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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT A Serviço das Comunidades Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG CORREIOS MITRA JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXII - 317 | ABRIL DE 2016 Foi crucificado, morto e sepultado. Desceu aos infernos. Ressuscitou dos mortos no terceiro dia.

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A Serviço das Comunidades

ImpressoEspecial

9912259129/2005-DR/MG

CORREIOSMITRA

JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXII - 317 | ABRIL DE 2016

Foi crucificado, morto e sepultado.Desceu aos infernos.

Ressuscitou dos mortos no terceiro dia.

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Dom José Lanza Neto

2 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Editorial

A Voz do Pastor

Jornalista responsável ALEXANDRE ANTONIO DE OLIVEIRA - MTB: MG 14.265 JPProjeto grá�co e editoração BANANA, CANELA E DESIGN - bananacanelaedesign.com.br (35) 3713-6160ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃOTiragem3.950 EXEMPLARES

ExpedienteDiretor geralDOM JOSÉ LANZA NETO EditorPADRE CLAYTON BUENO MENDONÇAEquipe responsávelPADRE CLAYTON BUENO MENDONÇA, JANE MARTINS, SEMINA-RISTA SÉRGIO BERNARDES e JULIANNE BATISTARevisãoJANE MARTINS e PRISCILA LOIOLA

RedaçãoRua Francisco Ribeiro do Vale, 242 – Centro CEP: 37.800-000 – Guaxupé (MG)Telefone(35) 3551.1013E-mail [email protected] Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.Uma Publicação da Diocese de Guaxupéwww.guaxupe.org.br

A Festa da Páscoa nos coloca no coração de toda a vida cristã. Páscoa: festa da misericórdia por excelência, demonstração absoluta de Deus em favor da humanidade. Em Jesus Cristo, seu Filho, temos a redenção, um amor doado até as últimas consequências, amor pleno, a tal ponto de se tornar o resgate de toda a humanidade, resga-tar pessoas em situações precárias, des-truídas pelo pecado e morte. Não é sem sentido e por mero capricho colocar, logo após a festa da Páscoa, o domingo da Misericórdia. Faz-se necessário re-colocar com mais evidência o coração misericordioso de Jesus. Nada de senti-

mentalismo, mas sim de pura verdade, sobre aquilo que Deus manifestou de modo concreto na pessoa de Jesus. Um Deus que se compadece, que é capaz de penetrar e amar o coração humano, apesar de nossa ingratidão e muitas ve-zes incapacidade de amar e de perdoar.

Páscoa, festa da alegria, da paz e da amizade; a misericórdia ultrapassa qualquer situação de tristeza, pecado e morte; festa da esperança e da VIDA NOVA.

O período quaresmal, Semana San-ta, Páscoa do Senhor e Tempo Pascal nos falaram e nos falam: de perdão, conversão, entrega, amor incondicional

e, por fim, o abraço do Pai misericordio-so. As portas da misericórdia estão es-cancaradas, por elas devemos passar, por cada irmão e irmã, marcados pelo desespero da falta de sentido, pela do-ença, pela humilhação, pela corrupção, pelo desemprego e até pelo medo hoje de se gerar uma criança por causa da microcefalia.

Ainda sofremos as consequências desastrosas com o que aconteceu em Mariana/MG e com a questão dos imi-grantes em todo o mundo, em busca da paz e de reconstrução da própria vida e vida familiar.

Se as portas da maldade, da morte e

da violência estão também escancara-das, muito mais estão as portas do per-dão, da compreensão, da acolhida e da misericórdia do coração de Deus.

Alegremo-nos, festejamos e em-bebedamo-nos deste derramamento do Deus compassivo e misericordioso; seja o nosso compromisso pessoal e co-munitário mais forte, capaz de traduzir toda a força evangelizadora e missioná-ria, em testemunho verdadeiro e trans-formador.

Que a paz e o amor misericordioso de nosso Deus estejam convosco!

Feliz e Santa Páscoa!

Era o primeiro dia da semana...De madrugada, aparentemente, rei-

navam as trevas. Quando a história do Mestre de Nazaré ainda parecia ter um trágico fim, as mulheres que haviam observado o sepulcro onde o corpo de Jesus havia sido depositado (cf. Lc 23,55) foram novamente ao sepulcro, levando consigo os perfumes para un-gir o corpo d’Ele (cf. Lc 24, 1-3).

Na Vigília Pascal, o Papa Francis-co, em sua homilia, afirmou que essas mulheres “vão cumprir um gesto de piedade, de afeto, de amor, um gesto tradicionalmente feito a um ente que-rido falecido, como fazemos nós tam-bém. Elas tinham seguido Jesus, ouvi-ram-No, sentiram-se compreendidas na sua dignidade e acompanharam-No até ao fim no Calvário e ao momento da descida do seu corpo da cruz. Po-demos imaginar os sentimentos delas enquanto caminham para o sepulcro: tanta tristeza, tanta pena porque Je-sus as deixara; morreu, a sua história terminou. Agora se tornava à vida que levavam antes. Contudo, nas mulheres, continuava o amor, e foi o amor por Jesus que as impelira a irem ao sepul-cro. Mas, chegadas lá, verificam algo totalmente inesperado, algo de novo que lhes transtorna o coração e os seus programas e subverterá a sua vida:

vêem a pedra removida do sepulcro, aproximam-se e não encontram o cor-po do Senhor. (...) Algo de novo acon-tecera, mas ainda nada de claro resulta de tudo aquilo: levanta questões, deixa perplexos, sem oferecer uma resposta. E eis que aparecem dois homens em trajes resplandecentes, dizendo: ‘Por-que buscais o Vivente entre os mortos? Não está aqui; ressuscitou!’ (Lc 24, 5-6). E aquilo que começara como um sim-ples gesto, certamente cumprido por amor – ir ao sepulcro –, transforma-se em acontecimento, e num aconteci-mento tal que muda verdadeiramente a vida. Nada mais permanece como an-tes, e não só na vida daquelas mulheres mas também na nossa vida e na nossa história da humanidade. Jesus não é um morto, ressuscitou, é o Vivente! Não regressou simplesmente à vida, mas é a própria vida, porque é o Filho de Deus, que é o Vivente. (...) Mas, à vista do se-pulcro vazio e dos dois homens em tra-jes resplandecentes, a primeira reação que têm é de medo: ‘amedrontadas – observa Lucas –, voltaram o rosto para o chão’, não tinham a coragem sequer de olhar. Mas, quando ouvem o anún-cio da Ressurreição, acolhem-no com fé. E os dois homens em trajes resplan-decentes introduzem um verbo funda-mental: lembrai. ‘Lembrai-vos de como

Pelo Batismo nós fomos sepultados com Cristo na morte, a fim de que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos vida nova.

Rm 6,4

vos falou, quando ainda estava na Gali-leia (...) Recordaram-se então das suas palavras’ (Lc 24, 6.8). Este é o convite a fazer memória do encontro com Jesus, das suas palavras, dos seus gestos, da sua vida; e é precisamente este recor-dar amorosamente a experiência com o Mestre que faz as mulheres superarem todo o medo e levarem o anúncio da Ressurreição aos Apóstolos e a todos os restantes (cf. Lc 24, 9)». (Sábado Santo, 30 de março de 2013).

A Páscoa do Senhor é o centro da fé/vida dos cristãos. “Se Cristo não ressus-citou, vã é a nossa pregação, vã é tam-bém a vossa fé” (1Cor 15,14). Com essas palavras, São Paulo põe drasticamente em relevo a importância que a fé na ressurreição de Cristo tem para a men-sagem cristã e tem no seu conjunto: é o seu fundamento.

Este é o ponto culminante do Evan-gelho, é a Boa Nova por excelência: Je-sus, o crucificado, ressuscitou! Jesus se manifesta vivo e ressuscitado no meio dos discípulos, e estes são testemunhas vivas da sua presença no mundo.

O Mistério Pascal

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3Abril/2016

Opinião

A santidade como processo de humanização

Torna-se facil-mente perceptível, no atual estágio da vida e da sociedade humana, a perda de sentido do homem diante da realida-de plural que lhe é apresentada. “Parece existir um abismo a separar aquilo que o ser humano é cha-mado a ser, na quali-dade de imagem de Deus e aquilo que é, de fato, na realidade da história e do mun-do” (RÚBIO, Afonso Garcia. Unidade na Pluralidade: o ser humano à luz da fé e da reflexão cristãs. 6ª ed. São Paulo: Pauli-nas, 2006).

Em tempos de rá-pidas e acentuadas transformações em todas as dimensões que abarca a exis-tência do homem, onde são infindáveis, sedutoras e atrativas as pseudo verdades que lhe são oferta-das pelos mais di-versificados âmbitos e instrumentos da sociedade, em espe-cial, pela poderosa ideologia midiática e pelos avanços da tecnologia, parece cada dia mais difícil e impossível a pro-posição de se viver a santidade. O próprio Jesus exortava os seus e continua a exortar os homens de todos os tempos e lugares a “serem santos como o Pai do céu é Santo” (cf. Mt 5, 48).

A imagem de santidade que está arraigada no coração do homem, fru-tos de uma herança cultural e que por longos períodos da história foi difundi-da pela Igreja, é a santidade sinônima à dor, ao sofrimento, ao martírio, à tris-teza, à anulação, algo, é claro, que não pode ser desconsiderado. Anacronis-mos não são permitidos quando se re-memora a história. Porém, dificilmente esse modelo de santidade responderá hoje aos anseios de felicidade que exis-tem essencialmente dentro de cada ser humano e ao atual contexto no qual esse está inserido e vive. Neste sentido, entra em ação o Espírito Santo que tem em si o poder da renovação.

A santidade consiste, antes de tudo, em humanização, aperfeiçoamento constante do humano que existe den-tro de cada homem e de cada mulher

criados à imagem e semelhança de Deus. Assim, de certa forma, inaugu-ra-se concomitantemente o processo de configuração ao próprio Deus. Ele, pelo mistério da encarnação de Jesus, mostrou seu amor incomensurável pela humanidade. Todas as dimen-sões do humano foram incorporadas e assumidas por Jesus, exceto o peca-do. Como se encontra no documento conciliar Gaudium et spes “Cristo ma-nifesta o homem ao próprio homem e lhe descobre a sua altíssima vocação”. O processo de verdadeira humaniza-ção se dá à medida que a nossa huma-nidade é superada na de Cristo. Ao se contemplar o homem perfeito, Cristo, que ao sair do seio confortável da Trin-dade revelou definitivamente o proje-to de Deus na sua gesta criacional, os homens de todos os tempos tornam-se capazes de identificar suas fragilidades e imperfeições para que Nele, com Ele e por Ele, elas sejam superadas, iniciando o processo de santidade. Quanto mais elevado o processo de humanização a

partir da humanidade do Cristo, mais próximo se chega da vivência da san-tidade. Dessa forma, poder-se-ia dizer que santidade é o processo de cristifi-cação.

Não são poucos os homens e mulhe-res em todos os tempos e lugares que, a exemplo de Maria, irmã de Lázaro, sou-beram “optar pela melhor parte” (cf. Lc 10,42) e viveram intensamente a san-tidade de vida num constante proces-so de humanização/cristificação. Isso, como se viu, deve-se à ação do Espírito Santo que, na sua dinamicidade, envol-ve o tempo e o mais íntimo das pesso-as, renovando tudo aquilo que já existe e sacralizando tudo o que é novidade. Em menos de três anos, em terras Sul Mineiras, pode-se conferir a beatifica-ção de dois popularmente queridos co-rações cristificados: Francisco de Paula Victor, o anjo tutelar de Três Pontas e Nhá Chica, carinhosamente chamada como a “santinha de Baependi”.

Eis algumas questões: o que os le-varam à glória dos altares? Única e pro-

priamente o milagre atribuído pelas suas interseções? Ou toda uma vida vivida num constante processo de conformidade de coração ao coração de Jesus? É evidente que foram reconhe-cidos como beatos pela Igreja devido a uma vida toda em conformidade com o Evangelho, num constante processo de identificação do próprio coração ao de Jesus, “não des-cuidando da graça que existia dentro de cada um em par-ticular” (cf. 1Tm 4,14), desde que foram chamados à vida.

Em ambos os be-atos, bem como em todos os demais be-atos, santos e santas que a Igreja cultua e venera, encontra-se a figura de uma pes-soa como qualquer outra, composta por uma dimensão cor-pórea e espiritual, com seus sonhos, limites e ideais. Po-rém, algo os difere sobremaneira, a tal ponto de equivo-cadamente com-preendê-los como concidadãos natos da glória dos altares, souberam discernir e

optar por aquilo que lhes era essencial: humanizar-se a partir da humanidade do próprio Cristo.

É possível viver a santidade em tem-pos hodiernos, individual e comunita-riamente. Basta deixar de lado toda e qualquer autossuficiência e reconhecer que Deus é Deus; o ser humano neces-sita de sua graça abundante e gratuita. Como o barro ganha forma nas mãos do oleiro, assim deve ser a vida do homem nas mãos do Criador. Quanto mais humilde a pessoa se faz diante da magnitude inefável de Deus, mais bre-chas Ele encontrará para injetar o seu amor transformador. Viver uma vida de santidade é viver segundo o desejo de Deus, Autor da vida e Senhor da histó-ria, colocando em prática aquilo que o Cristo, Revelação plena do Pai, legou. Viver a santidade é a capacidade de aperfeiçoar o humano que existe den-tro de cada um.

Por diácono Júlio César Agripino

Dom frei Inácio, quarto bispo diocesano: “que a todos chamava de ‘santo’ e ‘santa’, deixara em todos aquela inconfundível marca de santidade que o fazia querido e estimado de todos”, depoimento de dom Gerardo Ferreira Reis

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4 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

setores e ações que envolvam toda dioce-se. Atualmente, a RCC conta com atuação em nível diocesano dos ministérios de Intercessão, Pregação, Formação, Música e Artes, Jovem, Comunicação Social, Uni-versidades Renovadas e Oração por Cura

e Libertação. A programação de eventos e formações a serem realizados por cada ministério será divulgada ao longo do ano. O setor Tesouraria, carinhosamente conhecido como Ministério das Finanças, também foi apresentado aos presentes.

No sábado, dia 30 de abril, será reali-zada na Cúria Diocesana, em Guaxupé, mais uma edição do Encontro Dioce-sano da Pastoral da Comunicação. O evento, já tradicional, acontece anual-mente e reúne pessoas que atuam na comunicação das paróquias da Diocese de Guaxupé para momentos de forma-ção, partilha e convivência.

Neste ano, o evento será focado na espiritualidade do agente da Pascom. O objetivo é que, com uma maior pro-ximidade de Deus, ele também se co-nheça e melhore seus processos dentro da comunicação eclesial. O tema do encontro será: ‘Comunicação e Miseri-

O sábado, 12 de março, foi importan-te para a Renovação Carismática Católica (RCC) da Diocese de Guaxupé. Nesse dia, o conselho diocesano do movimento es-teve reunido durante mais de 12 horas pensando, planejando e articulando as atividades para 2016 e 2017.

A programação teve início com uma reunião realizada na Cúria Diocesana, em Guaxupé. Além dos conselheiros, padre Henrique Neveston, coordenador dioce-sano de pastoral, esteve presente para acompanhar como a RCC tem caminhado na diocese. “A RCC é um movimento mui-to obediente. Temos um carinho muito especial, por isso, fico feliz que os traba-lhos estejam indo bem nos setores”, des-tacou o padre.

Cada coordenador setorial pôde fa-lar sobre os últimos eventos e ações, in-clusive uma avaliação dos encontros de carnaval promovidos em várias cidades e partilhar sobre as formações dos servos. Eventos estaduais e nacionais como o En-contro Nacional de Formação (ENF), em

No domingo, 13 de março, cerca de 150 jovens protagonizaram em Areado um evento marcante para o Serviço de Animação Vocacional (SAV) da Diocese de Guaxupé, concretizando um passo

córdia: um encontro fecundo’, título da carta escrita pelo Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações So-ciais 2016. Durante o evento, essa te-mática também será trabalhada com os participantes.

Na Bula de proclamação do Ano Ju-bilar, no número 12, o Papa afirma que: “ a Igreja tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsan-te do Evangelho, que por meio dela

Aparecida (SP), também foram lembra-dos, bem como a festa do Centenário da Diocese de Guaxupé.

À tarde e à noite, os conselheiros se reuniram na capela Santo Antônio, onde os coordenadores de setores e ministérios apresentaram seus planejamentos para os próximos dois anos.

Alguns setores focarão a formação específica de ministérios, com funciona-mento de escolas permanentes. Questões como pastoreio, proximidade com as re-alidades dos grupos de oração e eventos programados também foram menciona-das. No âmbito diocesano, entre outras importantes decisões, foi alterada a data de realização do Cenáculo Diocesano 2016, que acontecerá no dia 13 de no-vembro e não mais no dia 20. O objetivo é não prejudicar a programação do encer-ramento do Ano Jubilar da Misericórdia.

Na última parte da reunião, todos os coordenadores diocesanos de ministérios apresentaram o Plano de Ação que será executado neste tempo com visitas nos

Notícias

Encontro diocesano da Pascom será voltado à espiritualidade do comunicador

RCC apresenta planejamento de ações para os próximos anos

Encontro vocacional misto reúne 150 jovens em Areado

importante para a cultura vocacional: o primeiro encontro vocacional misto.

Com o tema Jovem, eu preciso de você, o encontro foi iniciado com a Ce-lebração Eucarística na igreja matriz e

RCC planeja processo de formação para o próximo biênio 2016-2017

Encontro valoriza a pluralidade de vocações na Igreja para 150 jovens

Foto: Assessoria de Comunicação da RCC

Foto: seminarista Dione Piza

ENCONTRO DIOCESANO DE

COMUNICAÇÃO

INSCRIÇÕES PELO SITE

www.guaxupe.org.brATÉ O DIA 26 DE ABRIL DE 2016

30 DE ABRIL | CURIA DIOCESANA DE GUAXUPÉDAS 9 ÀS 16 HORAS COM A SANTA MISSA

Realização

Tema

'COMUNICAÇÃO E MISERICÓRDIA:UM ENCONTRO FECUNDO'Título da carta escrita pelo papa Francisco

para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2016

proporcionou aos participantes dinâ-micas, palestra vocacional com o padre Arnoldo Lourenço Barbosa, exposição dos carismas de institutos de vida con-sagrada (Camilianos, Irmãs Concep-cionistas, Filhas de Nossa Senhora do Sagrado Coração, Irmãs Salesianas dos Sagrados Corações, Irmãs da Consola-ção), além do testemunho de uma leiga de instituto de vida secular e de casais testemunhando sobre o matrimônio.

Um dos pontos altos do encontro foi a visita dos jovens ao Lar São Vicente de Paulo. A proposta foi proporcionar alegria aos idosos e aos jovens uma ex-periência missionária e edificante, pois puderam contribuir com o próximo.

O encontro contou com a presença da equipe diocesana do SAV, coorde-

nada pelo padre Eder Carlos de Olivei-ra (animador vocacional), Kelly Silveira (secretária), seminarista Dione Piza e irmã Sandra Regina Rizzoli. A religiosa expressou sua satisfação em participar do encontro: “muito obrigada pela par-tilha de vida e dons entre os religiosos, sacerdotes e seminaristas presentes, pela bonita experiência deste Encontro Vocacional de nossa Diocese de Guaxu-pé, com os jovens de tantas paróquias sedentos por buscar a Deus. Sigamos evangelizando e motivando-os para este encontro com o Senhor que cha-ma”. O objetivo do SAV é provocar cada batizado para que esse encontre, den-tro do seio da Igreja, o espaço para a plena realização.

deve chegar ao co-ração e à mente de cada pessoa ”. Dian-te desse mandato missionário e mi-sericordioso, todos aqueles que atuam na comunicação das paróquias ou mesmo nas diversas

expressões de comunicação de comu-nidades e movimentos estão convoca-dos para participar desse encontro.

Um dos momentos programados será uma apresentação de ações re-alizadas pela Pascom nas paróquias

que estejam relacionadas às Obras de Misericórdia. Por isso, no momento da inscrição, o agente será solicitado a informar que tipo de material poderá levar no dia do evento. Serão válidas apresentações utilizando slides, jornais, vídeos, fotos etc.

O Encontro Diocesano da Pastoral da Comunicação será encerrado com a Celebração Eucarística, presidida pelo padre Sandro Henrique, assessor da Pascom na diocese. O evento terá iní-cio às 8h30 e seguirá até às 16h. Não há cobrança de taxa de inscrição, porém é necessário se inscrever no site da Dio-cese de Guaxupé.

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5Abril/2016

Em sintonia com a intenção do Papa Francisco, diversas paróquias da Diocese de Guaxupé vivenciaram as “24 horas para o Senhor” e os fi-éis puderam fazer uma verdadeira experiência de comunhão com toda e Igreja e, de modo especial, experi-mentar, também, a misericórdia de Deus.

Em Guaranésia, na Paróquia San-ta Bárbara, o dia de adoração contou com a dinâmica da “Fonte da Miseri-córdia” contendo água benta que foi aspergida sobre o povo como sinal da misericórdia de Deus que se der-rama abundantemente na vida de seus filhos.

Em Poços de Caldas, na Paróquia São Judas Tadeu, enfatizou-se a pro-posta do Jubileu da Misericórdia oportunizando que os fiéis se apro-ximassem do Sacramento da Peni-tência. Durante as 24 horas, o pároco

Desde a segunda quinzena de feve-reiro, a Paróquia São Sebastião de Areado está realizando uma revitalização do adro (área externa ao templo) da igreja matriz da cidade. O objetivo é valorizar o espaço e criar um ambiente aconchegante, com-binando com a arquitetura do templo. Para o pároco, padre João Batista da Silva, o projeto é a concretização de um anseio antigo da comunidade, percebido desde sua chegada ao município. “Na medida em que fui colocando os pés na realida-de, fui percebendo a urgência de se pen-sar e planejar uma revitalização do adro”.

Na revitalização, para uma melhor acolhida aos fiéis, foi idealizada a cons-trução de dois banheiros, masculino e

Cerca de 60 grupos, de várias partes do Brasil, participaram da Romaria do Terço dos Homens, que aconteceu no dia 6 de março, no Santuário de Nossa Senhora da Penha, em Passos. O número de par-ticipantes e a distância percorrida pelos romeiros impressionaram, pois foram re-cebidos homens dos estados do Rio de Ja-neiro, São Paulo e várias cidades de Minas Gerais. Neste primeiro ano, a romaria con-tou com a presença de dom José Lanza Neto, bispo da Diocese de Guaxupé, que presidiu a Celebração Eucarística no perí-odo da manhã e demonstrou sua alegria por ver, no Santuário da Penha, milhares de homens unânimes em oração.

De acordo com a entrevista concedida ao jornalista Alessandro Calixto Rádio da Família 820 AM, que esteve na cobertura do evento durante todo o dia, dom Lanza destacou que “rezar o Terço e rezar o Rosá-rio é viver o Evangelho, é fortalecer a nossa fé. Pois a história marca que sempre foram as mulheres que rezaram mais que os ho-mens. Ver o Terço dos Homens cada vez mais forte na Diocese de Guaxupé é mo-tivo de alegria. A oração do Rosário é uma contemplação dos Mistérios do Evange-lho, é algo bíblico. E meditar na compa-nhia de Maria, a luz do seu olhar, ao som da sua voz, sobre a vida de Cristo, é viver o Mistério de Cristo expresso no Evangelho”.

O missionário redentorista irmão João Batista de Viveiros, o Irmão Viveiros, da Rá-dio e TV Aparecida, observou ainda como o Terço dos Homens vem crescendo nos últimos anos, sendo que no encontro na-cional em fevereiro de 2016, estiveram reunidos 45 mil homens em Aparecida

Comunidades respondem ao convite do Papa e realizam as “24 horas para o Senhor”

Paróquia de Areado revitaliza espaços externos para acolher os fiéis

Terço dos Homens reúne milhares de romeiros em Passos

da comunidade esteve presente na igreja atendendo confissões, confor-me relatou Rosângela Maria Oliveira Zucca, ministra extraordinária da Co-munhão Eucarística na paróquia.

A Catedral Diocesana, a Basílica e os Santuários da Diocese, onde fo-ram abertas as Portas Santas, tam-bém participaram da iniciativa do Papa. “A experiência das ‘24 horas para o Senhor’ no Santuário de San-ta Rita de Cássia foi, sem sombra de dúvidas, marcante, comovente e promotora de um retorno às raízes. Foi um momento oportuno de res-significação da caminhada de fé e de destacar a centralidade e impor-tância da oração em tudo aquilo que fazemos” destacou o diácono Júlio César Agripino. Na Basílica de Nossa Senhora da Saúde, em Poços de Cal-das, o momento de adoração teve a participação intensa de membros das pastorais e movimentos, além da participação dos fiéis.

Na Paróquia São José em Bote-lhos, o momento marcante foi a Ce-lebração Eucarística às três horas da manhã que contou com grande participação do povo. “A celebração da Santa Missa foi uma experiência tocante na qual todos os presentes puderam experimentar a misericór-dia de Deus, através da liturgia, da pregação e da participação orante” relatou o seminarista Gustavo Hen-rique Fernandes Correia, que realiza seu estágio pastoral na paróquia.

Os seminários diocesanos, tanto em Guaxupé como em Pouso Alegre, também realizaram o momento de adoração em comunhão com o Papa. Seminaristas e reitores se revezaram na oração contínua pedindo pela paz no mundo, pela Igreja e, de forma es-pecial, pelas vocações.

feminino, ambos com acessibilidade. Ainda junto aos banheiros, um fraldário. Ainda serão construídos uma sala multiu-so, um espaço adequado para guardar as imagens, que chamar-se-á Museu de São Sebastião. E, também, será feita uma am-pliação da sacristia.

Quanto ao término, não há previsões, pois o recurso financeiro não foi total-mente captado. Para tanto, uma equipe responsável empreenderá campanhas visando arrecadação de fundos para o andamento e a execução da obra. “Mas o que há é um sonho de deixarmos nossa igreja matriz valorizada e aconchegante”, conclui o padre.

(SP). “Eu estou feliz neste ano, pois estou vendo crescer não só os números, mas o fervor dos nossos homens. E é com muito prazer que vejo emissoras, como a Rádio da Família, apoiando um movimento tão bonito como esse”, disse.

Para o romeiro Antônio Carlos, da Pa-róquia de Santa Luzia de Mococa (SP), é crescente o número de padres, nomeados pelos bispos, que estão atuantes, assu-mindo, acolhendo e divulgando o valor evangelizador do Terço dos Homens. Tan-to que, para ele, o Terço foi importante na mudança da sua vida e no seu comporta-mento, pois sempre bebeu muito desde jovem. E, agora, após começar a frequen-tar o Terço, sua vida mudou radicalmente. Já o mineiro Itamar, da Paróquia São Judas Tadeu de Betim (MG), acrescentou: “Perse-verem nesse instrumento que é o Terço, perseverem na oração, pois quem reza se salva, quem reza vence, quem não reza é vencido”.

O pároco do Santuário de Nossa Se-nhora da Penha, padre Ailton Goulart Rosa, destacou a simplicidade das pessoas e a devoção de todos que estiveram na ce-lebração. Ao final, não conteve sua emo-ção e agradeceu a todos por este momen-to tão especial, vivido em Passos. Durante todo o dia, foram perceptíveis os momen-tos de emoção, e a presença dos homens demonstrou sua missão e sua força, pois todos enalteceram o amor de Deus para espalhar para os outros, através do terço. A romaria foi encerrada com a oração do Terço, no altar do Santuário, seguida pela consagração dos homens a Nossa Senho-ra Aparecida, realizada pelo irmão Viveiros.

Projeto de revitalização da área externa à Matriz visa proporcionar maior conforto para os moradores

Participantes vindos de várias regiões do país se concentraram no Santuário da Penha em Passos

Além da adoração ao Santíssimo Sacramento, muitas comunidades ofereceram oportunidade dos fiéis se confessarem, durante o evento

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6 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Ordenações

Nos próximos meses, a Diocese de Guaxupé acolherá em seu presbitério cinco novos padres. Depois de uma caminhada vocacional, os

jovens diáconos darão uma resposta definitiva ao chamado que Deus lhes fez. O jovem vocacionado, quando deseja ingressar no seminá-

rio para discernir sua vocação, deve percorrer um caminho considerável até chegar à ordenação. São nove anos de grande esforço, traba-

lho e oração para abraçar a vida sacerdotal e se colocar à disposição para servir a Deus e ao seu povo. Um homem é ordenado sacerdote

para que, através do seu ministério, Deus seja glorificado e os homens santificados.

Cinco novos padres ingressarão no clero da Diocese de Guaxupé, tornando-se colaboradores do bispo na evangelização

Ordenados no dia 6 de novembro de 2015 pelo bispo diocesano, os diáconos (da esquerda para a direita) William, Rovilson, Lucas, Jeremias e Júlio escolheram o tema diaconal: “Concede a teus servos que anun-ciem com ousadia a Tua Palavra”

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7Abril/2016

Dia 29 de abril, às 19h na Catedral Diocesana Nossa Senhora das Dores, em Guaxupé, o diácono Júlio César Agripino receberá a ordenação pres-biteral. Natural de Guaxupé, nasceu no dia 19 de fevereiro de 1987. Em 2007, ingressou no seminário. Diá-cono Júlio traduz um pouco da sua experiência vocacional da seguinte forma: “A verdadeira felicidade do homem consiste em amar com pai-xão e responder com solicitude e fi-delidade à sua vocação. Como traduz uma bela canção vocacional com-

posta por dom Pedro Brito Guima-rães: ‘um dia, como qualquer outro dia, o Senhor me chamou. Um jovem, como qualquer outro jovem...’, mas foi a mim que Ele elegeu. Não por minha iniciativa ou mérito, mas pela Sua graça infinita que, não obstan-te olhar para as minhas limitações e misérias, escolheu-me, apostando no potencial que tenho de moldar o meu coração segundo o Seu, para servir e amar a sua Igreja. ‘Não fostes vós que me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi’(Jo 15,16). Esse é o

certame que me conduzirá durante todos os momentos do meu ministé-rio presbiteral. Tal qual o Bom Pastor que carrega a ovelha nos braços, ca-minharei convicto de que, da mesma forma, o Senhor me conduzirá e, as-sim, nada poderei temer, serei feliz, tudo irá bem; ‘feliz é todo o homem que põe a sua confiança no Senhor’ (Sl 39,5). Ao chamado do Divino Mes-tre respondi com o meu sim dado com amor, gratidão e humildade. Portanto, de coração sincero e feliz

posso afirmar: ‘Eis que venho fazer, com prazer, a Vossa vontade, Senhor’ (Sl 39,8). Até aqui Ele me conduziu e, certamente, daqui para frente, con-tinuará a conduzir-me, pois, não me resta dúvida de que a iniciativa da eleição é toda d’Ele”.

Dia 7 de maio, o diácono Rovil-son Ângelo da Silva, nascido aos 17 de julho de 1987, em Machado, será ordenado presbítero às 09h30 na Pa-róquia Sagrada Família e Santo An-tônio, em Machado. Escolheu como lema da ordenação: “Aqui estou, para cumprir tua vontade” (Hb 10,9). Di-

ácono Rovilson partilhou um pouco da sua escolha: “Após ter concluído toda a etapa formativa de seminário, estágio pastoral e diaconal, quero dar mais um passo em minha história vocacional. Como presbítero, cum-prirei não o que eu quero, mas aquilo que o Senhor da messe quer. Desejo

viver essa disponibilidade para servir ao povo de Deus onde a Igreja real-mente necessita. Quero administrar os Sacramentos em nome da Igreja, anunciar a Palavra de Deus, por meio do testemunho autêntico de fideli-dade a Jesus Cristo, no cotidiano da vida. Quero continuar a obra iniciada

por Jesus, fazer o que Ele sempre fez: estar com o povo, caminhar e, sobre-tudo, amar esse povo. É assim que cumprirei a vontade do Senhor”.

Dia 13 de maio, às 19h, no Po-liesportivo Municipal da cidade de Fama, será ordenado presbítero o diácono Jeremias Nicanor Alves Mo-reira. Nasceu aos 3 de maio de 1988, em Fama. Diácono Jeremias relata um pouco sobre o lema que norteará o seu ministério: “O lema que escolhi não é uma citação direta da Palavra de Deus, mas uma recepção pessoal de três textos que sustentam minha vocação (cf. 1Cor 13; Sl 27; Jo 21,15-

19). A temática é o próprio amor de Deus, que se traduz em testemunho evangélico, princípio de todos os dons ante a ambição e a promoção pessoal. Diante desse critério, a co-ragem de entregar-se às urgências eclesiais, mesmo diante do calor das emoções, só permanecerá diante de Deus se for motivada e iluminada pelo comprometimento com os mais humilhados. Nesse sentido, tudo tem seu tempo, valor e limite relativo à

primazia do Amor (cf. 1Cor 13), que cria a unidade na diversidade, supe-ra conflitos e nos dá a esperança de comungarmos do reinado de Deus. Deste modo, anunciar a Boa Nova por meio do ministério presbiteral exige, cotidianamente, traduzir os questio-namentos direcionados à figura de Pedro (apesar de suas misérias – cf. Jo 18,17-27). Jesus propõe um amor incondicional que almeja ecoar em nosso ser o seu jeito único, a ponto

de fazer-nos cingidos na cruz. Ao es-cutar a voz do Senhor para o exercí-cio desse ministério, tendo sua graça sobre mim, indigno seguidor, com esperança faço do lema uma oração: ‘Fazei-me, Senhor, testemunha do vosso amor que jamais perecerá’ (cf. 1 Cor 13,8)”.

Nascido em Alterosa, o diácono William Franquis Venâncio ingressou no seminário em janeiro de 2007. Dia 20 de maio, às 20h, no Ginásio Polies-portivo, em Conceição da Aparecida, será ordenado presbítero. Diácono William partilha o significado de seu lema: “Escolhi como lema de minha ordenação presbiteral: ‘Ele me con-

sagrou com a unção para anunciar a Boa Nova’(Lc 4,18), pois acredito que o Espírito Santo está sobre mim, para que eu possa dar testemunho da graça do Senhor. Por isso, Ele mesmo me consagrou para que eu sempre esteja fortalecido na espiritualidade e assuma a missão de evangelizar. Assim sendo, no exercício desse ser-

viço quero ser, no mundo, acolhedor e fraterno, capaz de motivar sempre mais, lembrando que o chamado é de Deus, mas o cultivo é nosso. Por isso, quando bebemos dessa fon-te de vida que é Jesus vamos nos tornando a cada dia não somente apreciadores de suas palavras, mas, principalmente, anunciadores dessa

Palavra, com o nosso testemunho de vida. Que Deus me cubra de bênçãos do céu nesta nova etapa de minha vida”.

Encerrando o itinerário de orde-nações, dia 27 de maio, às 19h, na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Campestre, receberá a ordenação presbiteral o diácono Lucas de Souza Muniz. Ele é natural de Campestre, nascido em 5 de agosto 1986. Ingres-sou no seminário em 2007. “Apascen-tai o rebanho de Deus a vós confiado” (1 Pd 5,2), esse foi o lema escolhido

pelo diácono que comentou o moti-vo da escolha: “Este lema está ligado à espiritualidade do padre diocesa-no de ser pastor do Povo de Deus. A imagem do pastor é recorrente na Sagrada Escritura, tanto no Primeiro quanto no Segundo Testamento. O povo, especialmente os mais pobres, espera que Deus cuide deles como o pastor cuida de seu rebanho. Dis-

se Jesus: ‘Eu sou o Bom Pastor’ (Jo 10,14). Assim o padre é convidado, a exemplo do Cristo, a cuidar, a zelar da porção do Povo de Deus que lhe é confiada pelo ministério sacerdotal. Jesus é o nosso pastor, o Bom Pastor, e a partir do seguimento de sua pa-lavra e prática podemos encontrar a vida plena”.

Pela imposição das mãos do bis-

po diocesano e pela oração da Igreja, no dia de suas ordenações, estes ho-mens se tornarão padres pela graça de Deus e assim, feitos ministros da Palavra e da Eucaristia, terão a mis-são de agir na pessoa do Cristo, le-vando até os confins da terra o anún-cio da Boa Notícia.

Por seminarista Douglas Ribeiro

Diácono Júlio César Agripino

Diácono Rovilson Ângelo da Silva

Diácono Jeremias Nicanor Alves Moreira

D i á c o n o Wi l l i a m Fr a n q u i s Ve n â n c i o

Diácono Lucas de Souza Muniz

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8 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Dia Mundial de Oração pelas Vocações

“O dinamismo eclesial da vocação é um antídoto contra a indiferença e o individualismo”, exorta o Papa

“Como gostaria que todos os ba-tizados pudessem, no decurso do Ju-bileu Extraordinário da Misericórdia, experimentar a alegria de pertencer à Igreja!” É com esta exclamação que o Papa Francisco inicia sua mensagem para 53º Dia Mundial de Oração pelas Vocações e, de forma particular neste Ano Santo da Misericórdia, este dia de oração tem a missão de recordar a todos os batizados que é na comuni-dade que a vocação nasce, cresce e é sustentada e, por isso, a Igreja deve ser a casa da misericórdia.

O Dia Mundial de Oração pelas Vo-cações surgiu à luz do Concílio Vatica-no II, instituído pelo Papa Paulo VI em 1964, e tem por objetivos evidenciar a comunhão da Igreja, que como no modelo narrado em Atos dos Após-tolos 1,14, persevera unida na oração; suplicar, conforme a ordem de Jesus, ao “Senhor da messe que envie operá-rios à sua messe” (Mt 9,38); e recordar a todo o Povo Santo de Deus que cada um é chamado pelo próprio Cristo a ser “sal da terra e luz do mundo” (cf. Mt 5, 13.14).

Assim, todo IV Domingo da Páscoa tem mais um significado: é dia de pe-dir ao Bom Pastor que dê perseverança àqueles que se doam à Igreja e suplicar que mais batizados se despertem para as urgências eclesiais. O último levan-tamento feito pela Agência Fides, em outubro de 2015, mostrou que os ca-tólicos representam atualmente 17,7% da população mundial (1.253.926.000 de católicos dos 7.093.798.000 habi-tantes contabilizados em 31/12/2013), sendo que existem aproximadamente apenas 415.300 sacerdotes, 43.195 di-áconos permanentes e 55.253 irmãos e irmãs consagrados.

Para inspirar este dia de preces, a cada ano o Papa publica uma mensa-gem que adorna a reflexão. Neste ano de 2016, o Papa Francisco reflete que toda vocação nasce na comunida-de e para a comu-nidade. A Igreja é a mãe misericordiosa que gera e fortale-ce os filhos de Deus nascidos nas águas batismais e pede que o fiel progrida na disponibilidade para o serviço ecle-sial.

Segundo o Papa, a incorporação na comunidade de fé possibilita ao fiel participar das rique-

zas da Igreja, particularmente os Sa-cramentos. Além disso, a Igreja é o ca-nal ordinário para o chamado de Deus e o lugar para a plena realização do ser humano, pois é em seu meio que a pessoa encontra a possibilidade de servir a Cristo e aos irmãos. Para Fran-cisco, “o dinamismo eclesial da voca-

ção é um antídoto contra a indiferen-ça e o individualismo, pois estabelece aquela comunhão onde a indiferença foi vencida pelo amor, porque exige que saiamos de nós mesmos, colocan-do a nossa existência ao serviço do de-sígnio de Deus e assumindo a situação histórica do seu povo santo”.

É ainda vontade do Papa que este Dia de Oração desperte no coração do católico a consciência de pertença à Igreja, a qual está espalhada por todo o mundo, e a igual consciência mis-sionária de cada batizado: “quem con-sagrou a própria vida ao Senhor está pronto a servir a Igreja onde esta tiver necessidade”, afirma o pontífice.

Além destes apontamentos do Papa, desde o III Congresso Vocacio-nal do Brasil, realizado em Itaici, no ano de 2010, é intuito do Serviço de Animação Vocacional (SAV) construir uma cultura vocacional que valorize e recorde as diversas vocações. Já a constituição dogmática Lumen Gen-tium do Concílio Vaticano II ensina que “todos na Igreja, quer pertençam à Hierarquia, quer por ela sejam pasto-reados, são chamados à santidade” (LG 39). Isso significa que cada batizado é vocacionado por Deus, e cada qual, de acordo com seu modo de vida, deve buscar este objetivo progredindo na fé, dia após dia, com os olhos fixos em Jesus (cf. Hb 12,2) e, se necessário, “es-perando contra toda humana esperan-ça” (Rm 4,18).

A vida de doação à Igreja, pedida a cada fiel batizado, não deve ser enten-dida como uma prestação de favor, e da mesma forma, ter fé não significa anular as dificuldades. Tanto a atuação em uma pastoral ou movimento, como a vivência da fé e da vocação não são moedas de troca com Deus ou com a Igreja, mas um crescimento pessoal e comunitário rumo à eternidade.

O SAV da Diocese de Guaxupé exorta a cada fiel que sempre eleve ao Bom Pastor súplicas pelas diversas vocações, contudo tal pedido é ainda mais forte neste IV Domingo da Pás-coa, celebrado, este ano, no dia 17 de abril. Para esta ocasião, será disponibi-

lizado para as paró-quias via e-mail e no site da diocese uma proposta de “Hora Santa Vocacional” e algumas sugestões para as celebrações litúrgicas nas comu-nidades. É urgen-te que se construa uma cultura voca-cional que valorize todas as vocações e que se rogue ao Senhor da messe que envie homens e mulheres convic-tos de sua missão à centenária diocese de Guaxupé.

Por seminaristaDione Piza

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9Abril/2016

Ano da Misericórdia

Pastoral Carcerária promove evangelização e fraternidade atrás das grades

O trabalho realizado pela Pastoral Carcerária em todo o Brasil concreti-za o conselho do Evangelho segundo são Mateus: “Pois eu estava (...) na pri-são, e fostes visitar-me” (Mt 25,35-36). Um trabalho que conta com um gru-po bastante reduzido devido às suas exigências, entre elas “o compromisso constante e a falta de holofotes”, re-vela o padre Reginaldo da Silva, cura da Catedral Diocesana Nossa Senhora das Dores, que realiza as visitas sema-nais ao presídio há cinco anos.

No território da Diocese de Gua-xupé há outros quatro presídios: em Alfenas, Passos, Poços de Caldas e São Sebastião do Paraíso. Em todo o Esta-do de Minas Gerais, há cerca de 58 mil pessoas sob a tutela do Estado acolhi-dos em 147 unidades prisionais.

Numa dessas visitas, que aconte-cem às quartas-feiras, o grupo que se dirigiu ao Presídio de Guaranésia--Guaxupé era composto pelo padre Reginaldo, um voluntário e dois jo-

vens que gostariam de conhecer o trabalho realizado pela pastoral. A acolhida das visitas religiosas aconte-ce com tranquilidade e receptividade pelos agentes carcerários, funcioná-rios, inclusive pelo diretor-geral da unidade, Renato Santos de Oliveira. Segundo ele, a inserção dos agentes da pastoral colabora no processo de ressocialização dos recuperandos. “Traz um benefício muito grande, pois acredito nessa mudança interior do indivíduo, conduzindo a uma re-flexão sobre sua situação, repensan-do suas atitudes”.

Num contato através das grades, os visitantes interagem com os deten-tos, dedicando-se a ouvir suas angús-tias e suas esperanças, a colaborar na sua situação processual e, principal-mente, a não perder o vínculo fami-liar. Entre os pedidos mais solicitados está esse último. “Visitem meus avós, preciso saber como eles estão”, “gos-taria que minha mulher viesse me

visitar e trouxesse uma foto do meu filho, antes dele nascer já estava por aqui”, “vejam o andamento do meu processo” e, também, material para trabalho manual, como papéis. As rei-vindicações são anotadas e aquelas possíveis são realizadas pelos volun-tários da pastoral.

A cada cela visitada, os rostos e as histórias surpreendem pela juventu-de dos detentos e pela reincidência, marcas de um círculo vicioso que possui um fator determinante, o pre-conceito das empresas em contratar homens e mulheres que já cumpri-ram suas penas. Em Guaxupé, já foi realizado um trabalho em parceria com o Ministério Público que visava a inserção de ex-detentos no mercado de trabalho, mas, de acordo com o di-retor do presídio, deveria “haver uma mudança nos empresários” para que acolhessem as pessoas que passaram por um processo de recuperação e que necessitam de oportunidades para não retornarem à criminalidade.

A unidade prisional visitada ofe-rece aos recuperandos um trabalho interdisciplinar com auxílio familiar, psicológico, processual e cuidados com a saúde. O trabalho pastoral au-xiliaria na transformação espiritual dessas pessoas, gerando resultado para a vida fora das grades. Além das visitas nas celas, semanalmente, os presos podem voluntariar-se a par-ticipar de um encontro catequético

que valoriza o contato com textos bí-blicos e valores cristãos, assessorados pelo voluntário Walter Tristão, que re-aliza esse trabalho há mais de 5 anos. Para ele, é necessário um processo de conversão não somente daqueles que estão atrás das grades, mas também de toda a sociedade. “A sociedade vê somente as ações [criminosas], mas não percebe o contexto que os levou a isso”.

A espiritualidade de cada um dos recuperandos não se esgota pelas atitudes do passado ou pelo encar-ceramento. Nas conversas informais é perceptível a ligação de cada um deles com sua fé. “Eles acreditam na presença de Deus, mesmo não tendo uma fé apurada. Eles vivem uma soli-dão tremenda e a pastoral não deixa apagar essa chama”, afirma Renato, diretor do presídio.

A via da humanização é um dos pilares onde se sustenta a missão da Pastoral Carcerária: “ajudar o ser hu-mano a assumir a própria vida, agin-do de maneira que ele se sinta gente”. Numa realidade cercada por grades, os agentes se dedicam a anunciar o exemplo de Jesus Cristo na busca de uma vida plena e com um sentido autêntico que promova a vida, pro-clamando a Boa Notícia nas cadeias, libertando dos grilhões do pecado pela via cristã, percebendo os deten-tos como filhos de Deus.

Por seminarista Sérgio Bernardes

Objetivos da Pastoral Carcerária• Acompanhar as pessoas privadas de liberdade em todas as circunstân-

cias e atender suas necessidades pessoais e familiares;

• Verificar as condições de vida e sobrevivência das pessoas privadas de liberdade;

• Priorizar a defesa intransigente da vida, bem como a integridade física e moral das pessoas privadas de liberdade;

• Estar atenta e encaminhar as denúncias de torturas, maus-tratos e cor-rupção praticados contra às pessoas privadas de liberdade;

• Intermediar relações entre as pessoas privadas de liberdade e familia-res.

Fonte: site Pastoral Carcerária

O trabalho desenvolvido pela pastoral contribui para o processo de humanização dos recuperandos que cumprem suas penas em presídios e instituições disciplinares

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10 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Cristãos, apesar da Cruz!

O grande fracassoA cruz foi o grande fracasso, como

sentiam os dois discípulos que se afastaram de Jerusalém (a comuni-dade) para um lugar chamado Emaús (que significa “rejeitando o Povo”). “A gente esperava tanto – disseram – e deu no que deu”.

Um amigo meu costuma dizer: “Nossos crucifixos são muito higiêni-cos”. Têm um paninho, quando não um saiote, cobrindo as genitálias de Jesus; Ele está tranquilo, de braços abertos, apenas as mãos delicada-mente pregadas na cruz e tem até um apoio para os pés. Nada da humilha-ção da nudez total exposta ao público e da angústia do peso do corpo for-çando até à morte os punhos prega-dos na peça de madeira encaixada na ponta da estaca. Sem falar no sentir--se amaldiçoado pela própria religião, conforme está na Bíblia (cf. Dt 21,22-23): “Aquele que morre pendurado é uma maldição de Deus”.

Como disse certa vez, participando da homilia, um simples lavrador, José Barreto, mais conhecido como José Damas: “Os chefões de certo pensa-ram: a gente mata esse Jesus e põe uma pedra por cima. Só que a pedra não ficou por cima”.

E a pedra não ficou por cimaNão existe nos Evangelhos e, de

resto, em todos os livros do Novo Testamento qualquer relato do mo-mento da ressureição do Senhor. Nos quatro Evangelhos as primeiras tes-temunhas são as mulheres, quando testemunho de mulher nada valia. As narrativas são diferentes em cada um dos Evangelhos. Só têm duas coisas em comum: a pedra foi retirada (por quem?) e o túmulo está vazio.

O Evangelho de João nos deixa com as perguntas: Quem tirou Jesus do túmulo? E onde Ele foi colocado? Em Lucas, os dois homens perguntam para as mulheres: “Por que vocês pro-curam entre os mortos Aquele que está vivo?” Em Mateus, foi o Anjo do Senhor ou de Javé (a duplicata visí-vel do próprio Deus?) quem retirou a pedra e sentou-se em cima. E ele diz às mulheres: “Ele ressuscitou, não está aqui”. E no Evangelho de Marcos, o jovem de branco sentado à direita diz às mulheres: “Digam aos discípu-los que voltem para a Galiléia, lá eles verão Jesus”.

A Galileia, no Evangelho de Mar-cos, é onde Jesus forma a sua comuni-dade. Na Galileia Ele se reúne na casa com os discípulos para lhes explicar

tudo melhor, distantes da multidão. “Onde estão dois ou três reunidos em meu Nome, Eu estou no meio deles”, Ele já nos garantiu no Evangelho se-gundo Mateus.

No Apocalipse, Jesus é o Cordei-ro imolado e de pé (5,6), aquele que esteve morto, mas agora está vivo e tem a chave da Morte, da morada dos mortos (1,18). Segundo o Evangelho de João é Ele a ressurreição e a vida (11,25).

Não é de espantar que, apesar da cruz, o cristianismo tenha se espalha-do tão rapidamente pelo mundo. Só a ressurreição (1Cor 15,1-58) fez do fa-riseu fanático, escandalizado e impla-cável perseguidor dos cristãos, Pau-lo, o mais ardoroso missionário que levou a fé em Jesus a todo o mundo não judeu.

Cristãos com a cruzA ressurreição não pode ser uma

desculpa para se esquecer da cruz, como o sonho da chegada não nos desvia das asperezas do caminho. Não é fácil aceitar que nós sejamos discípulos de Alguém tido como um marginal, um bandido, um perigoso lixo da sociedade, seguidores de Al-guém condenado como criminoso

irrecuperável. Ou não aceitamos que Jesus tenha morrido dessa forma, ou desistimos de ser seus discípulos.

Não é de espantar que mesmo di-rigentes eclesiásticos tenham dificul-dade em aceitar tudo o que a morte de cruz significa. Pedro, tanto no Evangelho segundo Marcos como no segundo Mateus, foi o primeiro a não admitir o caminho da cruz que Jesus anunciava. Enquanto Jesus falava da humilhação de que seria vítima em Jerusalém, os doze Apóstolos, o co-légio dos bispos de então, discutiam entre si qual deles seria o mais impor-tante. Pouco adiante, dois deles, Tia-go e João, interrompem a fala de Je-sus para pedir os primeiros lugares, o que provoca o ciúme dos outros dez.

Já dizia a dona Júlia ou Julieta, participando da homilia: “Nem que a gente vivesse mais duzentos anos acabaria de entender o significado da morte de Jesus”. Ela própria não viveu mais vinte, talvez nem dez anos, de-pois de ter dito isso. Tentar entender como a cruz de Jesus vira o pecado ao avesso e abre um novo caminho para a humanidade é tarefa para consumir mais de uma vida. “Quem quiser ser meu discípulo, ...”

Por padre José Luiz Gonzaga do Prado

Bíblia

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11Abril/2016

O fiel católico e a participação polít icaComo é sabido e experimentado

por todos, a situação política do nosso país atualmente é de crise acentuada. Há forte descontentamento da popula-ção com uma série de situações relacio-nadas à política. Diante desse contexto conturbado, pode se perguntar: o que a Doutrina da Igreja tem a nos dizer? Como ela pode nos iluminar frente a essa problemática? E mais: como o fiel católico pode se portar em relação a tudo isso? De fato, o conteúdo dou-trinal da Igreja tem algo a dizer nesse sentido. É sobre isso que se discorrerá brevemente neste artigo.

A nosso ver, a primeira atitude que o fiel católico poderia tomar para lidar com a atual crise é amadurecer a visão da relação entre fé e política. De modo geral, a visão que boa parte dos cató-licos em nossa realidade eclesial sul mineira tem de política é negativa. Há uma espécie de “satanização” da políti-ca, sobretudo pelos católicos com mais idade; e, em geral, entre os jovens há certa indiferença e apatia. Nesse senti-do, a política é vista como uma esfera absolutamente profana, contrária à vi-vência religiosa e que deve ser aparta-da dela a todo custo. Frases semelhan-tes às seguintes se fazem ouvir com

frequência: “Política não tem nada a ver com as coisas de Deus”; “Sou católico, não posso me envolver com política”. Esta é, sem dúvida, uma visão limita-da e distorcida da relação fé e política. Para amadurecê-la, pode-se fazer a dis-tinção entre “politicagem” (atitudes de pessoas que visam interesse pessoal) e “política” (mecanismo social pelo qual se pode trabalhar pelo bem comum).

Para chegar a uma visão um pouco mais amadurecida da relação fé e po-lítica, à luz do ensinamento da Igreja, vale lembrar uma frase do beato Pau-lo VI: “A política é uma forma suprema de caridade”. De acordo com a referida frase deste Papa, se entende que a po-lítica é um grande instrumento para a prática da caridade, para promover o bem comum, para trabalhar pela causa da justiça. O fato de haver atitudes de-sonestas e criminosas por parte de pes-soas com poder político não diminui em nada o potencial que a política tem de ser instrumento de caridade. Atra-vés dos meios de participação política pode-se alcançar objetivos que favore-çam as pessoas.

De acordo com o ensinamento do concílio Vaticano II, na constituição pastoral Gaudium et Spes, número 43,

a vivência religiosa católica não se re-sume a práticas de piedade e ao cum-primento de certos deveres morais. O mesmo parágrafo deste documento afirma: “este divórcio entre a fé que pro-fessam e o comportamento cotidiano deve ser contado entre um dos maiores erros do nosso tempo”. É digno de nota ainda que o referido texto conciliar co-loca que a falta para com os deveres terrenos (dos quais fazem parte a par-ticipação política) pode comprometer o processo de salvação da pessoa! Eis a descrição: “o cristão que descuida com seus deveres temporais, falta com seus deveres para com o próximo e até com o próprio Deus, e põe em risco a sua salvação eterna”. Fica, pois, claro que no ensinamento oficial da Igreja há um in-centivo muito forte que convoca o fiel católico à participação política.

Diante do que fora apresentado aci-ma, fica a questão: como o fiel católi-co poderia participar da política? Com base no pensamento do cientista po-lítico Humberto Dantas, pode-se dizer que participar da política vai bem além do ato de votar. Segundo ele, atualmen-te a “democracia representativa” (atual forma de eleição, na qual os cidadãos elegem por voto seus representantes e

confiam a eles o governo) se mostrou insuficiente e incapaz de dar conta da demanda social. É preciso a passagem para uma “democracia participativa”. Esta consiste num modelo democráti-co no qual as pessoas não apenas ele-jam, mas também debatam propostas políticas, reflitam-nas, questionem-nas. Nesse processo, a organização de me-canismos sociais de participação (como os sindicatos e o plebiscito) são funda-mentais.

Fato é que, em geral, muitos de nós, católicos, não conhecemos bem o funcionamento da democracia e confiamos o destino de nossas vidas a pessoas que, às vezes, nem investiga-mos para saber sobre sua idoneidade e muito menos acompanhamos seu tra-balho no governo. E um tanto menos ainda nos interessamos em participar dessas formas populares de ação políti-ca. Vale afirmar, por fim, que havendo o empenho na participação política, o fiel católico estará fazendo algo que a sua própria fé exige e contribuindo, mesmo que em mínima parte, para as melho-rias de que necessitamos e pelas quais clamamos.

Por padre Éder Carlos de Oliveira

Atualidade

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12 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Comunicações

Agenda Pastoral de Abril

Comemorações de Abril

31/03 – 03/04 Cursilho Masculino Jovem2 Diocese: Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral em Guaxupé3 Setor Cássia: Encontro dos MECEs6 Diocese: Reunião da Pastoral Presbiteral em Guaxupé6-15 54ª Assembleia Geral da CNBB em Aparecida (SP)7 Diocese: Reunião do Conselho de Formação Presbiteral em Guaxupé7-10 Cursilho Feminino Jovem9 Reunião Diocesana da Pastoral da Criança em Poços de Caldas10 Setor Cássia: Formação CMPS – Mãe Rainha16 Setores: Reunião dos Conselhos de Pastoral dos Setores (CPSs)17 Setor Areado: Formação CMPS – Mãe Rainha

Natalício02 Padre Francisco Clóvis Nery 02 Padre José Maria de Oliveira02 Padre Nelson Fernandes de Oliveira 08 Padre Reginaldo da Silva11 Padre Weberton dos Reis Magno16 Padre Riva Rodrigues de Paula17 Padre Pedro Meloni Neto

18 Padre Gentil Lopes de Campos Júnior19 Padre Celso Mendes de Oliveira 20 Padre José Hamilton de Castro 22 Padre Janício de Carvalho Machado 22 Padre Reinaldo Marques Rezende 23 Padre Francisco Carlos Pereira 23 Padre Rodrigo Costa Papi 25 Padre Dênis Nunes de Araújo

26 Padre Eder Carlos de Oliveira 28 Padre Sandro Henrique Almeida dos Santos

Ordenação08 Padre José Augusto da Silva 12 Padre Arnoldo Lourenço Barbosa 12 Padre José Maria de Oliveira 13 Padre Aloísio Miguel Alves

16 Padre Luis Januário dos Santos 16 Padre Francisco dos Santos22 Padre José Carlos Carvalho 24 Padre Graziano Cirina 28 Padre Marcelo Nascimento dos Santos 28 Padre Donizetti de Brito28 Padre Henrique Neveston da Silva 28 Padre Reginaldo da Silva

17 Setor Paraíso: Encontro dos MECEs23 Setor Passos: Reunião do Conselho Diocesano do ECC na Paróquia São Benedito em Passos24 Setor Guaxupé: Formação CMPS – Mãe Rainha29/04 – 01/05 Diocese: 33º Encontro Diocesano de CEBs em Nova Resende V Encontro de Casais com Cristo 3º Etapa na Paróquia Mãe Rainha em Guaranésia 30 Diocese: Encontro Diocesano de Comunicação em Guaxupé Reunião do GED do Cursilho em Guaxupé Reunião do Setor Juventude em Guaxupé

ENCONTRO DIOCESANO DE

COMUNICAÇÃO

INSCRIÇÕES PELO SITE

www.guaxupe.org.brATÉ O DIA 26 DE ABRIL DE 2016

30 DE ABRIL | CURIA DIOCESANA DE GUAXUPÉDAS 9 ÀS 16 HORAS COM A SANTA MISSA

Tema

'COMUNICAÇÃO E MISERICÓRDIA:UM ENCONTRO FECUNDO'Título da carta escrita pelo papa Francisco

para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2016

Realização