aa morfologia e lógica

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Morfologia

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Morfologia CONCEITUANDO MORFOLOGIAA morfologia frequentemente definida como o componente da Gramtica que trata da estrutura interna das palavras. Mas o que uma palavra?Usando critrios fonolgicos tambm no possvel saber se estamos lidando com uma palavra ou frase.Exs :. O que detergente? [detrgnte] o ato de prender pessoas(deter gente). [dtergnte]

H tambm quem use critrios sintticos.se (1) puder ser usada como resposta mnima a uma pergunta e se(2) puder usada em vrias posies sintticas .Exemplos :*Cenouras O que Joo comprou na feira hoje?Cenouras. [ menor resposta possvel a uma pergunta]Joo comprou cenouras na feira hoje. [ objeto da sentena]Cenouras foi o que Joo comprou na feira hoje. [sujeito]*Lhe Maria quer lhe dar um livro de presente. [antes do verbo]Maria quer dar-lhe um livro de presente. [depois do verbo]

Nacionalizao sem nunca ter ouvido esta palavra somos capazes de entender seu significado se soubermos o que nao que quer dizer ptria , al que em portugus deriva novas palavras e que transforma substantivo em adjetivo, como o adjetivo nacional, izar que transforma o adjetivo em verbo nacionalizar e por fim somamos o e temos nacionalizao que um substantivo.

Os elementos que carregam significados dentro de uma palavra so os morfemas e so esses as unidades mnimas da morfologia.

A morfologia para o estruturalismo Jiwi eu escuto J-win 1 pessoa -escutarJacako eu soco J-acakon 1 pessoa -socarJacawa eu ajudo J-acawa 1 pessoa -ajudar1 passo observar qual o pedao de significado recorrente na traduo. Assim , no kadiwu o j deve ser o morfema que carrega o significado de primeira pessoa na lngua.

2 no assumir que morfemas universalmente apaream na mesma ordem que parece no portugus , de modo os verbos ajudo , soco ,escuto so distinto do kadiwu , onde o morfema de 1 pessoa se encontra antes da raiz verbal, ou seja, um prefixo, mas um sufixo em nossa lngua .3 no assumir que todos os significados expressos por morfemas em sua lngua nativa sero expressos em outras lnguas por um morfema especifico .por exemplo em chins , no h marcas de pessoas.4 no assumir que sua lngua nativa apresenta todos os contrastes morfolgicos possveis universalmente. lngua tagalog(falada nas Filipinas) Exemplo de infixo Raiz Formas infixadas Takbuh correr tumakbuh correu Lakad andar lumakad andou

Morfologia para os gerativistas O exemplo do tagalog nos mostra que a Morfologia sofre um impacto bastante acentuado da Fonologia , pois os fatos do tagalog nos indicam que a Fonologia pode definir o lugar onde o morfema dever ser inserido na palavra. Assim , sabemos que o segmento /l/ realizado com /w/ sempre que a coda silbica (isto no final da slaba) na fala dos jovens paulistas (/sal/ que se realiza com [saw]).Nao Nacion Leo LeonTraduzindo para o quadro gerativista, podemos dizer que as forma subjacentes relativas aos exemplos anteriores so nacion e leon. Este tipo de anlise conta com a transformao de on em o, a qual nem sempre ocorre, umas vez que baton no se transforma em bato.

Nota No dialeto rural do Mato Grosso do Sul, so frequentes palavras como bato e marro. Esse processo de mudana lingustica pode levar uma regra morfofonolgica pouco produtiva pode se transformar em uma regra fonolgica totalmente produtiva.

Morfologia mais SintaxeSegundo Anderson (1982), passou- se a buscar os universais da linguagem . Por esse motivo , a Sintaxe (estudo da formao de sentenas) passou a ser o ponto central da Gramtica , uma vez que na Sintaxe que vemos uma maior similaridade entre as lnguas.A Fonologia passou a ser dividida em duas partes , Fonologia Lexical (processada no lxico) e a fonologia ps lexical (processada depois da sintaxe).

Anderson (1982) questionou, em seu artigo chamado Where is Morphology? Se a Morfologia de fato sem importncia para a Sintaxe e se toda Morfologia deve ser processada no lxico.

Morfologia DerivacionalA Morfologia Derivacional tem a caracterstica de alterar a categoria gramatical de uma palavra .Ex:. Nacionalizao E se adicionarmos RE ao verbo refazer temos fazer de novo (nesse caso no h mudana de classe).

A Morfologia Derivacional no produtiva ,isto , no qualquer morfema derivacional que pode ser adicionado a qualquer raiz Ex:. hospitalizar (o morfema IZ pode ser adicionado ao substantivo hospital ) j no substantivo clinicar no se pode colocar o mesmo morfema IZ no existe clinizar(devemos memorizar clinicar ).Morfologia Flexional A Morfologia Flexional no altera categorias. Ela estabelece ligao entre as palavras. Exs: Eu Falo . As piranhas morderam a vaca .

A morfologia Flexional produtiva . assim qualquer verbo pode ser marcado por um morfema indicando terceira pessoa do plural e qualquer artigo poder pluralizado. Excees muito raras, se comparadas as paradigmas derivacionais.

Todas as lnguas contam com componentes de Morfologia .os fenmenos nem sempre so cancatenativos ,isto, processos de adio de morfemas. Vejamos agora esses processos em portugus. Mistura : palavras criadas da juno de duas lnguas. Exemplo portunhol que a mistura de portugus mais espanhol.Abreviao :O processo pelo qual uma nova palavra criada pelo truncamento de uma outra palavra j existentes. Exemplo , biju para bijuteria. Acronmia :so palavras iniciadas pelas letras de uma sigla. Por exemplo IEL Instituto de estudo da Linguagem. Retroformao: processo pelo qual uma palavra formada pela desafixao de certos morfemas ,como por exemplo, delega de delegado.

A Morfologia Hoje

Por fim h uma nova teoria no-concatenativa , denominada de otimalidade ,proposta inicialmente por Prince & Smolensky(1993) que uma teoria que nega a analise gramatical por meio de mdulos . De acordo com esse modelo uma gramtica particular o resultado do ordenamento de um conjunto de princpios universais, isto , aplicados em todas as lnguas.

REFERNCIAS KOCH, Ingedore. Lingustica aplicada ao Portugus: Morfologia. 13 ed. So Paulo: Cortez, 2002.BENTES ,Anna Christina; MUSSALIM, Fernanda (Orgs) . Introduo a Lingustica- domnios e fronteiras. So Paulo :Cortez, 2008