a teoria da tectonica de placas

Upload: barbara-moutinho

Post on 19-Jul-2015

251 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

A Teoria da Tectnica de Placas

Essa teoria postula que a crosta terrestre, mais precisamente a litosfera que engloba a Crosta e a parte superior do Manto, at cerca de 100 km de profundidade est quebrada em um determinado nmero de placas rgidas, que se desloca com movimentos horizontais, que podem ser representados como rotaes com respeito ao eixo que passa pelo centro da Terra. Essas movimentaes ocorrem porque a Litosfera, mais leve e fria, praticamente flutua sobre o material mais quente e denso, parcialmente fundido, existente no topo da Astenosfera. nessa parte viscosa, dos primeiros 200 km da Astenosfera, que so geradas as correntes de conveco, supostamente o mecanismo que proporciona a movimentao das placas tectnicas. As placas deslizam ou colidem uma contra as outras a uma velocidade varivel de 1 a 10 cm/ano. Nas regies onde elas se chocam ou se atritam, crescem os esforos de deformao nas rochas e, periodicamente nesses pontos, acontecem os grandes terremotos. Justamente nos limites das placas tectnicas, ao longo de faixas estreitas e contnuas, que se concentra a maior parte da sismicidade de toda a Terra. tambm prximo das bordas das placas que o material fundido (magma), existente no topo da Astenosfera, ascende at a superfcie e extravasa-se ao longo de fissuras, ou atravs de canais para formar os vulces. Apesar de os terremotos e vulces normalmente ocorrerem prximo aos limites das placas, excepcionalmente, podem acontecer superterremotos nas regies internas das placas. Portanto, placas tectnicas so gigantescos blocos que compe a camada slida externa do planeta, sustentando os continentes e os oceanos.

Principais Placas Tectnicas Placa do Pacfico Com aproximadamente 70 milhes de quilmetros quadrados, essa a maior placa ocenica, abrange a maior parte do oceano Pacfico. Ela renovada em suas bordas, onde h separao das placas vizinhas e a expanso do assoalho martimo. Placa de Nazca Possui extenso de 10 milhes de quilmetros quadrados, e est localizado no leste do ocenico Pacfico, que fica 10 centmetros menores a cada

ano, por chocar-se com a placa Sul-Americana. O choque entre essas duas placas originou a Cordilheira dos Andes. Placa Sul-Americana uma placa continental que possui 32 milhes de quilmetros quadrados. O territrio brasileiro est localizado no centro dela, onde a espessura de 200 quilmetros, por esse motivo o pas pouco afetado por terremotos e vulces. Placa Norte-Americana Possui 70 milhes de quilmetros quadrados, e abrange a Amrica do Norte, a Amrica Central e a Groelndia, alm de uma parte do oceano Atlntico. O deslocamento horizontal em relao placa do Pacfico desencadeia vrios terremotos, principalmente na Califrnia. Placa Africana Com 65 milhes de quilmetros quadrados, essa Placa engloba todo o continente africano. A sua coliso com a Placa Euro-asitica originou o mar Mediterrneo e o Vale Rift. A Placa Sul-Americana e a Placa Africana formam uma zona de divergncia, ou seja, elas esto se afastando uma da outra, conforme monitoramentos realizados por satlites, elas se afastam cerca de 3 cm por ano. Placa Antrtica Consiste numa placa continental com 25 milhes de quilmetros quadrados. A parte leste da placa, que h 200 milhes de anos estava junto do que hoje a Austrlia, a frica e a ndia, chocou-se com pelo menos cinco placas menores que formavam o lado oeste. Placa Indo-Australiana formada pela Placa Australiana e a Indiana, seus 45 milhes de quilmetros quadrados englobam a ndia, a Austrlia, a Nova Zelndia e parte do oceano ndico. Forma uma zona de convergncia com a Placa das Filipinas, fato que promove o surgimento de ilhas. Placa Euroasitica Ocidental um bloco que possui 60 milhes de quilmetros quadrados, nele esto o continente europeu e o extremo oeste da sia. Placa Eurosiatica Oriental Abriga o continente asitico. Sua extenso de 40 milhes de quilmetros quadrados. Essa placa forma uma zona de convergncia com as placas das Filipinas e do Pacfico, sendo uma das regies com maior ocorrncia de vulces e terremotos do planeta. Placa das Filipinas uma placa ocenica, localizada no oceano Pacfico. Sua rea de 7 milhes de quilmetros quadrados, nela esto presentes quase a metade dos vulces ativos da Terra. Forma uma rea de convergncia com a Placa Euroasitica Oriental.

Infogrfico: INOGRAFE

Causas do movimento das placas: As placas movem-se graas fraqueza relativa da astenosfera. Pensa-se que a fonte da energia necessria para produzir este movimento seja a dissipao de calor a partir do manto. Imagens tridimensionais do interior da Terra (tomografia ssmica) mostram a ocorrncia de fenmenos de conveco no manto. De alguma forma, esta energia tem de ser transferida para a litosfera de forma a que as placas se movam. H essencialmente duas foras que o podem conseguir: o atrito e a gravidade.

Tipos de limites de placas So trs os tipos de limites de placas, caracterizados pelo modo como as placas se deslocam umas relativamente s outras, aos quais esto associados diferentes tipos de fenmenos de superfcie:

Limites transformantes ou conservativos - ocorrem quando as placas deslizam ou mais precisamente roam uma na outra, ao longo de falhas transformantes. O movimento relativo das duas placas pode ser direito ou esquerdo, consoante se efetue para a direita ou para a esquerda de um observador colocado num dos lados da falha.

Limites divergentes ou construtivos ocorrem quando duas placas se afastam uma da outra. Limites convergentes ou destrutivos (tambm designados por margens ativas) ocorrem quando duas placas se movem uma em direo outra, formando uma zona de subduco (se uma das placas mergulha sob a outra) ou uma cadeia montanhosa (se as placas simplesmente colidem e se comprimem uma contra a outra).

H limites de placas cuja situao mais complexa, nos casos em que trs ou mais placas se encontram, ocorrendo ento uma mistura dos trs tipos de limites anteriores. Sistemas Tectnicos Transcorrentes ou Direcional Falhas de rejeito direcional (strike-slip) so geralmente verticais e acomodam cisalhamento horizontal paralelo ao strike do plano da falha. Seus traos na superfcie podem ser retilneos ou curvos e seus deslocamentos so definidos em movimentos destrais (lateral para direita) e sinistrais (lateral para esquerda). Falhas strike-slip obliquas resultam da adio de componentes horizontais de contrao ou extenso perpendiculares ao trao da falha. Portanto, falhas transcorrentes so falhas strike-slip na crosta de escalas regionais, no constitudo limites de placas tectnicas. Falhas de rasgamento (wrench fault ou tear): movimentos horizontais provocados por eixos de maior tenso e maior alvio na horizontal. Na regio da falha predomina o cisalhamento simples.

Normalmente apresentam zonas com traos lineares, formas planares verticais e movimentos horizontais. Dependendo dos tipos litolgicos envolvidos, podem mostrar traos com inflexes, formas curviplanares, atitudes de mdios ngulos. O estilo transcorrente marcado regionalmente por feies de Encurtamento e estiramento, desnivelamento de blocos, rpida sedimentao, fraco metamorfismo e magmatismo indireto (relacionado a granitognese ,por exemplo). So comumente subsidiarias de outras estruturas como dobras, falhas de empurres ou falhas normais. Falhas Normais: As falhas normais geralmente esto inseridas em zonas onde h alvios das tenses, resultando abatimento de blocos. A existncia de um sistema normal pode ser explicada pela reativao de zonas de fraqueza pr-existentes. Apresentam, em geral, mergulhos mdios e podem se estender a profundidades de at 15 km, e adentrando o domnio dctil, onde se tornam mais largas. Geometricamente um sistema normal pode se encurvar, at tornar-se uma falha nica caracterizada como uma zona descolamento.

Modos de ocorrncia Falhas normais geralmente ocorrem onde a litosfera est estirada ou afinada. So as principais componentes estruturais de muitas das bacias riftes, onde possuem maior significado para a explorao de hidrocarbonetos. Tambm podem ocorrer em deltas ou em pores das cadeias onde h grandes escorregamentos ou slumps.

Falha de Empurro: So definidas por superposio vertical de duas sries de estratos cuja sucesso no normal. Portanto h contato inverso, onde estratos mais novos podem recobrir os mais antigos ou horizonte de um estrato qualquer pode estar justaposto a si prprio: (a) No caso de rochas sedimentares se tratar de uma sucesso que no se encontra conforme as leis da estratigrafia: a srie superior est formada por rochas mais antigas que a srie inferior. (b) No caso de rochas cristalinas, como o diagnstico mais difcil j que a sucesso normal dos tipos de rochas complexa, depende frequentemente das hipteses existentes a respeito de sua gnese. Falhas inversas (empurro) so formadas em funo de um stress compressivo horizontal e causam encurtamento e espessamento da crosta. Em funo do teto deslocar-se, em movimento relativo para cima do muro, a maior parte das falhas mostra rochas mais velhas sobre as mais novas. Falhas associadas a dobramentos podem gerar falhas de baixo ngulo.

A seguir esto representadas as falhas do tipo normal, horizontal (ou transcorrente) e inversa (ou de empurro). As setas indicam as direes dos movimentos relativos dos blocos. Nas falhas normais, um dos blocos se abate na mesma direo na qual mergulha o plano da falha. Esse tipo de falha resulta de foras de tenso (trao) e, com elas, h uma tendncia de aumento da superfcie da crosta.

Nas horizontais ou transcorrentes, o deslocamento relativo dos blocos ocorre na horizontal, no havendo rejeito normal. Nas inversas ou de empurro, um bloco empurrado por sobre o outro, cavalgando-o. Esse tipo de falha resultante de esforos de compresso e, com ela, h uma tendncia de diminuio da rea da crosta. O Termo falha de transferncia aplicado para duas diferentes geometrias de falhas transcorrentes:

Em terrenos extensionais, elas so paralelas as direes dos deslocamentos regionais e interligam diferentes domnios de falhas normais.No existe uma diferena clara entre falhas de rasgamento e falhas de transferncia exceto talvez que as ultimas so de escalas mais regionais e acomodam maiores deslocamentos que as primeiras.

Em terrenos transcorrentes, as falhas de transferncia ocorrem fazendo ngulos com as direes de deslocamento regionais e conectam falhas strike slip

adjacentes quando dispostas em echelon.

Caractersticas e Estruturas Associadas Falhas strike slip tm como caracterstica principal o movimento horizontal entre os blocos,entre os blocos,produzindo estriamento horizontal no plano de falha.Como toda falha,tm expresso na superfcie terrestre atravs de lineamentos quilomtricos, deslocamentos de contatos litolgicos e linhas de strike, rochas de

falha(brecha,

milonito,

etc.)e

feies

topogrficas.

Sendo

falhas

de comprimentos quilomtricos, apresentam traos retilneos. Estruturas comuns associadas Estruturas associadas falhas strike-slip incluem fraturas de

cisalhamento,dobras,falhas normais e empurres.Suas orientaes em relao falha principal dependem do sentido do cisalhamento na falha ou ,em outras palavras, da posio do elipsoide de strain. Fraturas de cisalhamento: o deslocamento paralelo s fraturas (tipo transcorrente ou do tipo em tesoura) Dobras: Podem se formar acima ao lado de grandes falhas transcorrentes. As direes dos eixos das dobras ficam orientadas a 45 ou menos da falha transcorrente principal e o ngulo agudo formado entre estas direes e o trao da falha principal,aponta na direo do seu movimento.

Formas e Deslocamento Em profundidade, falhas transcorrentes podem terminar em outra falha de deslocamento de baixo ngulo ou podem continuar atravessando a crosta at perderem identidade, terminando numa zona de deformao dctil. Terremotos ao longo de falhas transcorrentes modernas, tipicamente esto presentes at uma profundidade de 15 km. Abaixo disso, deformao cataclstica parece acomodar cisalhamento asssmicos numa zona numa zona de transio e ,mais abaixo, por deformao dctil(twiss & Moores 1992).Embora seja falhas com mergulhos subverticais e por isso apresentarem traos retilneos na superfcie,Tambm podem apresentar traos curvos e separaes. As separaes aqui consideradas equivalem ao padro em echelon.

Falhas transcorrentes agrupadas em echelon ou solitrias e de traos curvos desenvolvem zonas de compreenso e extenso com suas respectivas estruturas associadas, conforme interagem arranjo geometricox movimento de cisalhamento. So chamadas transpresso e transtenso, respectivamente.

Transpresso: Ocorre quando o movimento de cisalhamento e o arranjo geomtrico das falhas interagem de tal modo que na regio entre falhas paralelas ou na regio de curvatura de falhas de traos curvos, a compreenso o esforo atuante. Assim, desenvolvem-se estruturas relacionadas a este tipo de ambiente

tectnico com falhas de empurro e/ou dobras geralmente acompanhada de levantamento crustal gerando feies com horsts de forma rmbica, terrenos levantados, em alguns casos, uma transpresso muito forte pode causar a extruso de material rochoso da zona de falha gerando uma feio chamada de estrutura em flor ou palmeira, consistindo de uma serie de falhas de empurro com mergulhos opostos. Transtenso: Ocorre quando o movimento de cisalhamento e o arranjo geomtrico das falhas interagem de tal modo que na regio entre falhas paralelas ou na regio de curvatura de falhas de traos curvos, a trao o esforo atuante. Assim, desenvolvem-se estruturas relacionadas a este tipo de ambiente tectnico como sistema de falhas normais de alto e baixo ngulo. Ao contrario de estruturas em flor positiva (palmeira).

As falhas transcorrentes e transformantes nunca ocorrem como simples planos e falhas; so caracterizados por uma complexa zona de falhas anastomosadas, paralelas ou arranjadas em en echelon.