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A QUESTÃO SOCIAL ABORDADA NAS RELEITURAS DO CONTO DE FADA CHAPEUZINHO VERMELHO

Autor: Vera Lucia dos Santos1

Orientadora: Ana Paula de Castro Sierakowski2

RESUMO: Os contos de fadas estão presentes na vida de nossos alunos, representando a linguagem dos sentimentos, da subjetividade e do imaginário. É com esse pensar que o presente artigo tem por objetivo trabalhar o Conto de Fada Chapeuzinho Vermelho, contextualizando com o dia-a-dia dos alunos, a fim de provocar reflexões sobre as questões sociais e valores morais que este conto apresenta, buscando, assim, resgatar o gosto pela leitura e a formação do censo crítico dos alunos. Para tanto, foram realizadas várias atividades com o auxílio das mídias existentes no colégio; com isso buscou a familiarização dos alunos com a Língua Inglesa e o gosto pela leitura. PALAVRAS-CHAVE: Chapeuzinho Vermelho; Literatura estrangeira; Leitura.

1. INTRODUÇÃO

O ensino passou por diversas transformações no âmbito educacional,

principalmente no que se refere às salas de aula. Assim, muitas atitudes, em relação

aos alunos, foram mudadas em pouco tempo, sendo possível até mesmo dizer, em

poucas décadas. A globalização, a informatização, as redes sociais e o convívio dos

estudantes com a tecnologia tornou-se constante e muitos professores sentiram as

dificuldades em trabalhar com um público bem informado e capaz de interagir com

as mais diferentes mídias. Os alunos que hoje frequentam a escola muito se diferem

de alunos de algumas décadas atrás. Com isso, muitos conceitos acabaram sendo

esquecidos, e isto não é diferente nas disciplinas que envolvem as línguas

estrangeiras.

De acordo com Abramovich (2006, p.120), “os contos de fadas estão

envolvidos num maravilhoso universo que denota fantasia, partindo sempre duma

situação real, concreta, lidando com emoções que qualquer criança já viveu”. Nos

dias atuais, os contos de fadas estão presentes na vida do aluno, envolvendo

sentimentos e emoções que fazem parte de sua formação cultural e de seu íntimo,

porém, é preciso tomar cuidado em como abordar os temas neles presentes, de

forma a contribuir para que haja um equilíbrio emocional do aluno com a realidade

em que está inserido. Porém, muito disso depende do educador, uma vez que o

modo com o qual as aulas serão ministradas pode tornar o trabalho dinâmico e

contribuir para a formação da personalidade do aluno.

1 Professora PDE atuante na Rede Estadual do Paraná como professora de Língua Estrangeira Moderna. 2 Mestre em Letras pela Universidade Estadual de Maringá; Professora da UNICENTRO/Irati.

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A partir do pressuposto apresentado pelo autor citado é que se direciona a

problemática deste estudo, ou seja, a fantasia sempre fez parte da vida de muitas

crianças, independentemente do mundo informatizado ou tecnológico em que vivem.

Sendo assim, os contos de fadas são tão importantes na aquisição do

conhecimento, fazendo com que as pessoas possam conviver harmoniosamente

consigo e com a sociedade. Porém, pode-se notar que o conto de fada tem sido

pouco explorado pelos alunos, tendo em vista o grande número de tecnologias, por

vezes, mais atrativas que estão ao seu redor. Portanto, surge a necessidade de

analisar como os contos de fadas podem contribuir para a aprendizagem dos alunos

na disciplina de língua inglesa, proporcionando a eles a possibilidade de levantar

questionamentos a respeito de questões sociais vividas em seu cotidiano.

Os contos de fadas fazem parte de nossa vida representando muitas vezes a

linguagem dos sentimentos, da subjetividade e do imaginário. É com esse intuito que

nosso objetivo geral será trabalhar o Conto de Fada: Chapeuzinho Vermelho, por

meio da sua leitura e de atividades relacionadas ao conto e ao filme,

contextualizando-os com o dia-a-dia dos alunos a fim de provocar reflexões sobre as

questões sociais que estes contos apresentam, nas versões de Charles Perrault,

Irmãos Grimm e também por meio do filme A Garota da Capa Vermelha, propiciando

melhor compreensão, recepção e significação no processo ensino aprendizagem

nas aulas de inglês. Além disso, temos como objetivo específico: propor atividades

de leitura que envolvam os contos de fadas de forma a estimular o imaginário e a

criticidade; compreender a estrutura do gênero contos de fadas, evidenciando as

características que ele apresenta; propor a leitura do Conto de Fadas “Chapeuzinho

Vermelho” em duas versões (a de Perrault e a dos irmãos Grimm), estabelecendo

uma comparação com sua adaptação cinematográfica, “A Garota da Capa

Vermelha”. Nesse sentido, busca-se resgatar o gosto pela leitura e a formação do

senso crítico dos alunos por meio de questões sociais discutidas em tais textos.

Objetiva-se, ainda, refletir, construir significados e tornar as aulas de Língua Inglesa

mais prazerosas e significativas.

Sendo assim, o presente artigo justifica-se pelo fato de abordar temas muitas

vezes esquecidos pelas instituições e pelos docentes e que podem ser resgatados

por meio da literatura de língua estrangeira, aqui representada pelos contos de

fadas. Para que o conteúdo seja atrativo aos alunos, reconhecendo que eles têm

contato com as variadas mídias existentes na sociedade contemporânea, trabalhar-

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se-á com o conto de fada na sua versão escrita e na versão cinematográfica, A

Garota da Capa Vermelha, considerando, dessa forma, a literatura estrangeira

circulante em outra mídia.

Partindo de atividades realizadas pelos alunos e de observações deste

ambiente de aprendizagem, foi possível diagnosticar os problemas dos alunos.

Assim, tais problemas devem ser resolvidos para que realmente haja o repasse das

informações e o aproveitamento do conteúdo. Com isso, acredita-se que o processo

de ensino-aprendizagem será expressivo, propiciando um ambiente colaborativo e

interativo de transmissão dos conhecimentos necessários para uma aprendizagem

significativa.

2. REVISÃO DA LITERATURA

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira (2008,

p.55):

No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o ensino da língua estrangeira, na Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido. (DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS, 2008, p. 55).

Acredita-se, assim, que as aulas de inglês representam mais do que aprender

mais um idioma e as suas regras gramaticais. Ela significa espaços de interação

entre professores e alunos que podem dialogar e entender juntos as representações

e visões de mundo que se revelam no dia-a-dia. Nesse sentido, os contos de fadas

podem contribuir no processo ensino aprendizagem dos alunos. Assim, no

momento em que a criança passa a ter contato com os contos de fadas é possível

despertar nela a imaginação, a qual poderá tornar possível a aquisição de um

processo contínuo de consciência e discernimento, ela começa a entender o que é

certo e errado em relação às situações, que muitas vezes, se apresentam em sua

vida.

Segundo Parreiras (2002, p. 75):

os contos de fadas são narrativas estruturadas como um sonho: há uma linguagem condensada, carregada de simbolismo, cada personagem e cada

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tema nos remetem a outras questões. Representam valores universais e atemporais”. (PARREIRAS, 2002, p.75)

Conforme a citação acima, os contos de fadas estão presentes na vida de

nossos alunos, representando a linguagem dos sentimentos, da subjetividade e do

imaginário. Eles oferecem possibilidades - mesmo que estes não sejam os objetivos

da literatura - de orientar, educar e desenvolver a capacidade interpretativa de

nossos alunos e contribuir para a formação de leitores, produtores e formadores de

opiniões.

Deve-se enfatizar que os contos de fadas geralmente são vistos nas aulas de

Português e não são explorados em outras áreas como é o caso de Língua

Estrangeira. Sendo assim, busca-se enfatizar a possibilidade de tratar dos contos de

fadas, abordando a questão social, por meio da disciplina de inglês e assim, resgatar

o gosto dos alunos pela leitura. Além disso, procura-se formar o senso crítico deles,

por meio de questões sociais discutidas nos enredos dos contos de fadas, ao

mesmo tempo em que é trabalhada a língua inglesa.

Deste modo, será possível viabilizar aos alunos um momento de retomada de

valores, além de mostrar a importância de outra língua, outras modalidades de

leitura e explorar as características de contos de fadas. Segundo Coelho:

Acredita-se que os contos de fadas permitem as crianças identificarem-se ou não com as dificuldades ou alegrias de seus heróis, cujos feitos narrados expressam a condição humana frente às provações da vida. Acredita-se que as crianças encontram por intermédio dos contos de fadas uma melhor maneira de viver (COELHO, 2003, p. 56).

De acordo com o exposto, busca-se trabalhar a importância dos contos de

fadas no processo de ensino e aprendizagem na disciplina de inglês, tornando-se

pertinente questionar os alunos a respeito do que pensam sobre os temas

desenvolvidos no conto de fadas e, desse modo, relacionar esse pensamento com a

realidade histórica e social da qual eles vivem, de forma que possam estudar a

língua inglesa de maneira mais prazerosa.

De acordo com Teixeira (2000, p.1), a leitura significa “um processo bastante

complexo que envolve mais do que habilidades. Saber ler é saber o que o texto diz e

o que não diz, mas o constitui significativamente”. Neste sentido, pode-se perceber

que a leitura muitas vezes é complexa e sua tradução poderá ajudar nas reflexões e

entendimentos do contexto.

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Sabe-se que ler é uma tarefa essencial para quem busca, de fato, o

conhecimento. É por meio dela que o leitor adquire valores e experiências,

compreendendo as entrelinhas, transformando-se a si próprio, agindo como um

agente transformador.

Segundo Bettelheim (1980, p.59):

O conto de fadas procede de uma maneira consoante ao caminho pelo qual uma criança pensa e experimenta o mundo; por esta razão os contos de fadas são tão convincentes para ela. Ela pode obter um consolo muito maior de um conto de fadas do que de um esforço para consolá-la baseado em raciocínio e pontos de vista adultos. Uma criança confia no que o conto de fada diz por que a visão de mundo aí apresentada está de acordo com a sua.

Percebe-se com a citação que, com base nos conto de fadas, é possível

navegar em mundos desconhecidos, conhecer lugares nunca antes vistos,

enriquecendo, desta forma, a imaginação e a criatividade. Por meio de um único

livro, é possível encontrar intrigas, melancolias, assustadoras histórias que ora são

facilmente compreendidas, ora necessitam de maior atenção. É necessário fazer

uma leitura que vá além da superficial, para suas reais compreensões, possibilitando

reflexões e a reconstrução de novos sentidos e valores que muitas vezes passam

despercebidos.

Mediante ao exposto, procurar-se-á considerar a importância da prática da

leitura, bem como considerar maneiras ou alternativas que possibilitem conscientizar

os alunos da importância do hábito diário da leitura, principalmente no que se refere

às aulas de inglês, apoiando-se nos contos de fadas, resgatando valores

trabalhados no enredo destes contos, por vezes esquecidos, incentivando a leitura,

e propiciando um contato com o gênero exposto.

O conto de fada Chapeuzinho Vermelho, de acordo com Bettelheim (1980,

p.203), começa com Perrault. O conto em inglês é mais conhecido pelo título de

“Capinha Vermelha”, embora o título dado pelos Irmãos Grimm, de “Chapeuzinho

Vermelho” seja mais apropriado. Assim como outros contos possui muitas versões e

a mais conhecida é a dos Irmãos Grimm, na qual o chapeuzinho e sua avó vivem

felizes e o lobo recebe um castigo. Além disso, pode-se verificar nos contos a

presença de uma situação inicial, desenvolvimento e situação final com estrutura

simples e fixa, começando com – “Era uma vez” e terminando com “e foram felizes

para sempre”, tendo assim, o objetivo principal de transmitir uma moral.

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Segundo a sinopse do filme A Garota da Capa Vermelha (2011), dirigido por

Catherine Hardwicke, a obra relata:

Uma história vivida na idade média, onde Valerie é uma jovem que vive em um vilarejo aterrorizado por um lobisomem. Ela é apaixonada por Peter, mas seus pais querem que se case com Henry, filho de uma família rica do local. Diante da situação, Valerie e Peter planejam fugir, mas vêem seus planos irem por água abaixo quando a irmã mais velha de Valerie é assassinada pelo lobisomem que ronda a região. Adaptação moderna da clássica história da chapeuzinho vermelho.

Quando as narrativas são transferidas para o filme, elas podem ficar mais

atraentes, devido a sua estrutura ser diferente. Logo, chama a atenção dos alunos

prendendo-os à história e dela ao conceito existente na proposta de aprendizagem.

Segundo Parreiras (2009, p.156), “uma das grandes contribuições que a

educação escolar pode oferecer às crianças é a aquisição da leitura”. Entende-se,

que a leitura não é aprendida rapidamente e sim com uma construção diária, de

diferentes obras, com diferentes interpretações. Por isso, é necessário que as

crianças, já nas séries iniciais iniciem esta atividade e mantenham este hábito, para

que possam levar futuramente uma experiência rica de conhecimento. Sendo assim,

professores e alunos devem estar dispostos a aprender.

3. METODOLOGIA

O projeto de implementação que vem sendo descrito nesse artigo foi

realizado no Colégio Estadual do Campo João Cionek – EFMP, com os alunos do 1º

ano do Ensino Médio, sendo realizado em um total de 32 aulas, no primeiro

semestre do ano de 2013. Para tanto, foram seguidos os seguintes passos: leitura

do conto de fadas Chapeuzinho Vermelho, de Charles Perrault; leitura da versão dos

Irmãos Grimm; exibição do filme: A Garota da Capa Vermelha; análise dos textos

escritos e do texto fílmico; explicação da estrutura do gênero selecionado e

desenvolvimento de atividades diversas de compreensão e de estrutura da língua,

relacionadas aos textos escritos e ao filme. Foi, por meio disso, propiciado aos

alunos momentos de questionamentos e discussões enfocando questões sociais, o

resgate e aquisição de valores, proporcionado conhecimento, interação, recepção e

compreensão da literatura de maneira crítica.

Os recursos utilizados para realização das atividades desenvolvidas foram

diversos, entre eles: data show, material (caderno pedagógico) para os alunos,

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quadro negro, giz, dicionários, laboratório de informática para realizar pesquisas no

google tradutor e biblioteca, TV pendrive e aparelho de DVD para assistir o filme.

Quanto aos objetivos da pesquisa, estes centraram-se na pesquisa

exploratória e descritiva. De acordo Gil (2002, p. 41) a pesquisa exploratória “têm

como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-

lo mais explícito ou a constituir hipóteses” e a descritiva “têm como objetivo

primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno

ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. Dessa forma, buscamos

conhecer mais o contexto em que o projeto foi implantado a fim de adequar as

atividades a ele.

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 Atividades Desenvolvidas

No primeiro momento foi realizada a leitura do resumo do Projeto e

apresentação do Material Didático Pedagógico para a interação dos alunos com o

material que foi o nosso objeto de ensino-aprendizagem. Após realizarmos esse

primeiro contato, os alunos realizaram a primeira atividade para a verificação do seu

conhecimento prévio sobre o gênero textual selecionado, por meio da apresentação

de imagens referentes aos contos de fadas e de questionamentos sobre eles. Essa

atividade foi realizada com muito interesse por parte dos alunos, pois interagiram,

responderam as questões e foram capazes de identificar as imagens apresentadas

correspondentes aos contos de fadas. Alguns alunos recorreram ao uso do

dicionário de inglês/português para escrever o nome do conto em inglês. Quanto aos

questionamentos, houve uma discussão em que os alunos puderam mostrar seu

posicionamento a respeito dos contos de fadas, seu conhecimento sobre eles, além

de promover a interação entre os colegas.

Foram trabalhadas com os alunos atividades sobre os contos de fadas, suas

respectivas definições, características e estrutura. Em seguida, realizou-se uma

atividade testando o conhecimento e o vocabulário referente ao conto Chapeuzinho

Vermelho, com o objetivo de apresentar o vocabulário referente aos textos e o filme,

a fim de facilitar sua leitura e embasá-los para a compreensão.

Outra atividade desenvolvida a fim de ampará-los no reconhecimento do

vocabulário foi um caça palavras em que os alunos demonstraram-se engajados em

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sua realização. Para a efetivação da tarefa, tiveram de pesquisar as palavras

requeridas, quando necessário, no dicionário ou no conto de fadas.

Como os contos de fadas são narrados no tempo passado, foi também

trabalhado um tópico de estrutura da língua inglesa, ou seja, o tempo verbal “Simple

Past Tense”, explicando-se que os verbos nesse tempo verbal são divididos em

regulares e irregulares. Houve também a explicação sobre o seu uso, por meio de

exemplos relacionados ao conto Chapeuzinho Vermelho, na versão de Charles

Perrault.

Em seguida, foi feita a leitura do referido conto, a fim de trabalhar a oralidade.

Nesse momento, pudemos discutir a respeito da moral que é apresentada em seu

final, que comenta sobre os lobos educados, gentis e de boa aparência, mas que

são os mais perigosos, que se apresentam para meninas bonitas as quais podem

servir de “jantar” para eles. Nessa discussão, os alunos participaram ativamente,

citando vários exemplos e fazendo comparações com o conto. Além disso, fizeram

contextualizações com a realidade deles e realizaram novas leituras. Alguns alunos

disseram que nunca haviam pensado e analisado o conto de maneira como foi vista,

vendo o “outro lado”, lendo as entrelinhas, analisando o lobo enquanto homem.

Entretanto, os alunos encontraram dificuldades na leitura do conto devido à falta de

conhecimento de vocabulário em língua estrangeira. Por isso, foi necessário recorrer

ao dicionário e à ajuda da professora para melhor compreensão do texto.

Após isso, foi apresentado aos alunos o conto Chapeuzinho Vermelho, na

versão dos “Irmãos Grimm”, no sentido de mostrá-los, que essa versão é a mais

conhecida. O conto apresentado aos alunos foi adaptado (resumido) pela autora

desse Projeto de Intervenção, pelo fato de que a versão original era muito extensa e

não seria viável trabalhá-la no tempo previsto.

Depois da leitura do conto, foram verificadas questões de vocabulário e,

quando necessário, os alunos usaram o dicionário. Em seguida, foi feita uma

interpretação oral para verificação da capacidade interpretativa dos alunos e, por

meio disso, foi trabalhado questões de pronúncia. Para dar continuidade, foi

questionado se eles conheciam outras versões do conto, mostrando a eles que há

algumas como: Chapeuzinho Amarelo, e que há contos de fadas transformados em

filmes A garota da Capa Vermelha, Deu a Louca na Chapeuzinho. Foi constatado

que poucos alunos conheciam (e conheciam vagamente) outras versões do conto de

fadas e que, além disso, não conheciam o filme A Garota Da Capa Vermelha.

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No Laboratório de Informática foi, então, realizada uma aula em que os alunos

pesquisaram sobre a vida e obra de Charles Perrault e dos Irmãos Grimm. Os

alunos escreveram em inglês os principais dados sobre os autores, retomando

assim o conteúdo Simple Past Tense, pois as biografias, também, são escritas com

verbos no passado. A aula foi atrativa e produtiva; os alunos demonstraram

interesse devido ao fato de a aula ter sido no laboratório de informática.

Após esse trabalho, foi dedicado um momento à conversa e análise dos

textos em suas duas versões. Em seguida, foi realizada uma atividade em grupo, na

qual os alunos puderam apresentar as semelhanças e diferenças dos contos

trabalhados, por meio de cartazes, deixando-os expostos na sala de aula e fazendo

a socialização das conclusões com os colegas da turma e professora. Logo após, os

alunos receberam o conto de fadas Chapeuzinho Vermelho em tiras embaralhadas a

fim de que colocassem na ordem correta e, em seguida, colassem em seus

cadernos. Essa atividade foi feita em duplas com auxílio e orientações do professor.

A atividade para verificação de compreensão do texto foi em forma de

questões para os alunos marcarem T (true) quando fosse verdadeiro e F (false)

quando fosse falsa. Além disso, nas alternativas em que as repostas era falsa, os

alunos tinham de corrigi-las e reescrevê-la corretamente. Nessa atividade, também

foi detectadas dificuldades de interpretação por parte de alguns alunos, fato que

exigiu a mediação da professora para melhor compreensão do texto.

A seguir, relembrou-se a estrutura e as características de um conto de fadas.

Foi apresentado aos alunos um quadro para que eles colocassem alguns dados

como: título, tempo, lugar, personagens e principais características, ação, situação

inicial, complicação, ações praticadas resolução e situação final. Os alunos puderam

escolher uma das versões do conto, e contaram com o auxílio do professor na

sistematização e realização da atividade. Nesta atividade, eles demonstraram

dificuldades em colocar as ações do conto em ordem, ao escrever e produzir em

inglês, mas com auxílio do dicionário, do texto escrito e a ajuda da professora, foram

capazes de realizar a tarefa com sucesso.

Houve questões para discussão que teve como objetivo oportunizar um

debate, no qual os alunos, ao responder as questões tais como: Quem é a

Chapeuzinho Vermelho nos dias atuais? Em que contexto ela está inserida? Quem é

o lobo mau hoje e como ele se apresenta? Entre outras, para que pudessem se

expressar, expor suas ideias, preferências e pontos de vista a respeito das situações

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apresentadas. A discussão foi realizada na língua materna e em seguida respondida

em inglês com o auxílio da professora, uso do dicionário e do texto trabalhado

anteriormente. A seguir, foi verificado o conhecimento dos alunos retomando o

Simple Past, a fim de observar o entendimento e a compreensão da estrutura

trabalhada, na qual os alunos fizeram uma pesquisa nos textos por verbos no

passado (verbo regulares e irregulares). Esta atividade foi realizada com o auxílio do

professor, dicionários, do conto escrito, lista de verbos irregulares disponível na

unidade didática.

Como segunda parte do projeto, foi apresentada aos alunos a sinopse do

filme A garota da capa vermelha, para, em seguida, assistirem ao filme. Após a sua

exibição a professora mostrou, por meio de questionamentos, que o filme é uma

versão atualizada do conto de fadas Chapeuzinho Vermelho. Foi, então,

proporcionado um debate em que eles puderam expor suas ideias e opiniões

relatando semelhanças e diferenças do filme com o conto escrito. Logo após,

realizaram a atividade, assistiram a trechos do filme e completaram com as palavras

que estavam faltando, para aprimorar os conhecimentos de listening, e outras

atividades concernentes ao filme assistido.

Para os alunos praticarem, testarem e enriquecerem seus conhecimentos de

vocabulário e compreensão foi realizado atividades sobre o filme A garota da capa

vermelha e os contos Chapeuzinho Vermelho. Os alunos discutiram a respeito do

conto escrito e da versão cinematográfica, analisando semelhanças e diferenças

entre as duas mídias, além de discutirem sobre os recursos e a linguagem utilizada

ao ser transposto do conto escrito para a mídia audiovisual. Os alunos acharam que

a versão cinematográfica é mais atrativa e interessante, permitindo analisar

questões relacionadas ao contexto histórico, cultural, bem como crenças, moradia,

vestuário, costumes de uma determinada época e região. Foi estudada também a

estrutura da língua “caso genitivo”, pois, ao fazerem a leitura dos contos, foi

verificado o aparecimento de alguns exemplos de tal estrutura. Assim, a professora

explicou e deu exemplos dela, bem como o seu uso.

Houve a retomada da estrutura de um conto de fadas, na qual os alunos

completaram um quadro com dados do filme: Título, tempo, lugar, personagens e

principais características; contexto; situação inicial; complicação; ações praticadas;

resolução e situação final. Foi uma atividade interessante, na qual os alunos

relembraram o filme respondendo as questões propostas, porém tiveram algumas

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dificuldades ao colocar os dados do filme, na língua inglesa. Eles realizaram a

atividade na língua materna e posteriormente transcreveram para o inglês com o

auxílio de dicionários e da professora.

A seguir, realizou-se um debate sobre os contos de fadas apresentados nesta

unidade didática, com o objetivo de suscitar o posicionamento crítico dos alunos.

Eles foram capazes de defender seus pontos de vistas, ideias e opiniões,

promovendo-se a reflexão de forma interativa e proporcionado a reconstrução do

conhecimento e o embasamento para a produção final. Com isso, foi realizada a

socialização das conclusões e produção final, que consistia na criação da sua

própria versão do conto de fadas Chapeuzinho Vermelho, utilizando os dias atuais

como ambientação.

A professora incentivou-os a usarem os conhecimentos adquiridos por meio

da releitura do conto de fadas e do filme. Os alunos adaptaram os conhecimentos

dos textos trabalhados para a sua realidade, relembraram a estrutura do conto de

fadas. Criaram, dessa maneira, os mais variados tipos de textos, com o auxílio de

dicionários, recursos didáticos e tecnológicos com a intervenção e ajuda da

professora sempre que solicitado (uma das produções poderá ser conferida no

anexo).

Com a produção didático pedagógica percebeu-se mudanças de

comportamento em relação à visão dos alunos a respeito dos contos de fadas,

mudaram seus conceitos, pois no início das atividades alguns demonstraram

desinteresse, mas no decorrer das atividades desenvolvidas perceberam que os

contos de fadas podem trazer muitos ensinamentos, questionamentos e

aprendizagem, podendo ser transportados para os dias atuais, despertando

interesse e motivação. Isso proporcionou o envolvimento, pois perceberam que os

contos de fadas estão relacionados a realidade que os cerca.

Após a realização das atividades, como visto, foi produzida pelos alunos uma

versão atualizada do conto de fadas Chapeuzinho Vermelho. Apesar das

dificuldades encontradas pelos alunos, o resultado por eles apresentados foi

superior às expectativas. Alguns textos foram selecionados pela equipe pedagógica,

pela agente educacional II e pela professora responsável pelo projeto de intervenção

para fazer parte de um livro que foi confeccionado pelos alunos e educadores do

Colégio Estadual do Campo João Cionek - EFMP. Foi criado, também, pelos alunos,

histórias em quadrinhos, encenações do conto de fadas e ilustrações (vide anexo).

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a exposição deste Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola para

professores e alunos do colégio cumpriu-se uma importante etapa do Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE, em que foram realizados estudos e pesquisas

para a sua implementação em sala de aula, para que o respectivo programa fosse

realizado com sucesso pelos alunos e principalmente por toda a comunidade

escolar.

A partir das atividades realizadas e das observações foi possível perceber a

compreensão e verificação da importância da literatura e da língua inglesa como

parte da vida dos alunos.

Este estudo proporcionou aos alunos, a partir da releitura dos contos de

fadas, o resgate dos valores éticos e morais auxiliando na formação de um leitor

mais crítico e consciente, capaz de defender suas ideias e apresentar seus pontos

de vista. Também ele foi de grande valia, pois a partir dele poder-se-ão realizar

outras atividades pautadas na mesma forma de trabalho a fim de despertar nos

alunos o gosto pela leitura e pela língua inglesa.

6. REFERÊNCIAS

ABRAMOVICH, F. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Editora

Scipione, 1997. BETTELHEIM, B. Psicanálise dos contos de fadas. 9. ed. Trad. Arlene Caetano. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. COELHO, N. N. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna,

2003. GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. Ed. São Paulo. Atlas, 2002. HARDWICKE, Catherine. A Garota da Capa Vermelha. 2011. Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-170918>. Acesso em: 24 de Jun de 2012. PARREIRAS, Ninfa. Confusão de Línguas na Literatura: O que o adulto escreve, a criança lê. Belo Horizonte: Editora RHJ, 2010. SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. DCEs, Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Estrangeira. Paraná, 2008.

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TEIXEIRA, Maria Regina. A literatura infantil na escola. 11. ed. São Paulo: Global,

2003.

ANEXOS

ISIS MARIA PONTAROLLO

A DAMA DE PRETO/ THE LADY IN BLACK

A DAMA DE PRETO

Em um pequeno vilarejo chamado Winchester, vivia uma linda garota

chamada Lilith de pele muito branca, olhos azuis e sua boca era vermelha como

sangue, em seu aniversário de 18 anos, sua avó lhe dera uma capa preta, assim ela

ficou conhecida como a Dama de Preto.

Certo dia ela resolveu ir ver sua amada avó, Esme, que morava na floresta do

grito, era assim chamada porque quem entrasse na floresta, gritava de medo até ser

morta pelos lobos ferozes e famintos.

Antes de sair ela pegou sua bolsa Diamond Forever da Chanel, colocou seu

ipad, seu iphone 5, sua blusa assinada pela Madona e sua sapatilha da Capricho.

Quando ela estava saindo de casa, sua mãe lhe disse que não falasse com ninguém

que ela não conhecesse.

Para chegar à casa de sua avó, ela poderia escolher entre dois caminhos. O

curto, porém perigoso, porque ela teria que passar pelo meio da floresta do grito. E o

longo, porém seguro, que passava por uma estrada velha com alguns moradores.

Ela estava com muita pressa e resolveu ir pelo caminho mais curto, ignorando

a hipótese de ser morta pelos lobos, pois ela achava que isso era apenas uma

história que algum morador da floresta contava para afastar arruaceiros.

Na entrada da floresta ela ouviu trovões, uivos e viu alguns relâmpagos. Ela

logo pensou que iria chover e os uivos na verdade era algum coiote caçando algum

animalzinho indefeso.

Pobre garota, não sabia que aquele era o sinal de que ela não deveria entrar

naquela maldita floresta.

Ela começou a andar mais e mais rápido, com medo da “chuva”.

Quando ela estava no meio do caminho, ela teve a impressão de que estava

sendo seguida. E após alguns minutos, ouviu um rosnado, Lilith estava ficando com

muito medo, apreensiva ela não prestou atenção no caminho e se perdeu na

floresta. Começou a correr e de repente ela viu restos de corpos humanos, e logo

percebeu que a história dos lobos não era mentira.

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Ela pegou seu Iphone 5 pra ligar para sua mãe ou para sua avó, mas havia

acabado a bateria. Ela também tentou se conectar na internet para deixar uma

mensagem de socorro para alguém, mas seu Ipad não estava na bolsa, ela o havia

perdido.

Então ela começou a correr ainda mais para escapar dos lobos. Mas não

adiantou os lobos eram mais rápidos e a alcançaram.

O lobo estava prestes a devorá-la, quando de repente, eis que surge um

caçador misterioso, jovem, loiro, com um corpo marombado e olhos verdes. Em sua

mão havia um machado de prata, que com ele matou os lobos e salvou a Dama de

Preto. E ele a levou para casa sã e salva.

Ela ficou amiga do caçador e todos do vilarejo ficaram mais tranquilos com a

morte dos lobos, mas ainda tinham medo de passar pela Floresta do Grito.

MORAL: “Confie desconfiando, pois qualquer um pode ser o lobo, e você

pode não ter a sorte que a Dama de Preto teve de ser salva por um caçador”.

THE LADY IN BLACK

In a small village called Winchester, lived a beautiful girl named Lilith with very

white skin, blue eyes and her mouth was as red as blood. On his 18th birthday, his

grandmother gave him a black cloak, so she became known as the Lady in Black.

One day she decided to go see his beloved grandmother, Esme, who lived in

the forest cry, was so called because who entered the floreta, screamed in fear to be

killed by wild wolves and hungry.

Before leaving she got her bag from Chanel Diamond Forever, put your ipad,

your iphone 5, her top signed by Madona and her sandshoes of the Capricho. When

she was leaved of house, his mother told him not to speak to anyone she did not

know.

To arrive at the home of her grandmother, she would can choose between two

paths. The short but dangerous, because she would have to go through the forest

cry. And the long, but safe, that passed an old road with some residente.

She was with very hurry and decided to go by the shortest route, ignoring the

possibility of being killed by wolves, because she thought it was just a story that

some residente of the forest told to depart ruffian.

At the entrance of the forest she heard thunder, howling and saw some

lightning. She just thought it was going to rain and the howling was actually a coyote

hunting a defenseless puppy.

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Poor girl did not know that was the sign that she should not get that damned

forest.

She started walking faster and faster, afraid of "rain".

When she lied kink half-way , she had the impression that he was being

followed. And after a few minutes he heard a growl, Lilith was getting very scared,

apprehensive she did not pay attention on the road and got lost in the forest. Started

running and suddenly she saw the remains of human bodies, and soon realized that

the story of the wolves was not a lie.

She took her Iphone 5 to call your mother or your grandmother, but had just

the battery. She also tried to connect to the internet to make a distress message to

someone, but your Ipad was not in the bag, she had lost.

Then she began to run further to escape the wolves. But to no avail wolves

were faster and achieved.

The wolf was about to devour her, when suddenly, here comes a hunter

mysterious, young blonde with a body marombado and green eyes. In his hand was

a silver ax, with which he killed the wolves and saved the Lady in Black. And he took

her home safe and sound.

She befriended Hunter and all the village became more relaxed about the

death of the wolves, but still afraid to go through the forest cry.

MORAL: "Trust suspicious because anyone can be a wolf, and you may not be

lucky enough that the Lady in Black had to be rescued by a hunter."

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