a revoluÇÃo industrial e o surgimento do serviÇo social

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A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL A Revolução Industrial no século XIX possibilitou a ascensão do capitalismo industrial o que significava para os operários a exploração de suas próprias vidas, foi aí que o proletário começou se reconhecer como classe. O capital, como relação social de produção, tem como característica e condição a expansão de valor e a faz, face a classe assalariada. Diante de tamanha exploração surgiu uma onda crescente de manifestações operárias, mas ainda não tinham força organizativa, nem objetivos centrados, daí percebeu-se a importância das associações. Porém, só através da união massiva dos trabalhadores, em 1824 na Inglaterra eles ganharam o direito de se reunirem em associações. O movimento dos trabalhadores tornara-se cada vez mais organizado politicamente e o proletário era uma presença marcadamente significativa no cenário social. Isso e os enormes problemas sociais produzidos pela expansão do capitalismo causaram uma inquietação na burguesia, no sentido de desestabilizar sua ordem social. A burguesia usou como estratégia as práticas assistenciais como forma de ratificar tais sujeições e apareceu com um falso discurso humanitário baseado na igualdade e na harmonia entre as classes, na verdade ela queria se apropriar da prática social para submetê-la aos seus desígnios. O Serviço Social surge, portanto como criação típica do capitalismo, articulada com um projeto de hegemonia do poder burguês. As formas de assistência vigentes eram repudiadas pelo proletário, que lutava por medidas mais amplas de política social. Temerosa e assustada, a classe dominante procurava pensar em estratégias que contivessem as ameaças que colocavam em risco as suas propriedades. Assim, diante de tamanha expansão da pobreza, já não se podia mais restringir a assistência aos pobres às iniciativas de particulares ou da Igreja; era preciso mobilizar o próprio Estado. Foram conferidas às práticas assistenciais novos padrões de eficácia e racionalidade. A expansão do número de agentes foi notável no último terço do século XIX. No início do século XX, o Serviço Social estava presente na maioria dos países europeus e nos EUA.

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Page 1: A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL  

A Revolução Industrial no século XIX possibilitou a ascensão do capitalismo industrial o que significava para os operários a exploração de suas próprias vidas, foi aí que o proletário começou se reconhecer como classe. O capital, como relação social de produção, tem como característica e condição a expansão de valor e a faz, face a classe assalariada. Diante de tamanha exploração surgiu uma onda crescente de manifestações operárias, mas ainda não tinham força organizativa, nem objetivos centrados, daí percebeu-se a importância das associações. Porém, só através da união massiva dos trabalhadores, em 1824 na Inglaterra eles ganharam o direito de se reunirem em associações. O movimento dos trabalhadores tornara-se cada vez mais organizado politicamente e o proletário era uma presença marcadamente significativa no cenário social. Isso e os enormes problemas sociais produzidos pela expansão do capitalismo causaram uma inquietação na burguesia, no sentido de desestabilizar sua ordem social. A burguesia usou como estratégia as práticas assistenciais como forma de ratificar tais sujeições e apareceu com um falso discurso humanitário baseado na igualdade e na harmonia entre as classes, na verdade ela queria se apropriar da prática social para submetê-la aos seus desígnios. O Serviço Social surge, portanto como criação típica do capitalismo, articulada com um projeto de hegemonia do poder burguês.     As formas de assistência vigentes eram repudiadas pelo proletário, que lutava por medidas mais amplas de política social. Temerosa e assustada, a classe dominante procurava pensar em estratégias que contivessem as ameaças que colocavam em risco as suas propriedades. Assim, diante de tamanha expansão da pobreza, já não se podia mais restringir a assistência aos pobres às iniciativas de particulares ou da Igreja; era preciso mobilizar o próprio Estado. Foram conferidas às práticas assistenciais novos padrões de eficácia e racionalidade. A expansão do número de agentes foi notável no último terço do século XIX.  No início do século XX, o Serviço Social estava presente na maioria dos países europeus e nos EUA. Com isso a Revolução Industrial surgiu para reivindicar os direitos da classe trabalhadora denominada como proletariados, que eram injustamente discriminados com seus baixos salários. Vendo também uma análise crítica do entendimento pessoal sobre esses fatores que foram importantes para o surgimento do Serviço Social.Esses fatores foram essenciais, pois existiam muitas desigualdades sociais, que foram causando e ativando as revoluções em vários lugares, principalmente na Europa. Por causa dessas revoluções surgiram várias manifestações por direitos melhor, tanto social quanto no trabalho, manifestações causadas pelos proletariados (classe trabalhadora),

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pequenos burgueses e comerciantes insatisfeitos e cansados pelos privilégios do monopólio concedido aos monarcas. Com essas manifestações, reivindicaram melhores salários, moradia, escolas, profissão regularizada, direitos que não eram concedidos por não serem como eles, os monarcas de sangue azul assim se dizia na época, tendo esses direitos, poderiam favorecer a todos, pois o nível de produção poderia aumentar com a satisfação de ambos. Isso se denominou na Revolução Industrial. Então a Revolução Industrial junto com outros fatores que influenciaram para o surgimento da profissão do Serviço Social intensificou muito o trabalho, o desenvolvimento da prática social para facilitar o entendimento do que são direitos iguais facilitando a luta e a ajuda para quem realmente precisa.