a vida de buda

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Quinhentos anos antes de Cristo um jovem príncipe saiu numa jornada. Ele viajaria através da dor e sofrimento para alcançar o Nirvana - a benção duradoura que todos nós sonhamos. Símbolo da paz Símbolo de compaixão, símbolo de não-violência. Ele foi o Buda. Ele cresceu em um palácio rodeado por luxúria. Na sua adolescência, seus direitos especiais lhe garantiram todo tipo de vícios. Mas ele desistiu de tudo isso - para ganhar a sabedoria final. Ele viajaria pelos corredores escuros de sua mente para chegar cara a cara com seus demônios internos. Ele fundou a primeira religião do mundo, seguida hoje por mais de 400 milhões de pessoas - uma religião onde a meditação é usada para alcançar um estado de completa paz e felicidade. O nosso próprio potencial ... nosso próprio esforço para conhecer a realidade derradeira. e os eventos de sua vida formaram umas das maiores estórias jamais contada - e o Buda o ícone mais duradouro do mundo. Dois mil e quinhentos anos depois de sua morte, a mensagem de Buda ainda vive. O Dalai Lama - O lider espiritual do Budismo Tibetano - propaga os ensinamentos de Buda - continuando uma prática que começou no dia em que ele morreu. O Budismo foi adotado por muitas culturas diferentes e possui várias interpretações. Os ensinamentos de Buda de uma calma mental superior e clareza são vistos por alguns como uma religião, por outros uma filosofia, e até como psicoterapia. Algumas pessoas descrevem o Budismo não como uma religião, mas o Budismo é uma ciência da mente. A mensagem de Buda é tão relevante hoje quanto o foi a dois mil e quinhentos anos atrás.

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Page 1: A vida de buda

Quinhentos anos antes de Cristo um jovem príncipe saiu numa jornada.

Ele viajaria através da dor e sofrimento para alcançar o Nirvana - a benção duradoura que todos nós sonhamos.

Símbolo da paz

Símbolo de compaixão, símbolo de não-violência.

Ele foi o Buda.

Ele cresceu em um palácio rodeado por luxúria.

Na sua adolescência, seus direitos especiais lhe garantiram todo tipo de vícios.

Mas ele desistiu de tudo isso - para ganhar a sabedoria final.

Ele viajaria pelos corredores escuros de sua mente para chegar cara a cara com seus demônios internos.

Ele fundou a primeira religião do mundo, seguida hoje por mais de 400 milhões de pessoas - uma religião onde a meditação é usada para alcançar um estado de completa paz e felicidade.

O nosso próprio potencial ... nosso próprio esforço para conhecer a realidade derradeira. e os eventos de sua vida formaram umas das maiores estórias jamais contada - e o Buda o ícone mais duradouro do mundo.

Dois mil e quinhentos anos depois de sua morte, a mensagem de Buda ainda vive.

O Dalai Lama - O lider espiritual do Budismo Tibetano - propaga os ensinamentos de Buda - continuando uma prática que começou no dia em que ele morreu.

O Budismo foi adotado por muitas culturas diferentes e possui várias interpretações.

Os ensinamentos de Buda de uma calma mental superior e clareza são vistos por alguns como uma religião, por outros uma filosofia, e até como psicoterapia.

Algumas pessoas descrevem o Budismo não como uma religião, mas o Budismo é uma ciência da mente.

A mensagem de Buda é tão relevante hoje quanto o foi a dois mil e quinhentos anos atrás.

O que fez o Budismo tão popular é que ele é compreensível e amplamente verdadeiro que o Buda descobriu coisas imensamente importantes.

Diferente de outras religiões, o Budismo, que se centra na mente, não possui um Deus supremo.

No lugar dele, um grande mestre - o Buda ou O Desperto. Isso parece muito intuitivo para uma era onde a psicologia se torna, para muitas pessoas, uma religião alternativa ela é o meio, um meio terapêutico para lidar com os problemas da vida e assim se torna bastante acessível para muitas pessoas.

Estas são as representações do Buda - e todos os Budistas possuem a sua própria imagem mental de como ele deve ser.

Algum tipo de vibração de uma paz completa, e a não-violência. Eu penso que isso deve estar lá.

Até a pouco mais de cem anos atrás a vida de Buda permaneceu desconhecida para nós ocidentais.

Page 2: A vida de buda

Na época em que os Britânicos colonizaram a Índia - o país do nascimento do Buda - o Budismo havia quase que desaparecido, destruído pelos Reis Hindus e pelos invasores Mulçumanos.

As origens e os lugares da vida do Buda quase que se perdeu para todos.

Não foi até os arqueólogos da Colônia Britânica começaram a explorar o Norte da Índia que suas descobertas começaram a enraizar a vida do Buda no fato histórico.

Na década de 1860, uma série de arqueólogos começaram a examinar e identificar os lugares associados com a vida do Buda.

Por volta de 1890 muitos desses lugares haviam sido identificados com sucesso na área do Ganges, mas naquela época, dois desses lugares importantes associados ao Budismo ainda estavam perdidos, um era Lumbini (Nepal), onde o Buda realmente nasceu, e o outro era Kapilavastu onde foi o local da infância do Buda.

A área ao Norte do Ganges era pouco conhecida, em parte por causa da floresta espessa, tigres e também malária.

Foi necessário uma descoberta penetrante para desvendar a história das origens do Buda.

Em uma remota vila passando a fronteira do Nepal, um pilar foi descoberto.

Um expedição Britânica foi enviada para decifrar sua inscrição.

O escrito é um escrito Brami antigo e a língua é uma língua vernacular local do Norte da Índia e realmente a inscrição descreve que aqui é onde o Buda, O Iluminado nasceu.

Esta foi a primeira peça de evidência sugerindo que o Buda não era somente uma figura lendária - ele na verdade existiu.

Textos antigos Budistas davam o nome do local de nascimento do Buda como Lumbini e agora os arqueólogos o havia localizado no mapa.

Agora eles tentavam encontrar o lar da infância do Buda. - uma cidade antiga chamada nos textos como - Kapilavastu.

Parecia que ela estava localizada a oeste talvez a uns 10 ou 15 quilômetros a oeste de Lumbini e foi aí que as buscas se intensificaram.

Expedições cobriram dois possíveis lugares para Kapilavastu - um na Índia e outro no Nepal.

Por uma centena de anos os arqueólogos discutiram sobre isso.

Novas pesquisas do Dr. Coningham e sua equipe sugere a cidade antiga assentada na moderna Tilaurakot - no Nepal.

É um local interessante porque está tão bem preservado, que conduzimos uma série de pesquisas geo-físicas e então nós identificamos uma série de estradas encobertas e ficou claro que a cidade inteira em sua fase final havia revelado um padrão gradeado.

No seu centro está um palácio.

E é aqui que a história do Buda começa.

Page 3: A vida de buda

Dois mil e quinhentos anos atrás O Norte da Índia estava dividido em Reinos e Repúblicas.

O pai do Buda – Sudhodana - era o chefe eleito da tribo Shakya.

Ele governou o seu reino de seu palácio nos sopés dos Himalaias.

Sua Rainha se chamava Maya A lenda nos conta que numa noite de lua cheia ela teve um sonho extraordinário.

Ele diz que um Ser especial conhecido como o Buda estava para nascer novamente na Terra.

A lenda continua que Quatro Divindades Guardiãs do mundo carregaram a Rainha Maya ao alto das Montanhas dos Himalaias em sua cama.

Eles a untaram com perfumes divinos e a adornaram com flores celestiais.

Um elefante branco com seis marfins desceu dos céus, carregando uma flor de lótus em suas costas... E entrou em seu útero.

O Buda nasceria de Maya.

Se olharmos esta história da concepção Budista e a compararmos com digamos a história da concepção de Jesus, onde você tem anjos aparecendo.

Eu suponho uma ideia básica similar aí.

Que... As forças que estão além estão sinalizando que algo grande está acontecendo.

Dizem que o Buda escolheu a hora e o lugar em que ele renasceria.

Um menino chamado Siddhartha - que significa 'todos os desejos realizados'. Mas sua mãe caiu doente depois de dar a luz e morreu poucos dias depois. Siddharta foi criado por uma tia.

A família reuniu os sacerdotes Brahmin e depois um confiável profeta do palácio para predizer o futuro do jovem príncipe

Nos contam que ele percebeu os sinais auspiciosos de uma grande ser sobre o corpo de Siddhartha, incluindo a marca de uma roda em seus pés.

Dizem que o Buda nasceu com certas marcas em seu corpo... As chamadas 32 marcas de uma grande pessoa.

Elas são vistas aparecendo nos corpos de dois tipos de pessoas.

Um que se tornará o Buda e um que se tornará um Imperador mundial.

Seu pai estava bastante entusiasmado com a idéia de que seu filho se tornaria um grande líder político.

É por isso que contam que ele resguardou o seu filho, de ver coisas que poderiam encaminhá-lo na direção da religião.

Todos sabiam que os sinais significavam que Siddharta era excepcional, especialmente o Rei.

Mas a medida em que ele observava o seu curioso filho crescer, ele começou a se preocupar com as previsões. - que um dia ele abandonaria o palácio e se tornaria um líder espiritual em vez de ficar para se tornar o chefe dos Shakyas.

Page 4: A vida de buda

A medida que Siddhartha envelhecia o seu pai se regozijava de ver as habilidades excepcionais do garoto nos esportes principescos da esgrima, luta e arco e flecha.

Mas ele também notou que Siddharta era uma criança muito pensativa e curiosa.

Ele parecia estar mais interessado em tentar entender a natureza do mundo à sua volta do que em ocupações militares.

Para o Rei estas eram as habilidades mais importantes que o jovem Siddharta deveria aprender se ele era para se tornar um líder de homens.

Era para Siddhartha se tornar o futuro Rei e defensor de Kapilavasthu - uma das primeiras cidades no Norte da Índia.

O palácio onde Siddhartha cresceu já desmoronou a muito tempo.

Sua lama e madeiras de construção não sobraram para que os arqueólogos pudessem examinar.

Mas materiais mais duráveis foram descobertos recentemente em Tilaurakot.

Nós cavamos uma trincheira de três por três metros e eventualmente obtivemos uma sequência muito clara do local e aí começamos a nos surpreender ao identificar o material conhecido como cerâmica pintada que é basicamente a parte chata de uma tijela com tinta preta.

Esse pedacinho possui um enorme significado.

Dr Coningham acredita que ele foi feito no século cinco AC - na época em que Siddhartha estava crescendo no palácio.

O que nós temos é um centro de uma pequena indústria - Nós estamos lidando provavelmente com um assentamento que até hesitaríamos de chamar de cidade hoje - no centro de um largo pátio pertencente ao governante. E a maioria da população vivendo nas terras agrárias.

Eram as suas terras, estendidas além das muralhas da cidade que fascinavam Siddhartha.

Então quando ele fez nove anos seu pai permitiu que ele saísse para celebrar o festival anual da colheita ele avidamente participou.

Sua primeira visão da realidade além das muralhas do palácio abriria uma porta para Siddharta ver o mundo de uma forma nova e se tornaria o ponto de mutação em sua vida.

A história nos lembra que ele olhou um fazendeiro arando.

Ele viu o trabalho duro e o esforço, luta e repetição deste trabalho massacrante, algo que ele nunca havia visto no palácio.

Ele deu um jeito de sair furtivamente das festividades e ficar sozinho.

Esta primeira experiência da vida real teve um profundo impacto sobre ele.

Para todo o resto isso era uma celebração - mas para Siddhartha isso simbolizava algo bastante diferente.

Ele sentiu a sua mente levando-o para um estado contemplativo.

Page 5: A vida de buda

Ele via o arado que cortava e partia a terra e percebeu um passarinho comendo uma minhoca fresquinha saida da terra.

Ele se perguntou porque os seres vivos têm de sofrer desta maneira.

Se o fazendeiro não tivesse arado o pássaro não teria comido a minhoca.

Ele percebeu que tudo estava interligado e que todas as ações tinham conseqüências.

Esta simples observação se tornaria um dos pilares de seus ensinamentos - conhecido como karma. À medida em que a mente de Siddharta se focava nestes pensamentos profundos ele entrou em um transe ou jana - um estado mental que se tornaria seu primeiro passo na estrada da iluminação.

Ele se sentou sob uma árvore e estava simplesmente se focando no arado passando pela terra.

E dizem que enquanto fazia isto ele naturalmente entrou em um estado meditatitvo chamado um primeiro Jana.

Que era muito, muito prazeroso e alegre.

E que ele usa depois como parte de sua jornada espiritual.

A ligação para a meditação Budista é o focar em algo que possua um efeito calmante centralizador.

Possivelmente também a idéia de compaixão pelas minhocas sendo mortas pelo arado que passava pela terra.

Portanto eu suponho que se pode ser visto como uma parte de sua natureza especial.

O comportamento do jovem príncipe perturbou profundamente o Rei.

Brahmanismo - a tradição religiosa da época - insistia que os filhos deveriam seguir as pegadas de seus pais.

Uma das coisa que eu penso que tornam esta narrativa tão poderosa é, que novamente nós podemos imaginar esta cena de seu pai tentando proteger o seu filho de encontrar qualquer tipo de sofrimento.

Agora, a razão para fazer isso era que havia uma profecia que ele se tornaria um monarca universal ou se tornaria um 'renunciante' que alcançaria a iluminação.

Seu pai, é claro, queria que ele se tornasse um rei, seguindo os suas pegadas.

À medida que Siddhartha crescia seu pai fazia de tudo para fazê-lo ficar dentro do palácio.

Ele tentou criar um mundo perfeito e sedutor para ele viver.

Como era de costume para um príncipe, Siddhartha ganhava lindas donzelas para entretê-lo com música e agradá-lo com suas belezas físicas.

Quando Siddhartha fez 16 anos o Rei até encontrou uma linda noiva - Princesa Yasodhara.

Siddharta tinha que competir por sua mão e o Rei estava maravilhado do quanto seu filho lutou com habilidade na competição.

O Rei começou a se convencer que a vida no palácio estava começando a satisfazer o seu filho finalmente.

Page 6: A vida de buda

Mas isso era somente um pensamento desejoso e Siddhartha amolou o seu pai para lhe permitir sair do palácio.

Sem poder recusar os desejos de seu filho, o Rei desesperadamente preparou mandando limpar qualquer coisa desagradável dos arredores do palácio.

Como em um cenário de Hollywood, o doente, o pobre e o idoso foram todos deletados da fantasia apresentada ao jovem príncipe.

Apesar dos esforços de seu pai, a primeira experiência de Siddhartha do mundo exterior revelaria realidades absolutas.

Com a ingenuidade de uma criança ele saiu com Chana, seu carreteiro, como guia.

O príncipe faria quatro passeios para ver quatro sinais - como havia sido previsto pelo profeta do palácio.

Textos Budistas mais antigos dão uma grande importância a este ponto da história como cada passeio revelaria a Siddhartha um aspecto da vida que havia sido , deliberadamente , escondido dele.

Na primeira viagem Siddhartha foi para o interior, longe da influência do pai.

Ele percebeu um velho caminhando com muita dor para chegar à vila.

Ele perguntou a Chana o que estava de errado com o homem e Chana explicou que era o processo de envelhecimento.

Siddhartha ficou alarmado quando soube que o envelhecimento era inevitável... E acontece a todos nós.

Para Siddhartha, a realidade estava começando a desvendar um quadro cruel do mundo. - onde desgraça e sofrimento pareciam dominar cada aspecto da vida.

O segundo sinal logo veio quando Siddhartha percebeu um homem doente, com suas feições retorcidas com a doença.

Ele perguntou a Chana se qualquer um podia ficar doente e novamente ficou chocado quando soube a verdade brutal que todos nós podemos.

A muralha protetora da fantasia ao seu redor estava começando a ruir.

E quanto mais o jovem príncipe se aventurava mais os horrores da vida o confrontavam.

Agora ele viu um cadáver, enrolado em um lençol, sendo carregado para uma pira funerária - e a história nos conta que Siddhartha fica horrorizado ao descobrir que não só todos os homens são mortais, como também há uma crença Brahmin que depois da morte todos nós renascemos - para sofrer e morrer, de novo e de novo.

Não parecia haver um fim e nem solução para este ciclo miserável e inevitável da vida.

A vida do Buda era uma alegoria porque os pontos mais importantes nela era que aqui estava um jovem, que havia sido criado com todas as luxúrias e ele percebe que não é o suficiente porque ele ficou chocado.

Ele ficou chocado porque pela primeira vez ele se encontra com a velhice, a doença e a morte.

Não é cabível pensar que sendo criado como um jovem inteligente ele não tenha sabido de nada disso.

Page 7: A vida de buda

O ponto é que, de preferência, isto o tenha conduzido a um tremendo impacto ao ficar cara a cara com estes fatos fundamentais da existência humana, tenha e deve ter sobre nós, e isto requer uma urgência de termos que fazer alguma coisa sobre isto.

Mas foi o quarto sinal que definitivamente iria determinar o futuro de Siddharta - um homem usando um robe simples com uma tigela de esmolas diante dele.

Porque alguém iria querer desistir dos prazeres do mundo e vagar pelo país, pedindo esmolas? Perguntou o príncipe.

Chana explicou que o homem havia renunciado a tais prazeres para poder confrontar a realidade e procurar respostas para esta existência dolorosa.

A explicação dos quatro sinais

Eu vejo como uma maneira bastante efetiva de colocar certas realizações existenciais - todos nós sabemos que vamos envelhecer todos nós sabemos que vamos adoecer todos nós sabemos que vamos morrer em nossas cabeças... Mas é muito diferente se sentar, um dia e perceber aqui que não é somente as outras pessoas que vão ficar doentes e morrer é 'eu vou envelhecer' 'eu vou adoecer' e 'eu vou morrer' e eu acho que a história está tentando pintar este momento de realização existencial onde você a vê pela primeira vez

Você vai morrer e você sabe disso você sente isso.

Quando Siddartha retornou ao palácio depois de seu quarto passeio a sua mente estava rodando com este novo entendimento do mundo.

Os frutos e flores à sua volta iriam apodrecer e definhar.

Mesmo as muralhas do palácio um dia ruiriam.

Sua esposa acabara de dar a luz a uma linda criança.

Mas os dois iriam envelhecer um dia, adoecer e morrer. Era inevitável.

Ele havia aprendido o significado de impermanência e a viu em tudo à sua volta Siddharta soube que ele deveria deixar a sua família para procurar respostas para as perguntas que o atormentavam, mesmo se isso significasse abandonar sua esposa e filho.

Contra a tradição de sua família e a religião Brahmin, Siddhartha deixou sua casa para encontrar suas próprias respostas para o sofrimento da vida.

Uma história nos conta... Como uma névoa hipnótica colocou os guardas para dormir permitindo que ele escapasse com Chana, pelo Portão Leste do palácio.

Dizem que ao lado do Rio Anoma, ele tirou as suas jóias, trocando suas roupas por trapos e cortou o seu longo cabelo.

Ele pediu a Chana para levar tudo de volta para o palácio.

Siddhartha estava sozinho pela primeira vez.

Ele havia finalmente escapado o falso mundo da vida palaciana onde o sofrimento havia sido varrido para longe das vistas.

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Agora ele precisava ficar cara a cara com a realidade, se ele quisesse encontrar uma solução para a dor da existência.

Siddhartha foi confrontado pelo sofrimento em um grau que ele nunca havia visto antes quando ele chegava nas cidades.

E naquelas cidades as pessoas eram jogadas juntas, em épocas em que, talvez, houvesse um aumento de doenças e sofrimento.

Algumas pessoas vêem isto como uma espécie de despertar para a ênfase do Buda no sofrimento.

Isto acentuava os problemas universais que qualquer ser humano enfrenta em qualquer sociedade.

Siddhartha percebeu que se ele fosse encontrar uma resposta para o sofrimento ao seu redor, ele teria que desafiar a religião Brahmin sob a qual todos viviam.

O que os Brahmins têm era 'conhecimento sagrado', este conhecimento sagrado se centralizava em conhecer certos textos chamados Os Vedas a palavra Veda simplesmente significa conhecimento e a implicação disto é que aquilo era o único conhecimento que realmente valia a pena ter.

Com este conhecimento sagrado, os sacerdotes Brahmin inspecionavam cada estágio da vida, do nascimento até a morte.

A benção deles era essencial, mas o conhecimento deles podia ser passado somente para seus filhos.

A posição das famílias Brahmin permanecia assegurada - até que uma nova onda de pensadores começassem a questionar isso.

Houve uma época em que o Brahamismo, forma mais antiga do Hinduismo foi questionado, foi um pouco parecido com a época dos antigos filósofos como Platão e Sócrates na Grécia antiga.

Debate popular argumentando com as pessoas e o Buda tentou um atalho por tudo isso.

Ele descreveu o contexto um emaranhado de posições, uma selva de visões.

Enquanto Siddhartha explorava esta selva, ele percebeu qua a solução para o sofrimento da vida precisava estar disponível a todos, e não só a uns poucos exclusivos - como na tradição Brahmin.

O Buda descordou dos Brahmins e disse que uma pessoa não se torna um Brahmin... por nascimento tornar-se um Brahmin tendo uma vida boa você não se torna um pária ...por nascimento você se torna um pária vivendo de forma ruim.

Agora este é um pensamento maravilhoso e importante, é como dizer em nossa sociedade um verdadeiro cavalheiro não é aquele nascido em uma família em particular, mas aquele que se comporta apropriadamente.

Siddhartha viajou mais adiante no Norte da Índia em sua busca.

Ele estava procurando por um modo de vida alternativo que tentasse superar o sofrimento que ele via à sua volta.

Ele estava interessado em todas as novas filosofias, mas ele queria ir além - ir fundo em sua mente.

Ele estava decidido a concentrar-se em técnicas de meditação e foi a procura de melhores gurus da época.

Page 9: A vida de buda

A grosso modo, haviam dois tipos de meditação na Índia antiga. Que consistiam em se colocar sob vários tipos de pressão pelo controle da respiração ou algumas vezes fazendo jejuns ou se submeter à outras formas de desconforto e o objetivo é realmente obter o que chamamos de estado alterado de consciência.

Assim se pensaria que eles haviam galgado os planos mais altos no universo.

Eles não pegavam isso literalmente, não é que eles pensam que eles sobem 1500 metros no ar, mas eles pensam que existem certos planos que se tornam mais e mais abstratos como o plano do espaço infinito e este é seguido pelo plano da consciência infinita e depois o plano da vacuidade infinita, estas eram o tipo de coisas que Buda deve ter aprendido de seus mestres.

Dizem que Siddhartha, se sobressaiu tanto na meditação que logo conseguiu um grupo de cinco seguidores e seus mestres logo pediram a ele para ficar e assumir a escola.

Mas Siddhartha decidiu que esta prática sozinha não responderia ao problema do sofrimento ou renascimento ou reencarnação.

Ele saiu para explorar mais técnicas - desta vez se concentrando em seu corpo.

Então ele tenta um outro método que é o asceticismo rude.

Isto envolvia coisas como jejum, não tomar banho, meditações onde você segurava a sua respiração por um longo período e uma forma determinada e poderosa.

Os Ascetas podem passar fome e até se mutilar. Para eles o corpo físico é uma barreira para a libertação espiritual.

Ao remover o seu apego ao corpo eles limpam suas mentes e liberam suas almas.

Siddhartha tentou alcançar este estado de libertação.

Ele jejuou por tanto tempo que sua vida ficou por um fio. 'todos os meus membros ficaram como as juntas emaranhadas de répteis atrofiados, minhas nádegas como o casco de um jovem touro minha espinha sobressalente como um fio de bolas, minhas costelas magras como o esteio desarranjado de um abrigo prestes a cair. Meus olhos afundados em sua cavidade, as pupilas brilhantes como água em um poço profundo.

Como uma cuia verde enruga e encolhe no vento quente, assim ficou o meu couro cabeludo.

Bem quando Siddhartha estava prestes a morre de inanição uma jovem salvou a sua vida lhe oferecendo uma tigela de arroz e leite.

Ele então percebeu que se ele passasse fome novamente ele simplesmente morreria sem alcançar nada.

E a história diz que ele vivia com um grão de arroz por dia.

Ele praticamente se matou de fome e percebeu que disciplinar o corpo, pela auto-renúncia extrema, o estetismo de infligir dor ao corpo não resolve nenhum problema.

Quando os seus cinco seguidores viram que Siddhartha havia desistido jejuar eles perderam a sua fé nele.

Eles não acreditaram mais que ele possuía a força para sustentar suas convicções espirituais e o abandonaram.

Page 10: A vida de buda

Ele sentiu que havia tentado o que estava à disposição, e que não havia funcionado, e é o que, nessa altura, o que ele se lembrava da meditação que ele havia entrado espontaneamente em sua juventude e pensa, que talvez fosse um modo para se chegar ao despertar porque não é levantar os desejos do corpo mas é muito agradável e alegre.

Por acaso Siddharta deu de cara com um músico que afinava a sua cítara.

Quando a corda estava muito frouxa ela não tocava.

Quando estava muito esticada ela arrebentava.

Em algum lugar no meio estava a harmonia melodiosa.

Siddhartha percebeu que esta simples observação significava algo de grande importância.

Era o caminho do meio que o levaria ao estado mental que ele procurava - para o estado da harmonia melodiosa. - Iluminação.

Mas como ele podia alcançar isso?

E o modo que Buda eventualmente usa é o que pode se chamar de atenção ou consciência do corpo, onde nem se ignora e nem se tenta dominar isto pela força, mas é um tipo de caminho do meio.

O caminho do meio levou Siddhartha pelo interior.

Ele já viajava por seis anos.

Ele havia experienciado dor e sofrimento e havia expandido as fronteiras de sua mente.

Mas ele ainda não havia encontrado o espaço interior e a harmonia que ele procurava.

O estado de sabedoria absoluta e felicidade eterna conhecida como Iluminação.

Siddhartha chegou a Bodh Gaya.

Aqui os seus tormentos cessariam.

Ele se sentou sob uma árvore e jurou não sair até alcançar a ILUMINAÇÃO. 'a carne pode deteriorar, os ossos podem cair, mas eu jamais sairei deste lugar até encontrar o caminho para a iluminação’.

Ele não está mais sendo severo consigo mesmo, ele não está se pressionando de modo insuportável, ele não está se submetendo a nada doloroso, ele acha, que a vida já é dolorosa sem ter que fazê-la mais dolorosa, mas deixe-me simples e calmamente pensar nas coisas, pensar em como a vida funciona.

Ele começo a focar a sua mente com atenção aos vagarosos movimento da respiração indo e vindo de uma refinada sensação que existe no corpo bem em volta do nariz de modo que comece a levar a sua mente a se quietar, tranquila, em paz, acolhedora, purificada.

A mente de Siddhartha estava agora tão focada que ele podia com sucesso entrar nos limites sombrios do Inconsciente.

É aqui que ele enfrentaria o seu maior e derradeiro tormento.

O demônio Mara - o Senhor do Ego e da Ilusão apareceu diante dele.

Page 11: A vida de buda

Ele podia criar qualquer horror, real na mente de Siddhartha.

É muito importante lembrar que Mara, este demônio rei não é como o Satã do Cristianismo porque ele não é um tentador e ele não é nenhum tipo da contraparte de Deus, ele é puramente forças psicológicas que temos dentro de nós, Mara soltou um exercito de demônios para atacar Siddhartha.

Eles atiraram flechas flamejantes nele.

Mas no meio do caminho, Siddhartha as transformava e flores de lótus e elas caíam gentilmente à sua volta.

Tendo falhado, Mara então tenta seduzir Siddhartha com suas filhas atraentes.

Ele é assaltado pelo rei demônio que é ao mesmo tempo, morte e desejo... muito Freudiano pois de certo modo o desejo é morte, morte é desejo e de fato o rei Demônio lhe oferece suas três filhas que são a Paixão, a Luxúria e a Repugnância que são igualmente más se você evitar ter de tratar com elas e disse que isso é repugnante você também é um escravo da Paixão - e ele pode ficar completamente calmo e indiferente e simplesmente olhar para elas sem qualquer sentimento de atração ou repulsa.

Os rostos das filhas de Mara começam a apodrecer diante dos olhos de Siddharta.

As filhas diabólicas então desaparecem na terra.

De fato você pode dizer que o reconhecimento de Buda de que Mara é um aspecto dele próprio o total reconhecimento disto é a sua iluminação.

Dizem que a terra tremeu quando ele dispersou o mal.

Siddhartha, agora com 35 anos, passou por quatro Janas para alcançar a iluminação e se tornar o Buda - ou O Desperto.

Ele então passou 7 dias sob a árvore em um estado meditativo de graça absoluta.

Isto é visto como um estado onde a mente está incrivelmente refinada e sensitiva, e a imagem pode ser a de um lago, que está completamente calmo, que registraria até um inseto em sua superfície.

Logo isto é visto como um estado onde a mente é muito, muito poderosa como um instrumento de conhecimento, muito sensitiva.

Neste estado altamente sintonizado, o Buda viu um modo de escapar do inevitável ciclo do envelhecimento, doença e morte

Ele percebeu que se nós removemos o desejo nós podemos remover as insatisfações e o sofrimento de nossas vidas.

Uma causa importante para a dor e frustração da vida é ansiar desejos exigentes.

Portanto existe um desajuste geral entre como você quer que as coisas sejam e como elas realmente são.

O insight que Buda teve sob a árvore foi o nascimento do Budismo - uma religião seguida hoje por 400 milhões de pessoas.

O Buda reuniu sua sabedoria em quatro verdades nobres que são a fundação das crenças Budistas

A Primeira Verdade Nobre reconhece que há sofrimento na vida.

Page 12: A vida de buda

A Segunda diagnostica a causa do sofrimento - desejo.

Na Terceira Verdade, como um médico, o Buda revela que há cura para o desejo.

E na Quarta Verdade Nobre ele deu a prescrição - como curar a doença e alcançar a Iluminação ou Nirvana.

O objetivo fundamental era alcançar um estado mental completamente livre de paixões, ignorância, ambição, ódio e desilusão, livre através disso de todas as causa de futuros, renascimento quando uma pessoa iluminada morre ela é vista como estando além do renascimento a um estado além em termos de espaço-tempo e não mais retornando e assim isso é visto como um estado de liberação.

O Buda iria mais tarde ensinar que moralidade, meditação e sabedoria eram o ponto de partida para a iluminação.

Ele iria dedicar o resto de sua vida a ajudar os outros a seguir este caminho - em direção à liberdade de sofrimento.

Como seus seguidores cresceram em número ele continuou para estabelecer uma escola ou Sangha

Hoje um templo foi erigido ao lado de uma descendente da mesma árvore sob a qual o Buda tornou-se Iluminado.

Os monges aqui se tornaram uma biblioteca viva dos ensinamentos de Buda.

Cantando suas palavras sagradas sob a árvore Bodhi da Iluminação.

É entendido pelo Budista de receber poder especial àqueles que praticam.

O monge chefe é responsável em preservar esta tradição no templo.

A coisa mais importante é a pratica de seus ensinamentos.

Praticar persistentemente, seja sempre consciente.

Portanto agora eu explico o Budismo em duas palavras, pratique atenção.

O caminho para a Iluminação começa com o foco de sua mente e seguir um número de mandamentos.

Moralidade, meditação e sabedoria.

Então não mate, não roube, não ter um comportamento sexual impróprio, não dizer mentiras e não ceder ao desejo de bebidas intoxicantes ou substâncias tóxicas.

Este era um modo de vida estabelecido por Buda em sua primeira sangha.

Depois de oito anos ele voltou ao palácio e à família que ele havia abandonado.

Dizem que seu pai perdoou o Buda pela mágoa profunda que ele havia causado.

O Rei Sudhodhana havia percebido a importância da jornada de seu filho.

Sua madrasta até pediu para se juntar à sua sangha e ela foi para se tornar a primeira monja da história.

O Buda é inocentado ao olhos de todos os Budistas por ter deixado sua esposa e filho para ir em sua jornada solitária tentar encontrar uma solução para os problemas da vida e como a vida deveria ser vivida e para ele,

Page 13: A vida de buda

como a vida deveria ser vivida era uma questão muito mais importante do que ter posses ou mesmo a companhia dos entes queridos.

O Buda ia abandonar sua família novamente.

Ele saiu para ensinar, por quarenta anos - passando para seus seguidores a sabedoria que ele havia consquistado sob a árvore Bodhi.

Mas antes de partir ele ordenou o seu filho como um monge.

O Buda encorajou seus seguidores a viverem juntos em um Mosteiro ou Sangha -para ajudá-los a se focarem no caminho da iluminação.

Algumas pessoas se tornam monges somente para meditar, puramente para praticar meditação, puramente para praticar a vida em reclusão.

Alguns se tornam monges para trabalhar

na propagação da religião.

Monges de todo o mundo vêem para viver em Mosteiros estabelecidos ao redor do Templo da Árvore Bodi.

Não-monges ou Budistas leigos, vêem aqui também, para apredender deles.

Monges devem ser celibatos e abrir mão de todo desejo egoista.

E isto é uma parte do treinamento para se livrar da tendências pessoais, tendências de sempre pensar em si mesmo e se colocar completamente no contexto da comunidade, da sangha

Aí quando todos os sacrifícios foram feitos, o trabalho duro começa - engajando-se em longas cantorias ou mantras, de memória.

Mantras como estes possuem um propósito - ele foram criados para testar a memória do monge, sua concetração e compromisso com os ensinamentos de Buda.

Com os séculos, sua mensagem evoluiu em um número de tradições diferentes, com suas próprias interpretações e práticas monásticas.

Maso Buda ensinou que as pessoas leigas também podem seguir o caminho da graça eterna e sabedoria fundamental.

A maioria dos ocidentais não são levados ao Budismo como um caminho para deixar a sociedade para trás eles são levados por causa da praticidade da meditação como uma modo de ser mais efetiva dentro da sociedade e este é um caminho que a mensagem do Budismo chega a cada camada social diferente porque ele se torna uma forma de auto-aperfeiçoamento, uma maneira de lidar com o estresse da vida, uma maneira de clarear seus objetivos.

Muitos ocidentais são especificamente atraídos pela meditação Budista.

Eu penso que todos nós vislumbra aquele momento mágico e misterioso o que a meditação faz é nos ajudar a tocar isso com mais freqüência, ela nos ajuda a ser mais calmos e controlados em nossas mentes e nós podemos criar as condições que nos permitem a chegar em um estado de consciência de interdependência, de impermanência, de nirvana.

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Algumas escolas do Budismo acreditam que Buda era super-humano uma figura mágica que conjurava com deuses e executava milagres.

Outros que ele era nada mais do que um ser humano e eles acreditam que é isto que adere poder às suas mensagens.

Não há dúvidas que Buda desejou ser lembrado como ser humano com fragilidades humanas, não só fragilidades do intelecto ou fragilidades morais, mas certamente fragilidades físicas e o Buda sofre de dor nas costas, por exemplo, quando foi aproximando o final de sua vida ele sofre de varias queixas físicas e fraquezas.

O Buda morreu com a idade de oitenta anos de uma doença comum - envenamento alimentar.

Dizem que antes de morrer ele caiu num transe profundo em sua jornada deste mundo para o Nirvana - um estado de graça eterno - livre finalmente do renascimento, livre finalmente do sofrimento e da morte.

Um conselho foi reunido para gravar para a posteridade, os ensinamentos de Buda.

Estes era aprendidos de cor e passados através dos séculos por gerações de monges.

O corpo de Buda foi cremado. E seus restos preservados.

Eles foram guardados como relíquia, duzentos anos mais tarde. Pelo primeiro Imperador da Índia o Rei Ashoka que havia se convertido ao Budismo.

Ele construiu enormes monumentos ou stuppas e erigiu pilares para marcar os locais principais da vida de Buda.

Asoka assim se tornou uma figura chave, ambos, em termos da abrangência atual do Budismo como também como modelo pois futuros líderes Budistas por toda a Ásia olhavam para trás, para Ashoka como o tipo ideal de rei e defensor do Budismo.

Portanto, pelo que sabemos, o Imperador Asoka que governou dois terços da Índia moderna nos meados do séc. III AC, ajudou monges a enviarem missões aos países fronteriços com a Índia, missionários foram enviados até a Kashmira, ao Nepal e certamente a Sri Lanka.

Eles convereram o rei, o rei apadrinhou o Budismo e sri lanka tem sido Budista deste dia em diante até hoje.

E de país em país nós sabemos por muitos séculos esta foi a maneira em que o Budismo foi implantado com sucesso.

Os pilares de Ashoka sobreviveram o Budismo na Índia - eles resistiram a invasões Mulçumanas e sobreviveram para chamar a atenção dos primeiros arquólogos colonialistas.

Isto deu uma arrancada bastante significativa à revivificação do Budismo - o desejo de volta a lugares associados a Buda. imaginando o Budismo para os ocidentais mas estes investigadores também se tornaram o pedestal para a revivificação dentro do Budismo na Ásia.

Hoje os locais associados à vida de Buda atraem turistas e grupos de peregrinos a Bodh Gaya para seguir as pegadas de Buda, esperando encontrar, o que ele encontrou, a paz e alegria eternas e a cura para o sofrimento e a morte.

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É uma grande ironia que depois da morte de Buda, a pessoa que pregou a inutilidade do ritual e também a inutilidade do culto da personalidade se tornou o objeto de adoração rirual e um culto tão grande quanto jamais tinha existido na historia.

Templos Budistas foram construídos em Bodh Gaya representando as diferentes tradições de todo o mundo.

O Budismo, em toda a sua forma, retornou para casa, para a árvore Bodi, para o local onde uma vez um príncipe alcançou a iluminação e se tornou o Buda

O Buda alcançou a iluminação naquele fugaz piscar de olhos.... este momento,momento fugaz é o tempo que se leva para se perceber para se perceber que aquele momento não pode ser explicado.

Aquele momento especial deu origem à primeira religião da terra - Um religião sem um Deus onde o caminho para o Nirvana está na mente de cada um de nós.