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Page 1: A subversão do documento 2 · - A pintura abandona a linearidade em favor do pictórico. 11 Claude Monet, 1875. ... é uma crise de confiança na própria idéia de razão. 16 Jackson

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A subversão do documento2

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modernidAde e modernismo

• Revolução Industrial - Técnica e dominação• Revolução Francesa - Liberalismo• Iluminismo - Razão - Declínio da autoridade•Romantismo e Modernismo - Afirmação da imaginação e da subjetividade

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FoTogRAFIA e RepResenTAção

• Fotografia como tecnologia - produto da Revolução Industrial• Fotografia e representação - fotografia como instrumento de medição da realidade• Fotografia e ideologia - fotografia e realidade social• Fotografia e guerra - guerra Civil - WW i

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A eRA DouRADA DA FoTogRAFIA DoCuMenTAL

•FsA (Farmer security Administration) - Fotografia objetivista - Representação da realidade - Relação com o referente - Fotógrafo sem subjetividade - Fotografia social como projeto do esclarecimento

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5 Dorothea Lange, 1937

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6Dorothea Lange, 1937

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7 Dorothea Lange, 1937 Walker evans, 1935

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8Walker evans, 1935

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9 Walker evans, 1935 gordon parks, 1942

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Arte modernA

• Clement greenberg (artigos “pintura modernista” e “Abstração pós-pictórica’) - A pintura modernista tornou-se auto-crítica para não ser subssumida pela decoração e pelo entretenimento. - ela se livrou de tudo aquilo que não pertencia a natureza do meio (especificidade do meio) . • para greenberg, a especificidade da pintura era sua planaridade (“flatness”). - A pintura abandona a linearidade em favor do pictórico.

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11 Claude Monet, 1875

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12 edvard Munch, 1893

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13 Kazimir Malevich, 1918

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CAMpo DA FoTogRAFIA

•enquanto a arte cada vez mais abandona o referente, e o figurativo a fotografia aprofunda sua relação com a objetividade e o referencial. • o retrato • a cidade •o controle •o jornalismo

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CRIse DA RepResenTAção

• Crise da razão• Reinvenção da vida moderna• Dissolução da ordem tradicional• Multiplicação das posições de sujeito• Transformações no mundo do trabalho/família/saber

• o conjunto dessas transformações coloca em questão o discurso sobre a realidade. A ideia clássica de representação é colocada em xeque. A crise da representação se refere a uma crise acerca da possibilidade de representar a realidade, de encontrar uma verdade universalmente válida, é uma crise de confiança na própria idéia de razão.

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16 Jackson pollock, 1947

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17 Jackson pollock, 1947 Franz Kline, 1956

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19 Mark Rothko, 1961

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21 Mark Rothko, 1971

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o RegIMe DA FoTogRAFIA-expRessã0

• É no contexto da crise da representação, da descrença na relação objetiva e direta entre significado e referente que a fotografia-expressão surge. • A antiga “ordem visual” ou o regime discursivo da visualidade herdada do século 19, no qual a fotografia era auxiliar da ciência ou índice de objetividade (controle, jornalismo, retrato) começa lentamente a se dissolver.

“A uma fotografia-documento que compreende uma expressão, isto é, que engloba um acontecimento, nós chamaremos de ‘fotografia-expressão’. A fotografia-expressão exprime o acontecimento mas não o representa”. p. 137.

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“Contrariamente não só às concepções muito alimentadas pelas noções de índice, de impressão, de ‘isso foi’ e de registro, mas, também, a essas concepções indiferentes aos processo sociais e ideológicos, assim como às obras singulares, e, ainda, contrariamente às análises consentidas pela filosofia de Charles s. pierce, e, por fim, contrariamente a vulgata dos 25 últimos anos, é preciso dizer, de novo, que a fotografia-documento não garante relação direta - nem mesmo relações reduzidas ou transparentes - entre as imagens e as coisas.” p. 158

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“enquanto a fotografia-documento pretende ser uma impressão direta, a fotografia-expressão assume seu caráter indireto. em vez de garantir a aderência de um modelo à sua cópia, ela joga as coisas com as ‘imagens que já estão lá’, já vistas, isto é, com clichês, maneiras de escrita e subjetividade.”

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“A equivalência sem brechas entre as imagens e as coisas apoiava-se em uma tripla negação: a da subjetidade do fotógrafo; a das relações sociais ou subjetivas com os modelos e as coisas; e a da escrita fotográfica. É o inverso desses elementos que caracteriza com exatidão a fotografia expressão: o elogio da forma, a afirmação da individualidade do fotógrafo e o dialogismo com os modelos são os seus traços principais. A escrita, o autor, o outro: para uma nova maneira de documento.” p. 161.

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o RegIMe DA FoTogRAFIA-expRessã0

Como entender as diferenças entre representação e expressão?

• A atividade de representar está ligado a tonar presente novamente: re presentar. É um processo de simbolização que busca substituir o referente.• expressar está mais ligado a uma atividade intuitiva, de evocação, é uma maneira de se relacionar com um conteúdo de forma mais subjetiva e não necessariamente com pretensões de representação.