a voz da lunetas - cm-pvarzim.pt · o palito não sai sujo de massa). se estiver pronto é só...

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A VOZ DA LUNETAS EDITORIAL Aberto ao público há quase sete anos, o Arquivo Municipal da Póvoa de Varzim - Casa da Memória Poveira, criou e dispõe, desde então, de um serviço educativo próprio que abrange diversas e inovadoras iniciativas. Dirigido essencialmente à comunidade escolar tem uma função pedagógico - divulgativa, com a vantagem de fazer compreender as gerações mais jovens da utilidade e importân- cia dos arquivos, despertando e sensibilizando o seu interesse para o nosso património documental. Este jornal é o n.º 1 de muitos que terão periodicidade semestral que, integrado no nosso serviço educativo, passará a dar a conhecer tudo que o arquivo desenvolve nesse âm- bito. Pretendemos com este novo veículo de informação para o exterior, promover um enriquecimento cultural e formação histórica dos mais jovens, alcançando ainda o nosso objectivo primordial - difusão da informação que custodiamos e gerimos. Porque a brincar também se aprende! INDICE Programa de actividades 2008/09 pág. 3 Saberes Arquivísticos pág. 4 Notícias da época pág. 6 Personalidades pág. 7 Antes & Depois... pág. 8 Curiosidades pág. 9 Jogos e brincadeiras pág. 11 Passatempos e Dicas pág. 12 câmara municipal LUNETAS LUNETAS Será sempre a Lunetas, mascote do serviço edu- cativo, e os seus amigos - a Maria, o Manel e a Rita, personagens criadas desde a abertura do ar- quivo em 2001, que irão “dar voz” a este jornal idealizado e planeado para ti, pelo Arquivo Municipal da Póvoa de Varzim. Irás encontrar dos mais diver- sos temas, desde notícias do passado a jogos e brin- cadeiras. Queremos que te divirtas e que aprendas muito com os teus novos amiguinhos. Saudações arquivísticas!!! ARQUIVO MUNICIPAL | SERVIÇO EDUCATIVO | MAIO 2008 | NÚMERO 1 Receita de Culinária Bolinho de Cenoura Queres fazer uma surpresa aos teus amigos ou à tua família? Vou-te dar uma receita muito fácil de um bolo que é uma delícia. Podes fazer, nos teus tempos livres, para um lanche ou para sobremesa. Torna-te um(a) mestre da cozinha e surpreende-os. Mãos à obra!!! Soluções dos Jogos e Brincadeiras SUDOKU 1 1 2 2 3 3 4 4 D O C U M E N T O S As 7 Diferenças X X X X X X X Labirinto Ingredientes 1 chávena grande de cenoura ralada 4 ovos inteiros Meia chávena de óleo 1 copo grande de leite 2 copos grandes de farinha de trigo com fermento 2 chávenas grandes de açúcar chocolate e/ou canela para decorar Preparação Antes de mais, pede a um adulto para te ajudar a separar os ingredientes e uten- sílios que precisas, e para te ligar o forno a uma temperatura de 180 ºC. Pede-lhe tam- bém para te ralar a cenoura, para não te cortares. Depois bate os ovos inteiros juntamente com a cenoura ralada, o óleo, o leite, a farinha e o açúcar até obter um creme. Unta uma forma de bolo com manteiga e depois polvilha-a com farinha. Deita o creme suavemente nessa forma. Agora, pede ao adulto que te está a acompanhar para colo- car o bolo no forno durante cerca de 30 minutos. É muito perigoso que o faças sozinho, podes magoar-te a sério. Ao fim desse tempo convém sempre fazeres o teste do palito para ver se já está cozido ou não (o teste é espetar um pa- lito no centro do bolo, e significa que está cozido quando o palito não sai sujo de massa). Se estiver pronto é só reti- rar do forno e desenformar num prato bonito. Se quiseres podes decorá-lo com raspinhas de chocolate, chocolate derretido ou apenas polvilhar com canela. É óptimo… Não te esqueças que no final tens de deixar a cozinha arrumadinha para a surpresa ser completa, combinado? Passatempos e Dicas 4 4 3 3 2 2 1 1

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A VOZ DALUNETAS

EDITORIAL

Aberto ao público há quase sete anos, o Arquivo Municipal da Póvoa de Varzim - Casa

da Memória Poveira, criou e dispõe, desde então, de um serviço educativo próprio que

abrange diversas e inovadoras iniciativas.

Dirigido essencialmente à comunidade escolar tem uma função pedagógico - divulgativa,

com a vantagem de fazer compreender as gerações mais jovens da utilidade e importân-

cia dos arquivos, despertando e sensibilizando o seu interesse para o nosso património

documental.

Este jornal é o n.º 1 de muitos que terão periodicidade semestral que, integrado no nosso

serviço educativo, passará a dar a conhecer tudo que o arquivo desenvolve nesse âm-

bito. Pretendemos com este novo veículo de informação para o exterior, promover um

enriquecimento cultural e formação histórica dos mais jovens, alcançando ainda o nosso

objectivo primordial - difusão da informação que custodiamos e gerimos. Porque a brincar

também se aprende!

INDICE

Programa de actividades2008/09pág. 3

Saberes Arquivísticospág. 4

Notícias da épocapág. 6

Personalidadespág. 7

Antes & Depois...pág. 8

Curiosidadespág. 9

Jogos e brincadeiraspág. 11

Passatempos e Dicaspág. 12

câmara municipal

LUNETASLUNETAS

Será sempre a Lunetas,

mascote do serviço edu-

cativo, e os seus amigos

- a Maria, o Manel e a

Rita, personagens criadas

desde a abertura do ar-

quivo em 2001, que irão

“dar voz” a este jornal

idealizado e planeado para

ti, pelo Arquivo Municipal

da Póvoa de Varzim. Irás

encontrar dos mais diver-

sos temas, desde notícias

do passado a jogos e brin-

cadeiras. Queremos que

te divirtas e que aprendas

muito com os teus novos

amiguinhos. Saudações

arquivísticas!!!

ARQUIVO MUNICIPAL | SERVIÇO EDUCATIVO | MAIO 2008 | NÚMERO 1

Receita de Culinária

Bolinho de Cenoura

Queres fazer uma surpresa aos teus amigos ou à tua família? Vou-te dar uma receita muito

fácil de um bolo que é uma delícia. Podes fazer, nos teus tempos livres, para um lanche ou

para sobremesa. Torna-te um(a) mestre da cozinha e surpreende-os. Mãos à obra!!!

Soluções dos Jogos e Brincadeiras

SUDOKU1

1

22

3

34

4

D O C U M E N T O S

As 7 Diferenças

X

X

X X

X

XX

Labirinto

Ingredientes

1 chávena grande de cenoura ralada

4 ovos inteiros

Meia chávena de óleo

1 copo grande de leite

2 copos grandes de farinha de trigo com fermento

2 chávenas grandes de açúcar

chocolate e/ou canela para decorar

Preparação

Antes de mais, pede a um adulto para te

ajudar a separar os ingredientes e uten-

sílios que precisas, e para te ligar o forno a

uma temperatura de 180 ºC. Pede-lhe tam-

bém para te ralar a cenoura, para não te cortares.

Depois bate os ovos inteiros juntamente com a cenoura

ralada, o óleo, o leite, a farinha e o açúcar até obter um

creme. Unta uma forma de bolo com manteiga e depois

polvilha-a com farinha. Deita o creme suavemente nessa

forma.

Agora, pede ao adulto que te está a acompanhar para colo-

car o bolo no forno durante cerca de 30 minutos. É muito

perigoso que o faças sozinho, podes magoar-te a sério. Ao

fim desse tempo convém sempre fazeres o teste do palito

para ver se já está cozido ou não (o teste é espetar um pa-

lito no centro do bolo, e significa que está cozido quando

o palito não sai sujo de massa). Se estiver pronto é só reti-

rar do forno e desenformar num prato bonito. Se quiseres

podes decorá-lo com raspinhas de chocolate, chocolate

derretido ou apenas polvilhar com canela. É óptimo…

Não te esqueças que no final tens de deixar a cozinha

arrumadinha para a surpresa ser completa, combinado?

Pass

atem

pos

e D

icas

4

4

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JOG

OS

E B

RIN

CA

DEI

RA

S

VAMOS CONHECER OS TEUS AMIGUINHOS

Eu sou o Manel, confesso que a 1ª vez que fui a um arquivo foi só para acompanhar a Maria e a

Rita, nunca gostei muito destas coisas do passado e documentos antigos, Achava que eram papéis

velhos, mas depressa me apercebi que não é bem assim… fiquei com vontade de lá voltar, sobre-

tudo para ver os projectos e plantas antigos, são fantásticos. Aquilo lá é muito giro e interessante,

tens de ver…

E eu sou a Rita, sou prima da Maria e o meu hobby preferido é visitar arquivos. O passado sempre

me fascinou, e cá para nós, fui eu que convenci a Maria e o meu amigo Manel a virem ao Arquivo.

Estou sempre aqui, sou muito curiosa, e as pessoas que cá trabalham explicam-me tudo com muita

paciência. Passa por cá, há milhares de coisas para aprenderes!

Esta aqui em baixo também é importante que a conheças! É a terrível papafólios, que representa

todos os bichinhos maus que destroem e comem os documentos. A Lunetas tem um trabalho

enorme a tentar afastar estes bicharocos do nosso depósito onde os documentos estão a descansar. Têm de ser destruídos

senão podem contaminar os documentos saudáveis. É esse um dos principais trabalhos da Lunetas, é ou não corajosa a nossa

amiguinha?!? Olha, olha lá vai ela mais uma vez toda zangada!!!

Shiiuu!!! Eles nem sempre sabem

que também estou aqui. Eu sou o

inimigo público n.º 1 da Lunetas

e dos seus belos documentos

- a terrível papafólios, … hi hi

hi. Quero destruir tudo, mnha

mnha…

2

PALAVRAESCONDIDAÉ só preencheres os círculos com as

iniciais de cada imagem corresponden-

te, para descobrires o que guarda um

arquivo. Diverte-te…

As 7 DiferençasAs imagens parecem iguais, não é? Mas têm

diferenças, descobre-as!

Ai … lá está a papafólios a destruir

os documentos outra vez. Ajuda a

Lunetas a encontrá-la!

LABIRINTO

11

SUDOKUO objectivo deste jogo é preencher cada

linha (horizontal e vertical) com os algaris-

mos de 1 a 4, sem repetir nenhum deles em

cada quadrado 2 por 2. Este é fácil, vê se

és capaz!

1

1

22

3

34

4

Olá, companheiro(a)! Eu sou a Lunetas,

a guardiã do Arquivo Municipal. Tenho

muito orgulho na minha casinha e de

fazer parte desta equipa que trabalha no

arquivo. Estou sempre atenta aos inva-

sores para proteger os documentos, e

claro, sempre pronta para te receber.

Se calhar já me conheces e até já me vieste visitar, agora

tenho novos amigos e estou à tua espera no sítio do cos-

tume… até lá!!

Olá! Eu sou a Maria, descobri

que queria ser arquivista e tra-

balhar num arquivo, depois de

ter cá vindo. Adorei!!! E por

isso mesmo, sempre que pos-

so estou aqui, para aprender

mais com os documentos e

como tratar deles… ah, e também para ajudar a Lunetas que

está sempre muito atarefada. Aparece…

211

Edição:Gisela BastosArquivo Municipal da Câmara Municipal da Póvoa de VarzimTelefone: 252 090003 (ext. 642)Fax: 252 090013

Coordenação: Teresa Araújo

Textos/imagens: Gisela Bastos

Design gráfico: Paulo Mesquita

Impressão: Tipografia Camôes

Foram Impressos: 4000 exemplares

Distribuição gratuita

câmara municipal

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10

PRO

GR

AM

A D

E A

CTI

VID

AD

ES 2

008/

09

3

SESSÕES PEDAGÓGICAS

- Descobre por ti…

- Da Villa Euracini à cidade da Póvoa de Varzim

- O 1º Foral da Póvoa: 700 anos de História

(destaque no mês de Março - comemoração dos 700 anos do Foral de D. Dinis de 1308)

- O Centro Cívico da Cidade

- A Póvoa vai a Banhos

- O Brasão da Póvoa de Varzim

- O Natal e suas tradições (exclusiva mês de Dezembro)

Sessões multimédia interactivas | duração máxima: 40 min | terças e quintas-feiras: 10h30 e 14h30 | sala de

conferências do Arquivo Municipal |marcação prévia: gratuito |fichas de exploração alusivas ao tema

OFICINAS PEDAGÓGICAS

- Cria a Iluminura

- Paleógrafo por um dia

oficinas teórico-práticas | duração máxima: 40 min | terças e quintas-feiras: 10h30 e 14h30

sala de conferências do Arquivo Municipal | marcação prévia: gratuito | cedência do mate-

rial necessário

PEDI-PAPER PEDAGÓGICO

- Partida do arquivo com o objectivo de percorrer algumas ruas e locais em-

blemáticos da cidade, nomeadamente do centro histórico. Uma actividade na

qual se pretende pôr as crianças em contacto directo com o património artís-

tico construído da Póvoa de Varzim e despertar o seu interesse para estas

questões que dizem respeito à história da nossa terra, através de um pedi-pa-

per com tarefas e desafios para decifrar/ explorar.

desafio em espaço exterior | duração: variável | terças e quintas-feiras: 10h00 e 14h00 (de Abril a Junho) | pelas

ruas da cidade | marcação prévia: gratuito |entrega de guia com perguntas e desafios a preencher durante o

percurso

VISITAS GUIADAS AO ARQUIVO

Visitas orientadas ao serviço, onde os alunos podem entrar em contacto

directo com a realidade do património documental e ver os diferentes

documentos, como são tratadas e conservadas.

visitas pelo espaço “vital” do arquivo | duração: variável | quartas-feiras: 10h30 e 14h30 | marcação prévia:

gratuito |ficha de exploração sobre a visita

JANEIRO

1 Dia de Ano Novo

Dia Mundial da Paz

4 Dia Mundial do Braille

6 Dia de Reis

23 Dia Mundial da Liberdade

Dia Mundial das Religiões

27 Dia Mundial da Lepra

31 Dia Mundial do Mágico

FEVEREIRO

11 Dia Mundial do Doente

14 Dia de São Valentim (Namorados)

21 Dia Internacional da Língua Materna

22 Dia Europeu da Vítima

MARÇO

8 Dia Internacional da Mulher

19 Dia do Pai

20 Dia Mundial da Árvore e da

Floresta

Dia Mundial da Poesia

21 Início da Primavera

22 Dia Mundial da Água

Dia do Teatro Amador

23 Dia Mundial do Sono

24 Dia do Estudante

26 Dia do Livro Português

27 Dia Mundial do Teatro Infantil

28 Dia Mundial da Juventude

ABRIL

1 Dia da Mentira

2 Dia do Livro Infantil

7 Dia Mundial da Saúde

8 Dia Mundial da Luta contra o Cancro

3 Dia Mundial da Imprensa

Dia Mundial do Beijo

16 Dia Mundial da Voz

22 Dia Mundial da Terra

23 Dia Mundial do Livro

Dia Mundial do Escuteiro

25 Dia da Liberdade

29 Dia Mundial da Dança

Dia Nacional do Sorriso

MAIO

1º Domingo de Maio - Dia da Mãe

1 Dia Internacional do Trabalhador

3 Dia Mundial do Sol

5 Dia do Coração

9 Dia da Europa

15 Dia Internacional das Famílias

18 Dia Internacional dos Museus

30 Dia Mundial da Música

JUNHO

1 Dia Mundial da Criança

5 Dia Mundial do Meio Ambiente

8 Dia Mundial dos Oceanos

10 Dia de Portugal e das Comunidades

Dia de Camões

13 Dia de Santo António

14 Dia Mundial do dador de Sangue

21 Dia Europeu da Música

24 Dia de São João

29 Dia de São Pedro

Além das datas festivas que todos nós conhecemos, há sempre coisas

giras a comemorar em alguns dias que não sabemos, na maioria das

vezes, porque ninguém fala delas ou passam despercebidas. Vamos en-

sinar-te algumas muito curiosas e interessantes!

Dias especiais

310

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Cur

iosi

dade

s

Toponímia Local

Vamos falar de Toponímia, sabes o que é? Pois bem, é a ciência que estuda a

origem e evolução dos nomes das ruas, lugares, praças e espaços geográfi-

cos. Estes nomes têm sempre uma história, alguns foram mudando ao longo

dos tempos, outros mantêm-se desde sempre iguais. Há exemplos mesmo

engraçados de várias ruas da Póvoa, aqui estão alguns…

Um caso curioso é a Praça

do Almada (em nome do cor-

regedor Francisco de Almada

e Mendonça) esta praça já teve

o nome de Campo da Feira e

Largo da Feira, porque será?

Porque era lá que se fazia a feira

semanal, giro não achas?

Não podíamos deixar de falar da rua onde está instalado o Arquivo

Municipal. Antes denominada de Rua Nova, só em 1861 passa

para Rua do Visconde (homenagem ao nobre conde Francisco

Lopes d’Azevedo Velho da Fonseca de Barbosa Pinheiro Pereira

de Sousa e Castro e Sá Coelho). Em 1966, Rua do Visconde de

Azevedo, para identificar a pessoa homenageada, porque até aí

podia ser um visconde qualquer, certo?

Outro exemplo curioso é o Largo Dr. David

Alves, chamava-se inicialmente Largo do Rego

(por causa de um rego de água que ali pas-

sava), depois Largo do Café Chinês (por ali

funcionar um café com o mesmo nome), e só a

partir de 1889 é que ficou com o nome actual

em homenagem àquele que foi Presidente da

Câmara desta cidade, de 1908 a 1910.

A Rua da Junqueira, por

exemplo, é uma rua que

existe já desde 1694,

também designada por

Rua S. Roque da Jun-

queira ou Rua Nova da

Junqueira. O topónimo

Junqueira deriva da palavra “Junco” que é uma

planta herbácea que cresce de forma espontânea

nas zonas marítimas. E como a Junqueira é uma

zona baixa da Póvoa, frequentemente alagada,

sobretudo no Inverno por ocasião das chuvas

e marés - cheias, tinha imensos juncos, daí o

nome Junqueira! Interessante, não achas?

Sabe

res

Arq

uiví

stic

osA Lunetasexplica...

Sabes o que é um

Arquivo?

Um Arquivo pode ser: o conjunto

organizado de documentos, inde-

pendentemente da sua data, forma e suporte material, que foram produzidos ou recebidos por

uma pessoa ou por um conjunto de pessoas (uma família, uma empresa, ou mesmo, uma institu-

ição) no exercício da sua actividade. Mas Arquivo, também pode ser o nome do edifício onde são

recebidos, organizados, conservados e divulgados os documentos.

... o Depósito, sabes o que é?

O depósito é uma espécie de caixa-forte onde são guardados os

documentos, que existe em todos os edifícios de arquivo. Um es-

paço fechado, com uma temperatura e humidade relativa aconse-

lhadas para documentos gráficos. Não é um local de trabalho, como

o próprio nome indica, mas sim um sítio para conservar documen-

tos. No depósito temos um termo-higrómetro, que é um aparelho

próprio para medir a temperatura e humidade relativa do ar.

Este é o edifício do Arquivo

Municipal da Póvoa de Var-

zim… é muito bonito, não

achas?

E um Documento?

Um documento é a unidade constituída pela informação e respectivo

suporte. Pela definição de arquivo sabemos que um documento de

arquivo é um documento produzido e/ ou recebido por uma pessoa

física ou jurídica, no decorrer da sua actividade, e conservado para

prova ou informação, qualquer que seja o seu suporte.

Estes documentos, em qualquer arquivo, são guardados num es-

paço muito especial…4 9

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Vou dar-te alguns exemplos de documentos que o

arquivo municipal custodia, e falar um pouco sobre

eles

FORAL MANUELINO DE 1514

Documento concedido por D. Manuel I à vila da Póvoa de Varzim, a 25 de Novembro

de 1514. Esta carta de foral estabelece as taxas e encargos fiscais a pagar pelos ha-

bitantes desta terra ao rei, e nela estão escritos os seus direitos e deveres, bem como

outras coisas respeitantes à vida dessas pessoas.

O Foral Novo ou Foral Manuelino é um documento de valor inestimável para esta

terra, e o Arquivo Municipal, enquanto guardião da memória poveira, tem o orgulho

de o custodiar, preservar e divulgar. É um exemplar muito bonito, com capa em couro

com ferragens, folha de rosto iluminada com o escudo real e motivos florais.

Este documento marca uma grande mudança na vida dos moradores que habitavam

esta terra, libertando-os de uma dependência do Mosteiro de Vila do Conde que du-

rava havia já quase 200 anos.

Sabias que a Póvoa já tinha pertencido a Vila do Conde?!?? Num próximo número do

Voz da Lunetas vamos explicar-te esse episódio da história poveira, combinado?

ACTAS DA CÂMARA

Outra série documental que o Arquivo Municipal preserva é as Ac-

tas da Câmara da Póvoa de Varzim.

Todos os assuntos relativos a esta terra e que são tratados pelo exe-

cutivo camarário, em reunião de Câmara, ficam registados nestes

documentos. É, portanto, onde se faz o registo de vereações ou

acórdãos e deliberações tomadas pelo executivo, em sessões ca-

marárias.

O arquivo tem Livros de Actas desde 1617 até aos dias de hoje, sendo

uma das séries documentais mais consultadas, precisamente pelo

seu valor probatório, informativo, histórico e de investigação. Aliás,

como todos os documentos de arquivo de carácter permanente ou

histórico.

Ant

es &

Dep

ois

na P

óvoa

de

Var

zim

Conheces estas imagens? São todas da Avenida dos Banhos, só que com

uma distância de 40 a 50 anos entre elas. É incrível a mudança ao longo do

tempo! Pergunta aos teus pais e avós se não se lembram!...

Este é o café Guarda-Sol que fica na Avenida dos Banhos. Já viste a diferença? Inicial-

mente, em 1920, era mesmo um guarda-sol gigante com esplanada, agora é como tu

conheces, uma cons-trução mais sólida. Era muito giro antigamente, não achas?

A próxima foto pode ser a tua...O objectivo deste desafio é que tentes encontrar fotografias giras, antigas, e que tu aches interessantes.

Depois envias para o Arquivo Municipal e pode ser que seja a tua fotografia a escolhida para aparecer no

próximo número da Voz da Lunetas.

É mais fácil se pedires ajuda aos teus pais, avós ou amigos. Diverte-te!

Ficamos a aguardar a tua foto...

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Pers

onal

idad

es

Este é o nosso heróico

Cego do Maio, é um

dos poveiros ilustres que se

notabilizou pelos seus ac-

tos de coragem e valentia.

Nasceu a 8.10.1817 e mor-

reu a 13.11.1883, o seu

verdadeiro nome era José

Rodrigues Maio e era pes-

cador. Cego do Maio era

uma alcunha, crê-se que

devida ao facto de ter uma

pálpebra um pouco descaí-

da. Os seus actos heróicos

eram de tal forma conhe-

cidos que lhe valeram inú-

meras medalhas de mérito,

cada uma delas represen-

tava um acto de valentia,

onde muitas vidas foram

salvas do meio das ondas.

Existe um monumento em

sua homenagem que tu

deves conhecer, está no Pas-

seio Alegre e foi inaugurado

em Agosto de 1909, um tribu-

to a este “grande” homem.

Um homem simples,

do povo… do mar, que

é considerado um sím-

Patrão Lagoa nasceu na

Póvoa de Varzim a 14.06.1866

e faleceu a 14.04.1911. O seu

nome verdadeiro era Manuel

António Ferreira, pescador

destemido, verdadeiro herói.

Notabilizou-se nas operações

de salvamento do navio da

armada portuguesa “S. Ra-

fael”, naufragado na Foz do

Ave em Novembro de 1911, e

dos passageiros e tripulantes

do vapor inglês “Veronese”,

encalhado nos penedos ao

norte de Leixões, em Janeiro

de 1913. Foi patrão do Salva-

Vidas, intervindo e colabo-

rando em centenas de salva-

mentos na enseada poveira.

Pescador Poveiro

João Martins Areias, era

o seu verdadeiro nome,

mais conhecido por

Patrão Sérgio. Nas-

ceu na Póvoa de Varzim

a 24.01.1846 e faleceu

a 14.04.1911. Pescador

heróico, Patrão do Salva-

Vidas, filho de mestres

lanchões, herdou do pai,

sucessor do Cego do

Maio, as qualidades de

mestria e coragem que

haveriam de tornar con-

hecido em todo o país

este Lobo do Mar. Mais

de cem vidas foram sal-

vas graças à sua teimosia

e destemor.

Então amiguinhos! Tenho andado

tão atarefada a preparar as novas

actividades para o próximo ano lec-

tivo que ainda não tinha aparecido.

Mas faço questão de vos falar de

três ilustres poveiros que merecem

ser lembrados!

6 7

1881

Assassinato da família do Administrador do Concelho

Uma triste e lamentável acontecimento as-

solou esta vila, na madrugada do dia 27 de

Maio de 1881. Haviam tentado assassinar o

Administrador do Concelho, como não conseguiram matá-lo, os malfeitores

não hesitaram em sacrificar a sua esposa e filha. Todos os habitantes ficaram

em sobressalto, nunca se tinha visto nada igual por estas paragens, uma vila

calma e de bons costumes e ordem.

Notícias da Época

1786

Morte do Rey Dom Pedro III

11 de Junho, um dia de luto no país: a

morte do Augustíssimo Rei Dom Pedro

III. Também aqui na Póvoa se viverem

dias de profundas manifestações de

sentimento e pesar pela sua morte, e os tradicionais pregões públicos não

tardaram a ecoar por todas as ruas da vila.

1973

Elevação da Póvoa de Varzim a cidade

16 de Junho

Um dia histórico para esta villa - a Póvoa de

Varzim é elevada à categoria de cidade. É, fi-

nalmente, reconhecido o progresso e desen-

volvimento da nossa terra. O povo enche-se de

alvoroçado júbilo e euforia, o desejo desta villa

era justamente cumprido. A nossa terra ficaria

eternamente agradecida ao Exmo. Sr. Governa-

dor Civil do Porto, pelo seu valioso contributo

para que hoje a Póvoa de Varzim se orgulhe de

ser cidade.

Estas notícias, super interes-

santes, encontrei-as todas nos

documentos do arquivo municipal

enquanto folheava a série docu-

mental Actas da Câmara. Existem

muitos mais acontecimentos gi-

ros, mas ficam para o próximo

número da Voz da Lunetas!