A SOCIOLOGIA: SURGIMENTO HISTÓRICO E

SEUS PRECURSORES

CONTEXTO HISTÓRICO

A sociologia é fruto da Revolução Industrial – “Ciência da Crise”;

Desenvolveu-se no século XV com a passagem do regime feudal para a sociedade capitalista.

Fatores históricos ao surgimento da sociologia: Expansão Marítima; Reformas Protestantes; Grandes Navegações; Comércio Ultramarino;

Com a Revolução surge a maquinofatura (trabalho humano e máquina);

Racionalidade – nova atitude para explicar os fatos sociais, desvinculando-se da igreja.

O SÉCULO XVIII E AS TRANSFORMAÇÕES POLÍTICAS E ECONÔMICAS

As transformações na esfera da produção, a emergência de novas formas de organização política e a exigência da representação popular foram muito específicas do século XVIII.

Pensadores como Montesquieu (1689-1755), David Hume (1711-1776), Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), Adam Smith (1723-1790) e Immanuel Kant (1724-1804) procuraram por diversos caminhos refletir sobre a realidade social da época e tentar explicá-la.

A CONSOLIDAÇÃO DO CAPITALISMO E A “CIÊNCIA DA

SOCIEDADE”

No século XIX, a consolidação do sistema capitalista na Europa fornece os elementos básicos para o surgimento da Sociologia.

Auguste Comte (1798-1857) – rompe com a tradição familiar, monarquista e católica.

Sua obra permeia os acontecimentos da França pré-revolucionária;

Tentou então organizar a nova sociedade que estava em ebulição e em caos.

Aparece então a Sociologia ou “física social”, para estudar a sociedade através da análise de seus processos e de suas estruturas. Ela proporia a reforma prática das instituições.

Foi o primeiro a usar a palavra Sociologia em 1839;

Fundou o positivismo, pautado na racionalidade e na crença do progresso baseando a vida social nas experiências e em fatos, baniu o sobrenatural (teológico) e metafísica.

Sua posição foi marcante para a sociologia como campo específico do saber.

Influenciou mesmo o Brasil (a bandeira).

A TRADIÇÃO SOCIALISTA Transformações do século

XIX:

Novas fontes energéticas (eletricidade e petróleo), novos ramos industriais e alteração no ramo produtivo, introdução de máquinas e equipamentos.

Farão surgir a organização dos trabalhadores em associação e sindicatos, a fim de mudar a sociedade capitalista.

Karl Marx (1818-1883) é o intelectual de maior peso que fala sobre a luta dos trabalhadores e a

tradição socialista. Ele e Friedrich Engels (1820-1895)

estudaram a sociedade capitalista e possibilitaram um

pensamento capaz não só de explicar mas de definir as

possibilidades de intervenção na sociedade.

Não delimitaram um campo de estudo.

O conhecimento científico da realidade só tem sentido se tiver

como meta a transformação dessa realidade.

Estudavam a contradição. (dialética)

A SOCIOLOGIA ACADÊMICA

A Sociologia propriamente dita origina-se das idéias de pensadores franceses e alemães, dentre eles, Émile Durkheim (1858-1917) que deu um caráter científico à Sociologia.

Contexto histórico de miséria, desemprego ao lado de um grande progresso tecnológico e elevação da produção industrial na Europa.

Eclosão de greves e contradições, terreno propício ao desenvolvimento das teorias socialistas.

Assim, Durkheim vai estudar a ordem social, fragilizada pela moral de seu tempo.

Cria que os valores morais constituíam um dos elementos mais eficazes para neutralizar as crises econômicas e políticas.

O elemento básico para ele era a integração social, que aparece em sua obra através do conceito de solidariedade (orgânica e a mecânica).

MAX WEBER (1864-1920) em seu contexto de unificação alemã, processo de industrialização tardia, acordo entre a burguesia e proprietários de terra, fortalece os laços burocráticos e configura a Alemanha de seu tempo.

Estuda questões religiosas, processos burocráticos, análise da cidade, música até chegar aos conceitos sociológicos.

Para ele, o indivíduos deveriam ser a unidade de análise, por ser ele único que pode definir intenções e finalidades para seus atos. Tenta compreender a ação e motivação dos indivíduos.