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CURSO DE CAPACITAÇÃO DE AUXILIARES DE BIBLIOECA PARA OS POLOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DA UFG Suely Gomes (org.) Goiânia 2009

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CURSO DE CAPACITAÇÃO DE AUXILIARESDE BIBLIOECA PARA OS POLOS DEEDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DA UFG

Suely Gomes (org.)

Goiânia 2009

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O curso está voltado para capacitação de auxiliares de bibliotecas que atuam nos pólos de apoio presen-cial para educação a distância dos municípios parceiros do CIAR/UFG/UAB.

Reitoria da Universidade Federal de Goiás

Pró-Reitoria de Graduação

Centro Integrado de Aprendizagem em Rede

Coordenador de ProduçãoCleomar Rocha

Projeto GráficoElízeo Hamu

Editoração EletrônicaElízeo Hamu

IlustraçãoLucas França BorgesYannick Aimé Ferreira Taillebois

CapaYannick Aimé Ferreira Taillebois

Revisão Linguística Raquel Queiroz de AlmeidaSuely Henrique de Aquino Gomes

Revisão PedagógicaDaniela da Costa Britto Pereira Lima

Revisão de ConteúdoSuely Henrique de Aquino Gomes

C858 Curso de capacitação de auxiliares de bibliotecas para os polos de educação a distância da UFG / Suely Henrique de Aquino Gomes (org.). -- Goiânia : Centro Integrado de Apredizagem em Rede, Universidade Federal de Goiás, 2009. 148 p. : il. ISBN: 978-85-87191-12-0 Autores: Arnaldo Alves Ferreira Júnior, Cláudia Regina Ribeiro Rocha, Patricia Martins Pereira, Sheila Cristina Frazão, Tatiane Ferreira, Thalita Franco dos Santos.

1. Curso de auxiliar de biblioteca - EAD. 2. Biblioteca - Processamento tecnico - planejamento - atendimento ao usúario - fontes de informação. 3. Biblioteca universitária. I. Gomes, Suely H. Aquino.

CDU 025CDD 20ed 025

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3EAD - CIAR/UFG/UAB

SUMÁRIOMódulo 1 - A Biblioteca Universitária: Estrutura, Função e Dinâmica

Tema 1 - Biblioteconomia ................................................................................................................................................. 10

Tema 2 - Bibliotecas ............................................................................................................................................................ 17

Tema 3 - Bibliotecas Universitárias .............................................................................................................................. 19

Tema 4 - Formação e desenvolvimento de acervo ............................................................................................... 22

Tema 5 - Automação de bibliotecas ............................................................................................................................. 26

Tema 6 - Direito Autoral .................................................................................................................................................... 30

Módulo 2 - Processamento técnico

Temática 1 - Organização e distribuição dos materiais da biblioteca por áreas de conhecimento 37

Temática 2 - Inserção e Manutenção de registros bibliográficos utilizando o sistema OpenBiblio 48

Temática 3 - Preparo Mecânico de Materiais ........................................................................................................... 62

Módulo 3 - Fontes de Informação

Tema 1 - Introdução às Fontes de Informação ........................................................................................................ 72

Tema 2 - Introdução às Fontes de Informação ........................................................................................................ 75

Tema 3 - Fontes de Informações Gerais ...................................................................................................................... 80

Tema 4 - A Avaliação de Fontes de Informação ...................................................................................................... 88

Módulo 4 - Atendimento ao usuário

Tema 1 - Atendimento ao usuário ................................................................................................................................. 94

Tema 2 - Regulamento da biblioteca ........................................................................................................................... 99

Tema 3 - Serviço de empréstimo ................................................................................................................................... 101

Tema 4 - Serviço de referência ........................................................................................................................................ 104

Tema 5 - Biblioteca em uso .............................................................................................................................................. 106

Módulo 5 - Planejamento e Organização de Biblioteca

Tema 1 - Administração de Bibliotecas ...................................................................................................................... 112

Tema 2 - Planejamento: conceitos, tipologias e elaboração ............................................................................. 115

Tema 3 - Diagnóstico da unidade informacional ................................................................................................... 120

Tema 4 - Relatórios estatísticos ...................................................................................................................................... 122

Tema 5 - Organização do espaço físico ....................................................................................................................... 127

Anexo

Anexo ........................................................................................................................................................................................ 136

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4 Auxiliar de Biblioteca

Apresentação

Caro(a) aluno(a),É com imensa satisfação que apresentamos a 1ª. edição do livro Curso de capacitação de Auxiliares de Bi-

blioteca para os polos de Educação a Distancia da UFG. Resultado do esforço e dedicação de uma equipe de profissionais, professores e técnicos de diversas áreas que gentilmente compartilharam seus conhecimentos para o aprimoramento do produto final, este livro tem como princípio básico fornecer aos alunos e demais interessados no assunto uma síntese do funcionamento de uma biblioteca universitária: sua função social, dinâmica, estruturas, serviços, produtos e processos.

O pleno funcionamento das bibliotecas dos polos é fundamental para a formação dos alunos que opta-ram pela modalidade de ensino a distância. A ACRL - Association of College and Research Library, no seu Gui-delines for Distance Learning Library Service, declara que “o acesso adequado aos recursos e serviços bibliote-cários é essencial para que os objetivos do ensino superior sejam atingidos, independente da localização de alunos, professores ou programas de ensino”.

A portaria 301, de 7 de abril de 1998, normatiza, em âmbito nacional, os procedimentos de credencia-mento de instituições para oferta de cursos a distância. Esse instrumento estabelece como um dos requisi-tos para a autorização de funcionamento destes cursos a estruturação de biblioteca, conforme especificado no Artigo 3º., inciso IV:

IV – descrição da infra-estrutura, em função do projeto a ser desenvolvido: instala-ções físicas, destacando salas para atendimento aos alunos; laboratórios; biblioteca atualizada e informatizada, com acervo de periódicos e livros, bem como fitas de áudio e vídeo.[grifo nosso]

A inclusão, por parte do MEC, da biblioteca como critério para se avaliar as condições de oferta dos cursos tradicionais, seja em nível de graduação, seja em nível da pós-graduação, é um indicativo da sua im-portância no contexto da formação de profissionais qualificados e da produção de novos conhecimentos. A exigência justifica-se pelo importante papel que as bibliotecas universitárias vêm cumprindo, ao longo de sua existência, no apoio às atividades de pesquisa, ensino e extensão desenvolvidas em suas respectivas instituições.

Para cumprir suas funções, a biblioteca deve ser concebida como um espaço privilegiado de interação e encontro entre usuário e autor, entre o novo e o antigo, entre o científico e o cultural, entre o bibliotecário e os demais funcionários da biblioteca. Assim, toda a estrutura de uma unidade de informação deve estar orientada para uma perspectiva humana, e todos os produtos, serviços e procedimentos só fazem sentido quando as pessoas (funcionários, usuários e autores) são tomadas como o parâmetro estruturador.

Uma das primeiras ações nessa direção é investir na qualificação da equipe que irá atuar na intermediação entre o usuário e a informação. Contar com auxiliares de biblioteca capacitados para desenvolver o traba-lho básico em uma biblioteca englobando processos relativos à organização informacional, processamento técnico dos materiais informacionais, atendimento a usuários, acompanhamento das ações administrativas e dos serviços prestados é fundamental.

Assim, este livro foi organizado como material pedagógico para o curso de Capacitação de Auxiliares de Biblioteca e tem como público alvo o pessoal que atuará nas bibliotecas dos polos de apoio presencial para educação a distância dos municípios parceiros da UFG/UAB.

O livro está estruturado em cinco módulos e teve como eixo norteador as atividades que são de respon-sabilidade do auxiliar de biblioteca, de acordo com a classificação brasileira de ocupações, elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O módulo 1, intitulado “A biblioteca universitária: estrutura, função e dinâmica”, aborda as principais questões relacionadas à Biblioteconomia, à biblioteca universitária e à função dos profissionais da informação que atuam nas bibliotecas (bibliotecários e auxiliares de biblioteca). São apresentados noções de direitos autorais e ética profissional, além de princípios de formação e desenvolvimento de acervo – uma das principais atividades de qualquer biblioteca.

O módulo 2 volta-se para o processamento técnico: como organizar o acervo por área do conhecimento? Como inserir e manter o catálogo on-line bibliográfico da biblioteca? Como preparar o acervo adquirido para disponibilizá-lo nas estantes da biblioteca? Para capacitá-lo a responder tais questões, dividimos este módulo em três unidades:

unidade 1: Organização e distribuição dos materiais da biblioteca por áreas de conhecimento;• unidade 2: Inserção e manutenção de registros bibliográficos utilizando o sistema Openbiblio;• unidade 3: Preparo mecânico de materiais. Esperamos, desta forma, possibilitar a compreensão neces-• sária dos procedimentos técnicos corriqueiros de uma biblioteca.

O objetivo do módulo 3 é desenvolver a reflexão crítica acerca das necessidades, da busca, acesso, avalia-

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5EAD - CIAR/UFG/UAB

ção e uso de fontes de informação no atendimento às demandas dos usuários por levantamentos bibliográ-ficos. São abordados temas relacionados à caracterização, classificação e tipologia de fontes de informação; noções relacionadas à natureza dos suportes informacionais, mecanismos para recuperar a informação de-sejada e por fim, os critérios utilizados para avaliação de fontes de informação. Ao final deste módulo, você estará apto a orientar o usuário sobre as diversas estratégias para recuperação da informação utilizada pelas diferentes fontes de informação.

Segundo o sistema de classificação brasileira de ocupações, compete ao auxiliar de biblioteca atender ao usuário, o que implica:

Orientar o usuário sobre o funcionamento, regulamento e recursos da unidade de informação.• Emprestar material do acervo. • Cadastrar o usuário.• Controlar empréstimo, devolução, renovação e reserva de material.• Auxiliar na editoração de trabalhos acadêmicos.• Aplicar sanções ao usuário.• Reservar material bibliográfico.• Monitorar visitas à biblioteca.• Localizar material no acervo.• Atualizar o cadastro de usuários.• Confeccionar o cartão de identificação do usuário. • Participar do estudo das demandas existentes e potenciais.• 

O módulo 4 foi elaborado especificamente com o objetivo de contribuir para a ampliação e consolidação de seus conhecimentos que resultem em um excelente atendimento aos usuários de sua biblioteca.

Finalmente, o módulo 5 - Planejamento e Organização - apresenta conceitos, princípios e critérios para que você esteja apto a participar do planejamento e organização do espaço físico da biblioteca de seu polo.

Por fim, desejamos que este material contribua para que você faça a diferença na unidade em que você irá atuar.

Torcemos pelo seu sucesso!

Profa. Suely Henrique de Aquino GomesCoordenadora do Curso de BiblioteconomiaFACOMB/UFG

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7EAD - CIAR/UFG/UAB

Módulo 1A Biblioteca Universitária: Estrutura, Função e DinâmicaCarga horária: 10 horas

Cláudia Regina Ribeiro RochaGraduada em Biblioteconomia e Letras; pós-graduada em Administração do Ensi-no Superior; Gestão Estratégica em Marketing e Mestranda em Desenvolvimento Regional.Atualmente, coordena as Bibliotecas das Faculdades ALFA e atua como Bibliotecá-ria no Sistema de Bibliotecas da UFG. Tem experiência em gestão de serviços em bibliotecas universitárias; autora de livros na área de Normalização e Metodologia Científica.

E-mail: [email protected]: (62) 3521-1152

Suely Henrique de Aquino GomesGraduada em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília; Mestre em Automação de bibliotecas pela University College London; Doutora em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, com estágio de um ano na Loughborough University - Inglaterra. Professora do curso de Biblioteconomia e do Mestrado em Comunica-ção, Cidadania e Cultura, da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG. Atualmente, ocupa o cargo de coordenação do Curso de Biblioteconomia.

E-mail: [email protected]: (62) 3521-1348

Currículo resumido das autoras

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8 Auxiliar de Biblioteca

Apresentação do Módulo 1

Resumo do conteúdo do módulo

Bem-vindos(as) ao estudo do Módulo 1: Biblioteca Universitária: estrutura, função e dinâmica. Você fez uma ótima opção ao participar deste Curso de Capacitação de Auxiliares de Bibliotecas para os Polos de Educação a Distância da UFG, que tem início com esta Unidade. Desejamos que aproveite bem esta oportunidade com participação efetiva nas dis-cussões e refl exões propostas!

O módulo 1 do Curso de Capacitação de auxiliares de bibliotecas para os polos de Educação a Distância da UFG aborda as principais questões relacionadas à Biblioteconomia e à Biblioteca universitária, com ên-fase na estrutura, função, principais serviços, dinâmica e práticas diárias que envolvem o fazer e as decisões profi ssionais.

Neste estudo, faremos também uma discussão sobre a função e papel dos profi ssionais da informação que atuam nas bibliotecas, pois entendemos que é importante que você, ao atuar nas bibliotecas dos po-los, seja também capaz de compreender os diferentes papéis desempenhados pelos auxiliares de biblioteca e o bibliotecário, sendo este último o gestor dos processos relacionados aos procedimentos técnico-administrativos na Biblioteca.

Durante o estudo deste módulo, recomendamos que entre em contato conosco através de e-mail, dentro do ambiente virtual de aprendizagem através da ferramenta mensagem. Teremos o maior prazer em atendê-lo.

Vamos lá?!

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9EAD - CIAR/UFG/UAB

Tema Conteúdo

1 Biblioteconomia:

2 Bibliotecas:

3 Biblioteca Universitária:

4 Formação e desenvolvimento de acervo

5 Automação de bibliotecas

6 Direito Autoral

Roteiro do Módulo 1

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10 Auxiliar de Biblioteca

Tema 1- Biblioteconomia

Biblioteconomia: Conceito, Origem e Função Social

A biblioteconomia é considerada uma das profi ssões mais antigas da humanidade, mes-mo assim, não é muito conhecida pela maioria das pessoas. Ela surge da necessidade de re-produzir, organizar, preservar e dar amplo acesso à produção intelectual e cultural da socie-dade. Sua origem está atrelada ao desenvolvimento da escrita, do livro, do ensino superior

(universidades) e da imprensa em uma sequência de avanços tecnológicos e culturais. Acredita-se que sua gênese remonta às atividades dos monges que se dedicavam à cópia dos manus-

critos, conforme determinava a regra de S. Pacómio. Esta atividade era considerada um exercício espiritual; uma forma de os monges da Idade Média aprimorarem as virtudes e merecerem as graças divinas.

“Durante a Idade Média o livro era praticamen-te uma exclusividade da Igreja, todas as grandes abadias possuíam um scriptorium, onde eram confeccionados os manuscritos, desde a pre-paração do pergaminho até às ilustrações, que tinham fundamental importância, tanto como elemento decorativo como para representar gra-fi camente os textos” (CECCHINI, 2008).

Biblioquê?

Mas afi nal, o que quer dizer Biblioteconomia?

Scriptorium: signifi ca “lugar para escre-ver”. Termo usado para designar a sala dos monastérios medievais europeus reser-vada para a copia dos manuscritos pelos escribas.

Manuscrito: documento em pergaminho ou papel; livro escrito á mão.

Pergaminho: o documento escrito em pe-les de cabra, cordeiro, carneiro ou ovelha.

O termo biblioteconomia é composto dos elementos gregos biblíon (livro) + théke (caixa) + nomos (regra), que resulta no termo grego bibliothékenomos, ou “regras para depósito de livros”. Assim, a partir da formação etimológica do termo, a biblioteconomia foi, até recentemente, entendida como conjunto de regras voltado para a organização de livros em espaços físicos específi cos denominados bibliotecas.

Hoje, o termo não contempla mais de forma fi dedigna as atividades e o espaço de trabalho do profi ssional, uma vez que a proliferação de suportes para o registro do conhe-cimento extrapola a noção de livros organizados em espaços fechados. Atualmente esses espaços recebem diversas denominações: centro de documentação, arquivos, centros de informação, bibliotecas, bibliotecas virtuais, bibliotecas eletrônica ou digital, etc. Essas de-

nominações estão reunidas sob o termo genérico “unidades de informação”. Os avanços tecnológicos, científi cos e sociais resultaram na produção de uma grande massa documen-

tal, registrada nos mais variados suportes (livros, cds, vhs, dvds, etc) e em redes de informações complexas, cujo acesso torna-se difícil sem o auxílio de um profi ssional que faça o meio de campo entre a informação e aquele que dela precisa – o usuário.

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11EAD - CIAR/UFG/UAB

Desta forma, é possível defi nir a biblioteconomia como o campo do saber que se ocupa do desenvolvi-mento e aplicação de um conjunto de conhecimentos teóricos e técnicos para gerenciar os processos de armazenar, recuperar e disseminar informações em qualquer tipo de veículo ou formato de maneira ágil, efi caz e dinâmica, independentemente das denominações dos lugares constituídos para tal fi m (bibliotecas, centros de documentação, instituições públicas ou privadas).

A biblioteconomia é regida por alguns princípios conhecidos na área como Lei de Ranghanathan. Estas leis são expressas da seguinte forma:

Os livros são para serem usados; • Todo leitor tem seu livro; • Todo livro tem seu leitor; • Poupe o tempo do leitor; • Uma biblioteca é um organismo em crescimento.• 

Um pouquinho de história

A escrita mais antiga é a ideográfi ca (representação gráfi ca de idéias), inscrita em pedras (6000 AC), • ossos (1500 AC), placas de madeira encerada, barro (3000 AC), folhas de palmeira, linho e papiro (3500 AC). No séc. VI desenvolveram-se várias caligrafi as ou estilos de letras nacionais.• No século IV DC, o pergaminho tornou-se o suporte principal da escrita na Europa.• Meados do séc. XVI, o papel substitui o pergaminho quase inteiramente, após a imprensa ter utilizado • ambos como suporte da escrita.No séc. XIII, a indústria e comércio regular do livro começa a estruturar-se. • A imprensa (Gutenberg) foi um avanço técnico que possibilitou a multiplicação, difusão e populariza-• ção dos impressos e livros.A invenção de máquinas de escrever no séc. XIX facilitou o trabalho de composição.• 

Fonte: (ORIGEM ..., 2008)

Os profi ssionais da informação: bibliotecários, auxiliares de bibliotecas

Em uma organização, ninguém trabalha sozinho. Na biblioteca não é diferente. Para cumprir a missão pela qual foi constituída, ela conta com uma equipe de profi ssionais para desenvolver suas atividades, estru-turar seus produtos, prestar seus serviços e manter o ambiente em condições adequadas para uso.

Entre todos aqueles que trabalham na biblioteca, dois profi ssionais são devidamente capacitados para lidarem com o mundo informacional: o bibliotecário e o Auxiliar de Bibliotecas.

Os profi ssionais da informação: bibliotecários, auxiliares de bibliotecas

Você sabia que o primeiro curso de biblioteconomia foi criado em 1873, pela Escola de Chartes, na Fran-ça?O primeiro curso de Biblioteconomia do Brasil foi criado em 1911, pela Biblioteca Nacional, e teve início em 1915.Shiyali Ramamrita Ranganathan (1892-1972) foi um pensador indiano, professor de Matemática e é con-siderado o pai da Biblioteconomia? (NORUZI, 2005)

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12 Auxiliar de Biblioteca

O Bibliotecário: quem é? O que faz?

A designação Bibliotecário é privativa dos Bacharéis em Biblioteconomia, a partir da promulgação da Lei nº 4084, de 30/06/1962, que dispõe sobre a profi ssão e regula seu exercício. Segundo esta lei, o bibliotecá-rio é um profi ssional liberal e está incluído no grupo 19 do plano da Confederação Nacional das Profi ssões Liberais. O Ministério do Trabalho e do Emprego classifi ca o bibliotecário na família dos Profi ssionais da Informação (código 2612) juntamente com os documentalistas e analistas de informação.

Como se pode verifi car na tabela “Profi ssionais da Informação” a seguir, diversas nomenclaturas são utili-zadas para designar o bibliotecário, sem, no entanto, se chegar a um consenso. Mas se não existe um acordo sobre a nomenclatura profi ssional, há consenso sobre as transformações que a profi ssão sofre e vem sofren-do. Ao longo da história, o bibliotecário passou de guardião de documentos (livros) para mediador entre a informação e aqueles que dela necessitam.

2612 :: Profi ssionais da informação

2612-05Bibliotecário - Bibliógrafo, Biblioteconomista, Cientista de informação, Consultor de informação, Especialista de informação, Gerente de informação, Gestor de informação.

2612-10Documentalista - Analista de documentação, Especialista de documentação, Gerente de documentação, Supervisor de controle de processos documentais, Supervisor de controle documenta, Técnico de documentação, Técnico em suporte de documentação.

2612-15Analista de informações (pesquisador de informações de rede) - Pesquisador de informações de rede.Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego http://www.mtecbo.gov.br/

Diversos estudiosos têm apontado para um novo perfi l do profi ssional, qual seja o de cientistas da infor-mação e de gestor da informação.

Na posição de cientistas da informação, o bibliotecário volta-se para produção de conhecimentos e de-senvolvimento de tecnologias que auxiliem o gerenciamento dos fl uxos da informação na sociedade. Como gestor, o bibliotecário planeja, organiza, avalia, estrutura e motiva equipes para viabilizar a coleta, armaze-namento, tratamento, democratização do acesso e agregação de valor à informação. Ambos têm dado con-tribuições importantes para o desenvolvimento social, científi co, tecnológico e econômico da sociedade.

Segundo a classifi cação de ocupações brasileiras do Ministério do Trabalho, compete ao bibliotecário:

Localizar, recuperar, disponibilizar a informação, independente do suporte em que ela esteja registra-• da;Gerenciar unidades, redes e sistemas de informação;• Tratar tecnicamente a informação;• Desenvolver serviços, produtos e programas informacionais;• Disseminar a informação;• Desenvolver estudos e pesquisas bibliográfi cas;• Prestar serviços de consultoria e assessoria em informação;• Realizar difusão cultural;• Desenvolver ações educativas;• Desenvolver competências pessoais (liderança, capacidade de síntese, educação continuada etc).• 

Em termos da Lei No 4.084, de 30 de junho de 1962, que regulamenta o exercício profi ssional,

Art. 6o – São atribuições dos Bacharéis em Biblioteconomia, a organização, direção e execução dos serviços técnicos de repartições públicas federais, estaduais, municipais e autárquicas e empresas particulares concernentes às matérias e atividades seguintes:

O ensino de Biblioteconomia;a) A fi scalização de estabelecimentos de ensino de Biblioteconomia reconhecidos, equiparados b) ou em via de equiparação;

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13EAD - CIAR/UFG/UAB

Administração e direção de bibliotecas; c) A organização e direção dos serviços de documentação; d) A execução dos serviços de classifi cação e catalogação de manuscritos e de livros raros e precio-e) sos, de mapotecas, de publicações ofi ciais e seriadas, de bibliografi a e referência.

Que tal acessar o site http://www.mtecbo.gov.br/busca/descricao.asp?codigo=2612-05?

Lá você terá mais informações sobre as competências do profi ssional da informação.

Para saber sobre as instituições que oferecem graduação em Biblioteconomia, acesse o site http://www.cfb.org.br/html/links/links_instituicoes.asp

O Auxiliar de Biblioteca: quem é? O que faz?Na classifi cação de ocupações brasileiras, do Ministério do Trabalho e Emprego, o Auxiliar de Biblioteca

recebe o código 3711-05, podendo também ser denominado, Auxiliar de bibliotecário, Auxiliar de serviços bibliotecários ou Assistente de Biblioteca. Ainda de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego,

“os Auxiliares de Biblioteca são técnicos de nível médio que estão no início de car-reira, cujo exercício não requer experiência profi ssional anterior. Os profi ssionais sem formação técnica profi ssionalizante devem ser classifi cados como 4151 - Au-xiliares de serviços de documentação, informação e pesquisa. Pode-se demandar aprendizagem profi ssional para a(s) ocupação(ões) elencada(s) nesta família ocu-pacional, exceto os casos previstos na Lei 10.097/2000.”

O Auxiliar de Biblioteca passa a maior parte do tempo em contato direto com os usuários. Por isso, ele pode ajudar o bibliotecário a identifi car as demandas de serviços, diagnosticar difi culdades de acesso às informações e ao acervo, observar o uso ou não de espaços da biblioteca e dos recursos de informação.

Seguindo orientações do Ministério do Trabalho e Emprego, compete ao Auxiliar de Bibliotecas (http://www.mtecbo.gov.br):

1 - PARTICIPAR DO PROCESSO DE DISSEMINAÇÃO DA INFORMAÇÃO Orientar o usuário sobre as diversas linguagens para recuperação da informação; • Elaborar folhetos, cartazes, •  clipping e alertas bibliográfi cas; Organizar mural e painel para exposição das novas aquisições; • Orientar o usuário na preservação do acervo; • Participar de redes de discussão em diferentes meios;• Participar na elaboração de publicações e manuais de procedimentos;• Divulgar materiais promocionais e eventos culturais; • Auxiliar nas atividades de ensino a distância;• Auxiliar na organização de teleconferências.• 

2 - REALIZAR A MANUTENÇÃO DO ACERVOManter o acervo em ordem de acordo com sistema de classifi cação adotado;• Realizar higienização e reparação de documentos;• Participar do remanejamento e inventário do acervo;• Guardar e substituir documentos;• Selecionar e preparar documentos para a encadernação;• Controlar acervo de duplicatas de documentos;• Auxiliar no descarte de documentos• Controlar permutas de documentos;• Conferir documentos encadernados.• 

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14 Auxiliar de Biblioteca

3 - ATENDER O USUÁRIO NAS FORMAS PRESENCIAL E A DISTÂNCIA Orientar o usuário sobre o funcionamento, regulamento e recursos da unidade de informação;• Emprestar material do acervo;• Cadastrar o usuário;• Pesquisar por solicitação do usuário;• Realizar serviços de comutação;• Realizar empréstimos entre bibliotecas;• Cobrar devolução de empréstimos; • Controlar empréstimo, devolução, renovação e reserva de material;• Auxiliar na editoração de trabalhos acadêmicos;• Auxiliar o usuário em pesquisa bibliográfica;• Aplicar sanções ao usuário; • Fazer levantamentos bibliográficos;• Reservar material bibliográfico;• Orientar nas normas de apresentação de trabalhos acadêmicos;• Digitalizar materiais;• Monitorar visitas à biblioteca;• Auxiliar na capacitação do usuário para o uso e apropriação da informação;• Pesquisar bases de dados;• Localizar material no acervo;• Atualizar o cadastro de usuários;• Controlar agenda de eventos e cursos;• Confeccionar o cartão de identificação do usuário;• Participar do estudo das demandas existentes e potenciais.• 

4 - TRATAR INFORMAÇÃO E DOCUMENTOSAuxiliar na seleção e aquisição de documentos para incorporação ao acervo;• Tombar documentos para incorporação ao acervo;• Participar do processo de consistência da base de dados;• Participar da organização da hemeroteca;• Magnetizar e etiquetar documentos do acervo;• Auxiliar na catalogação, classificação e indexação de documentos;• Alimentar bases de dados;• Arquivar a produção acadêmica;• Cadastrar a produção científica do corpo docente;• Carimbar e cadastrar documentos;• Desdobrar e arquivar fichas catalográficas;• Conferir a existência de defeitos nos documentos adquiridos;• Prestar informações para desenvolvimento de programas de computador para sistemas de informação;• Realizar permutas de material bibliográfico;• Controlar aquisição e doação de documentos; • Auxiliar na elaboração de resumos.• 

5 - REALIZAR ATIVIDADES TÉCNICO-ADMINISTRATIVASParticipar na gestão administrativa da unidade de informação e documentação;• Participar de reuniões de planejamento e avaliação;• Colaborar na elaboração do regimento interno da biblioteca e elaboração de projetos;• Manter cadastro de endereços institucionais;• Organizar e controlar arquivos administrativos;• Auxiliar na aquisição de material de consumo, mobiliário e equipamentos;• Coletar dados, preencher planilhas estatísticas e elaborar relatórios estatísticos;• Auxiliar na operação de sistemas de contratos eletrônicos;• Executar serviços de digitação e datilografia;• Realizar a venda de publicações e materiais correlatos; • Controlar os estoques de material de consumo;• Auxiliar no inventário de bens patrimoniais não bibliográficos.• 

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15EAD - CIAR/UFG/UAB

6 - ORGANIZAR ATIVIDADES CULTURAIS E DE EXTENSÃO Viabilizar a organização das atividades culturais;• Fazer contatos com lideranças, instituições da comunidade profissionais para atividades de incentivo • à leitura;Auxiliar na busca de parcerias;• Participar na realização de saraus culturais;• Elaborar programas culturais em conjunto com a comunidade;• Auxiliar na realização de feiras de livros, organização de exposições;• Realizar campanhas de doação;• Apoiar ações da associação de amigos da biblioteca;• Realizar atividades de leitura, escrita e oralidade;• Auxiliar na realização da biblioteca itinerante;• Realizar atividades de leitura em hospitais, presídios e outras instituições;• Participar da organização de concursos literários.• 

7 - PARTICIPAR DA ORGANIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DO AMBIENTEControlar as condições de higiene e limpeza do ambiente;• Organizar a disposição do mobiliário e equipamentos no ambiente;• Manter a disposição do mobiliário e equipamentos no ambiente;• Controlar o fluxo do usuário;• Elaborar a sinalização do ambiente;• Auxiliar no controle do uso e manutenção dos equipamentos;• Avaliar o uso e adequação do ambiente.• Participar na elaboração e análise de critérios estatísticos;• Reproduzir documentos.• 

No ambiente da biblioteca, nem sempre as atividades de auxiliares de bibliotecas e bibliotecários estão muito claras. Em um dos poucos estudos realizados a respeito do assunto, Ferreira aponta que bibliotecários em posição de gestores

têm tomado para si tarefas que deveriam ser realizadas pelos auxiliares, a exemplo do registro de materiais bibliográficos e não-bibliográficos, das baixas sofridas no acervo, da conferência dos materiais adquiridos e do arquivamento das faturas de compra de publicações. Nesse sentido, é compreensível que os bibliotecários exi-jam qualidade na realização das tarefas, haja vista que as informações processadas no trabalho informacional nas bibliotecas universitárias são direcionadas para as atividades de ensino, de pesquisa e de extensão. Porém, isso não significa dizer que os (as) bibliotecários (as) devam tomá-las para si, pois, aos gestores, cabe o papel de orientar os auxiliares na realização do trabalho informacional e acompanhar seu desempenho, o que corresponde, efetivamente, às funções administrativas de co-mando e de controle. (FERREIRA, 2006, p.111)

Independente das atribuições legais, dentro deste cenário, quais as habilidades e atitudes que se deseja de um Auxiliar de Bibliotecas? Consideramos ser importantíssimo que ele/ela mantenha boa comunicação com a equipe da biblioteca e com os usuários; conheça a biblioteca em que trabalha para poder oferecer uma boa orientação ao usuário; seja curioso e procure lidar com diversas mídias - livros, revistas, jornais, CDS, DVDS, computadores. O Auxiliar de Biblioteca deve exercitar constantemente a criatividade e o inte-resse em aprender sempre.

Ética profissionalDe uma maneira geral, quando falamos em ética profissional, nos referimos a um conjunto de princípios

e valores importante não só para a convivência humana, mas também para o ambiente de trabalho. A ética profissional reflete a nossa imagem, os valores e a imagem da instituição através das pessoas. Estes valores orientam as atividades e as relações de trabalho e constituem-se em princípios fundamentais para a ativi-dade profissional.

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16 Auxiliar de Biblioteca

Embora não haja um conjunto de regras constituído em relação à ética profi s-sional específi ca para os auxiliares de biblioteca, entendemos que devem ser se-guidas as mesmas regras aplicadas aos profi ssionais que lidam com a informação, uma vez que estes profi ssionais também se incluem na classe de trabalhadores da informação.

A Resolução Nº. 42 de 11 de Janeiro de 2002, do Conselho Federal de Bibliote-conomia, dispõe sobre Código de Ética da Biblioteconomia e está disponível no site

http://www.cfb.org.br/.No entanto, o compromisso ético do profi ssional da informação não se restringe à observância de regras

de cunho meramente profi ssional. No contexto de uma sociedade pós-industrial em que a informação as-sume importância cada vez maior no desenvolvimento econômico e social, o compromisso com a ética da informação torna-se fundamental.

A ética da informação trata dos dilemas e confl itos morais que surgem da interação entre o homem e o ciclo da informação (produção, organização, disseminação e uso). Aborda problemas morais como, por exemplo, a liberdade de intelectual versus acessibilidade, privacidade e confi dencialidade da Informação.

A liberdade intelectual diz respeito ao direto de todo usuário da biblioteca de ler, ver e ouvir o que se quer ler, ver e ouvir sem a censura de funcionários ou repressão institucional. (BUSHA, 1972). Mas, todos podem ter acesso a tudo? Uma criança pode ter acesso a material pornográfi co? E material de cunho pedó-fi lo? É claro que existem limites, portanto, a liberdade intelectual deve ser contextualizada e ponderada em relação a outros valores sociais.

A privacidade é entendida como controle sobre as informações pessoais ou o direito de não ter suas informações pessoais documentadas e divulgadas. Este direito é ameaçado pela intensifi cação dos fl uxos de informação nas redes de computadores (Internet) e as novas tecnologias de comunicação. Na Europa, a privacidade é entendida como direito fundamental que deve ser garantido pelo Estado; é condição impor-tante para outros direitos humanos como a dignidade, a autonomia e a liberdade. Nos EUA, a privacidade é um direito individual do consumidor que pode ser trocada por um benefício como, por exemplo, a utilização gratuita da Internet (PRIVACIDADE..., 2008).

A confi dencialidade refere-se à necessidade de estabelecer mecanismos que impeçam o acesso a infor-mações por pessoas não autorizadas. Envolve mecanismos de segurança de informação.

Você sabia que ética e moral são quase sinônimas? Veja o glossário.

Ética - do grego ethos, signifi ca “princípio de conduta moral de pessoas, grupos, religião, etc”.

Moral - do latim morales, “trata dos costumes, deveres e modos de proceder dos homens para com outros homens”.Por isso que a ética e a moral são termos indissociáveis.

Fonte: Minidicionário Sacconi da Língua Portuguesa (1999).

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17EAD - CIAR/UFG/UAB

Tema 2 - Biblioteca: conceitos, funções e tipologias

Se a palavra biblioteca vem do grego bi-blion (livro) + théke (caixa), então ela signifi -

ca “depósito de livro”?

Isso mesmo. A biblioteca, tomando-se a origem grega do termo, é etimologicamen-te defi nida como um espaço físico em que se guardam livros. E aqui cabem as mesmas observações já feitas anteriormente. Os meios para registrar o conhecimento sofreram avanços signifi cativos ao longo da nossa história: pedra, argila, pergaminho, papel, etc.

Hoje em dia a informação é registrada em diversos outros tipos de suportes tais como CDs, fi tas, VHS, fi lmes, DVD, grandes bancos de dados eletrônicos, entre outros. Portanto, atualmente, a biblioteca não é constituída somente de livros impressos em papel e não está confi nada a um espaço físico predeterminado. Os avanços tecnológicos permitem estruturar bibliotecas digitais.

São grandes os esforços empreendidos no âmbito da biblioteconomia para acompanhar esses avanços tecnológicos. Prevê-se que, em um futuro não muito distante, os acervos das bibliotecas sejam, preponde-rantemente, armazenadas em formato digital ou eletrônico à medida que cresce o volume de informações disponibilizado nas novas mídias. Apesar de não acreditarmos no desaparecimento dos livros, a tendência é que estes convivam harmonicamente com outros suportes e formas de registros do conhecimento.

A biblioteca, no entanto, não sofre somente infl uências dos avanços tecnológicos. Como instituição so-cialmente constituída, sua concepção acompanha as transformações políticas, sociais e culturais do mundo contemporâneo. Ao longo da história, o seu perfi l passa de “depósito de livros” para instituições promotoras do amplo acesso à informação.

Fica evidente que é preciso pensar a biblioteca de uma maneira mais abrangente. Assim podemos dizer que essa instituição é todo espaço (concreto, virtual ou híbrido) destinado a uma coleção de informações registrada em qualquer suporte - papel ou digitalizadas, com o propósito de reunir, preservar e dar amplo acesso à produção científi ca, artística, cultural e tecnológica de uma sociedade.

Biblioteca de Ninive é apontada pelos historiadores como a biblioteca mais antiga, Mantida pelo rei • Assurbanipal (século VII a.C.), chegou a possuir 25 mil placas de argila em seu acervo. Biblioteca de Carlos Magno – rei dos Francos (768-814), foi a mais importante biblioteca pública na • antiguidade.Biblioteca de Alexandria (Séc. II AC) chegou a ter 700.0000 volumes (pergaminhos) antes de ser • destruída por três incêndiosBiblioteca universitária surge no séc. XIII, juntamente com a criação das primeiras universidades.• Biblioteca Nacional e Pública do Rio de Janeiro foi a primeira biblioteca ofi cial do Brasil, criada por • Dom João VI, em 1807, quando a família real mudou-se para o Brasil fugindo de um confronto com Napoleão.

A biblioteca pode estar associada à função de educar - neste caso, incluem-se as bibliotecas públicas, escolares, universitárias; de preservar a memória de uma sociedade – como no caso da biblioteca nacional; ou à função de recreação – que pode ser o caso das bibliotecas públicas, comunitárias, escolares e infantis. Porém, a função de disseminar a informação para todo usuário que recorra a seus serviços é comum a todas as elas, independente de sua natureza (CARVALHO, 2002).

“Assim é a biblioteca moderna: recreia, educa e instrui. Viva, dinâmica e amena, não aparece já com a fi sionomia dos outros tempos, severa, acética, pouco convidativa. Tudo nela é, agora, um permanente convite à leitura.”

Discurso de Governador JK, na inauguração da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, em 1954. http://www.cultura.mg.gov.br

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18 Auxiliar de Biblioteca

Para Refl etir

“Os vários incêndios e destruições perpetrados por mãos ignóbeis ao longo da História não impediram, porém, que as bibliotecas continuassem a ser uma das maiores expressões de persistência da Humanida-de. Como seria mais fácil rastrear as nossas origens caso não tivesse sido consumido pelo fogo o magnífi -co acervo de um dos maiores redutos do saber da Antigüidade, a Biblioteca de Alexandria. E são tantos os outros casos. [...] O século XXI também já tece sua triste história: após a destruição e o saque ocorridos em Bagdá, bibliotecários e editores iranianos informaram, na última Feira do Livro de Frankfurt, que enfren-tam agora a monstruosa tarefa de reconstruir as bibliotecas do país, restaurar manuscritos inestimáveis e tentar criar um mercado editorial moderno.” (SPITZ, 2003).

Tipos de bibliotecas

Obviamente que não!As bibliotecas têm suas especifi cidades e dinâmicas defi nidas em função,

principalmente, do seu propósito, usuário ou da instituição que ela serve – fá-bricas, empresas, escolas etc. A partir daí, estabelece-se a estrutura física, ad-ministrativa, de serviços, produtos e acervos para atender às demandas desses usuários ou instituições.

Assim, existem vários tipos de bibliotecas: bibliotecas públicas, bibliotecas particulares, bibliotecas escolares, bibliotecas comunitárias, bibliotecas espe-cializadas, bibliotecas infantis bibliotecas universitárias, bibliotecas digitais, só para citar alguns.

As bibliotecas são todas iguais?

Que tal visitar o sitehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bibliotecas? Lá você encontrará as maiores informações sobre os diversos tipos de bibliotecas

Um exemplo de biblioteca digital, criada em 2004 e mantida pela Secretaria de Educação a Distância, vinculada ao Ministério da Educação do Brasil, é o Domínio Público. O acervo é constituído por obras de domínio público, ou seja, aquelas que não têm mais restrições impostas pelos direitos autorais ou que foram devidamente cedidas pelos proprietários intelectuais da obra. Seu principal objetivo é promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científi cas em textos, sons, imagens e vídeos (PORTAL...,2008).

As bibliotecas dos polos de apoio presencial para a educação a distância podem ser pensadas na mesma perspectiva das bibliotecas universitárias uma vez que seu público é composto por alunos, professores e funcionários envolvidos nas atividades de pesquisa e ensino de nível superior e seu acervo é pensado para esta fi nalidade.

O propósito das bibliotecas do polo é ser o local onde estudantes, tutores, monitores, funcionários, entre outras categorias de prováveis usuários terão acesso a um ambiente físico de estudo e a importantes fontes de informação para o bom desempenho de suas atividades didático-pedagógicas. As condições de funcio-namento dessas unidades nos polos são estratégicas para a viabilidade e qualidade dos cursos ofertados a distância.

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19EAD - CIAR/UFG/UAB

Para Refl etir

“Não só de pão vive o homem. Eu, se tivesse fome e me encontrasse desamparado na rua, não pediria pão; antes, pediria meio pão e um livro. E eu ataco violentamente aos que somente falam de reivindicações econômicas sem referir jamais às reivindicações culturais que é o que os pobres pedem a gritos. Está certo que todos os homens comam, mas que todos os homens saibam. Que gozem todos os frutos do espírito humano porque o contrário é convertê-los em máquinas a serviço do Estado, é convertê-los em escravos de uma terrível organização social” – Federico Garcia Lorca, fragmento de um discurso proferido à inauguração da Biblioteca de Fuentevaqueros (apud CALVO, 2005)

Tema 3 - Biblioteca UniversitáriaA biblioteca universitária tem um papel a ser desempenhado na for-

mação do aluno e no desenrolar das atividades dos demais atores en-volvidos no processo de formação em nível superior (ensino, pesquisa e extensão). Sua missão não se limita a organizar e dispor em estantes enfi leiradas as obras e documentos de que seu usuário precisa. Vai além. Ela tem ao mesmo tempo função cultural, social e educativa.

Na sua função educativa, a biblioteca é mais que a extensão da sala de aula. Pode ser pensada como um espaço de auto-aprendizagem e de educação continuada. Espaço de descobertas e de confrontos de idéias que levarão a construção de conhecimentos sólidos e a uma nova com-preensão do mundo.

Ainda sob a perspectiva da biblioteca como espaço de aprendiza-gem, algumas bibliotecas universitárias têm envidado esforços para desenvolver em seus usuários competências informacionais indispen-sáveis para agir em uma sociedade caracterizada como “sociedade da informação”.

Ao se envolver no processo pedagógico de desenvolvimento de competências informacionais daqueles que a ela se reportam, a biblioteca universitária também colabora para a formação de cidadão que sabe como adquirir e usar o conhecimento para que possa exercer seus direitos e deveres. No contexto atual, é sabido que o acesso à informação é condição fundamental para o exercício da cidadania. O exercício da cidadania pressupõe que se tenha, no mínimo, conhecimento dos deveres e direitos fundamentais de cada pessoa.

A biblioteca universitária exerce ainda um importante papel na inclusão digital. É comum que esta unida-de, principalmente aquela vinculada à instituição pública de ensino superior, abra suas portas não somente para o público de sua instituição, mas para alunos e professores de escolas de ensino médio e superior, seja da rede pública ou privada, e para as comunidades geografi camente próximas ao local de seu funciona-mento. As comunidades vizinhas, em muitos casos, procuram a biblioteca atraídas pela possibilidade de utilização da Internet.

Cultura e bibliotecas são, para muitos, termos indissociáveis. A maioria signifi cativa das bibliotecas uni-versitárias dispõe de espaços culturais que visam promover talentos, sensibilizar e propiciar o contato do usuário com as diversas manifestações e representações artístico-culturais locais ou nacionais.

Para exercer todas as suas funções, a biblioteca universitária precisa constantemente criar mecanismos de ação que despertem no seu usuário o interesse pela leitura, pelas descobertas e valoração de todas as formas de representações e manifestações culturais como meios de buscar conhecimentos para o seu apri-moramento contínuo.

Competência informacional: para que se desenvolva a competência informacional, é preciso “ter habilidades para encontrar, avaliar, interpretar, criar e aplicar a infor-mação disponível na geração de novos conhecimentos.” (BELLUZZO et al. 2004, p.95.)

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20 Auxiliar de Biblioteca

Principais Atividades da Biblioteca Universitária

Para alcançar os propósitos para os quais foi estruturada, a biblioteca realiza uma série de atividades, muitas das quais não são visíveis para o usuário. Durante o cur-so, você terá oportunidade de conhecer três das principais atividades realizadas em uma biblioteca e qual sua participação nestas atividades. São elas:

Planejamento e organização do espaço da biblioteca•  – essas são atividades de natureza administrativa que visam estabelecer os objetivos a longo, médio e curto prazo a serem alcançados pela biblioteca; criar condições para atingir estes objeti-vos; e estruturar os espaços físicos para que estejam de acordo com a natureza da unidade de informação;

Preparação do material para disponibilizá-lo aos usuários•  – este conjunto de ações é conhecido no âmbito da Biblioteconomia como “Processamento técnico” e

envolve técnicas específi cas para a descrição física do documento (catalogação), a descrição do conte-údo (classifi cação e indexação) e o preparo mecânico do material (tombamento, identifi cação etc.).Atendimento ao usuário•  – talvez esta seja a atividade fi m da biblioteca, a atividade para a qual ela foi constituída – atender com qualidade os seus usuários, prestando-lhes assistência adequada na busca da informação, estruturando serviços para este propósito. Neste curso você terá oportunidade de aprofundar seus conhecimentos no atendimento direto ao usuário através dos serviços de referência e empréstimos.Formação e desenvolvimento de acervo•  – o acervo de uma biblioteca é composto pelos mais varia-dos tipos de documentos que ela disponibiliza para os seus usuários. Os tipos de documentos mais comuns, no entanto, são os livros e as revistas científi cas. Mas como esses variados tipos de documen-tos passam a fazer parte do acervo de uma biblioteca? Quais são os procedimentos envolvidos na formação e no desenvolvimento deste acervo?

Nesse módulo, daremos atenção especial aos procedimentos necessários para a Formação e Desenvol-vimento de Acervo. O Processamento Técnico, o Atendimento ao Usuário e o Planejamento de Unidades de Informação serão objetos dos módulos 2, 4 e 5 respectivamente.

Principais ServiçosA biblioteca tem por objetivo oferecer serviços aos usuários. Neste curso você terá oportunidade de

conhecer os seguintes serviços promovidos pela maioria das bibliotecas:

a. Consulta local ao acervo – normalmente, a consulta ao acervo é feita através do acesso ao catálogo da biblioteca, onde se poderá consultar, por diversos campos, como autor, título, assunto, série e outros, a existência do material de interesse do usuário. Em geral, o usuário de bibliotecas tem acesso livre à maioria das coleções (Acesse o site do Sistema de Bibliotecas da UFG: www.bc.ufg.br). Algumas bibliotecas, porém, podem fazer restrições quanto ao acesso ao acervo. Neste caso, o usuário poderá consultar o catálogo da biblioteca para verifi car a existência do material, anotar as informações para a localização dos materiais nas estantes e solicitá-lo aos auxiliares de biblioteca.

b. Empréstimo domiciliar – O empréstimo é a única forma de retirada dos materiais da biblioteca. Para uti-lizá-lo, o usuário precisa estar cadastrado na biblioteca e deve possuir vínculos com a instituição (professor, aluno ou funcionário). O prazo para a devolução dos materiais é uma decisão administrativa e poderá variar de acordo com as categorias e com o tipo de material solicitado.

c. Reserva e renovação de materiais – esses serviços podem ser solicitados pelo usuário no balcão de aten-dimento da biblioteca ou podem ser feitos diretamente através do sistema automatizado da biblioteca me-diante uso de senha e login.

Quais as atividades de uma Biblio-teca Universitária? Curioso? Nestas unidades você saberá a resposta.

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21EAD - CIAR/UFG/UAB

d. Levantamento bibliográfi co e acesso às bases de dados de pesquisa – este serviço consiste em identifi -car, pesquisar e levantar informações no acervo da biblioteca, de outras Instituições e em bases de dados de fontes/bibliografi as (nacionais ou internacionais), sobre determinado assunto ou autor de interesse. Atualmente, encontram-se disponíveis inúmeras bases de dados de livre acesso (gratuitas) ou de acesso restrito. Neste último caso, é necessário utilizar senhas ou autorizações prévias fornecidas normalmente pela biblioteca de onde a pesquisa está sendo realizada.A UFG disponibiliza através do Portal de periódicos da Capes acesso a várias bases de dados internacionais de textos completos de artigos de mais de 2400 revistas internacionais, nacionais e estrangeiras, além de ba-ses de dados com referências e resumos de documentos em todas as áreas do conhecimento. Faz também indicações de importantes fontes de informação com acesso gratuito na Internet.Este serviço pode ser feito diretamente pelo usuário ou pode ser solicitado ao bibliotecário do setor de Re-ferência da Biblioteca.

e. Treinamento de usuários – O treinamento de usuários é um serviço muito importante oferecido pela bi-blioteca com o objetivo de orientar alunos, professores, funcionários sobre a melhor forma de utilização dos produtos, serviços e acervo. É oferecido a partir do momento em que o usuário é cadastrado no sistema, sen-do realizado de forma individual ou em grupo, mediante agendamento com o bibliotecário responsável.

f. Divulgação de novas aquisições – Esse serviço tem como objetivo divulgar, através de boletins eletrôni-cos enviados diretamente aos usuários ou impressos, informações sobre os novos materiais bibliográfi cos adquiridos pela biblioteca e que já se encontram à disposição para serem utilizados, com a fi nalidade de promover o uso junto aos usuários. Além do boletim é importante que a biblioteca realize exposições com as novas aquisições, de preferência em local visível e próximo aos usuários.

Você terá oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre os serviços oferecidos em bibliotecas ao realizar o módulo 4. Mas nada impede que você familiarize com os serviços prestados pelo Sistema de Bibliotecas da UFG, visitando o site: www.bc.ufg.br.

Aproveite o próximo tópico. Ele será im-portante para os processos de aquisição

de materiais que farão parte do acervo da Biblioteca.

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22 Auxiliar de Biblioteca

Tema 4 - Formação e desenvovimento de acervosO acervo de uma biblioteca é constituído por diferentes tipos de documentos que fi cam, de uma maneira

geral, disponíveis para o atendimento das necessidades de informação dos usuários. O Auxiliar de Biblioteca deve procurar conhecer as características básicas de cada um deles para que saiba realizar com efetividade suas funções na biblioteca. Muitas vezes, a biblioteca possui um acervo considerado bom, porém, em algu-mas circunstâncias pode não atender às necessidades de informação e de estudo dos usuários. Por isso, é importante que o acervo seja constituído de forma criteriosa, considerando a política de formação e desen-volvimento de coleções defi nidas pelos bibliotecários. Esta política deve contemplar questões básicas que fazem parte da cadeia documental, desde a escolha (seleção) dos documentos que farão parte do acervo, passando pelos processos de aquisição, avaliação e descarte dos materiais, conservação e restauração de documentos.

Todo o profi ssional que atua em uma biblioteca universitária deve conhecer a política e os procedimen-tos relacionados ao processo de formação e desenvolvimento de coleções. Isto os ajudará a compreender, identifi car e encaminhar as demandas dos seus usuários.

Seleção dos documentos Nem sempre todos os materiais que chegam à biblioteca necessariamente atendem qualitativamente as

demandas dos usuários. Por isso, os bibliotecários realizam atividades de seleção dos materiais com base em algumas questões, como:

Estes materiais atendem aos usuários da biblioteca?• É relevante e atende aos objetivos da biblioteca?• 

Algumas fontes de informação podem ser utilizadas para apoiar as atividades de seleção, como a consul-ta aos catálogos de editores, resenhas de jornais e revistas, recebimento de sugestões de professores, alunos ou funcionários da instituição, usuários em geral, visitas a livrarias ou sites de editores, bibliografi as sobre temas específi cos.

Visto por esse ângulo, a seleção pode ser considerado como um processo intelectual que consiste em escolher os documentos que a Biblioteca deseja adquirir e incorporar no acervo. Tem início a partir do mo-mento em que o responsável pela Biblioteca precisa tomar a decisão se um determinado material poderá ou não fazer parte do acervo, e por isso deve ser feito por um profi ssional experiente.

Uma vez selecionado o que se pretende adquirir, o passo seguinte é observar os procedimentos institu-ídos pela Biblioteca em relação à política de aquisição dos materiais. A política deve ser adequada e bem defi nida para evitar equívocos nessa etapa.

AquisiçãoImagine que você está em uma biblioteca universitária e ao atender um professor ele solicita que a biblioteca

adquira um determinado material.

Como proceder?

Como a biblioteca poderá adquirir o material?

Há formas diferentes de adquirir os documentos?

Aquisição

22 Auxiliar de Biblioteca

A qualidade do acervo de uma biblioteca se mede pela capacidade da biblioteca em atender as necessi-dades dos usuários e não pela quantidade de exemplares armazenados.

A aquisição é o procedimento que permite adquirir o material solicitado, de forma a atender as deman-das dos usuários e os objetivos da biblioteca.

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23EAD - CIAR/UFG/UAB

Compete ao setor de aquisição da Biblioteca estabelecer uma política de aquisição bem defi nida para que a escolha dos materiais não seja feita ao acaso, mas em função de alguns critérios, como:

Relevância do material e atendimento às necessidades e demandas dos usuários;• Orçamento disponível para a compra e para o tratamento dos materiais adquiridos;• As prioridades a serem atendidas de acordo com os cursos;• Natureza da Biblioteca e dos serviços oferecidos aos usuários.• 

Formas de aquisição de materiaisA aquisição dos materiais pode ser feita envolvendo procedimentos comerciais ou não. Os procedimen-

tos comerciais envolvem a compra propriamente dita; os materiais são adquiridos através de contato com fornecedores, produtores, editores ou livreiros.

Os materiais bibliográfi cos adquiridos de forma não comercial correspondem às doações e permutas, ou seja, a troca de materiais produzidos entre as instituições, órgãos públicos, instituições em geral ou através do próprio autor.

Avaliação e DescarteAvaliação e Descarte

Importante

Todos os materiais, independente da sua forma de aquisição, deverão ser encaminhados para recebi-mento no setor de aquisição da Biblioteca para que sejam feitos os procedimentos internos de controle e encaminhamento dos materiais adquiridos.

Você já deve ter observado que em uma biblioteca há diferentes tipos de material, com características e fi nalidades diversas. Cada tipo de documento possui também um ciclo de vida útil diferente, que é infl uenciado por diversos fatores. O principal deles se refere ao tempo propriamente dito. Com o passar dos anos muitos materiais disponíveis na biblioteca tornam-se obsoletos por vários motivos, entre eles, podemos citar os próprios conteúdos que podem fi -car desatualizados ou não atender mais aos seus usuários; e os danos causados pelo excesso de utilização do material ou causados por agentes naturais, quími-cos ou biológicos.

Diante desses fatos, é recomendável que periodicamente se realize proce-dimentos de descarte dos documentos que já não são úteis à Biblioteca. Esse processo requer a defi nição de critérios claros, estabelecidos pela equipe conforme avaliação feita em relação ao uso dos materiais, a fi m de que não haja prejuízos ao acervo e, consequentemente, ao usuário da biblioteca. Portanto, esse procedimento requer cuidados e tomada de decisões acertadas para evitar que sejam descartados itens importantes do acervo.

Atividades de planejamento que defi nam a política de descarte dos materiais, considerando o tempo máximo de permanência das coleções não utilizadas nas estantes, acervos danifi cados ou obsoletos e de-fasados são medidas fundamentais e necessárias neste trabalho. Pela importância da ação, esta deve ser realizada ou acompanhada pelo bibliotecário responsável.

Uns materiais têm vida mais curta que outros. Entre eles: os anuários, repertórios e relatórios provisórios.

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24 Auxiliar de Biblioteca

O processo de descarte objetiva retirar do acervo materiais que já não são úteis para atender à demanda da Biblioteca, seja por questões relacionadas ao conteúdo ou às condições físicas apresentadas pelos documentos, em especial quando muito danifi cados, sem condições de uso ou de recuperação. É preciso estabelecer critérios para o descarte considerando a utilidade, o valor histórico e o grau de atualização do documento.

Uma vez retirados do acervo para descarte, os procedimentos técnicos relacionados ao controle das bai-xas deverão ser informados às pessoas responsáveis pela manutenção das coleções para que sejam realiza-das as operações de baixa no registro de cada um deles.

Conservação de documentos

Dentre as atividades consideradas fundamentais para a gestão adequada do acervo em Bibliotecas, des-tacam-se aquelas relacionadas à conservação dos documentos, em seus diversos formatos. A conservação preventiva garante o uso mais prolongado e custos mais baixos de reparação do acervo. Por isso é funda-mental que o Auxiliar de Biblioteca apóie e adote as ações voltadas para a prevenção de danos no acervo, orientando os usuários quanto ao uso correto do documento, zelando pela disposição correta nas estantes, observando e sendo proativo em relação a possíveis ataques de fungos, insetos, excesso de exposição à luminosidade e outros agentes que possam diminuir a vida útil do documento.

É importante que a biblioteca estabeleça medidas de proteção para o seu acervo, reunidas em uma política de conservação.

Uma boa política de conservação inclui o combate aos agentes químicos, biológicos, físicos e outros relacionados ao próprio manuseio constante dos documentos. A biblioteca deve adotar periodicamente medidas de controle e prevenção para evitar que o acervo seja danifi cado ou deteriorado precoce-mente. Uma boa política de conservação prevê o controle e o combate a dete-rioração causada por agentes químicos, biológicos, físicos, animais e humanos

e outros relacionados ao próprio manuseio constante dos documentos.Algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a deterioração dos documentos. Estas medidas

incluem:

Controle da temperatura ambiente adequada (aproximadamente 23 graus), por meio da utilização de • aparelhos de climatização; Limpeza constante dos documentos e do mobiliário para evitar o ataque de insetos;• Controle da luz com o uso de persianas ou cortinas especiais, por exemplo, a fi m de evitar a exposição • direta da luz solar;Combate a insetos e microorganismos, por meio da utilização de fungicidas adequados; • Armazenagem adequada dos materiais na forma vertical para evitar danos físicos nos materiais;• Procedimentos de encadernação do material danifi cado;• Realizar e manter campanhas de orientação quanto ao uso correto dos documentos.• 

Esta última medida é muito importante, pois estabelece relações de parcerias entre a Biblioteca e os usu-ários, o que garante maior compromisso de que os materiais não serão intencionalmente danifi cados.

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25EAD - CIAR/UFG/UAB

Restauração de documentosAções preventivas de conservação do acervo são importantes para evitar que os documentos passem

por processos de recuperação ou restauração. Porém, nem sempre é possível combater todos os agentes que causam danos aos materiais. Neste caso, é necessário promover ações que recuperem ou restaurem os documentos danifi cados.

A recuperação e a restauração de documentos exigem técnicas e habilidades específi cas; alguns erros nestes procedimentos podem causar maiores danos e efeitos irreparáveis aos materiais. É aconselhável que

sejam feitos por pessoas experientes, que dominem as técnicas relacionadas ao trabalho.

Pequenos reparos podem ser feitos por pessoal treinado e com a utilização de materiais adequados para o trabalho. Porém, é sempre necessário analisar o material, observar as condições e estado físico, como: o tipo de encadernação existente, a integridade da paginação e se o documento está completo para que procedimentos de recuperação sejam adequados e planejados.

As técnicas mais avançadas de recuperação e restauração exigem profi ssionais com conhecimentos mais especializados, equipamentos e materiais mais adequados ao trabalho. Nesse caso, se não houver nenhum profi ssional habilitado na biblioteca para recuperar os documentos danifi cados, recomenda-se encaminha-los para um profi ssional especializado.

Uma boa encadernação permite maior utilização e conservação dos documentos.

Para fazer pequenos reparos nos livros, tenha em mãos: cola plás-tica, tesoura, papel de seda, pincel redondo para cola, cartolina

ou papelão de 100g e fi ta gomada.

Os principais agentes de deterioração são:

1) Os agentes físicos: O próprio tempo, que deteriora os documentos;• A variação climática, principalmente em países muito quentes ou úmidos; • A falta de ventilação;• E o excesso de luminosidade.• 

2) Os agentes biológicos Os microorganismos, (fungos e bactérias); • Insetos;• Roedores. • 

3) Os agentes químicosA própria acidez da celulose;• A poluição.• 

4) A ação humana causada pela Manipulação;• Circulação do documento.• 

Restauração de documentosAções preventivas de conservação do acervo são importantes para evitar que os documentos passem

Dicas

Para o manuseio dos materiais:Manter as mãos limpas ao manusear os materiais;• Conservar os documentos em lugar seguro e limpo;• Não rasgar, riscar, dobrar, recortar páginas ;• Não utilizar clips metálicos para marcar páginas.• 

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26 Auxiliar de Biblioteca

Tema 5 - Automação de bibliotecasA informatização da biblioteca, iniciada no fi nal da década de 60, al-

terou substancialmente a forma como as atividades, os serviços e produ-tos de informação são estruturados, mantidos e oferecidos à comunida-de. Os computadores e as redes de informação que se estabeleceram a partir da conexão dessas máquinas são importantes aliados no processo de acesso e democratização da produção cultural, científi ca e artística.

É inegável que a automação de bibliotecas tem proporcionado diver-sas vantagens quando comparada com os processos manuais anterior-mente vigentes no ambiente organizacional. Mas, ao mesmo tempo, a automação de uma unidade de informação se mostra uma tarefa com-plexa e envolve determinados desafi os que demandam um planejamen-to sistemático do processo. É necessário avaliar e escolher entre os inú-meros softwares existentes no mercado, tanto comerciais quanto livres, aquele que melhor atende as especifi cidades daquela biblioteca.

A escolha de um software para automação da biblioteca faz-se com base em certos critérios como características gerais do software, os mó-dulos oferecidos (circulação, catalogação, relatórios estatísticos, etc), uti-lização do protocolo Z39.50 e do padrão bibliotecário (AACR2, ABNT, MARC). Além desses critérios, para sugerir um software para as biblio-tecas dos polos de ensino a distância parceiros da UFG, levaram-se em consideração também as questões econômicas. Assim, a opção por um software livre torna-se atraente.

Observados os critérios, o OpenBiblio mostrou-se satisfatório para o gerenciamento de base de dados bibliográfi cos para os polos de ensino a distância.

Protocolo Z39.50: protocolo de comuni-cação entre computadores desenvolvido para permitir pesquisa e recuperação de informação (textos completos, dados bi-bliográfi cos, imagens, multimeios, entre outros) em redes de computadores distri-buídos.

AACR2: O código Anglo Americano de Registros Catalográfi cos – peça chave no processamento técnico de material biblio-gráfi co, tem como objetivo a normalização internacional da catalogação. A última atualização do código ocorreu em 2005. Está previsto para 2008 o AACR3, sob a de-nominação de Resource Description and Access – RDA.

ABNT: conjunto de normas cujo objetivo é uniformizar o formato de apresentação da publicação.

MARC: O Machine Readable Cataloging é um conjunto de códigos que torna o for-mato de descrição catalográfi ca descrito no AACR legível para o computador. O For-mato MARC é muito utilizado no mundo todo. O MEC exige que os sistemas infor-matizados das bibliotecas brasileiras utili-zem o MARC.

Uma das alternativas cada vez mais confi áveis, e destinada à informatização das bibliotecas é adoção de software livre de código-fonte aberto, também conhecido como software livre (free software) ou fonte aberta (open source) uma opção que tem conquistado signifi cativo espaço no mercado das tecnologias da informação, merecendo atenção dos paises em desenvolvimento. (SILVA, 2007).

O software Openbiblio

Diversas atividades e serviços da biblioteca podem ser automatiza-dos utilizando softwares livre. O OpenBiblio é um bom exemplo.

O Openbiblio é um software livre que inclui em seu pacote um Catálogo de acesso aberto (OPAC) para consultas on-line do material inserido na base de da-dos e Módulos de administração de circulação, catalogação, relatórios. O fator fun-damental para a escolha do Openbiblio para os propósitos deste curso foi, além do que ele oferece, a utilização do protocolo Z39.50 e do padrão bibliotecário (AACR2, ABNT, MARC). Todas as telas estão traduzidas para o português.

A seguir apresentamos brevemente as opções oferecidas pelo OpenBiblio em cada um de seus módulos.

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OPAC e Páginas de Resultado de Buscas :1. Online Public Access Catalog (OPAC) .a) Resultado de Busca .b)

Conceitos gerais para administração da biblioteca: 2. Entendendo as mudanças de status da bibliografi a. a) Entendendo o código de barras .b)

Página de Circulação:3. Página de Procurar Membros (Página inicial de Circulação).a) Página de Informações do membro.b) Visualizando Código de Barras.c) Empréstimo.d)

Página de Catalogando:4. Nova Bibliografi a e Editar Basic.a) Novo Exemplar e Editar Exemplar.b)

O OpenBiblio oferece também a possibilidade de emissão de diversos tipos de relatórios das atividades realizadas. Esses relatórios podem ser ferramentas importantes para o administrador da biblioteca estrutu-rar ações que levam à melhoria dos serviços e produtos oferecidos ao usuário.

Os relatórios padrões são (MANUAL, 2007):

Busca de exemplar.a) Balanço de devolução por usuário.b) Balanço de devolução por documento.c) Bibliografi a mais utilizada (popular).d) Lista de membros com débitos na biblioteca (atrasos).e) Reservas realizadas pelos membros.f )

No nosso encontro presencial e nos módulos subsequentes, você terá a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre o software que será uma ferramenta importante no seu dia-a-dia na biblioteca em que você irá atuar.

Nesse módulo, você aprenderá como excluir do catálogo de sua biblioteca aquele material que foi sele-cionado para o descarte.

Exclusão de registros na base de dadosLembra-se da necessidade de fazer o descarte de material bibliográfi co que não aten-

de mais as necessidades dos usuários? Pois bem, após selecionar e aprovar os itens a serem encaminhados para descarte, o próximo passo consiste em dar baixa do item no catálogo da biblioteca. Para realizar esta etapa:

Acesse o sistema OpenBiblio.• Selecione a opção “Catalogando”. Esta opção permitirá a inserção de novo item bi-• bliográfi co ou a busca de itens já inseridos, conforme a seguinte tela:

O CIAR instalou e confi gurou o OpenBiblio no servidor web UFG. Você terá acesso a ele via internet pelo endereço:

http://openbiblio.ciar.ufg.br/home/index.php

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Fonte: Manual de instalação openbiblioLegenda: 38 – busca por código de barra; 39 – busca por título, autor ou assunto; 40 – busca um item biblio-gráfico; 41 - Inserção de novo item bibliográfico; 42– importação de formato marc

Em seguida, selecione a opção “busca um item bibliográfico”. A busca poderá ser por título, autor ou • código de barra. Após informar qualquer uma dessas informações, entraremos na tela de Resultado da Pesquisa.

Fonte: manual de instalação do openbiblio, p.47

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Ao clicar em cima do nome da bibliografi a selecionada, aparecerão as seguintes opções: “Informações • da bibliografi a; Editar Basic; Editar Marc; Novo Exemplar; Pedidos de reserva; Apagar; Nova Bibliografi a por comparação”. Selecione a opção “Apagar”. Surgirá a seguinte tela:

“Caso a bibliografi a tiver exemplares cadastrados, não será permitida a exclusão. Será necessário voltar para a tela de informações da bibliografi a para excluir cada exemplar [...]. Aparecerá a pergunta para a confi rmação da exclusão. Caso positivo clique no botão “Apagar”. Caso for necessário cancele o processo de exclusão de voluntários, clicar em Cancelar.” (MANUAL, 2007).

Pronto! O item foi excluído do catálogo da biblioteca.

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Tema 6 - Direitos AutoraisNão poderíamos concluir este módulo sem apresentar algumas considerações sobre direitos autorais.

Esta é uma questão fundamental uma vez que os serviços de fotocópias oferecidos pelas bibliotecas não devem passar ao largo dos aspectos legais envolvidos em tais práticas e, como profi ssionais da informação, o bibliotecário e os auxiliares de bibliotecas devem estar atentos tanto aos direitos dos usuários quanto aos dos autores. Nas palavras de Calvo (2004), “Creio não haver nada que possa melhor defender os direitos dos autores que as bibliotecas”.

Enquanto realiza o seu trabalho na Biblioteca, você verifi ca que muitos documentos adquiridos possuem um símbolo ©, seguido de informações de data, autor ou editor.

Este símbolo indica que o documento tem sua re-produção restringida pelo copyright (direito à cópia), uma dos aspectos do direito autoral.

O direito autoral é um dispositivo legal que prote-ge o autor, tanto em âmbito moral quanto material, de possíveis perdas relacionadas ao uso indevido de al-guma obra. Indica restrição de reprodução de alguns

documentos. Mas não se pode confundir direito autoral com copyright. O criador de uma obra sempre detém a “paternidade” de sua produção intelectual e pode repassar o copyright para terceiros. É o que acontece, por exemplo, com autores de trabalhos científi cos que, em muitos casos, cedem o copyright para editoras comerciais de revistas científi cas como a Nature ou Science, por exemplo.

Apesar de recomendável não é necessário registrar a obra para que ela passe a ser legalmente protegida. A sua simples criação já é sufi ciente para que seu criador usufrua os direitos autorais de sua obra. O registro pode ser requerido junto a Escola Nacional de Belas Artes, a Biblioteca Nacional, Escola de Música - UFRJ - MEC, Escola de Belas Artes - UFRJ - MEC, Secretaria para o Desenvolvimento Audiovisual - SDAV, Esplanada dos Ministérios, Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agrono-mia - CONFEA, Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI.

São passíveis de proteção legal as obras literárias e artísticas (roman-ces, poemas, peças de teatro, fi lmes, trabalhos musicais, desenhos, pin-turas, fotografi as, esculturas e desenhos arquitetônicos); programas de rádio e televisão e programas de computador.

Mas os direitos do autor não podem se resumir a uma “mera questão econômica” e legal, defende Calvo. Segundo ela, todo escritor / autor teria direito a:

Formar-se leitor; 1. Tornar-se criador;2. Fazer-se conhecer;3. Ser lido;4. Perdurar;5. Fazer parte do “corpo cultural”;6. Estar em permanente diálogo com os leitores e outros criadores;7. Obter o respeito da comunidade;8. Agregar valor às suas obras;9. Obter uma compensação fi nanceira por seu trabalho.10.

O que signifi ca este ©?

Copyright – direito de reprodução do documento, da exploração comercial da obra.

Direito autoral – direito de autoria, de produção intelectual.

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Limitações do direito autoral no BrasilMesmo caracterizado como um monopólio, a legislação brasileira (Lei 9.610/98) prevê limitações dos

direitos autorais. Estas limitações são tratadas no capítulo IV da lei.Assim, não constitui ofensa aos direitos autorais “a reprodução de obras literárias, artísticas ou científi cas,

para uso exclusivo de defi cientes visuais, sempre que a reprodução, sem fi ns comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários”. (Lei 9.610/98, Art 46)É permitida também a reprodução, em um só exemplar, de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro. A utilização de trechos de qualquer obra para fi ns de estudo é possível desde que sejam indicados (citados) o nome do autor e da obra da qual a parte citada foi retirada.

LEGISLAÇÃO1. Nacional: www.planalto.gov.br •  Lei 9.610/98 na íntegra

2. Internacional: www.wipo.int e www.upov.int

Resumo do Módulo 1

O módulo 1 do curso de Capacitação de Auxiliares de Biblioteca para os polos de Educação a Distância da UFG abordou as principais questões relacionadas à Biblioteconomia e à Biblioteca universitária, com ên-fase na estrutura, função, principais serviços, dinâmica e prática diárias que envolvem o fazer e as decisões profi ssionais.

Nesse estudo, fi zemos também uma discussão sobre a função e papel dos profi ssionais da informação que atuam nas bibliotecas, pois entendemos que é importante que você, ao atuar nas bibliotecas dos polos, seja também capaz de compreender os diferentes papéis desempenhados pelos Auxiliares de Biblioteca e pelo Bibliotecário, sendo este último, o gestor dos processos relacionados aos procedimentos técnicos e administrativos na biblioteca.

Você teve oportunidade ainda de conhecer o OpenBiblio, software de automação de bibliotecas escolhi-do para implantação nos polos de ensino a distância que dão apoio ao CIAR/UFG.

Referências

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BUSHA, Charles H. The attitudes of Midwestern public librarians toward intellectual freedom and censorship. [s.n]: [Bloomington, Ind., 1972.]

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CARVALHO, Kátia. O Profi ssional da Informação: O Humano Multifacetado DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.3 n.5 out/02

CECCHINI, Isabel. Casa do Manuscrito. www.casadomanuscrito.com.br/casa/ curio_05.htm. Acessado em 09/10/2008

FERREIRA, Rubens da Silva. Auxiliares de biblioteca e trabalho informacional: desafi os e possibilidades para o Sibi/UFPA. Ci. Inf. vol. 35 no.1 Brasília Jan./Apr. 2006 Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-19652006000100011&script=sci_arttext Acessado em Out 2008.

FONSECA, Edson Nery. Introdução à Biblioteconomia. São Paulo: Pioneira, 1992.

GUINCHAT, Claire. Introdução geral às ciências e técnicas da informação e documentação. Brasília: IBICT, 1994.

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32 Auxiliar de Biblioteca

MANUAL de Instruções do Openbiblio. Faculdade de Tecnologia da Zona Leste - FATEC – ZL, 2007.

MILANESI, Luís. Biblioteca. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.

NORUZI, Ali Reza. Aplicação das Leis de Ranganathan a WEB. ExtraLibris Revista. 2005. Disponível em http://extralibris.org/revista/aplicacao-das-leis-de-ranganathan-a-web/ Acessado em 15/10/008

ORIGEM do termo biblioteca: conceito, contextualização histórica, evolução da biblioteca pública em Portu-gal. Disponível em http://princesasissi.blogspot.com/2006/09/origem-do-termo-biblioteca-conceito.html. Acessado em 20/11/2008

PORTAL Domínio Público. Disponível em: <http://www.dominiopublico.org.br. Acesso em: 04 nov. 2008.

PRIVACIDADE na Internet: estamos perdendo essa batalha?, 2008. Disponível em http://wharton.universia.net/index.cfm?fa=viewArticle&id=1542&language=portuguese&specialId=

SILVA, Divina Aparecida da; ARAÚJO, Iza Antunes. Auxiliar de Biblioteca. Brasília: Thesaurus, 1997.

SILVA, José Fernando Modesto. Software livre: modelos de seleção como subsídio à gestão bibliotecá-ria. In: XIII CBBD, Brasília, 7 a 11 de Julho 2007. Disponível em http://www.eca.usp.br/prof/fmodesto/textos/2007FMODESTOCBBD.pdf acessado em 12 de Nov/2008.

SPITZ, Eva. Uma maravilhosa história das bibliotecas. November 15th, 2003. Disponível em http://biblio.cru-be.net/?p=223, acessado em 13 de outubro de 2008.

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33EAD - CIAR/UFG/UAB

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Módulo 2Processamento técnicoCarga horária: 30 horas

Arnaldo Alves Ferreira Júnior

Bibliotecário-documentalista, supervisor de processamento técnico do Instituto Fe-deral de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás; Professor do curso de Bibliotecono-mia da Universidade Federal de Goiás, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFG.

E-mail: [email protected]: (62) 3227-2750

Currículo Resumido do(a) autor(a)

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36 Auxiliar de Biblioteca

O principal objetivo do Módulo de Processamento Técnico é proporcionar a compreensão das etapas que constituem o preparo dos livros para uso na biblioteca. Aqui serão mostradas as três principais fases pelas quais passa o livro, desde o momento em que se deve identifi car o seu conteúdo, cadastrar os dados do livro no sistema de informática, carimbagem/colagem de etiquetas, até que, fi nalmente, o livro fi ca pronto para que o usuário possa utilizá-lo.

Apresentação do Módulo 2

Objetivos do Módulo 2

Roteiro do Módulo 2

Neste módulo, refl etiremos sobre os procedimentos realizados pela biblioteca para pro-cessar e preparar tecnicamente os materias para serem utilizados pelos usuários. Para tal, o módulo está estruturado em três unidades: Organização e distribuição dos materiais da biblioteca por áreas de conhecimento; Inserção e manutenção de registros bibliográfi cos utilizando o sistema OpenBiblio; Preparo mecânico de materiais.Aproveite bem esta oportunidade!

Olá!Bem-vindo(a) ao módulo 2 do curso de Capacitação de Auxiliares de Bibliotecas para os polos de Educação a Distância da UFG.

Temática Conteúdo

1 Organização e distribuição dos materiais da biblioteca por áreas de conhecimento1) Sistema de classifi cação do conhecimento: histórico, evolução, principais conceitos.2) Organização dos conhecimentos no sistema CDU: Índice, Tabelas Principais e Tabelas Auxiliares.

2 Inserção e Manutenção de registros bibliográfi cos utilizando o sistema OpenBiblio1) Catalogação:

Origens.• Principais conceitos.• Padrão internacional de descrição bibliográfi ca (ISBD).• Principais Códigos de Catalogação Utilizados no Brasil.• 

2) Manutenção do Catálogo On-line da Biblioteca.3 Preparo Mecânico de Materiais

1) Conhecendo as partes do Livro.2) Carimbagem de materiais informacionais.3) Colagem de bolso.4) Etiquetagem do material.5) Noções de registro.

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Todos(as) Animados(as)? Claro que sim!

Temática 1Organização e distribuição de material bibliográfi co por áreas de conhecimentoCarga horária: 10 horas

Nessa unidade você irá conhecer um pouco sobre os conteúdos referentes ao es-tudo dos Sistemas de Classifi cação. Com certeza você já deve ter se perguntado como as bibliotecas organizam aquela quantidade imensa de livros e outros ma-teriais. É justamente classifi cando tudo por áreas do conhecimento que a organi-zação das bibliotecas se torna possível.

Inicialmente, será apresentado um breve histórico dos sistemas de classifi cação e os conceitos da área, para que você compreenda a terminologia técnica espe-cífi ca relacionada ao assunto. Em seguida, entraremos no conteúdo referente ao

sistema propriamente dito, como está organizado, e é claro, haverá exercícios práticos para assegurar que você com-preenda o máximo possível da unidade.

Ao fi nal dessa temática, você deverá ser capaz de compreender como o conhecimento humano está devi-damente organizado em grandes classes, e distribuir os materiais de sua biblioteca de acordo com essas classes, tornando possível uma perfeita organização.

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38 Auxiliar de Biblioteca

Tema 1 - Sistema de classifi cação do conhecimento: Histórico, Evolução, Principais Conceitos

1. Sistema de Classifi cação Decimal Universal

A classifi cação do conhecimento humano sempre foi um desafi o para os fi lósofos, de um modo geral, e para os bibliotecários enquanto organizado-res do conhecimento produzido por uma determinada sociedade.

No âmbito da biblioteconomia, os sistemas de classificação são artifícios en-contrados para representar de forma mais fácil e eficiente o conteúdo de deter-minado documento, com o objetivo de recuperar manual ou automaticamente a informação que o usuário solicita (TRISTÃO, 2004). Dentre os sistemas mais conhe-cidos e utilizados, está o sistema de classificação universal.

O início do desenvolvimento do que conhecemos hoje por Sistema de Classifi cação Universal, teve como precursores Paul Otlet (1869-1944) e seu colega, Henri La Fontaine (1854-1943). Ambos trabalhavam em um índice bi-bliográfi co que arrolasse todas as informações publicadas, sob a orientação do Institute International de Bibliographie - IIB (hoje a reconhecida Federação Internacional de Informação e Documentação – FID).

Na busca por orientação para desenvolver um esquema de classifi ca-ção, Otlet tomou conhecimento da Classifi cação Decimal de Dewey, 5ª edição, de 1894, da qual conseguiu um exemplar. Estudando o sistema, fi cou impressionado com a riqueza de conteúdos e detalhes do material e, escrevendo para Melvil Dewey, autor da Classifi cação Decimal que leva seu nome, obteve autorização para a tradução de sua obra para a língua francesa.

Impressionados com a capacidade do sistema, Otlet e La Fontaine perceberam que a organização do conhecimento humano poderia ser expressa internacionalmente através dos números, ou seja, quanto mais números decimais utilizar, de forma mais específi ca pode-se representar a informação, e ainda, que os números podiam ser compreendidos em qual-quer idioma, facilitando assim a comunicação da informação.

O trabalho deixou de ser uma simples tradução. Recebeu várias inova-ções, adaptações e complementos, passando a se constituir em um siste-ma de classifi cação que permitiria aos bibliotecários especifi car e direcio-nar assuntos de forma bem mais objetiva, atendendo as necessidades dos usuários.

Paul Otlet (1869-1944)Fonte: www.mementoproduction.be/Otlet.htm

Henri La Fontaine (1854-1943)Fonte: FUNDAÇÃO NOBEL: http://nobelprize.org/

CLASSIFICAR significa organizar ob-jetos ou idéias segundo determinados critérios.

Classificação Decimal de Dewey - siste-ma de classificação que deu origem ao Sistema de Classificação Decimal Univer-sal e cujo autor é Mevil Dewey.

ORGANIZAR, por sua vez, pode ser enten-dida como a atividade voltada para arru-mar de determinado modo; colocar em certa ordem (SOUZA, 1998, apud TRISTÃO, 2004).

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Tema 2 - Organização do conhecimento no sistema CDU: Índi-ce, tabelas principais e tabelas auxiliares

A Classificação Decimal Universal (CDU) é um esquema internacional de classificação de conteúdos de docu-mentos, ou seja, não serve para classificar apenas livros, mas também revistas, filmes, discos e materiais audiovi-suais, entre outros. Baseia-se no conceito de que todo o conhecimento pode ser dividido em 10 classes principais, e estas podem ser infinitamente divididas numa hierarquia decimal.

Os documentos são classificados de acordo com o assunto a que se referem, e é esse que determina o número que lhes é colocado na lombada e em seguida, são arrumados na estante de acordo com o número de classe atribuído. Exemplo:

55•  Geologia32•  Política61•  Medicina9•  História51•  Matemática etc.

Se tomarmos, uma classe principal, por exemplo a classe 6, Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia, poderemos ver como esta se subdivide:

61•  Ciências médicas.62 Engenharia. Tecnologia em geral.• 63•  Agricultura. Silvicultura. Agronomia. Zootecnia.64•  Ciência Doméstica. Economia Doméstica.65•  Organização e administração da indústria, do comércio e dos transportes.66•  Tecnologia química. Indústrias químicas.67•  Indústrias e ofícios diversos.68•  Indústrias, artes e ofícios de artigos acabados.69•  Construção civil. Materiais de construção. Prática e processos de construção.

A subclasse 62 Engenharia subdivide-se por sua vez em:

620•  Engenharia em geral. Testes dos materiais. Energia.621•  Engenharia mecânica.622•  Engenharia de minas.623•  Engenharia naval e militar.624•  Engenharia civil e estruturas em geral. Infra-estruturas. Fundações. Construção de túneis e de pon-tes. Superestruturas.624•  Engenharia civil divide-se em áreas diferentes que podem por sua vez ser divididas novamente em áreas ainda mais especializadas:

624.01•  Estruturas e elementos estruturais segundo o material e o processo de construção.624.011•  Estruturas e materiais de origem orgânica.624.012•  Estruturas de alvenaria.

624.012.45•  Estruturas de betão armado.624.1•  Infra-estruturas das construções. Fundações. Construção de túneis.624.2/.8•  Construção de pontes etc.E assim infinitamente...• 

Com isso, Otlet e La Fontaine conseguiram implantar um grau maior de detalhamento na organização dos assuntos dentro desse novo esquema de classificação.

O resultado desse trabalho, em língua francesa, foi publicado pelo Ins-titute International de Bibliographie – IIB, sediado em Bruxelas - no Pa-lais Mondial, de forma preliminar em 1904, e foi denominada “Manuel du Repertoire Bibliographique Universel” (Manual do Repertório Bibliográfico Universal) e em 1907, surgiu a reimpressão desta edição do Repertório, em forma de catálogo sistemático, sendo hoje a Classificação Decimal Univer-sal - CDU, com aproximadamente 33.000 subdivisões.

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40 Auxiliar de Biblioteca

Estrutura e Notação

A Classificação Decimal Universal – CDU - apresenta-se em dois volumes:

Parte 1 – Tabela Sistemática;• Parte 2 – Índice Alfabético.• 

A tabela sistemática, por sua vez, subdivide-se em outras duas tabelas: a tabela principal e as tabelas au-xiliares. Faz uso de números arábicos que, depois de pesquisados, passam a formar a notação que é o código (valor numérico) que representa os conceitos na classificação e expressa sua ordenação. Observando a CDU, na pontuação de suas notações, esta acrescenta um ponto a cada grupo de três dígitos para facilitar a leitura, não tendo, portanto, valor classificatório.

Tabela principal

A tabela principal é igualmente identificada como notação primária, lembrando que notação é o número que está na tabela de classificação e que representa o assunto que se busca para classificar corretamente os documentos. A base da CDU é constituída por nove classes específicas e uma classe geral, apresenta-se somen-te com um algarismo arábico e na classe 4 – Lingüística, que foi incorporada na classe 8 – Literatura (em 1963), deixando então, a classe quatro vaga para futuras expansões.

Veja como se distribui o conhecimento no Sistema CDU.

0. Generalidades. Informação. Organização.

01•  Bibliografias. Catálogos.02•  Bibliotecas. Biblioteconomia.03•  Livros de Referência: Enciclopédias, Dicionários.04•  Ensaios, Panfletos, e Brochuras.05•  Publicações Periódicas. Periódicos.06•  Instituições. Academias. Congressos. Sociedades. Organismos Científicos. Exposições. Museus.07•  Jornais. Jornalismo. Imprensa.08•  Poligrafias. Poligrafias Coletivas.09•  Manuscritos. Obras Notáveis e Obras Raras.

1. Filosofia. Psicologia.

11•  Metafísica.133•  Metafísica da vida espiritual. Ocultismo.14•  Sistemas e pontos de vista filosóficos.159.1•  Psicologia.16•  Lógica. Teoria do Conhecimento. Metodologia da Lógica.17•  Filosofia Moral. Ética. Filosofia Prática.

2. Religião. Teologia.

21•  Teologia Natural. Teologia Racional. Filosofia Religiosa.22•  A Bíblia. Sagradas Escrituras.23•  Teologia Dogmática.24 •  Teologia Prática.25•  Teologia Pastoral.26•  Igreja Cristã em Geral.27•  História Geral da Igreja Cristã.28•  Igrejas Cristãs. Seitas. Denominações (Confissões).

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41EAD - CIAR/UFG/UAB

29•  Religiões não-cristãs.

3. Ciências Sociais. Economia. Direito. Política. Assistência Social. Educação.

31•  Demografia. Sociologia. Estatística.32•  Política.33•  Economia. Ciência Econômica.34•  Direito. Jurisprudência.35•  Administração Pública. Governo. Assuntos Militares.36•  Assistência Social. Previdência Social. Segurança Social.37•  Educação.38•  Metrologia. Pesos e Medidas.39•  Etnologia. Etnografia. Costumes. Modas. Tradições. Folclore.

4. Classe vaga.

5. Matemática e Ciências Naturais.

50•  Generalidades sobre as Ciências Puras.51•  Matemática.52•  Astronomia. Astrofísica. Pesquisa Espacial. Geodésica.53•  Física.54 •  Química. Mineralogia.55•  Ciências da Terra. Geologia. Meteorologia.56•  Paleontologia.57•  Biologia. Antropologia.58•  Botânica.59•  Zoologia.

6. Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia.

61•  Ciências Médicas.62 •  Engenharia. Tecnologia em Geral.63•  Agricultura. Silvicultura. Agronomia. Zootecnia.64•  Ciência Doméstica. Economia Doméstica.65•  Organização e Administração da Indústria, do Comércio e dos Transportes.66•  Indústria Química. Tecnologia Química.67•  Indústrias e Ofícios Diversos.68 •  Indústrias, Artes e Ofícios de Artigos Acabados.69•  Engenharia Civil e Estruturas em Geral. Infra-estruturas. Fundações. Construção de Túneis e de Pon-tes. Superestruturas.

7. Arte. Belas-artes. Recreação. Diversões. Desportos.

70•  Generalidades.71•  Planejamento Regional e Urbano. Paisagens, Jardins etc.72•  Arquitetura.73•  Artes Plásticas. Escultura. Numismática.74•  Desenho. Artes Industriais.75•  Pintura.76•  Artes Gráficas.77•  Fotografia e Cinema.78•  Música.79•  Entretenimento. Lazer. Jogos. Desportos.

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42 Auxiliar de Biblioteca

8. Linguagem. Lingüística. Literatura.

80•  Lingüística. Filologia. Línguas.81•  vaga.82•  Literatura em Língua Inglesa.83•  Literatura Alemã/Escandinava/Holandesa.84•  Literatura Francesa.85•  Literatura Italiana.86•  Literatura Espanhola/Portuguesa.87•  Literatura Clássica (Latim e Grego).88•  Literatura Eslava.89•  Literatura em outras Línguas.

9. Geografia. Biografia. História.

90•  Arqueologia; Antiguidades.91•  Geografia, Exploração da Terra e Viagens.929•  Biografias.93•  História.94•  História Medieval e Moderna em Geral. História da Europa.95•  História da Ásia.96•  História da África.97•  História da América do Norte e Central.98•  História da América do Sul.99•  História da Oceania, dos Territórios Árticos e da Antártida.

Uma versão adaptada da tabela CDU encontra-se no anexo.

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43EAD - CIAR/UFG/UAB

Tabelas auxiliares

As tabelas auxiliares apresentam-se em duas divisões: os sinais e as subdivisões auxiliares. O uso destas ta-belas permite, além dos números simples, a construção de números compostos e sínteses. Os números simples são qualquer número extraído da tabela principal ou auxiliar e citado isoladamente. Por exemplo: Brasil (81) ou Medicina 61.

Os números compostos são os criados por síntese, ou seja, a composição feita com números extraídos de mais de uma parte da tabela (principal ou auxiliar), que juntos formam uma notação de assunto. Por exem-plo: Medicina no Brasil 61(81) ou Mineração e Metalúrgica 622 + 669.

Outros assuntos podem ainda ser encontrados nas tabelas auxiliares, como:

nomes de países (tabela auxiliar comum de lugar);• idiomas (tabela auxiliar comum de línguas); • a forma como o assunto se apresenta, se é um dicionário, uma enciclopédia ou um relatório etc. (ta-• bela auxiliar comum de formas);raças e nacionalidades (tabela auxiliar comum de raça e nacionalidade), podem também mencionar o • tempo de que o assunto trata (tabela auxiliar comum de tempo); e ainda tratar do ponto de vista sob o qual o assunto pode ser apresentado (tabela auxiliar comum de • ponto de vista).

Enfim, nas tabelas da CDU podemos classificar os assuntos de maneira completa e abrangente, passando para os nossos usuários confiabilidade e segurança através de nossos serviços.

Sinais

Os sinais, apresentados na Tabela – Coordenação e Extensão e Tabela – Relação, Subagrupamento e Or-denação são em número de cinco:

coordenação, representado pelo sinal de + (adição);• extensão, representado pela / (barra oblíqua);• relação, representado pelo sinal de : (dois pontos);• subagrupamento, representado pelos [ ] (colchetes) e• ordenação, representado pelos :: (dois pontos duplos).• 

Os sinais permitem a composição de números, atingindo um grau maior de especificidade e de recupe-ração de assuntos.

Números de classificação utilizando os sinais de relação (:), coordenação (+) e extenção consecutiva(/).

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44 Auxiliar de Biblioteca

Subdivisões auxiliares

As subdivisões auxiliares podem ser categorizadas em:

•  auxiliares comuns: possibilitam o inter-relacionamento entre assuntos e indicam características repeti-tivas, ou seja, aquelas que são aplicadas em todas as classes principais. São eles: auxiliar comum de língua de forma, de lugar, de raça, de tempo, de ponto de vista, de materiais e de pessoas. Incluem-se, também, o asterisco e as extensões alfabéticas. Essas podem ser utilizadas junto a qualquer assunto das tabelas prin-cipais, portanto, fiquem à vontade para utilizá-las quando necessário.

auxiliares especiais:•  indicam características que se repetem somente em determinados lugares da tabela, isto é, aqueles que são aplicáveis a um número limitado da tabela, cuja classe principal à qual está subordinada autorize sua utilização. São eles: auxiliares especiais de ponto zero, hífen e após-trofo. Só podem ser utilizadas junto aos assuntos que o sistema permitir, mas não fique preocupado, todas as vezes que essas tabelas especiais precisarem ser utilizadas haverá uma indicação.

Em resumo, a CDU utiliza na composição da sua notação números decimais, sinais, símbolos, letras ou palavras, portanto, é uma notação mista. Na estrutura do sistema aparecem, também, outros símbolos iden-tificados a seguir:

remissiva “ver” aparece por extenso nas tabelas;• seta •  → indica “ver também”;subdividir como = indica a divisão paralela, os números que antecedem o símbolo podem ser subdivi-• didos de maneira análoga à do número que o segue, o que permitirá uma série exatamente análoga, com os mesmos conceitos e mesmos algarismos.

Exemplo de classificação utilizando os núme-ros da tabela auxiliar de línguas.

Exemplo de classificação com auxiliar especial de - (hífen).

Exemplo de classificação utilizando os núme-ros da tabela auxiliar de formas.

Exemplo de classificação utilizando os núme-ros da tabela auxiliar de lugares.

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Índice

É o instrumento criado para facilitar a busca de assuntos nas tabelas principais. Ele aparece como um vo-lume 2 – Índice Alfabético e vem separado dos demais. É mais volumoso que o volume 1 – Tabelas Sistemá-ticas. Os assuntos que os bibliotecários identifi cam nos materiais são procurados neste índice. Os números identifi cados são anotados e em seguida, são consultadas as tabelas principais. É necessário ter sempre o cuidado de verifi car se o número do assunto encontrado realmente corresponde ao assunto que está indi-cado no material. Nem sempre o assunto encontrado no índice corresponde ao assunto procurado. É preciso ter atenção ao classifi car, pois os assuntos podem ser estudados sob diversos pontos de vista. Mas não se preocupem, com o dia-a-dia essas observações fi carão mais claras.

A Prática da organização dos materiais por assunto

Para organizarmos os assuntos referentes aos materiais que temos em nossa biblioteca, é preciso seguir alguns procedimentos que garantirão que organizemos de forma correta. Para que você compreenda quais os passos a seguir, observe atentamente o fl uxograma abaixo:

Resumo da temática 1

O conteúdo desta Unidade se refere tão somente à descrição dos conceitos sobre a Teoria da Classifi ca-ção e sobre a Estrutura do Sistema de Classifi cação Decimal Universal, que é justamente o sistema adotado pela Universidade Federal de Goiás e por muitas outras bibliotecas universitárias. Sugerimos que o mesmo sistema seja utilizado de forma simplifi cada para organização do conhecimento e documentos das Bibliote-cas dos Polos de Ensino a Distância do CIAR/UFG.

Resumo da temática 1

Portal de Referência do Núcleo de Documentação da Universidade Federal Fluminense: http://www.ndc.uff .br/portaldereferencia/• Consórcio CDU: http://www.udcc.org/• Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia: http://www.ibict.br/• Biblioteconomia, Informação & Tecnologia da Informação: • http://www.conexaorio.com/biti/psite3.cgi

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46 Auxiliar de Biblioteca

Referências

CAMPOS, Liene; MENEZES, Estera Muszkat. Classificação Decimal Universal – CDU: instruções e exercícios. Florianópolis: Editora da UFSC, 1987.

DAHLBERG, I. Fundamentos teórico-conceituais da classificação. R. Bibliotecon. Brasília, v.6, n.1, 1978. p.9-21.

GUINCHAT, C. & MENOU, M. Introdução geral às ciências e técnicas da informação e documentação. 2.ed. corr. aum., por Marie France Blanquet; trad. de Miriam Vieira da Cunha. Brasília : IBICT, 1994. 54p.

PIEDADE, M. A. Requião. Introdução à Teoria da Classificação. São Paulo: Interciência, 1983.

SILVA, Odilon Pereira da; GANIM, Fátima. Manual da CDU. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 1994.

SOUZA, Sebastião. CDU: como entender e utilizar a edição-padrão internacional em língua portuguesa. 3. ed. rev. ampli. Brasília: Thesaurus, 2004.

TRISTÃO, Ana Maria Delazari. Sistema de classificação facetada e tesauros: instrumentos para organização do conhecimento. Ciência da Informação, Vol. 33, No 2 (2004).

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Temática 2Inserção e Manutenção de registros bibliográfi cos utilizando o sistema OpenBiblioCarga horária: 10 horas

Apresentação da temática 2

Bem-vindos(as) à temática 2: “Inserção e Manutenção de registros bibliográfi cos utilizando o sistema OpenBiblio”.

Essa parte do trabalho de processamento técnico é conhecida por catalogação, cabendo ao Auxiliar de Biblioteca apoiar o bibliotecário nesta atividade.

É nessa parte que avaliaremos com muito cuidado os dados que identifi cam os materiais, tais como au-tores, títulos, dados de publicação, entre outros. Serão por esses dados que procuraremos os livros para os usuários no momento do atendimento, portanto, se esse trabalho não for feito com bastante atenção e cuidado, difi cilmente acharemos o livro solicitado.

Tema Conteúdo

1 Catalogação: Origens, principais conceitos, padrão internacional de descrição bibliográfi ca (ISBD), principais códigos de catagolação utilizados no Brasil

2 Manutenção do Catálogo On-line da Biblioteca

Nessa unidade, veremos o conteúdo referente à etapa de inserção e manutenção de registros bibliográfi cos utilizando o sistema OpenBiblio. Primeiramente, é preciso enten-der os termos utilizados na área, para que vocês não se percam durante nossa caminhada, juntamente com um breve histórico da área de catalogação. Depois de entendermos esses conteúdos, aí sim poderemos passar à parte da inserção e manutenção de registros biblio-

gráfi cos. Para essa tarefa, você utilizará o OpenBiblio. Ao fi nal dessa unidade, você será capaz de entender os termos mais utilizados pelo trabalho de catalogação e conseguir identifi car nas obras biblio-gráfi cas os itens mais importantes para identifi car corretamente uma obra, bem como inserir esses dados efi cientemente no programa de gestão da biblioteca.

Vamos ao trabalho!

Objetivos da Unidade 2

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49 Auxiliar de Biblioteca

Tema 1 - Catalogação: Origem, principais conceitos, padrão in-ternacional de descrição bibliográfi ca (ISBD), principais códigos de catalogação utilizados no Brasil

De acordo com a Classifi cação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho, os Auxiliares de Biblio-teca devem atuar no tratamento, recuperação, disseminação da informação, administração do acervo e na manutenção de bancos de dados.

Fonte: http://www.mtecbo.gov.br/busca/descricao.asp?codigo=3711-05. Acesso em: 12/12/2008

Foi aqui que tudo começou!

Origem

Historicamente, a primeira menção sobre catálogos apareceu na Bibliote-ca de Assurbanipal, em Assíria, datando entre 668-626 a.C. Atualmente, o Mu-seu Britânico de Londres ainda mantém alguns fragmentos de índices desta biblioteca da Antiguidade, como escritas rudimentares. Outra biblioteca a registrar obras em catálogos foi em Alexandria (260-240 a.C.), onde Calímaco realizou a primeira iniciativa para a organização de um catálogo metódico. Da Antiguidade até Renascença, incluindo a Idade Média, os catálogos eram

inventários das coleções a que se referiam, ao que hoje poderíamos entender por “livros de tombo”.Em relação à sua organização, a principal característica física dos catálogos era o formato de códice, ou seja,

em formato de livro. No convento St. Martin, em Dover na Inglaterra, foi encontrada uma lista de livros datada de 1389, o que se considera como o primeiro catálogo da forma como o compreendemos hoje, pois listava o conteúdo de cada obra do convento, além de uma breve análise das suas partes. Outra obra considerada de importância histórica é o catálogo de Amplonius Ratnick, de Berka na Alemanha, nos anos de 1410-12.

Já no século XV, com o avanço decorrente dos estudos na área de bibliografi as, Johann Tritheim – biblió-grafo e bibliotecário alemão – elabora uma bibliografi a em ordem cronológica com índice alfabético de autor. Em meados do século XVI, Konrad Gesner – bibliógrafo e naturalista suíço – cria uma bibliografi a em ordem de autor junto com um índice de assuntos. Com as ideias advindas dos ideais iluministas no século XVIII e as tentativas de organizar e sistematizar o conhecimento humano produzido até então, surgem as primeiras En-ciclopédias (a Enciclopédia de Diderot e a Enciclopédia Britannica), que podemos considerar como catálogos de conhecimentos. Ainda no século XVIII, o objetivo pelo qual os catálogos eram confeccionados mudou, a partir de então os catálogos passam a ser desenvolvidos para servir como um instrumento de busca de in-formações, resultado do crescimento de bibliotecas na Europa. Em 1791, foi publicado o primeiro código de catalogação e suas características eram a simplicidade e a brevidade, era curto e prático.

No fi nal do século XIX, tem-se o início da Biblioteconomia como conhecida hoje, pelo menos em termos teóricos e não práticos. Nesta época surgem também os primeiros pensadores da área:

Anthony Panizzi – 91 regras – British Museum – Inglaterra;• Charles Jewett – código da Smithsonian Institute – Estados Unidos;• Carl Dziatzko – Instruções Prussianas - Prússia;• Charles Ammi Cutter – Rules for a dictionary catalogue – Estados Unidos.• 

No século XX, os desenvolvimentos mais importantes na área da catalogação vão se referir ao desenvolvi-mento do código de catalogação anglo-americano, conhecido na área pela sigla AACR, que é o código mais utilizado no Brasil. Inicialmente, mesmo com uma série de inconsistências, foi adotado pela maioria dos paí-ses, até aqueles que possuíam seus códigos nacionais. Essa utilização se deu talvez pelo fato de que o AACR foi o código mais fi el aos princípios da Conferência de Paris. Ocorrida em 1961, reuniu a maioria das agências

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50EAD - CIAR/UFG/UAB

A partir deste momento já temos a Catalogação como conhecemos!

de catalogação do mundo na época, para discutirem os rumos que o processo de catalogação deveria seguir. Em 1967, foi lançada a primeira edição do AACR, inicialmente publicado em duas versões – norte-americana e inglesa – por questões de divergências em alguns pontos. Em 1969, é lançada no Brasil a 1ª edição do AACR, tornando-se a partir de então o código mais utilizado no país. Outro evento notável realizado naquele ano foi a Reunião Internacional de Especialista em Catalogação – RIEC, em Copenhague, Dinamarca. Como maior contribuição deste evento, além do avanço no sentido da padronização das práticas de catalogação, foi a publicação por Michael Gorman, especialista alemão, do documento International Standard Bibliographic Description – ISBD.

Principais códigos de catalogação utilizados no Brasil:

Código de Catalogação da Biblioteca Vaticana;• AACR1 (traduzido e publicado em 1969);• AACR2 (traduzido e publicado em 1983);• “catalogação referenciada”;• 

ACR2 revisão (traduzido em 2002 e publicado em 2005).• 

Sobre as ISBD’s

Em 1971, a IFLA - International Federation of Library Associations - publica os estudos do ISBD(M) (para monografi a), a ela seguem outras normas para outros tipos de materiais:

Obras raras - ISBD (A)• Material não livro - ISBD (NBM)• Publicações seriadas - ISBD(S)• Material cartográfi co (mapas, atlas etc.) - ISBD (CM)• Geral - ISBD(G)• 

Com o objetivo de ser instrumento de intercâmbio internacional de informação bibliográfi ca, a padro-nização proposta tem várias vantagens. Entre outras, a de permitir a interpretação dos dados bibliográfi cos para além dos limites da barreira linguísticas, determina os elementos necessários à descrição bibliográfi ca, estabelece a ordem de apresentação dos elementos na descrição de materiais, utiliza sequências de pontu-ação padronizadas, e por fi m, apresenta a seguinte ordem geral dos elementos da descrição bibliográfi ca:

Zona do título e da indicação do autor;• Zona de designação geral de material (DGM);• Zona da edição;• Zona do pé de impressão (local de impressão, nome do editor, data de publicação, local de impressão, • nome do impressor);Zona da colação (número de volumes e/ou número de páginas, indicação da ilustração, formato, ma-• terial acompanhante);Zona de coleção;• Zona de notas;• Zona do ISBN, da encadernação e do preço.• 

O Anglo-American Cataloguing Rules – 2ª Edição (AACR2), de 1978, tem como base o ISBD(M) para des-crição bibliográfi ca de monografi as. A estrutura de zonas do ISBD foi incorporada pelo AACR2, mas alteran-do-se o nome de zonas para áreas. A estrutura do AACR2 está dividida da seguinte maneira:

Parte I: trata da descrição bibliográfi ca dos diversos tipos e suportes de material em seus 12 capítulos, • dividi-se de forma determinada, e se dedica a cada um dos suportes a seguir: livros, folhetos, materiais cartográfi cos, manuscritos, música, gravações sonoras, fi lmes, microformas etc.;Parte II: trata da escolha e forma dos pontos de acesso, ou seja, das informações que se prestam a servir de • informação principal na busca de materiais informacionais (cabeçalhos, títulos uniformes e remissivas).

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51 Auxiliar de Biblioteca

Conheça agora alguns termos da área de Catalogação!

Para entender a linguagem do bibliotecário

Áreas - Seções da descrição que compreendem dados de uma categoria particular ou de um con-junto de categorias. As áreas são compostas pelos elementos.

Entrada principal (ou fi cha principal) - Registro catalográfi co completo de um documento, apre-sentado na forma que o permita ser identifi cado. A entrada (ou fi cha) principal pode incluir as pistas dos cabeçalhos sob os quais serão acessadas as ou-tras entradas (ou fi chas) no catálogo.

Cabeçalho - Palavra ou frase colocada no alto de uma entrada catalográfi ca, como ponto de acesso a um registro do catálogo.

Entrada secundária (ou fi cha secundária) - Re-gistro catalográfi co produzido a partir da entrada (fi cha principal) para possibilitar o acesso a outros dados desse registro no catálogo.

Catalogação - Processo de descrição (ou represen-tação) das características de um documento, que objetiva permitir sua identifi cação, busca e seleção pelo usuário. Para tanto, inclui os processos de: 1) descrição bibliográfi ca do documento;2) determinação dos pontos de acesso ao docu-mento;3) elaboração do código de localização do docu-mento.

Fonte principal de informação - A fonte de dados de um documento que tem prioridade no preparo de uma descrição bibliográfi ca ou de parte dela.

Catálogo - Conjunto de entradas (fi chas) principais e secundárias que representam documentos que compõem um dado acervo de biblioteca. Em uma biblioteca, o acervo e seu catálogo, são decorrentes de objetivos institucionalmente construídos.

Item - Um documento ou um grupo de documen-tos sob qualquer suporte, editado, distribuído ou tratado como uma entidade intelectual autônoma, constituindo a base de uma única descrição biblio-gráfi ca.

Código de localização do documento - Codifi ca-ção dada a um documento. Realiza a relação do registro bibliográfi co que representa o documento como o mesmo. Objetiva o acesso ao documento depois de localizado no registro bibliográfi co de um catálogo. (Em geral, em bibliotecas compostas por acervos grandes e com temas genéricos, utili-za-se o código de localização denominado número de chamada).

Número de chamada - Código de localização do documento em uma biblioteca composto por um número de classifi cação, uma notação referente à entrada principal (autor ou título; em geral, o pri-meiro) e outras informações, quando existentes (edição, volume, exemplar e outros).Os elementos de conteúdo são tratados na indexa-ção e na elaboração de resumos.

Descrição bibliográfi ca - Conjunto de dados que descreve (ou representa) os elementos característi-cos de um documento. Compõe-se dos elementos de identifi cação e de descrição física do documen-to. (Refere-se tanto ao processo quanto ao produ-to).

Página de rosto - Página do início de um documen-to, que traz o título principal e, em geral, embora não necessariamente, a indicação de responsabili-dade e os dados referentes à sua produção.

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52EAD - CIAR/UFG/UAB

Documento - a informação registrada em qualquer suporte manipulável e “COLEÇÃO” para o conjunto de documentos produzidos por um princípio co-mum.

Pistas - Cabeçalhos registrados na entrada (fi cha) principal, que representam os outros acessos pos-síveis a um mesmo registro do catálogo.

Elementos - Palavras, frases ou grupos de caracte-res que representam uma unidade distinta de infor-mação, e compõem uma área.

Ponto de acesso - Nome, termo, código, etc., sob o qual pode ser procurado e identifi cado um registro bibliográfi co.

Entrada analítica - Entrada para parte de um docu-mento, já registrado sob uma entrada abrangente, considerada uma entidade intelectual autônoma.

Conheça também a estrutura e a pontuação do Código que se usa para descrever os materiais da sua biblioteca.

AACR2 : Estrutura e Uso

Áreas e elementos da descrição

Área do título e informações sobre tipos de autoria:Título principal.• Títulos equivalentes.• Outras informações sobre o título.• Indicação de autoria: autor da obra, tradutor, ilustrador, organizador.• 

Área da edição:Indicação de edição.• Indicação de responsabilidade relativa à edição.• Área da publicação, distribuição etc. (anterior imprenta)• Lugar de publicação, distribuição etc.• Editora, distribuidor etc.• Data de publicação, distribuição etc.• Lugar de impressão.• Impressor.• Data da impressão.• 

Área da descrição física (anterior colação):Extensão da publicação.• Ilustrações.• Dimensões.• Material adicional.• 

Área da série:Título principal da série.• Título equivalente.• Outras informações sobre o título da série.• Indicação de responsabilidade relativa à série.• ISSN.• Numeração da série.• 

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53 Auxiliar de Biblioteca

Área das notas:Toda informação que o catalogador julgar importante.• 

Área do número normalizado e das modalidades de aquisição:ISBN.• Modalidade de aquisição.• Qualificação.• AACR2 - Áreas e pontuação.• 

Área do título e da indicação de responsabilidade:título principal.• = título equivalente• : outro título ou informação sobre o título• / primeiro dado referente à responsabilidade• , segundo e terceiro dados de responsabilidade• ; dados análogos subsequentes• 

Área da edição:.-- indicação de edição.• / primeiro dado de responsabilidade da edição.• , segundo e terceiro dados de responsabilidade.• ; dados análogos subsequentes.• 

Área da publicação, distribuição etc. (anterior imprenta):.-- primeiro local de publicação.• ; segundo local de publicação.• : editora.• , data de publicação.• ( ) detalhes de impressão (lugar: nome, data).• 

Área da descrição física (anterior colação):.-- paginação e/ou número de volumes.• : dado referente à ilustração.• ; dimensão.• + material adicional.• ( ) detalhes físicos do material adicional.• 

Área da série:.-- título da série.• : outras informações sobre o título da série.• / primeira indicação de responsabilidade de série.• . título da subsérie.• , ISSN.• ; numeração dentro da série ou subsérie.• ( ) indicação de série.• 

Área das notas:Sem pontuação específica.• 

Área do número normalizado e das modalidades de aquisição:( ) qualificação.• 

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54EAD - CIAR/UFG/UAB

Tema 2 - Manuntenção do catálogo on-line da biblioteca

Pessoal, agora que vocês já conhecem um pouquinho dos princípios da catalogação, vamos ver como inserir dados no catálogo on-line do OpenBiblio!

Nessa parte do módulo vamos inserir uma obra bibliográfi ca como exemplo, utilizando o sof-tware OpenBilio, conforme segue abaixo.

Áreas Fontes de Informação

Título e indicações de autorias (autor da obra, ilustrador etc). Página de rosto.

Edição Página de rosto, outras prelimi-nares e colofão*

Publicação, distribuição, etc. Página de rosto, outras prelimi-nares e colofão*

Descrição física Toda publicação

Série Toda publicação

Notas Toda publicação

Números normalizados Qualquer fonte

A Obra a ser inserida é esta acima.Conforme vocês poderão observar, alguns dados já existem na capa como título da obra, autores, editores, porém outros dados deverão ser procurados em outras partes da obra. Observe o quadro acima, ele apre-senta os locais que devem ser observados e os dados que serão importantes para a atividade que iremos realizar.

1º Passo: Abra o OpenBiblio. A primeira tela a aparecer deverá ser esta abaixo, em seguida clique em “Cata-logando”, como na fi gura.

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55 Auxiliar de Biblioteca

2º Passo: você irá visualizar a tela abaixo; em seguida selecione “Nova Bibliografia”.

3º Passo: A página de cadastro aparecerá, nela preencha os dados do livro, começando por escolher o tipo de material, nesse caso “Livro”.

4º Passo: Na primeira parte do cadastro preencha os campos solicitados, conforme a figura abaixo:

Gênero:•  dentro das várias opções, marque “Livros novos”;Número de Chamada:•  Essa é a informação que permitirá a localização do livro na estante. Coloque as 3 primeiras letras do sobrenome do primeiro autor em maiúsculas e as 3 primeiras letras do título do livro em minúsculas, assim: SIL/aux;Mostrar no OPAC:•  Marque essa opção para que os dados do livro apareçam nas buscas que os usuários farão;Título:•  Coloque o título em destaque do livro, nesse caso, “Auxiliar de Biblioteca”;Restante do Título/Subtítulo:•  Nesse campo, coloque o restante ou subtítulo do livro em letras minús-culas, “técnicas e práticas para a formação profissional”;Indicação de responsabilidade, tradutor etc.:•  Aqui coloque o nome do segundo autor, iniciando pelo seu sobrenome e separados por vírgula: “Araújo, Iza Antunes”;Autor principal:•  É o primeiro autor mencionado. Coloque da mesma forma que o segundo autor, nesse caso: “Silva, Divina Aparecida da”;Descritor de termos (palavras – chave):•  Nesse campo serão colocadas as palavras que representarão o conteúdo dos materiais, coloque uma palavra-chave em cada campo, lembrando que serão no má-ximo 5, aqui poderá ser “Auxiliar de biblioteca”;Descritor de termos (palavras – chave) 2:•  Outra palavra-chave do nosso exemplo era “Formação pro-fissional”;

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56EAD - CIAR/UFG/UAB

Continuando o 4º Passo: Na parte de baixo da tela os dados continuam:

Edição: •  O exemplar que estamos catalogando pertence à “5. ed.”International Standard Book Number (ISBN):•  É o número normalizado internacional que identifica o livro, pode ser encontrado na contracapa junto ao código de barras, não confundir com este. Para esse livro o número do ISBN é: 8570623518. Sem utilização de hífens.Número de Classificação:•  É o número retirado da Classificação Decimal Universal, no caso é 025, reti-rado da tabela CDU.

Lembrando o Sistema de Classificação Decimal Universal:0 Generalidades. Informação. Organização.

01•  Bibliografias. Catálogos.02•  Bibliotecas. Biblioteconomia.

Local de Publicação, Distribuição etc.:•  Se refere ao local de publicação, neste caso “Brasília”;Nome da Editora, Distribuidor etc.:•  O nome da editora é “Thesaurus”;Data de Publicação, Distribuição etc.:•  Entra sempre como ano de publicação do documento o ano em que foi publicado, no caso do exemplo, 2003. Descrição Física (número de páginas):•  O número de páginas, corresponde ao número que constar da última página, neste caso “151 p.”;

Após colocar todos esses dados no formulário de cadastro, clique em Enviar, para efetivar o cadastro da obra.

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57 Auxiliar de Biblioteca

5º Passo: A tela abaixo deverá aparecer com a seguinte mensagem em destaque:

6º Passo: Seguindo as informações da tela anterior, a próxima tela deverá ser esta. Deixe a opção “Gerar au-tomaticamente” marcada para o programa criar um código de barras para a obra que estamos catalogando, em seguida clique em “Enviar”;

7º Passo: Para emitir etiqueta, observe o número criado pelo sistema, nesse caso 000061, em seguida clique em “Relatórios”, como mostrado na figura abaixo:

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58EAD - CIAR/UFG/UAB

8º Passo: Nesta tela, clique em “Busca de Exemplar”;

9º Passo: No campo “Código de Barras começa com”, insira o número do código de barras, quanto ao cam-po “Ordenar por”, escolha a opção de sua preferência, em seguida clique em “Enviar”;

10º Passo: A tela seguinte deverá conter os dados, com os dados do material que iremos imprimir a etiqueta de lombada. Nesta tela escolha a opção “Etiquetas”, à esquerda da página, conforme abaixo;

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59 Auxiliar de Biblioteca

11º Passo: Aqui clique apenas em “Submit”;

12º Passo: O programa irá gerar automaticamente uma etiqueta com as informações necessárias à identi-fi cação da obra no acervo, conforme a página abaixo. Confi ra os dados que serão impressos. A seguir basta clicar em “Imprimir” na opção “Arquivo” e pronto.

Resumo da Unidade 2

Nesta Unidade foram apresentados os conceitos principais da prática da catalogação e a estrutura da descrição física de documentos. Também foi apresentado a catalogação passo a passo de uma obra biblio-gráfi ca usando o programa OpenBilio.

Portal de Referência da Universidade Federal Fluminense: < http://www.ndc.uff .br/portaldereferencia> Acesso em:12/12/08Fundação Biblioteca Nacional: < http://www.bn.br > Acesso em:12/12/08

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Referências

BARBOSA, Alice Príncipe. Novos rumos da catalogação. Rio de janeiro: BNG; Brasilart, 1978.

CINTRA, A.M.; KOBASHI, N.Y.; LARA, M.L.G. de & TÁLAMO, M.F.G. (2002). Para entender as Linguagens Docu-mentárias. 2a. ed. rev. e ampl. São Paulo: POLIS.

CÓDIGO de Catalogação Anglo-Americano. Trad. e adaptação do texto norte-americano editado pela ALA por Abner Lellis Corrêa Vicentini com a colab. de Pe. Astério Tavares Campos. Brasília: Ed. Dos Tradutores, 1960. 528p.

CRUZ, Anamaria da Costa. Representação descritiva de documentos: estudos de iniciação. Rio de Janeiro: FE-BAB, 1994. p. 15-97

MEY, Eliane Serrão Alves. Introdução à catalogação. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 1995. 1123p.

PRADO, Heloisa de A. Organização e administração de bibliotecas. 2 ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Cien-tíficos, 1981.

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Temática 3Preparo Mecânico de MateriaisCarga horária: 6 horas

Apresentação da Unidade 3

Bem-vindos(as)!

Aqui serão apresentadas orientações referentes ao preparo mecânico de materiais. Os conteúdos que compõem o campo abrangido por essa modalidade estão compreendidos dentro do módulo de processamento técnico. Não se apresenta como uma disciplina em sen-tido amplo, mas como uma atividade posterior à classifi cação de assuntos e à descrição física de documentos. Seus desdobramentos como atividades inerentes ao processamento técnico se constituem em:

Carimbar o material nos devidos lugares e com os tipos de carimbos adequados;• Colar o bolso no livro, onde constarão os dados de empréstimo;• Etiquetar o material com etiquetas contendo os dados de localização do livro;• Registro do livro na biblioteca;• Compor a notação de autor para individualização da obra no acervo e distribuição e organização dos • livros nas estantes.

O objetivo desta unidade é possibilitar a compreensão do conjunto de atividades que compõem o prepa-ro mecânico de materiais, capacitando-o a desempenhá-las com qualidade, aliando efi cácia na realização do trabalho com efi ciência na utilização dos recursos. Possibilitará, ainda, a compreensão da importância que essa atividade impõe ao processo de busca e recuperação da informação. Aqui, serão abordadas as técnicas de: carimbagem do material; colagem de bolso; etiquetagem do material; noções de registro; composição de notação de autor e por fi m, a organização dos livros nas estantes.

Apresentação da Unidade 3

Prontos(as) para mais uma unidade?

Roteiro Unidade Temática 3

Tema Conteúdo

1 Conhecendo as partes do livro

2 Carimbagem de materiais informacionais

3 Colagem de bolso

4 Etiquetagem de material

5 Noções de registro

6 Composição de notação do autor

7 Organização dos livros na estante

Objetivos da Unidade 3

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63 Auxiliar de Biblioteca

Tema 1 - Conhecendo as partes do livroO preparo mecânico de materiais informacionais é um processo cuja finalidade é identificá-los como pro-

priedade da instituição, e prepará-lo para que seja devidamente localizado e recuperado. É de fundamental importância que o responsável por essa atividade conheça todas as partes do livro para que não haja erro no momento da efetivação de cada etapa que compõe o processo. A figura a seguir o ajudará nesta tarefa.

Partes do livro

Aba

Aba

g

g

g

c

r

d

d

Fonte: http://www.reler.com.br/Estado_Livros_Virtuais.htm

Após conhecer os elementos constitutivos do livro, passemos para a descrição das etapas que compõem o processo de preparo mecânico.

Tema 2 - Carimbagem de materiais informacionaisA carimbagem de um material informacional tem por finalidade firmar propriedade. Geralmente, usa-se

um carimbo no verso da folha de rosto. Na parte inferior ou no local onde não há informações registradas, contendo, por exemplo, a logomarca e/ou nome da instituição, o número e a data do registro, o valor do material, o tipo de aquisição (compra, doação ou permuta) e a data da carimbagem.

Exemplo:

É conveniente carimbar também uma página pré-estabelecida pela biblioteca, a página segredo, isso é importante para que os livros tenham uma marcação específica. É o mesmo que fazemos quando compramos um livro, nós colocamos nosso nome.

Exemplo:Uma biblioteca pode estabelecer a carimbagem segredo na página 32. Nas publicações com menos de

32 páginas pode-se carimbar a página 12.

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64EAD - CIAR/UFG/UAB

Tema 3 - Colagem de bolsoPara facilitar o controle de entrega de materiais emprestados, é interessante o preparo de um bolso para

proteger e guardar o cartão e/ou ficha que contém o registro das datas de devolução. Antigamente, usava-se o procedimento manual para empréstimo, isto é, utilizava-se um cartão com o nome do livro e o número de registro que se localizava no bolso, contendo um espaço para registrar o nome do usuário e as datas de empréstimo e devolução. O cartão ficava retido a partir da data do empréstimo na biblioteca juntamente com a ficha de inscrição do usuário. Após a devolução, o cartão retornava ao bolso do livro. Atualmente, com a informatização de serviços de biblioteca, dispõe-se nos livros apenas a ficha ou comprovante de emprés-timo contendo informações sobre as datas de devolução para lembrar ao usuário a data do retorno do livro à biblioteca.

Lembramos que o empréstimo dos materiais é feito atraves do software utilizado pela biblioteca. Caso sua biblioteca ainda não esteja informatizada, recomenda-se o uso do cartão para empréstimo manual.

O bolso deve ser colado na parte interna do livro, sempre na mesma posição, pois vale lembrar que deve haver sempre uniformidade quanto às medidas adotadas pela biblioteca. Aconselha-se a fixação na última página do livro. Caso a mesma tenha informações registradas, pode-se fixá-lo no verso da capa.

Dentro do bolso coloca-se o cartão (no caso de empréstimo manual) e a ficha para registro de datas.

Exemplos:Modelo de bolso para alocação de fichas de datas de devolução.

É recomendável, também, carimbar as áreas externas do livro, ou seja, o corte e bordas (superior e inferior). O ideal é o uso de um carimbo pequeno (estreito) que contenha apenas o nome da instituição.

Borda inferior

Borda superior

Borda lateral

Locais a ser carimbados

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65 Auxiliar de Biblioteca

Modelos da ficha de data de devolução e cartão de empréstimo.

Tema 4 - Etiquetagem do materialA etiquetagem é o procedimento de identificação do material com o número de chamada a fim de facili-

tar a recuperação do material nas estantes. Digita-se o número de chamada na etiqueta, a qual se prega na lombada do livro, protegendo-a com fita adesiva transparente. A identificação pode conter, além do número de chamada (classificação e notação de autor), o número da edição, do exemplar e volume (quando for o caso) para melhor individualização.

Vale lembrar que a colagem da etiqueta deve seguir um padrão. Muitas bibliotecas fixam as etiquetas com uma distância de alguns centímetros do final da lombada do livro. Por exemplo: 2cm, 3cm, 4cm etc.

As bibliotecas informatizadas têm a possibilidade de imprimirem etiquetas contendo códigos de barras para leitura do material em software, seja para empréstimo, seja para inventário, ou outra atividade correlata. Essa etiqueta pode vir junto à etiqueta de lombada, ou individualizada na página de rosto e/ou outra página pré-estabelecida. Muitas bibliotecas utilizam os dois modelos, isto é, optam por colarem o código de barras tanto na lombada quanto no interior do livro. Esse procedimento é recomendado, pois, caso um código de barras falhe tem-se outra opção.

Existe no mercado uma variedade de etiquetas. Aconselha-se a escolha de um material de boa qualidade para melhor conservação. Dentro dessa variedade, existem as diversas numerações correspondentes ao ta-manho. Cada biblioteca se encarrega em escolher o tamanho e o modelo da etiqueta.

Exemplos:

Modelo de material com etiquetas de lombada Modelo de Colagem da etiqueta de código de barras na pá-gina de rosto

Modelo de Colagem da etiqueta de lombada com código de barras

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66EAD - CIAR/UFG/UAB

Tema 5 - Noções de registro

Tema 6 - Composição de notação do autor

Todo material adquirido pela biblioteca, seja por compra, doação ou permuta, deve ser registrado para possibilitar o controle do acervo. Trata-se do registro de um número a cada exemplar, conhecido como nú-mero de registro, ou número de tombo. Conforme já mencionado anteriormente, esse número é colocado no livro, no campo reservado do carimbo, no local estabelecido pela biblioteca, utilizado no verso da página de rosto.

Vale observar que o número aplicado a cada exemplar é estabelecido por meio de uma sequência de en-tradas, uma ordem numérica crescente. A composição desta sequência pode ser pré-estabelecida em uma folha com números de tombos, fazendo um destaque sempre no último número utilizado para não perder a sequência. Pode-se também adotar fichas de tombos, contendo as seguintes informações:

Número do registro;• Data da realização do registro;• Autor;• Título;• Local;• Ano da publicação;• Edição;• Assunto(s);• Número de classificação;• Coleção;• Forma de aquisição (compra, doação ou permuta);• Outras informações. • 

Após o preenchimento, os dados devem ser inseridos em catálogo informatizado e as fichas devem ser arquivadas.

É importante ressaltar que além de livros outros documentos também são registrados, tais como: folhetos, periódicos, vídeos, CDs etc. Para tanto, basta fazer uma adaptação para cada tipo de material. Os procedimentos são sempre os mesmos, o que muda é o formato do documento.

Pode-se também, além das fichas de tombos, fazer um registro de entrada num livro – o livro de tombo. Muitas bibliotecas optam em inserir os dados diretamente nos campos de descrição física oferecidos pelo sof-tware de automação adotado por elas. Mas, vale considerar que a conservação dos dados de registro manual oferece segurança quanto à preservação de dados, caso estes sejam corrompidos. Ou seja, se houver falha no sistema informatizado, pode-se recorrer às fichas e/ou ao livro de tombo para recomeçar o processo. O pro-grama que será utilizado para gerenciar a biblioteca, o OpenBiblio, nos dá a opção de gerar um relatório de tombos inseridos, o que poderá ser impresso e encadernado, gerando assim um livro de tombo a partir dos livros inseridos no sistema.

As principais vantagens do registro de entrada são:

Identificar cada exemplar dos documentos contidos na biblioteca;• Tombar como bem patrimonial da instituição;• Informar de maneira sucinta o número de aquisições que compõem o acervo;• Fornecer informações sobre baixas (materiais retirados do acervo): motivos;• Informar o valor financeiro, ou formas de aquisição para fins de relatório estatístico;• Oferecer atualidade e coerência;• Oferecer segurança ao patrimônio.• 

A notação de autor refere-se à composição de uma lógica alfabética ou alfanumérica dos dados do autor e do título. Serve para individualizar os autores numa mesma classificação. Trata-se de um componente mui-to importante, assim como o número de classificação, na organização dos materiais nas estantes. O número de Cutter, ou notação de Cutter, é um sistema muito utilizado em bibliotecas. É um número composto por três dígitos retirados da Tabela de Cutter, criada por Charles Cutter. Consiste em colocar a primeira letra em maiúsculo do sobrenome do autor, seguido do número de Cutter e a primeira letra da primeira palavra do título em minúsculo.

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67 Auxiliar de Biblioteca

Exemplo: Livro – Cidadania no Brasil: o longo caminho Autor – José Murillo de CarvalhoNotação – C324c

A tabela de Cutter pode ser adquirida na versão impressa ou em programa de computador. Através da internet poderá ser encontrada facilmente no seguinte endereço eletrônico: http://www.davignon.qc.ca/cutter1.html, ou ainda pode ser instalado no computador da biblioteca, gratuitamente, um programa cha-mado OCLC Dewey Cutter Program, que gera automaticamente o número de autor de acordo com a Tabela de Cutter e pode ser encontrado em: http://www.oclc.org/dewey/support/program/.

Muitas bibliotecas brasileiras utilizam o sistema de três letras. Usam-se as três primeiras letras do último sobrenome do autor em maiúsculo e as três primeiras letras do título em minúsculo, desconsiderando arti-gos. É desta maneira que as bibliotecas dos polos de ensino a distância deverão utilizar, pois devem seguir o modelo que o Sistema de Bibliotecas da UFG utiliza.

Exemplo: Livro – As razões do Iluminismo Autor – Sérgio Paulo RouanetNotação – ROU/raz

Tema 7 - Organização dos livros nas estantesA organização de livros nas estantes é uma atividade muito importante, pois ordena os materiais para pos-

terior busca e localização. Em bibliotecas cujo acesso às estantes é livre, o sistema utilizado é a arrumação relativa por assunto. Os livros são reunidos conforme o assunto tratado. Os assuntos são representados pelo código de chamada, que se compõe de um conjunto formado por letras e números.

No momento da arrumação, primeiramente leva-se em consideração o número de classificação, consi-derando, em seguida, a notação do autor, ou seja, a ordem alfabética do sobrenome do autor e do título da obra. (Cutter ou sistema de notação de três letras).

O acervo da maioria das bibliotecas encontra-se dividido em: acervo geral, acervo de referência, acervo de periódicos, materiais especiais (vídeos, CDs, DVDs, etc.). Portanto, o auxiliar precisa se atentar no momento da ordenação para arquivar os documentos no local adequado.

As estantes devem estar assinaladas com as categorias do conhecimento, segundo o sistema de classi-ficação decimal universal (CDU).

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68EAD - CIAR/UFG/UAB

Dicas para a organização do acervo

Separar o material segundo a sua natureza (periódico, livro, muitimí-• dia)Após essa separação, organize cada conjunto segundo a classe a que • pertence;Dentro da classe, separar pela ordem alfabética (Cutter ou sistema de • três letras);Observar os exemplares, edição e volume colocando-os na sequência.• A organização na estante vai do assunto mais geral para o assunto mais • específi co.Os documentos são colocados na estante de cima para baixo e da es-• querda para a direita, de acordo com o número de chamada.Ao atingirem a última prateleira inferior, os documentos continuam na • estante logo à direita. Não ocupe totalmente as prateleiras das estantes. Reserve 20% de es-• paço para a entrada de novas aquisições.Os documentos devem ser colocados na borda das prateleiras, em posi-• ção vertical com auxílio de bibliocantos.

Portal de Referência do Núcleo de Documentação da Universidade Federal Fluminense: http://www.ndc.uff .br/portaldereferencia/

Referências

PRADO, Heloísa de Almeida. Organização e administração de bibliotecas. Rio de Janeiro: Livros técnicos cien-tífi cos, 1979.

SILVA, Divina Aparecida da; ARAÚJO, Iza Antunes. Auxiliar de Bibliotecas: técnicas e práticas para a formação profi ssional. 5. ed. Brasília: Thesaurus, 2003.

BIBLIOCANTO - suporte para separar e manter em posição vertical livros, discos, fi chas e outros documentos.

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70EAD - CIAR/UFG/UAB

Módulo 3Fontes de InformaçãoCarga horária: 15 horas

Thalita Franco dos SantosMestranda em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília. Graduada em Bi-blioteconomia pela Universidade Federal de Goiás. Atualmente é professora substi-tuta da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás. Foi responsável pela Seção de Desenvolvimento de Coleções do Ministério da Saúde, coordenadora do Centro de Estudos e Informação (CEI) do Grupo Transas do Corpo e da Livraria do SUTRI – restaurante, café e livraria.

E-mail: [email protected]: (62) 3521-1333

Suely Henrique de Aquino GomesGraduada em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília; Mestre em Automação de bibliotecas pela University College London; Doutora em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, com estágio de um ano na Loughborough University - Inglaterra. É professora do curso de Biblioteconomia e do mestrado em Comunicação, Cidadania e Cultura, da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia. Atualmente, ocupa o cargo de coordenadora do curso de Biblioteconomia.

E-mail: [email protected]: (62) 3521-1348

Currículo resumido das autoras

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71 Auxiliar de Biblioteca

Objetivos do Módulo 3

Com este curso de EAD, objetivamos desenvolver a refl exão crítica das necessidades, da busca, acesso, avaliação e o uso de fontes de informação no contexto dos polos de ensino a distância da UFG. Os objetivos específi cos estabelecidos para esse módulo são:

Conhecer a tipologia de fontes de informação existentes;• Habilitar o auxiliar de biblioteca a identificar e utilizar fontes de informação;• Caracterizar e avaliar fontes de informação;• Capacitar o auxiliar de biblioteca para a pesquisa de informação em fontes gerais de informação.• 

Serão abordados temas relacionados à caracterização de fontes de informação como: conceitos, objeti-vos e funções. Classifi cação e tipologia de fontes de informação: impressas, eletrônicas e multimeios. Noções relacionadas à natureza dos suportes informacionais, prática da pesquisa e recuperação da informação, as-sim como estratégias de busca. Por fi m, veremos os critérios utilizados para avaliação de fontes de informa-ção impressas e eletrônicas.

Apresentação do Módulo 3

Este módulo será realizado na modalidade de Educação a Distância (EAD), por meio de diferentes recursos. Nessa modalidade, é você que organiza seu tempo de estudo e a ela-boração das atividades previstas. No fi nal do curso de auxiliares de bibliotecas, realizaremos um encontro presencial destinado ao último tema do módulo e, principalmente, para sanar as dúvidas que fi caram em relação aos conteúdos apresentados. Entretanto, para evitar que isto aconteça, você terá à sua disposição o contato direto com a tutora, uso de ferramentas como chats, fóruns de discussão e realização de atividades teórico-práticas para fi xação da aprendizagem.

Esperamos que este módulo ajude na tarefa de sanar as necessidades de informação dos usuários dos polos de Educação a Distância da UFG, assim como suas próprias necessidades informacio-nais.

Ressaltamos que esta será uma experiência de aprendizado mútuo e de trocas.Então, vamos lá e bons estudos!

Bem vindo(a) ao módulo 3 “Fontes de Informação”!

Tema Conteúdo

1 Introdução às Fontes de Informação

2 A Pesquisa Bibliográfi ca em Fontes de Informação

3 Fontes de Informação Gerais

4 A Avaliação de Fontes de Informação

Roteiro do Módulo 3

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72EAD - CIAR/UFG/UAB

Tema1 - Introdução às Fontes de Informação

Vivemos em uma sociedade “da informação”. Uma das características desta sociedade é a produção intensiva do conhecimento e sua rápida divulgação através dos meios mais variados, gerando um “caos docu-mentário”.

Cláudio Starec (2007), consultor de comunicação organizacional e jornalista, indaga:

Como podemos recuperar as melhores informações, se a cada ano a humanidade produz 17 exabytes de informa-ção original? Só para termos uma ideia do que isso sig-nifi ca, um exabyte é o equivalente a todo o conteúdo da Biblioteca do Congresso Norte Americano, considerado o mais completo do mundo. A sensação é que estamos, literalmente, afogados num oceano de informação, num caos documentário sem precedente na história, que origi-nou uma explosão de informação, mas que nos leva para longe de atingir uma revolução do conhecimento.

É inviável a uma unidade de informação adquirir toda a produção informacional que possa ser de interesse de seus usuários. Sendo as-sim, todos os esforços são direcionados no sentido de garantir acesso ao maior número possível de fontes de informação. Mas há de se ressaltar que a “explosão bibliográfi ca” torna bastante complexa a tarefa de loca-lizar a informação de que se necessita, conforme já pontuado por Starec (2007).

Para transitar no universo informacional, é necessário desenvol-ver determinadas competências informacionais. Segundo Miranda (2004, p. 112), “o desenvolvimento de competências informacionais pode tornar mais efetivo o trabalho de qualquer profi ssional, no to-cante às tarefas ligadas à informação, principalmente em atividades intensivas de informação”.

Segundo a autora, a competência informacional pode “estar ligada à habilidade de mediação que o profi ssional que trabalha com a informa-ção deve ter para realizar o encontro entre a informação e seu usuário” (Miranda, 2004), o que envolveria o conhecimento do ciclo informacio-nal do contexto informacional e das tecnologias de informação.

Nesse módulo são apresentadas ferramentas necessárias para atuar nessa mediação. Priorizaremos as seguintes fontes eletrônicas de informação: catá-logos de bibliotecas (UFG e dos polos de ensino a distância); Scielo; bibliotecas virtuais; bibliotecas digitais de teses e dissertações e o Google.

Mãos à obra!

Para transitar no universo informacional, é necessário desenvol-ver determinadas competências informacionaiscompetências informacionais. Segundo Miranda (2004, p. 112), “o desenvolvimento de competências informacionais

Explosão Bibliográfi ca acesse: www.sibi.ufrj.br/trab_mariza_ago2001.doc

COMPETÊNCIA INFORMACIONAL: capacidade em lidar com as tecnologias da informação, com o ciclo informacional e com os con-textos informacionais.

FOnTe: miranDa (2004)

CICLO INFORMACIONAL: determinação de ne-cessidades de informação, coleta, proces-samento, distribuição e uso da informação. Conhecer o ciclo informacional implica no conhecimento das diversas fontes estrutu-radas para facilitar a distribuição e o uso da informação.

CONTEXTO INFORMACIONAL: contexto em que se dá o ciclo Informacional: quem é o usu-ário, quais são os recursos à disposição, qual a questão colocada?

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: combinação de computadores, telecomunicação e sistemas de software que ajudam a orga-nização, transmissão, armazenamento e utilização de dados, informações ou co-nhecimentos.

FOnTe: miranDa (2004)

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73 Auxiliar de Biblioteca

Você sabe o que é uma fonte de informação?Você já utilizou alguma?Com certeza!

As Fontes de Informação

Podemos considerar fontes de informação todos aqueles instrumentos e recur-sos que servem para orientar a busca por (ou satisfazer uma necessidade de) in-formações que irão atender às demandas informacionais, sejam pessoais ou dos usuários da biblioteca.

Geralmente, as fontes de informação são utilizadas diretamente por um profi ssio-nal da informação, intermediário entre a informação e o usuário (RAMIREZ, [199-]). No entanto, extrapolando o estudo de Miranda (2004, p. 121), acreditamos que o con-junto de conhecimentos e habilidades no manuseio desses recursos informacionais “não precisa estar ligado somente ao profi ssional da informação ou a um só tipo de trabalho[ensino, pesquisa e extensão]”, principalmente em uma sociedade caracteri-zada como da informação ou do conhecimento.

Para o manuseio dos recursos informacionais, voltados para satisfazer as demandas por informação, é fundamental, primeiro, que se conheçam as diferentes tipologias e

classifi cações de fontes de informação. Em um segundo momento, saber como se estrutura uma estratégia de busca. Finalmente, saber o funcionamento, conteúdo e organização das diferentes fontes.

Classifi cação e Tipologia de Fontes de Informação

As fontes podem ser classificadas segundo o suporte em que a informação foi registrada; o conte-údo e; a cobertura das áreas do conhecimento.

Assim, segundo o suporte em que a informação foi registrada, as fontes podem ser classifi cadas em:

Fontes de informação impressas:•  são aquelas disponibilizadas em formato impresso, utilizando o pa-pel como suporte. Exemplos: livros, dicionários, periódicos, jornais semanais, boletins, relatórios, manu-ais e vários outros.Fonte de informação em formato multimeios:•  são aquelas disponibilizadas em formato multimeios, ou seja, em formatos especiais considerados não convencionais. Como exemplo, podemos citar: car-tazes, folders, fi tas de vídeo, fotografi as, bases de dados em CD-ROM e outros.Fontes de informação eletrônicas:•  são aquelas que se utilizam de equipamentos eletrônicos. É impor-tante destacar que o formato eletrônico é aquele que possui características que não são compartilhadas com o formato em papel. Possuem mecanismos de busca mais avançados e desenvolvidos, e o acesso pode ser remoto, via internet e de qualquer lugar. Os periódicos, e-books, sites e todas as fontes disponi-bilizadas via internet, são consideradas fontes de informação eletrônicas.

Tendo como base o seu conteúdo e estrutura, as fontes podem ser categorizadas em fontes primárias, secundárias e terciárias. É importante ressaltar que essa classifi cação é utilizada tanto para as fontes de in-formação impressas, como para as eletrônicas ou em formato multimeios.

Mueller (2000) estabelece as seguintes características para cada uma dessas classifi cações:

Fontes de Informação Primárias:

São aquelas que contêm informações originais ou, pelo menos, novas interpretações de fatos ou • ideias já conhecidos;São geralmente produzidos com interferência direta do autor da pesquisa;• São dispersas e desorganizadas do ponto de vista de produção, divulgação e controle.• São exemplos de fontes de informação primárias:

Periódicos (jornais e revistas, científi cas ou não).• Relatórios técnicos.• 

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74EAD - CIAR/UFG/UAB

Teses e Dissertações.• Patentes.• Nomes.• Marcas comerciais.• Traduções.• Legislação.• Normas Técnicas. • 

Fontes de Informação Secundárias:

Têm a função de facilitar o uso do conhecimento disperso nas fontes primárias;• apresentam informação fi ltrada e organizada de acordo com um arranjo defi nido, dependendo de sua • fi nalidade.

São exemplos de fontes de informação secundárias:

Bases de Dados e Bancos de Dados.• Bibliografi as e Índices.• Biografi as.• Dicionários.• Enciclopédias.• Livros.• Manuais.• Internet.• Catálogos de Bibliotecas.• Filmes e Vídeos.• Siglas e Abreviaturas. • 

Fontes de Informação Terciárias:

Têm a função de guiar o usuário para as fontes primárias e secundárias;• São documentos que apresentam uma síntese ou uma consolidação das informações.• São exemplos de fontes de informação terciárias:

Bibliotecas e Centros de Informação.• Diretórios.• Revisões de Literatura.• Guias. • 

Quanto a cobertura aos conteúdos informacionais, temos as fontes de informação gerais e as fontes de informação especializadas.

As fontes gerais de informação abrangem várias áreas do conhecimento. Como exemplo, podemos citar as bibliotecas digitais de teses e dissertações, o SCIELO, bases de dados, bibliotecas, sites e portais, desde que disponibilizem informações de temáticas variadas.

Já as fontes de informação especializadas são aquelas cujos conteúdos abrangem uma área específi ca do conhecimento. Neste caso, podemos citar a Biblioteca Virtual em Saúde, Ministério da Ciência e Tecnologia, a Associação Brasileira de Normas Técni-cas (ABNT), entre outras.

Neste curso de capacitação, daremos ênfase às fontes de informação gerais por se-rem mais abrangentes.

Fique atento ao ambiente de aprendizagem do curso! Acesse todos os dias para ver as novidades e participar das atividades. Até lá!

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75 Auxiliar de Biblioteca

Tema 2 - A Pesquisa Bibliográfi ca em Fontes de InformaçãoAté o advento dos computadores, as buscas por informação bibliográfi ca (livros, artigos, teses, disserta-

ções, etc) eram feitas utilizando fontes impressas (secundárias ou terciárias; gerais ou especializadas). Era um trabalho bem moroso.

O desenvolvimento de sistemas automatizados de recuperação de informação facilitou sobremaneira a tarefa e aumentou a qualidade das pesquisas bibliográfi cas ao possibilitar a elaboração de estratégias de buscas mais complexas em um período menor de tempo.

Segundo Lopes (2002, p 67), os sistemas automatizados demandam experiência com as fontes eletrôni-cas de informação, que devem ser combinadas com um bom conhecimento das linguagens e estratégias de busca desses sistemas.

No tema 3 conheceremos e aprenderemos a utilizar algumas dessas fontes de informação. Mas antes disso, é fundamental que você saiba um pouco sobre como elaborar uma boa estratégia de busca para en-contrar a informação desejada.

Estratégias de busca

O dicionário Aurélio eletrônico (2006) defi ne “estratégia” como a “arte de aplicar os meios disponíveis com vistas à execução de objetivos específi cos”; “busca” pode ser conceituada como “procura minuciosa: revista, exame”. Assim, estratégias de busca podem ser defi nidas como uma técnica ou conjunto de regras para fazer com que uma pergunta formulada encontre a informação armazenada em alguma fonte. Cada questão dirigida à unidade de informação demandará uma estratégia específi ca.

Para facilitar esse processo, contamos com uma série de dicas e etapas que, se observadas, nos auxiliarão no estabelecimento de estratégias de busca efi cazes. Organizamos essas dicas nos seguintes tópicos: pes-quisa de informação; pontos de acesso; recursos de busca.

Pesquisa de informação

Todo o processo de busca por informação inicia-se com a identifi cação de uma questão que demanda informações para ser respondida. Assim, o primeiro passo em direção ao estabelecimento de uma boa estra-tégia de busca é entender a questão ou o problema que levou o usuário a procurar a ajuda do profi ssional de informação.

Se a questão não for bem delineada pelo profi ssional da informação, difi cilmente os resultados da busca serão satisfatórios.

O primeiro passo, portanto, é discutir com o usuário o tópico geral da pesquisa, com o intuito de eliminar mal entendidos, dúvidas e suposições. Este primeiro contato é chamado de “entrevista de referência” e pode ser realizada face-à-face, por telefone ou mesmo via msn (messenger).

Durante a entrevista,

todos os parâmetros relevantes devem ser considerados para se determinarem os limites da busca. Quanto, em termos de recursos fi nanceiros, pode ser gasto na busca? Deve a busca ser limitada nos anos mais recentes? Quais as bases de dados que provavelmente irão fornecer as mais relevantes citações? O pesquisador quer todas as citações que mencionam uma autoridade particular ou somente as que são autorizadas por uma pessoa particular? (LOPES, 2004, p. 69)

Algumas bibliotecas dispõem de formulários próprios para conduzir a entrevista de referência. O formulário adotado pela Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás é apresentado a seguir, como um parâmetro que pode ser adaptado para a realidade do polo em que você irá trabalhar.

Que tal desenvolver um formulário personalizado para a sua Unidade?Mãos à obra!

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76EAD - CIAR/UFG/UAB

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77 Auxiliar de Biblioteca

Não existe uma única estratégia, uma única solução ou uma estratégia pronta e defi nida (CENDON, • 2006).Leve em consideração a fi nalidade da pesquisa (trabalho escolar, fundamentação para pós-gradu-• ação, trabalho). Isso pode mudar as fontes a serem utilizadas (LOPES, 2004).Muitas vezes o usuário não tem clareza quanto a sua necessidade informacional. Você pode ajudá-• lo nesta tarefa, mas caberá ao usuário dar as diretrizes sobre a pesquisa (LOPES, 2004).

Pontos de acesso

Os sistemas automatizados possibilitam várias formas (pontos) de acesso ao documento registrado em suas bases de dados: autor, título, resumo, palavras-chave, data de publicação, código de classifi cação, edi-tora etc.

Esses campos podem ser combinados para se obter maior precisão nos resultados da pesquisa bibliográ-fi ca, como veremos mais adiante.

Recursos de busca

Os recursos de busca permitem fazer pesquisas bibliográfi cas com maior nível de complexidade, envol-vendo vários conceitos (termos) na mesma estratégia de busca e oferecem a possibilidade de truncagem de raízes de palavras e de substituição de caracteres no meio dos termos. Mas como fazer isso? De duas formas: a primeira é conhecida como busca utilizando-se operadores booleanos (and, or, not); a segunda, é a busca por truncagem. Essas duas possibilidades não são excludentes, isto é, você pode combiná-las quando achar necessário.

• Busca por Operadores Booleanos - Baseada nas propriedades básicas da teoria dos conjuntos, a busca por operadores Booleanos utiliza as noções de interseção (and), adição (or) e exclusão (not) na elaboração das estratégias de busca, conforme a seguir:

a) AND (E) – é empregado quando se deseja que a informação encontrada tenha obrigatoriamente TODAS as palavras digitadas nos campos. Exemplo: CASA AND MACHADO DE ASSIS. Neste caso, você só vai recuperar informações que tragam os termos especifi cados na estratégia de busca.

b) OR (OU) – é empregado quando se deseja encontrar uma informação que tenha qualquer uma das palavras digitadas nos campos. A busca utilizando-se este operador é mais abrangente, pois, a informação encontrada pode ter qualquer um dos termos digitados, ou ainda informações que contenham os dois termos. Exemplo: MATEMÁTICA OR ÁLGEBRA. Neste caso você pode recuperar informações com as palavras matemática ou com álgebra, ou ainda com os dois termos juntos.

c) AND NOT (E NÃO) – é empregado quando se deseja encontrar uma informação que tenha o termo digitado no primeiro campo, mas que não tenha o termo digitado no campo seguinte. A busca utili-zando-se este operador é restringida. Exemplo: CULTURA BRASILEIRA AND NOT CULTURA POPULAR. Neste caso, você vai recuperar informações que tragam o termo CULTURA BRASILEIRA mas, que não tratem de CULTURA POPULAR, ou seja, este último termo é excluído dos resultados encontrados.

• Truncagem - utiliza símbolos como asterisco (*) e cifrão ($) para pesquisar palavras com a mesma raiz. Desta forma, substitui-se o símbolo utilizado por uma palavra ou frase desconhecida. Exemplo: aliment* (permitindo localizar informações sobre: alimento, alimentação, alimentício, entre outras). Alguns sistemas, como o Google, fazem a truncagem de termos automaticamente, sem a necessidade de utilização de nenhum símbolo especial.

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78EAD - CIAR/UFG/UAB

Não se preocupe, teremos oportunidade de ver na prática como realizar as buscas usando esses recursos!

Defi nição de termos de busca

Chegou a hora de estabelecer quais os termos irão representar o tópico ou assunto que o usuário está interessado. Alguns instrumentos básicos para ajudar nesta etapa são os dicionários – busca de si-nônimos, ou dicionários de língua estrangeira para tradução do termo em outras línguas. A consulta a

um Thesaurus, se houver para a área em foco, é uma importante fonte de consulta para gerar uma lista de palavras-chave a ser usada na estra-tégia de busca.

É importante também, especifi car aqueles termos que são relevantes para a pesquisa. Caberá ao usuário decidir que termos poderão ser inclu-ídos ou não na busca.

A formulação da estratégia de busca

Após realizada a entrevista com o usuário e defi nidos os termos, chegou a hora de formular a estratégia de busca. Nesse ponto, o intermediário poderá orientar o usuário no agrupamento e na combinação dos termos, reunindo em conjuntos aqueles termos similares. No fi nal, podem-se ter diversos conjuntos de termos similares (LOPES, 2004). Estes devem ser combinados usando os recursos de buscas: truncagem ou operadores booleanos. Lembre-se de excluir aqueles termos indesejados.

A forma como esses termos são combinados irá qualifi car a busca como simples ou complexa.

Montando a expressão de busca

Busca simples (termo A AND termo B)

Buscas complexas - Blocos conceituais (conceito A OR palavras sinônimas ou afi ns) AND (conceito B OR palavras sinônimas ou afi ns)

Crescimento da pérola: a partir de documentos encontrados é possível identifi car novos conceitos, termos de busca, e autores para realizar novas buscas

(CENDON, 2006).

A formulação da estratégia de busca

“O pesquisador deve selecionar os termos que especifi quem o problema por causa do seu grande conheci-mento do assunto; o intermediário deve ajudar, mas não deve defi nir o assunto, porque, na maioria das vezes, a defi nição obtida para o tema é completamente contrária à do pesquisador” (LOPES, 2004).

Thesaurus (tesouro) - dicionário de ideias afi ns; Lista de palavras com signifi cados semelhantes, restrito a um domínio espe-cífi co do conhecimento.

Fonte: wikipedia

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79 Auxiliar de Biblioteca

Para refi nar sua busca:Use termos mais específi cos.• Apresente conceitos secundários.• Busca por frase exata usando “aspas”.• Limite por data de publicação, idioma, formato dos arquivos etc.• Utilize restrições como ano, idioma etc.• 

Para ampliar sua busca:Use truncamento (*), ($) etc.• Use termos mais abrangentes.• Descubra mais termos e expressões afi ns.• Não utilize conceitos secundários.• Reduza o número de conceitos.• Remova restrições como ano e idioma.• Não busque por campos específi cos.• 

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Tema 3 - Fontes Gerais de InformaçãoVimos que a produção intensiva da informação na nossa sociedade causa algumas difi culdades para

localizar aquela informação da qual se necessita. O caos documentário ou informacional demanda interven-ções para viabilizar a recuperação da informação desejada.

Nessa linha, Teixeira Filho sugere que o caminho mais simples e mais comum é reunir e organizar em um só lugar as informações produzidas. Obviamente que é impossível reunir toda a produção intelectual de uma sociedade em um único espaço físico. Surgem, então, as fontes de informações eletrônicas, carac-terizadas como grandes bases de dados bibliográfi cas que podem ser especializadas em um determinado assunto ou área do conhecimento; ou gerais, conforme vimos anteriormente.

Neste tópico, serão apresentadas as seguintes fontes de informação gerais: Google, Scielo, bibliotecas virtuais e digitais e catálogos de Bibliotecas.

GOOGLE

A internet é, sem dúvida alguma, uma fonte riquíssima de informação, pois a partir dela é possível se ter acesso à inúmeras outras fontes de informação.

Uma dessas, que veremos mais aprofundadamente, são as ferramentas de busca na internet. Essas fontes de informação fazem uma varredura em toda a rede para localizar as informações de interesse do usuário e, sendo assim, atuam como facilitadores para a localização de informações em buscas gerais. São exemplos des-sas fontes: CADÊ, YAHOO e o GOOGLE.

O Google é uma empresa privada fundada em 1998, que produziu e mantém o maior site de busca dis-ponível na internet. Pode ser acessada através do link: www.google.com.br.

Além do mecanismo de busca (Google Search), o Google oferece serviços como: G-mail, Orkut, Google Maps, Google Earth, Google Talk, Google Groups, Google News, entre outros.

Para realizar pesquisas no Google Search, assim como na maioria das ferramentas de busca disponíveis na web, recomenda-se o uso de palavras-chave.

Google: pesquisa avançada

Lembre-se que a experiência é adquirida com a prática!Por isso comece a simular algumas pesquisas.

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SCIELO: Acesso a revistas científi cas

As revistas científi cas constituem o meio mais importante para a co-municação científi ca. Desde seu surgimento, há mais de três séculos atrás, podem ser encontradas predominantemente no formato impresso. Mas com o advento da tecnologia, buscaram-se alternativas para acessar o conhecimento científi co de forma mais rápida, versátil e econômica. Surge então o PERIÓDICO ELETRÔNICO!

Periódico Eletrônico – Designa periódi-cos aos quais se tem acesso mediante o uso de equipamentos eletrônicos. (MUEL-LER , 2000)

Os periódicos eletrônicos podem ser disponibilizados de duas formas:

1. CD-ROM: mídias que você utiliza em um computador, através de compra ou assinatura. Possuem características mais semelhantes aos periódicos impressos.

2. On-line: disponíveis via internet. Alguns mantêm o formato tradicional de um periódico impres-so, sendo apenas a versão eletrônica do periódico. Outros possuem formatos inovadores; sem equi-valentes em papel; variados recursos como links para outros acessos, contato direto com o autor; podem incluir som, imagem e movimento.

3. Para saber mais sobre periódicos científi cos eletrônicos acesse: http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/1701/2111

Existem fontes de informação muito importantes para identifi cação de periódicos, que se constituem peças-chave para a recuperação de informações científi cas. O SCIELO é uma dessas fontes.

A Scientifi c Electronic Library Online - SCIELO disponibiliza, de forma gratuita e on-line, uma coleção selecionada de revistas científi cas brasileiras que está disponível para acesso pelo endereço www.scielo.br

Atualmente, conta com uma lista de mais de 210 títulos de periódicos nacionais, de diversas áreas do conhecimento, com acesso ao texto completo de cada artigo de cada periódico.

A pesquisa no Scielo pode ser feita por:

PERIÓDICOS:•  lista alfabética de periódicos, lista de periódicos por assunto e pesquisa livre;ARTIGOS:•  índice de autores; índice de assuntos; e pesquisa livre.

A pesquisa livre pode ser feita através do FORMULÁRIO BÁSICO, podendo se utilizar os operadores boo-leanos AND ou OR e a truncagem. O sistema orienta o usuário quanto à utilização desses recursos por inter-médio de notas, visualizadas na parte inferior da tela.

scielO: FOrmUláriO BásicO

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Bibliotecas digitais: http://www.eci.ufmg.br/pcionline/index.php/pci/article/viewFile/221/388

Bibliotecas virtuais: http://www.ced.ufsc.br/~ursula/papers/orgvirt1.htm

scielO: FOrmUláriO livre

Além disso, a pesquisa também pode ser feita utilizando o FORMULÁRIO LIVRE. Neste caso, há possibili-dade de se combinar até três termos de busca a partir dos operadores booleanos AND, OR, ou AND NOT. É possível também indicar os campos (autor, título, assunto, resumo etc) em que o sistema deverá buscar os termos especifi cados.

Bibliotecas digitais e virtuais

Uma biblioteca ou unidade de informação é sem dúvida, uma riquíssima fonte de informação. Entretanto, seu acesso pode ser restrito dependendo de sua localização. Com o avanço tecnológico, novas estruturas foram surgindo e as formas de acessar a informação passaram por grandes transformações. Até que nos deparamos com coleções hoje disponíveis inteiramente via internet, muitas com acesso público e gratuito. As bibliotecas digitais e as bibliotecas virtuais podem ser citadas como exemplo.

Dadas as primeiras intruções, agora é só treinar!

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Portal Domínio Público

O portal Domínio Público (www.dominiopublico.gov.br), é uma bi-blioteca virtual criada em 2004 e que objetiva permitir a coleta, a inte-gração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos, pro-movendo o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científi cas (nos formatos de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público* ou com sua divulgação devidamente autorizada (PORTAL, 2008).

No portal Domínio Público, além da pesquisa básica, você tem a possibilidade de realizar a pesquisa por conteúdo, pesquisa teses e dis-sertações e pesquisa por nome do autor.

Agora é hora de você acessar o Portal Domínio Público para conhecê-lo, caso você ainda não o conheça, ambientar-se com sua página e ver as possibilidades de se realizar pesquisas.

DOMÍNIO PÚBLICO – uma obra consi-derada de domínio público é aquela que pode ser reproduzida sem autorização do autor. Segundo a lei de direitos autorais, são consideradas obras de domínio pú-blico:

obras com prazo de proteção patrimo-• nial esgotado (mais de 70 anos após a morte do autor, contados a partir do 1ª de janeiro do ano posterior à data de seu falecimento);obras de autores falecidos que não te-• nham deixado herdeiros;obras de autores desconhecidos, res-• salvada a proteção legal aos conheci-mentos étnicos e tradicionais.

Fonte: Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998 de Direitos Autorais

pOrTal DOmÍniO pÚBlicO: pesqUisa Básica

Não perca tempo! No Portal Domínio Público você ainda pode pesquisar por imagens, sons e vídeos.

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a BDTD: pesqUisa simpliFicaDa

a BDTD: pesqUisa avançaDa

Visite o site da BDTD para você se familiarizar com a ferramenta!

Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações

A Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) é um projeto do Instituto Brasileiro de Informa-ção em Ciência e Tecnologia (IBICT) que, segundo o qual, “integra os sistemas de informação de teses e disser-tações existentes nas instituições de ensino e pesquisa brasileiras e também estimula o registro e publicação de teses e dissertações em meio eletrônico” (BDTD, 2008).

O objetivo da BDTD é “disponibilizar gradativamente para consulta ou download, a produção nacional de teses e dissertações e oferecer aos usuários produtos e serviços integrados capazes de proporcionar aumento signifi cativo ao impacto de suas pesquisas” (BDTD, 2008).

A BDTD está disponível no endereço: http://bdtd2.ibict.br/ e disponibiliza dois tipos de pesquisa: a simpli-fi cada e a avançada.

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Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG

A Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG, desde 2007 disponibiliza de forma gratuita e on-line as teses e dissertações dos programas de pós-graduação da Universidade. A BDTD é um projeto realizado em parceria com o IBICT e de responsabilidade da Biblioteca Central da UFG.

Ela pode ser acessada através do site da Biblioteca Central (www.bc.ufg.br) pelo link “Teses e Disserta-ções”, no menu à esquerda, ou ainda diretamente pelo endereço www.bdtd.ufg.br/tedesimplificado.

A BDTD-UFG possibilita realizar pesquisas através da busca simples e busca avançada.

BDTD-UFG: BUsca simples

BDTD-UFG: BUsca avançaDa

Catálogos de bibliotecas

Os catálogos on-lines de bibliotecas são grandes bases de dados bi-bliográficos. Neste item você será apresentado ao catálogo do OpenBi-blio e ao da Biblioteca Central da UFG (Sophia).

As bases de dados de bibliotecas e unidades de informação são fontes importantíssimas na recuperação de informação nesses espaços. Para tanto, é imprescindível saber utilizar essas bases de dados, realizan-do buscas e recuperando os resultados encontrados.

BASE DE DADOS – indica uma coleção de dados que serve de suporte a um sistema de recuperação de informações. Bases de dados reunidas formam banco de dados. (BASTOS, 2001.)

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OpenBiblio

Como você já deve ter visto em outros módulos, o OpenBiblio é a base de dados utilizada nas bibliotecas dos polos de Educação a Distância da UFG e pode ser acessada pelo endereço http://openbiblio.ciar.ufg.br

Realizar a pesquisa nela é super fácil! Basta selecionar o campo em que se deseja pesquisar: “AUTOR, TÍTULO ou ASSUNTO”, digitar o termo de pesquisa escolhido e clicar em “PROCURAR”.

O resultado da pesquisa fornecerá as informações sobre a publicação, assim como seu status na bibliote-ca (disponível ou emprestado), o número de chamada (para que a publicação seja localizada na estante), o código de barras, o tipo de material etc.

Na aula presencial realizaremos pesquisas nesta base de dados!

Sophia

Sophia é o nome da base de dados do sistema de bibliotecas da UFG, disponível através do site da Biblioteca Central (www.bc.ufg.br), no link “Acervo-Busca” do lado esquerdo do site, ou pelo endereço http://www.bc.ufg.br/sophia para acesso direto.

O Sophia disponibiliza uma série de serviços on-line para usuários cadastrados no sistema como: renova-ção de empréstimo, reservas, sugestões de aquisição, entre outros.

Na busca rápida do Sophia é possível realizar pesquisas com palavras-chave, título, autor, assunto, entre outros termos.

Open BiBliO: pesqUisa nO caTálOGO

sOphia: páGina principal

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sOphia: BUsca cOmBinaDa

Já a busca combinada permite combinar até quatro termos de busca, utilizando-se dos operadores boole-anos E, OU e E NÃO.

Não perca tempo! acesse as bases de dados e tente simular pesquisas. em caso de dúvida entre em contato com a tutora!

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Então, como fazer para diminuirmos essas incertezas?

Tema 4 - Avaliação de Fontes de Informação

Neste módulo, estamos conhecendo um pouco da imensa variedade e quantidade de fontes de informação disponíveis hoje para nós. Mas, será que todas as informações disponíveis nessas fontes são confi áveis?

A internet como fonte de informação, possibilitou que as informações pudessem ser acessadas de qualquer lugar, a qualquer hora! Entretanto, temos que tomar cuidado com as informações que acessamos na internet, pois com tanta informação disponível, acabamos tendo difi culdades de delimitar a confi abilidade das informa-ções coletadas.

Avaliando...

Seguem alguns critérios essenciais que devem ser considerados na hora de avaliar as fontes de informa-ção:

Autoridade – quem produziu esta fonte? Quais são as credencias, especialidades e habilidades desta pes-• soa, grupo de pessoas ou instituição? É conhecido na área? É citado por outros autores? Existem críticas aos seus trabalhos? Qual a qualidade das informações que esta fonte indica?Atualidade – A fonte possui revisão e atualização do conteúdo? Data de publicação? Algumas áreas neces-• sitam de informação sempre atualizada e revisada? Entretanto, deve-se atentar para o caso de a fonte ser a única sobre determinada informação. Neste caso, deve-se considerá-la. Precisão – está relacionada ao conteúdo da informação, exatidão, pontualidade, se é condizente com os • objetivos propostos, se o referencial teórico é substancial etc.Clareza na apresentação.• Organização da informação.• Cobertura – é a abrangência da literatura da área em questão. A fonte cobre o todo ou grande parte do • assunto em questão? Ou é superfi cial?Relevância – coerência com os propósitos do usuário que busca a fonte de informação.• 

Os critérios apresentados acima são utilizados para avaliar tanto fontes de informação impressa quanto eletrônicas. Entretanto, quando falamos de fontes disponíveis na internet, ainda é preciso tomar alguns cui-dados com relação às informações disponibilizadas.

Para tanto, alguns critérios específi cos para esse tipo de fonte devem ser considerados:

Apresentação – está relacionado com a organização das informações. É importante atentar para:• Fonte – deve ser legível para todo tipo de usuário;• Layout – visual - deve ser agradável, pois infl uencia na forma como o usuário percebe a informação;• Fundo – padrões de textura e cores – aumenta o interesse ao acesso à fonte de informação;• 

Interface – deve ser amigável e o usuário deve ter facilidade ao utilizá-la;• Permanência – refere-se à probabilidade de um documento da •  web manter-se no mesmo endereço ao longo do tempo, ou de ser movimentado para outro diferente.Constância – diz respeito à estabilidade dos conteúdos dos documentos com o passar do tempo.• 

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A partir de agora, comece a observar esses critérios em cada fonte de informação utilizada e rapidamente isso se tornará um hábito!

Avaliação de fontes de informação na internet:http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/293/216

Viu como é fácil tomar alguns cuidados antes de usar qualquer tipo de informação?

Resumo do Módulo 3

Referências

Neste módulo, você aprendeu um pouco mais sobre fontes de informação: seus conceitos, importância, tipologia e classifi cação.

Pôde conhecer e simular pesquisas em fontes de informação disponíveis para acesso da biblioteca dos po-los de Educação à Distância. Entre elas estão: Scielo, Portal de Periódicos Capes, Google, Bibliotecas Digitais de Teses e Dissertações, Domínio Público, Sophia e o OpenBiblio que é o software a ser utilizado nos polos.

Para fi nalizar este módulo, você aprendeu a importância de se avaliar as fontes de informação, visto que nem tudo que está disponível para acesso realmente pode ser considerado confi ável. Além disso, conheceu os principais critérios a serem observados quando for realizar alguma pesquisa em uma fonte de informação desconhecida.

Agora sim, você poderá auxiliar seus usuários na satisfação de necessidades informacionais e poderá tam-bém auxiliá-lo a realizar suas próprias pesquisas.

Para isso, não deixe de conhecer e utilizar essas e outras novas fontes de informação!!

BIBLIOTECA Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnolo-gia. Disponível em: <http://www.ibict.br>. Acesso em: 12 dez 2008.

CUNHA, Murilo Bastos. Para saber mais: fontes de informação em ciência e tecnologia. Brasília, Briquet de Le-mos/Livros, 2001.

GOULART, Elias Estevão; HETEM JÚNIOR, Annibal. Pesquisas na web: estratégias de busca. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 4, n. 2, p. 53-66, jan./jun. 2007. Disponível em: < http://server01.bc.unicamp.br/seer/ojs/viewarticle.php?id=92&layout=abstract>. Acesso em: 12 dez 2008.

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90EAD - CIAR/UFG/UAB

LOPES, Ilza Leite. Estratégia de busca na recuperação da informação: revisão da literatura. Ci. Inf., Brasília, v. 31, n. 2, p. 60-71, maio/ago. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v31n2/12909.pdf>. Acesso em: 12 dez 2008.

MIRANDA, Silvânia Vieira. Identificando competências informacionais. Ci. Inf. [online]. 2004, v. 33, n. 2, pp. 112-122. ISSN 0100-1965.

MUELLER, Suzana Pinheiro Machado. A ciência, o sistema de comunicação científica e a literatura científica. In: CAMPELLO, Bernadete Santos; CENDÓN, Beatriz Valadares; KREMER, Jeannette Marguerite (Orgs.). Fontes de informação para pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2000. p. 21-34.

___________________. O periódico científico. In: CAMPELLO, Bernadete Santos; CENDÓN, Beatriz Valadares; KREMER, Jeannette Marguerite (Orgs.). Fontes de informação para pesquisadores e profissionais. Belo Horizon-te: Editora UFMG, 2000. p. 73-95.

PORTAL de Acesso Livre – Capes. Disponível em: <http://www.acessolivre.capes.gov.br>. Acesso em: 12 dez 2008.

PORTAL de Periódicos da Capes. Disponível em: <http://www.periodicos.capes.gov.br>. Acesso em: 12 dez 2008.

PORTAL Domínio Público. Disponível em: <http://www.dominiopublico.org.br. Acesso em: 12 dez 2008.

RAMÍREZ, Isabel de Torres. (Coord.) Las fuentes de información: estudios teórico-práticos. Madrid: Editorial Sín-tesis, [199-].

SCIELO - Scientific Eletronic Library Online. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 12 dez 2008.

TOMAÉL, M. I. et al. Avaliação de fontes de informação na internet: critérios de qualidade. Informação & Socie-dade; estudos, João Pessoa, v. 11, n. 2, p. 13-35, 2001. Disponível em: http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/293/216>. Acesso em: 12 dez 2008.

STAREC, Cláudio. A arte de transformar informação em oportunidades. Disponível em: http://www.catho.com.br/cursos/index.php?p=artigo&id_artigo=144&acao=exibir&. Acesso em: 12 dez 2008.

Para saber mais sobre o assunto

CAMPELLO, Bernadete; CALDEIRA, Paulo da Terra (Orgs.). Introdução às fontes de informação. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2005.

CAMPELLO, B. S.; CALDEIRA, P. T.; MACEDO, V. A. A. (Orgs.). Formas e expressão do conhecimento: introdução às fontes de informação. Belo Horizonte: Escola de Biblioteconomia da UFMG, 1998.

CAMPELLO, B. S.; CENDÓN, B. V.; KREMER, J. M. (Orgs.). Fontes de informação para pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2000.

TOMAÉL, Maria Inês; VALENTIM, Marta Lígia Pomim (Orgs.). Avaliação de fontes de informação na internet. Londrina: Eduel, 2004.

BARBOSA, Ricardo Rodrigues. Uso de fontes de informação para a inteligência competitiva: um estudo da in-fluência do porte das empresas sobre o comportamento informacional. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, n. esp., 1º sem. 2006. Disponível em: <http:/http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/viewFile/345/388>. Acesso em: 12 dez 2008.

BLATTMANN, Ursula; FRAGOSO, Graça Maria (Orgs.). O zapear a informação em bibliotecas e na Internet. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

TOMAÉL, Maria Inês et al. Fontes de informação na internet: acesso e avaliação das disponíveis nos sites das uni-versidades. Disponível em: <http://snbu.bvs.br/snbu2000/docs/pt/doc/t138.doc>. Acesso em: 12 dez 2008.

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92EAD - CIAR/UFG/UAB

Módulo 4Atendimento ao usuárioCarga horária: 15 horas

Patrícia Martins PereiraGraduada em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Goiás. Pesquisadora, produtora e consultora cultural. Atuou como professora substituta no curso de Biblio-teconomia da UFG. Atualmente, é especialista em informação no PROQUEST (www.proquest.co.uk) representando America Latina e Caribe.

E-mail: [email protected]: (62) 3299-1938

Sheila Cristina FrazãoEspecialista em docência superior pela Universidade Gama Filho. Graduada em Biblio-teconomia pela Universidade Federal de Goiás. Experiência em organização e gestão de bibliotecas universitárias, pública e escolar. Atualmente é bibliotecária do Setor de Referência do Sistema de Bibliotecas da UFG.

E-mail: [email protected]: (62) 3521-1116

Currículo resumido das autoras

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93 Auxiliar de Biblioteca

Objetivos do Módulo 4

Conceituar e socializar o que é o atendimento ao usuário.• Identifi car as principais rotinas e tarefas do auxiliar na biblioteca. • Promover o serviço de empréstimo e referência.• Identificar quais são os diferentes tipos de usuários e usos de informação.• Abordar a importância das relações interpessoais entre a equipe da biblioteca, usuário, recursos do-• cumentais e informacionais.

Apresentação do Módulo 4

Esse módulo foi elaborado com o objetivo de contribuir para a realização de seus estudos e para a ampliação de seus conhecimentos sobre atendimento ao usuário em unidade de informação.

Recomendamos que:

Acesse o ambiente virtual •  Moodle diariamente.Dedique-se pelo menos 1 hora por dia para a realização dos estudos.• Consulte o orientador sempre que achar necessário.• 

Desejamos que você aproveite ao máximo o estudo dos temas abordados neste módulo.

Bem-vindos(as) ao Módulo 4: Atendi-mento ao usuário.

Tema Conteúdo

1 Atendimento ao usuário

2 Regulamento da biblioteca

3 Serviço de empréstimo

4 Serviço de referência

5 Biblioteca em uso

Roteiro do Módulo 4

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94EAD - CIAR/UFG/UAB

Tema 1 - Atendimento ao usuário

O que é atendimento?

A equipe da biblioteca deve priorizar um trabalho pró-ativo, desde seu planejamento, até a montagem e funcionamento buscando atrair o usuário de diferentes formas. A proposição de um ambiente atraente, con-fortável, acessibilidade na entrada, nas dependências, com um acervo composto por diferentes coleções, com diversidade de títulos e em quantidade e qualidades desejáveis, que atenda as demandas da clientela é de fundamental importância para o bom atendimento a todos que se dirigem à biblioteca.

Algumas pessoas podem não saber procurar os materiais que precisam, elas podem não saber usar os catálogos, ou olhar nas estantes, daí o importante papel de quem irá atendê-las.

Os diferentes públicos

Na biblioteca universitária, o público é composto, basicamente, pela comunidade interligada à institui-ção: professores(as), estudantes, servidores(as), pesquisadores(as) e colaboradores(as).

Mas entendendo a biblioteca como de acesso público, a comunidade se amplia para outros públicos, quais sejam:

Crianças;• Jovens;• Especialistas;• Educadores;• Outros(as) bibliotecários(as) e auxiliares de biblioteca;• Pessoas da comunidade com diferentes interesses e faixas etárias:• Adultos;• Melhor idade, portadores ou não de necessidades especiais;• Administradores públicos;• Políticos; • Turistas;• Patrocinadores;• Profi ssionais da imprensa; • Associações; • Sindicatos;• Fornecedores de equipamentos, livros, outros recursos etc. • 

Entende-se por usuário, aquela pessoa que procura a biblioteca com a fi nalidade de utilizar os recursos disponíveis naquele ambiente, incluindo o de leitura e o acesso intermediado pela equipe. O conjunto de usuários constitui-se na clientela da biblioteca.

Uma das tarefas mais importantes na biblioteca é fazer com que a informação esteja sempre disponível e motivar as pessoas a fazerem uso dela.

O contato do usuário pode ser presencial ou à distância, por e-mail, telefone, fax ou telegrama, e deve ser compreendido e utilizado pela equipe de forma a aproximar o usuário, escutá-lo e buscar o atendimen-to adequado para sua necessidade.

O atendimento deverá ter uma abordagem clara, bem orientada e num ambiente apropriado para um contato mais demorado, se assim se fi zer necessário.

A equipe da biblioteca deve ser capacitada, orientada e interessada, manuseando e acessando sempre as obras, de forma a se familiarizar com seu arranjo, entradas e saídas temáticas, como sumários e índices.

O auxiliar deve priorizar o atendimento personalizado ao público, clien-te, usuário, leitor e visitante, seja de forma presencial ou à distância.

Sumário: é um elemento pré-textual, ou seja, antecede o corpo principal do traba-lho, cujo objetivo é enumerar as principais divisões, seções e outras partes de um do-cumento, nas mesma ordem em que a ma-téria nele se sucede. Não se deve confundir sumário com índices, listas e glossários.Índice: elemento pós-textual, isto é, ge-ralmente incluído no fi nal do documento e apresenta a enumeração detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, nomes geo-gráfi cos, acontecimentos, etc., ordenados sob determinado critério (alfabético, cro-nológico ou outros) com a indicação de sua localização no texto (NBR 6034).Lista: elemento pré-textual que enume-ra recursos utilizados no texto, tais como datas, ilustrações, exemplo, tabelas, siglas, etc., na ordem em que aparece.Glossário: Lista de termos utilizados no documento, quase sempre dispostos por ordem alfabética, com suas respectivas signifi cação ou a sua versão em outra lín-gua.

Fonte: ABNT, 1989.

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95 Auxiliar de Biblioteca

Segundo Guinchat:

O usuário é um elemento fundamental de todos os sistemas de informação, pois a única justifi cativa das atividades destes sistemas é a transferência de informações entre dois ou mais interlocutores distantes no espaço e no tempo.(...) o usuário é um agente essencial na concepção de qualquer sistema de infor-mação. Ele é um fator dinâmico, mas pode ser também um fator de resistência se desconhece os mecanismos da informação e se retém informações!

GUINCHAT, 1994, p. 480-481

Para reconhecer os diferentes tipos de usuário, uma refl exão:

Clientes internos? Quem são? • Equipe da biblioteca (Bibliotecário(a), estagiário, bolsistas, servidores, auxiliares).• 

Clientes externos?• Professores.• Servidores.• Estudantes.• Comunidade.• Turistas (eventualidade).• 

Como adequar públicos e usos diferentes?

Prioritariamente, a biblioteca universitária atende sua comunidade acadêmica e para tanto dispõe de materiais referentes às suas áreas de atuação. Ou seja, relacionados às disciplinas dos cursos ministrados na universidade.

Porém, não há impedimento e é até desejável que a biblioteca amplie seus recursos informacionais de modo a atender outros interesses dos clientes. Os livros literários, informativos, de curiosidades, entre ou-tros, completam a formação acadêmica e pessoal do indivíduo, sendo assim, é importante que ele tenha acesso a esse tipo de material.

Todos podem utilizar o espaço da biblioteca e de seu acervo para consulta local, porém, somente a co-munidade acadêmica (alunos, servidores, professores), devidamente cadastrada na biblioteca, utilizará o serviço de empréstimo domiciliar.

Quais são os possíveis usos?

É importante que a biblioteca busque focar no público-alvo que tem por objetivo atender, mas nunca se feche a outros usuários, mesmo tendo características bem defi nidas de uma biblioteca universitária.

Para cada biblioteca, tipos diversos de usuários; para cada clientela, demandas diferenciadas de informa-ção e documentação.

Cada usuário traz consigo diferentes necessidades e interesses para cada momento de sua vida. O que vale dizer é que para cada usuário há uma demanda específi ca, e que esta pode variar por fi nalidades, perí-odos de sua vida e sua formação.

Conhecer a clientela que compõe a biblioteca é uma tarefa constante, inquietadora e indispensável no trabalho da equipe.

Quem irá participar da biblioteca de nosso polo?

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96EAD - CIAR/UFG/UAB

Perfi l do Auxiliar de Biblioteca

O auxiliar é o profi ssional entre todos da equipe que fi ca a maior parte do tempo junto ao usuário, tendo maiores possibilidades de descobrir as difi culdades de acesso ao acervo, que observa o uso ou não uso de um determinado espaço e recurso de informação.

Dentro desse cenário, é importantíssimo que o auxiliar:

Goste de executar seu trabalho e comunique aos seus superiores e companheiros sempre que tiver • difi culdades.Mantenha boa comunicação com toda a equipe. • Combine com alegria, ânimo, leitura, atendimento, colaboração.• 

A capacitação, que é o objetivo deste curso, é um passo importante. Porém, é indispensável que o auxiliar esteja comprometido com o trabalho, os desafi os e as possibilidades advindas da função.

Facilita muito o trabalho do auxiliar contar com recursos documentais e informacionais que atendam a de-manda do usuário em quantidade e qualidade, que sejam organizados segundo técnicas biblioteconômicas, como foi visto no módulo “Processos Técnicos”, ou seja, que todo o material seja descrito, organizado, sistemati-zado e acondicionado por temáticas e ambientes adequados, preferencialmente em rede, por meio do acesso remoto a um software em linha (on-line) acessível a todos os interessados.

Cabe ao auxiliar conhecer os recursos disponíveis na biblioteca. Ele deve ser curioso, orientado, e estar preparado para uma relação constante com os livros, revistas, jornais, CDs, DVDs, entre outros.

É preciso estar dotado de um grande desejo de ampliar o seu olhar e facilitar o contato entre recursos e usuários.

Ser criativo e interessado – uma vez que a equipe esteja capacitada a comunicar seu trabalho, que o acervo tenha sido selecionado, adquirido, organizado e esteja acessível ao usuário, é importante que o auxiliar de biblioteca se sinta apto e interessado em ser pró-ativo, antecipar-se às demandas, necessidades, orientações de interesse do usuário.

O QUE SE ESPERA DO AUXILIAR?

Saber priorizar, ser efetivo, pró-ativo, autônomo para atender, buscar informações, ser colaborador e aten-to com a equipe e o usuário, Ser curioso e ter dispo-sição para pesquisar nas mais diversas fontes de in-formação.

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Rotinas/tarefas a serem realizadas pelo auxiliar?

No atendimento:Receber os usuários.• Explicar o funcionamento da biblioteca.• Informar os serviços oferecidos.• Treinar o usuário na consulta on-line (catálogo automatizado – OpenBiblio).• Divulgar e explicar as normas adotadas pela biblioteca.• 

Na consulta local ao material:Orientar os usuários em suas pesquisas.• Orientar os usuários na busca on-line de material (OpenBiblio).• Ensinar os usuários a manusear as obras de referência (dicionários, enciclopédias, atlas, manuais etc).• Orientar os usuários na localização do material nas estantes, em relação ao endereço do livro (classifi-• cação + notação de autor).

No empréstimo domiciliar (As etapas de empréstimo serão abordadas detalhadamente mais à frente):Solicitar a apresentação da carteira de identificação.• Efetivar ou gravar o empréstimo.• Anotar na papeleta de devolução a data de devolução e entregar o material para o usuário.• Alertar o usuário quanto à data de devolução.• 

Na devolução:Apresentação do livro pelo usuário.• Conferir a data de devolução. Se houver atraso, cobrar multa.• Anotar devolvido na papeleta de devolução.• Agrupar o livro junto aos demais devolvidos para posterior reposição nas estantes.• 

Na renovação de empréstimo:Receber o material.• Verificar a data de devolução: se houver atraso, a multa deve ser paga antes de proceder a renova-• ção.Selecionar a renovação (no OpenBiblio).• Efetivar a renovação.• 

Na reposição do material na estante:Separar o material devolvido e os recolhidos nas mesas por número de chamada (classificação + no-• tação de autor), iniciando na classe 0 até a 9, se tiver.Recolocar nas devidas estantes.• 

Para que haja sucesso nas atividades da biblioteca, propõem-se uma equação bastante efetiva, que é:

Auxiliar de biblioteca, bibliotecário + toda a equipe, desde a portaria até o voluntário, com quem a biblioteca pode contar + o(a) bolsista, o(a) estagiário(a) é = a alma da biblioteca.

Portanto, a forma como o auxiliar atua e todos os outros recursos humanos constituem o tom de prazer ou não da equipe.

O profissional que irá atender a diferentes processos na biblioteca está em contato permanente com o público interno e externo. Trabalha, portanto, com leitores e situações diferenciadas e deve favorecer o pro-cesso de comunicação, fortalecendo a imagem da equipe, da biblioteca e consequentemente da instituição à qual está vinculada.

Para que isso seja uma realidade e perdure, é necessário que toda a equipe esteja bem relacionada entre si.

Todos devem conhecer a biblioteca e a instituição, suas normas, regras, o que facilita que sejam adotados pro-cedimentos corretos, evitando que sejam dados direcionamentos diferentes para o mesmo caso.

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98EAD - CIAR/UFG/UAB

Para Refl etir

Fala-se tanto em qualidade dos serviços prestados pela biblioteca e na verdade qualidade é servir bem, e sem-pre (um pouco melhor); é valorizar as pessoas e trabalhar pela integração da equipe. É preciso acreditar que a qualidade dos serviços nas bibliotecas só é possível através das pessoas. (SILVA; ARAÚJO, 2003, p.122).

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99 Auxiliar de Biblioteca

Tema 2 - Regulamento da Biblioteca

A importância do regulamento da biblioteca

O regulamento é o documento que determina as regras de funcionamento da biblioteca. Deve ser ela-borado e aprovado com a participação de toda a equipe, de modo que todos conheçam as regras e possam orientar corretamente os usuários para o bom uso da biblioteca.

O regulamento facilita e assegura o trabalho da equipe no esclarecimento ou na orientação ao usuário, no que se refere aos serviços, à consulta do acervo, bem como direitos e deveres do usuário.

O que deve constar no regulamento da biblioteca?

A identifi cação da biblioteca: nome, instituição a qual está subordinada ou órgão mantenedor, ende-• reço completo.Dias e horários de funcionamento detalhados para que não haja dúvidas do período em que o usu-• ário poderá efetivamente usufruir da biblioteca. Cada polo deverá defi nir dias e horários, de modo a atender às necessidades dos usuários, considerando períodos de aula e o tempo livre (antes e depois das aulas) para uso da biblioteca. Apresentar a fi nalidade da biblioteca e os serviços que oferece.• Esclarecer as categorias de usuários e quais podem utilizar o serviço de empréstimo domiciliar.• Apresentar as condições para inscrição do usuário.• Condições para consulta local: cuidados ao manusear os materiais, acesso às estantes (se é livre ou • fechado), orientação do auxiliar na busca nas estantes, deixar bolsas, mochilas na portaria. Empréstimo domiciliar: relacionar o material que é emprestado para cada tipo de usuário, quais ma-• teriais não são emprestados, tempo limite de empréstimo, penalidades para atrasos, danos e extravio de material emprestado.Relacionar direitos e deveres dos usuários.• Estabelecer as penalidades em caso de atraso ou extravio de material: valor de multa, reposição de • livro perdido.

Abaixo indicamos alguns sites que divulgam regulamento de biblioteca e normas para empréstimo que poderão ajudá-lo a participar mais efetivamente na elaboração de um regulamento para a sua unidade.

Direitos e deveres do usuário

Relacionamos aqui alguns direitos e deveres dos usuários. Se necessário, a equipe pode acrescentar mais alguns itens que julgar conveniente para a sua unidade.

Direitos:Ser bem tratado pela equipe da biblioteca;• Utilizar de todo material disponível para consulta;• Contar com o auxílio de um funcionário sempre que precisar;• Participar de eventos promovidos pela biblioteca.• 

Deveres:Conhecer e obedecer as normas da biblioteca;• Respeitar os funcionários;• Usar adequadamente o acervo, visando sua conservação;• 

Direitos e deveres do usuário

Visite os sites: http://www.ourinhos.unesp.br/doc/regulamento-bib.pdfhttp://www.ence.ibge.gov.br/biblioteca/regulamento_interno.asphttp://www.unoescjba.edu.br/biblioteca/quem_somos/regulamento_unifi cado.pdfhttp://www.bu.ufsc.br/normas.html

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100EAD - CIAR/UFG/UAB

Deixar sobre as mesas os livros utilizados (não retorná-los às estantes).• Identificar-se sempre que for solicitado;• Não comer, beber, fumar e utilizar aparelho celular na biblioteca;• Não entrar com bolsas, sacolas, mochilas.• 

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101 Auxiliar de Biblioteca

Tema 3 - Serviço de empréstimo

Empréstimo domiciliar

Este serviço tem por fi nalidade possibilitar ao cliente um tempo maior para o uso do material disponível. É um serviço fundamental para facilitar a leitura, pesquisa e estudos dos usuários.

Antes de oferecer o serviço de empréstimo, é necessário determinar quais materiais da coleção podem ser emprestados e qual o tempo limite. Essas decisões dependerão da quantidade de material, estimativa de usuários, a facilidade de acesso à biblioteca, considerando a distância geográfi ca, acesso remoto etc.

Como já apresentado no item anterior, essas informações irão constar no regulamento e devem ser di-vulgadas para os usuários.

Os clientes dos polos poderão usufruir, também, do sistema de bibliotecas da UFG (SIBI/UFG). Para tanto, deverão conhecer e seguir as normas de empréstimo de material do sistema.

Atenção! No caso do SIBI/UFG foram elaboradas normas para empréstimo, uso das salas didáticas de informática, uso do guarda-volumes e utilização de serviços on-line. Observe na sua unidade a necessidade da elaboração de todas essas normas separadamente, ou se é possível englobar todas as regras no regula-mento da biblioteca.

No mais, você pode seguir o sistema da UFG como modelo, adequando as normas quando necessário.Se tiver dúvida solicite o auxílio do profi ssional bibliotecário.

Inscrição do usuário

A inscrição é feita no balcão de atendimento da biblioteca onde será cadastrado no sistema. Na ocasião, o usúario deverá apresentar a carteira de identifi cação que comprova seu vínculo com a instituição.

Utilizando como exemplo o cadastro de usúario pelo OpenBiblio, deve-se inicialmente abrir a tela de “circulação” e clique em “novo membro”, preencher a fi cha e clique em “enviar”.

Os clientes dos polos poderão usufruir, também, do sistema de bibliotecas da UFG (SIBI/UFG). Para tanto, deverão conhecer e seguir as normas de empréstimo de material do sistema.

Consulte os documentos abaixo, utilize-os como modelo:

manual de usuário do SIBI/UFG 2008: http://www.bc.ufg.br/sophia/bc/download/guia2008.pdf• regulamento de empréstimo no SIBI/UFG: http://www.bc.ufg.br/uploads/fi les/resolucao722.pdf• 

OpenBiblio: Cadastro de usúario

Pronto. O usuário está cadastrado!

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102EAD - CIAR/UFG/UAB

Como fazer o empréstimo?

Para o empréstimo de materiais, siga os passos conforme o modelo abaixo:

Na guia “circulação” e no local “inscrição”, insira o número do cadastro do usuário. Outra opção é procurar o usuário pelo sobrenome.

OpenBiblio: Empréstimo - Busca pelo sobrenome

Busca pelo sobrenome

Depois de localizar o usuário, selecione o nome desejado:

OpenBiblio: Localização do usúario

Aparecerá a tela do usuário, suas permissões de empréstimo e histórico de empréstimos e devoluções:

OpenBiblio: Informações do usúario

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103 Auxiliar de Biblioteca

Embaixo no item “empréstimo de bibliografi a” deverá ser colocado o número de código de barra (gerado quando o livro é processado no OpenBiblio) para efetivar o empréstimo.

Depois de registrado o empréstimo, o auxiliar irá anotar a data de devolução do livro na “papeleta de devolução” que será colada na contracapa posterior do livro ou no bolso, conforme forma de preparação material adotada pela biblioteca, exposto no módulo 2, unidade temática 3.

Para fazer a devolução dos materiais vá até a guia ”circulação” e em seguida em “devolução de bibliografi a”, coloque o número do código de barras e clique em “devolver”. Em seguida, anotar na papeleta de devolução a data em que os materiais foram efetivamente devolvidos.

OpenBiblio: Empréstimo de bibliografi a - Continuação da tela anterior.

Para maiores esclarecimentos sobre o empréstimo no OpenBiblio, consulte o manual de instruções disponível no site:

http://openbiblio.incubadora.fapesp.br/portal/down/fontes/InstalandoOpenBiblio06.pdf/view

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104EAD - CIAR/UFG/UAB

Tema 4 - Serviço de referência e informação

O que é o serviço de referência?

Serviço responsável por sistematizar e oferecer o “cardápio” da biblioteca, por meio da sua equipe, ten-do por finalidade instigar e fomentar de forma apetitosa a degustação dos recursos da biblioteca. Agrega a ação da equipe de biblioteca, ou seja, do(a) bibliotecário(a), do(a) auxiliar e outros profissionais, visando diagnosticar, antecipadamente e constantemente as necessidades, interesses e problemas do usuário no acesso à biblioteca, seus recursos e sua equipe, buscando solucioná-los. Demonstra interesse pelo usuário com a finalidade de recepcionar, atender, acolher, informar, formar e orientar a clientela interna e externa, facilitando e estimulando o uso da biblioteca e seus recursos.

Para o atendimento ao usuário, o bibliotecário, o auxiliar e demais membros da equipe contam com as obras de referência que devem ser instaladas prioritariamente nas proximidades da entrada da biblioteca, de maneira acessível.

Em geral, o livro/obra de referência possui um registro de R ou REF compondo o número de chamada, que é impresso na etiqueta colocada na lombada do livro, ou seja, endereço de localização do livro na es-tante:

REF ou R

As obras de referência são recursos indispensáveis em todas as bibliotecas. De consulta rápida às remis-sivas ou outros títulos, consultas e acessos, são obras bastante utilizadas na maioria das bibliotecas. Não são emprestadas para uso externo ao ambiente da biblioteca, ou seja, não se faz o empréstimo domiciliar e mere-cem atenção e cuidado especial no seu uso e conservação, tendo em vista que possuem custo elevado e uso frequente.

As principais obras são:

Atlas, bibliografias, catálogos, dicionários, enciclopédias, fontes estatísticas, guias, índices, em forma-• to impresso, eletrônico e digital.Um bom serviço de referência agrega outros materiais de consulta, como informações sobre a institui-• ção, a biblioteca, a cidade, incluindo mapas, folders, impressos e outros.

Questão de referência

No serviço de referência temos a “questão de referência”, que é a dúvida/questão que o usuário traz para ser resolvida pelo auxiliar e/ou pela equipe da biblioteca, seja por meio do acesso a um livro, lugar, informação, pessoa, etc. Se a questão do usuário é previsível ou recorrente, deixa de ser questão de referência e passa a ser uma demanda atendida pela biblioteca, seja pela oferta de produtos, serviços, programas, informes e outros.

Assim, não é uma questão de referência o horário de funcionamento da biblioteca, nem tão pouco os serviços, atividades que a biblioteca desenvolve, pois, na medida do possível a equipe da biblioteca deverá produzir um folder, um mapa, um diretório/website que preste essas informações à sua comunidade.

A entrevista e o processo de referência atende todos os pontos de interesse do usuário, desde o problema ou dúvida que o leva a buscar a biblioteca, a sua abordagem com a equipe até a solução dessa dúvida.

Conforme já enfatizado no módulo III, durante a entrevista tem-se a oportunidade de discernir se a dúvida do usu-ário é uma questão de referência ou uma questão que possa ser respondida com um impresso, como: folder, cartaz, mural e outros. Ou seja, informações que já tenham sido questionadas anteriormente e que a biblioteca já sabe de antemão as respostas.

Segundo Silva; Araújo (2003, p. 103) as principais fases da entrevista são:

o problema, isto é, o que motivou o usuário a ir à biblioteca;• a necessidade de informação: o que o usuário precisa;• a questão inicial: a primeira solicitação ao pessoal de referência;• a questão negociada: conversa que vai esclarecer a questão inicial;• a estratégia de busca: criada a partir da conversa;• processo de busca: como e onde buscar a resposta;• a resposta: apresentação do resultado da busca;• a solução: a satisfação do usuário com a resposta recebida.• 

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105 Auxiliar de Biblioteca

Serviços para usuários

O próprio atendimento, a orientação para o uso da coleção, o fornecimento de informações, o apoio às pesquisas são considerados serviços oferecidos pela biblioteca.

Podemos relacionar mais alguns serviços:

Empréstimo entre bibliotecas;• COMUT – comutação bibliográfi ca;• Reprodução de documentos;• Acesso à internet e a bases de dados como, por exemplo, portal da CAPES, portal de pesquisas;• Elaboração de boletins e informativos para divulgar o acervo e a biblioteca;• Serviço de pesquisa a distância por telefone, •  e-mail, fax – o usuário solicita informação sobre o funcio-Namento, sobre o acervo ou um assunto específi co;Visita orientada e treinamento de usuários.• 

A seguir apresentamos um serviço que será de grande utilidade para os clientes:

Levantamento ou pesquisa bibliográfi ca – consiste em localizar referências bibliográfi cas que servirão • como ponto de partida para os trabalhos científi cos e pesquisas. O usuário preenche um formulário em que defi ne o assunto da pesquisa, o tipo de material (artigo de periódico, parte de documento, teses) e suporte (impresso ou correio eletrônico). Caso haja dúvidas de como realizar a pesquisa soli-citada, consulte novamente o módulo 3 “Fontes de Informação”. Naquele módulo, foram apresentadas diversas fontes de informação importantes para o levantamento bibliográfi co e as estratégias de bus-cas para localizar as informações publicadas sobre determinado assunto.

Serviços para usuários

Antes de começar a procurar informação:

Qual é o objetivo da minha pesquisa?• O que já sei e o que quero saber sobre o assunto?• 

Na pesquisa da informação:Onde posso encontrar a informação de que necessito?• Das informações que localizei, qual é a mais pertinente?• 

Fonte: LUTA (2008)

Não Se Preocupe!

A implantação dos serviços é gradual e constante. Inicie com o que for possível e amplie à medida que a unidade dispor de mais estrutura e recursos humanos, fi nanceiros, de equipamentos.

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Tema 5 - Biblioteca em uso

A recompensa do trabalho

O trabalho de atendimento, especialmente na realização do serviço de referência, é de grande relevância para a comunidade usuária, o que gera uma satisfação profi ssional quando bem realizado. Não sendo rotineiro, o trabalho oferece perspectivas amplas da receptividade dos serviços e produtos oferecidos pela biblioteca, sendo possível verifi car a satisfação do usuário e agregar novas possibilidades de acesso constantemente.

(...) além da satisfação derivada da participação num serviço importante prestado à comunidade, o verdadeiro bibliotecário de referência encontra razões pessoais de prazer em seu trabalho.Além de aprender nos livros, o bibliotecário de referência também adquire percepção sobre o comportamento humano, simpatia para com as pessoas, e, de vez em quando, a amizade de uma grande personalidade. Há também no trabalho de referência emoções e variedades que evitam a monotonia. O bibliotecário de referência nunca sabe qual será a próxima consulta, e se ele e os recursos da biblioteca estarão à sua altura. Se possuir os instintos de um detetive ou de um caçador, fi cará encantado com as questões difíceis que tiver que resolver, regozijando-se com suas soluções corretas. Se não os possuir, será melhor que não fi que no trabalho de referência, pois nele não encontrará felicidade nem sucesso. (HUTCHINS, 1973, p. 280).

Para Refl etir

Há muitas possibilidades com pessoas, livros e um espaço preparado para recebê-los. A biblioteca, e o acesso a tudo que há nela, supõe um direito de todos em prol da igualdade de oportuni-dades e de igualdade ao acesso à informação.

Algumas práticas promotoras de acesso, uso e leitura

Como se vê, o trabalho na biblioteca é bastante instigante. Manter a biblioteca ativa e dinâmica é função das mais importantes. Relacionamos aqui algumas dicas para ajudá-lo:

sensibilizar o público quanto à apropriação do espaço, do bom uso das coleções, dos recursos dispo-• níveis.desenvolver suas habilidades de busca, pesquisa, fontes de informação, base de dados; saber localizar os • materiais com rapidez e precisão.orientar o usuário para o uso autônomo das coleções.• pesquisar a história do bairro, da cidade, conhecer a comunidade e contar com a colaboração dela na • realização de eventos na biblioteca, tais como: poetas, escritores, artesãos, profi ssionais liberais.estimular o empréstimo domiciliar.• convidar professores e servidores para utilizarem e colaborarem com a biblioteca.• promover eventos como saraus de poesia, lançamento de livros, exposição de obras de arte, rodas de • leitura.

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Açougue cultural [http://www.t-bone.com.br].• Proler [www.proler.bn.br]• Fundación Germán Sánchez Ruipérez [http://www.fundaciongsr.es]• Biblioteca Demonstrativa de Brasília [http://www.bdb.org.br]• Projeto Sou Escritor [http://geocities.yahoo.com.br/orientando/aconteceu.htm]• http://www.folclorecapixaba.org.br• http://www.cordelon.hpg.ig.com.br• 

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107 Auxiliar de Biblioteca

Resumo do Módulo 4

Referências

O módulo 4, do curso de Capacitação de Auxiliares de Bibliotecas para os polos de educação a distância da UFG, aborda o atendimento ao usuário trabalhando os conceitos de usuário, atendimento, regulamento da bi-blioteca, serviços de empréstimo e de referência. Apresenta o perfil do(a) auxiliar de biblioteca e o instiga para a importância das inter-relações entre equipe e usuário.

Associação Brasileira de Norma Técnica [ABNT]. NBR 6027 - Sumário. Rio de Janeiro: ABNT, ago. 1989.

GUINCHAT, Claire; BLANQUET, Marie-France. Introdução geral às ciências e técnicas da informação e docu-mentação. Trad. de Mirian Vieira da Cunha. Brasília: IBICT, 1994.

HUTCHINS, Margaret. Introdução ao trabalho de referência em bibliotecas . Trad. Ada Maria Coaracy. Rio de Janeiro: FGV, 1973. 293 p.

LUTA para dar sentido à informação: guião para a realização de trabalhos de pesquisa. Biblioteca da Escola Secundária Montemor-o-Velho. Disponível em: <http://www.anossaescola.com/esmontemor/ficheiros/recursos/G_LUTA.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2008.

MILANESI, Luis. Públicos e uso da informação. IN: _______. Biblioteca. Cotia: Ateliê Editorial, 2002. p.53-82.

_______. NBR 6034 - Preparação de índice de publicações. Rio de Janeiro: ABNT, ago. 1989.

_____. O que é biblioteca? 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1986.p.107.

SILVA, Divina Aparecida da; ARAUJO, Iza Antunes. Auxiliar de biblioteca: técnicas e práticas para formação profissional. 4. ed. rev. aum. Brasília: Thesaurus, 2003. p.152.

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Módulo 5Planejamento e Organização de BibliotecaCarga horária: 10 horas

Tatiane FerreiraMestranda em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, especialista em Docência Superior pela Fundação Lions e graduada em Biblioteconomia pela Uni-versidade Federal de Goiás. Atualmente, é editora de sessão da Revista Brasileira de Estudos em Segurança Pública, bibliotecária do Conselho Regional de Administração de Goiás, bibliotecária da Polícia Militar de Goiás e professora substituta da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás.

E-mail: [email protected]: 3201-1614

Suely Henrique de Aquino GomesGraduada em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília; mestre em automação de bibliotecas pela University College London; doutora em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, com estágio de um ano na Loughborough University - Inglaterra. É professora do curso de Biblioteconomia e do mestrado em Comunicação, Cidadania e Cultura, da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia. Atualmente, ocupa o cargo de coordenação do curso de Biblioteconomia.

E-mail: [email protected]: (62) 3521-1348

Sheila Cristina FrazãoEspecialista em Docência Superior pela Universidade Gama Filho, graduada em Biblio-teconomia pela Universidade Federal de Goiás. Possui experiência em organização e gestão de bibliotecas universitárias, públicas e escolares. Atualmente, é bibliotecária do Setor de Referência do Sistema de Bibliotecas da UFG.

E-mail: [email protected]: (62) 3521-1116

Currículo resumido das autoras

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111 Auxiliar de Biblioteca

Objetivos do Módulo 5

Propiciar conhecimento básico para planejamento e organização das unidades de informação dos polos da UFG.

Apresentação do Módulo 5

Esperamos que, no decorrer do curso, possamos ter várias trocas de experiência e que o material sirva como guia para orientá-lo no seu trabalho na unidade de informação. Nesse mó-dulo, você conhecerá alguns conceitos, práticas e experiências importantes para desenvolver serviços e produtos com qualidade nas unidades de informação dos polos da UFG. Para isso, comecemos a refl etir:

O trabalho que presto na unidade de informação tem qualidade?• Eu faço planejamento?• O espaço da biblioteca está adequado para as suas atividades?• Eu sei descrever minhas atividades?• Eu consigo aferir minha produtividade?• Como elaborar um plano de ação?• 

Olá!Bem vindo(a) ao módulo Planejamento e Organização de Biblioteca.

Tema Conteúdo

1 Administração de Bibliotecas

2 Planejamento: conceitos, tipologias e elaboração

3 Diagnóstico da unidade informacional

4 Relatórios estatísticos

5 Organização do espaço físico

Roteiro do Módulo 5

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112EAD - CIAR/UFG/UAB

Tema 1 - Administração de Bibliotecas

Toda biblioteca deve oferecer aos seus usuários serviços e produtos adequados e de qualidade, além de um ambiente aprazível para estudos individuais e em grupo, sem esquecer aqueles que nela trabalham. Para atender a esses quesitos, a biblioteca deve criar condições espaciais e arquitetônicas; deve dispor de equipamentos e mobiliários adequados; acervo em acordo com as necessidades do seu público usuário; uma equipe de funcionários com formação adequada para exercer as funções típicas de uma biblioteca; e uma dotação orçamental que garanta o seu funcionamento.

Geralmente, a biblioteca dispõe de poucos recursos, espaços insufi cientes, equipes pequenas, e muitas demandas por parte dos usuários e da instituição mantenedora. Nesse contexto, fazer uma biblioteca fun-cionar bem envolve importantes decisões quanto à orientação da equipe, manutenção e organização dos espaços e alocação dos poucos recursos que geralmente são destinados ao seu funcionamento.

Assim, como em qualquer empresa ou organização, a biblioteca, para atingir os objetivos para os quais foi constituída e atender as expectativas do seu público alvo, deve ser bem administrada para utilizar da melhor for-ma possível os recursos disponíveis e manter sua equipe motivada a realizar o trabalho e vencer os desafi os que surgem no cotidiano. Compete ao bibliotecário administrar a biblioteca neste sentido.

Mas o que é administrar?

O termo “administração” vem do latim, ad (junto de) e ministratio (prestação de serviço). “Administrar” pode ser entendido, portanto, como uma ação de pres-tação de serviço voltada para o “processo de trabalho com as pessoas e com os recursos que integram, tornando possível o alcance dos seus objetivos. Adminis-trar implica em tomar decisões e realizar ações.” (JACOBSEN et al, 2006, p 16).

Decidir é escolher entre alternativas qual delas seguir, levando-se em consi-deração os refl exos futuros das decisões presentes; é posicionar-se em relação ao que fazer no futuro (GOMES et al, 2006).

Por que administrar?

Porque os recursos estão cada vez mais difíceis;• os custos estão cada vez mais altos;• os consumidores estão mais exigentes;• os concorrentes estão mais fortes;• a abertura do mercado exige maior competência;• as mudanças são cada vez mais rápidas.• (GERALDO, 2008)

Assim, como em qualquer empresa ou organização, a biblioteca, para atingir os objetivos para os quais foi constituída e atender as expectativas do seu público alvo, deve ser bem administrada para utilizar da melhor for-

Pondere...A biblioteca concorre por recursos com os demais setores e atividades da instituição a qual está vinculada. As verbas são, quase sempre, insu-fi cientes para atender todas as demandas da unidade. Portanto, é pre-ciso pensar bem onde irão ser investidas.

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113 Auxiliar de Biblioteca

Em qualquer organização, toma-se decisão sobre:

O que fazer?

O quanto fazer?

Com que fazer?

Como fazer?

Quando fazer?

Para quem fazer?

Chiavenato (1997) considera que o processo de decisão desenvolve-se em sete etapas, a saber:

Percepção da situação que abrange algum problema;• Diagnóstico e definição do problema;• Definição dos objetivos;• Busca de alternativas de solução ou de cursos de ação;• Escolha da alternativa mais apropriada ao alcance dos objetivos;• Avaliação e comparação dessas alternativas;• Implementação da alternativa escolhida.• 

Essas etapas estão interligadas, e cada uma exerce influência sobre as demais. Nem sempre as etapas são seguidas à risca. Isso depende da urgência em se tomar a decisão (CHIAVENATO, 1997).

Quais as funções do bibliotecário administrador?Espera-se daquele que assume a administração da biblioteca que es-

teja apto a desenvolver uma série de ações ordenadas – as chamadas funções administrativas - que levem a unidade de informação a cumprir os propósitos para os quais foi estruturada.

Assim, compete ao bibliotecário-administrador, planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar as atividades desenvolvidas no âmbito de sua biblioteca.

Planejar•  – ação voltada para pensar o futuro da biblioteca. Etapa em que serão estabelecidos os objetivos da unidade e especifi-cados como, quando e com que recursos serão realizados. O pro-duto do planejamento é um plano de ações para atingir as metas traçadas. É a primeira das funções: antes de agir, pensar.Organizar•  – na fase de organização, os esforços voltam-se para designar, agrupar, dividir e distribuir as atividades e tarefas para cada um da equipe a fim de que os objetivos sejam alcançados satisfatoriamente; delegar responsabilidades na consecução das metas e objetivos estabelecidos; possibilitar a melhor utilização dos recursos disponíveis (financeiros, humanos, materiais).Dirigir/comandar•  – estimular os membros da equipe a colabora-rem e assumirem responsabilidades pelo sucesso da biblioteca. Para fazer a biblioteca acontecer, o bibliotecário e todos os mem-bros da equipe precisam de motivação e disposição para irem além do mero cumprimento apático das atividades que lhes são delegadas.Controlar•  – envolve o estabelecimento de padrões e critérios de desempenho esperado, o acompanhamento na execução das ati-vidades, a coleta de dados relativos ao desempenho de cada setor ou funcionário, a avaliação do desempenho em relação ao padrão estabelecido e a adoção de medidas de correção daquilo que fugir ao esperado.

Objetivos indicam intenções gerais para o futuro da biblioteca e o caminho bási-co para chegar ao destino que se deseja.

Metas são as ações específicas mensu-ráveis que constituem os passos para se atingir os objetivos.Fonte: http://w w w.planodenegocios.com.b r / d i n a ¬ m i c a _ a r t i g o . a s p ? t i p o _tabela=artigo&id=27)

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114EAD - CIAR/UFG/UAB

Quem deve participar do processo administrativo?

Atualmente, toda organização moderna adota o modelo de administração participativa. Em uma admi-nistração participativa, é garantida a todos os membros da instituição ampla liberdade para manifestar suas ideias, pontos de vista e opiniões em relação às principais decisões a serem tomadas no âmbito do trabalho. A administração participativa volta-se para a valorização do trabalhador e a humanização do trabalho e da produção. A pessoa não é, simplesmente, “um componente da estrutura produtiva como uma máquina qualquer” (MASIERO, apud VANDI, 1999). Ela é fundamental no processo de condução das atividades organi-zacionais voltadas para atingir os objetivos consensualmente estabelecidos. Conforme sinalizado por Vanti,

“este estilo de administração prioriza a tomada de decisões por consenso, pro-curando contemplar todas as opiniões e pontos de vista dos integrantes de uma equipe de trabalho. Para isto, estimula a exposição constante de razões, argumen-tos, críticas, sugestões e ideias por parte de todos os membros, inclusive dos mais introvertidos. Esta proposta busca um permanente envolvimento mental e emo-cional, apontando para a motivação e a assunção de maiores responsabilidades por parte dos integrantes do grupo. “(VANTI, 1999)

Portanto, é bastante salutar para a biblioteca que todos contribuam na administração.

Como o Auxiliar de Biblioteca pode colaborar nas atividades administra-tivas?

A participação do Auxiliar de Biblioteca nas atividades administrativas já é contemplada no código de classifi cação de ocupações do Ministério do Trabalho e do Emprego. De acordo com o código, é função do Auxiliar de Biblioteca, dentre outras:

participar na gestão administrativa da unidade de informação e documentação; • participar de reuniões de planejamento e avaliação; • coletar dados estatísticos; • auxiliar na elaboração de projetos;• auxiliar no inventário de bens patrimoniais não bibliográfi cos; • participar na elaboração e análise de critérios estatísticos.• 

Deve também participar da organização, avaliação e manutenção do ambiente de trabalho, o que signi-fi ca:

controlar as condições de higiene e limpeza do ambiente; • organizar a disposição do mobiliário e equipamentos no ambiente; • manter a disposição do mobiliário e equipamentos no ambiente; • controlar o fl uxo do usuário; • elaborar a sinalização do ambiente; • auxiliar no controle do uso e manutenção dos equipamentos; • avaliar o uso e adequação do ambiente.• 

Mas para participar de forma mais efetiva, vamos saber mais sobre as funções administrativas? Os próxi-mos itens serão dedicados ao planejamento, avaliação/diagnóstico, controles/emissão de relatórios estatís-ticos e organização do espaço físico – funções em que o Auxiliar de Biblioteca está diretamente envolvido.

114EAD - CIAR/UFG/UAB

Lembre-se sempre:

Você é muito importante para a administração da biblioteca!O auxiliar é o profi ssional entre todos da equipe que fi ca a maior parte do tempo junto ao usuário. As-sim, possui maiores possiblilidades de descobrir as difi culdades de acesso ao acervo, ao observar o uso ou não uso de um determinado espaço e recurso de informação.

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115 Auxiliar de Biblioteca

Tema 2 - Planejamento: conceitos, tipologias e elaboração

Se você pensou em “um planejamento”, acertou! É isso mesmo... Tudo que vamos fazer, inclusive uma viagem, precisa de um planejamento. Precisamos pensar: Para onde ir? Com o quê? Como faremos? O que temos para fazer? Quanto vamos gastar? Em quanto tempo? E assim por diante... Para organizar e manter uma biblioteca, assim como numa viagem, precisamos de planejamento. Então, vamos lá!

No século XX, quando surgiu o interesse pelo planejamento, planejar voltava-se para o controle de mé-todos, padrões, capacidade e incentivos de produção. Com o passar do tempo, percebeu-se a necessidade da administração global, que segundo Henri Fayol (1841-1924), consistia em planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar as atividades nas empresas.

O planejamento não é um acontecimento, mas um processo contínuo, permanente e dinâmico que fi xa objetivos e defi ne linhas de ação e etapas a serem atingidas. Essas ações devem ser identifi cadas de forma adequada, considerando aspectos como o prazo, custos, qualidade, segurança, desempenho e outras condi-cionantes. Um planejamento bem realizado oferece inúmeras vantagens à equipe de projetos. Tais como:

controle apropriado;• produtos e serviços entregues conforme requisitos exigidos pelo cliente;• melhor coordenação das interfaces do projeto;• resolução antecipada de problemas e confl itos; e• um grau mais elevado de acertos nas tomadas de decisão.• 

O tempo dedicado ao planejamento é vital para evitar problemas na fase de execução. Seu objetivo cen-tral é estabelecer claramente os objetivos pretendidos, independente da área de atuação e dos meios que serão empregados para o alcance desses objetivos (MORETO NETO, 2006, p 26). Ele estabelece o caminho, a direção que a biblioteca irá tomar para atender as demandas de seus mais diferentes públicos.

Pare para pensar.

Para realizar uma viagem, o que você faz inicialmente?

Para Refl etir

“Planejar é preparar-se para o inevitável, prevenindo o indesejável e controlando o que for controlável” (Peter Drucker).

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116EAD - CIAR/UFG/UAB 116EAD - CIAR/UFG/UAB

Para aprofundar seus conhecimentos sobre Planejamento Estratégico, acesse os sites:http://www.planodenegocios.com.br/dinamica_artigo.asp?tipo_tabela=artigo&id=27http://www.gestaoelideranca.com.br/gestaoelideranca/principal/conteudo.asp?id=3951

O planejamento possui três etapas (GOMES, 2008):

O estabelecimento dos objetivos a alcançar;• Tomada de decisões a respeito das ações futuras;• Elaboração de planos.• 

Do ponto de vista das atividades de uma biblioteca, deve-se planejar:

O espaço físico: planejamento do espaço;• a estrutura organizacional: esboço da estrutura com que sejam alcançados os objetivos previstos;• os produtos: refere-se a produtos e serviços a serem oferecidos;• os recursos humanos, materiais e fi nanceiros necessários;• as operações: processos de produção e distribuição de produtos e serviços;• as formas de acompanhamento e avaliação, bem como da continuidade dos planos;• a organização como um todo (planejamento global): a combinação de todos os planos existentes na • organização e o processo pelo qual todos os planos internos se integram ao seu planejamento estraté-gico.

Conforme a abrangência, o planejamento pode ser:

Estratégico;• Tático;• Operacional.• 

Independente do nível (abrangência) do planejamento, todos devem ser capazes de responder aos ques-tionamentos: o quê? Quando? Como? E onde? Seja no nível estratégico, tático ou operacional. O planejamen-to estratégico é o planejamento de longo alcance, no qual o horizonte de tempo é maior do que um ano e envolve toda a organização. É muito comum nas empresas brasileiras encontrar planejamentos da ordem de cinco anos. Devido ao seu planejamento temporal longo, o planejamento estratégico opera com dados que são continuamente incompletos e imprecisos. O planejamento estratégico é desenvolvido pela alta direção da instituição com a participação de todos.

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117 Auxiliar de Biblioteca

Participe do fórum no moodle para obter sua nota parcial.

O planejamento tático envolve um horizonte de tempo intermediário, geralmente um ano ou menos. E o planejamento operacional consiste na tomada de decisão de curto prazo, normalmente feita em horas, dias ou semanas. Neste último tipo, normalmente encontramos dados muito acurados e precisos, e seus méto-dos devem ser capazes de manipular um grande volume de dados.

Os planejamentos operacionais correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planejamento tático.

Cada um dos planejamentos operacionais deve conter detalhes sobre:

os recursos necessários para o seu desenvolvimento e Implantação; • os procedimentos básicos a serem adotados; • os produtos ou resultados fi nais esperados; • os prazos estabelecidos.• 

O planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, principalmente de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto, nesta situação têm-se, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais.

Método 5W 2H

O método 5W 2H é o check-list utilizado para construir os planos de ação, frutos de planejamentos estratégicos ou táticos. Segundo Wei-nhardt (2008, slide 20):

Os Ws correspondem às seguintes palavras do Inglês: W•  hat (o quê); W•  ho (quem);W•  hen (quando); W•  hy (por que); e W•  here (onde).

Os Hs correspondem a H•  ow (como); e H•  ow Much (quanto custa).

O planejamento operacional pode ser considerado como a forma-lização, principalmente de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto, nesta situação têm-se, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais.

PLANO DE AÇÃO - é um documento que mos-tra o planejamento de todas as ações ne-cessárias para atingir um resultado dese-jado.

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118EAD - CIAR/UFG/UAB

FOnTe: WeinharDT (2008, sliDe 23)

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119 Auxiliar de Biblioteca

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120EAD - CIAR/UFG/UAB

Tema 3 - Avaliação e Diagnóstico da Unidade Informacional

A avaliação é uma atividade que deve ser planejada para subsidiar a tomada de decisão no ambiente de trabalho. Deve ser uma prática cos-tumeira de todos os que trabalham na biblioteca. Esta atividade deve ser propositiva, podendo ter como objetivo promover a excelência dos serviços e produtos oferecidos pela biblioteca, subsidiar a alocação de recursos de modo mais efi ciente, identifi car oportunidades de expansão de atuação da biblioteca e/ou identifi car a adequação da sua infra-estru-tura física e tecnológica no atendimento às demandas dos usuários.

Lancaster (1996) mostra que existem várias razões para se realizar a avaliação de uma unidade de informação e de seus serviços, e que a mais importante é a necessidade de estabelecer indicadores para mostrar o seu nível de desempenho. Somente a partir do conhecimento de seu desem-penho é que se pode promover melhorias signifi cativas.

AVALIAR - Calcular ou determinar o valor, o preço ou o merecimento de. vtd 2 Reco-nhecer a grandeza, a intensidade, a força de: Avaliar a dor, a mágoa. vtd 3 Apreciar: Avaliar a força, os costumes. vtd 4 Compu-tar, orçar: Avaliar a riqueza de um povo. Avaliam a herança em dois milhões de dólares.

Moderno Dicionário da Língua Portuguesa Michaelis

Nós avaliamos e somos avaliados o tempo todo. Somos avaliados na escola, no trabalho, em casa...Avaliamos o modo que o outro se veste, dança, pensa...Avaliamos o tempo: se está frio ou quente;um restaurante: se está limpo, se a comida é boa e assim por diante.

O conhecimento vem por meio do diagnóstico da unidade. Esse é considerado a primeira etapa do pro-cesso de planejamento. Consiste na intervenção da rotina da instituição, usando métodos científi cos e so-ciais para avaliar o estado da organização num determinado momento. Exemplifi cando: Quando o paciente vai a um médico que nunca consultou anteriormente, o médico realiza o diagnóstico do paciente. Nesse diagnóstico, o profi ssional pergunta ao paciente o nome, o peso, a idade, os hábitos e vícios, os sintomas e muitas outras informações. Após realizado o levantamento destas informações, o médico irá analisar estas informações, diagnosticar os sintomas e adotar as medidas necessárias para ajudar o seu paciente a recu-perar a saúde.

A elaboração do diagnóstico

Para elaborar o diagnóstico de uma unidade de informação, pode-se adotar o seguinte roteiro:

a) Identifi car e caracterizar os recursos humanos alocados na biblioteca em atividade regular, quanto ao número, formação, cargos ou funções contratuais, situação funcional e atividades de capacitação/treinamento realizadas;

b) Caracterizar os recursos físicos da biblioteca quanto ao espaço físico ocupado e ambiências exis-tentes, condições de ventilação, iluminação e segurança;

c) Identifi car e caracterizar o mobiliário disponível para usuários, funcionários, serviços e armazena-mento do acervo;

d) Identifi car os equipamentos existentes na biblioteca;

e) Caracterizar a comunidade usuária da biblioteca quanto à tipologia, acesso ao acervo e frequência de uso;

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121 Auxiliar de Biblioteca

f ) Identifi car a responsabilidade, os instrumentos e os critérios adotados para a seleção dos mate-riais;

g) Identifi car as tipologias adotadas para a aquisição dos materiais, assim como a procedência dos recursos fi nanceiros;

h) Identifi car e caracterizar o acervo da biblioteca por tipologias documentais;

i) Verifi car o horário semanal de funcionamento da biblioteca nos períodos de funcionamento da unidade (matutino, vespertino e noturno).

Para cada item acima relacionado, deve-se emitir um juízo de valor. Por exemplo, sobre os recursos huma-nos: são sufi cientes? Estão qualifi cados para as atividades? Estão satisfeitos? Estão em desvio de função? Sobre a infra-estrutura, novamente procure avaliar se os recursos são condizentes com os planos da biblioteca. E assim sucessivamente.

O diagnóstico permitirá a identifi cação dos pontos fortes (aspectos em que a biblioteca está bem avalia-da) e os pontos fracos (problemas que precisam ser sanados).

Em uma organização, a avaliação deve estar respaldada em relatórios.No próximo tópico do módulo, você aprenderá a emitir os principais relatórios estatísticos utilizados nas

atividades administrativas da biblioteca.

Fique atento ao moodle, pois vocês fará uma atividade importante sobre os temas que trabalhamos até agora!

Vamos lá?

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122EAD - CIAR/UFG/UAB

Tema 4 - Os Relatórios Estatísticos

Como ressaltado anteriormente, as decisões devem ser baseadas em dados sobre a realidade da biblio-teca. As estatísticas reunidas e analisadas oferecem subsídios para a tomada decisão. São importantes para avaliar os serviços prestados, bem como o grau de satisfação dos usuários, a adequação do acervo e do es-paço físico. Além disso, as estatísticas servem para orientar a solução de problemas, sanar falhas, melhorar e ampliar os serviços e o atendimento oferecidos e conhecer as necessidades dos usuários.

A equipe deve contar com instrumentos para coletar informações importantes, a fi m de pensar nos ob-jetivos que a biblioteca irá perseguir. Algumas informações devem ser sistematicamente coletadas, como a frequência de entrada da biblioteca, consulta aos materiais, empréstimos domiciliares, material inserido na base de dados do OpenBiblio.

O próprio software de biblioteca (OpenBiblio) emite vários relatórios necessários à preparação das esta-tísticas. Para gerar relatórios, basta clicar na opção “relatórios” da página principal do sistema, conforme tela a seguir.

Para que servem os relatórios estatísticos?

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123 Auxiliar de Biblioteca

No campo “Mais Novo do que”, informe a data no formato: aaaa-mm-dd. Por exemplo: 2008-12-5 (5 de dezembro de 2008). O sistema oferece a possibilidade de ordenar os resultados por código de barra, título e selecionar o formato do arquivo (HTML ou csv). Após o preenchimento dos campos para ordem da busca, clique no botão “Enviar”.

Balanço de Devoluções dos membros:•  gera um relatório de devoluções realizadas pelos membros.

Selecione os parâmetros para os campos conforme opções e clique “Enviar”.

Bibliografia Devolvida:•  gera um relatório das bibliografias devolvidas.

BUsca De exemplar

Após selecionar “relatórios”, serão oferecidas as seguintes opções (MANUAL, 2007):

Busca de Exemplar:•  realiza buscas dos exemplares contidos na biblioteca.

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124EAD - CIAR/UFG/UAB

Você pode fixar um período de tempo para contabilizar as devoluções, para ordenar os resultados (por código de barra, autor, título, código do usuário, nome do usuário, data de empréstimo etc) e definir o for-mato do arquivo em que serão gerados os resultados. Após definir os parâmetros, clique “enviar”.

Bibliografias Mais Populares•  - gera um relatório das bibliografias mais populares ou consultadas.

Após definir como os resultados serão ordenados e qual o formato do arquivo a ser gerado, clique “En-viar”.

Membros com livros atrasados•  - gera um relatório de membros com atrasos em sua conta.

Para o campo “Até”, informe a data no formato: aaaa-mm-dd. Por exemplo: 2008-12-22 (22 de dezembro de 2008). Se permanecer a opção “today”, o sistema emitirá todos os membros em atraso até o dia em que foi solicitado a geração do relatório. Após informar os parâmetros solicitados pelo sistema, clique “enviar”.

Reservas Realizadas Contendo Informações do Membro:•  gera um relatório dos membros.

Observe que o formato das datas para os campos “Reservando antes de” e “Reservado desde” é aaaa-mm-dd (ex: 2008-03-25, para indicar 25 de março de 2008). Selecione como os resultados serão ordenados e o formato do arquivo que será gerado pelo sistema. Após, clique “Enviar”.

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125 Auxiliar de Biblioteca

Além desses relatórios, a equipe também pode preparar outros formulários impressos que considerar importan-tes para a avaliação dos serviços da biblioteca e elaboração de estatísticas, conforme sugestões abaixo.

Quadro de frequência de usuários •  - Ao final do mês, somar o total de usuários por categoria para to-talizar a frequência à biblioteca.

Consulta aos materiais•  – consiste em anotar o tipo e a quantidade de material utilizado durante todo o período de atendimento. Pode ser captado dos materiais deixados sobre as mesas ou que o auxiliar tenha oferecido ao usuário.

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126EAD - CIAR/UFG/UAB

Tire suas dúvidas sobre o openbiblio no moodle.

As estatísticas devem culminar em relatórios que ofereçam dados sobre acervo, serviços de processa-mento técnico, serviços a usuários, usuários inscritos, frequência, consultas e empréstimos, ação de divul-gação e eventos promovidos. Os relatórios podem ser mensais, semestrais ou anuais. Esses relatórios geral-mente contribuem para mostrar às instituições mantenedoras como os recursos estão sendo aplicados para o atendimento das demandas do público da biblioteca.

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127 Auxiliar de Biblioteca

Tema 5 - Organização do Espaço Físico

A biblioteca deve oferecer condições para acolher os diversos públicos e as diversas atividades nela realizadas.Pensar o espaço físico da biblioteca é fundamental para

que todos se sintam bem acolhidos.

O espaço da biblioteca

O primeiro passo a ser defi nido na organização de uma biblioteca é a sua localização. Para tanto, deve-se levar em consideração os seguintes pontos:

facilidade de acesso;• boa iluminação, porém que não seja diretamente exposta a raios solares durante grande parte do dia. • O sol direto é altamente prejudicial aos livros e torna o ambiente muito quente, pouco acolhedor. A radiação UV máxima recomendada tanto para a área destinada ao acervo quanto para aquela onde as pessoas permanecerão (usuários e funcionários) é de 75 UV (m w/lumem);entrada independente de forma a permitir seu funcionamento, mesmo fora das horas e períodos nor-• mais de aula;possibilidade de ampliações futuras;• distância de locais de muito barulho;• localização térrea pois, os livros colocam uma sobrecarga na estrutura da edifi cação de cerca de 800 • kg/m de estante. Acessibilidade com especial atenção aos usuários portadores de defi ciências físicas, assim é preciso • providenciar rampas de acesso para facilitar a locomoção desses usuários.Sanitários exclusivos para os funcionários, a fi m de evitar ausências prolongadas que possam preju-• dicar o atendimento ao público.

127 Auxiliar de Biblioteca

Planejamento de Bibliotecas em relação ao pesoAndréa Lemos e Rosilei Paixão

Muitos são os casos em que a implantação de uma unidade de informação ocorre em locais inadequa-dos, pois são adaptadas salas já existentes na instituição sem observar alguns critérios de segurança como o peso, por exemplo.

Para elaborarmos um projeto de edifício deverá ser levado em conta o “peso vivo” e o “peso morto”.O “peso vivo” é calculado prevendo-se o crescimento da coleção, a quantidade de mobiliário e os equi-

pamentos que serão utilizados no armazenamento e na climatização . É importante que o bibliotecário possa fornecer ao arquiteto o número provável de usuários em relação a uma população ou instituição para estimar o número de pessoas que circularão pelo local. Deve-se calcular uma média de 75 Kg/m2 por pessoa.

É importante observarmos que livros armazenados juntos são muito pesados. Livros comuns coloca-dos em uma prateleira de 90 cm pesam cerca de 11,4kg a 13,60kg. Coleções de referência pesam cerca de 23 kg a 25 Kg em cada prateleira.

Também deve ser computado o “peso morto” que se constitui do telhado, das paredes, janelas, piso etc.

Para que uma biblioteca possa ter toda a sua extensão preparada para suportar o peso da coleção é preciso observar os seguintes critérios: colunas de sustentação maiores e fundações mais profundas, o que representa um custo maior na construção mas, que permitirá instalar a biblioteca em qualquer andar do edifício, apesar da recomendação de instalá-la preferencialmente no andar térreo.

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128EAD - CIAR/UFG/UAB

O espaço mínimo indicado para a biblioteca é de, aproximadamente, 50 m2, o que corresponde ao tamanho de uma sala de aula.

A capacidade de resistência ao peso indicada como segura é a de aproximadamente 732 kg/m2 (150 lb/ ft2) o que permitirá arranjar livremente a coleção e a área de armazenamento que torna-se mais pesa-da à medida que é condensada.

Organização do espaço

As áreas destinadas à biblioteca deverão estar naturalmente relacionadas com o tamanho da instituição, com o número de usuários e serviços a serem prestados. Para que uma biblioteca cumpra suas fi nalidades mínimas, é preciso pensar em:

espaço para funcionários; • espaço para acervo;• espaço para usuários.• 

Espaço para funcionários:

Levam-se em consideração os seguintes setores ou atividades internas:

Recepção•  – deve estar próxima à entrada da biblioteca, para realização de empréstimos e devolução de documentos. Por ser um ponto de observação e apoio aos frequentadores da biblioteca, a localização da recepção deve oferecer uma visão geral da biblioteca. A recepção deve contar com um balcão. Este balcão deve ter escaninhos para arquivar livros de empréstimos, gavetas, prateleira para livros devolvidos etc.

Na recepção deve-se considerar também a possibilidade de disponibilizar para o usuário um terminal de consulta on-line ao catálogo da biblioteca.

Os espaços são calculados tendo como parâmetro o mobiliário e equipamentos específi cos (mesas, ca-deiras, estantes e circulação) para cada item acima relacionado.

recepçÃO - Bc/UFG

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129 Auxiliar de Biblioteca

sala de preparação do material•  – sala especial para execução dos serviços técnicos. Deve ter mesas sufi cientes para a quantidade de profi ssionais que ali trabalham.

sala de reunião•  – sala para trabalhos em equipe. Sala com pelo menos nove metros quadrados, com mesa de seis lugares e estante para livros. Ou ainda, mesas pequenas que possam ser agrupadas.

sala De preparaçÃO - Bc/UFG

sala De reUniÃO - ciar/UFG

Para acomodar um funcionário deve-se prever uma área de aproximadamente 6,5 m², considerando-se que o funcionário precisará de:

mesa 1,20 X 0,75m • cadeira 0,45 X 0,45 m• área de circulação 0,60 X 0,45 m• 

A área mínima para uma pessoa em sala individual não deve ser inferior a 9,3 m² . Essa área vai dimi-nuindo proporcionalmente ao aumento do número pessoas que ocuparão uma sala.

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130EAD - CIAR/UFG/UAB

Espaço para acervo

Uma estante de face dupla, com 10 prateleiras, tem a capacidade de armazenar nove metros lineares do acer-vo (armazenamento compacto). Deve ser acrescentado ao cálculo mais 25% para alojar comodamente a coleção atual. O cálculo de crescimento da coleção é feito por meio da medição por títulos ao ano.

As dimensões gerais:

Largura das seções – 1mProfundidade – 20 a 25cmEspessura das prateleiras – 2 a 2,5cmEspaço entre estantes fronteiras – 0,76 a 1mLargura dos corredores principais – 1,10mPeso – 80Kg/m³Área – 1m²/50 volumesNúmero medio de volumes por prateleira – 30

O acervo geralmente é organizado conforme a natureza do material: revistas científi cas (periódicos), livros, discos, vídeos etc. O acervo deve ser acomodado em estantes próprias para os diversos tipos de material. Elas devem ser em aço, para evitar cupim e outros parasitas.

acervO Geral - Bc/UFG

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131 Auxiliar de Biblioteca

Assim, pode-se pensar em destinar áreas para as seguintes coleções:

referência•  – material bibliográfico destinado à consulta e a prestar informações, tais como enciclopédias, dicionários, atlas etc. As estantes podem ter de 1 a 1,10 cm de altura. Como o material de referência é mais volumoso, em média podem ser colocados 18 volumes por prateleira.

reFerência - Bc/UFG

setor de periódicos•  – um dos mais importantes setores da biblioteca. Neste local devem-se colocar móveis expositores de revistas e jornais.

sala de material áudio-visual•  – sala para armazenar matérias especiais como vídeo, CD, DVD etc. Esta sala deverá ter os equipamentos, leitores e tomadas para testes.

seTOr De perióDicOs - Bc/UFG

sala De maTerial aUDiO visUal - Bc/UFG

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132EAD - CIAR/UFG/UAB

Livros•  – as estantes para os livros têm as seguintes especificações:a) altura máxima: 1,80cm;b) largura das secções: 1m;c) profundidade: 0,20 a 0,25cm;d) número de prateleiras: de 5 a 6 (reguláveis e removíveis);e) espaço entre uma estante e outra: 0,76 a 1 m para facilitar a circulação dos usuários.

As estantes devem ser dispostas em blocos, de forma que a movimentação de leitores pela coleção de livros não perturbe os que estão estudando em seus lugares. Para calcular a área das estantes e sua quan-tidade, deve-se observar o seguinte: 1 m² para 50 volumes. Este cálculo é feito prevendo o crescimento vegetativo da biblioteca. Dessa forma, o acervo ainda pode ocupar 2/3 da capacidade total das estantes. Conforme este cálculo, a biblioteca com coleção de 3.000 volumes deverá reservar, no mínimo, 60 m² para a área global das estantes, inclusive corredores.

Espaço para o leitor

O espaço físico mínimo necessário para o usuário depende da categoria em que ele se insere. De um modo geral destina-se para (Wehplozt; Candido, Bono, 2008):

aluno de graduação – 2,3 m²; • aluno de pós-graduação – 3,2 m²;• professores – 3,7 m².• 

sala de leitura•  – espaço para acomodar 10% dos usuários, onde pode ficar localizado o ponto do con-trole de empréstimo e seção de referência.

mesa De esTUDO inDiviDUal espaçO enTre mesas

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133 Auxiliar de Biblioteca

mesas De esTUDO em GrUpO

Não esqueça que ainda serão necessários:

mural de cortiça para divulgar os eventos e serviços da biblioteca;• ar condicionado;• bebedouro;• copiadora;• microcomputador e impressora;• telefone/fax.• 

Dicas:

Para defi nir o tipo de mobiliário para as diversas atividades do usuário, considere:

Mesas: o tamanho mínimo de mesa individual é de 90 cm X 60 cm. Mesas muito compridas devem • ser evitadas. O espaço que um adulto ocupa é de 80 cm, no mínimo. As mesas redondas para 6 ou 8 leitores são caras e ocupam muito espaço. Entre uma mesa e outra deve haver um espaço de 1,5 m mais ou menos. As mesas mais recomendáveis são as simples, sem ornamentação e de cantos arre-dondados. A altura regulará entre 80 e 85 cm.Cadeiras: devem ser resistentes, com pés protegidos por borrachas para evitar o barulho. O tama-• nho deve ser de 0,45 m X 0,45 m.

WEHRPLOTZ; CANDIDO; BONO (2008)

Resumo do Módulo 5

Neste módulo você teve a oportunidade de conhecer alguns princípios e funções da administração. É por meio de uma boa administração que a biblioteca pode de fato cumprir seus propósitos. Cabe ao adminis-trador, com a colaboração de toda a sua equipe, planejar, organizar, controlar, liderar e avaliar os objetivos e resultados alcançados. A participação do Auxiliar de Biblioteca não só é desejável, como também prevista em suas atribuições pelo sistema de classifi cação de ocupações do Ministério do Trabalho e do Emprego.

Você aprendeu também como emitir relatórios estatísticos utilizando o sistema OpenBiblio e organizar o espaço físico da biblioteca. Esperamos que você esteja apto a responder questões do tipo: como organizar o espaço para acomodar usuários, acervo e funcionários? Qual o mobiliário necessário? Qual o melhor local para implantar a biblioteca?

Esperamos que você tenha aproveitado bastante.

Boa sorte!

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134EAD - CIAR/UFG/UAB

Referências

ALMEIDA, Maria Christina Barbosa de. Planejamento de bibliotecas e serviços de informação. Brasília: Ed. Bri-quet de Lemos, 2000.

CARVALHO, Dóris de Queiroz. Bibliotecas de escolas técnicas industriais. Brasília: MEC, 1970.

CHIAVENATO, I. Administração Teoria, Processo e Prática. São Paulo: Makron Books, 1997.

___________. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Makron Books, 1997.

DRUCKER, P. F. 50 casos de Administração. São Paulo: Pioneira, 1993.

GERALDO, Luiz Gonzaga. Noções sobre Administração Rural. Belo Horizonte: EMATER/MG, 2000. Disponível em: <http://www.emater.mg.gov.br/doc%5Csite%5Cserevicoseprodutos%5Clivraria%5CComercializa%C3%A7%C3%A3o%5CNo%C3%A7%C3%B5es%20sobre%20Administra%C3%A7%C3%A3o%20Rural.pdf>. Acesso em: 12 dez 2008.

GOMES, Alexandre de Assis. O Processo Administrativo. Disponível em: <http://www.faculdadefortium.com.br/alexandre_assis/material/ADM%20-%20O%20Processo%20Administrativo%20-%20O%20planejamen-to.pdf>. Acesso em: 12 dez 2008.

HAMPTON, D. R. Administração Contemporânea: teoria, prática e casos. São Paulo: McGraw Hill, 1992.

JACOBSEN, Alessandra Linhares; CRUZ JUNIOR, João Benjamim da; MORETTO NETO, Luis Moretto. Adminis-tração: Introdução e teorias. Florianópolis : SEaD/UFSC, 2006.

LANCASTER, F. W. Avaliação de serviços de bibliotecas. Brasília: Briquet de Lemos, 1996.

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VANTI, Nádia. Ambiente de qualidade em uma biblioteca universitária: aplicação do 5S e de um estilo parti-cipativo de administração. Ci.Inf. vol.28 n.3 Brasilia Sept./Dec. 1999

WEHRPLOT,Elizabeth; CANDIDO, Helena; BONO, Leonardo. Padrões de espaços em biblioteca: acervo, usuários, funcionários. Disponível em: <http://campus.fortunecity.com/mcat/102/espaco.htm>. Acesso em: 12 dez 2008.

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136EAD - CIAR/UFG/UAB

0 Generalidades001 Ciência e conhecimento em geral.004 Informática004.3 Equipamento informático. Hardware004.4 Software004.7 Comunicação de computadores. Redes de computadores. Inter-

net005 Gestão008 Civilização, cultura e progresso01 Bibliografias. Catálogos02 Biblioteca e Documentação025.45 Classificações decimais (CDU, CDD)027.8 Bibliotecas escolares030 Obras gerais de referência. Enciclopédias e Dicionários, etc.

Classificar aqui obras sobre enciclopédias e outras obras gerais de referência. Para as próprias enciclopédias e obr. ref. utilizar o auxiliar de forma (03)

050 Publicações periódicas.06 Organizações e colectividades de qualquer tipo. Associações.

Congressos. Exposições. 069 Museus. Colecções. Galerias. Exposições permanentes070 Jornais. Jornalismo. Imprensa. 087.5 Publicações para crianças e jovens087.7 Publicações oficiais e semioficiais

1 Filosofia. Psicologia1 A/Z Filósofos1(031) Enciclopédia de Filosofia1(038) Dicionário de Filosofia1(091) História da Filosofia101 Natureza e âmbito da filosofia111 Metafísica Geral. Ontologia122 Metafísica Especial13 Filosofia da Mente e do Espírito133 Ocultismo14 Sistemas Filosóficos159.9 Psicologia159.96 Estados e processos mentais especiais (hipnose, sonhos)159.97 Psicopatologia. Deficiências mentais159.98 Psicologia aplicada. Psicotecnologia161/162 Fundamentos da lógica164 Logística. Lógica simbólica165 Teoria do conhecimento. Epistemologia167/168 Metodologia lógica17 Filosofia moral. Ética. Filosofia prática

Anexo

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137 Auxiliar de Biblioteca

2 Religião2-1 Teoria e filosofia da religião. Fenómeno da religião2-15 Natureza de Deus(es)2-17 Universo. Cosmologia 2-18 Homem. Humanidade. Antropologia doutrinal2-2 Testemunhos da religião2-3 Pessoas na religião2-4 Actividades religiosas. Práticas religiosas2-5 Devoção. Culto. Rituais e cerimónias21 Religiões pré-históricas e primitivas22 Religiões do extremo oriente23 Religiões da Índia24 Budismo25 Religiões do mundo antigo26 Judaísmo27 Cristianismo27-23 Bíblia. Textos originais. Versões da bíblia. Histórias da Bíblia27-9 História geral da igreja cristã271/279 Igrejas e seitas cristãs28 Islamismo29 Movimentos espirituais modernos

3 Ciências Sociais3(031) Enciclopédia de Ciências Sociais3(038) Dicionário de Ciências Sociais3(091) História das Ciências Sociais30 Teorias, metodologias e métodos nas ciências sociais em

geral. Sociografia311 Ciência estatística314 Demografia. Estudos da população316 Sociologia32 Política321 Formas de Organização Política324 Eleições. Campanhas Eleitorais. Resultados Eleitorais325 Colonização328 Parlamentos. Governos329 Partidos e Movimentos Políticos33 Economia330 Economia em Geral331 Trabalho. Emprego. Economia do trabalho. Organização do

trabalho334 Formas de organização e cooperação na economia336 Finanças. Banca. Moeda339 Comércio. Relações económicas internacionais. Economia

Mundial339.92 União Europeia (actividades económicas)

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138EAD - CIAR/UFG/UAB

34 Direito342 Direito Público. Direito Constitucional. Direito administra-

tivo347 Direito Civil35 Administração pública355/359 Arte e Ciência Militares. Defesa Nacional. Exército36 Assistência. Segurança Social.366 Consumo368 Seguros37 Educação37.01 Teoria e política da educação37.013 Pedagogia geral37.02 Questões gerais de didáctica e metodologia37.03 Formação da inteligência e da personalidade (matérias trans-

versais: educação para a cidadania, educação para a saúde, educação ambiental, educação rodoviária, etc.)

37.04 Orientação escolar e profissional37.06 Problemas sociais. Relações escola-família371 Organização do ensino. Sistemas educativos371.1 Gestão das escolas.371.13 Formação de professores371.2 Organização da instrução, do ensino371.26 Avaliação dos alunos. Métodos de avaliação371.27 Sistemas de avaliação. Exames. Notas371.64 Bibliotecas escolares371.67 Materiais de ensino. Livros escolares371.7 Saúde e higiene escolar. Educação para a saúde373.2 Formas de ensino pré-escolar373.3 Escolas do ensino básico373.5 Escolas do ensino secundário374.7 Educação de adultos376 Ensino especial377 Formação profissional378 Ensino superior. Universidades379.8 Lazer39 Etnologia. Etnografia. Usos e costumes. Vida Social.398 Folclore em sentido restrito. Tradições populares

4 Vazia

5 Ciências Exactas e Naturais5(031) Enciclopédia da Ciência 5(038) Dicionário da Ciência5(091) História da ciência50 Generalidades sobre ciências puras502 O meio ambiente e a sua protecção

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139 Auxiliar de Biblioteca

504 Ameaças ao ambiente51 Matemática511 Teoria dos números512 Álgebra514 Geometria517 Análise matemática519.2 Probabilidade. Estatística matemática52 Astronomia. Astrofísica. Investigação espacial. Geodésia523 Sistema Solar524 Estrelas. Sistemas Estrelares. Universo53 Física531 Mecânica geral. Mecânica dos corpos sólidos532 Mecânica dos fluidos. Hidromecânica534 Acústica. Vibrações535 Óptica536 Calor. Termodinâmica537 Electricidade. Magnetismo. Electromagnetismo.539 Natureza física da matéria54 Química542 Química prática de laboratório543 Química analítica544 Química física546 Química inorgânica547 Química orgânica548 Cristalografia549 Mineralogia55 Ciências da terra. Ciências geológicas551.1/.4 Geologia geral551.5 Meteorologia. Climatologia552 Petrologia. Rochas. Minerais56 Paleontologia57 Ciências Biológicas572 Antropologia573 Biologia Geral e Teórica574 Ecologia geral e biodiversidade575 Genética. Hereditariedade576 Biologia celular. Citologia577 Bioquímica. Biologia Molecular58 Botânica59 Zoologia592 Invertebrados597/599 Vertebrados

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140EAD - CIAR/UFG/UAB

599.89 Hominídeos. Homo sapiens. Humanos. Homem Classificar aqui a posição da humanidade na natureza e comparações entre humanos e animais no geral.Para antropologia geral ver 572; para anatomia humana ver 611; para fisiologia humana ver 612; para patologia humana ver 616

6 Ciências Aplicadas6(031) Enciclopédia das ciências aplicadas6(038) Dicionário das ciências aplicadas61 Ciências médicas611 Anatomia. Anatomia humana e comparada612 Fisiologia. Fisiologia humana e comparada613 Higiene. Saúde e higiene pessoal613.2 Dietética. Princípios nutricionais aplicados à alimentação613.81 Bebidas alcoólicas. Abstinência. Movimento anti bebidas

alcoólicas613.83 Narcóticos613.84 Tabaco. Fumar. Movimento antitabágico613.88 Educação sexual. Sexualidade. Planeamento familiar.614 Saúde pública. Prevenção de acidentes614.4 Controlo e prevenção das doenças transmissíveis (infeccio-

sas, contagiosas). Prevenção de epidemias615 Farmacologia. Terapêutica. Toxicologia 616 Patologia. Medicina clínica616.9 Doenças transmissíveis. Doenças, febres infecciosas e conta-

giosas616.98 Infecções virais e bacterianas (inclui SIDA)62 Engenharia. Tecnologia em geral. Maquinaria621.3 Electrotecnia621.39 Telecomunicações. Comunicação. Radiocomunicação. Ima-

gem (televisão, vídeo, etc.)Nota: classificar aqui apenas em relação à comunicação eléc-trica

624 Engenharia civil e estrutural 63 Agricultura. Silvicultura. 64 Economia doméstica. Ciências domésticas. 65 Organização e administração da indústria, do comércio e dos

transportes656 Serviços postais e de transportes657 Contabilidade658 Gestão, administração empresarial. Organização comercial658.3 Relações humanas no seio da empresa. Gestão e administra-

ção de recursos humanos658.8 Marketing. Vendas. Pesquisa de mercado659 Publicidade. Propaganda

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141 Auxiliar de Biblioteca

659.3 Comunicação de massas. Informação, esclarecimento do público em geral

659.4 Relações públicas66 Tecnologia química. Indústria química e afins663 Microbiologia industrial. Indústria de bebidas.664 Produção e conservação de alimentos sólidos666.1 Indústria do vidro666.3 Cerâmica67 Indústrias e ofícios diversos68 Indústrias, artes e ofícios de artigos acabados681.8 Instrumentos musicais689 Artesanato amador. Hobbies

7 Arte. Música. Jogos. Despor-tos. Espectáculos7(031) Enciclopédia de Arte7(038) Dicionário de Arte7(091) História da Arte7 A/Z Artistas e sua obra7.01 Teoria geral da arte. Estética. Filosofia da arte. Crítica da arte7.03 Estilos artísticos71 Planeamento territorial físico. Planeamento regional, urbano

e rural72 Arquitectura73 Artes plásticas73.02 Técnicas das artes plásticas74 Desenho. Design. Artes e ofícios aplicados744 Desenho técnico75 Pintura75 A/Z Pintores76 Artes gráficas. Gravura77 Fotografia78 Música78.03 História da Música79 Divertimentos. Espectáculos. Jogos. Desportos791 Cinema. Filmes791(049.32) Análises criticas a filmes791.077 Filme amador (inclui home movies)791.221/.228 Género de filmes791.221.1 Musicais [subdivisão de 791.221 apenas na versão CDU Int.]791.229 Filme documentário. Cine jornal792 Teatro. Representação teatral792.21 Tragédias792.8 Ballet. Coreografia. Dança794 Jogos de mesa e tabuleiro796 Desportos. Ginástica

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142EAD - CIAR/UFG/UAB

796.3 Jogos de bola796.4 Ginástica. Acrobacia. Atletismo796.5 Excursões. Montanhismo. Campismo796.6 Desportos sobre rodas. Ciclismo. Patinagem796.7 Automobilismo. Motociclismo.796.8 Desportos de combate. Provas de força.797 Desporto aquático. Desporto aéreo798 Desportos com cavalos e outros animais

8 Linguística. Literatura80 Questões gerais relativas à linguística e à literatura. Filologia81 Linguística. Línguas811.111 Língua inglesa811.111(038) Dicionário de Inglês811.111(038)=134.3 Dicionário de Inglês-Português811.111(038)=134.3811.134.3(038)=111

Dicionário de Inglês-Português, Português-Inglês[indicar duas notações]

811.111’36 Gramática da língua inglesa811.112.2 Língua alemã811.124 Latim811.133.1 Língua francesa811.134.2 Língua espanhola811.134.3 Língua portuguesa811.14’02 Grego clássico82 Literatura

Indicar aspectos filológicos da literatura dando outra notação em 801 e aspectos linguísticos com outra notação em 81

82(031) Enciclopédia de literatura82(038) Dicionário de literatura82(091) História da literatura82-1/-9 Géneros literários

Nota: aplicáveis em 821.1/.982-1 Poesia82-2 Drama / Peças de teatro82-3 Ficção. Prosa narrativa82-31 Romance82-311.9 Ficção científica82-312.4 Romance policial. Romance de mistério, suspense. Thrillers82-32 Histórias curtas. Novela82-34 Conto. Lenda82-342 Contos com teoria ou prática moral82-343 Mitos. Lendas. Contos de fadas82-39 Romances antigos. Medievais. De cavalaria82-6 Cartas. Arte epistolar82-83 Diálogos filosóficos ou discursivos82-9 Outros géneros literários – banda desenhada

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143 Auxiliar de Biblioteca

82-93 Literatura infantil e juvenil82-94 História como género literário. Crónicas. Anais. Diários.

Biografias. Autobiografias.82-96 Obras de ciência e filosofia como literatura82-992 Narrativas de viagens82 A/Z Obras de autores específicos

Nota: Seleccionar o número de literatura em questão em 821... especificar o género e o nome do autor, de forma abre-viada se assim se entenderEx: 821.111SHAK [Obras de W. Shakespeare]

82 A/Z 1/7 Tipos de edição82 A/Z 1/7.02 Edição bilingue ou comentada82 A/Z 1/7.05 Edição resumidas. Paráfrases82 A/Z3 Selecções. Antologias82 A/Z7 Obras individuais

Nota: acrescentar o título abreviado se necessárioEx: 821.111SHAK7ROM [Romeu e Julieta de W.Shakespeare]

82.0 Teoria, estudos e técnicas literárias82.02 Escolas tendências e movimentos literários: especificar por

extensão alfabética. Ex: 82.02 Romantismo82.09 Crítica Literária. Estudos literários821.1/.8 Literatura por países821.111 Literatura inglesa821.111(73) Literatura americana821.112.2 Literatura alemã821.131.1 Literatura italiana821.133.1 Literatura francesa821.134.2 Literatura espanhola821.134.2(7/8) Literatura hispano-americana821.134.3 Literatura portuguesa821.134.3(038) Dicionário de literatura portuguesa821.134.3(091) História da literatura portuguesa821.134.3.09 Crítica, estudos de literatura portuguesa821.134.3 A/Z.09 Crítica literária a um autor específico português:

Ex: 821.134.3 Queirós, Eça de.09 [Eça de Queirós]821.134.3 A/Z Obra de um autor específico português

Ex: 821.134.3QUEI [Obras de Eça de Queirós]821.134.3 A/Z7 Obras individuais

Ex: 821.134.3QUEI7MAI [Os Maias de Eça de Queirós]

821.134.3-1 Literatura portuguesa – PoesiaNota: Utilizada no caso de se pretender separar a literatura de uma língua por géneros, recorrendo aos auxiliares especi-ais em 82-1/-9

821.134.3(6) Literatura africana em língua portuguesa821.134.3(81) Literatura brasileira821.14’02 Literatura grega clássica

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144EAD - CIAR/UFG/UAB

821.16 Literaturas eslavas821.411.21 Literaturas árabes

9 Geografia. Biografias. História. 902 Arqueologia903 Pré-história. Vestígios. Artefactos. Antiguidades. Interpreta-

ção e síntese de relíquias do homem antigo, suas formas de cultura e civilizações

904 Vestígios culturais dos períodos históricos. Artefactos da história antiga, medieval e moderna

908 Monografias regionais ou de paísesEx: 908(469.6) [Monografia do Algarve]

91 Geografia910 Geografia como ciência911 Geografia geral (física, humana, teórica, comparada, norma-

tiva, aplicada)912 Representação não literárias, não textuais de uma região.

Gráficos, cartogramas, mapas, atlas, globos913(100) Geografia universal913(3) Geografia do mundo antigo913(4) Geografia da Europa913(469) Geografia de Portugal929 Biografias929 A/Z Biografias individuais

Ex: 32Relvas, José929Relvas, José [Biografia do político José Relvas]

929.6 Heráldica929.7 Nobreza. Títulos. Nobiliarquia929.9 Bandeiras. Estandartes93 História930.1 História como ciência. Teoria e filosofia da história930.2 Metodologia da história930.85 História das civilizações94 História em geral: países e povos94(100) História mundial (enumeração cronológica dos factos)94(100)”…/05)” História antiga em geral94(100)”05/14” História da Idade Média em geral94(100)”15/19” História Moderna e contemporânea em geral94(100)”1914/1918” História do da Primeira Guerra Mundial94(100)”20” História do século XXI94(3) História do mundo antigo94(33) História do Egipto antigo94(4+7) História do Ocidente94(4) História da Europa94(4)”375/1492” História da Europa na Idade Média94(4)”1492/1914” História da Europa na Idade Moderna

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145 Auxiliar de Biblioteca

94(=214.58) História dos povos romani, ciganos94(469) História de Portugal

Fundo Local3(469. ) Ciências Sociais (Sociologia, política, Direito, etc.)37(469. ) Educação398(469. ) Folclore502(469. ) Ciências naturais. Meio ambiente7(469. ) Arte908(469. ) Monografias da região

Ex: 908(469.6) [Monografia do Algarve]91(469. ) Geografia929(469. ) Biografias94(469. ) História

Alterados / Retirados da tabela anterior (referente à versão para o ensino secundário)031 Enciclopédias038 Dicionários038=111 Dicionário de Inglês038=112.2 Dicionário de Alemão038=124 Dicionário de Latim038=14 Dicionário de Grego038=131.1 Dicionário de Francês038=134.3 Dicionário de Português22 Bíblia23/28 Cristianismo29 Religiões não cristãs. Mitologia. Cultos. 371.2 Alunos371.214 Currículos373.4 Ensino 2º e 3º ciclos38 Turismo504 Ciências do meio ambiente. Educação ambiental502 Ciências Naturais551 Geodinâmica. Geomorfologia. Oceanografia, etc.614.4 Prevenção das doenças infecto contagiosas (hepatite, sida)659.3 Comunicação social.7(064) Catálogos de museus e exposições791.43 Cinema

Desnecessários na tabela pela introdução de novas notações314.7 Migração524.8 O Universo539.1 Física Nuclear. Física atómica. Física molecular544.6 Electroquímica613.8 Saúde e higiene do sistema nervoso

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146EAD - CIAR/UFG/UAB

Notas: •  Esta tabela não substitui a tabela CDU publicada pela BN.•  Recomenda-se vivamente a utilização da tabela BN com mais notações, indicações e exemplos.•  Para imprimir seleccione tudo e modifique a cor do texto para automático.•  Autor da adaptação inicial: desconhecido

Legenda:A vermelho notações da nova tabela CDU BNA azul – correcções e notações adicionais que já constavam da tabela BN mas não estavam incluídas

nesta versão

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