ns psenmo um mmn o qe no cnsgu sr -nadade a no Bras And ss nss mnidade ptn po se comp o BaeMf ou msmo s bgasains Eu ach que ns prstvamos ummomet lm ssi aur qe o t pl popuo. Aa o v o s oov ut ms v

    mo um movimo gtimo d ss histient, v mas ozo o u s so um i No so Am Il xs um m-

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    41/185

    ia epesetatva existem fas e a polca, aia quemeiaa, uma emacia buguesa, m peso o poe ecomio (.. .) D poto e visa pltio, a a eles me pareexremamete mgial, em ela s sieaes em que vvemEes no gzam e enuma simpaia meio a seae. Sua

    a t margial que eles quase lutam oa a sieaeA aima e que a guerla o Basil uca pacou as

    na alvs iniviuais fi ut rgme uila pa esabeee a stio ete gueia e ism Aos p emp s ua fizems, isse s ossos eesaos Aembrmos que seqestaram s embaaos e um , mataram um capi a Fa Aea meica um me gls,um empresio em S Paul laam bombas a embaaa

    amercaa a expca e B que grs gerileros eamifeecas A Dssica ne B atuava, o fazia esse tp ea, cm a que matou o apit Cale uem faza ss eam os"sagents o Mvimento Nana Rvolucio MNR "Essesa pmea coisa que pensavam ea matar algum, e fam eles quemataam amecano E aescea: "Eu aco que eve fcr bemcaractzao o que se cama e uta armaa uma sa muieogea, engoba ese NR que ao mar apt ntamicno se va faeno a evuo, a gp o ogio e Aplia

    o, que tha uma psi mais sfisicaa a evluo B aetuaa ifeea ee o grpo em que atuou, o MR8, e os us, mp exemplo a Seg ele, MR8 fazia as bem fetas, bemplanejaas, evtavmse coonts que puessem levar a baias eambs s las enquanto a ALN "ea o pesal mais gssei, queatiava em a j n fazia a osa t bem feia

    Vams insst a isi que sss etevisa eaene se guerrieir e se erroista exam o epimeto e

    . A v com simpatia as aes terosas BaaeMeo e asieifia cmo semelates s que s faziam aqui Basil, ou sea,ssats a bncs e a spemecaos, isibuio e aiets,seqestos ataques a quis Eetto qua foi queionasobe mo via as aes troiss as Bigaas Vermes aas que oloavam exposivos em lugaes pblis mestes eem, estaas e mouse a esse p e aSego a ogaia em que auu, R8, mais gtu faesse tp e atta A gete sempe epuu s ms umaerta bsesso e evve meo mer pssve e esMesm garas e liiais. gs qua, mesm a VPR oLmrca, p exemp, ee tiha muit essa peupao m a a

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    42/185

    aha, o desperdi a da assi u eso o act ororismo cego Uma outra ao que a ge abm apravaera aar dgitio cosa que os Tuparos Moneos fzerm Seesr genr pra ped ago e oca bem mas atr "Ao rgnos e ocar u exposvo e u ul o era pio

    do ue mr u geeral, a esposta foi u ess cao ees estavacdo os cenos de represso L u oo em cima doDOICO era m obeto ilr:

    A recusa e adt a pra de aos erorsas es gada image que os erestados c&trr e s e do gpo A seu ertudo o que fzera fo pa errbr ditadra t o rege deeceo a iolna dos gos de represso a ijusia a sociedadrasea c esses eeeos que eles t oje osrr a

    era do erodo e ada es e pla forao Pee nosue p ceas dess tralo d equareto daera se A reotto dos faos igados erada noomeo, cadestdde priso e udo o que eaeceaueles oens, no apesena e Entn, nomoeo e que s prorou detr as aitds s desen-cadeadas da as ioetas pr ees pratcadas, que sequestioou a exsa ou no de probleas icos e moras, sug-rm coitos os depoeos a esma mera a aviao do

    movmen de luta rada como um odo provoa hoe ica acusas

    dos etresdo ue pticpou de tdo o d uamada eu na cldesndade o prso uado pssou operodo na prio e iveu o o iciou eu depoien demodo descona u oa omo peedmos eudaaule perodo de os iria uilzando a memria do enovidos nos oves B comou cmndo a aeno pa o a de

    u emr daquel fas hisrica mui pca. Na verdade, o mu m onuda acbou ndo um follor e acaou ondo s dee pdo d s p e uer dzersabdo que ut d o du por ue elano deu c. Na p m ue e u e um mpo desbdade, o era s do qu i M o m ades moime pa demon o des i ue eseeram sb ese pdo de mane g uemdemonr por ue no du e acaba ibudo um pmuo gnde ao p ddul. mo e dsem; o deu poue e oa o cumpm o seu pp omo e pudee dado e p ieem pdo o seu papl. m

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    43/185

    inerso d mmo tpo d volunmo1 do mmo pn da pa:i dr pque m bo. No du cro poqu n omoin A dd qu mo m b m run"

    E oniua o oo nido s moim m qu uddo omo um momno o d quda iir Por

    qu m t um pouc a cupao bogca qu ptm fto, qu pou xpcr o no dado poqu udo ua ulhmbo, poqu poa no pm uamt no ua uhambo bomba nuna u mo (uo ao cao do Rn) no u Imo o n m mui ompn no pdmo a gao nomn u ho bu oca do da uamd o n cho mn qu o oeo qu tinh um mamn qu n o ma a

    ctar nz o dma mbr qu dada d 60 oi ca

    nruo d hr d m A ouo ub pncpamnt ao a mo d Ch Guv, am caa dum prduo d mn n n Aqul jon mm hi m da do movn ouoo a lqu ria odui o poo Tdo am um puco pntndo a d uva Fd a Mao -ug H h nh

    Ao xp a ppa qu nham como m nproco B arma: Eu no m lmb d uma ppciaha poal no do d m om i no m md ov qu o prn d uma mnicnn O qu u m mb d um vo a m ,mu pada qu a gun pamn n mo moma lm m q dd Aguma am qu alg o i c

    otas

    A Aza de. ei: o C Apl R de Je Ed d Tabhms cm cnjun de 0 dpmen nve d r e mdd p Ha Bq d ada A ma d estad u Dsda da Guaaba grp fd bed edan qe e dlg

    d PB em 16 dsc d a e pla m etem d qand d ee d emaxad n-arc e ke dnc ad me de Ment cn8 O 8 Tmbmet e a8 C

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    44/185

    R fmado eos dissdentes do B Mro Aves M Jve Tees eApni de Cvho Sobe s orgniza de qeda evolo, ve D

    htr-b r; 33 Crd Israe Belh e A Alve deAbr io de Janeiro orese UniveritiGV-Cnep 9 e, . ea, enae e je a o anpgc. Tmp Blr (95):199-26 u/de 19.

    Polk Mael. Mera, esueime, slno. Ests Hstcs (31989; Mea e dentidade sil Ests Hstr 11, 2. a o a d Cem M. n: c htr-b s, op.c6 Bjn, mya. O m. Ri de ane Mo Ze, s.d. Bfl Eezer. i de guera: une pphe ilgiqe 86, 42628 F Fais t aL rrsme et dm aris baie rtme ayad,985. Weioa hel & Wo omique. m Ps llmd987

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    45/185

    "Iias e fatos entrevista fonso rinos Mello Fano

    Veen Abei

    Ese em como objeo o conjunt de enevisa cncedda poronso rnos de Meo Franco ao ograma de Hsra Ora doCPDOC enre seembro de 982 e ouubro de 983, com oa de6h40mn de avao. s enrst orm zads pr spsCmrgo e Mria Cra Mran e conaram com a pricipaoespecia de Pedro Nava (na enrevisa de 27-9- 182) e dos oasasCrlos Caselo Brnco Fendo Pedeira e Oo Lra Rsende mesaredoda de 82983 O ob evo medao desa sre de enr sa foi sa rasomao em vr: anda em 983 o CPDOCpbicava em conuno com o Senado Federa e a dira DomQxoe o O nua o pco: nconros AAs ca prmea pre o resuado do rabao de edo daenrvs gravadas

    Se hoje passados 1 anos da reaao da enrevisas, aeegemos como obje de eeo esse movimento evdentmenmrcado por uma dca empora e ncea, s ad pose por seu obeivo no mediao qe oi independentmen da sa coseo o ce de depomento dCPDOC A eaborao des teo comea eno no momeno em ques ia do depoimen de onso rino or reiradas de seu

    epouso un de ouas eevas da era A para oarem aar" Taase como em qaquer pesqua com dcmeno derer o depoimen de sua nrcia sienciosa e de nicir um dioom que alam as iormaes qe ee nos d e as pergnas qehe emo Dese diogo rsa u senido que no jmais onco posve e dee qe e prende ar aq

    Do ares precism ser enaados para dr con da especcidade do documeno em qeso. O primero dees d espei

    Psquidor PrJa d Hra CDFGV, mste e -g l pl Mu Ncn (AS-UF& da rr r- S (Amh).

    33

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    46/185

    pa de raizao da entrvista. Uma enevta de hisia orano apenas foece relatos de aes pasadas, mas ea mesma umnjnt de ae que visa deinados efeito - efeit que sepetnde que aa sobre o intercur na ppria enrevita eefeito que se petende que epercta para am da reao de

    enevta, no pbico qe a cnsta e eventaente na iedademo um todo. Dese pon de vta, a enevista de isia ora noe diferencia de outros documentos de cho eospectivo comoaobiogaas o reario por exempo, que constituem tanrlats uan W propriamen ditas2 Sua ecicidadem relao a esse dment vem do ato de as que dumenta erm tant do entrevstado quant do enrvistador de,maiores o menors, no importa, mas como e ou tmedizer, ata, na hiria oral, de uma poduo inteional de

    dmens da parte do pesquisadorA motivao qe estaria na base da enevista de Mono Arino

    deve er prcada nos ano de 9883, meado do goveo de JooFigeedo (97985) momento em que aguns diagnstico poticosregiava uma ceta incia ou apatia qe retardava o prso dedemoatizao do pas Lmbree que o moviento peas DrtJ s se daria praticamene doi anos depis de iniciada a entrvsta,en anero e abril de 1984; que Monso Arinos eia indicado

    preidene da Comiso ovira de Estdos Contitcionais acaada Como Aino no incio do goveo Sey (em made 85, e namente qe a Asemblia Naciona Constituine, caComiso de Sismatizao Monso Arinos preidiu, s se instaaiaem fevereo de 987 A ealizao da entevista no idos de 9883d, a nver, a uma certa vontade poltica de "audir o pase s ei para embrar o ca nevitve da demoatiao ea neceidade de e combar a etagia com prpota de aoconin O deimen de Monso Arno ignicava nee

    conxt uma ba de entndimen no pasado, e ao mesmo tmpoma evitaiao da impotncia do plti, daqio que MonoArino prentava mo prlamenta e ibera inamen, uaexpeincia, ua idade (em 198 tinha ano e eu perncimena uma elit inectualfaim dee um peronagem privilegiado a serouvido

    Ets em gerai, motiva da enevia, que doconta daqio que pde er cmado a principl de qe essa

    envista doment. Tan m que o ivro pblicado emegida crisiza pret dede ua epgrfe, pando losprfcio de Apia Camrgo e de Pe Nava at a edio da

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    47/185

    nrvista - qu sempre reuado de uma a, dene aspossvis do depoimeno4

    nss sndo pono qu destcos a poa de reaoda nvsta como um dos faoes que pemem dar conta spcidad do documeno de que aqui tata O segndo fator

    rspi ao que podemos camr de "a ma auobogca deAonso Arios No e tata aqu de m neistdo a qum secoocava pa prera v a trfa d r oe sua sra devda a rao desta com a isa no sndo go. A pncippv ds so sus cnco volums d memras pubicados ene961 1979 as a preocupao om o regiso autobiogrico trapssa ess prodo. J 92, aos 21 aos, Afonso Ainos pdia a esevs sas car sobre uma mesa pra eita ue Sas mui apagadas desaprecssem com o empo.5 As prpas

    bgfis do p Aio de ello Fanco, e do av da esposa,Rodgs As pcadas specivmn m 955 e 1973 soseundo e "tps de aubiorafa Falmn a u Amo aRma ensio stco e ulua obre Roma publicado em 982 prpasdo ea "mca aubiogrca" apsr de no onstituirxto autobiogrico

    Aeao seca ajia nddua hsra m su egundo po oo nos, no mbene mli:

    "Dsd cedo me nesse pea isra. . .) E o convvo oma nha do fa da na an1a ser uma fiapotic. ( .. Et so fzia om que amosera da potcas junts m puo hsia polca E iso ea um mbnt mesmo to e ua. (Fa 0

    N suend, pono que o pmeo voum de suas memis s a m a noca do nsceno do neo, de nome Anom p d onso Arnos mo e o proo de conso do euubogc ns na fma e conqentemente hstri o ndm qe vazas a largada sob a foha embranco

    Essa ea se en aubgafa, htia e diofmia o u cmamos aqu mca auoioca de AonsoArinos uma za en d timen culu e "hsa ue m edenme plia soe a ens. A

    pncpa deas pode se rda na sgit pocao de quevale ua nteia de s om pesonem que j

    tou pbcas suas mm, que j nsu e ou sua ae

    35

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    48/185

    ra em uma dentdade e que j reeu sobr seu papl na hisra?A epoa ceramente no smes, e em parte ea fo dada nomomeno mesm de razao da enrvsa, condcnada s queste que a conunura pca dos anos de 983 av prmen. O que se reaza aqu no enno um ouo movmeno

    aquee do reo as gurdadas no acero passads aqueaonunura e as nn medas de du da enva Neseo 'context pegn penece om pano d ndo: o quebucm qu em ma anse uma reexo sobr a vadadee entrevas de ra ora m mems das es, u po ua,com omens pbcos cujas sras de vda se aram em agmaoma de regstro - que no caso de Mono Arno asume dmenes xcpconais, dado aquo que denoamos sua marcaauobofca" Ta refexo mpcr, no caso desa enresa,

    nser a anse em uma dscuss mas ampa que d rspo sespcdades de u cer pensmen poo era brase namedd em que mamos Mo Anos como m u represenn

    Pr ; fto

    Tda entesa, omo do documeno de maor ens oferce a

    pequador dverss nos de aordagem e vdent que no seode trar de ods ees em o E esud d depmeno de Monso Arnos se a prn a dernados mas eno sgoa as possbdades de nli da envsa O prerdees o que s pode cr o ema d undo" da envia, queeque memo qundo no referdo eprsen d o m la deMonso Arnos e ao modo como e mesmo se apresena Por serena ano envis quano a esa anse necesa ser aor

    dad m agJ na preia ssso da envs nedd a Aps Crg e ara r pa que pnde orr aqucomo obeo aase eno d expcao dda pr Mnso Arnossobr sua enrad na poca Pgnado ob com conc savdades de poo e de ua ao ngo d vda Moorsnde

    pc em no era prpreno, emra e de m um des D, eu no dmps ma sugerdo po me o ms eo VrgoEe que me di a pacpa d pc ped um

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    49/185

    cadea a Cmara do Deputado. At eno o me intereepea poa vnha do eso da hisa e do onvio om hstria, se a gente pode izer asim Dese cedo me intereseipe hisra .) E o convo om a hsta vha do a mia mia ser ma famia polica. ( ) Qer dizer, eu tiema so dsde cedo da vda poica e da hisra potca.Sem perceber, ms m crei nesse amien

    Agora e no tha inteno de faer poica Mas meuo Vgo qe o depao cosin em 4 quno seaproximram aconcmens qe resltam na Constitnte d 6, ee me de que no enra chapa nea,etre os cnidatos de Mnas eras Creio qe ee tih mpouco a conscinia sua insicnc na tribuna Ele eram lder exmamente fore - muito mas do que eu omo

    lder polico. Ele era m lder, eamete Um apaixonadoseo bavo. Mas ele no era m homem de iuna e lepresentia que eu era. Porque .. No cogo e tha sdoorador .. Eu brge, acabe no ando. E eeo oradord ta no Cogio edo I. Enm ele notaa em mmqlqer habiitao pa so, achaa que iso era esencia.

    Cosa qe ho eu cho mui aa a peo lcen pam prnse acho mui g H poco empo eu emma revsa de gran cuao aq no Brasl ma eota

    gem soe inlectas e a poltica em que eu paeo untocom alo Laerda como duas exprese de ma pocasuperada como , diem ees a oaia E no enno noexs lugar nenhm o mndo em que haa poltic emorara Pode haer orara sem poltica, mas tic semortr no exise" (Fta A; 02.)

    Da co m g j sr pse es t o o o no enada a otic e de e 945 quo se a uma vga Aeblia Naioa Coie r Ger nleged da UDN Sua ti tc io eto qdes mr e no o see meioad: aicipo o ifsto d m 1943) n uo p DN (1945) oa a auo ame ed o ojoa Et Flh T 1933 1934 a

    nao em 193 jun o mo go o jo F rgo de opoio o goveo e ei ae Getlo. A lg o a as vst a ts

    7

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    50/185

    deem fze pe do podo em que o resse pel pltc d do estudo d hst e do mbente m. E noeno, se pecoemos o pmeo voume ds mems de MosoAos, coemos que end Cm dos Depudos em197 ocup pns s 2 lhs s coome o prpro pej

    mno do o0 ce q os ssntos tdos ns 426 pgssts o se esgem tuo poltc teo 7: houros ms que cbem um lo de memrs. s o etngdo dqu tuo const vmen com o m d enst concd 22 os depos.

    Vomo es qesto de. Po m no p ouos eementos que essltm do echo ctdo Austct d entd poltc se sustnt cmente em dos

    fs: o o VgI1o, de um do, e hbdde p ot,de ouo!2 se po se epete em ours psgens d envs 13 e poss pce que mbos os s vo cmondo nmelo de oposo ene s ns de "potco de o' de m ldo,e "poco d pl (ou de ot), de o - noes queopond o eso poco de cd um dos os. Assm, ocoo d Aoso Aos, VgIo s um lde potco pxondo e bo, ou um poltco de o, e no um "homem deb

    ss dn pode s comphd em um cso no eboo do Mfeso do meos cuo el oedece ummesmo pecuso tnto n st qu no pmeo volume dsmems. m esumo, Moso Aos peset o cso d seguneme do mesto e sdo dee prpo, ms s cules p s etu cm tods crgo do rmo N entrestcondd L Hppo sobe o sso fen pcec

    "O Vgo e muo ms tu do que eu no sentdo dcuo potc Eu e te ms sugestvo do que eems ee ms tu do que eu. Eto qo que e thmgdo como um smples hpes, ele se ou mo mprs m m dqo, como do emmen deeobsndo e desmdo, m cpcdde de gemo e tl E

    ee nzo s covess qu. Ento mrm j ospssos d edo. Aoso Anos. af m.F A; 42)

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    51/185

    A ausnia de como atia do estio pio Monnos essala ambm d um eo d ens qe eonap a produo de tms ps ltr:

    "E nna podz nem aonment potio E

    rasado por ees e prpe de ag. E posso t idono desfeho de as, ms nuna pduz o prpo anemento impoane poio (..) Aoa a iao ia, no_ V no onoa mpetament a podo ra,mas m ma pd d gen do q o animenpoti Fa 2-B; 126

    A oposo ene "poo de ao e poi de paaas

    eemeno bso na enresa mesmo qando no ap xmene permanee subjaen identidade que Monso inos onri de si mesmo na ao de enevsa so pr s e pa sesieoutores entrevisadoas o avado o pbi et daentrevsa et omo poio de pavas mo pot do-men qe ee apesena Essa denidade adqe ao ongoda enesa desdbmens ot axo q qse peende. inipamen poqe ' de ps sgpaa Monso nos um pesgo d em deimen dosfatosum eso do conhcimeno ntee em dtmen da ma de modo que a que as possm desenade estsempe isena da espoabidade dos fas e da frma.

    Ma peso r po pes pos sso o t dessa oma naenevsta Ada na pmea t da entevsa ondd a ApsaCamgo e Ma Ca Mran fo rinos dsoe sobe sarma de pa-menar. Tata-s de m o mpon poeea omo a po d omo dos

    est ima sendo espeidade da

    AA. ... E no tina mio domno sob o qe e a fEu ia domo sb qu u sa m sdfee. E no tina dom sobe o e e a iz d podnA.C. No aa uma pnao de qe o no ta edize isso isso e aqio

    AA No ea mit ro E na eeva dis emen mav nt. Bom mpo [sos]

    39

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    52/185

    A. C - Bom, para quem se definiu mais como espectadordo qe como miitante eu acho qe o senhor fo longedemais no ?AA - eu aco que tvez no nha sido juso. Fndo, euera um militane no agindo Eu tiha uma cea ncapac

    dade paa a ao pel que ela ege de mincia e de dignciA ao exge minca e diligncia Por exemplo mesmo osgandes lderes no Brasil eu esou fado no Brasil eesm qe um onhecmeno minucoso das circunstncasem que os faos esto decorrendo E obsevei isso no ArurBeades numa ase em que chegue a eqentlo maisassidaen Eu cava espantado como ee conversava omias pessoas sobe o mesmo fao mo se no tiesse ouvidoas pessoas necdens Eno le fazia reptir tudo aqilo

    qe ee j sabia pa ve se ava qualqer aspeco de que eleo estiesse iformado () Ento essa minca e nuncatie Eu sou essencialmn m homem maliformado ouo dia e dizia isso a um amigo Eu no teho infomaeseu no se das coisas que aconcem Nnca soube Eu somuo malnformado.

    So duas isas diferentes: a iformao e o neciment.O cohecmeno dende de uma sedimentao ms gralabsorvida e digerida se l E a ifomao apensofactul Ento eu no eno nnca informaes nnc Umaoisa exaordinria eu gnoro competment os fas Sdepois qe eu os elaboro Fita A; 7

    E um co adite

    "A hoe eu sou muio maliormado Esanho no O queno quer dizer q depois eu no ea a abso ngrrdeno de os acontecmeno Ma no qundo ees estoqenes, o qudo ees despem a cuosdade Vno enconra fas nos meus discros No eximfaos exsm stuaes que no so facus Por eempo,aquee dio de qe euno goso que ser pbicado porque um dcro mporan No m fao l denr a noser a nocia de que o psidente tia di ququer sa E

    eu no saba bem o que era Ele tia d quaquer cosa emMnas. M no faos l Meus dscrsos no apreenmnunca faos d. 15

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    53/185

    eco ctado noamen xtenso m pet aomphaas rticues ene os cons que aq destacam Em pmeiugr, tooue mais ra a osio enre "palaa e ao emcomo o prlgo que Monso rnos fere quela qado e efee sua prpra auao polca. Em segundo lar ua lca

    pelas palaas em um componen aconal: no tnh doosore o que a der raamen ma e nna era dsurso Finmene, ele se diz, por naea maoado: no fos em seus discsos. (Verse enetno mo justamen oscrso "de que no gosta asicamene nsdo or fa einforms)

    A difern esabeecd enre "conecmen e "fomao correlt s oposes ene "dis e "ftos e ene "poco depaar e "poltco de ao. r Berdes era bemf

    si dos fos th mnci e a dignca que polcaexge. J Monso rnos tnh o chcmet qe dende de umasedmeno "mis ge e d absoro dos fats Que "cohei-mento sej assim d mesma ordem ds "das e, poro, opoaos ts fca clro quando se ompar o reho ctado m uma daspassgens da ens em qe nos se pa do dans-tc pltco qu j no refermo aa (f nota )

    O Brsil precis sobretdo de idas Eu nunca as fadecerem de to poucas dias mo es anendo hojeno Brsl u cosa mpressionnte E no eno asignfcao e a imporncia dos faos decoem d scaoe d imprtnc ds dis Qer der, os fats so o mends ds que o cram a 22A 389

    O seja tn o "cohecmen qn "ida pedem, emmpornc o "fto As nes fuas no so nada m do

    qe es mesmas, enqn qe o conecimeno, isto a aboro e elboro dos fas, condio par o srgmen de da

    er fcdo claro o quaro de oposes sobre o qua queemoscmr a aeno q de um do "palra "cohecmento e"ida; de outro "o "iormo e "ft no prmeo conunqe Monso rnos si u to poca e por ele qe stfcasua entrada n potic Tl ncormeno que fnda sa dendadepr s e pr os cab eitmdo a anca dostermos do segndo conuno n mem que cons de sua auaopoltca essencimente um homem mlnformdo e nnca prod-zi acontecmento poltco mporn.

    41

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    54/185

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    55/185

    pagmtcs Os reats, s adss, semp eegam o od'(b) Nss sentd podse dz que ne "partd' suimagm cntam ncessaramn deslamens, que n devsgifa ntud qu mb sjam xcludntes quado se trt dntende udenismo: a mgdade do pado qe d suadentidad hj vst ubttul qu ra Vira d seu lir

    s fnci qu Mon Arns faz su atua n UN mdfenes pnos d entevsta coorm em gade medd nis de a Vci Cosamene, m u da timas ss-ses da nevista se prnunca n o esud da auto eapresenta cmo argument, nes a ent enes d seu dpi-mento a mcidad dsprendimeno a agia da ancd, quriam d N fnmno pado ma impne da Rp-c.6 as m d o es da nevista, m bsicamnt u

    N ea um enmen esah um partid de "ngmnos einsnsats n hva pe p nm se fia pot7 Adrena pod s elad mas um ve pla ambidad quepmi ticar ao mesm empo e ngar no pado mas mpoant qu va qu p mais que Mnso rns sepresnte cmo af(c do pardo ( dos nseios de pde) uadntidd potia n pescinde d prm UN.

    O qu s que essalta net im a ontiudad temtc comos elemnos dscdo n iem ao S aia Vctra stuMns Ano deno do paido como uden hsrico', ahal'ou anda mmbr do g de "putads as nvde, 19p. 14 142 20, defn dd p Mns A aga seescp coborado o qudo d posies rfdo am "o qu euea, d ee, ea homem que faava Asim tdo seu dsemehplmentr inusiv como d d bnad da N o ng dese anos, s mrcad pos mesm fts qu ndam seugso n ptc hdde d pa de um do d

    info d a oca de outIB

    inssante srv que essa pst d afastament dass d pid concde cm uma vis d pp UN cmopd qu e msmo n tiha poeto ptic que oenas dcs Mns rns ra qe que fava dno d pardoui que alav apare qenemne dspvdo d sigfc. Assim p mplo

    AA E tive dsde ogo a p do qu repentvadntr d paido. u repesentava dn do paido umcamarad que no tha num iuna ns dece

    3

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    56/185

    rt poa e que era um omn de aEu a u homem fr a osa sbe? Eu era so. Po que eu quei a idean e . Nngm me travad draAC - Ms grads die, e o seor qu mv?

    AA AC Qm que omava?AA Ningum Eu ho qu ngum (. A send cndatua d Bgd p xmpo uma enma . ) etvamos muo ssnte o ngco d sndaddau do Bgdro N achv ds. Um : eu o Sto e ou an. Ms etve ... E o rpo Bigdr no qua muo o? Er uma ia muto mpad qu nego d

    DN a m so qu, a? Mui eAC M a mpe qu tm u o ha ouoadda.A.A P prsa empr d u pa ped, n ?C Era um es d i quepsinaltia: vaoda.A.A D deotaAC. Com Gtio pa ghar, no ?AA

    Com o Geo p gh. Gtlo perdeu qudo

    a oa fou p do os n mh rt. Foi i'Ft lO-A; 344)

    Ou sja e ono no no tha iuca diet o ue pr e, sig se pns o he "pa f os tmbm no hva quem ms s d uoe, et om u a pa de Led qusutana um da m lvant do patdo o

    quemat Glo em 19.u pasagm poduz u nv com om Bleo

    D m ado is m avz imponc d p n"pava o n o mo oo o pent stuao ptia; d ou l efa o d UD mo pdodprovido d

    Eu me ava pls pl, no ps . Eu mp

    pdomn ps Ent u dctd mBeo qu qu m pu d ld p mehv mu moo . E eu nh z d qu o

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    57/185

    conseguia. Bastava botr em votao a propost dele Eu da: aeero est querendo que eu saa Ento eu quer ue abancada vote Se a bancada aprovar, eu sao.' Mas eu noquera fazer sso porque era humlh o aeeo de quem ugostava mut (.) Ento eu dsse assm O der no mpme

    poses; o lder xrim. Ento se vocs no tm poss aculpa no mnha. Eu contnuo captando, procurando essasposes. Eu no consgo exmr ma coisa que no ex'(. Ento dne dessas palavras -porque o que o convenceuforam esss palavas " (Fta 1; 273)

    Fnamene onso Arinos jutifca seu papel den da UNauele que falava por uma posta de astameno dos grpos quentegav o pdo Tratase aqu de um recho da mesaredondade 821983:

    AA O meu prdo tnha servas a meu respet do doslados hava 08 radcas mas eatados que me achavammoo como dza Alomr aleero, que acabamo numagrade amade mas tmbm tvemos vros arts . ( ) Eo mesmo mpo eu no ra mut m ace peo outremo da bncada que era o emo colaraconsta,poque eu era antcolaboraconsta. Ento como eu no eraeU exaado nem colaborcosa eu o era mesm umanunca poltca deno do plament. O que u era mm qu falava Isso eu sempre u Ento eles precsavmde mm prue ueram ue eu false E qudo se colavao prbema da mha aurdade ento eu fava E quadoeu falava eu gahava dees. E sso az com que eu nssta na

    mnha poso de que eu nunca seno obsevador mstuado Eu era um homem que tha ba poo noMaracan Mas nunca z fa pra enar .. .

    m dos debadores sugee Ento se a gen pudesev essa compao mas onge o seho a o om faza o gol. [rsos]AA Dpendendo do ogo dependendo do tpo do ogo. nelete tve ocass em que u fz algns de que medesgosto a hoje Inclusve o tal gol de 54 que vcs dosach mpotn aquele dscurso. Eu no gos nadadaqulo. Tenho rptdo muta veZes sso. Eu ds paa aApsa: nnca ouv9 (Fta 3A 345; o meu

    45

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    58/185

    Se aquele que faava" sigfa poano no ter ompomisos ee pad, como o obeado bem situadopaase ama do jogo de inunas potas dos fao de denodo paaento utenado peo dom da paaa, peo qua gnhavadee" Qe ee modeo mpise anda a ausn de nfmao

    eemento eoent na eneita. Am po exempo pegunadopea gao da UN om o miaes fono Ano eponde:

    A - Ma eu nun tive muia inoao da pte mita;io ea uma oia que po iso que eu digo eu nuna muito emfomado Eu po naeza ou um uei mliomado. Otro da pegunei quando ea o dia da eeo naAadema sue omeaam a () Eu no so uoo

    dos fa no teno osdade sbe o fas Les vementsm 'ennuien [so] em aquea ae do .. AC - O sho se ssa p p no ?A - , peos pobem pea eaizae peas pesoaa o fats ." (Fit 16-B; 1.)

    Oo eo da enevta eitea a oeao ene de um adosua o na U aquee ue faaa" e, de ouo, a ausiade foo de compomo poto deno do pdo

    s al eximse de posbidde deta om o fa" O ovmee igo m 08 mii:

    A.C. Um fao da UN omeo eto a ablh smet e da de ala om o me Como o enoe a es ed? - Eu otv iso, obev iso mas eu o evoado peo ompaneos que inham ea opo ou que

    pfei esa soo. E nun oi m o mieNua Eu empe va que ee estavam fzedo is maomo empe eu ava (.) Comoe es dedo esempe i um jeo e ee mandavam paa fa [io]"(Fi 4B 05.

    Foi dio m que ui ob que faava Afoo Ao mvee pdepodo d igi. mo deo o a sa de m !ha pd ida"2 mo dec

    o ppio Moso o (im maa dee o e posvel emi ex e, ms de um epie depgmo d nbdde de toM d pl s Afoso

    46

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    59/185

    rino era quee que faava, uo obre que fava pod ou noser de sua "autia Qando era de sua autri, fav comopovoz do ido quando de sua utori muits vezes perdiao nre obe o que estva fando como j foi obsvado cma

    O carer indefnido da uori do dicurso pece batn

    co na passagem abxo em que se m expresses como eesmnd[vam] fa e "eu di o que quera Pergntado se, naquesto do Acodo Mta BraiEtdo Unido, UDN agu apeddo de Edudo Gomes, onso rnos reponde

    No dgo que tea sido pdido ma Ess pt eu nosei orque eu nuc drg o pdo Eu semp i n UDo ueito que fa que es mnm f Ento eu i pa ibun Ee no me digiam o que eu fa Ms euserva paa fr Eu nunc i dgente do paido o ivenuca nenhu uncia na deo que eu nucme subordine ees no ? Ees quiseram mas de um vetar a min idern houve gpos que quiserm me tda iderana em certos momentos A a bncad reg sreagi porque eu era o omem que fava Ees me mandmpara a triua E eu me sra Eu dz q q (i25B; 69 grfos meus

    O que ress de do esse conjunto de citaes em pmug, co do moeo scutido n im ror, avsdo qua onso rnos nsti uma viso de si Iesmo e de suatuao tca, para si e pa seus interocutores Ser "quee quefav na DN sigificava est acima dos interesses posiediatos responsveis pes do partido, e suficentemeneml-nform paa adota uma postura de astento O icomomento em ue ta po parece ofereer dfcuddes o dscuso

    de 894 pedind renncia de Geto Vgas este, as vras se trsfomam em no s derrbam o goveo, comodesemb em um trgco sicdio de Vgs ondeemudecem em sntdo

    ns, porm de ns

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    60/185

    explica sua traeria poltca na enrevista bastant difendaquea qe se pde ecnr em suas memras pcipamens dis pimeros volumes Gso modo pode-se dizr que a umapsta de atamnto da pta a envsa, se cnape umapsta de ajamno, nas memri. Isso signfca em primeio

    lugar que a enevista o txto auobio: rata-se emambs s casos, de ds gss dss pdzdos em momenstambm dstnos E na derna ere s momenos de costituo dos dos egsos que cab par uma epiao para aquelamudna de posta

    s datas de pubcao dos ds vomes de memrias (11 e965 s mradas p um our vove p aevuo ds acimetos tcos o pas Em 96 esa njunua ca deps de s campanhas eeorais sucessivas em que

    UDN perdeu para os candidas da aliana D (DuaGet e uselino, essa a prmera ve em que o ptido assumea psidcia da Rpbla cm a vitria de Jno Qados aselees de 1960 O ano de 965 represena ovamen uma situaofavorvel as o neg aud pea ea de Jo e goveo Jago, na medida em ue a ntrven mita de 1964 eada cm souo necessria para a ise d pa No d de MaVcora Benevides Em 4 a UDN nsiderava-se o pido vi

    ris Cosidava a semp perseguda ascno der em aa com os militres na nuga us reta d ntgetum o antiomunsmo (Benevdes 98 p 281).

    En e 182 no do incio da enes odida aoPDOC o quado mudia sgcativment n s do ponto devita poltico mas tmbm pssal embr-se ue oso Arnocoava 7 aos em 1982 oa s 3 que h n suamemrias En um mmento e our dse ue Ma caBeevdes hama de ase de auocra osrr a gve atlo Brnco e que marca afamen gradua de seos da UDNdo sisma mlitar (c. Benevdes 1981, p 33) Em enevstcedida em maro de 978 e tada p Maia a, soAros aaia: Eu estva {ora da Rvolu emboa p delaEsv e a momeno e nha muio co c ela amuitas isas que acabaam aoncedo" (Mta, 1981, p 1 1 0).

    Nesse setdo, pode-se dr ue, a coi d memias momeno de raizao ensa ondid CPDC quee

    em ue o proje polco de nso Ans no ma vo Io que mo gso em euden ue m smi auti" d ue u, u ada ue m ejm b

  • 8/3/2019 Abordagens e usos da histria oral

    61/185

    men asos por cosurem apenas verses do que aoneude ao saido que a produo de quaquer dumeno ondcionada peo coneo em que oi produido, e no por isso queeisiro documenos mais aos ou mais verdadeiros que ouosO imporn a essaar aqui que, apesr de onso rinos haver

    onudo, om sus memrias, um proeo de nso da prpriaidenidade, a enrevsa revea, mamene, que a proe , elemesmo coningene o que no quer dier de modo agum que elenha perdido sua vaidade de conso auoiogica, omo,ais, o prprio onso rinos indica ao eleger suas memr mosua ora