abnt comemora anos · no poema sapato florido, mário quinta-na (1906-1994) compara as crianças...

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boletim ABNT, v. 12, n. 147, Set/Out 2015 ABNT COMEMORA 75 ANOS

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boletim AB

NT, v. 12, n. 147, Set/O

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DIA MUNDIAL DA NORMALIZAÇÃOAs Normas: A linguagem mundial comum

ABNT COMEMORA 75 ANOS

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EDITORIAL

EDITORIALSet/Out 2015 | boletim ABNT • 3

75 ANOS de Normalização Brasileira

Desde a sua fundação, em 28 de setembro de 1940, a As-sociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem sido um exemplo de que nada se sobrepõe à vontade de pessoas deter-minadas a buscar a inovação, incorporar os avanços tecnológi-cos e contribuir para o desenvolvimento econômico e social e a preservação do meio ambiente.

O Foro Nacional de Normalização derrubou barreiras e chegou bravamente ao 75º aniversário, um marco histórico que consolida a vitoriosa trajetória de um verdadeiro patrimô-nio da sociedade brasileira.

A ABNT disponibiliza à sociedade um acervo com mais de 10 mil normas, desde as que tratam de sistemas de gestão da qualidade, gestão ambiental e responsabilidade social, aplicá-veis por organizações de todos os per�s, até aquelas de foco especí�co a determinado setor. São documentos que traduzem a experiência adquirida por especialistas e, portanto, ofere-cem contribuições valiosas para a melhoria do desempenho de qualquer empresa e a satisfação dos consumidores.

A �rmeza de objetivos da atual diretoria assegura ao País uma ABNT forte administrativamente, preparada para desem-penhar cada vez mais e melhor o seu papel de foro Nacional de Normalização. Conquistamos novos parceiros dentro e fora do Brasil, e crescemos no cenário internacional.

Queremos uma organização ainda mais vigorosa em suas atividades de normalização, disseminação e certi�cação, com desempenho à altura do que a sociedade brasileira precisa e merece. Para chegarmos até aqui, foi essencial o apoio de nossos colaboradores, conselheiros, associados, entidades parceiras e órgãos governamentais, aos quais manifestamos nossa gratidão. Nosso desejo é que continuemos juntos, fa-zendo dos ideais do passado a inspiração para construir a ABNT de amanhã.

Ricardo FragosoDiretor Geral

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4 • boletim ABNT | Set/Out 2015

Conselho Deliberativo - Presidente: Dr. Pedro Buzatto Costa Vice-Presidente: Dr. Pierangelo Rossetti São Membros Natos: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior, Ministério da Defesa. Sócios Mantenedores: Associação Brasileira de Ci-mento Portland (ABCP), Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Instituto Nacional de Me-trologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Siemens Ltda., Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo (SINAEES), Sindicato da Indústria de Máquinas (Sindimaq), WEG Equipamentos Elétricos S/A. Sócio Contribuinte Microempresa: DB Laboratório de Engenharia Acústica Ltda. Sócio Contribuinte: Associação Brasilei-ra de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Schneider Electric Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon/SP). Sócio Colaborador: Mario William Esper. Conselho Técnico – Presidente: Haroldo Mattos de Lemos. Comitês Brasileiros: Co-mitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-04), Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18), Comitê Brasileiro Odonto-médico-hospitalar (ABNT/CB-26).

CONSELHO FISCALPresidente: Nelson CarneiroSão membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Mantenedor: Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica), Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). Sócio Contribuinte Microempresa: Alcon Química Ltda. Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar

CONSELHO TÉCNICO:Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38)

DIRETORIA EXECUTIVA:Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso/ Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior/ Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone/ Diretor Adjunto de Certificação - Antonio Carlos Barros de Oliveira/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira

ESCRITÓRIOS:Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Tele-fone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 ([email protected]) – São Paulo: Rua Conselheiro Nebias, 1131 – Campos Elíseos – 01203-002 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax (11) 3017.3633 ([email protected]) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 ([email protected]) – Paraná: Rua Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 (atendimento. [email protected]) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 ([email protected]) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedade – 40060-001 – Salvador/BA – Telefone: (71) 3329-4799 ([email protected])

EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT:Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exemplares/ Pu-blicidade: [email protected] / Jornalistas responsáveis: Monalisa Zia (MTB 50.448) e Priscila Souza (MTB 69.096) / Coordenação, Redação e Revisão: Monalisa Zia e Priscila Souza / Colaboração: Oficina da Palavra / Boletim ABNT: Set/Out 2015 – Volume 12 – Nº147 / Periodicidade: Bimestral / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: Dídio Art & Design ([email protected]) / Impressão: Mais Type.

PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA:www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3660 – Fax: (11) 3017-3633

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International Organization Standardization

International Electrotechnical Commission

Comisión Panamericana de Normas Técnicas

Asociación Mercosur de Normatización

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Set/Out 2015 | boletim ABNT • 5

6 o to o i o o o

12 o i t b ilei

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6 • boletim ABNT | Set/Out 2015

Quando todo CUIDADO É POUCO

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Quando todo CUIDADO É POUCO

No poema Sapato Florido, Mário Quinta-na (1906-1994) compara as crianças aos ve-lhos, que “conhecem a volúpia de viver dia a dia, hora a hora, e suas esperas e desejos nunca se estendem além de cinco minutos”. O poeta gaúcho foi certeiro. Curiosas, trans-bordando energia e acreditando que tudo é possível, as crianças têm uma inquietação natural. Em um breve espaço de tempo, por um brinquedo inadequado, uma distração dos adultos, por exemplo, a diversão pode se transformar em enorme fonte de preocupa-ção. Por isso precisam de atenção e proteção.

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8 • boletim ABNT | Set/Out 2015

Segurança, não por acaso, é o principal objeti-vo das Normas Técnicas relacionadas a crianças. De artigos de puericultura, como chupetas e ma-madeiras, aos brinquedos, dos berços aos móveis escolares, do andador aos dispositivos de retenção em veículos – as conhecidas cadeirinhas -, a nor-malização técnica é direcionada para assegurar a integridade física dos pequeninos.

“A cada dia, 13 crianças morrem e outras 300 são hospitalizadas devido a acidentes”, destaca Ga-briela de Freitas, coordenadora nacional da ONG Criança Segura, cujo trabalho é focado no público de zero a 14 anos.

Embora o ambiente doméstico possa oferecer muitas armadilhas para as crianças, é o trânsito que tem sido o maior vilão entre os casos de mortes por acidentes (38%). Em seguida vêm afogamento (24%), sufocação (18%), queimaduras (6%), ar-mas de fogo, animais e outros (7%), quedas (5%) e intoxicações (2%). Os índices são tabulados pela ONG, com base em dados do Ministério da Saúde.

De acordo com Gabriela, os números mudam quando se observam as internações: quedas repre-sentam 48% dos casos, queimaduras 17%, trânsito 13% e outros acidentes cerca de 20%.

Normas orientam

Há mais de uma dezena de normas elaboradas apenas no âmbito do Comitê Brasileiro de Segu-rança em Artigos para Bebês e Crianças (ABNT/CB-210). Mas o acervo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com foco no pú-blico infantil, é ampliado com a contribuição de especialistas em outros comitês.

Entre os documentos publicados mais recen-temente no âmbito do Comitê Brasileiro de Brin-quedos (ABNT/CB-198) está a ABNT ISO/TR 8124-8:2015 - Segurança de brinquedos - Parte 8: Diretrizes para a determinação do início da faixa etária. Trata-se de um Relatório Técnico que forne-ce diretrizes para a determinação do início da faixa etária em que as crianças começam a brincar com brinquedos especí�cos e é essencialmente dirigido à fabricantes e agências que avaliam a conformida-de desses artigos com as normas de segurança.

Destaca-se também a ABNT NBR 16365:2015 - Segurança de roupas infantis - Especi�cações de cordões �xos e cordões ajustáveis em roupas infan-tis e aviamentos em geral - Riscos físicos, elabora-da no Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-17). Esta norma especi�ca os requisi-tos para cordões �xos e ajustáveis em roupas in-fantis, incluindo aquelas com capuz, para crianças com até 14 anos de idade. Ainda descreve outros riscos com aviamentos presentes nas roupas, como botões que podem se soltar e ser engolidos, causando sufocação.

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Atenção aos brinquedos

“As normas técnicas para brinquedos devem ga-rantir a segurança do consumidor mais vulnerável, a criança, e sua utilização permite que as indústrias produzam com tranquilidade, sempre da mesma forma”, alerta Synésio Batista da Costa, gestor do ABNT/CB-198 e presidente da Associação Brasi-leira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq).

De acordo com o gestor, a principal preocupa-ção quando se elabora uma norma técnica, espe-cialmente no caso de brinquedos, é “não deixar brechas para os maus concorrentes, porque as regras valem para todos os fabricantes”. Práti-cas desleais não só prejudicam o mercado, como podem trazer consequências indesejáveis para o consumidor �nal.

Gabriela de Freitas, por sua vez, adverte que supervisão é um fator importante para manter as crianças protegidas de acidentes com brin-quedos. “O envolvimento do responsável na brincadeira, ao invés da observação à distância, permite um cuidado ainda maior. Além disso, as crianças adoram quando os adultos participam de seus jogos”, ela a�rma, complementando que brincar com a criança é uma forma de aprender mais sobre ela e uma oportunidade para ensinar importantes lições.

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A coordenadora nacional da ONG Criança Se-gura oferece algumas dicas:

• uando selecionar os brinquedos consi-dere a idade, o interesse e o nível de habi-lidade da criança. Siga as recomendações do fabricante e procure aqueles com selo do Inmetro;

• Inspecione regularmente os brinquedosà procura de danos que podem ocorrer durante a brincadeira. Observe também a presença de potenciais riscos, como partes pequenas que podem se soltar, pontas a�a-das e arestas. Conserte o brinquedo ime-diatamente ou mantenha-o fora do alcan-ce da criança;

• Brinquedos comcorrentes, tiras e cordascom mais de 15 cm devem ser evitados para reduzir o risco de estrangulamento;

• Brinquedos el tricos podem causar quei-maduras. Evite artigos com elementos de aquecimento, como baterias e tomadas elé-tricas, para crianças com menos de 8 anos;

• Certi que sedequeosbrinquedos serãousados em ambientes seguros. Brinque-dos conduzidos pela criança não devem ser usados próximo a escada, rua, piscina, lago etc;

• Presentescomobicicletas,patins,patinetese skates são boas oportunidades para ensi-nar às crianças sobre segurança na diversão. Presenteie a criança com os equipamentos de segurança necessários como capacete, joelheira, cotoveleira, luvas e buzina;

• ique atento ao recall de brinquedos com problemas ou defeitos, divulgado através da mídia, e siga as orientações do fabricante.

• Ensineacriançaaguardarosbrinquedosdepois de usá-los como atitude de preven-ção aos acidentes.

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12 • boletim ABNT | Set/Out 2015

CONQUISTA BRASILEIRA na IEC

Maior organização mundial dedicada à elaboração e à publicação de normas técnicas internacionais para as áreas de tecnologia relacionadas com eletrotécnica e eletrônica, a International Electrotechnical Commission promove anualmente o IEC 1906 Award, prêmio que homenageia especialistas de todo mundo cujos traba-lhos tenham sido fundamentais para a entidade. En-tre os premiados de 2015 destaca-se um brasileiro, o engenheiro Roberval Bulgarelli, por seus trabalhos de pesquisa e desenvolvimento na área de proteção tér-mica de motores elétricos industriais.

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Set/Out 2015 | boletim ABNT •

A e e t ti o e e ei o e e emi o i omo e em lo e o t em e e

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O IEC 1906 Award faz refe-rência ao ano de fundação da organização, que envolve em suas atividades de normalização mais de 10 mil especialistas de 166 países, representantes das áreas da indústria, universida-de, laboratórios de pesquisa, organismos de certi�cação e en-tidades governamentais. Neste ano, 142 especialistas de Comi-tês Nacionais de Normalização de 21 países foram honrados com a premiação, que também reconhece recentes e excepcio-nais realizações, incluindo pes-quisas, desenvolvimentos e ou-tras contribuições especi�cas, relacionadas com as atividades

“Este reconhecimento inter-nacional pode ser considerado como um evento pioneiro na história da normalização téc-nica brasileira, desde a funda-ção da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em 1940 e do Cobei em 1908”, ava-lia Bulgarelli, que é engenheiro sênior e consultor da Petrobras, trabalhando na Re�naria Pre-sidente Bernardes em Cuba-tão (SP). Ele ainda é membro da Comissão de Normalização Técnica (Contec) da Petrobras,

na Subcomissão SC-06, respon-sável pela elaboração de nor-mas técnicas sobre eletricidade.

Agora, a expectativa do enge-nheiro é de que a premiação sirva como exemplo para que outras empresas e entidades incentivem e apoiem os esforços de seus pro-�ssionais no sentido de trabalhar pela normalização da ISO e da IEC, lembrando que essa con-tribuição se consolida também nas normas equivalentes ABNT NBR ISO e ABNT NBR IEC, pu-blicadas pela ABNT.

de normalização técnica e de certi�cação da IEC.

A premiação é concedi-da por meio de indicação dos coordenadores dos Comitês Técnicos da IEC, a partir de trabalhos desenvolvidos e os resultados alcançados pelos es-pecialistas dos diversos Países envolvidos. Bulgarelli foi in-dicado pelo Comitê Nacional Brasileiro da IEC, sob respon-sabilidade do Comitê Brasilei-ro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunica-ções (Cobei), que também res-ponde pela Secretaria Técnica do Comitê Brasileiro de Eletri-cidade (ABNT/CB-03).

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14 • boletim ABNT | Set/Out 2015

Novo algoritmo

Com mais de 30 anos de atuação como pro�s-sional nas áreas de engenharia industrial elétrica e de normalização técnica, Roberval Bulgarelli é representante do Brasil em grupos de trabalho e no IECEx, sistema da IEC para certi�cação de ser-viços, competências pessoais e equipamentos em atmosferas explosivas. É coordenador do Subco-mitê SC-31 do ABNT/CB-03, que se dedica à nor-malização técnica nacional e internacional sobre atmosferas explosivas, e membro da Comissão de Estudo encarregadas da elaboração de normas técnicas sobre motores elétricos industriais.

O engenheiro relata que, ao longo de sua car-reira pro�ssional, teve a oportunidade de veri�car e de reconhecer a grande importância das normas técnicas, tanto em nível de empresas, nacional, re-gional e internacional, porque representam o re-gistro contínuo da consolidação do estado da arte das boas práticas, experiência e conhecimento.

“Em função da consciência desta importância, tenho dedicado grande parte de meus esforços à normalização técnica, envolvendo o desenvolvi-mento nas áreas de segurança, desempenho, con-�abilidade, qualidade, automação e tecnologia, aplicável a equipamentos, instalações, empresas de prestação de serviços e competências pessoais”, ele a�rma.

As pesquisas que garantiram a Bulgarelli o IEC 1906 Award foram realizadas para um trabalho de Mestrado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), em 2006, com o tema “Pro-teção térmica de motores de indução trifásicos in-dustriais”. A partir desse estudo, foi desenvolvido um novo algoritmo matemático, destinado a ser implantado nos modernos relés digitais para pro-teção térmica de equipamentos elétricos indus-triais, como motores, geradores, transformadores, reatores e cabos de circuitos de energia.

Enviado pelo Cobei para apreciação da IEC, o resultado do trabalho do engenheiro brasileiro foram aprovados e, depois, totalmente utilizados como base de uma norma técnica internacional sobre a função de proteção térmica de equipa-mentos elétricos industriais. Bulgarelli foi convi-dado a participar da elaboração da IEC 60255-149 – Measuring relays and protection equipment - Part 149: Functional requirements for thermal electrical relays, publicada em 2013.

A norma internacional IEC 60255-149 esta-belece requisitos para a avaliação, desempenho e ensaios funcionais de relés que fazem a proteção de equipamentos elétricos contra danos térmi-cos. O documento incorporou tanto o algoritmo apresentado nas pesquisas do engenheiro brasilei-ro, como a apresentação de todo o seu desenvol-vimento, incluindo as equações matemáticas que são utilizadas para o modelamento de um sistema térmico representativo de um equipamento elétri-co industrial.

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16 • boletim ABNT | Set/Out 2015

Um estímulo à QUALIDADE

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De um lado, a demanda do mercado. De outro, a oportunidade de dividir conhecimento que tor-nasse projetos mais e�cientes e seguros. Os dois fatores foram determinantes para que a fabrican-te de revestimentos cerâmicos Portobello, uma das maiores da América Latina, decidisse criar um portal disponibilizando documentos técnicos agrupados por temas, para auxiliar o trabalho de pro�ssionais de decoração, arquitetura e engenha-ria. Na base dessa iniciativa está a ABNT NBR 15575:2013 - Edi�cações habitacionais – Desempe-nho, publicada pela Associação Brasileira de Nor-mas Técnicas.

Especi�cador Virtual (http://especi�cador-virtual.portobello.com.br/downloads/index) é o nome da ferramenta, oferecida ao público desde julho de 2014. “Ela trata de revestimentos como um todo, ou seja, não se restringe às especi�ca-ções para produtos Portobello, podendo ser utili-zada com pedras, madeiras, carpete, cimentícios e muito mais”, informa o engenheiro Luiz Henrique Manetti, gerente da Portobello Técnica.

Para Manetti, a especi�cação técnica de reves-timentos sempre foi uma necessidade do mercado e tornou-se uma obrigação a partir da publicação da Norma de Desempenho e, depois, com a Nor-ma de Reformas (ABNT NBR 16280:2015 – Refor-ma em edi�cações – Sistema de gestão de reformas – Requisitos). “A correta especi�cação é uma tarefa muito complexa que envolve diversas variáveis, como conhecimento químico, físico e experiência prática dos produtos”, ele justi�ca.

Quando optou por compartilhar conhecimen-tos com o mercado, a Portobello, sediada em Ti-jucas (SC), adotou duas medidas. Na primeira, de médio e longo prazo, Manetti encarregou-se de treinar cada um dos principais clientes em todo o Brasil para o uso da Norma de Desempenho. Fo-ram cerca de 90 em 2013 e mais de 100 em 2014.

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18 • boletim ABNT | Set/Out 2015

Foi por causa da ABNT NBR 15575:2013, por sinal, que a empresa tomou a decisão estratégica de liderar um movimento de aperfeiçoamento técnico no mercado de revestimentos, criando a Portobello Técnica. Esse departamento multidis-ciplinar, integrado por cinco especialistas (um ceramista, duas arquitetas, um engenheiro civil e uma designer de interiores), tem a incumbência de capacitar funcionários e clientes, criar ferra-mentas de apoio e desenvolver sistemas constru-tivos inovadores focados na industrialização do canteiro de obras.

A segunda ação foi a implementação do Espe-ci�cador Virtual, com produtos para os diferentes ambientes de uma obra. “Essa ferramenta reúne todas as normas e regulamentos aplicáveis aos re-vestimentos de pisos de forma a facilitar o dia a dia do arquiteto”, comenta o engenheiro.

Receptividade crescente

Manetti avalia que o Especi�cador Virtual “caiu como uma luva” para o setor de projetos, como atestam as manifestações positivas de clientes e da própria equipe comercial. “A Portobello acompa-nha o uso deste site pelo Google Analytics e desde o lançamento sua utilização apenas cresce, mesmo com a crise no setor de projetos”, comemora o en-genheiro. São aproximadamente 1.100 visualiza-ções por dia e quase 250 mil desde seu lançamento. “Hoje temos 32 mil usuários, o aplicativo possui 714 ambientes diferentes cadastrados e contempla mais de 20 normas diferentes”, ele complementa.

O Especi�cador Virtual, ao promover a qua-lidade, ajuda os departamentos de compras das construtoras a “não levar gato por lebre”, como observa o engenheiro. E apesar da linguagem téc-nica, até mesmo o consumidor �nal tem utilizado a ferramenta.

Com tamanho sucesso, o aplicativo ganhou re-forço em 2015, passando a abrigar a Área Técnica. “O novo ambiente centraliza diversos materiais de consulta para download, como manuais de insta-lação, dicas de assentamento, palestras, vídeos de treinamento, entre outros”, conclui Manetti.

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20 • boletim ABNT | Set/Out 2015

COMPRAS PÚBLICAS sustentáveis no Brasil

Os governos do mundo inteiro buscam a ado-ção de políticas que lhes permitam intervir efeti-vamente nos mercados, demonstrando a sua lide-rança em prol do desenvolvimento sustentável. O setor público gasta quantias consideráveis ao ano na aquisição de bens, serviços e obras, sendo que grande parte desse gasto é destinado a setores que exercem considerável impacto ambiental, como o transporte, a construção e a alimentação. Essa despesa corresponde a investimentos que podem representar até 20% do PIB em países industriali-zados e à metade do orçamento dos governos dos países em desenvolvimento. É de crucial impor-tância que o setor público passe a usar o seu poder de compra para estimular o desenvolvimento sus-tentável, por exemplo, através de Compras Públi-cas Sustentáveis. Compras Públicas Sustentáveis (SPP, na sigla em inglês) compreendem bens, ser-viços ou obras em cuja contratação os órgãos pú-blicos buscam encontrar o equilíbrio apropriado entre os três pilares do desenvolvimento sustentá-vel (econômico, social e ambiental), em todos os estágios de um projeto.

O crescimento populacional e o número cada vez mais expressivo de megacidades exigirão in-vestimentos sem paralelo em infraestrutura viária, o que demanda planejamentos e execuções inte-ligentes amparados por diretrizes de sustentabi-lidade claras que garantam a adoção de práticas sustentáveis nas contratações públicas.

A implementação do SPP e do GPP (sigla em inglês para compras públicas verdes) requerem a revisão ou a criação de leis, políticas e práticas para integrar riscos econômicos, sociais e ambien-tais aos processos e decisões em torno de contrata-ções públicas. Trata-se aqui basicamente de obter “valor pelo dinheiro” ao longo do ciclo de vida do produto (neste caso, a infraestrutura viária) me-diante a consideração das consequências ambien-tais, sociais e econômicas dos seguintes fatores: projeto; uso de materiais não renováveis; métodos de manufatura e produção; distribuição e comer-cialização; operações e/ou vida do usuário; opções de disposição, reuso e reciclagem; e a capacidade dos fornecedores de administrar essas consequên-cias ao longo da cadeia de valor.

eto bli o e e ti o eito e e o e e om im l io o e e ol ime to te t el

Por: Marisa Cruz, Evonik Corporation

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Set/Out 2015 | boletim ABNT • 21

O rótulo ECOLÓGICO m e ti i o e te ei te e

t o mbie t i em i o m e ime i t me te e o e ei

O rótulo ecológico (Ecolabelling) é um programa de rotulagem ambiental composto por uma metodologia voluntária de certi�ca-ção e rotulagem relativa ao desempenho ambiental de produtos e serviços que vem sendo adotado como prática no mundo inteiro. A rotulagem ambiental é uma certi�cação baseada em requisitos ambientais que atesta que determinado produto ou serviço exerce menor impacto ambiental que outros produtos ou serviços “compa-ráveis” disponíveis no mercado.

Em 2011, a ABNT desenvolveu e concedeu o primeiro rótulo eco-lógico para o setor de infraestrutura rodoviária no Brasil. A sinali-zação viária Plástico a Frio, amplamente utilizada para proporcio-nar uma maior segurança a usuários de estrada em todo o mundo, recebeu o rótulo ecológico da ABNT, graças, inclusive, à sua maior durabilidade e, consequentemente menor impacto ambiental em comparação a sinalizações tradicionais.

O rótulo ecológico para a sinalização horizontal viária é um exemplo bastante simples para ajudar a evocar uma cultura positiva em torno de compras sustentáveis, e um “benchmark” sobre como se preparar orientações para aquisições sustentáveis. Esta iniciativa po-deria, potencialmente, ser estendida para outros bens relacionados a infraestruturas rodoviária.

O Brasil deu um passo decisi-vo em 2012 ao aprovar o Decre-to 7.746 que estabelece os crité-rios, as práticas e as orientações para a promoção do desenvolvi-mento nacional sustentável por

O Brasil deu um passo decisivo em 2012 ao aprovar o

DECRETO 7.746 e l me to te t ei emo t m m mo ime t o

i e o o et No e t to o ie t e l ob e omo e li i i e m i te t ei e em e e i

meio de contratos preparados diretamente pelo governo fede-ral, pelas autarquias, fundações e empresas estatais. No entanto, o efeito multiplicador gradual que se poderia esperar ainda

não se fez sentir. Em outras pa-lavras, as autoridades viárias do setor de infraestrutura pratica-mente ainda não estão incluin-do considerações ambientais em seus processos de licitação.

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NEGÓCIOSPEQUENOS

Desde sua criação, em setembro de 2007, a Comissão de Estudo Especial de Cadeia Apícola (ABNT/CEE-87) vem desempenhando papel es-tratégico para o desenvolvimento da apicultura brasileira, contribuindo nos processos de padro-nização de equipamentos e utensílios, e na com-provação da qualidade dos produtos apícolas bra-sileiros.

Por meio das normas técnicas, produzidas no âmbito da ABNT/CEE-87, inúmeros processos, como sistemas de produção no campo para os principais produtos apícolas (mel, própolis e pó-len), com mercados, tanto internos como externos altamente demandantes, assim como, aspectos voltados ao controle da qualidade desses produtos (normas de métodos de ensaio) e de padronização de equipamentos e utensílios (colmeia, centrífuga) e de segurança e durabilidade (vestimentas apíco-las) vêm sendo trabalhados no âmbito da Comis-são, com inúmeras normas publicadas.

APICULTURA: a arte de criar abelhas

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“Alguns desses aspectos abordados pela ABNT/CEE-87 são demandas históricas do setor, como é o caso da norma da colmeia langstroth, que objeti-vou estabelecer os padrões de dimensão e de qua-lidade de sua construção e uso de materiais. Esse utensílio fundamental para a prática de uma api-cultura racional apresentava uma situação de total despadronização dimensional, o que leva a uma série de repercussões negativas, tanto do ponto de vista do manejo das abelhas, como da vida útil dos materiais e sua relação com os equipamentos a se-rem utilizados para a retirada do mel dos favos, que dependem de um padrão de quadros para a sua correta fabricação e utilização”, relata o coor-denador da comissão, Ricardo Camargo.

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Para o coordenador, o conceito de normaliza-ção ainda precisa ser amplamente difundido junto aos diferentes atores dessa cadeia produtiva, para que essa cultura possa ser devidamente incorpora-da ao seu planejamento setorial.

Entretanto, o setor já dispõe de exemplos positivos do uso da norma como vantagem mer- mer-cadológica, onde algumas empresas tiveram ao in-corporar em seus sistemas de industrialização as normas já disponíveis, como é o caso da norma da colmeia, onde as empresas que passaram a seguir os requisitos estabelecidos nessa norma para a fa-bricação das colmeias, apresentaram forte cresci-mento comercial.

Isso mostra, que mesmo sem a devida incorpo-ração do conceito de normalização nesse segmen-to, o setor reconhece o diferencial da aplicação de uma norma técnica em seu negócio, e passa a dar preferência aqueles produtos ou serviços que de-monstrem sua aplicação.

Segundo o coordenador, a disponibilização de normas para o setor permite que os órgãos o�ciais venham a utilizá-la como padrão técnico referencial e assim seus requisitos possam ser in- possam ser in-seridos na descrição de processos licitatórios em compras governamentais, o que impede que ma-teriais de baixa qualidade e sem a devida padroni-zação dimensional possam vir a serem escolhidos nesses processos, apenas por apresentarem menor preço, contribuindo para a competitividade e cre-dibilidade dos Pequenos Negócios.

“Tal aspecto é fundamental para se evitar a concorrência desleal nesse setor, onde empresas oportunistas acabam entrando nesse cenário, sem a devida competência técnica para a fabricação desses equipamentos, o que irá afetar diretamen-te na condução da atividade e no seu desenvolvi-mento”, comenta Ricardo.

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Esse aspecto vem sendo abordado na norma de tipi�cação e caracterização da própolis brasileira e que já se encontra em fase �nal de elaboração para envio à Consulta Nacional. O mesmo caminho trilhado pelo produto própolis, deverá ser seguido para os outros produtos como o mel e pólen apí-cola, o que demandará novos processos de elabo-ração de normas para essa �nalidade.

A disponibilidade de normas com essas carac-terísticas permite que o setor venha a fazer uso delas em processos de certi�cação e denominação de origem e identi�cação geográ�ca, assim como está ocorrendo para as própolis vermelha produ-zida no estado de Alagoas e com a própolis verde produzida no estado de Minas Gerais, contribuin-do assim para sua valoração e agregação de valor no mercado internacional desse produto.

“Apesar do potencial de produção e crescimen-to que a apicultura brasileira apresenta, esse setor ainda tem desenvolvimento tecnológico abaixo do que pode ser observado em outros países desen-volvidos, principalmente nos aspectos de automa-ção e uso de equipamentos para minimização do esforço físico envolvido na atividade. Pela alta di-versidade biológica de nossos biomas, os produtos apícolas produzidos no País também apresentam características e propriedades diferenciadas dos produtos encontrados no mercado internacional, o que leva a uma necessidade de tipi�cação para sua devida valoração”, explica Ricardo.

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Outro fator positivo que pode ser observado nesse processo de normalização do setor apícola é o fato de que o arcabouço legal para esses pro-dutos, principalmente aqueles voltados ao seu controle de qualidade, como é o caso dos Regu-lamentos Técnicos de Identidade e Padrão estão desatualizados e as normas que vem sendo pro-duzidas estão levando em consideração o que “mudou” no cenário internacional para essa classe de produtos e assim disponibilizando materiais atuais ao setor, permitindo que os próprios ór-gãos regulamentadores dessa atividade venham a utilizá-los como referência, tanto em processos de revisões da legislação existente, como na constru-ção de novas legislações para produtos ainda não contemplados.

“Essa última situação é claramente evidenciada, quando consideramos a situação da meliponicul-tura brasileira (criação racional das abelhas sem ferrão), que está totalmente desassistida de arca-bouço legal para seus produtos. Dessa forma, o�-cinas de levantamento de demandas já estão sen-do realizadas em todas as regiões do País e onde o processo de construção de normas técnicas para o setor, por sua agilidade operacional e participação efetiva de todos os elos da cadeia permitirá que em breve sejam disponibilizados aos meliponicultores materiais referenciais de suma importância para o desenvolvimento do setor, que além dos gargalos regulatórios atuais, ainda enfrenta uma situação de despadronização generalizada e carência de mate-riais orientadores e referenciais”, �naliza Ricardo.

O Sebrae e a ABNT oferecem ao Pequeno Ne-gócio o acesso às normas técnicas brasileiras por 1/3 do preço. Algumas normas estão disponíveis, gratuitamente, mediante cadastro, que podem au-xiliar os empresários a se tornarem mais competi-tivos no mercado. Acesse: www.abnt.org.br/pagi-nampe e saiba mais sobre o convênio.

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No dia 28 de setembro, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) completou 75 anos de história.

Ao longo de sua trajetória, a ABNT manteve relações estreitas com o governo, mas sempre pre-zou por sua independência como entidade priva-da. Ainda assim, desde a sua fundação ela é muitas vezes confundida com um órgão governamental. Contudo, ao longo dos seus 75 anos de existência, vem se mantendo como é de praxe nos países de-senvolvidos: atua de acordo com as necessidades e anseios da sociedade. O Estado, por sua vez, pode se valer do texto das normas organizadas por ela para regular atividades ou implementar diretrizes para suas políticas públicas.

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Desta maneira, ainda que uma entidade da sociedade ci-vil, a ABNT foi reconhecida em novembro de 1962, como um órgão de utilidade pública. Anos depois, com a criação do Sistema Nacional de Metrolo-gia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro), o Conse-lho Nacional de Metrologia, Nor-malização e Qualidade industrial (Conmetro) e o Instituto Nacio-nal de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), foi reco-nhecida como Foro Nacional de Normalização para apoiar essas instâncias. Mas em 1992, tornou-se o único foro, tendo, de�nitivamente, o reconheci-mento de seu papel como agen-te privado de políticas públicas.

Nem tudo são flores

Mas a vida da ABNT, nestes 75 anos de história, já foi diferente. Quando assumiu a entidade, de formação como Coronel do Exército e empresário, ele jura ter dado muito mais ouvidos do que ordens. “Até porque a minha diretoria sempre foi mais madura, hoje eu diria que praticamente 100% são sexagenários. Portanto, eu não podia virar as costas para a voz da experi-ência. ” Contudo, ele não nega que a dis-ciplina militar teve e ainda tem um papel relevante em sua administração. Até hoje, Pedro Buzatto Costa, conhecido como Coronel, chega diariamente a associação no mesmo horário e sempre é o último a sair. E isto vem desde o tempo em que par-ticipou ativamente de outra entidade de peso, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

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Desde o início Buzatto também percebeu que há uma grande diferença entre norma e normali-zação. “O conceito de norma é muito voltado para fazer a norma e na verdade esta é a arte fácil da missão da ABNT. Você mobiliza especialistas, sen-ta e faz a norma. O grande desa�o está na norma-lização, ou seja, como fazer com que a sociedade entenda o quanto as normas são importantes em seu dia a dia. Até o governo deve entender como usar a normalização como instrumento para au-xiliar na implementação de políticas públicas. A norma, quando utilizada a favor da sociedade, en-volve promoção, ensino, educação, comunicação e marketing. O conceito é muito mais abrangente e de um valor ímpar para a sociedade. Normali-zação é a criação da cultura e é nisso que residem todos os esforços da ABNT hoje”, argumenta.

Na síntese: para o cidadão o papel da norma é servir à sociedade e para o empresário é funcionar como um instrumento de vendas.

E se ao �nal tudo convergir positivamente para a sociedade, por que não deixá-la partici-par desde o início do processo? A ABNT man-tém há algum tempo uma plataforma digital (www.abnt.org.br/consultanacional) para discutir e acompanhar normas em andamento e sugerir novas. Uma forma inteligente de plantar a semen-te da normalização na cabeça do cidadão, desmis-ti�cando a norma como instrumento engessado e sem propósito.

O futuro das normas no Brasil e no mundo

Pensar em normalização a longo prazo envol-ve uma série de variáveis que vão desde a política econômica do País, passando pelo investimento em tecnologias e programas voltados à inovação e qua-lidade, e até mesmo os esforços de empresários e so-ciedade em participar do desenvolvimento de nor-mas, bem como sua exigência em tudo o que cerca seu cotidiano. Como defende Ricardo Fragoso, Di-retor Geral da ABNT, “esse dia chegará quando um consumidor agir em relação à norma, como já age com a veri�cação da data de validade dos produtos. Ninguém leva para casa algo vencido. E porque ad-quiriria um produto fora da conformidade?”

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Segundo Israel Guratti, da assessoria de Co-ordenação, da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), ao elaborar uma norma técnica nacional, é fundamental que o tex-to descreva os requisitos mínimos para um pro-duto ou serviço. Também deve atender de forma harmoniosa e consensual às necessidades do con-sumidor, a capacitação fabril do produtor e esta-belecer os critérios que avaliarão a conformidade pelos organismos de avaliação e laboratórios de ensaios. Dessa forma, o que ele espera para o fu-turo é uma continuidade. “Com as convergências tecnológicas e de mercado, é fundamental que te-nhamos um conjunto sólido de normas técnicas alinhadas com as normas internacionais, adotadas pelo mercado mundial, para que nossos produtos sejam compatíveis com os do mercado globaliza-do, fomentando as exportações do nosso País, co-laborando para o crescimento social e econômico de nossa sociedade”. Competição internacional

A sustentabilidade dos negócios, a médio e lon-go prazo, exige cada vez mais das empresas e in-dústrias maior competitividade em nível interna-cional. Assim pensa Maria Luiza Leal, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Ela explica que nesse contexto de mercado globa-lizado, as normas técnicas são fundamentais para o alinhamento tecnológico e maior competitivida-de de produtos com melhor desempenho e ade-rência de uso. Isso ressalta em maior qualidade e penetração nos mercados.

Estudo realizado recentemente pela ABDI so-bre a normalização técnica e seus impactos sobre as indústrias e economia de países, destaca que, além dos signi�cativos impactos na economia, em nível macro e/ou microeconômico, a normaliza-ção técnica tem papel fundamental na promoção e potencialização da inovação. Especialmente quan-do associada às atividades de pesquisa e desenvol-vimento, desde os seus primeiros momentos. “O estudo também aponta que a maioria dos países desenvolvidos colocou e priorizou a normalização como um dos eixos estratégicos para o desenvolvi-mento tecnológico. O Brasil precisa avançar com a sua estratégia, e a ABDI está disposta a contribuir efetivamente na superação desse desa�o”, aponta Maria Luiza.

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Oportunidade para empreendedores

Por sua vez, Luiz Eduardo Barreto, Presidente do Sebrae, observa o constante crescimento do empreendedorismo no Brasil e vê na normaliza-ção e na utilização de normas técnicas, fatores re-levantes para o incremento e para a promoção da competitividade aos Pequenos Negócios, motivo pelo qual a parceria com a ABNT tem sido impor-tante para sensibilizar o empreendedor a �m de melhorar a qualidade de seus serviços e produtos. “A normalização traz benefícios como a racionali-zação dos processos produtivos, a redução de des-perdícios, e o atendimento a requisitos legais de produtos e serviços”, a�rma Barreto.

Além disso, ele vê com bons olhos as expecta-tivas para o futuro da normalização. “Percebemos que há uma tendência de incorporar, cada vez mais, as normas na área de serviços. Já existem diversas iniciativas no segmento da beleza, meios de hospedagem, turismo, com destacada partici-pação dos Pequenos Negócios”, ressalta.

Para Leo Persi, que trabalha há mais de 20 anos com Turismo de Aventura e atua no Comitê Bra-sileiro do Turismo (ABNT/CB-54), a normaliza-ção tem ajudado a pro�ssionalizar empresas que prestam serviços no segmento, em especial com o

Programa Aventura Segura, que teve início entre 2008 e 2009. Como esse tipo de atividade acontece comumente em áreas abertas, na natureza, e con-ta com a expertise de condutores que conhecem bem a região, a ideia é aproveitar essa experiência e agregá-la às boas práticas que devem ser adota-das pelas empresas, além de disseminar a cultura da segurança como forma de promover o próprio destino turístico.

Hoje, as Normas Brasileiras já são referência em vários países. A aposta é a constante articula-ção com o Ministério do Trabalho e do Turismo, bem como com as entidades normalizadoras in-ternacionais, para garantir a inclusão dos Peque-nos Negócios no setor. “Nós já falamos na ISO sobre normalização para os Pequenos Negócios. Estivemos ao lado, inclusive, de referências como a Nova Zelândia. Eu tenho muita con�ança no fu-turo e acredito que ainda temos muito a desenvol-ver”, explica Leo Persi.

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A ABNT e os próximos 10 anos

Há um consenso na ABNT: um dos maiores de-sa�os da entidade é o desenvolvimento de uma cul-tura da normalização. Não há tecnologia, apoio ou investimento que possa ser mais forte que a educa-ção da sociedade no sentido de vencer a resistência que o brasileiro tem hoje quando o assunto são re-gras, estas normalmente associadas a atividades de-sinteressantes. Eis aí, também, uma grande oportu-nidade de mostrar à população que as normas têm uma razão de ser; são instrumentos que podem ser usados para defender os direitos do consumidor, apoiar o desenvolvimento de cidades mais inteli-gentes, com menos desperdício de recursos, mais justas, seguras e melhores para se viver.

Mas para Ricardo Fragoso, Diretor Geral da ABNT, essa perspectiva vai além. “A norma é co-nhecimento. Ela é a disponibilização da informa-ção e é uma ferramenta democrática. Cada vez mais são pensadas normas que atendam às de-mandas sociais coletivas e abrangentes. E a ABNT pretende enfocar questões como utilização racio-nal de água, energia elétrica e mobilidade urbana. Também é preciso pensar, de forma alinhada com a ISO, como otimizar os recursos de uma cidade.”

Uma de nossas preocupações é organizar o co-nhecimento técnico - que é de posse de todos - em forma de normas, e difundi-lo para que o maior número de pessoas possível tenha acesso às melho-res práticas de fabricação e utilização dos produtos.

“A cada dia percebemos a necessidade de cons-cientizar empresários de que normas não são cus-to, e sim investimento. Além disso, é fundamental a participação dos setores na criação das normas, não apenas aqui no Brasil, mas em nível interna-cional. Enviar delegações à ISO e incluir, desde o início do desenvolvimento, questões da realidade brasileira, é pensar à frente, pois essas mesmas normas depois serão adotadas pelas companhias nacionais”, relata o Diretor Técnico, Eugenio Gui-lherme Tolstoy De Simone.

Segundo Eugenio, essa visão é importante, por-que parece dispendioso enviar pessoas daqui para reuniões no exterior, mas é um fator estratégico, não apenas para a empresa – que sai na frente e se atualiza sobre o que acontece com concorrentes –, como também para o posicionamento da própria indústria brasileira, que cedo ou tarde deverá se-guir padrões estabelecidos internacionalmente.

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Para o Diretor de Relações Externas da ABNT, Carlos Santos Amorim Junior, as normas técnicas não nascem ao acaso e são baseadas nas melhores práticas de um país. “Se você olhar bem, de modo geral, os líderes da normalização são aqueles pa-íses em pleno desenvolvimento tecnológico. De modo geral, esta é importante para que as em-presas mantenham sua qualidade e competitivi-dade e um incentivo para que possam inovar. Por outro lado, o consumidor também precisa exigir e fazer sua parte. Ainda há um longo caminho a percorrer na promoção do que chamamos de Cultura da Normalização, que estamos empe-nhados em difundir no Brasil. Para isso, temos trabalhado com nosso departamento de Marke-ting e participado de redes sociais, promovendo eventos, com intenção de sensibilizar o próprio cidadão sobre o impacto das normas na con�abi-lidade, segurança e qualidade dos produtos que são parte de seu cotidiano”.

“Há muitas maneiras de fazer isso e a cada dia acompanhamos o mercado e o comportamento da própria sociedade e tentando atender às necessi-dades novas que surgem. Nesse sentido, os canais de comunicação, cada vez mais dinâmicos têm nos ajudado muito a entrar em contato com as pesso-as diretamente, desde o pequeno empresário, até a dona de casa que requer mais facilidades no uso de um aparelho eletrodoméstico. Com esse retorno, temos mais escopo para informar como utilizar da melhor maneira possível as normas já existentes, criar cursos, treinamentos ou direcionar solicita-ções para técnicos que possam ajudar a elaborar uma possível norma futuramente”, comenta Odi-lão Baptista Teixeira, Diretor Adjunto de Negócios.

ABNT Certificadora

A ABNT passou a atuar na área de certi�cação, em 1949. Em 2015, é reconhecida como uma das melhores do País no segmento. Caso sejam consi-derados números absolutos de certi�cados junto ao sistema brasileiro de avaliação da conformida-de, pode-se dizer que é a maior certi�cadora de produtos do Brasil.

Na primeira década que se dedicou a essa ativi-dade, o foco eram os extintores de incêndio e ou-tros itens relativos à prevenção de sinistros. Acon-tece que, à época, o Ministério do Trabalho regulou a certi�cação tornando-a obrigatória, o que levou a uma procura grande por esse segmento.

Se, por um lado, a busca foi positiva, por outro atrelou a imagem da entidade e da certi�cação a esse tipo especí�co de produto, o que acabou tor-nando o desenvolvimento de outros nichos de cer-ti�cação menos atraentes naquele momento.

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A mudança começou a acontecer quando a ABNT e a Associação Brasileira de Cimen-to Portland (ABCP) realizaram convênio para efetuar a certificação de ensaios de materiais. Em seguida, houve um crescimento natural em função da necessidade demonstrada pela própria sociedade. De forma compulsória (por regulamentações) ou voluntária (para garantir a competitividade), cada vez mais empresas ansiavam por mecanismos capazes de atestar e comprovar a qualidade de seus mais diversos produtos e processos.

Há 10 anos havia uma paleta de produtos ain-da muito pequena, a ideia era expandi-la através de um processo de gestão moderna. E a ABNT conseguiu reconhecimento. Hoje, no processo de certi�cação no Brasil há mais de 100 organismos certi�cadores, o que signi�ca que a ABNT disputa com um número considerável de players.

Atualmente, em um mercado acirrado e com-petitivo e em um contexto cuja indústria é mais desenvolvida, a ABNT Certi�cadora reforça sua importância e realiza auditorias para a certi�cação de produtos em mais de 20 países, especialmente nas Américas, Ásia e Europa. No Brasil, está base-ada em três escritórios regionais: RJ, SP e MG.

“Qualidade deve ser uma constante para em-presas que queiram se diferenciar. Tenho certe-za que se a ABNT continuar com a política de avaliação e análise de mercado, há uma enorme possibilidade de crescimento contínuo, porque trabalhamos a sustentabilidade desse processo. Antes, as empresas tinham uma grande quantida-de de material refugado e não analisavam o custo, com a ISO 9001 isso começou a mudar. E nós aju-damos a adequar esses parâmetros. O que eleva o nível de processos, produtos que são oferecidos à sociedade”, relata Antonio Carlos, Diretor Adjun-to de Certi�cação.

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Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee)

Humberto Barbato – Presidente

“Desde sua fundação, em 1963, a Abinee tem atuado em estreita parceria com a ABNT, pois o setor eletroeletrônico sempre entendeu que o tema normalização desempenha um papel fundamental para a indústria e na vida das pessoas. Está claro para nós que as normas contribuem para o aumento da qualidade e da segurança dos produtos, além de ajudar no combate à concorrência desleal, inibindo produtos que não atendem aos requisitos mínimos.

Dentro deste cenário, temos participado de di-versos fóruns, nacionais e internacionais, visando contribuir com a elaboração e aprimoramento das normas para o setor eletroeletrônico.

Para estar sempre presente nos debates e deci-sões, a Abinee e o Sindicato da Indústria de Apa-relhos Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo (Sinaees-SP) são parte integrante do Con-selho Deliberativo da ABNT. Tendo em vista o mercado globalizado, temos destacado a impor-tância das normas internacionais e em particular das normas da IEC, por sua utilização como fator de competitividade para a indústria. Ao mesmo tempo, a Abinee tem recomendado que a ABNT procure adotar, como base, as normas da Interna-tional Electrotechnical Commission (IEC), levando em conta nossa realidade nacional, os costumes e a infraestrutura disponível, de maneira a atender às diferentes classes sociais e em particular às clas-ses com menor poder aquisitivo.

Por ser um dos maiores mercados mundiais, e pela dimensão de sua indústria, o Brasil há muito deixou de ser um mero tradutor de normas. Além disso, dependendo do caso, as normas publicadas pela ABNT são utilizadas como base para as nor-mas dos países, alvo dos nossos produtos, motivo pelo qual devemos participar mais ativamente dos diferentes fóruns de normalização internacionais, regionais e sub-regionais.

IMPORTANTES INSTITUIÇÕES que ajudam a contar a história da ABNT e das normas no Brasil

Diante de todo o trabalho desenvolvido pela ABNT aos longos de seus 75 anos - do qual a Abinee é testemunha presente e participante -, o principal de-sa�o que temos para os próximos anos é a ampliação da conscientização da sociedade, instituindo, de for-ma perene, uma cultura de normalização no Brasil. ”

Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq)

Carlos Buch Pastoriza – Presidente

“O relacionamento da Abimaq com a ABNT é de longa data e bem próximo. Qualquer nação com uma indústria relevante de bens de capital precisa atuar de mãos dadas com uma entidade de normalização; e é o que acontece aqui.

O Brasil é uma potência industrial. É funda-mental a existência da ABNT, para ajudar a codi-�car, organizar e disponibilizar o conhecimento que fabricantes, usuários e fornecedores têm sobre os processos dos equipamentos, além de democra-tizar a informação da tecnologia industrial básica. E ainda enxergamos que há espaço para desenvol-ver muito mais normas que atendam às necessida-des brasileiras. E, nesse trabalho árduo, Abimaq e ABNT certamente seguirão se apoiando.

Logo que me formei em engenharia, nos anos 1980, um dos primeiros trabalhos que �z foi justamente par-ticipar de um Comitê Técnico da ABNT, enviado pela empresa em que trabalhava. Hoje, como Presidente da Abimaq, posso a�rmar que essa experiência me mos-trou a importância da Associação e me fez reconhecer o papel fundamental dessa atividade. Por isso não falo de forma teórica, mas com vivência prática. ”

3M do Brasil

Camila Cruz Durlacher, Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento

“A 3M parabeniza a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) pelos seus 75 anos, e

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enaltece seu papel de fundamental importância no País, por ter sido a responsável pela uni�cação de códigos, condição básica à comunicação humana, sob a perspectiva comercial. Somente a partir do estabelecimento de padrões de comparação entre produtos ou processos passamos a ter clareza so-bre eles. Seguindo suas normas, governos sabem o que �scalizar ou comprar, empresas têm um norte sobre como produzir, respeitando o meio ambien-te, e cidadãos sabem o que exigir como consumi-dores. Não é pouca coisa. O processo de se per-mitir a comparação entre produtos ou processos é uma evolução nos marcos competitivos, pois con-tribui para se evitar (ou criar) barreiras comerciais e para facilitar a cooperação tecnológica.

Se algum dia a normalização foi de interesse restrito de técnicos, modernamente toma a enver-gadura que lhe é devida: é uma atividade estraté-gica. Por meio da atividade da ABNT, como único Foro Nacional de Normalização no País, damos grandes passos para a inserção do Brasil nos mer-cados globais, bem como para recepcionarmos apenas importados que respeitem os padrões que desejamos para nossa sociedade. ”

Orgulho de ser ABNT Regiane Contier – Gerente Comercial

Comecei minha jor-nada na ABNT, em 1981, na área de normaliza-ção, antigamente cha-mada de área técnica, foi aí que me apaixonei pela ABNT, conhecen-do mais profundamente todos os passos para um

conglomerado de conhecimento se tornar um do-cumento tão útil e necessário para nossa socieda-de. Ao longo destes anos exerci funções em secre-tarias de Comitês Técnicos, área de associados e exerci funções também nas áreas administrativas. Há aproximadamente 20 anos faço parte da área comercial, mais especi�camente no setor de dis-ponibilização das normas técnicas.

Sem dúvida alguma a tecnologia oriunda, não só dos computadores como também da internet,

gerou uma velocidade e avanço indescritível na disponibilização não só das normas técnicas, como também de informações para uma tomada de de-cisão com uma velocidade enorme. Hoje através destas ferramentas conseguimos abrir fronteiras com outros países, temos clientes na China, Espa-nha, Estados Unidos, entre outros países que con-seguem usufruir de toda tecnologia contida em nossas normas com praticamente quatro cliques em seus computadores.

Passamos na ABNT por momentos muito difí-ceis, mas nunca deixamos de acreditar no poten-cial que ela representa ao nosso País. Como o que importa são momentos ou acontecimentos bons, em minha opinião, a gestão que abraçou e ainda abraça esta causa, num momento de crise, não só �nanceira, mas a pior de todas que é de credibi-lidade que estávamos enfrentando em 2003, foi a responsável pelos grandes acontecimentos favorá-veis nos últimos doze anos.

Atualmente somos reconhecidos e também re-cuperamos credibilidade tanto em nível nacional como internacional. Trouxemos ao nosso país reu-niões importantes para a normalização brasileira, nunca imaginei que realizaríamos uma Assembleia Geral da ISO no Brasil, como em setembro de 2014, tenho orgulho em dizer que paramos o Rio de Janei-ro por uma semana para a realização deste evento.

O que aprendi, o que me tornei e tudo que con-quistei devo à ABNT, como não me orgulhar!

Tânia Regina Sousa Salomão, Gerência do Processo de Normalização

Charles Chaplin escre-veu: “Que nossos esforços desa�em as impossibili-dades”. Esse pensamento resume minha trajetória na ABNT. Sempre me es-forcei para bene�ciar o próximo e para que toda a  empresa evoluísse. Sem-pre busquei a qualidade nestes 39 anos de envolvi-mento. São muitos anos vividos na empresa. Iniciei na ABNT em 1976, trabalhando no Comitê Bra-sileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02) como

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secretária, e em 1992 fui transferida para o Depar-tamento de Normalização, atual Gerência do Pro-cesso de Normalização (GPR).

Nesse universo, cresci muito nessa rede de re-lação com os outros: meus chefes e meus colegas. Aprendi a admirar e respeitar a �loso�a da em-presa. Vivi momentos estressantes, mas também muitos momentos felizes e alegres, como as festas do �nal de ano. Atravessei, junto com a ABNT a crise �nanceira. A própria palavra mostrou o ca-minho a ser seguido: Coragem, Responsabilidade, Inteligência, Superação e Entusiasmo. Vencemos porque todos da empresa estiveram empenhados e comprometidos com os resultados. E que resul-tados! A ABNT projetou-se internacionalmente. E no Brasil, onde desenvolve importante  traba-lho, continuou criando normas para que diferen-tes públicos pudessem atingir padrões cada vez mais elevados no exercício de suas atividades.

A normalização tem uma importância decisiva nas economias modernas, como uma ferramenta que apoia a oferta de produtos e serviços compe-titivos, seguros, e�cientes, e�cazes e que re�etem as necessidades e expectativas da sociedade. Sem a normalização, o País não é competitivo no mercado.

Sinto muito orgulho de trabalhar há tanto tem-po na mesma empresa privada. Sinto orgulho de saber que, de certa forma, estou contribuindo com o desenvolvimento da ABNT e, consequentemen-te, também com o do Brasil. Minha dedicação e meu entusiasmo não diminuíram com o passar dos anos. Sinto-me honrada e agradecida por fa-zer parte dessa empresa.

Vitor Jardim – Diretoria Técnica/Assessor da ABNT

“Tudo começou em novem-bro de 1976, quando vim à sede da ABNT, há poucos dias ins-talada na Av. Treze de Maio, no Rio de Janeiro, para pegar com o então Secretário Executivo da ABNT, Cel. Epitácio Cardoso de Brito, uma encomenda para

um colega de Grupo Executivo da Integração da Política dos Transportes/Ministério dos Transpor-tes (GEIPOT/MT) e então recebi um convite para

vir trabalhar na ABNT e participar da elaboração de um projeto a ser assinado entre a ABNT e a Asso-ciação Francesa de Normalização (Afnor). Projeto este, que acabou não se realizando. Curiosamente, tempos depois, em 1981, fui fazer uma especializa-ção em Normalização e Qualidade na Afnor.

Iniciei carreira na ABNT como engenheiro do Departamento Técnico e aos poucos fui galgando postos de che�a até alcançar, em 1993, o cargo de secretário executivo, hoje o equivalente ao cargo de diretor geral. Atualmente exerço a função de assessor da Diretoria Técnica, tendo como prin-cipais atividades: representar a ABNT em eventos (reuniões, seminários, congressos, conselhos etc.); participar das negociações e elaboração de Proje-tos/Convênios/Contratos; cuidar do desembolso �nanceiro de projetos (Ordenador de Despesas); manter relacionamento com representantes de órgãos de fomento (FINEP, CNPq etc.) e com re-presentantes das entidades partícipes dos Projetos (Cetem, Inmetro, IRD, INT etc.).

A ABNT completa 75 anos de existência. Isso por si só já é extraordinário. E o que é mais extra-ordinário é o seu passado. Como se produziu este êxito extenso e sustentável? Certamente não foi por acaso. A ABNT enfrentou vários períodos de crises políticas e �nanceiras, mas sempre se reer-gueu, e cada vez mais forte e presente nos cenários nacional e internacional.

A ABNT é uma organização singular e, durante este período, vivenciei e participei de alguns fatos e acontecimentos inesquecíveis, como, por exemplo: a participação em assembleias da ISO, Copant e AMN, no Brasil e no exterior, com destaque espe-cial para a Assembleia Geral da ISO, realizada no Brasil, em 2014; a compra e adaptação das instala-ções da ABNT no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Tenho o orgulho de poder dizer que conheci o engº. Paulo Sá, idealizador e fundador da ABNT, e também tive o privilégio de aprender a ser “nor-malizador” e a trabalhar com alguns de seus prin-cipais auxiliares, como Paulo Maurício Guimarães Pereira, Luiz Alberto Palhano Pedroso e Félix Er-nest Von Ranke dentre outros.

Fica a pergunta: Que importância terá a ABNT daqui a 75 anos? Eis aqui minha resposta: Terá suma importância.

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Mozart Filho – Gerência do Processo de Normalização

Iniciei como estagiário, em 1978, e fui admitido como engenheiro em novembro de 1980. Quando comecei a tra-balhar na ABNT foi logo no início de implantação do De-partamento Técnico, o qual tinha a função de apoiar os di-

versos Comitês Brasileiros, ou seja, nós tínha-mos por função fazer a adequação dos Projetos de Norma à NB-0 – Regras de elaboração de Normas Técnicas, a qual estabelecia sete Tipos de Norma, ou seja:

NB- Norma de Procedimento (normalmente Normas de Projeto e Execução de obras)

EB – Norma de Especi�cação (produtos, ma-teriais etc.)

MB – Norma de Método de ensaio (materiais e produtos em geral)

PB – Norma de Padronização (formatos e di-mensões)

TB – Terminologia (termos e de�nições)CB – Classi�cação (materiais, produtos, pro-

cesso etc.) SB – Simbologia Aproximadamente 35 anos de casa. Foram

muitos acontecimentos, principalmente quando as Normas da ABNT, conhecidas pelas suas deno-minações NB, EB, MB, PB, CB, TB e SB, passaram a ser denominadas NBR (Normas Brasileiras). No início a nossa NB-0, de elaboração de Normas, passou a ser denominada “NBR 6822 – Preparo e apresentação de Normas Brasileiras”.

Com a criação do novo modelo para elabora-ção de Normas Técnicas – conforme Resolução nº 6 do Conmetro, de 24 de agosto de 1992, e com o alinhamento da normalização nacional com a internacional, adotamos a Norma de fazer Nor-ma Internacional (Diretiva Parte 3), adaptada às condições do Brasil (ABNT), e os sete tipos de Normas anteriormente mencionados deixaram de existir, pois a recomendação era de que as normas fossem as mais completas possíveis, ou seja, englo-bassem os sete tipos de norma, re�etindo a estru-tura das Normas Internacionais.

Lembro-me também das di�culdades pelas quais passamos, principalmente no tocante às condições �nanceiras, porém sobrevivemos e hoje estamos �rmes e trabalhando fortemente na difu-são do desenvolvimento tecnológico do País.

Continuo trabalhando com os Comitês Técni-cos, orientando e auxiliando no desenvolvimento de Normas Brasileiras, bem como acompanhando os trabalhos em nível internacional que sejam do interesse do Brasil.

A normalização é fundamental para o desen-volvimento tecnológico de um País, podendo ser veri�cado que os países que mais possuem Nor-mas Técnicas são os mais desenvolvidos e, de mi-nha parte, espero que o nosso Brasil venha, em um futuro próximo, fazer parte desse seleto grupo de países desenvolvidos, pois desta maneira a ABNT será ainda mais evidenciada.

Sinto muito orgulho de trabalhar há tanto tempo na mesma empresa, ter desenvolvido di-versos trabalhos importantes e ainda ter feito inúmeros amigos.

Janaina Mendonça – Gerente de Editoração e Acervo

Comecei na ABNT em 1981, no Departamento de Normalização, como da-tilógrafa. Depois, fazendo o mesmo trabalho, fui ser a primeira recepcionista. Com o tempo fui promovi-da à secretária, chefe de di-

visão e chefe de departamento, trabalhando com normas, no seu controle, diagramação, revisão e �guras. Fui transferida para a área comercial por um período e mais tarde voltei para a Diretoria Técnica, passando a exercer o cargo de gerente da atual Editoração e Acervo.

Fui precursora da base de dados de normas, da editoração eletrônica e do acervo de normas, ati-vidades que fazem parte da atual gerência, com as quais tenho grande comprometimento.

Em 34 anos de ABNT, realmente testemunhei acontecimentos relevantes, como o surgimento de novos Comitês Técnicos e a crescente participação da ABNT na ISO.

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E ainda destaco, por exemplo:• A resolução do Conmetro, de 1992, que

designou a ABNT como o Foro Nacional de Normalização, que foi uma conquista imprescindível para a Normalização Bra-sileira;

• Aexigênciadenormalizaçãodosprodutose serviços explicitados no Código de Pro-teção e Defesa do Consumidor;

• AexigênciadautilizaçãodeNormasBra-sileiras, explicitada na Lei das Licitações;

• 1ºe2ºCongressosInternacionaisdeNor-malização e Qualidade (1990 e 1991);

• Passagem da Diretoria descentralizadapara Diretoria Executiva, com dedicação exclusiva, atual modelo de gestão (1996);

• AcriaçãodaAssociaçãoMercosuldeNor-malização, em 2000;

• A eleição de Mário Gilberto Cortopassipara presidir a ISO (2000 a 2002);

• A criação do Exponorma – Congresso eExposição;

• Evento de comemoração dos 70 anos daABNT, na sala São Paulo;

• AAssembleiaGeraldaISO2014sediadano Brasil;

• A conquista de uma nova sede para aABNT, em São Paulo.

Atualmente, lidero uma equipe multidiscipli-nar formada por nove pro�ssionais, sempre com atenção aos objetivos na ABNT. Nossa gerência está vinculada à Diretoria Técnica, e é a área en-carregada pela gestão da demanda, do processo e da publicação dos documentos técnicos ABNT.

A Gerência de Editoração e Acervo responde pelas atividades de editoração dos documentos técnicos e da manutenção do acervo técnico da ABNT. Entretanto, tenho orientado minha equipe a também buscar novas publicações com base em nossas normas. Além disso, sou responsável pelo controle de diversos indicadores da Normaliza-ção, para facilitar o processo decisório da Direto-ria Técnica.

Quando recebemos o documento a ser edito-rado, ele passa por algumas etapas até a sua pu-blicação, sendo primeiramente a editoração, onde o texto passa por uma padronização de forma. E, em um segundo momento, registramos em nossa base de dados e divulgamos aos clientes sobre a publicação das Normas. Ao �nal todo o processo �ca armazenado no acervo, onde é possível resga-tar essas informações a qualquer tempo.

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Essa sequência de atividades com o documen-to técnico ABNT me deixa orgulhosa, por saber que nosso cliente receberá um produto �nal de grande qualidade. Temos uma preocupação em assegurar que nossos clientes, ao pesquisarem uma norma, consigam a informação imediata no nosso ABNT Catálogo.

A crescente complexidade e a so�sticação das atividades humanas exigiram cada vez mais da so-ciedade o estabelecimento de normas técnicas que consolidassem questões que vão desde a seguran-ça das pessoas à competitividade. A normalização é, portanto, uma atividade importantíssima para relações comerciais praticadas entre consumido-res e empresas. Ressalto ainda o aspecto demo-crático e progressista que a Normalização propor-ciona, pois no desenvolvimento de cada norma é possível congregar as muitas partes interessadas na busca pelo bem comum. É uma relação onde todos ganham. A Norma Técnica, fruto dessa ati-vidade, é a materialização de um perfeito acordo entre as partes. O orgulho de ser ABNT começou há 34 anos,

quando aqui iniciei meu segundo emprego, e me orgulho muito de tê-lo até hoje. Trabalhar na ABNT é um prazer. Estar neste time e fazer parte de sua história é uma honra.  Aqui tenho a conve-niência de trocar experiências com diversos espe-cialistas sobre os mais variados temas. E também a oportunidade de trabalhar com pro�ssionais de altíssima qualidade. Foi aqui na ABNT que cons-truí minha carreira pro�ssional, obtive o sustento do meu lar, �z amigos eternos e vivi momentos marcantes que só poderiam ser vividos aqui.

Com o comprometimento individual a um es-forço conjunto é possível fazer um time funcionar, fazer uma empresa funcionar. Todos passamos por percalços e, pro�ssionalmente, não é diferente. O que devemos ter orgulho é de poder contar com todos e por todo tempo. É poder ter liberdade de criar, recriar, evoluir, participar e ter um reconhe-cimento na hora certa. É também ver uma nova geração demonstrando que devemos acreditar no futuro, apoiando nossa empresa no presente.

Após 34 anos dedicados à ABNT, tenho a certeza de que ela continua a cumprir sua missão de contri-buir para o desenvolvimento do País, atenta à prote-ção do meio ambiente e em prol da defesa do consu-midor. Por tudo isso, eu sou e sempre serei ABNT!

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Dia Mundial

Um dia multiplicado por 365

Celebrado em 14 de outubro, o Dia Mundial da Normalização foi estabelecido em 1998, como forma de prestar reconhecimento às pessoas que voluntariamente se empenham no apoio, pesquisa, desenvolvimento e organização de normas técnicas.

Coordenada pela International Organization for Standardization (ISO), pela International Tele-communication Union (ITU) e International Elec-trotechnical Commission (IEC), a comemoração não se restringe à prestação de homenagens. Isso porque com o passar dos anos, temas relevantes relacionados às principais pautas das agendas dos países, como meio ambiente, desenvolvimento sustentável, construções inteligentes, facilidade de comunicação, entre outros, também são aborda-dos e discutidos para sempre trazer à tona a im-portância que as normas têm para a sociedade.

A ideia é que cada vez mais, a normalização seja vista como uma ferramenta capaz de empoderar o consumidor, a indústria, o comércio e in�uenciar o relacionamento entre os países. Há a preocu-pação constante de rea�rmar o papel da norma: ampliar o acesso ao conhecimento já consolida-do e à melhor tecnologia disponível, permitindo que mesmo os pequenos e médios empresários possam se bene�ciar das descobertas inovadoras recentes e não parem no tempo quando o assun-to é qualidade, segurança e con�abilidade de um produto, serviço ou processo.

Em 2015, foi lançado um desa�o especial: uma competição de vídeos, de 15 segundos no máximo cada um, que mostrassem como seria o mundo desprovido de normas técnicas. Tudo para evi-denciar que a presença da norma é tão intrinsica-mente ligada à vida cotidiana que todo dia é dia da normalização. O vídeo vencedor pode ser acessa-do pelo site da ISO (www.iso.org).

A ABNT comemora o Dia Mundial da Norma-lização desde 2001. Este ano, essa data será cele-brada no mesmo dia do aniversário da associação, em um evento que será realizado no prédio da ABNT, em São Paulo.

Neste evento também terá o lançamento do selo e carimbo comemorativo, dos correios, pelos 75 anos da ABNT. Também terá um painel com palestras voltadas a normalização para o Pequeno Negócio, e a entrega dos Prêmios ABNT de Exce-lência em Normalização que acontece todo ano.

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Dia Mundialda Normalização

Dia Mundial da Normalização

Dia Mundialda Normalização

Dia Mundialda Normalização

Dia Mundialda Normalização

Dia Mundialda Normalização

Imagine um mundo em que seu cartão de cré-dito não funcionaria em qualquer máquina ou que você não achasse encaixe adequado para uma lâmpada. Um mundo sem códigos telefônicos, código de país, moedas, sem acesso à internet. Como poderia saber de onde vem uma chamada

Agora imagine como seria difícil encomendar produtos e peças de fornecedores internacionais, se não tivéssemos unidades de medidas normalizadas. Os termos “pequeno”, “médio” e “grande” signi�-cam diferentes tamanhos para diferentes pessoas.

As normas não somente são boas para o co-mércio, mas também facilitam para que as pessoas em todo o mundo trabalhem juntas.

As normas internacionais são como pilares da tecnologia. São essenciais para que os produtos tra-balhem juntos, sem problemas e para que as pesso-as se comuniquem facilmente. Quando possuem normas, as coisas funcionam facilmente, mas se não são utilizadas, logo notaremos. Em um mundo sem normas, as atividades rotineiras, como fazer uma ligação, navegar pela Web ou utilizar nossos cartões de crédito quando viajamos, seriam muito mais complicadas, quase impossíveis.

ou como contatar uma região especí�ca? Se não tivéssemos as normas técnicas, a comunicação en-tre as pessoas, máquinas, partes e produtos seria extremamente difícil. As normas técnicas vieram para facilitar a comunicação e a conectividade, in-tegrando os produtos e sistemas.

14 de outubro de 2015As Normas: a linguagem mundial comum

Por exemplo, símbolos grá�cos mostram in-formações importantes de maneira rápida e clara, sem importar o idioma que o lemos. Instruções de como lavar a roupa, saídas de emergência, manu-seio de equipamentos elétricos. Mas, se o mundo utilizasse símbolos diferentes para o mesmo pro-pósito, não estariam cumprindo o objetivo!

A tecnologia também necessita de normas para comunicar-se. Alguma vez já se perguntou como um computador envia arquivos para im-pressoras de marcas diferentes? As normas esta-belecem regras e parâmetros comuns para que os produtos possam trabalhar entre si. Os formatos de arquivo normalizados, como JPEG e MPEG permitem compartilhar vídeos e fotos com fami-liares e amigos utilizando a tecnologia de diferen-tes fornecedores.

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Cursos - Destaques de Outubro e Novembro de 2015

curso pagina dupla.indd 22 15/09/15 09:16CURSOS_ABNT_147.indd 44 29/09/2015 14:33:48

Acessibilidade

Acessibilidade a edificações, vias públicas e sistemas de transporte co-letivo - Interpretação da ABNT NBR 9050:2004Belo Horizonte - 28/10 a 30/10São Paulo - 25/11 a 27/11

Alimentos

Sistema de gestão da segurança de alimentos - Requisitos para qualquer organização na cadeia produ-tiva de alimentos - ABNT NBR ISO 22000:2006Rio de Janeiro - 23/11 e 24/11

Eletricidade

Sistemas de aterramento, projeto, construção, medições e manutençãoSão Paulo - 28/10 a 30/10Belo Horizonte - 24/11 a 26/11

Instalações elétricas de baixa ten-são III - ABNT NBR 5410:2004 - Edifi-cações de grande porteSão Paulo - 24/11 a 27/11

Proteção contra descargas atmosfé-ricas segundo a ABNT NBR 5419:2015Porto Alegre - 26/10 a 28/10São Paulo - 16/11 a 18/11Rio de Janeiro - 24/11 a 26/11

Instalações elétricas de média ten-são II - ABNT NBR 14039:2005; ABNT NBR 15751:2009 - De 1 kV até 36,2 k V Proteção, coordenação, seletivi-dade e aterramentoSão Paulo - 10/11 a 13/11

Construção

Desempenho de edificações habita-cionais - ABNT NBR 15575:2013São Paulo - 17/11 e 18/11 Gestão de Ativos

Gestão de ativos - Sistemas de gestão - Requisitos ABNT NBR ISO 55001:2014São Paulo - 04/11 a 06/11

Gestão de Riscos

Gestão de riscos - Princípios e dire-trizes - ABNT NBR ISO 31000:2009 Belo Horizonte - 04/11 a 05/11

Informação e Documentação

Trabalhos acadêmicosSão Paulo - 29/10 e 30/10

Meio Ambiente

Avaliação do ciclo de vida - Requisi-tos e orientações - ABNT NBR ISO 14044:2009São Paulo - 09/11 e 10/11

Gases Efeito Estufa - Princípios e re-quisitos para a quantificação e ela- boração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) - ABNT NBR ISO 14064:2007 São Paulo - 30/11 a 01/12

Avaliação de risco a saúde humana para fins de gerenciamento de áreas contaminadas - ABNT NBR 16209:2013São Paulo - 18/11 e 19/11

Gerenciamento de áreas contamina-dasSão Paulo - 04/11 e 05/11

Qualidade

A nova ABNT NBR ISO 9001:2015 - In-terpretação e aplicaçãoSão Paulo - 09/11 a 11/11

Saúde

Produtos para saúde - Sistemas de gestão da qualidade - Requisitos para fins regulamentares - ABNT NBR ISO 13485:2004São Paulo - 26/10 e 27/10

Implantação do plano de gerencia-mento de resíduos de saúde São Paulo - 16/11

Segurança da Informação

Gestão de riscos de segurança da informação - ABNT NBR ISO/IEC 27005:2011São Paulo - 29/10 e 30/10

Segurança Cibernética conforme norma ABNT ISO/IEC 27032:2015São Paulo - 25/11 e 26/11

Têxtil e Vestuário

Etiquetagem de têxteis com ên-fase na norma ABNT NBR NM ISO 3758:2013Rio de Janeiro - 10/11 e 11/11São Paulo - 17/11 e 18/11

Atendimento ao cliente - Qualidade de serviço para pequeno comércio -

Requisitos gerais - ABNT NBR 15842:2010São Paulo - 24/11

Avaliação e qualificação de fornecedoresSão Paulo - 27/11

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46 • boletim ABNT | Set/Out 2015

FEIRAS

BW EXPO 2015 e o t b o e

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FIMAI ECOMONDO 2015XVII FIMAI – Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e SustentabilidadeXVII SIMAI – Feira e Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade

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APOIO

AUTOPARTS - 7ª FEIRA DE AUTOPEÇAS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS

e o t b o e Local: e t o e e to Endereço: A A i B il i

o to Ale e Mais informações: ei to t om b

SEMINÁRIO DESAFIOS DO PROJETO, PRODUÇÃO E APLICAÇÃO DO CONCRETO:O maior encontro sobre tendências, práticas e tecnologia do concreto

e li o AB A o i o B ilei e ime to o tl e o t b o e

Local: otel llmo lo

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FIMMEPE MECÂNICA NORDESTE21ª Feira da Indústria Mecânica, Metalúrgica e de Material Elétrico de Pernambuco

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FORIND NORDESTE7ª Feira de Fornecedores Industriais

e o t b o e Local: e t o e o e e e e mb oEndereço: A o e o A e Be e

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Feiras.indd 46 29/09/2015 15:02:02

FEIRASFEIRAS Set/Out 2015 | boletim ABNT •

FEICON BATIMAT NORDESTE3º Salão Internacional da Construção

e t b o e Local: e t o e o e e e e mb o

il o lEndereço: A o e o A e Be e

li Mais informações: ei o e om b

SAIE VETRO – SALÃO ITINERANTE DE ESQUADRIAS E VIDRO

e o t b o e Local: e t o e o e e B iEndereço: A imo Boli l o BAMais informações: ie et o om b

INTERCONFeira e Congresso da Construção Civil

e o t b o e e b

Local: e t o e o e e e o i e o illeEndereço: e No emb o l i oi ille

Mais informações: ei i te o om b

57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETOTema: “O futuro do concreto para a sustentabilidade nas construções”

e li o B A N e o t b o e

Local: e t o e o e eEndereço: o o i Bo ito Mais informações: ib o o be e to b e lt

NT EXPO - 18º NEGÓCIOS NOS TRILHOS e o emb o e

Local: o e te No te il o B oEndereço: o Be o i to

il il e me o lo Mais informações: te o om b t XV PRÊMIOABTNovembro de 2015 (evento de premiação)

e li o i o etiLocal: o lo Mais informações: emio bt om b EXPO ARQUITETURA SUSTENTÁVELFeira Internacional de Construção, Reforma, Paisagismo e Decoração

e o emb o e o i o o e i

Local: o e te No teEndereço: o Be o i to

il il e me o lo Mais informações: e o itet te t elom b

Feiras.indd 47 29/09/2015 15:02:02

FEIRAS

FEIRAS

• boletim ABNT | Set/Out 2015

BRAZIL AUTOMATION e o emb o e

Local: T m i o e teEndereço: A io ill Bo o i e

to Am o o lo Mais informações: b il tom tio om b SMART GRID FÓRUM/2015VIIIFórum Latino-Americano de Smart Grid

e e o emb o e Local: o lo e t otel o e e e e teEndereço: T t i im li t

o lo Mais informações: mb il om b

SPORT INFRATECH 2015 e e e emb o e

Inscrições: o t i te ome to lelo

Outdoor Living Expo 2015Local: e t o e e to oEndereço: A o e o olb e e

o lo Inscrições: o t oo li i e o om b

8º CONGRESSO BRASILEIRO DE METROLOGIA e o emb o e e emb o e

o lte o m oEventos simultâneos:

o e o B ilei o e et olo i o e o te io l e et olo i l t i

T o e o B ilei o e et olo i i e

o i te B o o e e e et olo i mi o met o emeo e o B ilei o e et olo i ti B e e e te o A o te io l tem em e t e t li e

Local: ll e e otelEndereço: e o e e B i o

l lto Be to o l e Mais informações: met olo i o b

RESAG 20152º Congresso Internacional

e t o e o ito me to Ambie t l e e emb o e

Local: i e i e Ti e te itEndereço: A e i ilo t ol i A Mais informações: e o bo e o e

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50 • boletim ABNT | Set/Out 2015

PAVIMENTOS permeáveis de concreto

Contribuir para melhoria da drenagem, reduzir as enxurra-das causadas pelas chuvas, realimentar o aquífero, entre outros benefícios, é o que orienta a nova norma recentemente publi-cada, a ABNT NBR 16416:2015 – Pavimentos permeáveis de concreto - Requisitos e procedimentos.

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos exigíveis ao projeto, especi�cação, execução e manutenção de pavimentos permeáveis de concreto, construídos com revestimentos de pe-ças de concreto intertravadas, placas de concreto ou pavimento de concreto moldado no local.

Os pavimentos permeáveis atendem simultaneamente às solicitações de esforços mecânicos e condições de rolamento e cuja estrutura permite a percolação e/ou o acúmulo temporá-rio de água, diminuindo o escoamento super�cial, sem causar dano à sua estrutura.

Para saber mais sobre o assunto, entre em contato com o Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18) – [email protected], responsável pelo setor.

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Set/Out 2015 | boletim ABNT • 51

A marca ABNT EM EVIDÊNCIA

Em seu esforço permanente para disseminar a importância da normalização técnica aos mais diversos segmentos da sociedade, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) leva a sua marca para feiras de negócios e outros even-tos setoriais. Nessas oportunidades, é divulgado o convênio entre a ABNT e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)

26ª Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente – Fenasan

e são distribuídos boletins, gibis e folders sobre cursos. Os visitantes também recebem orienta-ções sobre os serviços ABNTColeção, destinado a assinantes, e ABNTCatálogo, no qual pessoas ca-dastradas encontram informações sobre Normas, cursos e publicações.

No mês de agosto, a ABNT participou de duas feiras. Con�ra:

Realizada no período de 4 a 6 de agosto, no Pavi-lhão Vermelho do Expo Center Norte, em São Pau-lo. Essa feira, promovida pela Associação Brasileira dos Engenheiros da Sabesp (AESabesp), teve como tema central “A crise da água e suas consequên-

cias no século XXI”. Paralelamente à exposição de produtos em cerca de 250 estandes, ocorreu o 26º Congresso Nacional de Saneamento e Meio Am-biente, com 105 palestras, entre outras atividades. A equipe da ABNT fez 430 atendimentos.

9ª Feira internacional em tecnologia e soluções para a cadeia produtiva do concreto e da construção civil – Concrete Show South America Brazil

Aconteceu nos dias 26 a 28 de agosto, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Cen-ter, em São Paulo. A ABNT esteve presente com estande para tirar dúvidas e apresentar as normas existentes para manter a segurança e controle do segmento de edi�cação, infraestru-tura e construção civil. O evento reuniu mais de 30 mil pessoas, em três dias e movimentou o mercado com lançamento de produtos e equi-pamentos para a cadeia produtiva do concreto, conteúdo de qualidade e geração de negócios. Em paralelo à feira aconteceu o Concrete Congress,

um programa exclusivo de conteúdo, informa-ção, reciclagem e transferência de tecnologia e debate dos novos rumos do setor. Como exem-plo, o seminário que discutiu a importância de padronizar obras de habitação social, aten-dendo às normas especi�cadas na ABNT NBR 15575 – Edi�cações habitacionais – Desempenho. A ABNT tem aproveitado todas as oportuni-dades de divulgar seus produtos e serviços em feiras e eventos, cumprindo com sua missão de disseminar a normalização técnica aos mais va-riados setores da sociedade.

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Somos uma empresa de engenharia e construções e estamos elaborando al-guns controles de agregado. Precisamos saber se existe alguma norma sobre rece-bimento de agregados (brita e areia).

Jose Marcelo Lima - A. YOSHII ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES – Londrina – PR

A ABNT responde: Para recepção de agregados, temos a norma – ABNT NBR 7211:2009 – Agregados para concreto – Especi�cação.

Esta Norma especi�ca os requisitos exigíveis para recepção e produção dos agregados miúdos e graúdos destinados à produção de concretos de cimento Por-tland.

Os agregados especi�cados nesta Norma podem ser de origem natural, já encontrados fragmentados ou resultantes da britagem de rochas. Esta Norma não se aplica a agregados obtidos por processos industriais, como subprodutos, e a materiais reciclados, ou mistu-ra desses agregados, exceto o estabelecido na norma.

Trabalhamos com decorações de am-bientes e estamos com dúvidas quanto à móveis estofados. A ABNT possui alguma norma de referência sobre isso?

Paulo Jose Martins - ELEGANCE DECORAÇÕES – Votuporanga – SP

A ABNT responde: Para móveis estofados, temos a norma – ABNT NBR 15164:2004 – Móveis estofa-dos – Sofás.

Pergunte à

A B N T

Esta Norma especifica as caraterísticas físico--mecânicas de materiais para sofás, bem como estabelece os métodos para determinação de esta-bilidade, resistência e durabilidade, independente-mente de seu desenho, materiais utilizados e pro-cesso de fabricação.

Esta Norma não se aplica a sofás-cama, divãs, chai-selongues, pufes, recamiers, cadeiras de aproximação e cadeiras estofadas reclináveis.

Informamos também que temos a norma para a avaliação de ignitabilidade estofados – ABNT NBR 16405:2015 – Sofás, poltronas e assentos estofados – Avaliação das características de ignitabilidade – Classi�cação e métodos de ensaio.

O objetivo desta Norma é avaliar a ignitabilidade de sofás, poltronas e assentos estofados, considerando peças completas e protótipos com montagem padro-nizada que incluam os componentes de estofamento e revestimento.

*Ignitabilidade - medida da facilidade com que o ele-mento ou componente pode queimar com ou sem chama.

Somos fabricantes de pavimentos de con-creto, e gostaríamos de saber da norma recentemente publicada pela ABNT so-bre pavimento permeáveis.

Daniela Meireles – REVESTONE – Curitiba – PR

A ABNT responde: Para pavimentos permeáveis te-mos a norma – ABNT NBR 16416:2015 – Pavimentos permeáveis de concreto – Requisitos e procedimentos.

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos exigí-veis ao projeto, especi�cação, execução e manutenção

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de pavimentos permeáveis de concreto, construídos com revestimentos de peças de concreto intertrava-das, placas de concreto ou pavimento de concreto moldado no local.

Pavimento permeável – pavimento que atende si-multaneamente ás solicitações de esforços mecânicos e condições de rolamento e cuja a estrutura permite a percolação e/ou o acumulo temporário de água, dimi-nuindo o escoamento super�cial, sem causar dano à sua estrutura.

Qual a norma para postes de eucalipto uti-lizado em redes de distribuição elétrica?

Taisa Napoleão - SINALISA SEGURANÇA VIÁRIA LTDA. – São Paulo – SP

A ABNT responde: Para postes de eucalipto temos a norma - ABNT NBR 16202:2013 – Postes de euca-lipto preservado para redes de distribuição elétrica – Requisitos.

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos exigíveis para postes e contrapostes de eucalipto preservado sob pressão, com base na norma de pre-servação de madeiras, para utilização como suportes de redes e linhas de distribuição e transmissão de energia elétrica.

Executamos projetos com esquadrias me-tálicas, e gostaríamos de saber quais são as normas que podem atender a esse tipo de produto.

Alba Teresa Rocha - TAUFER ESQUADRIAS METALICAS LTDA – São Paulo – SP

A ABNT responde: Para esquadrias metálicas, te-mos as normas:

ABNT NBR 10821-1:2011 – Esquadrias externas para edi�cações- Parte 1: Terminologia;

Esta Norma define os termos empregados na classificação de esquadrias externas utilizadas em edificações e na nomenclatura de suas partes.

Esta Norma se aplica a esquadrias externas para edificações de uso residencial e comercial, portas, ja-nelas e coberturas e não se aplica a divisórias internas e fechamentos internos.

ABNT NBR 10821-2:2011 – Esquadrias exter-nas para edi�cações – Parte 2: Requisitos e classi-�cação;

Esta Norma especifica os requisitos exigíveis de desempenho de esquadrias externas para edificações, independentemente do tipo de material.

Esta Norma visa assegurar ao consumidor o recebi-mento dos produtos com condições mínimas exigíveis de desempenho.

Esta Norma não se aplica a divisórias e fechamen-tos internos.

ABNT NBR 10821-3:2011 – Esquadrias externas para edi�cações – Parte 3: Métodos de ensaio.

Esta Norma especifica os métodos de ensaio para a avaliação de desempenho e classificação de esquadrias externas para edificações, independentemente do tipo de material.

Gostaríamos de saber se existe Norma Técnica para as especi�cações de telhas metálicas tipo termoacústicas.

Paulo Campos – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – Caruaru – PE

A ABNT responde: Para telhas metálicas tipo termoacústicas temos a norma – ABNT NBR 16373:2015 – Telhas e painéis termoacústico – Re-quisitos de desempenho.

Esta Norma estabelece os requisitos de classi�cação de desempenho para especi�cação, encomenda, fabri-cação e fornecimento de telhas metálicas, a partir de aço galvanizado, galvalume, alumínio e aço inoxidável de seção ondulada ou trapezoidal, zipada ou painéis metálicos, camada de material isolante com caracterís-ticas térmicas e acústicas e de �amabilidade.

Qual a norma técnica da ABNT vigente que trata sobre saída de emergência?

Marcus Henrique Nogueira de Araújo – BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. – Fortaleza – CE

A ABNT responde: Para saídas de emergência em edifícios temos a norma ABNT NBR 9077:2001 – Saídas de emergência em edifícios

Esta Norma �xa as condições exigíveis que as edi�-cações devem possuir a �m de que sua população pos-sa abandoná-las, em caso de incêndio, completamente protegida em sua integridade física e para permitir o fácil acesso de auxílio externo (bombeiros) para o combate ao fogo e a retirada da população.

Esta Norma se aplica a todas as edi�cações, clas-si�cadas quanto à sua ocupação, independentemente de suas alturas, dimensões em planta ou características construtivas.

Esta Norma �xa requisitos para edifícios novos, podendo, entretanto, servir como exemplo de situação ideal que deve ser buscada em adaptações de edi�ca-ções em uso, consideradas suas devidas limitações.

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CERTIFICADAS

CERTIFICADAS54 • boletim ABNT | Set/Out 2015

ABNT NBR ISO 9001:2008

MANUAL SASSMAQ 3ª Edição 2014

MANUAL SASSMAQ 3ª Edição 2014

PBQP-H

ABNT NBR ISO 14024:2004ABNT NBR ISO 14020:2002

ABNT NBR ISO 9001:2008

ABNT NBR ISO 9001:2008

CERTIFICADAS

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A ABNT realizou durante a comemoração do 1º aniversário do Núcleo Regional do CETEM/ES e na Feira Cachoeiro Stone Fair, dia 26 de agosto, os eventos de lançamento das ABNT NBR 15845 (Todas as partes) e ABNT NBR 15844. Os eventos conta-ram com a participação de aproximadamente 80 pessoas.

O Projeto ABNT NBR ISO 4833-2 - Microbiologia da cadeia produtiva de alimentos — Método horizontal para a enumeração de microrganismos — Parte 2: Contagem de colônias a 30°C pela técnica de plaqueamento em superfície, elaborado pela Comis-são de Estudo Especial de Microbiologia de Alimentos (ABNT/CEE-157), foi publicado em 01 de setembro.

O Projeto de Revisão da ABNT NBR 15635 – Serviços de ali-mentação - Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e con-troles operacionais essenciais, elaborado pela Comissão de Estu-do Especial de Segurança de Alimentos (ABNT/CEE-104), foi publicado em 09 de setembro.

A próxima reunião do Comitê Técnico de Cadeia de Custódia da ISO (ISO/PC 287) ocorrerá nos dias 9 a 13 de novembro, em Londres, Reino Unido. Nesta reunião, será discutido o projeto ISO/CD 38001 (Chain of custody of wood based products). A Co-missão de Estudo Especial de Manejo Florestal da ABNT (ABNT/CEE-103) está se articulando para participar desta reunião.

Curtas da NORMALIZAÇÃO

A ABNT, representada por seu Diretor Técnico, Eugenio Tols-toy, participou da 64ª reunião do ISO Technical Management Bo-ard (ISO/TMB), grupo de gestão técnica da entidade, responsável pelos debates e decisões que afetam a todos os Comitês da ISO.

A reunião ocorreu nos dias 14 e 15 de setembro, paralela à Assembléia Geral da ISO, realizada em Seul, na Coréia do Sul.

A Comissão de Estudo Especial de Projetos, Programas e Portfólio (ABNT/CEE-093) está trabalhando na adoção da ISO 21504, Project, programme and portfolio management – Guindance on portfolio management. Esta Norma provê orientação sobre os princípios de projeto e gestão de portfólio de programas.

A ABNT NBR 12310:2015 – Diamante lapidado – Terminolo-gia e classi�cação, da Comissão de Estudo de Diamante Lapidado (CE-33:001.03), foi publicada no dia 11 de setembro.

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Set/Out 2015 | boletim ABNT • 57

Nov

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ócio

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NOME CATEGORIA ASSOCIADO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE PRODUTOS DE LIMPEZA E AFINS - ABIPLA COLETIVO MANTENEDOR

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO COLETIVO CONTR. - B

PRODUTOS ELETRÔNICOS FRATA LTDA. – EPP COLETIVO CONTR. - C

CLÍNICA DA FELICIDADE-AGÊNCIA DE SAÚDE E EVENTOS LTDA. – ME COL. CONTR.M.EMP.

CONSTRURAIO COMÉRCIO E SERVIÇOS ESPECIALIZADOS LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

EUD. SISTEMS LTDA. – ME COL. CONTR.M.EMP.

FTR PROJETOS E INSTALAÇÕES LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

L.F. HAACH CONSULTORIA LTDA. – ME COL. CONTR.M.EMP.

ROBSON RIBEIRO DA SILVA MECATRÔNICA – ME COL. CONTR.M.EMP.

SINDICATO DAS DISTRIBUIDORAS REGIONAIS BRASILEIRAS DE COMBUSTÍVEIS COL. CONTR.M.EMP.

ALLAN RODRIGO DE OLIVEIRA INDIVIDUAL

AMOM MANDEL LINS INDIVIDUAL

ARY DA COSTA FRANCO INDIVIDUAL

LUCIANO LOURENÇO FURTADO DA SILVA INDIVIDUAL

MARCELO HERRERA ESTEBAN INDIVIDUAL

PAUL LOUIS POUALLAION INDIVIDUAL

PAULA CAROLINE ANDRADE COLOMBO INDIVIDUAL

VICTOR FERNANDO ALVES INDIVIDUAL

VINICIUS RAZIA DA ROCHA INDIVIDUAL

VIRGINIA CRISTINA CORREIA INDIVIDUAL

ODAIR MARTINS DA SILVA INDIVIDUAL ESTUDANTE

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Normalização x Normatização

Para seu CONHECIMENTO

Embora o sistema linguístico da língua por-tuguesa permita o registro das duas palavras, “normalização” e “normatização”, essa última não consta sequer no Vocabulário Ortográ�co da Lín-gua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras (www.academia.org.br).

Determinadas palavras possuem um signi�ca-do geral e, às vezes, um signi�cado especí�co di-ferente. Assim, consultando-se o Vocabulário de Terminologia Técnica, é encontrada apenas a pa-lavra “normalização”.

A palavra “normalização” é também adota-da pelos organismos de normalização do mundo

todo e tem seu uso consagrado no Brasil há mais de 60 anos.

Sua gra�a na língua portuguesa segue o mes-mo padrão de outras línguas latinas: espanhol – normalización; francês – normalisation; italiano – normalizzacione; e também em alemão - nor-malisierung.

A ABNT adota a palavra “normalização” por considerá-la a que melhor se enquadra na tarefa exercida, de acordo com a de�nição do Novo Di-cionário Ilustrado da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Hollanda), que de�ne “normalizar” como “submeter a norma; padronizar”.

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Conheça a nova ABNT NBR ISO 9001:2015.

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