a relacao entre modo de producao, estado e sociedade e suas repercussoes na educacao.doc

8/19/2019 A RELACAO ENTRE MODO DE PRODUCAO, Estado e sociedade e suas repercussoes na educacao.doc

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A RELAÇÃO ENTRE MODO DE PRODUÇÃO, ESTADO E SOCIEDADE ESUAS REPERCUSSÕES NA DIREÇÃO DA EDUCAÇÃO.1

Prof. Cláudio E. Félix dos Santos2

Nosso curso trata da estrutura e funcionamento da educação

básica. Atualizando essa nomenclatura dir!amos "ue se trata de

analisar a #ol!tica educacional no $rasil e seus desdobramentos nos

%ários &mbitos educacionais' (nanciamento da educação formação

de #rofessores curr!culo )estão educacional modalidades

educacionais sistema estrutura etc.

Contudo discutir todas essas "uest*es li)adas + #ol!tica

educacional exi)e atentar,se aos #roblemas )erais da or)anização e

#rodução da %ida -umana em sociedade economia e trabal-o/ seus

%!nculos com o #oder estado e #ol!tica/ e suas re#ercuss*es na

educação dos indi%!duos cultura educação escola/. Sem esse

mo%imento te0rico e #rático #ermaneceremos reféns do senso

comum e das tentati%as ideol0)icas em insistir na fra)mentação e na

busca de soluç*es #ontuais #ara "uest*es "ue exi)em uma res#osta

ri)orosa e de con1unto.

Esse #rimeiro alerta é muito im#ortante #ara o trabal-o "ue

#retendo desen%ol%er #ois em nossas aulas e ati%idades tomaremos

as relaç*es enunciadas acima como #onto de #artida e (o condutor

"ue conduzirá os estudos nesse curso. Em outras #ala%ras

#recisaremos nos esforçar #ara su#erar a #ers#ecti%a dominante

fortemente defendida #ela classe dominante "ue insiste em trabal-ar

as "uest*es essenciais da nossa sociedade de forma fra)mentada

buscando isolar os fenmenos e fatos sem buscar suas relaç*es

-ist0rico,ontol0)icas. 3sso #ode ser exem#li(cado "uando a m!dia

bur)uesa %eicula a corru#ção na #ol!tica ou o #roblema da sa4de e

5 6exto didático #ara discussão em aula.

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Professor da 7ES$ no curso de Peda)o)ia. 8outor em Educação. Pes"uisador doColeti%o de Estudos e Pes"uisas em Educação e Emanci#ação 9umana CEPE97/:Pes"uisador do )ru#o de Estudos ;arxistas em Educação.

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da educação no $rasil como al)o estritamente li)ado + #ol!tica ou aos

#ol!ticos sem considerar o "ue está na base e o "ue determina em

)rande medida a corru#ção a aus>?/ no suceder,se de )eraç*es

distintas a -umanidade %ai ex#lorando os materiais os ca#itais e as

forças de #rodução a elas transmitidas #elas )eraç*es anteriores. 3sto

é a -umanidade %ai #roduzindo sua -ist0ria. @ra nos #rim0rdios

"uando a -umanidade %i%ia da caça e da coleta e no máximo da

a)ricultura ou se1a a fase não desen%ol%ida da #rodução a

#ro#riedade era comunal. Nesse ti#o de #ro#riedade a di%isão do

trabal-o era ainda bem #ouco desen%ol%ida e se da%a a #artir da

di%isão natural das ati%idades o trabal-o dos -omens das mul-eres

das crianças idosos/. Nesse #er!odo o Estado era inexistente #ois era

inexistente a"uilo "ue l-e dá base material' a )arantia da

#ro#riedade #ri%ada de uma classe de dominadores sobre uma classe

dominada. Em lin-as bem )erais a educação se da%a no e #ara o

#rocesso de trabal-o. Não 9a%ia necessidade de formar diri)entes e

diri)idos tal "ual con-ecemos -o1e #elo sim#les fato de não -a%er

di%isão em classes sociais.

A se)unda forma de #ro#riedade e de or)anização da #rodução

é a #ro#riedade estatal ou comunal anti)a. Essa resulta da uni(cação

de mais de uma tribo numa cidade #or meio de contrato ou

con"uista. Nesse #er!odo a escra%idão se am#lia e se desen%ol%e a

#ro#riedade #ri%ada de bens m0%eis e im0%eis. Nessa or)anização o

trabal-o está mais desen%ol%ido a di%isão social do trabal-o mais

com#lexa e inicia,se o #rocesso de di%isão cidade e cam#o com os

-omens %i%endo na cidade mas do cam#o. Esse #rocesso demarca

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tanto a necessidade da criação do Estado a (m de )arantir a

#ro#riedade #ri%ada das classes domiantes #atr!cios Comerciantes

ou )randes #ro#rietários de escra%os e terras/ o "ue caracteriza a

di%isão do trabal-o intelectual e manual e a necessidade de educar

uma elite intelectualdiri)ente com o "ue de mais a%ançado se

#roduzia na é#oca cabendo aos trabal-adores a formação #ela

#rática do trabal-o manual.

@utra forma de #ro#riedade foi a feudal. A"ui @s -omens %i%iam

do cam#o e no cam#o. Por um lon)o #er!odo de tem#o "ue no

momento não nos con%ém analisar a B#ro#riedade da #rinci#al era

constitu!da de uma lado #ela #ro#riedade da terra e #elo trabal-o

ser%il e do outro #elo trabal-o #r0#rio com #e"ueno ca#ital "ue

domina%a o trabal-o das o(cinas ;arx e En)els 2>>? #. D5/. A

3)re1a Cat0lica A#ost0lica omana )rande #ro#rietária 1untamente

com a nobreza feudal reis du"ues condes #r!nci#es etc./

concentra%am #oder e ri"uezas e diri)iam a forma estatal "ue #or

muitos séculos este%e fra)mentada em reinos e feudos e "ue com o

aumento #o#ulacional a decad


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fato de "ue o Estado é classista é difundida de forma -e)emnica a

idéia de "ue o Estado está acima das classes e "ue #ortanto tem o

#a#el de re)ular os atritos existentes entre os ricos e os #obres.

Partindo dessa B#remissa ilus0ria é necessário debruçar,se sobre o

real #a#el do Estado.

Como analisei anteriormente o Estado nasce num determinado

tem#o -ist0rico como #roduto do desen%ol%imento das forças #roduti%as do

nascimento da #ro#riedade #ri%ada dos meios de #rodução e das relaç*es

de dominação e ex#loração. Contudo é im#ortante deixar claro "ue o

Estado Bnão existe como obra da classe dominante mas ao sur)ir como

resultado do modo material de %ida dos indi%!duos assume a forma da

%ontade dominante ;AH: ENIEJS a#ud PE@N3 2>>G #. 25/. Nessesentido a classe "ue domina economicamente também domina

#oliticamente. Esse domínio político é a forma or)anizada de o#ressão "ue a

classe bur)uesa tem contra os trabal-adores. Por isso o Estado não está

acima das classes #elo contrário o #oder estatal é usado a fa%or de uma

classe' a dominante.

;as a#esar do #oderio das classes dominantes sobre o Estado a

classe ex#lorada ao se or)anizar em sindicatos #artidos e mo%imentos delutas sociais e fazer a luta de classes tende a de#ender da relação de

forças a con"uistar direitos no interior do Estado. @ra o direito ao salário

m!nimo reforma a)rária a#osentadoria o direito + escolarização +

merenda en(m as con"uistas #ontuais alcançadas #elos trabal-adores não

foram ori)inárias dos bons coraç*es ou do es#!rito solidário e reli)ioso dos

ca#italistas mas sim resultado de muitas lutas +s %ezes #or décadas de

enfrentamentos até o momento de sua transformação em #ol!tica social ou

lei.

8e acordo com Almeida 2>55/ diante dessa din&mica de

enfrentamentos constantes e acordos e tomando o Estado como uma

ex#ressão #ol!tica do ca#ital e de sua classe dominante a bur)uesia/ ele

buscará se reno%ar e se ade"uar +s no%as formas de re#rodução do #r0#rio

ca#ital. A bur)uesia %ai direcionando a ação do Estado muitas %ezes

ne)ociando #arcialmente as exi)


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@ Estado ca#italista assumiu %árias formas -ist0ricas Estado

Absolutista Estado Jiberal Estado de $em,Estar Social Estado

Nazifascista/. Não é ob1eto desse estudo uma análise ri)orosa dessas

"uest*es. Nesse #e"ueno texto didático busca,se tão somente situar o

Estado no interior das relaç*es sociais ca#italistas.

Como foi abordado anteriormente a contradição "ue )era a luta de

classes faz como "ue o Estado reforme suas estruturas or)anizati%as e de

)estão. Atualmente uma das formas "ue o ca#ital encontrou #ara )arantir

"ue o Estado si)a suas orientaç*es é transferindo determinadas funç*es

es#ecialmente as "ue demandam maiores recursos #4blicos tais como

sa4de educação e #re%id


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(nanciamento ao ca#ital #articularmente (nanceiro. 8e acordo com

Joureiro ele é uma inst&ncia da sociedade "ue'

.../ ex#ressa suas contradiç*es e materializa acorrelação existente entre forças sociais ou se1aao mesmo tem#o em "ue re#roduz #roduz ele)itima formas de dominação ou con%i%5> #. 55?. Irifos meus/.

Percebemos a"ui a dualidade o#eracional do Estado. En"uanto a#oia

o im#ério ca#italista se diz #reocu#ado com as "uest*es sociais

incenti%ando a #artici#ação dos indi%!duos na )er.

;AH Tarl. ENIEJS Fredric-. A Ide!"ia A!e#$% critica da mais recente(loso(a alemã em seus re#resentantes Feuerbac- $. $auer e Stirner e do

socialismo alemão em seus diferentes #rofetas. 6radução' ubens EnderleNélio Sc-neider Juciano Ca%ini ;artorano. São Paulo' $oitem#o 2>>?.

;@N6AU@ Carlos. Terceiro Setor e questão social . São Paulo' EditoraCortez 2>>?.

PE@N3 Oera. Política educacional e papel do Estado: no $rasil dosanos 5DD>. São Paulo' Hamã 2>>G.

P@NCE An!bal. Ed&ca'$ e L&(a de c!asses. 6radução de Qosé Se%ero deC. Pereira. São Paulo' Cortez 2>>G.

)&es(*es +ara ree-$%M


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5. Por "ue na era da #ro#riedade comunal não -a%ia Estado=

2. Por "ue #ara com#reender a din&mica das sociedades cindidas emclasse não se #ode fra)mentar a relação entre ;odo de #roduçãoEstado e sociedade=

G. Caracterize o Estado ca#italista e a educação nesse modo de#rodução.

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