a teoria e a prática dos parâmetros curriculares nacionais
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8/17/2019 A Teoria e a Prática Dos Parâmetros Curriculares Nacionais
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A Teoria e a Prática dos Parâmetros CurricularesNacionais (PCNs)
A Teoria e a Prática dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)
Luiz Eduardo Corrêa Lima
Os PCNs constituíram uma idéia diferente e etremamente im!ortante !ara orientar
o ensino" #ue foi !roduzida a !artir dos !receitos esta$elecidos !ela Lei %&%'%
(Lei de *iretrizes e +ases da Educa,-o +rasileira). Entretanto" até a#ui" a !rática
curricular dos PCNs nas escolas tem sido $astante !re/udicada em fun,-o de 0ários
as!ectos. 1uitos desses as!ectos dizem res!eito 2 dificuldade efeti0a e funcional
entre a Teoria e a Prática do !rocesso !eda343ico e entre a 3rande distância
eistente entre o #ue #uerem os Peda3o3os nos seus 3a$inetes e o #ue !odemfazer os Professores com suas disci!linas em sala de aula. 5ue fi#ue claro" #ue n-o
0ai a#ui nen6um ti!o de !reconceito contra esse ou a#uele !rofissional do ensino e
da educa,-o" estou a!enas relatando um fato #ue tem sido realmente muito difícil
de ser su!erado" #ue tem atra0ancado o !rocesso educacional e #ue eu"
!articularmente" ten6o tido muita dificuldade de entender e conse#uentemente de
resol0er.
Os PCNs trazem conceitos de Com!etências e 7a$ilidades e as diferentes formas de
tratar esses conceitos" !orém a !rática !eda343ica tem trazido muita confus-o
entre essas duas no0as fi3uras da terminolo3ia educacional e !roduzido muitotranstorno a todo o !rocesso. A!esar de /á estar fazendo mais de 89 anos da
cria,-o dos PCNs" infelizmente 6á !rofessores e n-o s-o !oucos" #ue re!etem
a#uilo #ue n-o com!reendem e aca$am usando essas !ala0ras" mas #ue n-o
entendem os res!ecti0os seus conceitos. Na 0erdade" esses !rofessores ac6am #ue
isso é mera formalidade e #ue n-o muda a$solutamente nada.
5uero" antes de continuar" deiar claro #ue acredito !iamente" #ue os o$/eti0os
alme/ados com a no0a terminolo3ia s-o os mel6ores !ossí0eis" até !or#ue sou
consciente de #ue a #uest-o n-o é s4 semântica. 7á efeti0amente uma
!reocu!a,-o com a mel6oria da educa,-o e dos métodos de ensino" !orém adificuldade de conciliar os conceitos te4ricos 2 !rática didático:!eda343ica tem sido
muito um entra0e #ue" ao in0és de mel6orar" tem com!licado muito mais.
;e" !or um lado" os !eda3o3os #uerem e de0em #uerer a im!lanta,-o da no0a
metodolo3ia" !or outro lado" eles n-o sa$em ade#uar essa condi,-o nas diferentes
disci!linas. ;e" !or outro lado" os !rofessores #uerem e de0em #uerer a
im!lanta,-o da no0a metodolo3ia" eles n-o conse3uem o$ter o referencial te4rico
com!atí0el com a realidade didático:!eda343ica de suas res!ecti0as disci!linas. Em
suma" os dois lados n-o conse3uem se a/ustar e n-o se entendem e assim" o
!rocesso n-o se desen0ol0e a contento. A !r4!ria distin,-o entre o #ue se/amcom!etências e 6a$ilidades é" muitas 0ezes" além de difícil" tam$ém conflitante e
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essas duas !ala0ras aca$am !or se so$re!orem conceitualmente.
Os !eda3o3os te4ricos n-o conse3uem criar !ro$lemas ou eem!los es!ecíficos
!ara orientar os !rofessores das diferentes disci!linas e os !rofessores nas salas de
aula n-o conse3uem definir #uais s-o os seus !ro$lemas" 2 luz da no0a
conceitua,-o. Esse im!asse conceitual e funcional tem !re/udicado muito oandamento do !rocesso educacional e nada tem sido resol0ido" !ro0a0elmente" !or
causa disso mesmo. es de ser consumido" do contrário o tem!o !assará"
o @!eie estra3ará e o @0endedor de !eies n-o irá conse3uir 0ende:lo a nin3uém.
B eatamente isso #ue está acontecendo @está sendo 0endido !eie !odre" !or#ue
n-o 6á alin6amento entre a idéia e a a,-o" no #ue se refere 2 im!lanta,-o efeti0a
dos PCNs.
;endo assim" torna:se !re!onderante #ue o !rocesso se/a fundamentado numa
condi,-o de atua,-o con/unta #ue associe a ati0idade a ser desen0ol0ida com a
no,-o te4rica ade#uada" a fim de o mesmo !ossa ser coerentemente acom!an6ado!elos !rofessores das diferentes disci!linas.
Os PCNs de0em ser se3uidos" desde #ue entendidos. N-o $asta a!enas cum!rir
uma norma" é !reciso #ue esta norma se/a com!atí0el e #ue este/a ade#uada ao
!rocesso educacional #ue se !retende esta$elecer. O o$/eti0o dos PCNs é mel6orar
o !rocesso educacional. Lamenta0elmente" até a#ui" ao contrário" !or mel6or #ue
se/am as inten,>es" os PCNs s4 têm conse3uido !re/udicar" !ois com!licaram mais
#ue solucionaram a Educa,-o.
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Daz:se necessário #ue se ten6a uma mel6or a0alia,-o !ara a im!lanta,-o definiti0a
dos PCNs" a fim de #ue !ossam ser esta$elecidas solu,>es efeti0as 2 Educa,-o e ao
Ensino. 7á estados #ue est-o !ressu!ondo #ue todos os !rofessores têm !lena
consciência da #uest-o" !orém a !rática didático:!eda343ica cotidiana tem
demonstrado eatamente o contrário.
A Peda3o3ia e a 1etodolo3ia corres!ondente têm #ue ser im!lantadas em acordo
com os interesses e com a concordância dos !rofissionais de ensino das diferentes
áreas es!ecíficas do con6ecimento" se n-o" como diria +OCAE @a emenda sai !ior
do #ue o soneto.
Luiz Eduardo Corrêa Lima (F&) é +i4lo3o" Professor" Escritor e Am$ientalistaG foi
=ereador e Presidente da Câmara 1unici!al de Ca,a!a0a.