abordagem da traqueobronquite final 1512

19
Internato de Ano Comum –ULSM /HPH 1

Upload: ana-maria-matias

Post on 17-Jan-2017

274 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Internato de Ano Comum –ULSM /HPH

1

Page 2: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Índice

. Traqueobronquite: definição

. Sinais e Sintomas

. Traqueobronquite: o diagnóstico diferencial

. Codificação

. Relevância do Tema

. Etiologia

. Algoritmo de Abordagem

. Bibliografia

Traqueobronquite

1

Page 3: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Traqueobronquite

Processo inflamatório autolimitado (1 a 3 semanas)

Afecta principalmente a traqueia e os grandes

brônquios (até à 3º ordem)

Indivíduos sem doença pulmonar crónica

Sem evidência clínica / imagiológica de pneumonia

2

Page 4: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Traqueobronquite

Sinais e Sintomas

Tosse de início recente Aparecimento ou aumento do padrão habitual de

expectoração Roncos, sibilos Febre Sintomas constitucionais : Mialgias, odinofagia, cefaleias Peso no peito, dor torácica ao tossir

3

Page 5: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Traqueobronquite A

B

C

A – Exacerbação aguda de DPOC

B – Exacerbação de Bronquite crónica

C - Exacerbação Aguda de Bronquiectasias 4

D

D - Pneumonia

Page 6: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Codificação

49121+ 49122

Bronquite Crónica Obstructiva com Exacerbação Aguda + Bronquite Crónica Obstructiva com Bronquite Aguda

4660 + 490 Bronquite Aguda + Bronquite, Não especificada como Aguda ou Crónica

4911 Bronquite Crónica Mucopurulenta

Traqueobronquite

5

Page 7: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Traqueobronquite

Relevância do Tema

De Janeiro de 2009 a Maio de 2013

7

16658; 80,84%

3948; 19,16%

Restantes doentes da Medicina Interna

Total de doentes com patologia em estudo

Total de doentes da Medicina Interna : 20606

Page 8: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Traqueobronquite

Relevância do Tema

De Janeiro de 2009 a Maio de 2013

7

23; 0,58%

1781; 45,11%

2144; 54,31%

4911 4660 + 490 49121 + 49122

Page 9: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Traqueobronquite

Etiologia

Causas Exteriores

• Poluição do Ar

• Tabaco

• Poeiras e fumos Industriais

Vírus

• Influenza A e B

• Parainfluenza

• VSR

• Coronavírus

• Adenovírus

• Rhinovírus

Bactérias

• Streptococcus pneumoniae

• Hemophilus Influenza

• Moraxella Catarrhalis

• Bordetella pertussis

• Mycoplasma Pneumoniae

8

Page 10: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Avaliar a

Probabilidade

Clínica de

Pneumonia

Na ausência de Pneumonia, ponderar os seguintes Dx

No Idoso, ponderar Pneumonia se,

- Alteração do estado mental

- Alteração do equilíbrio

- Perda de apetite

- Incontinência Urinária de novo

Avaliar

sinais de

Gravidade

Baixa (< 5 %)

- Sinais Vitais N

- E.O. Tórax N

Intermédia ( 5 % - 30 %) - 1 ou + S.V. aN

ou - E.O. Tórax aN

Alta (> 30 %) -1 ou + S.V. aN

e - E.O. Tórax aN

Bronquite Aguda/

Traqueobronquite

Ver Slide 12 e 13

Exacerbação de DPOC

Ver Slide 14

Exacerbação de

Bronquite Crónica

Ver Slide 12 e 13

Bronquiectasia Ver Slide 15

RX Tórax, GSA , FEV1

Algoritmo de abordagem a Traqueobronquite

9

Page 11: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Avaliação Centrada na Exclusão de pneumonia

Num adulto Saudável não idoso, a Pneumonia é improvável se os seguintes achados estiverem ausentes*

*1, 2 e 3

Sinal Achado Anómalo

Febre > = 38 ºC

Taquipneia > = 24 cpm

Taquicardia > = 100 bpm

Evidência de Consolidação no exame objectivo do Tórax

Crepitações, egofonia, frémito

Traqueobronquite

10

Page 12: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Factores prognósticos

Comorbilidades prévias Idade > 65 anos FEV 1 < 50% Diabetes Mellitus Tipo 1 ou Tipo 2 FEV 1 < 50%, uso de Oxigénio no Domicílio, Hipercapnia Uso Crónico de Glicocorticóides Internamento recente Uso recente de ATB Hx de Exacerbações recorrentes

Doença Cardíaca, pulmonar, hepática, renal, neuromuscular

e imunossupressão

Traqueobronquite

11

Page 13: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Categoria

Definição da Categoria

Grupo 0

(Traqueobronquite Aguda)

Tosse e expectoração sem doença pulmonar prévia

( paciente não preenche os Critérios de Bronquite Crónica)

Grupo I

(Bronquite Crónica simples)

<4 Exacerbações /ano

(preenche os critérios de Bronquite Crónica)

FEV1> 50 % do previsto

Grupo II

(Bronquite Crónica Complicada)

FEV1 <50 % do previsto

FEV1 entre 50 e 60 % do previsto e comorbilidade significativa **

Grupo III

(Bronquite Crónica Supurativa)

Tal como no Grupo II, mas com esputo purulento constante

Exacerbações frequentes (> 4/ ano), podem ter bronquiectasias

FEV1 <50 % do previsto

( habitualmente < 35 % do previsto)

Estratificação da Bronquite*

*Canadian Thoracic Society and Canadian Infectious Disease Society

** Insuficiência Cardíaca Congestiva, Doença Coronária e/ou > 4 exacerbações /ano 12

Page 14: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Categoria

Recomendação de ATB

Grupo 0 (Traqueobronquite Aguda)

nenhum, a menos que sintomas persistam mais do

que 10 -14 dias

Alternativa : macrólido ou tetraciclina

Grupo I (Bronquite Crónica simples)

Macrólido de 2ª Geração, Cef de 2ª ou de 3ª Geração,

amoxicilina e doxiciclina

Alternativa: FQ respiratória ou BLBLi**

Grupo II

(Bronquite Crónica Complicada)

FQ respiratória ou BLBLi

Alternativa: TT parentérica; baseada ou ajustada na

cultura do esputo

Grupo III

(Bronquite Crónica Supurativa)

Ajustar o TT à cultura de esputo

TT P. Aeruginosa

Estratificação da Bronquite*

*Canadian Thoracic Society and Canadian Infectious Disease Society

**Beta- lactâmico/ inibidor de betalactamases 13

Page 15: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Ecologia da ULSM

Page 16: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Categoria

Recomendação de ATB

Grupo 0 (Traqueobronquite Aguda)

nenhum, a menos que sintomas persistam mais do

que 10 -14 dias

Alternativa : macrólido ou BLBi ou tetraciclina

Grupo I (Bronquite Crónica simples)

BLBLi,** Cef de 2ª ou de 3ª Geração,

Macrólido de 2ª Geração/ doxiciclina

Alternativa: FQ respiratória

Grupo II

(Bronquite Crónica Complicada)

FQ respiratória ou BLBLi

Alternativa: TT parentérica; baseada ou ajustada na

cultura do esputo

Grupo III

(Bronquite Crónica Supurativa)

Ajustar o TT à cultura de esputo

Ponderar FR e TT para P. Aeruginosa

Estratificação da Bronquite

*Beta- lactâmico/ inibidor de betalactamases

13

Page 17: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Exacerbação de

DPOC*

Não usar ATB

Tratar Δt = 5 dias

- BL

- Doxiciclina

- Cefalosporina (2ª ou 3ª G)

- TMP/SMX

- Macrólido (Largo espectro )

- Telitromicina

Deterioração do estado clínico ou resposta inadequada em 72 horas

C / FR

Pseudomonas

Tratar 5 a 10 dias

- BL / iBL

- FQ

- Reavaliar

- Ajustar ATB segundo microbiologia do esputo

Simples

- s/ FR Major Complicada

>= 1 FR Major

S / FR

Pseudomonas

Tratar Δt= 10 dias

- ciprofloxacina

- Levofloxacina, 750 mg

- ceftazidima

- Carbapenemo

- Piptazo

Moderada ou grave

- pelo menos 2 dos 3

sintomas cardinais

Ligeira

- só 1 dos 3

sintomas cardinais

14 Item 9 Bibliografia*

Page 18: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Tratamento Oral Parentérico

A - Sem risco Amoxclavulânico Moxifloxacina Levofloxacina

B - Com riscoa

Ciprofloxacina b

Ceftazidima ou Carbapenemo u Pipetazo

a Usar o mesmo critério mencionado para a DPOC

b Levofloxacina pode ser usada como alternativa

Pseudomonas Aeruginosa

Factores de Risco

Pelo menos 2

. Hospitalização recente

. Doença Grave (FEV1 < 30%)

. Administração recente ou frequente de ATB

. Uso de Corticosteróides orais

Bronquiectasia*

15 Item 9 Bibliografia*

Page 19: Abordagem da traqueobronquite final 1512

Bibliografia

1. Metlay JP, Kapoor WN, Fine MJ. Does this patient have community-acquired pneumonia? Diagnosing pneumonia by history and physical

examination. JAMA. 1997 Nov 5;278(17):1440-5.

2. Snow V, Mottur-Pilson C, Gonzales R. Principles of appropiate antibiotic use for tratment of acute bronchitis in adults. Annals of Internal

Medicine 2001; 134:518-520

3. Aspinall SL, Good CB, Metlay JP et al. Antibiotic prescribing for presumed nonbacterial acute respiratory tract infections. The American

Journal of Emergency Medicine 2009; 27:544-551

4. Wenzel Richard P., Fowler III Alpha A. Acute Bronchitis. N Engl J Med 2006; 355: 2125-30.

5. Albertson Timothy E, Chan Andrew L. Antibiotic Therapy in Eldery Patients with Acute Exacerbation of Chronic Bronchitis. Expert Ver

Resp Med. 2009; 3 (5 ) : 539 – 548.

6. File Thomas M, Hadley James A. Rational Use of Antibiotics to Treat Respiratory Tract Infections. Am J Manag Care 2002 ; 8 : 713-727.

7. Basri Raymond S., Weiland David A., Ledgerwood Greg L. Treatment recommendations for patients with common respiratory tract

infections with variables indicative of treatment failure. Supplement to The Journal of Family Practice Vol 57, N0 2 / February 2008

8. Sethi Sanjay . Antibiotics in acute exacerbations of chronic bronchitis. Expert Rev Anti Infect Ther. 8 ( 4), 405- 417 (2010)

9. Woodhead M, Blasi F. et al . Guidelines for the management of adullt management of adult lower respiratory tract infections- Full Version

Clin Microbiol Infect 2011; 17 ( Suppl. 6) : E1 –E 59.