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A voz do Infante
Contendo os principais dados sobre os temas unificadores das turmas de 1º
Ano (2015-2016) e muitas indicações úteis de interesse geral
Ficha Técnica - Conselho Editorial: Alunos e professores do 1º ano; Editor: Bruno Cruz
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FRANCESINHA
Iguaria das noites do Porto, fora de
horas ou refeição rápida, esta receita
nasce na cidade nos anos sessenta,
numa inovação do croque-monsieur que um emigrante tantas vezes fizera em França,
onde trabalhava. A sua forma abundante na quantidade e na diversidade dos géneros
alimentares que a acompanham, condimentada com um molho de marisco picante veio,
de facto, ao encontro das gentes do Porto que gostam de comidas com sabores carrega-
dos e de bom sustento. É, pois, um prato jovem, de convívio, grande na porção, quente
no palato e inventivo na receita.
BACALHAU À GOMES DE SÁ
Gomes de Sá era um comerciante do Porto nos finais do
Séc. XIX. A ele se deve esta receita de bacalhau que, se-
gundo a lenda, terá sido criada com os mesmos ingredien-
tes (à exceção do leite) com que, semanalmente, fazia os
bolinhos de bacalhau que deliciavam os amigos. Com efeito, os ingredientes são os mes-
mos, mas a receita resulta de uma confeção cuidada e de grande requinte.
BISCOITO DA TEIXEIRA
Esta maravilha gastronómica está presente em todas as roma-
rias entre Douro e Minho, conhecida, por muitos, pelo nome
de intruso ou metediço. Este doce apresenta consistência du-
ra, cor escura devido ao açúcar e gosto suave a açafrão. É apreciado sobretudo pelos mais
velhos que o recordam das ancestrais festas religiosas que durante muitos anos eram a
única animação cultural. Ainda hoje, nas festas de Nossa Senhora da Lapa, São Lázaro e
Senhora da Saúde, se encontra o doce da Teixeira.
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TRIPAS À MODA DO PORTO
É um prato tradicional nascido na cidade do Porto,
e que, segundo uma lenda, remonta ao período dos
Descobrimentos Portugueses. O prato que dá o
nome às gentes do Porto tem uma longa história.
Embora existam várias receitas de tripas, como as de Caen, Lyonaises ou os Callos à
Madrilena, nenhuma assumiu um enquadramento histórico como as do Porto. A versão
mais popular da lenda/história, e que tem mais defensores e suporte histórico, tem
origem na grande aventura das Descobertas em que um filho da terra, o Infante Dom
Henrique, precisando de carne para abastecer as suas caravelas para a conquista de
Ceuta, terá pedido ao povo ajuda no fornecimento das embarcações para tão grande
jornada. O povo do Porto acorreu ao chamamento do seu Príncipe e logo encheu, na
quantidade necessária, as barricas de madeira com carne salgada, ficando com as tripas
que cozinharam em estufado grosso, com enchidos e carne gorda, acompanhadas, na
altura, com grossas fatias de pão escuro. Mais tarde, foi adicionado o feijão branco,
resultado da descoberta de novos mundos. O prato ficou para a História de uma cidade
que se revê não só nesta iguaria suculenta de aromas de cominhos e pimenta preta,
adubada com enchidos de fumeiros caseiros e galinha gorda, mas sobretudo no gesto
de entrega num dos momentos altos da nação portuguesa.
Este prato foi um dos candidatos finalistas às 7 Maravilhas da Gastronomia portuguesa.
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VINHO DO PORTO
O Vinho do Porto é um vinho generoso, produzido unicamente na Região Demarcada do
Douro, distinguindo-se dos vinhos comuns pelas suas características particulares: uma enor-
me diversidade que surpreende pela riqueza e intensidade de aromas incomparáveis, uma
persistência muito elevada quer de aroma quer de sabor, numa vasta gama de doçuras e
grande variedade de cores. Usualmente o Vinho do Porto é resultado da junção de vinhos de
diferentes anos. Com esta lotação pretende-se que a qualidade do Vinho do Porto se mante-
nha estável ao longo do tempo. São exemplos deste tipo de vinhos os Tawny com indicação
de idade (10 anos, 20 anos, 30 anos e mais de 40 anos). Existem, no entanto, Vinhos do Por-
to de uma só colheita como é o caso dos Vintage, LBV e Colheita (Estilo Ruby). Ao contrário
dos vinhos de lote, é possível apreciar as características do ano neste tipo de vinhos.
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Ingredients Breaded fish fillets
Fish fillets Salt, garlic and pepper – to liking
Juice from 1 lemon Chopped parsley
2 eggs 1 cup of milk 1 cup of flour
Preparation
1. Season the fillets with salt, garlic, pepper and lemon.
2. Beat whole eggs, add milk, salt, pepper, chopped parsley and the flour until
it forms a slightly thick dough.
3. Bread the fillets, fry in oil leaving both sides gold and crispy
4. Serve with boiled potatoes sprinkled with olive oil.
Salmon puff pastry with spinach and cream cheese
Ingredients
3 salmon medallions A puff pastry plaque (rectangular)
A bundle of spinach 125gr cream cheese
One onion Some olive oil Salt
Pepper (mix five peppers), freshly ground Dry oregano
Lemon juice Parsley An egg (beaten)
Preparation
- Wash and drain the spinach. Put the olive oil and the minced onion in a pan and cook until tender, then add the
spinach and cook on medium heat, about two minutes or until they wilt. Check the seasoning and add some salt if
necessary. When done turn off the heat, drain the liquid and reserve it.
- When they are cold, cut roughly and mix them with the cream cheese;
- Roll out the pastry and cut a strip for decoration (optional);
- In the center of the pastry spread half of the cream spinach and
cheese mixture, but leave a border around to close the "pastry";
- Cut the salmon fillets into medium sized cubes, season with salt,
pepper, sprinkle with the oregano, the lemon juice and the parsley;
- Cover the salmon with the remaining cream;
- Close the pastry, folding the ends in (doesn't matter if it is a bit
uneven, as this part is facing down);
- Turn the pastry over (so that the "closed" part is facing down), put it on a baking tray covered with greaseproof
paper (carefully to not tear it). Using a brush spread the beaten egg over the pastry;
- Put it in a hot oven (150°C) for about 15 minutes.
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Figura 2 - Distribuição da Temperatura e Precipitação no Porto.
Fonte:http://www.ipma.pt/pt/otempo/prev.localidade/index.jsp?
localID=13&cidadeID=14
Fonte: https://www.google.com/maps/streetview/#government-buildings-and-residences Figura 1- Localização do Porto
O Porto é uma cidade no Norte Litoral de
Portugal (figura 1) e é a segunda cidade mais
importante do país, em termos económicos e
demográficos. De acordo com os dados
estatísticos, em 2014, viviam 237 814 pessoas.
Na cidade, os elementos que mais se destacam são o rio Douro que desagua numa localidade
designada por Foz do Douro. Na zona ocidental do Porto, a Foz do Douro é conhecida por ser
uma das zonas mais caras da cidade.
O clima é ameno, as temperaturas mé-
dias rondam os 10°C em janeiro e os 18°
C em agosto. A precipitação é relativa-
mente elevada. (figura 2).
Também denominada Cidade Invicta,
é uma cidade muito atrativa, apre-
senta um centro histórico rico, pela
sua diversidade e com pessoas aco-
lhedoras. Destacam-se monumentos
como a Ponte D. Luís I, uma estrutura
metálica, tal como a Ponte Ferroviá-
ria Maria Pia, já desativada, a Cate-
dral da Sé, a Torre dos Clérigos, entre
tantos outros.
Das tradições do Porto destaca-se o
S. João com o alho-porro, os marteli-
nhos e na gastronomia desta quadra,
não podem faltar as sardinhas a pin-
gar na broa com pimento assado.
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- História; - Beleza; - Gastronomia; - Monumentos; - Estrangeiros; - Única; - Inspiradora; - Maravilhosa; - Paisagens; - Cor; - Invicta; - Cultural; - Religiosa; - Memorável; - Apaixonante; - Vinho; - Festas; - Festiva; - São João; - Francesinha; - Tripas; - Caldo Verde; - FCP; - Douro; - Antiga; - Catedral; - Igrejas; - Artística; - Literatura; - Turismo; - Música; - Praias; - Ribeira; - Gaia.
Figura 1 - Turismo Rural, 2002
De acordo com a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, “o Turismo no Espaço
Rural apresenta características próprias, pouco tendo em comum com as modalidades conven-
cionais de turismo. Com efeito, esta atividade tem como objetivo essencial oferecer aos uten-
tes a oportunidade de reviver as práticas, os valores e as tradições culturais e gastronómicas
das sociedades rurais, beneficiando da sua hospedagem e de um acolhimento personalizado.”
Em Portugal, o Turismo Rural foi criado em 1986 (Decreto-Lei n.º 256/86 de 27 Agosto), sendo
instituídas três modalidades: Turismo de Habitação, Turismo Rural e Agroturismo.
A definição apresentada pela Direcção-Geral do Turismo, que se encontra no Decreto-Lei
54/2002, designa-o por Turismo no Espaço Rural e descreve-o desta forma: “Consiste no con-
junto de atividades, serviços de alojamento e animação a turistas, em empreendimentos de
natureza familiar, realizados e prestados mediante remuneração, em zonas rurais.” (Decreto-
Lei n.º 55/2002, de 2 de Abril).
No mapa da fig.1 , observamos a grande oferta deste tipo de alojamento em Portugal.
Apesar da ideia de descanso e atividades diferentes associadas ao Turismo Rural, a necessida-
de de estar “ligado” torna interessante a referência aos alojamentos com Wi-Fi gratuito.
O Porto é um lugar para descobrir.
Qual é para o leitor a palavra que
melhor descreve a cidade?
Fonte: http://dev.igeo.pt/atlas/Cap3/Cap3e_p194c_image.html
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O valor mais alto da percentagem de casas com Wi-Fi pertence à Madeira, 46%. Curiosamente,
o valor mais baixo regista-se no outro arquipélago de Portugal, sendo que apenas 10% dos alo-
jamentos de Turismo Rural nos Açores tem Wi-Fi.
Tabela 1- Turismo Rural - casas com WI-FI
Fonte: http://www.publituris.pt/2012/10/09/um-em-cada-quatro-alojamentos-rurais-tem-wifi-
gratuito/tabela-wifi-turismo-rural-portugal-por-regioes/
A partir das figuras seguintes pode-se,
mais uma vez, constatar a oferta de
alojamentos no âmbito do Turismo
Rural, a variedade de preços, a diversi-
dade de pontos de interesse e ainda
referências à gastronomia da região
Norte e Centro.
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Fonte: http://www.publituris.pt/2012/10/09/um-em-cada-quatro-alojamentos-rurais-tem-wifi-
gratuito/tabela-wifi-turismo-rural-portugal-por-regioes/
Figura 2 - Turismo Rural por distritos em Portugal Continental.
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A exploração científica dos fundos marinhos nacionais é ainda di-
minuta e estes estão fracamente caracterizados. Os dados e conhe-
cimento que foram sendo obtidos ao longo dos anos através de
campanhas de investigação científica permitem, no entanto, ante-
cipar um vasto potencial para os diferentes recursos
existentes na plataforma continental de Portugal. Os recursos vivos e não vivos dos fundos
marinhos constituem, cada vez mais, uma
alternativa à exploração dos mesmos em
terra. À medida que a escassez dos recur-
sos aumenta nas áreas continentais e que
a tecnologia prospetiva e extrativa pro-
gride, a exploração dos recursos mine-
rais, energéticos e genéticos nos grandes
fundos marinhos torna-se cada vez mais
exequível. Muitos desses recursos encon-
tram-se nas plataformas continentais e
nas suas zonas de extensão, tornando
estas áreas de solo e subsolo um novo
património para o Estado costeiro.
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• Uma Aventura na Terra e no Mar – Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada • O Beijo da Palavrinha - Mia Couto • Berlengas: a História e as Estórias – Francisco Reiner e Raul Santos • O Bojador – Sophia de Mello Breyner Andresen • A Casinha da Praia - Maria Teresa Maia Gonzalez
• Cem Poemas Portugueses sobre Portugal e o Mar - José Fanha, José Jorge Letria • Chamo-me Pedro Álvares Cabral - Manuel Margarido • Chamo-me Vasco da Gama – Zacarias Nascimento • O Clube das Chaves Mergulha nos Oceanos - Maria Teresa Gonzalez • O Clube das Chaves na Crista da Onda – Maria do Rosário Pedreira e Maria Teresa Gonzalez • Coral – Sophia de Mello Breyner Andresen • Uma Crónica da Pesca do Bacalhau - Joaquim Rebordão Leitão • Os Descobrimentos Portugueses: Viagens e Aventuras - Luís de Albuquerque, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
• Descobrir o Mar - Mike Weber e Assunção Santos • Dia do Mar – Sophia de Mello Breyner Andresen • O Dia em Que o Mar Desapareceu - José Fanha e Maria João Gromicho • O Estranho Caso do Choco Gigante – Geronimo Stiltton • Expedição ao Fundo do Mar - Kate Needham • A Expedição de Pedro Álvares Cabral e o Descobrimento do Brasil – Jaime Cortesão • Fernão Mendes Pinto – A. do Carmo Reis • Flor Vai Ver o Mar - Alves Redol • O Grande Continente Azul - José Jorge Letria. • O Guarda da Praia - Maria Teresa Maia Gonzalez • História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar – Luís Sepúlveda • Histórias da Terra e do Mar – Sophia de Mello Breyner Andresen • A Ilha do Dia Antes – Umberto Eco • Infante D. Henrique: O Navegador dos Sonhos - José Jorge Letria • Lendas do Mar - José Jorge Letria • O Livro de Ir à Índia - José Jorge Letria • A Mensagem – Fernando Pessoa • Moby Dick – Herman Melville • Lobos do Mar - Rudyard Kipling
• Os Lusíadas – Luís de Camões • Os Lusíadas Contados às Crianças e Lembrados ao Povo – João de Barros • Os Lusíadas para Gente Nova - Vasco Graça Moura • Mar: Antologia - Sophia de Mello Breyner Andresen • Mar – Ricardo Henriques e André Letria • Mar Novo – Sophia de Mello Breyner Andresen • O Mar - Luísa Ducla Soares • A Menina do Mar - Sophia de Mello Breyner Andresen • A Nau Mentireta - Luísa Ducla Soares • As Naus de Verde Pinho - Manuel Alegre • No Princípio Estava o Mar - Gonçalo Cadilhe • Nweti e o Mar - José Eduardo Agualusa • Os Oceanos – Sue Nicholson e Susana Silva
• Ode Marítima – Fernando Pessoa • A Odisseia de Homero - João de Barros • Peregrinação - Fernão Mendes Pinto • A Peregrinação de Fernão Mendes Pinto – Aquilino Ribeiro • Os Pescadores - Raúl Brandão • O Pirata das Ilhas da Bruma - Mariana Bradford, Mariana Magalhães e Joana Medeiros • Os Piratas - Manuel António Pina • Rap do Mar – Lurdes Breda • O Ratinho Marinheiro - Luísa Ducla Soares. • Relato de um Náufrago - Gabriel García Márquez • O Romance das Ilhas Encantadas - Jaime Cortesão • Saga - Sophia de Mello Breyner Andresen • Salvemos a Baleia Branca - Geronimo Stiltton • Uma Viagem à Índia - Gonçalo M. Tavares • Se Tivéssemos um Barco À Vela - Jonathan Emmett e Adrian Reynolds • A Última Viagem do Navio Fantasma - Gabriel García Márquez • O Velho e o Mar – Ernest Hemingway • A Viagem de Vasco da Gama à Índia - José Manuel Garcia • As Viagens de Gulliver - Jonathan Swift • A Vida de Pi – Yann Martel • Vinte Mil Léguas Submarinas – Júlio Verne • O Voo do Golfinho - Ondjaki
Obras literárias que têm o Mar como tema ou cenário
principal
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ALGUNS RECURSOS MARINHOS E ATIVIDADES ASSOCIADAS
BACALHAU
Bacalhau, mundialmente apreciado, é o
nome comum de várias espécies de
peixes classificadas em diferentes géne-
ros, em particular no género Gadus,
pertencente à família Gadidae. O dito "original", ou "verdadeiro", denominado Gadus
morhua, encontra-se no Atlântico, sendo uma das cerca de 60 espécies da mesma família de
peixes migratórios. O Gadus vive nos mares frios do norte, sendo geralmente de tamanho
pequeno, embora alguns exemplares possam chegar a pesar 100 kg e medir quase
dois metros. Alimenta-se de outros peixes menores, como o arenque.
HISTÓRIA
A história do bacalhau é milenar. Existem registos de fábricas para processamento do baca-
lhau na Islândia e na Noruega no Século IX. Os Vikings são considerados os pioneiros na
descoberta do Gadus morhua, espécie que era farta nos mares que navegavam. Como não
tinham sal, apenas secavam o peixe ao ar livre, até que perdesse quase a quinta parte do
seu peso e endurecesse como uma tábua de madeira, para ser consumido aos pedaços nas
longas viagens que faziam pelos oceanos.
Mas deve-se aos bascos, povo que habitava os Pirenéus Ocidentais, o comércio do baca-
lhau. Os bascos conheciam o sal e existem registos de que, já no ano 1000, realizavam o
comércio do bacalhau curado, salgado e seco. Foi na costa da Espanha, portanto, que este
peixe começou a ser salgado e depois seco nas rochas, ao ar livre, para que fosse melhor
conservado.
Os portugueses foram os primeiros a pescar o bacalhau na Terra Nova. Nesse tempo, re-
presentava 10% do comércio de peixe.
Em Portugal, a pesca do bacalhau começou na cidade de Ílhavo, situada em Aveiro, pos-
suindo uma enraizada tradição marítima. Todos os anos, em agosto, é celebrado o famoso
Festival do bacalhau.
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PESCA
Pesca é a extração de organismos aquáticos do meio onde
se desenvolveram para diversos fins, tais como a alimenta-
ção, a recreação (pesca recreativa ou pesca desportiva), a
ornamentação ou para fins industriais, incluindo o fabrico
de rações para o alimento de animais em criação e a produ-
ção de substâncias com interesse para a saúde.
As principais espécies exploradas pelas pescas no mundo pertencem aos grupos dos peixes,
dos crustáceos e dos moluscos. No entanto, são também cultivados e capturados pelo Ho-
mem várias espécies de crocodilos, batráquios (principalmente rãs), mamíferos marinhos
(nomeadamente baleias) e algas.
RELEVÂNCIA DA ZONA COSTEIRA E OCEANOS
OCEANOS
• 70% da superfície da Terra • 90% do volume da Terra ocupado por vida
• 170 vezes mais espaço de vida que qualquer outro ambiente da Terra
• Apenas cerca de 0.00001% dos fundos marinhos foram sujeitos a investigações biológicas
ZONA COSTEIRA PORTUGUESA
• Estende-se por aproximadamente 950 km • Alberga cerca de ¾ da população
• Contribui com cerca de 85% do PIB • As pescas em Portugal têm uma forte tradição cultural
• 1/3 da zona costeira continental encontra-se ocupada por edificações urbanas, industriais e portuárias
• Verifica-se uma tendência migratória do interior para o litoral com o consequente incremento da atividade econó-
mica, especialmente no setor do turismo, e aumento da pressão sobre o ambiente e os ecossistemas costeiros
• Aquicultura mundial – cresce 8.8 %/ano desde 1970
• Consumo português de peixe é de 56.9 kg/pessoa/ano e a média na UE é de 21.4 kg/pessoa/ano
• Portugal tem um dos mais altos níveis de consumo de pescado (> 60 kg/per capita/ano)
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AQUICULTURA
A aquicultura é a cultura de espécies aquáticas em ambi-
entes controlados pelo Homem, em água doce ou mari-
nha, constituindo uma importante alternativa às formas
tradicionais de abastecimento de pescado, embora em Portugal desempenhe um papel ain-
da relativamente modesto no conjunto do sector da pesca. A aquicultura marinha em Portu-
gal caracterizou-se, inicialmente, pela predominância de estabelecimentos explorados por
estruturas familiares em regime extensivo, tendo nos últimos anos evoluído, no sector da
piscicultura, para unidades funcionando em regime de exploração semi-intensiva e, nalguns
casos, exploradas por empresas com alguma dimensão internacional.
Em água marinha, a aquicultura desenvolveu-se ao longo da costa, preferencialmente em
estuários e rias, localizando-se mais no Algarve, em Lisboa e Vale do Tejo e no Centro.
Na década de 80, a criação de espécies marinhas tinha pouca expressão em Portugal e prati-
cava-se quase exclusivamente em tanque de reserva de salinas. Com a implantação da Polí-
tica Comum das Pescas, a aquicultura em Portugal passou a ter uma maior expressividade, o
que se refletiu num aumento do número de estabelecimentos.
Atualmente, a aquicultura é responsável pela produção de metade do peixe consumido pela
população mundial. De acordo com estudos, a produção de peixes através de aquicultura
triplicou nas últimas duas décadas.
SAL
O sal marinho é principalmente constituído por cloreto de sódio, obtido por evaporação da
água do mar, usado como ingrediente na cozinha e em produtos cosméticos. O seu conteúdo
mineral dá-lhe um sabor diferente do sal de mesa obtido a partir de sal-gema.
O sal marinho é extraído pela evaporação da água do mar enquanto o sal de rocha é retirado
de minas subterrâneas, resultantes de lagos e mares antigos
que secaram. Alguns acreditam que o sal marinho seja uma
alternativa mais saudável ao sal refinado, que geralmente
contém aditivos como os iodetos (suplemento alimentar) e
agentes anti-aglomerantes.
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A gastronomia sustentável é aquela que se preocupa com as fontes das
matérias-primas utilizadas na preparação dos pratos, a fim de diminuir ao máximo
os danos ao meio ambiente, contribuindo para o desenvolvimento regional.
PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA SUSTENTÁVEL
Produtos orgânicos
Ingredientes regionais
Receitas sem desperdício
Espécies fora de risco de extinção
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Motivações e objetivos na base da criação da horta pedagógica a) Fomentar a prática da horticultura tradicio-nal ou biológica, dando a oportunidade de cultivar os seus próprios produtos para utiliza-ção nos almoços pedagógicos; b) Promover uma alimentação saudável com produtos biológicos (ou produtos vegetais provenientes de agricultura tradicional); c) Sensibilizar a população para o respeito e defesa pelo ambiente; d) Valorizar o espírito interdisciplinar e coleti-vo na utilização do espaço de cultivo e na ma-nutenção do mesmo; e) Potenciar a utilização da compostagem e sensibilizar relativamente às questões dos resí-duos; f) Promover a formação pedagógica dos alunos; g) Proporcionar oportunidades para que os alunos possam participar em alguns trabalhos hor-tícolas, com autorização e sob orientação/supervisão dos professores.
Aspetos que denotam a originalidade neste projeto - Apresentação de áreas distintas e bem definidas: a) Talhões b) Áreas de grupo c) Áreas de passagem: permitem a circulação na horta pedagógica, devendo estar desimpedidas e em bom estado de conservação; - Aproveitamento dos produtos cultivados para a utilização na prática pedagógica de cozinha; - Aproveitamento de área inutilizada.
N.º de professores envolvidos: 3
Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta: Disciplinas da área técnica
N.º de alunos envolvidos: 200
N.º de funcionários da Escola en-volvidos: 4
N.º de pais ou outros familiares envolvidos: Variável
Exemplos do impacte da horta na comunidade e nos alunos
- Redução da quantidade de produtos químicos tóxicos na nossa alimentação ten-
do, por isso, um efeito positivo na saúde
da comunidade escolar;
- Potencialização da proteção do meio
rural;
- Redução do nível de impactos ambien-
tais potenciando o desenvolvimento
sustentável das explorações agrícolas;
- Redução da pegada ecológica.
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A Escola Profissional Infante D. Henrique, no
contexto em que decorre a aprendizagem/
aquisição de conhecimentos dos seus alunos,
tenta eleger como princípios orientadores da
sua ação educativa, os quatro pilares de conhe-
cimento identificados no relatório elaborado
para a UNESCO pela Comissão Internacional
para a Educação para o século XXI:
Aprender a conhecer;
Aprender a ser;
Aprender a fazer;
Aprender a viver com os outros.
Assim, é tarefa da Escola encontrar, promover
e criar os meios que motivem os seus alunos a
participar no processo ensino/aprendizagem e
que os encorajem a construir o seu projeto de
vida.
“Para que aprendam com mais alegria e com mais gosto
Para que cresçam com mais segurança
Para que guardem a Escola no lado doce da memória”
Prof. Domingos Fernandes