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A SAÚDE NA DEMOCRACIA: FINALIDADE COMPLEXA / ATIVIDADE COMPARTILHADA AMBIENTE SOCIAL - AMBIENTE DEMOCRÁTICO (LIBERDADE E IGUALDADE=PARTICIPAÇÃO NA DEFINIÇÃO DE PREFERÊNCIAS ) - POLÍTICAS PÚBLICAS (ESCOLHAS) - ORÇAMENTO PÚBLICO (MEIO)- SAÚDE (FIM)

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A SAÚDE NA DEMOCRACIA: FINALIDADE

COMPLEXA / ATIVIDADE COMPARTILHADA

AMBIENTE SOCIAL - AMBIENTE DEMOCRÁTICO (LIBERDADE E IGUALDADE=PARTICIPAÇÃO NA DEFINIÇÃO DE PREFERÊNCIAS ) - POLÍTICAS PÚBLICAS (ESCOLHAS) - ORÇAMENTO PÚBLICO (MEIO)- SAÚDE (FIM)

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O SISTEMA SOCIAL – DEMOCRACIA – SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE .

Sistema Social

Rede de relações interativas regulada por uma série de padrões normativos (instituições). (Talcott Parsons) Instituições: valores – padrões - agentes

A relação entre o sistema de saúde e o ambiente da

democracia

Relação entre instituições

O Sistema de saúde pública e a democracia são padrões normativos

(instituições) inseridas num dado sistema social.

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Democracia

Padrões Sociais

Liberdade e Igualdade.

O REGIME DEMOCRÁTICO COMO INSTITUIÇÃO E SUAS FINALIDADES

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Objetivos da democracia

Condições mínimas da democracia

Dimensões da Qualidade da democracia

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PRINCIPAIS OBJETIVOS DOS REGIMES DEMOCRÁTICOS

Objetivos da Democracia:

liberdade política e civil

soberania popular (controle )

igualdade política (em relação aos direitos e poderes)

transparência

legalidade

normas de responsabilização

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CONDIÇÕES MÍNIMAS E DIMENSÕES DA DEMOCRACIA E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE

SAÚDE E DEMOCRACIA

Saúde como meio – parte do conjunto de capacidades

Saúde como fim

DIMENSÕES PROCEDIMENTAIS

IMPÉRIO DA LEI

ACC VERTICAL/HORIZONTAL

PARTICIPAÇÃO

COMPETIÇÃO

DIMENSÕES SUBSTANTIVAS

DIREITOS CIVIS - saúde

LIBERDADES POLÍTICAS

DIMENSÃO DE RESULTADO CAPACIDADE DE RESPOSTA - saúde

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RELAÇÃO ENTRE A DEMOCRACIA, O ORÇAMENTO PÚBLICO E A SAÚDE (JOGO DE

MEIOS E FINS).

ORÇAMENTO PÚBLICO (MEIO – recursos escassos)

DEMOCRACIA (FIM)

PARTICIPAÇÃO - saúde

POSSIBILIDADE DE (para escolher prioridades) CAPACIDADE DE (Saúde)

PLANO

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FINS DO SISTEMA ORÇAMENTÁRIO NA DEMOCRACIA

ESCOLHA DAS PRIORIDADES EM SINTONIA COM PREFERÊNCIAS

ORDENAÇÃO EFICIENTE E RACIONAL NA ALOCAÇÃO DOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA ATENDER AS PRIORIDADES

APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS SATISFATÓRIOS E EFICIENTES

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Missões do sistema orçamentário na democracia

Traduzir e inserir as preferências (saúde etc.)

DEMOCRACIA – ORÇAMENTO - SAÚDE

Eficácia + Eficiência

Dimensões procedimentais, de conteúdo e de resultado da qualidade da democracia.

Maximizar recursos existentes.

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Como definir as prioridades? Fases do Processo orçamentário

DEMOCRACIA ORÇAMENTO

PÚBLICO

PROCESSO ORÇAMENTÁRIO

PREPARAÇÃO Poder Executivo

FASE PARLAMENTAR Poder Legislativo

IMPLEMENTAÇÃO Poder Executivo

CONTROLE PARLAMENTAR Poder Legislativo

CONTROLE EXTERNO Órgão de auditoria independente

Análise da proposta

No curso da implementação

Exame das contas

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OS OBJETIVOS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO LIGADOS ÀS SUAS FASES

PREPARAÇÃO

Estabelecimento de Políticas Públicas Parlamento e executivo (Constituição e Leis – PPP;

LDO; LOA)

Determinação de Prioridades e Elaboração de Planos (com base nas políticas previstas e nos recursos disponíveis)

FASE PARLAMENTAR

IMPLEMENTAÇÃO

CONTROLE EXTERNO

Análise da proposta, aprovação do plano, autorização dos dispêndios necessários a cada ação

Execução e gestão do orçamento público aprovado

Controle da execução e dos resultados •Poder Legislativo (antes, durante, depois) •Poder Executivo (Controle Interno) •Órgão de auditoria independente (Controle Externo) •Poder judiciário

CONTROLE PARLAMENTAR

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Processo orçamentário na democracia – PLANO SOBRE PLANOS

PROCESSO ORÇAMENTÁRIO PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA

(sentido amplo)

COORDENAÇÃO DE ATORES / MEIOS / FINS

ESTRUTURAR INCENTIVOS

ESTRUTURAR FUNÇÕES DOS AGENTES

MEDIÇÃO EFETIVIDADE

ATIVIDADE COMPARTILHADA FIM COMPLEXO

CUSTOS

OPORTUNIDADES

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SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE NA DEMOCRACIA (FINALIDADE)

ESTRUTURAR E REGULAR AS ATIVIDADES DOS AGENTES PÚBLICOS DE MODO A ATENDER A TODOS EM QUESTÕES DE SAÚDE

CONTROLAR AGENTES E OS RESULTADOS

CUSTOS DE MEDIÇÃO

CUSTOS DE EFETIVIDADE

COMPENSAR

DESCONFIANÇAS – TODOS PRECISAM AGIR COORDENADAMENTE

DISCORDÂNCIAS – DEFINIÇÃO DE PRIOROIDADES

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COMO MOLDAR UM SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE EFICIENTE NA DEMOCRACIA? É PRECISO TRAÇAR PLANOS

Fatores de Influência

Estrutura legal

Organização política

Principais atores

Poder Legislativo

Poder Executivo

Poder Judiciário

Ministério Público

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CRIAÇÃO DE PLANOS SOBRE PLANOS – PLANOS PARA PLANEJAR

Potencial

mediar uma melhor tradução das preferências dos cidadãos;

incentivar práticas ligadas à saudável divisão de poderes;

possibilitar que sejam executadas as políticas necessárias à preservação de certos direitos estruturais

e construtivos como a saúde.

Dimensão do resultado

Reflexos nas dimensões de procedimento e de conteúdo.

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O PAPEL DO DIREITO NA MOLDAGEM DOS PLANOS - SISTEMAS JURÍDICOS

NORMAS COMO PLANOS (SHAPIRO)

ORDENAÇÃO DE MEIOS

OBTENÇÃO DE UM FIM

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MECANISMOS NORMATIVOS DE REDUÇÃO DOS CUSTOS

HIERARQUIA (Const., Leis, decretos)

POLÍTICAS PÚBLICAS (planos gerais)

COSTUMES (ações informais)

AUTORIZAÇÃO

DIRETIVAS

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FUNÇÃO DAS NORMAS/PLANOS

TORNAR AS ESCOLHAS:

Legíveis

Previsíveis

Factíveis

Não é melhorar as escolhas (Aposta

Institucionalizada)

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FUNÇÃO DA NORMAS (HART)

NORMAS PRIMÁRIAS (Mandatory rules) (Regulação das Condutas, lei penal etc.)

NORMAS SECUNDÁRIAS (Power Conferring rules)

(Concessão de Poderes – ao executivo e ao judiciário)

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NORMAS SECUNDÁRIAS

PODER EXECUTIVO, LEGISLATIVO E

JUDICIÁRIO

PODERES PARA DESEMPENHO DOS PAPÉIS INSTITUCIONAIS

REGULAMENTAÇÃO DAS ATIVIDADES

ESPECIFICAÇÃO DE REQUISITOS

DELIMITAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

PROCEDIMENTOS

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CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS (PLANOS)

PARCIAIS ESTRUTURA ANINHADA (Várias Normas e Subnormas)

FLEXÍVEIS

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IMPLICAÇÕES DAS CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS PARA O SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE

PARCIALIDADE (Previsão de procedimentos e critérios para criação de novas Normas)

ESTRUTURA ANINHADA (Previsão de planos e subplanos)

FLEXIBILIDADE (Definição dos pontos de flexibilidade: Diretivas e Autorizações)

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TÉCNICAS DE CRIAÇÃO DE NORMAS

TOP-DOWN

Fixação de normas gerais (planos) que serão

desdobradas em normas específicas (subplanos) –

Legislativo e Executivo

BOTTOM-UP

Normas criadas a partir dos níveis de ação - subplanos (precisam ser direcionadas

à realização de planos e finalidades) Judiciário

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FORMAS DE APLICAÇÃO DAS NORMAS

PROSPECTIVA (criação de normas e sua interpretação – Leis e

Jurisprudência)

Ações necessárias

Permitidas

Autorizadas

RETROSPECTIVA (Análise das condutas – subsunção dos fatos

às normas – executivo e judiciário)

Ação conforme o Direito

Ação Desconforme

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OBJETIVAÇÃO DOS RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS (EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45 - OPÇÃO PELO MODELO DA REPERCUSSÃO GERAL)

“É claro que estamos muito longe, hoje, da construção segura da nova dogmática do recurso extraordinário. Estamos, aí, a fazer um pouco um experimentalismo institucional, não é? Estamos a tatear um pouco nesse universo. É engraçado, Ministro Cezar Peluso, que Heinrich Triepel, numa famosa palestra de 1928, juntamente com Kelsen, celebrando esse modelo do certiorari americano, que era de 1927, dizia: os americanos objetivaram o processo constitucional. É um pouco isso; que de alguma forma nós estamos experimentando no que concerne, agora, ao recurso extraordinário com a repercussão geral.” (Min. Gilmar Mendes)

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6 - Dever do Estado de fornecer medicamento de alto custo a portador de doença grave que não possui condições financeiras para comprá-lo. Relator: MIN. MARCO AURÉLIO Leading Case: RE 566471 Há Repercussão? Sim 08/10/2007 PROTOCOLADO Recurso extraordinário em que se discute, à luz dos artigos 2º; 5º; 6º; 196; e 198, §§ 1º e 2º, da Constituição Federal, a obrigatoriedade, ou não, de o Estado fornecer medicamento de alto custo a portador de doença grave que não possui condições financeiras para comprá-lo.

RELEVÂNCIA, QUESTÃO, ASSISTÊNCIA, SAÚDE, CONTEÚDO COLETIVO, DISCUSSÃO, LIMITE ORÇAMENTÁRIO, ESTADO, EFICÁCIA, ATUAÇÃO ESTATAL, NECESSIDADE, PESSOA, USO, MEDICAMENTO.

LEADING CASES - STF

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289 - Bloqueio de verbas públicas para garantia de fornecimento de medicamentos.

Relator: MIN. ROSA WEBER

Leading Case: RE 607582

“Impõe-se, pois, seja a controvérsia apreciada pelo Tribunal Pleno,

de maneira a propiciar, inclusive, um amplo debate sobre os

critérios a serem observados pelos juízes para a determinação da

drástica medida aqui discutida: bloqueio de valores depositados

nas contas da sociedade para efetivação do direito à saúde.”

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500 - Dever do Estado de fornecer medicamento não registrado pela ANVISA. Relator: MIN. MARCO AURÉLIO Leading Case: RE 657718 Recurso extraordinário em que se discute, à luz dos artigos 1º, III; 6º; 23, II; 196; 198, II e § 2º; e 204 da Constituição Federal, a possibilidade, ou não, de o Estado ser obrigado a fornecer medicamento não registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Em outras palavras, faz-se em jogo, ante limites orçamentários, ante a necessidade de muitos considerada relação de medicamentos, a própria eficácia da atuação estatal. Em síntese, questiona-se, no extraordinário, se situação individual pode, sob o ângulo do custo, colocar em risco o grande todo, a assistência global a tantos quantos dependem de determinado medicamento, de uso costumeiro, para prover a saúde ou minimizar sofrimento decorrente de certa doença. Aponta-se a transgressão dos artigos 2º, 5º, 6º, 196 e 198, § 1º e § 2º, da Carta Federal.

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LÍLIAN ELISABETH C. T. DE MIRANDA

OBRIGADA!