abordagem de textos

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FACCAT - FACULDADES INTEGRADAS DE TAQUARA FACCAT - FACULDADES INTEGRADAS DE TAQUARA CURSO DE LETRAS CURSO DE LETRAS 2011 2011 ABORDAGEM DE TEXTOS ABORDAGEM DE TEXTOS FASCÍCULO II FASCÍCULO II CULTURAS BRASILEIRAS CULTURAS BRASILEIRAS ELABORADO POR: DAIANA CAMPANI DE CASTILHOS DAIANA CAMPANI DE CASTILHOS JULIANA STRECKER JULIANA STRECKER LIANE FILOMENA MÜLLER LIANE FILOMENA MÜLLER LUCIANE MARIA WAGNER RAUPP LUCIANE MARIA WAGNER RAUPP VERA LÚCIA WINTER VERA LÚCIA WINTER

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Page 1: Abordagem de textos

FACCAT - FACULDADES INTEGRADAS DE TAQUARAFACCAT - FACULDADES INTEGRADAS DE TAQUARACURSO DE LETRASCURSO DE LETRAS

20112011

ABORDAGEM DE TEXTOS ABORDAGEM DE TEXTOS

FASCÍCULO IIFASCÍCULO II

CULTURAS BRASILEIRASCULTURAS BRASILEIRAS

ELABORADO POR:DAIANA CAMPANI DE CASTILHOSDAIANA CAMPANI DE CASTILHOS

JULIANA STRECKERJULIANA STRECKERLIANE FILOMENA MÜLLERLIANE FILOMENA MÜLLER

LUCIANE MARIA WAGNER RAUPPLUCIANE MARIA WAGNER RAUPPVERA LÚCIA WINTERVERA LÚCIA WINTER

TAQUARATAQUARA, , JULHOJULHO DEDE 2011. 2011.

Page 2: Abordagem de textos

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ABORDAGEM DO TEXTOABORDAGEM DO TEXTO

“CONGRESSO NACIONAL DO MEDO”, DE LUCIANE RAUPP“CONGRESSO NACIONAL DO MEDO”, DE LUCIANE RAUPP

1 Atividade de motivação: ditado de imagens com as figuras do folclore brasileiro envolvidas no texto.

Formar três grupos de alunos: dois para competir e outro para ser o júri. Providenciar folhas de papel pardo e pincéis atômicos. Colar as folhas no quadro, como se fossem

dois blocos (se houver dois cavaletes ou dois álbuns seriados, melhor). Os componentes dos grupos competidores devem ficar em fila na frente de cada bloco de folhas. A professora dita uma característica da figura folclórica (sem dizer qual é). O primeiro de cada fila

deve desenhá-la e ir para o final da fila. Assim se procede sucessivamente, até completar o desenho. No final, a professora informa o nome da figura e lê novamente as características. Cada componente do grupo de jurados dá uma nota para os grupos.

Vence o grupo que, ao final, conseguir mais pontos. Exemplos de tópicos para possíveis ditados:

Cumacanga Caipora Mapinguari Saci Cabeça de Cuia

- Bola de fogo

- Cabeça de mulher

- Rodando pelos

campos

- À noite.

- Corpo fica em casa

- Menino

- Montado em um

porco-do-mato

- Corpo coberto de

pelos

- Gigante

- Homem-macaco

-Pelo escuro

- Garras feitas de

casco de tartaruga

- Pés com formato de

pilão

- Três bocas: uma

debaixo de cada

braço e outra sobre o

coração

- Menino

- Negro

- Uma perna só

- Gorro e calção

vermelhos

- Cachimbo na boca

- Palmas das mãos

furadas.

- Corpo de homem

- Cabeça enorme, do

formato de uma cuia.

-Monstro aquático

2 Atividades de pré-leitura/ ativação do conhecimento prévio

Mostrar aos alunos uma imagem do Congresso Nacional. Conversar com os alunos sobre onde fica o Congresso Nacional, o que se faz lá... Pedir que comparem a foto à ilustração do fascículo e levantar hipóteses sobre o assunto do texto e

sobre como as figuras folclóricas foram parar no Congresso Nacional. Pedir aos alunos que identifiquem algumas das figuras folclóricas que aparecem na ilustração. Perguntar aos alunos se eles sabem o que é “halloween”. Frisar que se trata de uma tradição

estrangeira.

Page 3: Abordagem de textos

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3 Atividades de pós-leitura

Por que, no início do texto, a Cuca estava nervosa? Por que o Halloween pode ser um perigo para a Cuca, já que ela é uma espécie de bruxa? O que seria um “caldeirãorograma”? Por que o caldeirãorograma demorou a chegar a alguns personagens do nosso folclore? De que

partes do país eles são? Por que a Cuca escreveu o caldeirãorograma com carvão? Sendo a Cuca uma espécie de bruxa nacional, que outros meios ela poderia ter usado para ter

mandado a mensagem aos demais personagens assustadores de nosso folclore? Se a mensagem mandada de caldeirão se chama “caldeirãorograma”, como se chamaria a mensagem

mandada:

- por uma varinha mágica: .....................................................................................................................- no bico de uma coruja:..........................................................................................................................- nas asas de um urubu: ..........................................................................................................................- na boca de um sapo: .............................................................................................................................- na boca de um peixe:............................................................................................................................

Por que a Iara, o Saci e a Cuca se chamam de “primos”? Desenhe como você imagina os personagens indicados no quadro a seguir. Logo abaixo, escreva as

suas características

A Cuca Iara Saci Velho do Saco Bicho Papão

Características: Características: Características: Características: Características:

Por que sempre dava confusão no meio do hino da AMACB? Por que o Mapinguari, em certa altura do texto, ficou bravo com o Saci? Segundo a Iara, que característica o Saci apresenta? O que seria a “concorrência desleal” de que falou o Saci? Quem concorreria com ele? Como

concorreria? Que problema os personagens queriam resolver? Segundo os personagens, quais eram as causas do problema que estavam tentando resolver?

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Por que os personagens não engoliram nem enfeitiçaram o jornalista que encontraram escondido atrás da cortina?

Por que você acha que o repórter, ao ouvir a explicação do Bicho Papão sobre o problema que tentavam resolver, deu um sorrisinho malicioso? O que ele pensou?

Desenhe o repórter com o sorrisinho malicioso. Desenhe a capa do jornal como a Cuca imaginou que sairia. Crie também uma manchete condizente

com as expectativas iniciais da Cuca. Por que o Tutu ficou triste no final da história?

4 Atividades de produção textual

Escreva o provável texto da notícia cuja manchete é apresentada no texto: “Congressistas vestem-se de seres do folclore nacional às vésperas do Halloween”.

Como você imagina que a Cuca se sentiu após ler a notícia que realmente saiu no jornal? Qual foi o plano que ela elaborou para superar essa decepção?

Desenhe a capa do jornal como a Cuca imaginou que sairia. Crie também uma manchete condizente com as expectativas iniciais da Cuca. Escreva a notícia que a Cuca deve ter imaginado que o repórter publicaria no jornal.

Como a Cuca se vingou do jornalista que não publicou o texto que ela imaginou? Como o jornalista se defendeu?

Se o jornalista realmente tivesse acreditado nos personagens assustadores do nosso folclore, como poderia ter sido a manchete da notícia? E o seu texto?

Imagine-se como o jornalista da história e escreva o que você teria pensado e feito se tivesse no lugar dele.

5 Outras atividades

Explorar o gênero notícia. Explorar o gênero bilhete a partir do caldeirãorograma. Pode-se criar “varinhograma”,

“corujograma”, “uruburograma”... Realizar uma pesquisa sobre os personagens do folclore que são mencionados no texto (e outros

mais) e explorar o gênero reportagem, elaborando, por exemplo:- mapa do Brasil, apontando as ocorrências dos personagens folclóricos e registrando as variantes dos nomes;- “infográficos”, com desenhos e características dos personagens do nosso folclore;- resumo das lendas que envolvem os personagens;- textos opinativos, em que os alunos tentam explicar os porquês do esquecimento desses personagens.

O Mapinguari diz, em certa altura do texto, que o Saci é um privilegiado por ter sido

retratado por “Seu Lobato”. A partir disso...

- ... por que esse retrato seria um privilégio?

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- ... quem era “Seu Lobato”?

- Pesquisar sobre quais aspectos do nosso folclore Monteiro Lobato retratou em suas obras.

- Ler “O Saci” ou algumas das “Histórias de Tia Nastácia”. Pesquisar sobre os aspectos do

folclore retratados na(s) obra(s). Organizar uma exposição sobre o “Folclore em Monteiro

Lobato.”

Pesquisar sobre os personagens do nosso folclore, caracterizá-los e confeccioná-los em

massa de modelar, argila, sucata. Confeccionar também máscaras e adereços que façam

alusão a esses personagens. Organizar a exposição desses personagens e a tarde (ou manhã,

noite...) dos monstros assustadores do Brasil, com uma bonita festa, com comidas e músicas

típicas (também pesquisadas).

Sobre o Halloween:

1) Pesquisar sobre suas origens (coincidência com a data da Reforma Protestante), locais de ocorrência

e sobre os costumes que envolvem a data.

2) Refletir sobre a influência de hábitos norte-americanos no nosso cotidiano. Para isso, pode-se ter

como ponto de partida o seguinte texto:

2.1 Texto de L. F. Verissimo, publicado em Zero Hora de 03 de julho de 2011:

- A partir do texto:a) O que o menino parece estar segurando? Qual é a relação desse objeto com o contexto da tirinha?b) O que a tirinha critica?c) Por que se escolheu um neto e um avô para ilustrar o tema que está sendo abordado na tirinha?d) Frente a pergunta final do neto, o que a expressão do rosto do avô revela?e) Por que o neto pergunta como se chama “bolinha de gude” em inglês?f) Pesquisar sobre as brincadeiras folclóricas.

Page 6: Abordagem de textos

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g) Fazer uma listagem de nomes de brinquedos e jogos que os alunos conhecem e que estão em inglês.h) Fazer uma lista de palavras em inglês que fazem parte do nosso dia a dia sem nos darmos conta.

2.2 Também se pode explorar a seguinte letra de música, como complemento:

Samba do Aproach

Venha provar meu brunchSaiba que eu tenho approachNa hora do lunchEu ando de ferryboat...(2x)

Eu tenho savoir-faireMeu temperamento é lightMinha casa é hi-techToda hora rola um insightJá fui fã do Jethro TullHoje me amarro no SlashMinha vida agora é coolMeu passado é que foi trash...Venha provar meu brunchSaiba que eu tenho approachNa hora do lunchEu ando de ferryboat...(2x)

Fica ligado no linkQue eu vou confessar my loveDepois do décimo drinkSó um bom e velho engovEu tirei o meu green cardE fui prá Miami BeachPosso não ser pop-starMas já sou um noveau-riche...Venha provar meu brunchSaiba que eu tenho approachNa hora do lunchEu ando de ferryboat...(2x)

Eu tenho sex-appealSaca só meu backgroundVeloz como Damon HillTenaz como FittipaldiNão dispenso um happy endQuero jogar no dream teamDe dia um macho manE de noite, drag queen...Venha provar meu brunchSaiba que eu tenho approachNa hora do lunchEu ando de ferryboat...(7x)

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ABORDAGEM DO TEXTO “LOUCO SENTADO NO MURO”ABORDAGEM DO TEXTO “LOUCO SENTADO NO MURO”

Gênero textual conto

O gênero conto, assim como os demais pertencentes ao agrupamento do narrar, apresenta uma sequência narrativa de ações imaginárias como se fossem reais, envolvendo personagens em um determinado tempo e em um determinado espaço. É uma forma narrativa breve, concentrada, que elimina as análises minuciosas de personagens ou ambientes e delimita o espaço e o tempo, em função da conquista do efeito único para atrair a atenção do leitor. Nos gêneros da ordem do agrupamento do narrar e, portanto, no conto, quem conta os fatos é chamado de narrador. O narrador, diante desses fatos, pode assumir duas perspectivas fundamentais: narrador-personagem (1ª pessoa) ou narrador-observador (3ª pessoa).

Possibilidade de classificação dos contos: conto de fadas, conto fantástico, conto policial, conto de assombração, conto de humor, entre outros.

Gênero textual conto de humor

Quem produz esse gênero?

Escritor contista, autor ficcionista.

Com qual propósito? Narrar uma história ficcional para divertir o leitor.

Qual é o destinatário? Leitor interessado em literatura, em humor.

Onde circula? Ambientes educacionais e residenciais, principalmente via livros literários ou didáticos ou ainda sites voltados para a produção/divulgação da literatura.

Reação em resposta à leitura

Entusiasmo, desejo de relatar o que leu a familiares e amigos, desejo de ler mais textos do mesmo gênero.

Estrutura textual prototípica

Apresenta as cinco fases da narrativa, segundo Adam (1992): situação inicial, complicação, fase de ações, resolução e situação final.

Elementos da narrativa: ações, espaço, tempo, personagens e narrador.

Presença de humor: ambiguidade, implícitos, ironia, caracterização engraçada de personagens (personagem caricatura: uma tendência levada ao extremo).

Mecanismos linguísticos Texto narrado: verbos utilizados geralmente no pretérito perfeito e imperfeito.

Presença de discurso direto ou indireto.

A sequência narrativa

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Segundo Jean-Michel Adam, todo texto narrativo (e, portanto, o conto) está estruturada sob um esquema com cinco momentos:

1-Situação inicial: caracteriza o tempo, o lugar, as diferentes condições para o andamento da ação e introduz as personagens da narrativa.

2-Complicação ou perturbação: apresenta a descrição da experiência inesperada, a qual traz uma modificação da situação inicial. Essa força gera o momento seguinte. A presença do conflito é fundamental, pois é ele que vai distribuir o texto em partes.

3-Ação, Re (ação) ou Dinâmica de Ações: destaca o resultado ou a consequência dessa modificação. Ora pende para a melhoria, ora para a degradação.

4-Resolução: indica a ocorrência de um fato que vai determinar o fim da narrativa. Introduz uma segunda força que vai devolver à narrativa a situação de equilíbrio, confirmando a melhoria ou a degradação. Encaminha para que o conflito se desfaça.

5-Situação final: caracteriza o estado das personagens após a transformação do decorrer da história. Restaura o equilíbrio perdido à narrativa, sem ser, obrigatoriamente, igual à SI.

Transformação de discurso direto para discurso indireto

DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO

Verbo no presente do indicativo:— Sou a Julieta — disse, hesitante.

Verbo no imperfeito do indicativo:Disse, hesitante, que era Julieta.

Verbo no pretérito perfeito:— Nem banho tomei — ela esclarecia.

Verbo no pretérito mais-que-perfeito:Ela esclarecia que nem banho tinha tomado.

Verbo no futuro do presente — Que será feito do senhor padre Brito? — perguntou ela.

Verbo no futuro do pretérito (condicional)Ela perguntou que seria feito do senhor padre Brito.

Verbo no imperativo— Não faça escândalo — disse a outra.

Verbo no modo subjuntivoDisse a outra que não fizesse escândalo.

Enunciado em forma interrogativa direta— Lá é bom? — perguntei.

Enunciado em forma interrogativa indiretaPerguntei se lá era bom. (Observe, que, nesse caso, o ponto de interrogação dá lugar a

um ponto final.)

Enunciado em 1ª ou 2ª pessoa— Preciso de dinheiro — disse o capitão.

Enunciado em 3ª pessoaDisse o capitão que precisava de dinheiro.

Pronomes este, esta, isto, esse, essa, isso— Não abro a porta a estas horas a ninguém — disse Gracia.

Pronomes aquele, aquela, aquiloDisse Gracia que não abria a porta àquelas horas a ninguém.

Advérbio de lugar aqui— Aqui amanhece muito cedo — disse Sales.

Advérbio de lugar aliDisse Sales que ali amanhecia muito cedo.

Elaborado a partir de: CUNHA & CINTRA. Nova gramática do Português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

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Como levar esses elementos aos alunos?

ABORDAGEM DO TEXTO “LOUCO SENTADO NO MURO”ABORDAGEM DO TEXTO “LOUCO SENTADO NO MURO”

1 Atividade de motivação:

O professor lançará aos alunos alguns enigmas:

a) Uma paciente recebeu três comprimidos do médico. Esses comprimidos deveriam ser tomados a cada trinta minutos. Em quanto tempo a paciente tomaria todos os comprimidos?

b) Quantos animais de cada espécie Moisés colocou na arca?

c) Um avião decolou lotado do Brasil para a Venezuela, mas caiu bem na fronteira. Onde os sobreviventes foram enterrados?

d) Quanto dá o dobro da metade de dois?

e) O pai do padre é filho do meu pai. O que eu sou do padre?

f) Uma pata, nascida no Chile, bota um ovo na divisa entre Brasil e Chile. De quem é o ovo?

g) Dois amigos conversavam quando um rapaz passa na frente deles e acena para um deles. O outro amigo, curioso, pergunta quem é. Então ouve a resposta em forma de charada: "Não tenho irmãs ou irmãos, mas o pai daquele rapaz é o filho do meu pai." Quem era o rapaz do lado?

h) O pneu do seu carro furou. Você, ao trocá-lo, perdeu os quatro parafusos quando um outro carro passou em alta velocidade. Como você fixaria o pneu?

2 Pré-leitura:

O texto com que trabalharemos chama-se “Louco sentado no muro”. Retire as letras W, Y e K e encontrará uma definição importante.

AWYLKOUKCKURAWYKÉ,WYKSEGUNDYOAPSIYCOLOYGIA,YKWUMAYCONDIÇÃODAMENTE HUMANA WYKCAWYKRAKCTERIZADWYKA POR PENSAMENTOS CYONSIDERADOS"ANOR WYK MAIS "PELWYKAKWYKSOKCIEYDADE.AWYKVERDADEIRACONYSTATAÇÃODAINSANIDWYKADEMENTALYDEYKUMKINDIVÍDUOSÓPODESYERYFEYITAPORWYKESPECIWYKALISTASEMPSYICOPATOLOGIKA.

E, para você, o que é a loucura?

Você conhece alguma história em que o louco seja um personagem? Qual?

Pense: o que você acha que aconteceria se um louco precisasse resolver enigmas como esse último?

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3 Pós-leitura:

Abaixo apresentam-se sugestões. É importante lembrar que o professor deverá optar por alguns exercícios conforme a série e não realizar todos, sob pena de as respostas se repetirem.

Ações 1- Ordene as ações abaixo conforme os fatos são narrados no texto:

( ) O louco deu a sugestão ao personagem de usar três parafusos em cada roda.

( ) O personagem aceitou a sugestão e o carro voltou a andar.

( ) De repente, o pneu furou. Ao trocá-lo, o personagem perdeu os parafusos.

( ) Em uma noite escura, um carro passava em frente a um hospício.

( ) O louco disse que era louco mas não burro.

2- O texto “Louco sentado no muro” apresenta fatos em sequência: um fato causa um efeito, que dá origem a outro fato, e assim por diante. Complete o esquema abaixo, mostrando a relação causa-efeito no texto.

Um carro passou em frente ao hospício.

...............................................................................................................................

O motorista pegou o pneu reserva, tirou o furado e colocou os parafusos em uma latinha.

...............................................................................................................................

O sujeito ficou parado um tempão procurando os parafusos.

...............................................................................................................................

O homem aceitou a sugestão do louco.

...............................................................................................................................

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3- Todo texto narrativo, assim como o conto, apresenta uma sequência de ações imaginárias , que constituem o enredo. Sobre isso, responda:

a) No início do conto, encontramos um momento em que o autor caracteriza o tempo, o lugar, as diferentes condições para o andamento da ação e introduz um personagem da narrativa. Esse momento é chamado de situação inicial. Localize-a no texto.

b) Um dos momentos mais importantes do texto é a complicação, ou seja, o conflito, uma experiência inesperada, a qual traz uma modificação da situação inicial. Essa força gera o momento seguinte. A presença do conflito é fundamental, pois é ele que vai distribuir o texto em partes. No conto em estudo, em que momento se inicia o conflito?

c) Após esse conflito, surge a dinâmica de ações, que destaca o resultado ou a consequência do conflito. Localize-a no texto.

d) Todo conflito precisa ser resolvido. É a resolução. Como o conflito do texto ser resolve?

e) Como terminou a história? Essa é a fase chamada de situação final, que caracteriza o estado das personagens após a transformação do decorrer da história. Restaura o equilíbrio perdido à narrativa, sem ser, obrigatoriamente, igual à SI.

4- Complete o quadro abaixo, de modo a indicar a sequência narrativa do texto.

Qual era a situação inicial da história?

Onde ela se passa? Quando? Quem eram os

personagens? Como eles eram? Qual o

acontecimento que modificou a situação inicial?

O que aconteceu a partir desse momento?

Qual a reação dos personagens?

Como foi resolvida a situação?

O que aconteceu, ao final, com os personagens?

Quais as consequências das ações narradas?

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Espaço e tempo

5- Que palavras ou expressões no texto fazem referência ao lugar onde acontecem os fatos?

6- Há uma expressão que nos remete ao momento em que tudo acontece. Qual?

7- A partir de suas respostas, desenhe o ambiente do conto:

Personagens 8- Quem são os personagens envolvidos no conflito? 9- Quem o homem do conto representaria? 10- Como é descrito o louco? Desenhe-o a partir dessa descrição.11- Por que o homem pensou “Lá vem besteira”?12- Por que o homem “ficou admirado”?

Narrador 13- O texto é narrado em 1ª ou 3ª pessoa? Justifique com uma passagem que comprove sua resposta.

14- Narre os dois primeiros parágrafos na visão do homem proprietário do carro.

Discurso direto e indireto

15- Indique, no texto:a) uma fala do louco:b) uma fala do homem:

16- Escreva os últimos seis parágrafos em discurso indireto.

17- A partir de sua resposta do exercício anterior responda: qual das duas formas (discurso direto ou indireto) dá mais vivacidade ao texto?

Recurso de humor

18- A solução da história parte de um determinado personagem. Que personagem é esse? Por que esse fato torna-se engraçado?

19- O 16ª parágrafo apresenta um fato engraçado, que contrasta com outra atitude do louco mencionada no texto. Sobre isso, responda:a) Qual é esse fato engraçado?b) Com qual atitude anterior do louco esse fato contrasta?c) Por que esse contraste se torna engraçado?

Proposta de produção textual:

1- Narre toda a história narrada na visão do louco.

2- Narre toda a história narrada na visão do homem.

3- Pense em uma outra situação em que um louco ajude alguém dito “normal” em outra situação. Conte essa história.

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ABORDAGEM DA LENDAABORDAGEM DA LENDA

UM AMOR IMPOSSÍVEL: AS CATARATAS DO IGUAÇUUM AMOR IMPOSSÍVEL: AS CATARATAS DO IGUAÇU, DE LEONARDO BOFF, DE LEONARDO BOFF

1 Atividade de motivação: trazer figuras das cataratas do Iguaçu e de figuras de índios e índias, com elas montar um painel. Solicitar que alguns alunos escolham uma das figuras e comentem sobre ela; também pedir aos alunos que tentem relacionar as cataratas às figuras indígenas.

3 Atividades de pré-leitura:

a) Você já ouviu falar nas Cataratas do Iguaçu? Onde elas se localizam?

b) O que, na verdade, são cataratas?

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c) Você conhece as Cataratas do Iguaçu?

d) Pode haver uma relação entre cataratas e os indígenas brasileiros?

e) Como você imagina que se formam as cataratas?

3 Atividades de pós-leitura:

Considerando que o texto em questão pertence ao gênero lenda, é importante lembrar que ela é uma forma narrativa muito antiga, que foi transmitida e conservada pela tradição oral. A lenda consiste no relato de acontecimentos em que o maravilhoso e o imaginário superam o histórico e o verdadeiro. O folclore brasileiro é rico em lendas e, por meio de sua leitura, podemos traçar um amplo painel das origens, características e crendices de várias regiões que compõem nosso país.

Agora responda:

1) Qual a grande luta que é travada na vida da cada Kaingang?

2) Nessa luta, há vencedores? Retire, do texto, a frase que comprova sua resposta.

3) O texto deixa claro que os pajés Kaingang preferem que um lado seja vencedor.Qual é ele? O que eles fazem para garantir que o lado escolhido seja vencedor?

4) O fato de o Mal sentir-se satisfeito gera algumas cosequências para os tribos.Liste-as.

5) Como se sente a jovem escolhida para o casamento? Por quê?

6) Por que, no texto, o autor caracteriza o casamento como sinistro?

7) O texto apresenta dois personagens que se destacam.

a) Quem são eles?

b) Descreva-os física e psicologicamente.

8) Considerando a estrutura da narrativa, desenhe o momento em que ocorre a Complicação.

9) Naipi e Tarobá encontravam-se secretamente e, entre juras de amor eterno, planejaram sua fuga. Como ela seria?

10) O que impediu que o sonho dos dois se realizasse?

11) Qual foi a forma por meio da qual o Mal apareceu ao dois? Em que outra história que você conhece, o Mal aparece da mesma forma?

12) Relate como o Mal executou sua vingança contra Naipi e Tarobá.

13) No enredo da história aparece uma força maior que o Mal. Qual é ela? Como ela se manifesta?

14) Na lenda, como o Bem é simbolizado?

15) Antes da vingança do Mal, o texto afirma que Naipi e Tarobá “faziam juras de amor eterno”. Isso se comprova mais para o final da história? Justifique.

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16) Quem são as pessoas especiais, amigas da natureza? Elas realmente existem? Como você as caracterizaria?

17) O que essas pessoas especiais contam?

18) O que acontece quando o arco-íris se desfaz?

19) Como o autor caracteriza o fogo que há dentro de Naipi e Tarobá? Comente.

20) Estabeleça a relação entre o título da lenda e seu conteúdo.

21) Em relação ao vocabulário, qual a palavra que pode substituir aquela(s) que está(ão) em destaque nas frases abaixo:

* “As jovens escolhidas aceitam como um privilégio esse casamento sinistro.”

talento regalia sucesso

* “...e nasceu entre eles uma paixão avassaladora,...”

dominadora imensa ciumenta

* “Esse tem mil estratagemas para se perenizar.”

Maneiras/estabelecer artifícios/eternizar atitudes/fortalecer

* “É o momento do êxtase.”

Intensa contemplação intenso amor intenso prazer

Sugestões de atividades de produção textual

1) Agora é a sua vez de escrever uma lenda. Baseado(a) no fato de que a lenda tem origem oral, redija um texto sobre um assunto do qual tenha ouvido falar e que se constitui em crendice popular.

1) Escreva um conto que explore a ideia de “amor eterno” entre duas pessoas muito diferentes entre si.

3) Crie quadrinhas que desenvolvam a temática do Bem e do Mal. Não esqueça da rima!

4) Escolha um elemento da natureza ( rio, lago, monte, floresta, mar, deserto, caverna ,entre outros) e redija uma lenda que explique seu surgimento. É interessante inserir elementos da cultura indígena ou africana.

5) Crie uma lenda moderna explicando o surgimento de objetos que fazem parte da vida das pessoas atualmente.

6) Transforme a lenda Um amor impossível: as cataratas do Iguaçu em história em quadrinhos.

Outras sugestões de atividades

* Com as lendas produzidas pela turma, organize um sarau lendário.

* Crie um túnel literário, onde serão expostas as quadras compostas pela turma.

* Organize um painel com desenhos feitos pelos alunos para ilustrar as lendas criadas pelo grupo.

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* Apresente as lendas em forma de teatro de sombras, destacando ruídos que caracterizem ambientes, objetos, personagens.

Atividades de intertextualidade

As atividades sugeridas relacionam-se aos textos A lenda do Umbu, A lenda do Milho e ao Poema do milho.

1) Lembrando das considerações sobre o gênero lenda que afirmam que ela revela as origens, crendices e características de um povo, o texto em questão retoma características de que região brasileira?

2) Justifique sua resposta com elementos da lenda.

3) Pesquise sobre as árvores citadas no texto que se caracterizam por ter madeira forte. Ilustre sua pesquisa com imagens dessas árvores.

4) O umbu é uma árvore que predomina em que parte do Rio Grande do Sul? Retire do texto a frase que justifique sua resposta.

5) Desenhe como você imagina que sejam suas folhas.

6) Além das folhas que protegem a sesteada do gaúcho, que outra parte da árvore pode abrigar o gaúcho para o descanso. Descreva-a.

7) Os pedidos das árvores caracterizam suprimentos de necessidades vitais das pessoas. Os frutos da laranjeira, pessegueiro, por exemplo, servem para saciar a fome e a sede. A madeira forte do angico, do ipê serve para construir o abrigo de que as pessoas necessitam.O umbu, ao se personificar, simboliza que outra necessidade humana? Comente.

8) Que característica marcante do povo gaúcho é evidenciada pela seguinte frase retirada do texto “- Porque eu não quero que algum dia façam dos meus braços a cruz para o martírio de um justo.”

9) Você conhece alguma outra lenda que também demonstre a característica apontada na questão anterior? Se a resposta for positiva, qual é ela?

10) Na 1ª lenda, o tema sobre o qual ela se constrói é o amor impossível. Qual o tema da Lenda do Umbu?

11) No fascículo, há ainda outra lenda que explica a origem de um alimento bem brasileiro que é o milho. Quem é o personagem principal da lenda? Indique nos quadrinhos abaixo características dessa personagem.

Características físicas Características psicológicas

12) Uma característica marcante do gênero lenda é que o maravilhoso e o imaginário superam o histórico e o verdadeiro.Exemplifique a afirmação com passagens da lenda.

13) O velho índio ao se transformar em espigas de milho legou aos seus descendentes um alimento que, por sua vez, gera outros,daí sua riqueza.No fascículo, há um poema que enaltece esses derivados.

Responda ,agora, ao “O quê é, o quê é?”

Papa de consistência cremosa feita de milho verde ralado:

Comida típica nordestina feita à base de farelo de milho e coco ralado,cozido no vapor:

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Creme espesso à base de farinha de milho:

Na Região Sul recebe o nome de canjica; no Norte é:

Grão de milho arrebentado ao fogo:

14) Curau é um mingau feito do leite do milho verde. Imagine uma receita bem gostosa feita com esse mingau. Descreva-a.

15) No Poema do milho há duas estrofes, cada uma com quatro versos, às quais dá-se o nome de quadras. Você é o(a) poeta, com criatividade, mude os dois versos finais de cada quadra.

a) “Quem tem milho,tem farinha, Tem canjica,tem curau,” _____________________________ ______________________________

c)”Quem tem milho, tem sorvete Milho assado e mungunzá,” _______________________________ _______________________________

ABORDAGEM DO POEMA ABORDAGEM DO POEMA PRECEPRECE, DE JAYME CAETANO BRAUN, DE JAYME CAETANO BRAUN

1 Atividade de pré-leitura:

Como atividade de pré-leitura, poderá ser realizado com os alunos um “bingo” de palavras, as quais os alunos imaginam que deverão constar num texto cujo título é exatamente este: Prece. Eles receberão cartelas contendo espaços onde deverão ser escritas essas palavras. Depois de preencherem os espaços das cartelas, a professora começará a ditar algumas palavras selecionadas do texto. O aluno que as tiver indicadas na cartela deverá marcá-las, sendo que o vencedor será aquele que primeiro marcar todas as palavras.

2 Atividades de pós-leitura:

Sugerimos, nesta abordagem, que se comece observando como o enunciador cria a sua imagem (o seu ethos), como o enunciador (eu-poético) é construído no poema. Para tanto, convém que levemos o aluno a observar as características psicológicas, ideológicas, sociais e corporais(se estiverem expressas) do eu-lírico do poema. Convém lembrar ainda que a linguagem empregada no texto deve ser atentamente observada, já

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que a maneira de dizer do enunciador determina sua maneira de ser (apaixonado, revoltado, saudosista). Outro fator a desvendar nesse processo de leitura é o dos seus papéis (provocar um sentimento, uma reflexão, um estímulo corporal, um lazer ao ouvinte). Em vista disso, podemos iniciar a análise com os seguintes questionamentos:

1. O poema, como o próprio nome nos diz, é uma prece.

a) Quem é o “eu” que fala? b) Através de que elementos se percebe isso no texto?c) A quem ele se dirige?d) O que pede na sua prece?

Sendo o poema um texto artístico, devemos observar-lhe o seu estilo, que deve ser original, criativo, poético.

2. Esse texto pode ser considerado artístico? O que o caracteriza assim?a) A presença das rimas (nível rítmico): família/ partilha; fazenda/vendas; seja/proteja;

agravos/bravos,etc.b) A presença da linguagem figurada (nível semântico): “a flor amarela da nossa fortuna”, “erva

daninha”

3. Percebe-se musicalidade no poema, ou seja, há uma cadência percebida na sua leitura? Explique com passagens do poema.

4. Quanto à pontuação, o que se percebe no texto? Quais os efeitos de sentido que essa escolha do autor dá ao texto?

Também podemos observar a cena enunciativa (cenas ou imagens validadas, esteriótipos enunciativos, pela memória coletiva: exploração de trabalho infantil, violência urbana, corrupção, pobreza, má distribuição da terra, etc.

5. De que problema social o texto nos fala?6. Qual a posição que assume o emissor diante do problema abordado? 7. Você já leu sobre o tema em outros textos?8. Por que o eu que fala afirma que a terra devia ser dele?9. Por que não é? 10. Qual a denúncia que está sendo feita na 3ª estrofe? A quem ele atribui essa responsabilidade?

Você concorda com ele?11. Qual o tom presente no poema (revolta, conformidade, ironia)?12. O emprego dos substantivos abusos, agravos, lodos, saraus, conchavos, incréus têm relação com

que situação apresentada no poema? Como se justificaria o seu emprego no texto?13. Observe: Se a pátria que eu amo/Fizesse a partilha (versos 7e8). A que partilha ele se refere?

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Vamos observar ainda as relações dialógicas que podem ser estabelecidas no poema: - a interdiscursividade (dois ou mais poemas têm dizeres comuns) - a intertextualidade (um poema cita passagens de outro(s) - a presença de outras vozes, além da do eu-poético, muitas vezes em conflito - a relação com outros gêneros do discurso Observemos que o poema lembra, em algumas passagens, outros clássicos da nossa literatura:

“Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança...”(Navio Negreiro. Castro Alves)

“Sinuelo dos tauras,/bandeira dos livres”  O poema assume o tom grandiloquente, condoreiro, lutador dos poemas da 3ª fase do romantismo, o que se percebe também no ritmo e nas ocorrências lexicais.

Observe os fragmentos do poemas “Navio Negreiro”, de Castro Alves, e “Morte e vida severina”, de João Cabral de Melo Neto, respectivamente.

Senhor Deus dos desgraçados

Dizei-me vós, Senhor Deus!

Se é loucura... se é verdade 

Tanto horror perante os céus?! 

Ó mar, por que não apagas

Co'a esponja de tuas vagas 

De teu manto este borrão?... 

Astros! noites! tempestades! 

Rolai das imensidades!

Varrei os mares, tufão! 

[...]

(Castro Alves)

——  Essa cova em que estás,

com palmos medida,  

é a cota menor 

que tiraste em vida.  

——  é de bom tamanho, 

nem largo nem fundo, 

é a parte que te cabe  

neste latifúndio.  

——  Não é cova grande. 

é cova medida, 

é a terra que querias 

ver dividida

(João Cabral de Melo Neto)

.

14. Observando os fragmentos acima, responda:

a) Em que aspectos o poema Prece se aproxima de cada um deles?

b) Em que versos do poema verificamos a grandiloquência encontrada no poema de Castro Alves?

c) Que elementos do poema a caracterizam?

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15. O enunciador pede a seu interlocutor que inspire e acorde os incréus que dirigem. Diga, com suas

palavras, no que resume esse pedido?

3 Atividades de produção textual:

1ª PROPOSTA:

O texto que trabalhamos nos fala da terra, dos problemas advindos da sua má distribuição. Nele, o enunciador faz um apelo à necessidade de observar que a terra é de todos. Abaixo, apresentamos gráficos que mostram a situação dos assentados (pessoas que receberam um lote de terra para plantar). Faça uma leitura desses gráficos e redija uma carta a alguém de suas relações, a qual você crê não ter conhecimento sobre o assunto.

Disponível em http://mescladoptg.blogspot.com/2011/04/importancia-da-reforma-agraria-para-o.html. Acesso em 10/07/2011

Observação: a professora poderá criar algumas questões de interpretação desses gráficos anteriormente,

facilitando a análise dos elementos informativos.

2ª PROPOSTA: A canção abaixo fala sobre o mesmo tema. Nela, o emissor apresenta vários argumentos

para se acabar com essa situação. Observe a letra com atenção e se inspire nesses argumentos para defender a

sua posição sobre o problema, a fim de ser enviado para a coluna do leitor do jornal de sua cidade.

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Reforma agrária

Latifúndios gigantescos que se espalham por essescampos vazios.A fome, a dor, o desemprego, a morte se agigantamnesse gigante Brasil.Pontes, viadutos, pontos de ônibus viram lares tãosombrios.Uma chama proletária sonha com a reforma agrária.Corações batem a mil.

Vê se muda, não se iluda. Eu não me confundo!Não se confunda, o Brasil se afunda com esselatifúndio!

Terras improdutivas, paradas inativas, nas mãos, nasmãos de um só dono.A miséria é tão viva, a realidade avisa e denunciaesse abandono.Milhões e milhões de terras, milhões à espera de uma,de uma reforma agrária.A vida parece guerra, a miséria não se encerra comessa cultura tão reacionária.

Vê se reforma, não, não se deforma. Tá na hora demudar!Vê se transforma, coração acorda e pede reformaagrária.

Sobra para uns poucos. Falta para muitos outros e seagravam as desigualdadesA esperança sofre aborto, o sonho já nasce morto.Nessa triste realidade. O sistema gera um disfarce pra abafar a luta declasses, mas é clara a exclusão. E que a chama não se apague, só com a luta é que nasceuma nova NAÇÃO!

Vê se muda, não se iluda. Eu não me confundo!Não se confunda, o Brasil se afunda com esselatifúndio!Vê se reforma, não, não se deforma. Tá na hora demudar!Vê se transforma, coração acorda e pede reformaagrária.

Reforma agrária... reforma agrária já, pelo fim dolatifúndio!

Disponível em

http://lee-soo-young.musicas.mus.br/letras/862599/ Acesso em 10/07/2011

Textos suplementares:

Quem canta seus males espanta.... A garotada entra no ritmo com as danças de roda (Revista Nova Escola)

As crianças rodopiam e cantam canções que têm temas pra lá de variados: barata, peixe, feiticeira... Além de ser um

ótimo exercício físico, essa brincadeira ajuda a desenvolver a fala.

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Mais que passatempos, as brincadeiras de roda desenvolvem a expressão oral, a audição e o ritmo dos pequenos.

Enquanto rodam no pátio, cantando as divertidas canções, eles ainda se exercitam, trabalhando o equilíbrio e a

coordenação motora. Vale um lembrete: é importante que os alunos conheçam a coreografia tradicional das cirandas

como forma de preservar nossa cultura. Mas incentive as adaptações e a criação de movimentos. Assim, você mantém o

interesse da garotada em alta.

A CANOA VIROU

A canoa virou,

Por deixá-la virar,

Foi por causa do Pedrinho,

Que não soube remar.

Se eu fosse um peixinho

E soubesse nadar,

Tirava o Pedrinho

Do fundo do mar.

AI, EU ENTREI NA RODA (estribilho) Ai, eu entrei na roda Para ver como se dança, Eu entrei na “rodadança”, Mas não sei dançar. Sete e sete são quatorze, Com mais sete, vinte e um, Tenho sete namorados, Só posso casar com um.

Todo mundo se admira Da macaca fazer renda, Eu já vi uma perua Ser caixeira de uma venda. Lá vai uma, lá vão duas, Lá vão três pela terceira, Lá se vai o meu amor, De vapor pra cachoeira.

EU SOU POBRE, POBRE Eu sou pobre, pobre, pobre, De marré, marré, marré, Eu sou pobre, pobre, pobre, De marré deci. Eu sou rica, rica, rica, De marré, marré, marré, Eu sou rica, rica, rica, De marré deci.

Eu queria uma de vossas filhas, De marré, marré, marré, Eu queria uma de vossas filhas, De marré deci. Escolhei a qual quiser, De marré, marré, marré, Escolhei a qual quiser, De marré deci.

Eu de pobre fiquei rica, De marré, marré, marré, Eu de rica fiquei pobre, De marré deci.

 PEIXE VIVO

Como pode o peixe vivo Viver fora d’água fria? Como pode o peixe vivo Viver fora d’água fria?

Como poderei viver? Como poderei viver?

PASSA, PASSA, GAVIÃO

MÚSICA (estribilho) Passa, passa, Gavião, Todo mundo passa.

Os cavaleiros fazem assim, Os cavaleiros fazem assim, Assim, assim, Assim, assim.

Os carpinteiros fazem assim, Os carpinteiros fazem assim, Assim, assim, Assim, assim.

Os sapateiros fazem assim, Os sapateiros fazem assim, Assim, assim, Assim, assim.

CARANGUEJO Será que caranguejo é peixe? Aqui não importa

MÚSICA Caranguejo não é peixe, Caranguejo peixe é. Caranguejo só é peixe Na enchente da maré.

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Sem a tua, sem a tua, Sem a tua companhia.

Os pastores desta aldeia, Já me fazem zombaria, Por me ver assim chorando, Por me ver assim chorando,

Sem a tua, sem a tua, Sem a tua companhia.

Ora, palma, palma, palma! Ora, pé, pé, pé! Ora, roda, roda, roda, Caranguejo peixe é!

SE ESTA RUA FOSSE MINHA

Se esta rua, Se esta rua fosse minha, Eu mandava, Eu mandava ladrilhar, Com pedrinhas, Com pedrinhas de brilhantes, Para o meu, Para o meu amor passar.

Nesta rua, Nesta rua tem um bosque, Que se chama, Que se chama solidão. Dentro dele, Dentro dele mora um anjo, Que roubou, Que roubou meu coração.

Se eu roubei, Se eu roubei teu coração, Tu também, Tu também roubaste o meu, Se eu roubei, Se eu roubei teu coração, É porque, É porque te quero bem.

SAMBA LELÊ Samba Lelê tá doente, Tá com a cabeça quebrada. Samba Lelê precisava, É de umas boas palmadas. Samba, samba, samba, ô Lelê! Pisa na barra da saia, ô Lalá!

Ó, morena bonita, Como é que se namora? Põe o lencinho no bolso, Deixa a pontinha de fora. Samba, samba, samba, ô Lelê! Pisa na barra da saia, ô Lalá!

Ó, morena bonita, Onde é que você mora? Moro na praia Formosa, Digo adeus e vou-me embora.

Samba, samba, samba, ô Lelê!

Pisa na barra da saia, ô Lalá!

                                                                                                 (Revista nova escola)

CONSULTORIA: LILIANE CARVALHO DE SOUZA, PROFESSORA DE PSICOMOTRICIDADE DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; E MARIA LÚCIA CRUZ SUZIGAN, ESPECIALISTA NO ENSINO DE MÚSICA PARA CRIANÇAS, DE SÃO PAULO

Disponível em: http://professoraivaniferreira.blogspot.com/2011/05/garotada-entra-no-ritmo-com-as-dancas.html Acesso em: jun. 2011