a transexualidade sob a otica dos direitos humanos perspectiva de inclusão

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CAMILA DE JESUS MELLO GONÇALVES A TRANSEXUALIDADE SOB A ÓTICA DOS DIREITOS HUMANOS: UMA PERSPECTIVA DE INCLUSÃO Tese de doutorado Orientador: Professor Titular Celso Lafer Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo São Paulo 2012

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A Transexualidade Sob a Otica Dos Direitos Humanos Perspectiva de Inclusão

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  • CAMILA DE JESUS MELLO GONALVES

    A TRANSEXUALIDADE SOB A TICA DOS DIREITOS

    HUMANOS: UMA PERSPECTIVA DE INCLUSO

    Tese de doutorado

    Orientador: Professor Titular Celso Lafer

    Faculdade de Direito da Universidade de So Paulo

    So Paulo

    2012

  • RESUMO

    Os transexuais so pessoas que se identificam com o gnero

    oposto ao seu sexo biolgico: homens que acreditam e se comportam como se fossem

    mulheres, e vice-versa. Tal identificao gera um desconforto ou sentimento de

    inadequao em relao ao prprio corpo, com sofrimento significativo e um desejo de

    viver e de ser aceito como pessoa pertencente ao outro sexo. Com base nessa crena,

    promovem alteraes em seus corpos, aproximando-os da aparncia prpria ao seu

    gnero de identificao.

    Cria-se, ento, uma contradio entre a imagem e modo de

    vida da pessoa e seu estado civil, gerando constrangimentos que dificultam o gozo dos

    direitos civis, econmicos, sociais e culturais.

    A violncia e discriminao dirigidas s pessoas transexuais

    ao redor do mundo tm sido denunciadas perante os rgos internacionais da

    Organizao das Naes Unidas e da Organizao dos Estados Americanos. Diante dos

    fatos, tais rgos recomendaram o levantamento de dados e a pesquisa interna, no

    mbito de cada pas, em busca de solues jurdicas s questes de identidade

    suscitadas pelos transexuais.

    No Brasil, h especial interesse na questo, visto que o Pas

    permite a realizao da cirurgia de transgenitalizao desde 1997, atualmente nos

    moldes da Resoluo n 1.955/2010, do Conselho Federal de Medicina, sem que haja

    previso legal quanto aos respectivos efeitos jurdicos.

    A falta de legislao contribui para a invisibilidade dos

    transexuais como vtimas de excluso, tornando relevantes as contribuies doutrinria

    e jurisprudencial para a implementao de seus direitos humanos.

    Nesse contexto, a partir das concepes moral e jurdica de

    identidade e da essencialidade do seu reconhecimento social para a preservao da

    dignidade da pessoa humana, prope-se a mudana do nome e do sexo, no estado civil

    da pessoa, como forma de incluso do transexual, pela tutela de sua identidade de

    gnero.

    Palavras-chave: Transexual direitos humanos

    personalidade - identidade de gnero ou sexual

  • ABSTRACT

    The transsexuals are people who identify themselves with the

    opposite gender to their biological sex: men who believe and behave like they were

    women and vice versa. Such identification generates an inconvenience or a feeling of

    inadequacy concerning their own body, with a meaningful suffering and desire of living

    and being accepted as anyone belonging to the other sex. They make changes in their

    own bodies, based on this belief, getting close to the appearance itself related to the

    gender of identification.

    As a result, its created a contradiction between the image

    and the persons way of life and his/her marital status, making embarrassments which

    raise difficulties for the fruition of civil, economy, social and cultural rights.

    The violence and discrimination addressed to transsexual

    people throughout the world have been denounced before the international organizations

    of the United Nations and the Organization of American States. Accordingly to the

    facts, these organizations have recommended the data survey and in-house research, in

    the range of each country, in order to find juridical solutions to the identity questions

    raised by the transsexuals.

    In Brasil, there is special interest on the question, considering

    the country allows the realization of transgenitalization surgery since 1997, currently

    according to the Resolution n 1.955/2010, from the Medicine Federal Council, with no

    legal prediction related to the respective juridical effects.

    The lack of legislation contributes to the invisibility of the

    transsexuals as victims of exclusion, becoming relevant the doctrinaire and

    jurisprudential contribution for the implementation of their human rights.

    Inside this context, from the moral and juridical conceptions

    of identity and the essentiality of its social recognition for the maintenance of human

    being dignity, its proposed a change on the name and sex, in the persons marital

    status, as a manner of inclusion of the transsexual, by the tutelage of his/her gender

    identity.

    Key words transsexual human rights personality

    gender or sexual identity

  • Introduo

    O transexual a pessoa que sente pertencer ao gnero oposto,

    identificando-se com o papel social contrrio ao seu sexo biolgico.

    Na rea do direito, o debate dominante sobre a

    transexualidade tradicionalmente se refere a aspectos cirrgicos, relativos mudana do

    sexo, sob o enfoque do direito ao corpo.

    Em 1997, no Brasil, o Conselho Federal de Medicina editou a

    primeira regulamentao da cirurgia de transgenitalizao, que passou a ser realizada

    experimentalmente, no mbito da pesquisa.

    A tcnica evoluiu, e atualmente se permite a operao de

    neocolpovulvoplastia nos casos com indicao precisa de transformao do fentipo

    masculino para feminino, inclusive em servios de hospitais particulares, embora a

    transformao do fentipo feminino para o masculino ainda seja autorizada apenas a

    ttulo experimental (art. 2, da Resoluo CFM 1955/2010).

    A par dos avanos cirrgicos e das formas de tratamento da

    transexualidade ao redor do mundo, a violncia e discriminao contra os transexuais

    tm chamado a ateno dos rgos internacionais de proteo dos direitos humanos.

    No mbito da ONU e da OEA, verifica-se a preocupao com

    o levantamento de dados e com a promoo de discusses sobre as melhores formas de

    proteo dos transexuais pela legislao internacional de direitos humanos e pelos

    ordenamentos internos de cada pas.

    Entre ns, com o advento da Constituio Federal de 1988 e

    da vigncia do novo Cdigo Civil a partir de 2003, sob a influncia do princpio da

    dignidade humana e diante da repersonalizao do direito civil, abriu-se uma nova

    perspectiva de estudo. Essa via caracteriza-se pelo deslocamento da discusso do direito

    ao corpo, que sempre dominou o debate, para o direito ao desenvolvimento e expanso

    da personalidade da pessoa transexual.

    A reflexo orientou-se pela crena de que o direito possui

    instrumentos que podem auxiliar no combate violncia e discriminao, ainda que o

    Brasil carea de lei especfica regulamentadora da transexualidade. Trata-se dos

    princpios e valores que lhe so subjacentes, necessrios de serem realizados e tornados

    efetivos pelo trabalho hermenutico dos operadores do direito.

  • Essa a abordagem que se pretendeu aprofundar, em busca de

    alternativas de soluo jurdica para o conflito de identidade de gnero apresentado

    pelos transexuais.

    A pesquisa iniciou-se pela fixao do objeto e delimitao do

    tema, no Captulo I, voltando-se reflexo biotica sobre os limites da interveno

    humana na natureza, no captulo seguinte. As definies e classificaes estabelecidas

    pelos profissionais da rea da sade e a regulamentao administrativa da

    transexualidade no Brasil igualmente foram tratadas no Captulo II.

    Em seguida, fixados os conceitos tcnicos bsicos, ingressou-

    se na investigao sobre as Recomendaes dos rgos do Sistema Internacional e dos

    Sistemas Regionais de proteo e sobre as normas constitucionais brasileiras,

    concorrentes na promoo dos direitos humanos enunciados nos planos internacional e

    interno.

    No Captulo III, partiu-se do direito fundamental liberdade,

    percorrendo seus respectivos desdobramentos, como o livre desenvolvimento da

    personalidade e a vida privada. Seguiu-se pelo direito igualdade, no que toca ao

    combate discriminao, ressaltando-se a importncia do reconhecimento jurdico, at

    alcanar os direitos da personalidade, no Captulo IV.

    Do direito civil, foram buscadas lies sobre a tutela do

    corpo, do nome e do estado, na investigao sobre as hipteses em que autorizadas as

    respectivas mudanas.

    O ltimo captulo, propositivo do direito identidade de

    gnero ou sexual entre os direitos da personalidade, tratou da tentativa de constribuio

    para a tutela dos transexuais no Brasil.

    Pretendeu-se defender a possibilidade de mudana do nome e

    do sexo no Registro Civil, a fim de assegurar a correspondncia entre a identidade de

    gnero e a identificao jurdica da pessoa. Sob esse aspecto, enfrentou-se a hiptese de

    admisso da identidade de gnero independentemente da cirurgia para a modificao

    dos caracteres sexuais primrios, considerando o teor das recentes leis europeias que

    regulamentaram a mudana de nome e sexo dos transexuais.

    A adequao do nome e do sexo civil ao sentir, agir e

    aparentar que se completam na identidade de algum foi percebida como singela

    contribuio, seno para evitar, ao menos para diminuir o constrangimento e a

  • discriminao experimentados pelos transexuais por ocasio de sua identificao

    perante a sociedade.

    Pelo reconhecimento jurdico da identidade de gnero, ou

    sexual, definida no exerccio da liberdade, espera-se facilitar o compartilhamento da

    vida pblica, alando a pessoa condio de efetiva parceira de interao, na

    implementao da igualdade. Almeja-se, assim, tornar efetiva a dignidade da pessoa

    transexual.

    Concluso

    A identificao com o gnero contrrio ao sexo biolgico,

    que caracteriza a transexualidade, provoca perplexidade. Contudo, a imposio dos

    fatos deixa claro que se trata de realidade enfrentada por seres humanos, atualmente

    expostos violncia e discriminao, vtimas de preconceito e excluso.

    As cincias da sade, preocupadas em aliviar o sofrimento

    dessas pessoas, vm progressivamente se desenvolvendo, permitindo cada vez mais

    aproximar a aparncia da pessoa ao seu sexo de identificao. Os resultados alcanados

    pelas terapias hormonais e cirrgicas tm sido positivos, significando melhoras efetivas

    na qualidade de vida dos transexuais.

    Por outro lado, permanece a lacuna legal no Brasil, no que

    toca regulao dos efeitos jurdicos da transexualidade.

    Essa omisso no irrelevante e produz consequncias srias,

    contribuindo para a marginalizao da pessoa transexual, na medida em que a mantm

    invisvel perante as instituies de direito de seu Pas, tratada como se no existisse.

    Acentua, tambm, a vulnerabilidade do transexual, na considerao de que a menos-

    valia resultante da omisso estatal no passa despercebida pela sociedade, acabando por

    fomentar a violncia e a discriminao. A ausncia de legislao, outrossim, estimula o

    preconceito e a intolerncia, por revelar a incapacidade do sistema para gerir, respeitar e

    assimilar a diferena.

    Ainda que no haja lei especfica, subsiste a possibilidade de

    construir a proteo necessria, com base nos princpios e regras do ordenamento,

    mormente considerando a positivao da dignidade humana, nacional e

    internacionalmente, como viga mestra do ordenamento.

  • A aplicao de um princpio nunca simples.

    Sua abstrao e generalidade mostram-se incompatveis com

    o mtodo subsuntivo, tornando necessria a atividade hermenutica, sempre sujeita s

    crticas calcadas no subjetivismo ou ideologia do intrprete.

    Para operar com princpios de modo tcnico e evitar o risco

    de desconsiderao ou banalizao de to relevantes ideais e valores, auxilia um

    raciocnio que demonstre, passo a passo, as etapas percorridas para alcanar a soluo,

    permitindo ligar o fato norma, com segurana.

    Nesse diapaso, fixada a premissa da insuficincia da

    positivao da dignidade humana nos documentos internacionais e nacionais e a

    necessidade de uma tutela mais efetiva de proteo, outros fundamentos jurdicos foram

    buscados.

    A liberdade e a igualdade, que ao lado da dignidade fundam a

    Repblica Federativa do Brasil, igualmente consistem em normas carregadas de valores,

    suscitando mltiplos significados.

    Foram desdobradas em contedos mais especficos, para

    facilitar sua aplicao. So eles: o livre desenvolvimento da personalidade e a vida

    privada, em relao liberdade, e o combate discriminao e ao preconceito,

    promovendo o reconhecimento jurdico do diferente, quanto igualdade.

    Da liberdade amplamente enunciada, chegou-se a uma

    compreenso dinmica da personalidade, cujo desenvolvimento pressupe uma esfera

    de intimidade e de segredo, que assegure condies para escolhas pessoais voltadas ao

    interesse pessoal e no ao atendimento da expectativa alheia.

    Por outro lado, o homem um ser social, razo pela qual a

    realizao no isolamento no lhe basta. Nesses termos, a tutela da pessoa no se

    completa sem o direito de ser respeitado e acolhido pelo grupo, reconhecendo-se a

    possibilidade de ser diferente, sem que isso seja causa de excluso ou discriminao.

    Tais garantias conectam-se diretamente dignidade humana,

    contribuindo para sua concretizao ao permitir a expanso da personalidade e a

    singularizao do homem, como ser nico e distinto dos demais, ao mesmo tempo

    queinserido na comunidade e reconhecido como igual parceiro de interao.

    Nesse panorama, pode-se situar a opo do transexual de

    viver como algum pertencente ao sexo oposto, entre as escolhas asseguradas pelo

    direito de liberdade. De fato, se verdade que o conflito de identidade de gnero no

  • depende da vontade da pessoa (ainda que no se saiba a causa precisa), no menos

    verdadeiro que o caminho individual trilhado a partir da resulta da escolha prpria de

    cada um. Como visto, h pessoas que chegam inclusive a se casar e ter filhos antes de

    buscar o reconhecimento da identidade de gnero, a indicar a presena da liberdade e da

    autonomia humanas na opo pela identidade sexual.

    Tal liberdade, como todos os direitos concorrentes, encontra

    limites impostos pelos demais valores do ordenamento, como a dignidade da pessoa

    humana e a ordem pblica. Assim, no se confunde com uma escolha livre do sexo, ao

    modo de um acessrio, tpica de uma concepo de pessoa como objeto, incompatvel

    com a dignidade humana.

    Trata-se, isto sim, de liberdade a ser exercida a partir da

    constatao de conflito identitrio grave, designado transexualidade, prprio do

    transexual primrio, cuja caracterizao foi objeto do Captulo II.

    Feita a opo e realizada a transformao corporal em

    extenso suficiente para modificar a aparncia e fazer crer que a pessoa pertence ao

    sexo oposto, no se vislumbra interesse pblico relevante que justifique a divulgao da

    realidade anterior. Enquanto o coletivo se refere ao mundo compartilhado, quilo que

    nos comum e por todos comungado, a esfera particular, em oposio, apenas diz

    respeito ao sujeito, assegurando-lhe um permetro de intimidade em que a prpria

    pessoa permite quem pode ingressar.

    exatamente o reconhecimento de que essa esfera no do

    interesse geral que leva proibio de interferncia do Estado na vida privada, situando-

    se o sexo fisio-biolgico, tanto quanto a orientao sexual e a prpria sexualidade, entre

    os fatos protegidos pelo resguardo e pelo segredo que se completam na noo de

    intimidade.

    Da a distino entre sexo e identidade sexual, que se faz

    necessria diante da transexualidade. O elemento biolgico, que identifica e caracteriza

    o aparelho e os rgos sexuais naturais, porque integrante da vida privada, ocultado,

    de modo que aparea somente a identidade de gnero, relacional, construda em

    interao e, bem por isso, relevante para o grupo.

    Afirmar que o sexo natural se insere no mbito da vida

    privada e pode ser omitido da sociedade suscita a questo de como compatibilizar o

    interesse individual com o coletivo, na considerao de que as normas jurdicas

    destinadas identificao dos membros da coletividade so de ordem pblica.

  • dizer, embora o sexo original restrinja-se intimidade, a

    individualizao de cada pessoa com base em seu nome e estado civil, familiar e

    poltico, importa ao Estado e sociedade.

    Necessrio, ento, harmonizar o direito da pessoa de resolver

    seu conflito identitrio e assumir sua identidade de gnero, como expresso da

    liberdade, com o interesse estatal que se faz presente na correta identificao das

    pessoas, sem a qual no h possibilidade da segurana e certeza necessrias para a vida

    coletiva.

    Essa harmonizao, o que se conclui, pode ser alcanada

    pelo reconhecimento jurdico da identidade de gnero ou sexual, entre os direitos da

    personalidade.

    Tal direito possui uma dimenso privada, naquilo que resulta

    do desenvolvimento e da expanso da personalidade, e uma dimenso pblica, relativa

    ao estado civil, que encerra elementos de individualizao e identificao da pessoa

    perante a sociedade.

    Em sua dupla face, exprime a liberdade, voltada

    autorrealizao, e realiza a igualdade, ao reconhecer o direito de ser coerentemente

    identificado quele cuja identidade marcada por uma contradio. Assim, permite o

    tratamento igual do diferente, no pressuposto de que a negativa do reconhecimento da

    identidade sexual no encontra fundamento racional que o justifique e, por isso, importa

    em preconceito e discriminao.

    Com base na constatao da estabilidade da identificao

    com o sexo oposto e na transformao da aparncia da pessoa, cuja imagem,

    comportamento e modo de vida no deixam dvidas quanto ao sexo, permitem-se as

    mudanas do nome e do estado, que se completam pelas respectivas alteraes no

    Registro Civil.

    A alterao registrria encerra etapa crucial desse processo,

    na medida em que o registro o meio de tornar conhecida a identidade do indivduo,

    tratando-se de relevante instrumento para a concretizao da dimenso pblica da

    identidade de gnero ou sexual.

    De fato, sem a modificao do nome e do sexo no registro

    fica prejudicada a realizao da igualdade pelo reconhecimento da identidade de gnero.

    exatamente a exibio de documentos compatveis com a

    realidade apresentada que preservar o transexual das situaes vexatrias, as quais,

  • diante do constrangimento que causam, colocam a pessoa em situao de

    vulnerabilidade e exposio, contribuindo para que se torne (e seja mantida) vtima de

    violncia e discriminao.

    No mais, como consignado pela Corte Europeia de Direitos

    Humanos ao julgar o caso paradigmtico, Christine Goodwin v. Reino Unido, em 2002,

    as dificuldades provocadas pela mudana registral quanto ao casamento e filiao, entre

    outros reflexos, no so insolveis, mas viveis de serem contornadas, em proteo ao

    bem maior da vida privada, pela Corte apontado como o principal fundamento para a

    proteo da pessoa transexual.

    Cabe, por fim, no perder de vista que a transexualidade, de

    fato, desafia nossas compreenses mais bsicas sobre o masculino e o feminino.

    Nessa esteira, jamais se pretendeu indicar concluses ou

    pontos de chegada definitivos, ainda havendo muito a percorrer no campo da definio

    jurdica de todas as situaes postas.

    Apenas que, sob o ponto de vista da dignidade da pessoa

    transexual e da necessidade de sua proteo contra a violncia e discriminao, no h

    como esperar.

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