a regulaÇÃo do trabalho em saudeportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/01/... ·...
TRANSCRIPT
A REGULAÇÃO DO TRABALHO EM SAUDE
OFICINA TEMÁTICA
II ENCONTRO NACIONAL DAS MESAS DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS
19, 20 e 21 de novembro de 2014
Carlos Alberto de Matos
CONCEITO DE REGULAÇÃO
Regulação em saúde:
Intervenção de um terceiro entre a demanda do usuário e a prestação efetiva do ato de saúde pelos serviços de saúde. (Fausto Pereira dos Santos)
REGULAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE
• Aparece associada aos controles burocráticos das áreas de
recursos humanos e/ou gestão de pessoas. Também ligada
à fiscalização do exercício profissional.
• Estrutura institucional e os marcos normativos dessa área.
• Necessidade de atualização permanente e indução de
novos parâmetros/protocolos/serviços.
• Conceito de regulação que esteja vinculado às
necessidades de saúde da população.
REGULAÇÃO
Carreiras Regionais
Dimensionamento
Financiamento para Carreiras
Câmara Técnica
MNNP-SUS Rede ObservaRH
PlataformaRH
Fórum MERCOSUL
Articulação Intersetorial
REGULAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE
CARREIRAS REGIONAIS
Criar a Carreira Pública de Saúde Coletiva, com atuação regional e dedicação exclusiva ao SUS
• enfoque multiprofissional
• atuação intermunicipal
Estabelecer tipo de vínculo da nova carreira
• Estatutário
• CLT: Fundação, OSCIP, Empresas
Estabelecer modelo de gestão tripartite e interfederativa:
• Gestão centralizada na União ou nos Estados
• Gestão descentralizada para fundações, empresas ou consórcios
A criação da Carreira Pública de Saúde Coletiva deve convergir com os conceitos expressos no Decreto nº 7.508/2011
• Regiões de saúde: espaço geográfico delimitado
• Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde: acordo entre os entes federativos
• Comissões Intergestores: instâncias de pactuação entre os entes federativos
• Mapa da Saúde: distribuição dos recursos humanos em dada região
Adesão ao SISPACTO: construção e aferição dos indicadores pactuados entre os entes
DIMENSIONAMENTO
• Articular de forma conjunta o dimensionamento da força de trabalho no SUS e o debate sobre as competências multiprofissionais
• Construir diferentes modelos de dimensionamento para dar conta da diversidade das diferentes regiões de saúde e de seus modelos de Atenção Básica
• Construir novos marcos regulatórios de modo a atender um novo modelo de competências colaborativas
Construir uma metodologia de dimensionamento da força de
trabalho na Atenção Básica
• particularidade de cada caso
• os diferentes níveis de atenção
• os diferentes tipos de serviço
• recorte por profissão
• recorte por linhas de cuidado
• perfil epidemiológico de cada região
• parâmetros de cobertura por densidade populacional
Dimensionamento na Atenção Básica articulado com
competências colaborativas e multiprofissionais deve atender
aos seguintes princípios:
• Elaboração de um roteiro metodológico
• Construção de modelos pactuados e participativos
• Flexibilidade na aplicação de modelos: necessidade de coexistência de mais de um modelo, adaptáveis às diversas realidades
• Respeito à dinâmica própria de cada região
• Aperfeiçoamento contínuo dos modelos construídos
Como fazer um dimensionamento da força de
trabalho para a Atenção Básica:
FINANCIAMENTO PARA AS CARREIRAS REGIONAIS
Criação de um Fundo Federal do SUS, de natureza contábil, a exemplo do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), para financiamento das carreiras regionais
• definir qual percentual na participação dos Estados e Municípios
• criar uma Unidade Orçamentária a ser inscrita no Orçamento Geral da União (OGU) com regramento de reajuste anual estabelecido
• isentar os Estados e Municípios de qualquer impacto na LRF, absorvendo esse gasto para dentro dos limites legais da União
Avaliar técnica e politicamente a viabilidade de prover os recursos do Mais Médicos na Unidade Orçamentária deste Fundo Federal do SUS
Orçamento do Mais Médicos em 2014: R$ 1,9 bilhão, assim divididos:
• R$ 1,5 bilhão – Ministério da Saúde: implantação de equipes de saúde da família, agentes comunitários de saúde e equipe de saúde bucal nos municípios
• R$ 359,5 milhões – Ministério da Educação: execução de novo plano de expansão de vagas em cursos de medicina
• R$ 28,6 milhões – Ministério da Defesa: apoio logístico na chegada dos médicos nos locais aonde irão atuar
CÂMARA TÉCNICA DE REGULAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE
Resgatar a importância deste espaço como foro privilegiado de discussão e debate, especialmente, com os conselhos profissionais, acerca de temas centrais para a regulação do trabalho em saúde
Estabelecimento das pautas de governo:
Escopo de práticas / Competência / Funções avançadas em enfermagem
Compartilhamento dos bancos de dados de registro profissional – principalmente os que se referem às sanções
Novas profissões em saúde
Pesquisa de opinião junto às categorias profissionais sobre o modelo de regulação vigente
Universalização das residências médicas, incluindo residência na Atenção Básica e Urgência/Emergência
Pactuação nacional acerca das necessidades prementes do SUS
Revisão do marco regulatório das profissões de saúde
Revisão do marco regulatório dos cargos e empregos públicos em saúde – articular com o debate da criação da Carreira Pública da Saúde Coletiva
Estabelecer diálogos bilaterais com cada uma das profissões regulamentadas e seus conselhos
CONSELHOS DE REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL
• OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES ATUAIS
– FISCALIZAR, ORIENTAR, DISCIPLINAR LEGAL, TÉCNICA E ETICAMENTE O EXERCÍCIO PROFISSIONAL
– PODER DE POLÍCIA (FISCALIZAÇÃO E SANÇÃO)
– CONCESSÃO DE HABILITAÇÃO PROFISSIONAL
– COMPETÊNCIA PARA FISCALIZAR A ARRECADAR TRIBUTOS (COMUMENTE DENOMINADOS PELOS CONSELHOS DE “ANUIDADES”)
MESA NACIONAL DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE
Envolver trabalhadores e gestores na regulação do trabalho em saúde
•o debate sobre a regulação do trabalho também deve, quando interessar, repercutir para o movimento sindical e gestores estaduais e municipais
•as pautas de governo sobre regulação do trabalho em saúde devem ser instrumento da qualificação do debate da Mesa
Mapeamento/observação de situações críticas
• “eventos sentinelas” – eventos que servem de alerta para o DEGERTS sobre a ocorrência de situações de conflitos agudos nas relações de trabalho na saúde
•a Mesa como espaço de monitoramento
Criar instrumentos/processos de intervenção/mediação para situações de crise nas relações de trabalho
•a Mesa deve ter uma atuação mais assertiva e propositiva dos conflitos que envolvem as relações de trabalho país afora
• criar uma sistemática em que os próprios participantes da Mesa repercutam os conflitos que ocorram nos níveis estaduais e municipais
Objetivo: Integrar as pautas da Câmara Técnica com as da Mesa Nacional de Negociação Permanente
REDE OBSERVATÓRIO DE RECURSOS HUMANOS EM SAÚDE
Revisar e sistematizar estudos e pesquisas já realizados pela REDE OBSERVARH
Criar novas metodologias, instrumentos e parâmetros para os futuros editais: Manualizar os procedimentos de elaboração e chamamento para pesquisas e estudos
Incorporar resultados de pesquisas e estudos: Apropriar os resultados dessas pesquisas à prática da gestão
Criar um Grupo Técnico para orientar as futuras pesquisas sobre recursos humanos em saúde: Editais temáticos com orientação clara de diretrizes para que estudos e pesquisas propostas tenham convergência máxima com os interesses estratégicos da SGTES, em particular, e do SUS, em geral, acerca de temas como, por exemplo, dimensionamento de força de trabalho no SUS, educação permanente, terceirização na saúde, Planos de Cargos e Salários, provimento e fixação de profissionais, etc...
PLATAFORMA RH
Difundir os conhecimentos gerados pelas pesquisas da Rede Observatórios de Recursos Humanos de Saúde - Observa RH a partir de um repositório desses estudos na Plataforma RH
Integrar todo o material e conhecimento produzidos pelos cursos ofertados pela UNA-SUS na Plataforma RH
•articular com a Rede colaborativa de instituições de ensino superior conveniadas com a UNA-SUS
Integrar as bases de dados do Sistema Nacional de Informações em Gestão do Trabalho - Sistrabalho na Plataforma RH
FÓRUM PERMANENTE MERCOSUL PARA O TRABALHO EM SAÚDE
Integrar os debates e discussões do Fórum ao processo de trabalho do DEGERTS: articular os debates da Mesa com as proposições do SGT 11
Revisão do marco regulatório do Fórum: integrar os processos de trabalho com a Câmara Técnica de Regulação
Revisão das pautas propostas: fronteiras, programa de atração e fixação de profissionais estrangeiros, estudos e ações de formação conjunta no SGT 11 etc...
Resgatar e sistematizar a memória dos trabalhos do SGT 11 – Subcomissão de Desenvolvimento e Exercício Profissional
Qualificar a atuação do DEGERTS no SGT 11
Difundir resultados do SGT 11 – Matriz Mínima
ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL
Construir uma sintonia fina com outros órgãos e instituições, de dentro e de fora do Governo, com objetivo de qualificar o debate da regulação do trabalho em saúde e inserir suas diretrizes nas políticas públicas.
•MS: SAS, SGEP, SE, SVS, SCTIE, SESAI, CIT, CNS, FIOCRUZ, ANVISA, ANS e FUNASA
•MEC
•MPOG
•MTE
• IPEA
•Congresso Nacional
•Universidades
•UNASUL
• ISAGS
•OPAS
•OIT
REGULAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE
OBRIGADO!!
Carlos Alberto de Matos Coordenador-Geral de Regulação e Negociação do Trabalho em
Saúde
DEGERTS/SGTES/MS
Fone: 61 3410-4128/4133