abordagens e práticas da pedagogia cristã

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8/17/2019 Abordagens e Práticas Da Pedagogia Cristã http://slidepdf.com/reader/full/abordagens-e-praticas-da-pedagogia-crista 1/26  Rio de Janeiro  2011 3  impressão

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Todos os direitos reservados. Copyright © 2006 para a língua portuguesa daCasa Publicadora das Assembléias de Deus. Aprovado pelo Conselho de Doutrina.

Capa: Eduardo SouzaProjeto gráfico e editoração: Joede BezerraPreparação dos originais: Luiz Werneck e Ciro ZibordiRevisão: Ciro Zibordi

CDD: 268 – Educação Cristã

As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Corrigida, ediçãode 1995 da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação em contrário.

Para maiores informações sobre livros, revistas, periódicos e os últimoslançamentos da CPAD, visite nosso site: http://www.cpad.com.br

SAC — Serviço de Atendimento ao Cliente: 0800 21-7373

Casa Publicadora das Assembléias de DeusCaixa Postal 331

20001-970, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

3ª impressão/2011

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DEDICATÓRIA

 Aos meus queridos alunos de ontem, de hoje,

de amanhã e de sempre.

Aquele que consegue fazer coisas difíceis pareceremfáceis é um educador.

Ralph Waldo Emerson

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Mestre dos mestres por me chamar ao santo minis-

tério do ensino de sua Palavra. Não há nada mais sublime, hon-roso e digno que educar e formar cidadãos do Reino dos Céus.

Agradeço a todos os meus amigos e irmãos em Cristo que dealguma forma contribuíram para a minha formação acadêmica,ministerial e espiritual.

Agradeço aos meus queridos mestres e alunos por marca-

rem minha vida com suas singelas atitudes, gestos e palavras deincentivo.Agradeço a minha querida mãe, Almerinda Rosa de Mello

Tuler, por criar-me aos pés de nosso Senhor e Salvador JesusCristo.

Agradeço ao diretor executivo da Casa Publicadora das As-sembléias de Deus, irmão Ronaldo Rodrigues de Souza, por pro-

porcionar-me grandes oportunidades de desempenhar meu mi-nistério na área da educação eclesiástica.

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PREFÁCIO

No verão de 1990, cerca de cem acadêmicos reuniam-se parareceberem as aulas magnas dos mestres em teologia do InstitutoBíblico Pentecostal. Durante aquela primeira semana, desfilaramimpávidos esses senhores. Para uns, o sol crepuscular já declina-va; para outros, já começara nevar sobre o topo. No entanto,surge na aurora de nossa classe um sol nascente que irradiavacalor e vivacidade. Trazia nos olhos o brilho que difundia paixãopela educação; e, na alma, o ritmo pedagógico que pulsava análo-go ao seu coração. Era um inovador em sala de aula, umtransgressor da monotonia e da rotina.

Enquanto muitos, com suas aulas régias, cercavam-se pelaexperiência e pela tradição, fincados distantes em seus pedestais,o professor Marcos Tuler ensinava com olhares, toques, cheiros,calor. Ainda hoje me recordo da memorável frase: “Pedagogianão é apenas útil ao contexto da sala de aula, mas à vida!” Essaspalavras abriram em minha vida feridas que teimam em não cica-trizar; latejam veementes entre o ser  e o querer , o  já  e ainda não.Algum tempo depois, quando me matriculei no curso de peda-gogia, na Associação Catarinense de Ensino (ACE), em Joinville(Santa Catarina), enviei ao mestre Tuler um e-mail , agradecendo-lhe pelo sulco incurável que eu carregava. E, de fato, aquelas pa-lavras mostraram-se oportunas e verdadeiras.

Como expendido, a obra que você tem em mãos não procede

da pena de um teórico dissociado da realidade educacional, sejacristã seja secular. Pelo contrário, Abordagens e Práticas da Pedagogia 

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Cristã  é uma síntese da prática e do pensamento vívido de seuautor. Ainda agora, quando olho para o cume neviscado, o mes-

tre Tuler irradia com muito mais intensidade o brilho e a paixãopela educação.

Esta obra não trata somente de temas técnicos e ensaios so-bre a educação cristã, mas de vida, pois o que o pastor Marcosdisse à sua classe, na década de noventa, continua a afirmar nestaobra. Assim como fui positivamente influenciado pelo ministé-

rio do professor Tuler, desejo que este livro abra feridas incurá-veis em sua alma, a fim de que, como conseqüência, abra outrasem seus alunos. E, assim, possamos chamar carinhosamente aque-les que devotaram suas vidas à nossa formação de didaskalo mou

 — “meu mestre”.

Esdras Costa Bentho

Ministro do evangelho, pedagogo e escritor

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INTRODUÇÃO

Certamente, você já ouviu esta célebre frase: “Educação nãoé profissão, é vocação”. O que quer dizer isto? Educar não ésomente professar, instruir, ensinar? Absolutamente, não! A no-

bre tarefa de educar vai além das raias da informação ou simplesinstrução. Educar tem a ver com transmissão; assimilação de va-lores culturais, sociais e espirituais. Quem exerce apenas tecnica-mente a função de ensinar não tem consciência de sua missãoeducativa, formadora de pessoas e de “mundos”. Se educar não ésinônimo de ensinar, nos vemos no dever de refletir: Quem ensi-na? E quem realmente educa? Em que categoria e sentido as fun-

ções do professor diferem das do educador?E em relação à educação cristã? Há diferença entre professo-

res e educadores no que se refere à práxis do ensino bíblico?Como podemos distingui-los, identificá-los? É suficiente domi-nar métodos, recursos, procedimentos e técnicas didáticas ou serum expert  em comunicação? Óbvio que não!

Este tema, e outros, romanticamente discutido e refletido noâmbito da educação secular, assumem maior importância e di-mensão no da educação cristã. Nenhum educador cristão devefracassar diante da tentação de apenas manter seus alunos infor-mados a respeito da Bíblia e da vontade de Deus. Antes devetorná-los, através da influência do próprio exemplo, praticantesda Palavra e perseguidores da vontade divina.

Atualmente, os que almejam cumprir o chamamento do Se-nhor para o ensino eclesiástico, hão de encarar desafios bem di-

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ferentes daqueles enfrentados por mestres do passado. Um mun-do, que apesar de ultra-moderno, informatizado e globalizado,

encontra-se cada vez mais alienado das Escrituras Sagradas.O educador cristão precisa conscientizar-se de que estamos

vivendo em uma época de revolução de conceitos, idéias, princí-pios, juízos e valores; de mudanças tão profundas e de propor-ções tão amplas que nem sequer podemos mensurá-las. O quefazer? Em que sentido precisamos melhorar? Temos de investir

fortemente na área educacional! Devemos lançar mão de todosos recursos e ferramentas que estiverem ao nosso dispor, a fim deensinarmos a Palavra de Deus com ousadia, segurança e determi-nação.

 Abordagens e Práticas da Pedagogia Cristã , além de discutir e escla-recer relevantes temas na área da educação cristã, objetiva auxiliareducadores cristãos em sua prática docente, na Escola Domini-

cal e nos demais setores educativos da igreja.Sempre a serviço do Reino de Deus,

Pr. Marcos Tuler

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SUMÁRIO

Dedicatória iiiAgradecimentos vPrefácio vii

Introdução ix

PARTE I — Escola Dominical: projeto de DeusCAPÍTULO  1 :

Escola Dominical — principal agência de ensino da igreja 15CAPÍTULO 2:Currículo focado na formação integral do cristão 31

CAPÍTULO 3:Por dentro das revistas didáticas 47

PARTE II — Educação cristã relevanteCapítulo 4:

Educadores são jequitibás; professores, eucaliptos 59CAPÍTULO 5:

Uma visão cristã dos quatro pilares da educação 73CAPÍTULO 6:

Liderança com enfoque no ensino 79CAPÍTULO 7:

Educação e Igreja: uma relação produtiva 101CAPÍTULO 8:

A Chamada para o ensino e o desafio da globalização 115

PARTE III — Métodos e práticas de ensinoCAPÍTULO 9:

Competências imprescindíveis ao ensino bíblico 123

CAPÍTULO 10:Como ensinar adultos na Escola Dominical 137CAPÍTULO 11:

Ensino dinâmico para novos convertidos 149CAPÍTULO 12:

Como planejar e traçar objetivos no trabalho com adolescentes 167CAPÍTULO 13:

A comunicação como tecnologia de ensino 181CAPÍTULO 14:

Pedagogia de projetos: uma nova proposta de ensino 195CAPÍTULO 15:

A atualidade dos métodos de Jesus 203

Bibliografia 223

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Escola Dominical — projeto de Deus 

P A R T E   I

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1ESCOLA DOMINICAL —

PRINCIPAL AGÊNCIA DE ENSINO DA IGREJA

 E serão todos ensinados por Deus. Portanto,

todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim.

 João 6.45

A proposição: “Escola Dominical, principal agência de ensinoda Igreja”, é tão usada, que parece lugar-comum ou frase feita.

Mas, quem teria cunhado oração tão significativa? Ninguém sabe!Talvez um apaixonado por essa escola, que ao contrário de tan-tas outras, está cada vez mais longe de ser preterida ou substitu-ída. Nenhum outro segmento da educação cristã possui um pro-grama de estudo sistemático da Bíblia tão profundo, eficaz eabrangente. Não há outra proposta educativa que possibilite umestudo completo das Escrituras ajustado à idade, à capacidade e

à linguagem dos educandos de cada segmento da igreja como ada Escola Dominical.

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A Escola Dominical é a mais antiga e a mais arraigada orga-nização de ensino das igrejas. Quase todas possuem a sua, e muitas

até mais de uma, pois, há igrejas que realizam aulas em dois tur-nos ou em outros dias da semana.

A quantidade de pessoas arroladas nas Escolas Dominicaiscostuma ser maior que o número de participantes de qualqueroutro departamento. Ela funciona, com regularidade aos do-mingos, sem sofrer as interrupções que outras organizações es-

tão sujeitas.Ela é a principal agência de ensino da igreja em função dacentralidade da Bíblia como única regra de fé e prática. AsEscrituras funcionam como o livro-texto da ED desde o lan-çamento das primeiras séries de lições até hoje. Isto não querdizer que os outros setores da igreja não ensinem a Bíblia. Ainstrução bíblica é também ministrada do púlpito, nas reuni-

ões de oração, nos seminários específicos e nos programasdos diversos setores da igreja. Entretanto, nada tirará o lugarda Escola Dominical como maior e principal agência de ensi-no, responsável pela instrução do povo de Deus nas SagradasEscrituras.

Agência de transformaçãoA Escola Dominical, da forma como é conhecida atualmente,mudou a face da Inglaterra. Crianças antes marginalizadas, aban-donadas pela sociedade e entregues à própria sorte, foram atra-ídas por Robert Raikes para reuniões sistemáticas com trípliceênfase: social, bíblica e evangelística. Ainda que a iniciativa te-

nha sofrido forte oposição da elite da época, ela recuperoumilhares de vidas, soergueu o país e se propagou por todo o

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mundo. Hoje, qualquer igreja dificilmente deixa de incluí-laem seu programa de ação.

Ensinar a Palavra de Deus de forma sistemática, como sefaz na Escola Dominical, tem suas raízes no Antigo Testamen-to. A ordenança de Moisés ao povo de Israel era que, sob qual-quer hipótese, as famílias jamais poderiam abrir mão do ensinobíblico permanente em suas casas, Dt 6.6-9. Além da proteçãodivina, este foi um dos segredos da resistência dos judeus, como

povo, aos sofrimentos perpetrados contra eles ao longo da his-tória. Fosse de outro modo, não teriam subsistido.A igreja não pode abrir mão da Escola Dominical sob pena

de vir a perder seus filhos para o mundo. E isto ainda é pouco,pois, enquanto a igreja tem as crianças por apenas duas horas,todos os domingos, os mestres seculares contam com elas todosos dias da semana. Investir na Escola Dominical, portanto, é mais

que um dever. É prioridade nos dias atuais.

Agência de evangelização e discipulado

A Escola Dominical é, ainda, uma fonte de evangelização.Por isso, é conveniente que suas reuniões sejam públicas. Por que

não incentivar, por exemplo, os alunos das classes infanto-juve-nis a trazerem seus amigos para as aulas? É uma boa maneira deganhá-los para Jesus, como também os seus pais

A classe de novos convertidos é outra opção para os não-crentes adultos. Eles poderão acompanhar as lições que apresen-tam os rudimentos da fé para aqueles irmãos que estão dando osprimeiros passos na vida cristã e ser de alguma forma tocados

pela Palavra de Deus. Como já estão na classe de novos converti-dos, daí para o batismo será apenas um passo.

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Sabe-se que uma das razões porque apenas cinco em cadacem decisões chegarem ao batismo deve-se a falta de instru-

ção bíblica. Não há cultivo da semente plantada. Por isso,muitas vezes morre antes mesmo de brotar. Quando a igrejaabre os olhos para esta realidade e instrumentaliza a EscolaDominical para o discipulado produtivo, a evangelização sótem a ganhar.

Agência de genuíno avivamento

Finalmente, a Escola Dominical é, também, uma fonte deavivamento. Veja o que diz a Palavra de Deus em 2 Crônicas34.15: “Achei o livro da Lei na Casa do Senhor”. É um chama-mento à descoberta do ensino da Palavra de Deus como base detodo avivamento. Não há outro caminho para manter a Igreja

viva, a não ser o retorno às Escrituras, como ocorreu no tempodo rei Josias.

O resultado da descoberta do Livro da Lei, perdido naCasa do Senhor, foi que o monarca humilhou-se peranteDeus, levou o povo a reunir-se para ouvir a leitura das Es-crituras e renovar a santa aliança de obediência. Estabeleceu

os sacerdotes para servirem na Casa de Deus, ordenou aosLevitas que se consagrassem para o serviço e celebrou a Pás-coa, algo que parecia então estar esquecido na liturgia doculto judaico.

Onde a Palavra de Deus é ensinada e praticada, o avivamentoacontece. Pecados são confessados e perdoados, os ídolos pesso-ais são banidos, o desinteresse pelas coisas de Deus desaparece, a

aliança espiritual é renovada e o povo passa a celebrar, com ale-gria, a vitória recebida.

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Características da Escola Dominicalcomo agência educadora

1. Ensino bíblico ortodoxo. Muitas igrejas não valorizam a EscolaDominical com a mesma ênfase do passado. Infelizmente,não a vêem mais como principal promotora da educação bí-blico-cristã. Tais igrejas têm permitido que modismos, rela-cionados principalmente ao entretenimento e à descontração,tomem o lugar do genuíno estudo sistemático e metódicodas Escrituras. O que estará acontecendo? Terá a ED esgota-do suas potencialidades educativas em relação ao povo deDeus? O ensino bíblico na igreja já não é mais prioritário?Como poderão crescer plenamente essas igrejas sem estaremfundamentadas na Palavra de Deus? E que outra instituiçãoconcretizará melhor tão nobres propósitos?

2. Comunhão plena . Desde os primórdios, a igreja cristã perseverana doutrina e nas instruções dos apóstolos. No primeiro sécu-lo não havia templos. As famílias se reuniam nas casas paraorar, comungar e estudar a Palavra de Deus. Os crentes maisexperientes ensinavam os neófitos basicamente de formaexpositiva e em tom familiar; explicando e interpretando ospontos mais difíceis das Escrituras de acordo com a orientaçãoque recebiam dos apóstolos e diretamente do Espírito Santo.“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, eno partir do pão, e nas orações (...) Todos os que criam esta-vam juntos...” (At 2.42,44). Toda a comunidade cristã cresciaem graça e conhecimento em função de permanecerem reuni-

dos em torno da Palavra de Deus. Esta prática cotidiana, osestimulavam à vida devocional e à comunhão entre os irmãos.

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Observando as palavras do apóstolo Paulo em Efésios 4.13,“Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento

do Filho de Deus...”, concluímos que não pode haver crescimen-to espiritual fora do contexto da comunhão cristã. A EscolaDominical propicia um ambiente favorável ao inter-relaciona-mento dos crentes. Ela representa o “lar espiritual” onde, alémdo conhecimento da Palavra de Deus, compartilham-se idéias,princípios, verdades e aspirações.

3. Promotora de edificação espiritual . A Escola Dominical não cuidaapenas da formação espiritual do crente. Ela se preocupa comsua edificação total, que inclui os bons costumes, o exercícioda cidadania e a formação do caráter. Não bastasse sua natu-ral relevância por tudo que já descrevemos, a Escola Domini-cal complementa e, às vezes, corrige a educação ministrada

nas instituições seculares.A grande maioria das famílias recebe pouca ou nenhuma

instrução na Palavra de Deus, no lar, sob a liderança do seuchefe. Em função de a Bíblia perder seu lugar no seio da famí-lia, a igreja ficou com a grande responsabilidade de providenci-ar educação religiosa. Todo o impacto desta responsabilidade

caiu sobre a Escola Dominical e seus oficiais. Além de aproxi-mar pais e filhos na comunhão do corpo de Cristo, a EscolaDominical introduz crianças, adolescentes, jovens e adultos noconhecimento bíblico, afastando-os da ociosidade e das máscompanhias.

4. Planeja todas as suas atividades . O principal objetivo de todos os

que amam e se esmeram no laborioso ministério de ensinona igreja é que suas escolas dominicais cresçam e se desenvol-

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vam em todos os âmbitos, aspectos e sentidos. Porém, paraque esse objetivo seja de fato alcançado, é imprescindível que

se faça um sério e eficiente planejamento. Nenhuma EscolaDominical crescerá de verdade sem um cuidadoso e detalha-do plano de ação e expansão.Nesse afã, muitos questionamentos deverão ser feitos pelos

líderes da Escola Dominical: O que fazer para criar novos depar-tamentos e/ou ampliar os já existentes? O que fazer para desdo-

brar as classes, tornando-as interessantes e participativas? Comoarranjar espaços adequados para as salas de aula? Comoredimensionar os espaços existentes. Como administrar os re-cursos financeiros, técnicos e humanos em benefício da EscolaDominical? Enfim, como melhorar?

Todo o trabalho deve passar por uma avaliação periódica.Deve-se objetivar o padrão de excelência. Como buscar esse

padrão de excelência? Comparando o presente progresso (osresultados) com os alvos e objetivos previstos. A partir daí,você vai descobrir a possibilidade de melhorar e aperfeiçoarseu planejamento.

5. Trabalha com métodos criativos . A Escola Dominical tende a esva-

ziar-se à medida que os alunos percebem que as aulas sãoimprodutivas, monótonas e desinteressantes. Adotar e variarmétodos criativos é o único meio de dirimir a questão daevasão. Entretanto, é extremamente importante que o corpodocente saiba utilizar eficientemente tais métodos.Não devemos tornar nossos métodos tão rígidos a ponto de

não admitirmos meios de comunicação mais práticos e flexíveis.

Por exemplo, o método de preleção ou exposição, embora muitocriticado, é o preferido, principalmente pelos professores de adul-

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tos. Neste método, o professor fala o tempo todo e, às vezes,responde a poucas perguntas. Dentre as desvantagens do uso ex-

clusivo deste método, destacam-se duas: A primeira delas é apreleção que centraliza o ensino na figura do professor, exigindopouco ou nenhum preparo da lição por parte dos alunos. A se-gunda, é que este método não permite que o professor dê aten-ção especial a todos os alunos, obrigando-o, em alguns casos, anivelar a aula, por mera suposição.

É necessário diversificar os métodos e adequá-los eficiente-mente às novas circunstâncias, ou seja, mudar a maneira de co-municar uma verdade sem alterá-la.

Um dos maiores problemas do ensino nas escolas domini-cais, atualmente, independente de faixa etária, é a inadequaçãodos métodos de ensino. Os métodos (quando são usados) sãoescolhidos sem objetivar o aluno e sua transformação de vida.

O professor deve ser criterioso ao escolher o método que iráusar em sua classe. Cada situação específica requer um métodoapropriado. Devem ser avaliadas todas as vantagens e desvanta-gens antes de aplicá-lo.

Dentre os métodos e técnicas didáticas mais aplicáveis à rea-lidade do ensino na Escola Dominical, podem ser destacados os

seguintes: debates, painéis, dinâmicas, discussão em grupo, per-guntas e respostas e dramatização.

A estrutura da Escola Dominicalcomo agência de ensino cristão

1. Estrutura física . Uma Escola Dominical bem organizada é es-

sencial para que obtenha êxito entre os crentes. O ideal, porexemplo, é que as classes funcionem em salas separadas, que

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disponham dos recursos necessários para o professor minis-trar a lição. Quais são, entre outros, esses recursos? Quadro

negro, mesa e carteiras.Hoje a situação está mudando, mas, por muitos anos, preva-

leceu a idéia de se construírem templos, privilegiando-se apenaso auditório para as grandes reuniões. Em razão disso o que se vêna maioria das igrejas é a improvisação, com três, quatro ou cin-co classes (para não ser muito rigoroso), ocupando o mesmo

espaço. O prejuízo para o aprendizado é enorme, com professo-res falando dispersivamente ao mesmo tempo, sem que os alunossaibam em quem prestar a atenção.

Portanto, na hora das novas construções, o espaço para aEscola Dominical é prioridade na planta do arquiteto. Há de seprever quantas salas serão necessárias para as classes, comomobiliá-las com móveis adequados não só para uso do professor

e do aluno, mas para guardar o material de apoio, onde serãoinstaladas a secretaria e tesouraria e coisas afins.

Em se tratando de classes infantis, é uma questão à parte,pois as exigências têm outras peculiaridades. É um contra-sensocolocar as crianças assentadas em bancos ou carteiras para adul-tos, com as pernas soltas balançando no ar. É querer que elas se

tornem irrequietas até perderem por completo o interesse pelaaula. O correto é adquirir cadeiras e mesas pequenas, própriaspara esta faixa etária.

Todavia, se a sua igreja não dispõe de estrutura, segundo ospadrões acima, não é motivo para que a Escola Dominical deixede funcionar. Usando a criatividade, é possível adaptar-se às li-mitações físicas e descobrir maneiras para um melhor uso do

espaço. O importante é sempre buscar melhorar e ter como metafazer a coisa certa logo que for possível.

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2. Estrutura curricular . O ensino da Escola Dominical deve base-ar-se num currículo previamente estabelecido e acompanha-

do de material didático adequado. Não há Escola Dominicaleficiente se o material didático não for de boa qualidade. Istoinclui não só o visual da revista e sua estrutura didática, masprincipalmente o seu conteúdo. É imprescindível que a esco-lha do material seja feita com esmero e que haja continuida-de programática, pois um bom currículo deve fornecer ao

aluno uma visão panorâmica da Bíblia Sagrada ajustada acada faixa etária.

3. O Corpo Docente . Como deve ser o corpo docente da EscolaDominical?O material didático em si, contudo, não será suficiente se

não houver professores preparados que saibam utilizá-lo. Por

mais que sejam perfeitas, as ferramentas sozinhas nada produ-zem. Muitas Escolas Dominicais fracassam porque a má quali-dade do ensino desmotiva a freqüência assídua do aluno. Aajuda do Espírito Santo na ministração da Palavra de Deus éindispensável, mas ele ficará sumamente agradecido se dispu-ser de instrumentos que manejem bem as Escrituras e saibam

expô-la de forma coerente, cuja metodologia tenha pelo menosinício, meio e fim.Os professores de crianças carecem, ainda, de maior especia-

lização. Lidar com elas exige conhecer a sua linguagem, saberaplicar corretamente os princípios da didática, da pedagogia e dapsicologia, bem como o uso farto de ilustrações visuais adequa-das a cada faixa de idade para dar vida a aula. Crianças não abs-

traem como os adultos. Verbalizar apenas conceitos (às vezescom termos difíceis) jamais alcançará seus corações.

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Investir, portanto, na preparação dos professores de modogeral, especialmente nos dedicados à área infanto-juvenil, é

também uma condição básica para o sucesso da Escola Do-minical, ainda mais que a igreja, atualmente, está repleta depessoas que estudam, são bem preparadas e agem como oscrentes bereanos, ou seja, querem de maneira sólida conhecermais da Palavra de Deus.

Hoje, há diversos cursos disponíveis para treinamento e atuali-

zação de professores de Escola Dominical. A CPAD, por exemplo,além dos congressos e conferências na área de Educação Cristã,oferece o CAPED (Curso de Aperfeiçoamento de Professores daEscola Dominical), que visa oferecer o mínimo indispensável paraque o mestre da Bíblia possa desenvolver suas potencialidades.

A sugestão da CPAD é que cada pastor, sabendo da impor-tância da participação de representantes de sua igreja em um

curso desta natureza, aproveite esta excelente oportunidade paraenviá-los ao CAPED onde lhes sejam mais viável.

O papel do pastor na Escola Dominical

O pastor é peça-chave de qualquer empreendimento na igre-

ja. Não basta delegar autoridade para que outros o façam, semque ele supervisione e participe do processo. Muitas atividadesperdem a importância na igreja porque seu líder se ausenta e nãodá nenhum valor ao que está sendo realizado. Se o pastor poucose interessa, como os membros se sentirão motivados? Se ele nãovai na frente, como se conduzirão os liderados?

O fracasso é a vala comum de muitas escolas dominicais por-

que o pastor não lhes dão o devido lugar na estruturaorganizacional da igreja. Mas não pode limitar-se apenas a isto.

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Há de empenhar-se para que os crentes sejam contagiados peloseu exemplo, como aluno assíduo, que não se utiliza do horário

reservado à Escola Dominical para outras atividades. Se estas sãotambém importantes, que sejam remanejadas para outro horário.Basta organizar a agenda. Quanto ao papel do pastor na EscolaDominical podemos resumi-lo assim:1. O pastor deve comparecer . Conforme enfatizou o pastor Antonio

Gilberto no Manual da Escola Dominical , o pastor da igreja “é o

principal responsável pela Escola Dominical mediante suaatenção e ação. Sua simples presença na Escola Dominical éum prestígio para a mesma”.Conta-se que em determinado domingo, e, como sempre, a

mãe solícita foi acordar o filho para ambos irem à Escola Domi-nical. Cansado do dia anterior, com o corpo todo dolorido, nãoesboçou nenhuma reação. Seu desejo era ficar na cama até mais

tarde. Aproveitar bem o domingo. Mas a insistência da mãe foitanta que ele, ainda sonolento, pediu-lhe três razões porque de-veria ir à Escola Dominical naquele dia. Ela não fez por pouco eprontamente respondeu: “Em primeiro lugar, você precisa estu-dar a Palavra de Deus. Em segundo lugar, você já passou dos 40anos e, em terceiro lugar, você é o pastor da igreja!”.

2. O pastor deve participar . Se a presença em si já é importante, quedirá a participação ativa nas atividades do departamento.Quem sabe, ser o professor da classe de obreiros?!

3. O pastor deve incentivar seus auxiliares de ministério e líderes de depar-

tamento. É inadmissível que evangelistas, presbíteros, diáconos

e outros obreiros auxiliares do ministério não estejam ple-namente engajados no processo de ensino da igreja. Se os

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líderes não valorizarem a Escola Dominical, que exemploficará para os liderados?

4. O pastor deve investir na Escola Dominicala) Recursos financeiros. Deve a igreja destinar uma verba regu-

lar a fim de que a Escola Dominical possa funcionar sematropelos e improvisações.

b) Recursos humanos. Compreende a atualização periódica do

superintendente e professores.c) Recursos Técnicos. Aquisição de material didático, mobíliaadequada e salas pedagogicamente planejadas.Observe agora alguns comportamentos negativos quenão devem ser copiados pelos líderes que priorizam oensino na igreja:• Permitir atividades paralelas durante o funcionamen-

to da Escola Dominical (Atividades administrativas,tesouraria, serviço de som, afinação de instrumentosmusicais, aconselhamento pastoral, etc.).

• Não investir, ou investir insuficientemente na área deeducação. A principal parcela do orçamento da igrejasempre é dirigida a outras áreas em detrimento da

educacional.

5. O pastor deve priorizar a Escola Dominical e nunca substituí-la . Nãoobstante ser a maior agência de ensino da igreja, a EscolaDominical costuma dividir a agenda com outras atividades aponto de, muitas vezes, ser eventualmente suspensa para queoutro programa ocupe o seu lugar. O aluno vem para a igreja

e acaba surpreendido com outra atividade naquele horário.Quais as conseqüências disso?

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A primeira tem a ver com o currículo das lições, principal-mente em relação às classes infanto-juvenis. Uma lição que se

deixa de estudar no domingo é a perda do elo entre as anteriorese as seguintes. Quebra a lógica do comentário. O aprendizadofica incompleto e capenga. Na escola secular, quando o aluno,por algum motivo, ausenta-se da aula, no dia seguinte ele é obri-gado a copiar o ponto do dia anterior para não perder a seqüên-cia da matéria. No entanto, em alguns lugares, suspende-se a

Escola Dominical, como se isto não tivesse a menor importânciana vida dos alunos.A segunda tem a ver com o desestímulo. À medida que se

torna hábito substituir a Escola Dominical por outra ativida-de, os alunos acabam frustrados e desestimulados em continu-ar participando de um departamento da igreja que, por forçade circunstâncias alheias à sua vontade, não tem o menor res-

peito por eles.Como forma de contornar o problema, ofereço duas

sugestões:a) quanto às classes infanto-juvenis, haja o que houver, não

devem ser suspensas até porque geralmente funcionamem salas separadas do auditório principal;

b) quanto às classes de adultos, pode-se adotar em últimorecurso as seguintes alternativas: abrir-se um parênteseno programa substituto para a apresentação da lição emclasse única, ou transferir-se o estudo para o chamadoculto de doutrina da igreja, no meio da semana, com aexposição feita pelo próprio pastor. Mas lembre-se: éapenas o último recurso. Não deve transformar-se em

regra. O melhor mesmo é não substituir a Escola Do-minical por nada.

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6. O pastor deve incentivar todos os crentes a participarem efetivamente da 

 Escola Dominical . Como líder, o pastor assume a preponderan-

te função de influenciar seus liderados. Sua palavra tem pesosuficiente para decidir e promover uma ação produtiva. Se eledisser de púlpito que estudar a Bíblia é importante, todos sevoltarão para esta finalidade.A melhor motivação para a freqüência assídua dos crentes à

Escola Dominical advém de sua valorização como a maior agência

de ensino da igreja. Quando a liderança assume esta visão, ela em simesma motiva porque todos os esforços serão empreendidos paratorná-la eficiente. As despesas não serão vistas como despesas, mascomo investimento na vida espiritual de cada um. Não haverá difi-culdades em organizar as classes infantis com móveis adequados,nem em adquirir material de ensino próprio. Ou seja, tudo seráfeito para que a Escola Dominical alcance o padrão ideal.

Veja, a seguir, algumas sugestões que ajudarão o crente a tor-nar-se aluno assíduo da Escola Dominical:

a) Ocupar um espaço, no culto de domingo à noite, parafalar da Escola Dominical, fazendo um breve resumo dosfatos mais importantes daquela manhã;

b) Realizar a cada domingo, após a Escola Dominical, um

culto devocional com a participação de departamentosmusicais escalados, incluindo uma fervorosa mensagem;c) Dizer ao aluno, de forma positiva, que sua ausência foi

sentida por todos no domingo anterior;d) Visitar o aluno, quando este, por doença ou qualquer outro

motivo, afastar-se temporariamente da Escola Dominical;e) Assistir ao aluno em suas dificuldades pessoais e

encaminhá-lo, se necessário, aos serviços de apoio da igreja,tais como aconselhamento e assistência social.

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Atitudes do gênero são ferramentas que consolidam o tra-balho de motivação dos crentes para uma Escola Dominical

eficiente.

Questões para auto-avaliação

Se você compreendeu o conteúdo das informações contidasneste capítulo não terá dificuldade em responder às questões

apresentadas abaixo. Para melhor aproveitamento de seu estudo,selecione algumas delas e use-as como tema de um trabalho oudiscussão.

1. Por que a Escola Dominical é considerada a principalagência de ensino?

2. Quais são as características da Escola Dominical comoagência educadora?

3. Como deve ser o corpo docente da Escola Dominical?

4. Você costuma variar seus métodos de ensino na EscolaDominical? Quais resultados tem experimentado?

5. Sua Escola Dominical trabalha baseada em algum cur-rículo? Esse currículo contempla todas as faixas etárias?

6. Qual o papel do pastor na Escola Dominical?

7. Que tipo de investimento deve fazer o pastor na EscolaDominical?

8. Sua Escola Dominical tem crescido? Em que sentido?

Em que proporção?